sábado, 7 de agosto de 2010

Panorama da salvação - Resumo Semanal - 07/08/2010 a 07/08/2010

EXPONDO A FÉ
Resumo Semanal - 01/08/2010 a 07/08/2010

José Carlos Ramos

Romanos 5, que estudaremos nesta semana, é dividido em duas partes principais: versos 1-11, em que são expostos os privilégios que emanam da justificação pela fé; e versos 12-21, em que é feito um contraste entre Adão e Cristo (respectivamente o primeiro e o último Adão (à luz de 1Co 15:45), como cabeças de humanidade. Receber a punição do pecado ou o galardão da justiça depende de estarmos ligados ao primeiro ou ao Segundo.

Na primeira parte, sente-se uma nota de exultação e segurança: paz (v. 1), esperança e glória (v. 2), não confusão, amor de Deus e Espírito Santo (v. 5), salvação e reconciliação (v. 9-11).

Na segunda parte, o apóstolo considera que toda a miséria que se abateu sobre a humanidade, miséria em termos de pecado condenação e morte, tem sua origem no ato de desobediência do primeiro homem. A queda original colocou tudo a perder. Nessa parte, o tom alvissareiro é que, com Jesus, com Sua vida e sacrifício, há uma reversão total das perdas trazidas pela desobediência; e sabemos que tudo será, finalmente, em seu devido tempo, restaurado à perfeição inicial. Esta restauração, todavia, em sua dimensão espiritual, pode ser desfrutada aqui e agora, na medida em que deixamos de estar “em Adão” para estarmos “em Cristo”. Realmente, como Paulo afirmou em outra oportunidade e circunstância, “...se alguém está em Cristo, é nova criatura (“é nova criação”, registra a Nova Versão Internacional); as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17).

I. Justificados, pois...

O resultado de termos sido justificados pela fé em Jesus se efetiva ao desfrutarmos os privilégios que Paulo alista nos primeiros 11 versos de Romanos 5, emanantes, como afirmado, da experiência da justificação.

“Paz” no verso 1, não é meramente aquele sentimento de bem-estar e tranquilidade que gozamos quando tudo vai bem. Não tem que ver com estado de espírito, ou de consciência; é “paz com Deus” e se liga à dulcíssima experiência de reconciliação referida por Paulo mais adiante (v. 10, 11“Paz com Deus” significa um relacionamento amistoso com Ele: de inimigos passamos a reconciliados.

Este grande privilégio é auferido “por meio de Cristo”, isto é, não apenas pelo que Ele fez por nós no passado, morrendo na cruz, mas também por Sua presente intermediação em nosso favor. Todas as bênçãos espirituais estão em Cristo e são desfrutadas através dEle. “Por meio de” (v. 1) e “por intermédio de” (v. 2) se equivalem. É a maneira de Paulo enfatizar o ato de Jesus para nos garantir o benefício do “acesso a esta graça.”

Ele fala também que “nos gloriamos” (v. 3), inclusive “nas tribulações”. Gloriar tem sentido positivo, e significa aquela segurança, aquela exultação que é sentida na perspectiva da glória que nos aguarda no futuro. O apóstolo já havia se referido à “esperança da glória” (v. 2), e agora ele vê a sublimação das “tribulações” como uma espécie de glorificação. É que a perspectiva da glória futura transforma as presentes “tribulações” em degraus que ajudam a esperança a avançar para o alto, a crescer. Há, portanto, uma ideia presente e futura da glória, e entre uma e outra se posiciona a esperança como ligação. Em outros termos, a glória futura é trazida para a dimensão presente pela esperança.

Devemos exultar nas tribulações por causa do ministério que elas cumprem em nosso favor. Paulo se refere a elas em termos de perseverança, experiência e esperança (v. 4), cada lance abrindo espaço para o seguinte. Perseverança, ou constância, seria equivalente à paciência, vista não meramente como uma qualidade passiva, mas essencialmente dinâmica, pois leva seu possuidor a suportar com ânimo as tribulações. Experiência, aqui, significa amadurecimento. Aquele que suporta com fé as tribulações cresce na fé, até atingir plena maturidade espiritual, quando o caráter se vê formado.

Finalmente, a esperança fecha o círculo, e a progressão do ministério das tribulações se completa: nós nos gloriamos na esperança e nas tribulações, que produzem perseverança, a qual produz experiência, que produz esperança na certeza da glória futura. O processo tem início com a esperança voltada para o presente, e conclui com a esperança voltada para o futuro. Toda a senda cristã está aqui delineada, desde o momento da justificação até o momento da glorificação.

Então, Paulo afirma que a esperança “não confunde” (v. 5), isto é, não leva à vergonha, precisamente o que Adão e Eva sentiram quando pecaram. Da mesma forma, o legalismo da justificação pelas obras, tanto quanto a vida degenerada e perversa do liberalismo, levam à vergonha (veja a parábola das bodas em Mt 22:1-14; cf. Dn 12:2). Não estar trajado com as vestes da justiça de Cristo resultará em vergonha (Ap 3:18; 16:15). A justificação pela fé é a certeza da glória porque é sustentada no amor de Deus.

II. Deus em busca do homem


Paulo abre o verso 6 empregando a conjunção “porque” para enfatizar a profusão do amor divino, revelada no ato de ter Deus amado o ímpio, como deixam transparecer as expressões “quando nós éramos fracos” e “sendo nós pecadores” (v. 8). A cruz é o clímax do amor de Deus, porque nela é revelado o amor pelos pecadores, não pelos justos (v. 7, 8). Fosse amor pelos justos, o único a ser poupado teria sido Jesus.

As implicações deste glorioso fato são as seguintes:

- O amor de Deus não é motivado pelas qualidades recomendáveis do ser amado, nem mesmo pelas qualidades que ele um dia revelará pelo poder da graça;

- É amor precedente, porque é o amor pressuposto na morte de Cristo pelo ser amado, enquanto este se encontrava ainda na miséria e no pecado;

- Não se trata do amor de complacência, mas do amor que acha sua oportunidade e incentivo no caráter de Deus (ver Is 43:25);

- É amor dinâmico, eficaz para salvar, porque a morte de Cristo, provida por este amor, foi em favor do ímpio para o transformar em justo e lhe assegurar o exaltado destino que lhe é proposto: o destino que o contexto desta passagem tem em vista;

- É amor manifestado na hora certa, “a seu tempo”, como diz Paulo. Quando mais carecíamos, Deus nos acudiu. O tempo da consumação (Hb 9:26) é aquele para o qual todos os tempos convergem, no qual o propósito de Deus em todos os tempos alcançou pleno cumprimento.

Os versos 7 e 8 desdobram o anterior. O texto fala em “justo” e “bom”. Imaginamos que é mais fácil alguém morrer por um “bom” do que por um “justo”, porque o “bom” desperta mais simpatia, afeição. Uma pessoa extremamente justa pode incorrer na antipatia de terceiros. Devemos, entretanto, lembrar que “bom” e “justo” neste contexto, são sinônimos. O pensamento é que, se é difícil alguém morrer por um bom, muitíssimo mais o será por um ímpio. “Sendo nós ainda pecadores” (v. 8) é paralelo a “quando éramos fracos” (v. 6). Não quer dizer que agora o crente não mais seja pecador (cf. 1Tm 1:15), mas indica, neste contexto, que Cristo morreu não constrangido por alguma boa qualidade nossa. Quando vivíamos em rebelião contra Deus, merecendo apenas a Sua ira, e não Seu amor, precisamente aí Ele nos amou.

“Muito mais agora” (v. 9) não indica que agora possuímos algum merecimento do amor divino. Uma vez que fomos justificados, reconciliados pela cruz, podemos ter muito mais certeza de que seremos salvos da ira vindoura. Se Deus nos amou quando nada de bom possuíamos, e fez tudo o que fez, desviando Sua ira de nós para a cabeça de um Inocente, como não nos amará agora que possuímos a justiça pela fé, e não nos livrará da ira vindoura?

Nos versos 10 e 11, Paulo vai desdobrando as razões por que nos regozijamos como justificados por Deus. Ele afirma que “éramos inimigos” quando fomos reconciliados. A reconciliação ocorreu quando estávamos alienados de Deus e sob Sua ira. Agora, reconciliados como estamos, “seremos salvos por Sua vida”. Não se tem em mente aqui os 33 anos que Jesus viveu entre nós, mas Sua vida presente, a vida a partir de Sua ressurreição. Está implícita a ideia do ministério celestial de Jesus em favor dos que creem (ver Hb 7:25).
Finalmente, no verso 11, Paulo declara que “nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. Notemos a progressão: gloriamo-nos na esperança; gloriamos-nos nas tribulações; e finalmente nos “gloriamos em Deus”. É a resposta do evangelho àqueles que preferem se gloriar em suas próprias consecuções e méritos e estão fadados à vergonha e confusão.

III. A morte tragada

Nos restantes dez versos de Romanos 5, Paulo tece um impressivo contraste entre Adão, aquele de cujo ato procedem o pecado e a morte, e Jesus, de cuja vida e morte procedem a justiça e vida eterna. Tanto a morte de Adão como a de Cristo trouxeram consequências para toda a humanidade. Nos versos 12-14, ele desenvolve um tipo de prólogo à elaboração do contraste que segue a partir do verso 15. Paulo conclui o prólogo afirmando que Adão “prefigurava Aquele que haveria de vir”. Adão é um tipo de Cristo porque ambos são cabeça de humanidade: de Adão procedem os perdidos, e de Cristo, os salvos.

Mesmo assim, o prólogo é sombrio, porque nele o escritor se limita a falar da consequência do pecado de Adão. A morte impôs seu domínio no mundo; ela “reinou” (v. 14), porque “havia pecado no mundo” (v. 13). Então, a luz brilha e expulsa as sombras a partir do v. 15. Como diz a lição, nos versos 12-14 “Paulo tenta levar os leitores a perceber quão mau é o pecado e o que ele trouxe ao mundo por meio de Adão. Então, mostra [a partir do v. 15] o que ­Deus nos oferece em J­esus como único remédio para a tragédia trazida sobre nosso mundo pelo pecado de Adão.”

A pergunta 5 requer como resposta o resultado mais funesto do pecado. Eu diria que essencialmente não é a morte; esta é consequência secundária, derivada daquela mais funesta: a separação de Deus. Ou, talvez, uma coisa e outra se equivalham, pois Deus não é só a fonte de vida: Ele é a própria vida (Jo 14:6). Uma vez dEle separada, a criatura está separada da vida e fadada ao desaparecimento. O pecado de Adão alienou a humanidade da comunhão com Deus e o resultado foi a morte para todos; “...a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (v. 12). A universalidade do pecado é atestada pelo fato de que todos morrem.
A lição também afirma que “a morte foi tragada pela vida.” Isso é verdade num aspecto, mas em outro, também é verdade que a morte foi tragada pela morte (ver Hb 1:14). De fato, a morte de Jesus na cruz foi a morte da própria morte. Deus confrontou a morte gerada pelo pecado com a morte que gera vida.

IV. A lei desperta necessidade


O estudo de hoje se fundamenta em Romanos 5:13, 14. O texto é adequadamente explicado na lição, principalmente no que concerne à instituição do “regime da lei” e ao tempo transcorrido entre Adão e Moisés, por quem a lei foi dada (Jo 1:17).

No verso 13, Paulo afirma que “o pecado não é levado em conta [ou não é imputado] quando não há lei”, especificamente o pecado na forma de transgressão, ou desvio de uma lei formalmente declarada. Não significa que, antes do Sinai, a lei de Deus não existisse, pois houve, naquele período da história, ocasiões em que Deus imputou aos pecadores o seu pecado. Senão, pergunto: o que foi exatamente que Deus fez com Caim, e com os antediluvianos, e com os habitantes de Sodoma e Gomorra, senão imputar-lhes o pecado? (isso, pelo menos em parte, responde a pergunta 6). A lei sempre existiu em seus princípios, os quais são tão eternos quanto o próprio Deus, pois são uma expressão do Seu caráter. Mas na forma escrita, a lei passou a existir a partir de Moisés. “Lei”, nesta segunda parte do verso 13, tem o sentido de um código escrito, formalizado, tal como os Dez Mandamentos.

Aqui uma lista dos princípios expostos nos Dez Mandamentos:

1º Mandamento – Lealdade

6º Mandamento – Respeito à Vida

2º Mandamento – Adoração correta

7º Mandamento – Fidelidade

3º Mandamento – Respeito a Deus

8º Mandamento – Honestidade

4º Mandamento – Santidade

9º Mandamento – Veracidade

5º Mandamento – Respeito à autoridade

10º Mandamento – Contentamento


Os princípios do Decálogo são normativos para a humanidade e estão em vigor no transcurso de toda a história. Violentar qualquer um destes princípios é pecado, e o pecado requer a intervenção de um Salvador. Em qualquer época, portanto, a lei despertou necessidade, como estabelece o título da lição de hoje. A salvação é pela graça desde que foi dada a promessa de Gênesis 3:15.
A pergunta 7 nos leva de volta ao conceito de que a lei incrementou a seriedade do pecado, como já comentei em lição anterior.

Reitero o que foi dito antes, com o seguinte:

A entrega da lei no Sinai propiciou que o pecado se manifestasse na forma de transgressão (Rm. 4:15; Gl 3:19); o pecado de Adão foi exatamente isto: a transgressão de um mandamento expressamente promulgado (Gn 2:16, 17). A partir do Sinai, portanto, o pecado se torna mais efetivamente definido como ato pecaminoso, (embora sem deixar de ser também um princípio que determine uma condição), como transgressão, à semelhança do pecado de Adão.

Há uma multiplicação deste tipo de pecado, pois agora não será apenas um que agirá como transgressor, mas todos os que se aperceberem da lei e de seus reclamos. Pelo pensamento paulino, podemos inferir que, quanto maior é o conhecimento da lei maior é a multiplicação da transgressão, isto é, quanto mais a lei se deixa revelar, mais ela se vê violada. Este é, sem dúvida, um dos mais fortes argumentos paulinos contra qualquer tentativa de salvação pela lei. Para Paulo, o papel da lei no processo da salvação humana é exatamente este: realçar o pecado como fator de perdição e incrementar a necessidade de um Salvador.

V. O segundo Adão

As perguntas 8 e 9 da lição tratam do contraste entre Adão e Cristo e seus respectivos atos. O paralelo entre ambos realça, por meio de contraste, o valor do plano de Deus. O contraste é entre o pecado do primeiro e a justiça do Segundo, e suas opostas consequências para a raça humana: morte e vida. Tanto o pecado de Adão como a justiça de Cristo são vistos como atos históricos que resultam em dois poderosos princípios que atuam no homem: o pecado e a graça. Adão e Cristo emergem como cabeças de duas completas e distintas humanidades: a perdida, vinculada a Adão pela ascendência biológica (todos descendem dele), e a restaurada, vinculada a Cristo pela fé.

O contraste é assim desenvolvido:

V.

Adão

Cristo

15

Ofensa

dom gratuito

15

morreram muitos

dom abundante sobre muitos

16

Julgamento

Graça

16

uma só ofensa

muitas ofensas

16

Condenação

Justificação

17

reinou a morte

reinarão em vida

18

uma só ofensa

Um só ato de justiça

18

juízo sobre todos

graça sobre todos

18

para condenação

para a justificação que dá vida

19

desobediência

obediência

19

muitos se tornaram pecadores

muitos se tornarão justos

20

a lei entra para avultar a ofensa e abundar o pecado

a graça se mostra superabundante

21

o pecado reinou pela morte

a graça reinou pela justiça para a vida eterna


O que toca a cada um de nós do paralelo entre Adão e Cristo com estes contrastes de pecado (ou ofensa) e de justiça; de julgamento e de graça; e de vida e morte? Tudo, pois de cada um de nós é requerida a decisão de estarmos ou em Adão ou em Cristo. Não há uma terceira opção, como se alguém pudesse dizer: “não quero estar vinculado nem a um nem a Outro”. A neutralidade é impossível. A vinculação a Adão é biológica, e a Cristo é por fé. Mas, um vez optando por Cristo, a fé suplanta as forças orgânicas naturais.

No entanto, observemos bem o que cabe a cada um deles, Adão e Cristo. É o que também caberá a nós inevitavelmente, pois também é impossível que estejamos em um e recebamos o que cabe ao outro; se estamos em Adão não receberemos o que cabe a Cristo, e vice-versa. Então, temos que ser sábios na escolha e pedir a Deus forças para escolher quem deve ser escolhido. Como diz a lição, “Paulo enfatiza que a justificação não é comprada: ela vem como um presente. É algo que não merecemos, de que não somos dignos. Como todos os presentes, temos que aceitá-la e, no caso desse dom, nós o buscamos pela fé.”

Pastor e professor do SALT ora jubilado. Engenheiro Coelho, SP

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Panorama da salvação - 06/08/2010 a 07/08/2010

Sexta, 6 de agosto

Opinião
O quadro mais amplo


Ao assistir aos noticiários, ficamos chocados com as coisas terríveis que estão acontecendo. O passar do tempo só faz aumentar a corrupção, bem como a decadência moral e espiritual. Que direção devemos tomar como filhos de Deus? Satanás quer nos fazer seguir nosso próprio caminho, sem a participação de Cristo.

A Bíblia nos assegura que, dependendo do nosso Redentor, podemos vencer o pecado não como Cristo venceu, mas porque Ele venceu. “Não há muitos caminhos para o Céu. Não pode cada um escolher o seu. Cristo diz: ‘Eu sou o caminho e a verdade e a vida. Ninguém vem a Meu Pai, senão por Mim’ (Jo 14:6). Desde que foi pregado o primeiro sermão evangélico, quando no Éden se declarou que a semente da mulher havia de esmagar a cabeça da serpente, Cristo foi exaltado como o caminho, a verdade e a vida. ... Cristo foi o caminho pelo qual se salvaram os patriarcas e profetas. Ele é o caminho único pelo qual podemos ter acesso a Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 663).

Essa certeza deve nos tornar fortes em nossa posição contra o pecado. Às vezes me sinto miserável e sem esperança quando imagino como seria enfrentar a vida sem a misericórdia de Cristo. Todavia, ao pensar nEle como Redentor para o mundo todo, recebo forças, coragem e esperança. Com Cristo ao meu redor, recebo forças para não seguir os enganos de meu coração pecaminoso. É hora de reconhecermos a justificação que nos foi dada por Cristo e de aprendermos que não podemos ser bem-sucedidos em nossa própria justiça. Deixemos Cristo assumir o controle de nossa vida, porque é somente através de Sua intervenção sacrifical na cruz que podemos ser justificados.

“Desde os dias de Adão até os nossos tempos, nosso grande inimigo tem estado a exercer seu poder de oprimir e destruir. ... Todos os que estão ativamente empenhados na causa de Deus, procurando desvendar os enganos do maligno e apresentar a Cristo perante o povo, estarão habilitados a aderir ao testemunho de Paulo, no qual ele fala em servir ao Senhor com toda a humildade de espírito, com muitas lágrimas e tentações” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 510).

Mãos à obra


1. Observe exemplos da graça de Deus na natureza.
2. Decore cinco versos bíblicos favoritos sobre a salvação.
3. Estude a compreensão que outras denominações têm da redenção e compare-a com a interpretação adventista.

Enosh Ouma – Nairóbi, Quênia

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Panorama da salvação - 05/08/2010 a 07/08/2010

Quinta, 5 de agosto

Aplicação
Passos para a salvação


As repercussões do pecado de Adão são mortais, mas pela fé em Cristo podemos ser perdoados para sempre. Nossa salvação e paz com Deus é garantida, contanto que aceitemos o sangue de Cristo que foi derramado no Calvário. “Quando a onda de iniquidade se propagou pelo mundo e a impiedade dos homens determinou sua destruição por meio de um dilúvio de água, a mão que plantara o Éden o retirou da Terra. Mas, na restauração final de todas as coisas, quando houver ‘novo céu e nova Terra’, será restabelecido, mais gloriosamente adornado do que no princípio” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 62).

Todos estamos ansiosos pelo dia da libertação final, mas ainda vivemos neste mundo e precisamos esperar com paciência. A seguir se encontram algumas dicas para ficarmos firmes até o fim:

Aceite a realidade do sofrimento. Desde o primeiro instante em que aconteceu, o pecado trouxe sofrimento, que só tem aumentado. Não podemos negar que existe muito sofrimento ao redor. O Espírito Santo é capaz de nos ajudar a vencer a dor e o sofrimento enquanto esperamos a volta de Jesus.

Persevere. Por mais que possamos experimentar a dor e o sofrimento neste mundo, somos chamados a persistir nas pegadas dos discípulos e do próprio Cristo. A dor e o sofrimento são um teste de nossa fé, e nossa capacidade de perseverar é proporcional à nossa confiança na capacidade de Cristo para salvar.

Cuide do seu caráter. A perseverança nos ajuda a desenvolver um caráter cristão. Esse é um processo vitalício movido pelo Espírito Santo em nosso coração.

Alimente sua esperança. A esperança fortalece nossa fé. Uma vida cheia de esperança é cheia de serviço em prol de outros.

Mãos à Bíblia


“Conseqüentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens. Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos.” (Rm 5:18, 19).

8. Que contraste nos é apresentado no texto acima? Que esperança nos é oferecida em Cristo?

Cristo Se passou pelo terreno em que Adão caiu, superando cada prova em lugar do ser humano. Jesus é o “segundo Adão”.

9. Como são contrastados os atos de Adão e de Cristo em Romanos 5:15-19?

Hellen Akinyi – Nandi Hills, Quênia

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Panorama da salvação - 03/08/2010 a 07/08/2010

Terça, 3 de agosto

Exposição
Problema e solução


A justificação pela fé (Dt 32:4; Rm 5:6-8). A carta de Paulo aos romanos explora o motivo pelo qual continuamos a existir após o pecado ter entrado no mundo. Adão e Eva poderiam ter morrido no dia em que pecaram. Contudo, por nos amar, Deus elaborou um plano para nos tirar dessa situação.

O perdão para o ser humano somente poderia ser conseguido através de um membro da Divindade. Assim, Cristo deveria se manifestar, “reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens” (2Co 5:19). Em fé e arrependimento, “os caídos filhos de Adão poderiam mais uma vez tornar-se ‘filhos de Deus’” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 64).

“O amor de Deus o Pai foi revelado na morte de Cristo. Este fato vital precisa ser reconhecido, para que haja uma compreensão correta da expiação. ... Cristo não morreu para apaziguar Seu Pai ou para induzi-Lo a nos amar. Foi o amor divino que concebeu o plano da expiação e salvação no princípio, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm trabalhado, juntos, e em perfeita harmonia, para efetuá-lo.”1

Morte e vida contrastadas (Rm 5:12-14). O ambiente original que Deus criou para que nele vivêssemos era perfeito. Ao escrever aos romanos, Paulo discutiu como o pecado mudou essa beleza e ordem perfeitas. Antes do pecado, Adão e Eva desfrutavam comunhão face a face com Deus, mas isso terminou quando Satanás foi bem-sucedido ao tentar o casal. Contudo, o amor de Deus não terminou, Ele escolheu Seu único Filho para que Se tornasse humano, vivesse e morresse na Terra, a fim de que pudéssemos ser libertados da pena de morte. Quando aceitamos esse sacrifício, somos colocados numa nova posição com Deus. Em Romanos 5:12-14, Paulo explica que, através de Adão, a morte reinou mas que, através da morte de Cristo, os seres humanos podem experimentar nova vida pela fé nEle.

Em Romanos 5:12-14, “Paulo enfatiza... que, assim como o pecado e a morte, enquanto um princípio e um poder, procederam de Adão para toda a humanidade, a justiça e a vida, como um princípio e um poder oposto e vencedor, procedem de Cristo para toda a humanidade. Assim como a morte passou a todos os homens que participam do pecado de Adão, a vida é passada a todos os que participam da justiça de Cristo”.2

União maravilhosa (Rm 5:15-21). A vinda de Jesus Cristo para viver e Se identificar com os seres humanos pecadores num mundo pecaminoso é um indicativo do perfeito amor de Deus. Se Cristo não tivesse vindo, não haveria perdão e, assim, não haveria esperança. O abismo entre os pecadores e Deus poderia ter existido para sempre, ou até que o pecado simplesmente destruísse tudo o que estivesse em seu caminho.

Paulo termina Romanos 5 enfatizando “a posição que Cristo ocupa como o mediador na obra da redenção do homem. Através de Sua morte, o crente é justificado e, através da união com Ele daí em diante, o cristão recebe esse poder vitalizador e santificador que transforma sua vida presente e lhe assegura vida eterna no porvir”.3

1. The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 527.
2. Ibid., p. 530.
3. Ibid., p. 533.


Mãos à Bíblia


As pessoas normalmente não querem morrer; e os que desejam a morte só o fazem depois de grande angústia e sofrimento pessoal. A morte é contrária à nossa natureza mais básica. E isso porque, desde o começo, fomos criados para viver para sempre. A morte deveria ser desconhecida para nós.

5. Qual foi o pior resultado do pecado? Rm 5:12. O que isso explica?

Um dos aspectos mais gloriosos do evangelho é que a morte foi tragada pela vida. Jesus passou pelos portais da sepultura e rompeu suas cadeias. Ele diz: Sou Aquele que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades [sepultura]” (Ap 1:18). Porque Jesus tem as chaves, o inimigo não mais pode segurar suas vítimas na sepultura.

Tony Philip Oreso – Nairóbi, Quênia

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Panorama da salvação - 02/08/2010 a 07/08/2010

Segunda, 2 de agosto

Evidência
Fé que traz esperança


Como consequência da violência pós-eleitoral que recentemente abalou meu país, foi recomendado que aqueles que planejaram, financiaram e iniciaram a anarquia fossem levados ao Tribunal Criminal Internacional (TCI) na cidade de Aia, Holanda. Uma vez ali, esperava-se que muitas dessas pessoas recebessem a sentença de morte, porque seus atos levaram à perda de muitas vidas.

A ideia de comparecer perante o TCI deve ter provocado calafrios nas costas dos altos oficiais do governo que perpetraram a violência. Por medo de terminar no corredor da morte, eles expressaram o desejo de ser julgados por um tribunal local, cujos membros talvez lhes dessem uma sentença mais leve.

Quando o pecado entrou na perfeita ordem da criação de Deus, trouxe doença e morte. Não havia nada no mundo que pudesse nos endireitar novamente. “A lei de Deus, quebrantada, exigia a vida do pecador. ... Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Deus poderia fazer expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser Cristo, poderia redimir da maldição da lei o homem decaído e levá-lo novamente à harmonia com o Céu” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 63).

Agora precisamos ter fé em Cristo de que Ele irá nos curar, tanto física quanto espiritualmente. Só Ele pode nos redimir do pecado e dar-nos paz novamente com nosso Pai celestial. Quando O aceitamos como nosso Salvador pessoal, Cristo Se torna a ponte sobre a qual cruzamos da morte para a vida.

Mãos à Bíblia


2. Qual era nossa condição quando Cristo nos buscou? O que Romanos 5:6-8 nos diz sobre o caráter de Deus? Por que esses versos são tão cheios de esperança?

3. Romanos 5:9 diz que podemos ser salvos da ira de Deus por meio de Jesus. Como podemos entender o que isso significa?

A ira de Deus se manifesta contra o pecado, assim como nos indignamos diante das injustiças da vida. Podemos dizer que a ira de Deus é como o amor se sente diante da maldade. Onde surge o pecado, aparece também a ira de Deus, que, por fim o destruirá (Rm 2:5, 8; 3:5). No entanto, sabemos que: (1) Deus é paciente e suporta os pecados por muito tempo, para dar uma chance aos pecadores (Rm 9:22; 2Pd 3:9); (2) Ele nos ama e proveu um meio para escaparmos da ira contra o pecado (Rm 5:9; Jo 3:16).

4. Que outras razões nos são dadas para nos alegrar? Rm 5:10, 11

Samson Orwa – Nairóbi, Quênia

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domingo, 1 de agosto de 2010

Panorama da salvação - 01/08/2010 a 07/08/2010

PANORAMA DA SALVAÇÃO

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de Quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5:1, 2).

Prévia da semana: Embora todos sofram as consequências do pecado, podemos escolher um conjunto diferente de consequências, as da paz, esperança e amor que são resultados da justiça de Cristo.

Leitura adicional: Romanos 5; Mensagens Escolhidas, v.1, p. 396-398.

Domingo, 1º de agosto

Introdução
O Filho da paz


Don Richardson, antropólogo e missionário americano passou vários anos frustrantes na Nova Guiné, esperando levar a mensagem cristã às tribos daquele país. Seus apelos, contudo, sempre caíam em ouvidos indiferentes. Diante disso, Richardson se cansou e decidiu voltar para casa. Entretanto, duas tribos não queriam que ele fosse embora.

“Pouco antes de Richardson partir, os Sawi e seus inimigos mortais, a tribo Haenam, encenaram uma elaborada cerimônia em frente à casa dele. Foi o último esforço deles para convencê-lo a ficar. A aldeia toda se reuniu para assistir ao evento. Todos estavam em silêncio, exceto a esposa do chefe Sawi. Ela gritava alto enquanto o chefe tomou dos braços dela seu bebê de seis meses de idade, o levantou no ar e o entregou ao chefe inimigo. Um membro da tribo explicou a Richardson que a tribo Haenam daria outro nome ao bebê e o criaria como seu.”* Agora que o filho da tribo Sawi vivia com os Haenam, haveria paz entre as duas tribos, porque as duas tribos amavam a criança e não desejavam que ela fosse morta numa guerra. A paz foi restaurada por meio desse menino. Ele se tornou o “filho da paz”.

Cristo é o Filho da paz entre o Céu e a Terra. Deus deu ao nosso mundo pecaminoso Seu único Filho para transpor o abismo criado pelo pecado. Quando cremos no sacrifício de Jesus por nós, obtemos o perdão para nossos pecados, juntamente com a paz e a vida eterna. É sobre essa fé que aprenderemos mais nesta semana.

*“A Modern Peace Child”, Insight, 2000, p. 1022.


Mãos à Bíblia


1. Qual é o resultado de termos sido justificados? Rm 5:1-5. Que sentimentos tomam conta daquele que alcança essa condição?

A declaração “justificados” significa literalmente “tendo sido justificados”. O verbo grego representa a ação completa. Fomos declarados ou considerados justos não por qualquer ato da lei, mas por havermos aceitado a Jesus Cristo. A vida perfeita de Jesus aqui na Terra foi creditada a nós. Ao mesmo tempo, aquele castigo que caiu sobre Cristo por nós, em favor de nós, Ele o recebeu para que nós nunca tivéssemos que sofrê-lo. Que notícia mais gloriosa pode haver para o pecador?

Mary Awuor – Mbita Point, Quênia

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Panorama da salvação - 04/08/2010 a 07/08/2010

Quarta, 4 de agosto

Testemunho
O plano da redenção


“Os anjos não puderam regozijar-se ao desvendar-lhes Cristo o plano da redenção; pois viram que a salvação do homem deveria custar a indizível mágoa de seu amado Comandante. Com pesar e admiração escutaram Suas palavras ao contar-lhes Ele como deveria descer da pureza e paz do Céu, de sua alegria, glória e vida imortal, e estar em contato com a degradação da Terra, para suportar suas tristezas, ignomínia e morte. Ele deveria ficar entre o pecador e a pena do pecado; poucos, todavia, O receberiam como o Filho de Deus. Deixaria Sua elevada posição como a Majestade do Céu, apareceria na Terra e Se humilharia como um homem, e, pela Sua própria experiência, familiarizar-Se-ia com as tristezas e tentações que o homem teria de enfrentar. Tudo isso seria necessário a fim de que Ele pudesse socorrer os que fossem tentados (Hb 2:18). ...

“Cristo assegurou aos anjos que, pela Sua morte, resgataria muitos e destruiria aquele que tinha o poder da morte. Recuperaria o reino que o homem perdera pela transgressão, e os remidos deveriam herdá-lo com Ele e nele habitar para sempre. Pecado e pecadores seriam extintos, para nunca mais perturbarem a paz do Céu ou da Terra. Ele ordenou que o exército angélico estivesse de acordo com o plano que Seu Pai aceitara e se alegrasse de que, por Sua morte, o homem decaído pudesse reconciliar-se com Deus.

“Então alegria, inexprimível alegria, encheu o Céu. A glória e bem-aventurança de um mundo remido sobrepujaram mesmo a angústia e sacrifício do Príncipe da vida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 64, 65).

Mãos à Bíblia


6. O que esses textos revelam a realidade do pecado antes de a lei ter sido apresentada no Monte Sinai? Gn 4:7; 18:20; Is 14:12-14; Ez 28:12-19

Devemos lembrar que o pecado não é apenas a transgressão de mandamentos específicos, mas um ataque ao princípio básico do governo de Deus, que é o amor. O caráter e os princípios de Deus já existiam desde a eternidade (Sl 25:6). Os mandamentos foram a maneira didática que Deus usou para nos ensinar a identificar e rejeitar o mal. Portanto, antes do Sinai, eles já existiam não nas mesmas palavras, mas subjetivamente no caráter santo de Deus.

7. Com que propósito Deus nos revela a lei? Rm 5:20, 21

Através dos mandamentos, podemos descobrir qual é nossa real condição espiritual e assim buscar a solução em Cristo.

Daniel Odhiambo – Nairóbi, Quênia

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