sábado, 23 de julho de 2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração - Resumo Semanal - 23/07/2011 a 23/07/2011

Alegria dianto do Senhor: Santuário e adoração
Compreendendo quem é Deus
Resumo Semanal - 17/07/2011 a 23/07/2011


Ozeas C. Moura
Doutor em Teologia Bíblica

Nesta semana, consideraremos o serviço do antigo santuário israelita, o centro da adoração do povo de Israel, e tiraremos dele lições a respeito de como podemos ter uma experiência mais profunda de adoração.

I. “Para que Eu possa habitar no meio deles”
“Tu o introduzirás e o plantarás no monte da Tua herança, no lugar que aparelhaste, ó Senhor para a Tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as Tuas mãos estabeleceram” (Êx 15:17).

Esta é a primeira referência de um santuário nas Escrituras. Foi cantada como parte do cântico de libertação pelos filhos de Israel, depois que saíram do Egito. O verso não apenas fala sobre o santuário, mas sugere que ele será a morada de Deus na Terra.


A Bíblia fala dos muitos atributos de Deus, entre eles o da transcendência e o da imanência. A transcendência tem que ver com a sublimidade e grandiosidade de Deus. Isaías O viu “assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de Suas vestes enchiam o templo” (6:1). Isso é transcendência. Mostra o abismo que há entre um Deus santo e infinito e a criatura pecadora e finita. Mas as Escrituras também ressaltam o outro atributo divino: a imanência, que é o modo pelo qual Deus Se relaciona com o ser humano, entra em sua história e está com ele em seus momentos bons e maus.


Isaías 57:15 mostra tanto a transcendência quanto a imanência de Deus: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo. Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” E foi para “habitar” com os seres humanos que Deus ordenou a Moisés (Êx 25:8, 9) que construísse um santuário – símbolo visível da habitação ou presença de Deus entre Seu povo e centro de toda a adoração israelita.


Cada aspecto do tabernáculo terrestre devia representar corretamente um Deus santo e ser digno de Sua presença. Tudo que se relacionava com ele devia inspirar o sentimento de temor e reverência. Afinal, essa era a morada do Criador do Universo.

II. Corações dispostos
Na construção do santuário Deus contou com a colaboração de pessoas de “coração disposto”, ou seja, voluntário (Êx 35:5). Aqui temos uma das características fundamentais da adoração: ser voluntária, não forçada, motivada pelo senso da grandeza e bondade de Deus e de nossa pequenez, carência e pecaminosidade.


Da construção do santuário mosaico podemos tirar várias lições com respeito à adoração:


1. Primeiramente, a adoração tem que ver com o interior da pessoa, com sua disposição voluntária, prazerosa, de adorar a Deus. Isso é ter um “coração disposto” (Êx 35:5);


2. A adoração não é passiva nem somente contemplativa. O adorador é chamado a fazer algo, demonstrando ativamente que está do lado de Deus e O tem em alta conta. Os israelitas do tempo de Moisés agiram, trazendo ofertas em ouro, prata, bronze, pedras preciosas e peles de cabras e outros artigos necessários à construção do tabernáculo (35:5-9). Além disso, ajudaram na construção com seus variados talentos (35:10);


3. A doação de ofertas é parte importante da adoração. Assim, ao trazermos nossas ofertas (e dízimos) ao Senhor, façamos isso com gratidão pelas bênçãos recebidas do grande criador e mantenedor.


4. Em nossa adoração a Deus devemos entender que Ele sempre merece o melhor: na construção do santuário foram empregados os melhores materiais (ouro, prata, pedras preciosas, etc.) e as pessoas mais talentosas (Bezalel, Aoliabe e outras pessoas talentosas sob a supervisão desses dois; 35:10, 25, 30, 35).

III. O holocausto contínuo
“Isto é o que oferecerás sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro… pela manhã e o outro, ao pôr do sol” (Êx 29:38, 39).

O sacrifício diário de cordeiros, o “holocausto contínuo” (Êx 29:42), devia ensinar ao povo sua constante necessidade de Deus e a dependência dEle para a sobrevivência física mas, acima de tudo, para o perdão e aceitação diante de Deus. O fogo sobre o altar devia continuar queimando dia e noite (Lv 6:8-13). Esse fogo poderia servir como lembrete permanente da necessidade de um Salvador.
Os holocaustos tinham função pedagógica. Lembravam continuamente aos israelitas a seriedade do pecado (ele resulta em morte) e o advento do Messias, o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).


Lamentavelmente, a grande maioria dos israelitas perdeu de vista essas lições. Com o tempo, passaram a acreditar que os sacrifícios eram apenas um meio de comprar o favor de Deus ou aplacá-Lo por algum ato errado cometido. A adoração que deveria ser fruto de um coração contrito e agradecido passou a ser mero formalismo, destituído de vida e significado. Algo como mera barganha entre o adorador e seu Deus.

IV. Comunhão com Deus
Cada parte ou móvel do santuário fora projetado para chamar a atenção dos israelitas para o fato de que Deus desejava Se relacionar e manter comunhão com eles. Além de o santuário ser todo ele um tipo da obra de Cristo, a tenda representava a morada de Deus entre o povo; o altar dos holocaustos mostrava o amor de Deus em prover um substituto para a morte do pecador; a bacia com água lembrava aos adoradores israelitas que Deus desejava limpá-los do pecado; a mesa com os pães da proposição mostrava o cuidado de Deus em suprir as necessidades físicas do povo; o candelabro indicava que Deus ilumina e orienta Seu povo; o altar de incenso representava Deus atendendo as orações dos adoradores, e a arca, com a luz gloriosa, manifestada na shekinah (tampa da arca), era um símbolo da presença de Deus entre o povo.


Mesmo que hoje não tenhamos mais conosco o santuário mosaico, nem a luz brilhante da shekinah temos a promessa de que Cristo, na pessoa do Espírito Santo, está conosco “todos os dias” (Mt 28:20). É-nos dito que esse Espírito nos guia “a toda a verdade” (Jo 16:13). A verdadeira adoração deve nos ajudar a ser mais abertos à liderança de Deus e Seus ensinos, porque a reverência deve nos ensinar a atitude de fé e submissão à vontade de Deus. Assim, mesmo tendo Cristo ascendido ao Céu, não estamos órfãos nem da presença nem das orientações divinas. O Espírito Santo nos foi dado para que ficasse “para sempre” conosco (Jo 14:16).

V. Alegrar-se diante do Senhor
Embora a adoração israelita fosse expressa por meio do ritual do santuário, com seus variados sacrifícios e consequente derramamento de sangue, ela não devia ser triste nem formal. Deus ordenou aos israelitas que “se alegrassem diante do Senhor”, quando comparecessem diante dEle para adorá-Lo. Eles deviam se regozijar perante o Senhor em sua adoração. Essa ordem aparece repetidas vezes. Fica claro, então, que a experiência de adoração deve feliz. Afinal, se as verdades da salvação, redenção, mediação e juízo não são motivos de regozijo, que outra coisa nos alegraria?


Hoje há a tendência de ir para um dos extremos: uma adoração fria, mecânica e formalista, com bastante instrução, mas pouca alegria e emoção, ou uma adoração fervorosa, bastante emocional, mas com pouca instrução extraída da Palavra de Deus. O remédio para esse dilema é atentar para as orientações de Deus quanto à construção do santuário israelita e de como deveria ser a adoração. O mesmo Deus que deu instruções a Seu povo, os israelitas, mediante o sistema sacrifical, ordenou-lhes que O adorassem com alegria.

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração - 22/07/2011 a 23/07/2011

Sexta, 22 de julho

Opinião
Aprendendo pelo sacrifício


Mediante os rituais de sacrifício, o santuário proveu meios para que o povo, que tinha um concerto com Deus, pudesse entrar em Sua divina presença. Em que consistiam esses sacrifícios? Como esses sacrifícios prefiguravam o que Cristo faria por nós?

O santuário era uma forma pela qual Deus convidava Seu povo para uma aliança com Ele, com base na adoração. Por meio do santuário, os israelitas poderiam entendero plano de salvação, participar na santidade divina e desenvolver fé e obediência a Deus.

O pecado rompeu esse concerto. Enquanto não tratasse desse assunto, o povo sofreriapor conta de suas próprias iniquidades e jamais alcançariam a vida eterna. Contudo, o Senhor, por Sua graça, mostrou-lhes a maneira pela qual eles poderiam ser perdoados e purificados do pecado. Essas provisões eram o cerne do sistema sacrifical do santuário. Ao trazer um cordeiro para ser sacrificado, o israelita confessava sua crença no Salvador prometido por Deus. Por sua vez, o sacerdote, como representante de Deus, fazia a expiação pelos pecados (Lv 5:5, 6). O tipo exato de animal ou ritual dependia de inúmeros fatores, mas a ideia principal era sempre a mesma.

Quando alguém pensa no santuário, é comum refletir a respeito do local construído sob a direção do próprio Senhor. No entanto, muito mais importante que sua beleza extraordinária era a mensagem que Deus pretendia comunicar por meio dos rituais no santuário, particularmente, a atuação de Seu Filho no santuário celestial, em favor de cada um de nós.

“Foi Cristo mesmo o originador do sistema judaico de culto, pelo qual, mediante tipos e símbolos, as coisas espirituais e celestiais eram vistas na forma de sombras. [...]

“Havia uma lição incorporada em cada sacrifício, impressa em cada cerimônia, solenemente pregada pelo sacerdote em seu santo ofício, e inculcada pelo próprio Deus – que somente pelo sangue de Cristo há perdão de pecados. [...]

Pense nisto


Atualmente, quando pecamos, não mais precisamos utilizar animais para sacrifício. Contudo, podem existir itens ou atividades que Deus nos pede que sacrifiquemos quando O aceitamos como nosso Salvador. O que você tem sacrificado para aceitar a Cristo?

Mãos à obra


1. Fotografe e crie uma montagem que explore formas práticas de adoração a Deus.
2. Escreva uma peça sobre um jovem israelita levando um cordeiro para o santuário, como oferta por seu pecado. Explique a importância dos rituais de adoração.
3. Construa um modelo do santuário, bem como dos elementos de adoração nele existentes.
4. Pesquise os componentes da verdadeira adoração e, com base neles, organize um culto. Peça permissão à direção de sua igreja para que os jovens de sua congregação coloquem em prática o serviço de adoração que você planejou.

Glenn Brian Ente – Zambales, Filipinas

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração - 21/07/2011 a 23/07/2011

Quinta, 21 de julho

Aplicação
Revelando os fundamentos da adoração


Quando adoramos a Deus, experimentamos transformação pessoal. É impossível permanecermos em Sua presença e continuarmos os mesmos. A verdadeira adoração causa impacto em nós. Davi declarou: “Alegrei-me com os que me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!’” (Sl 122:1). Ele descobriu que na presença de Deus há alegria plena. Embora haja sempre o perigo de se deixar levar pelo exagero e pelo emocionalismo (como podemos perceber em algumas igrejas), há também o risco de nossa adoração se tornar fria e sem vida.

No contexto da guerra e da devastação, o poeta W. H. Auden escreveu que os humanos são como crianças “perdidas numa floresta encantada”, “com medo da noite”, e que “nunca foram felizes nem bons.”* Essas frases depressivas capturam a situação humana em geral. Felizmente, Deus quer nos tirar desse lamaçal.

Por séculos, o principal modo de revelação desse plano foi o serviço do santuário terrestre, que indicava os princípios de adoração a Deus:

A verdadeira adoração provém de um coração desejoso de adorar aos Senhor (Êx 25:1, 2). Adorar a Deus porque outros o fazem não garante a prática da verdadeira adoração.

Cada filho de Deus deve empregar seus talentos na adoração a Ele (Êx 35:10-35). Que talentos você pode utilizar nas horas de adoração em sua igreja? Como você pode usá-los para extrair o melhor de sua hora de adoração pessoal?

Adoração inclui esquadrinhar o próprio coração e confessar nossos pecados, suplicando o perdão divino (Lv 4:27-29). Talvez essa seja a essência da adoração – prostrar-nos diante do Salvador com um coração contrito, considerando nossa natureza pecaminosa e os erros que cometemos, e ansioso pela cura que provém de Suas pisaduras (Is 53:5).

* W. H. Auden. “1º de setembro de 1939.” Disponível em: http://lists.ncc.edu/scripts/wa.exe?A2=ind0710&L=WOM-PO&D=1&T=0&O=A&P=344182. Acesso em: 10 jun. 2010.

Mãos à Bíblia


6. O que os textos a seguir nos dizem sobre a adoração israelita no santuário? Lv 23:39-44; Dt 12:5-7, 12, 18; 16:13-16

Uma das grandes lutas que a igreja enfrenta tem que ver com adoração e estilos de culto. Uma lição que podemos aprender do modelo do santuário é que toda a verdadeira adoração, que deve levar à alegria, precisa ser realizada no contexto da verdade bíblica. Deus deu aos israelitas instruções muito claras, rigorosas e formais, em relação à construção do santuário, seu ministério e suas cerimônias, destinados a ensinar as verdades da salvação, mediação e juízo. Ao mesmo tempo, eles deviam se regozijar perante o Senhor em sua adoração. Esse tema aparece repetidas vezes. Afinal, se as verdades da salvação e juízo não são motivo de regozijo, que outra coisa nos alegraria?

Leonardo Del Rosario Jr. – Davao City, Filipinas

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração - 20/07/2011 a 23/07/2011

Quarta, 20 de julho

Testemunho
Aprendendo com o passado


“O incenso que subia com as orações de Israel, representa os méritos e intercessão de Cristo.Unicamente Sua perfeita justiça, que pela fé é atribuída ao Seu povo, pode tornar aceitável a Deus o culto de seres pecadores.

“Quando os sacerdotes, pela manhã e à tardinha, entravam no lugar santo à hora do incenso, o sacrifício diário estava pronto para ser oferecido sobre o altar, fora, no pátio. Essa era uma ocasião de intenso interesse para os adoradores que se reuniam junto ao tabernáculo. Antes de entrar à presença de Deus pelo ministério do sacerdote, deviam empenhar-se em ardoroso exame de coração e confissão de pecados. Uniam-se em oração silenciosa, com o rosto voltado para o lugar santo. Assim, ascendiam suas petições com a nuvem de incenso, enquanto a fé se apoderava dos méritos do Salvador prometido, prefigurado pelo sacrifício expiatório.

“As horas designadas para o sacrifício da manhã e da tardinha eram consideradas sagradas, e, por toda a nação judaica, vieram a ser observadas como um tempo reservado para a adoração. E, quando, em tempos posteriores, os judeus foram espalhados como cativos em países distantes, ainda naquela hora designada voltavam o rosto para Jerusalém e proferiam suas petições ao Deus de Israel. Nesse costume, os cristãos têm um exemplo para a oração da manhã e da noite. Conquanto Deus condene o mero ciclo de cerimônias sem o espírito de adoração, olha com grande prazer àqueles que O amam, prostrando-se de manhã e à noite, a fim de buscar o perdão dos pecados cometidos e apresentar-Lhe seus pedidos de bênçãos necessitadas” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 353, 354.)

Pense nisto


1. Quais as partes do serviço de comunhão que, na atualidade, apontam para Jesus, nosso Mediador?

2. Por que o amanhecer e o anoitecer são bons momentos para a comunhão com Deus?

Mãos à Bíblia

4. Leia Êxodo 25:10-22. O que o povo é orientado a fazer ali, e quais promessas são apresentadas?

Deus prometeu ao povo não apenas Sua presença. Ele prometeu Se comunicar com as pessoas, falar com elas, para guiá-las nos caminhos que elas deviam seguir.

5. Que promessas encontramos em Salmos 37:23, 48:14, Provérbios 3:6 e João 16:13?

Qual cristão não tem visto a direção do Senhor em algum momento de sua vida? É aqui, também, que entra a adoração. Devemos adorar o Senhor em atitude de submissão, entrega e boa vontade em ser conduzidos.

Lyn Van Denburgh – Milwaukee, EUA

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração - 19/07/2011 a 23/07/2011

Terça, 19 de julho

Exposição
Separado para uso santo


Adoração: a quem? (Mt 4:10; Ap 19:10). Quando Satanás encorajou Jesus a Se prostrar e adorá-lo, Ele respondeu: “Retire-se, Satanás! Pois está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a Ele preste culto’” (Mt 4:10).

Apesar de a Escritura testificar claramente que somente Deus deve ser o alvo de nossa adoração, existem momentos em que algumas pessoas direcionam sua adoração para outro rumo. Por exemplo: quando o apóstolo João encontrou um ser angelical, prostrou-se em adoração. Ele recebeu a seguinte repreensão do mensageiro celestial: “‘Não faça isso! [...] Adore a Deus! ’” (Ap 19:10).

Cada vez que elevamos nosso coração e voz ao Criador em adoração, unimo-nos aos seres celestiais diante de Seu trono, os quais O adoram constantemente. Mediante orações silenciosas, podemos adorar nosso Deus a qualquer hora, em qualquer lugar.

Adoração: onde, quando e como? (Êx 25:1-22; 29:38, 39; Dt12:5-7, 12, 18; 16:13-16). Apesar da importância de nossa adoração particular, os textos acima nos ensinam que devem existir momentos especiais de adoração coletiva. Princípios a respeito desses momentos são encontrados nas orientações dadas por Deus em relação aos serviços do santuário e às festividades hebraicas.

Nesses textos, aprendemos que santidade é um atributo daquele (ou daquilo) que é “separado para uso santo”. A adoração coletiva é exatamente isto: a separação não só de tempo, mas também de nós mesmos, para uma comunhão especial com Deus e interação uns com os outros. É a nossa forma de dizer “Quão grande és Tu, Senhor Deus, e quão indignos nós somos.” É a maneira de reconhecermos nossa total dependência da justiça de Cristo, nosso único meio de salvação.

As instruções que Deus deu em relação à adoração no santuário nos ensinam que deveríamos separar tempo para nos oferecermos Àquele que é a fonte de tudo o que somos, Àquele cuja morte na cruz abriu as portas do Céu.

Adoração verdadeira (1Jo 5:3). A verdadeira adoração, muito mais que formalidades, hinos e liturgia, é a expressão de nossa gratidão pelo que Deus é e pelo que Ele tem feito por nós por intermédio de Jesus. Também adoramos a Deus revelando nosso amor por Ele: “Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos Seus mandamentos” (1Jo 5:3).Certamente, a observância da Lei de Deus faz parte do comportamento daqueles que procuram adorá-Lo em “espírito e em verdade”.

A adoração, como qualquer outro ato repetitivo, corre o risco de se tornar uma rotina mecânica. Uma vez que deixemos de adorar a Deus com sincero amor, nossa adoração deixa de ter um propósito, passando a ser realizada de forma apática, enfadonha e, portanto, prejudicial.

Deus habitando entre nós (Êx 25:8). Deus deu a seguinte ordem a Moisés: “E farão um santuário para Mim, e Eu habitarei no meio deles.” (Êx 25:8). Com instruções detalhadas, Deus deu a Moisés o projeto para a construção de uma sombra terrestre do “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” (Hb 8:2).

Um dos propósitos do santuário era que o homem se encontrasse com o Senhor e se regozijar em Sua glória. “Então a glória do Senhor levantou-se de cima dos querubins e moveu-se para a entrada do templo. A nuvem encheu o templo, e o pátio foi tomado pelo resplendor da glória do Senhor” (Ez 10:4).

A mensagem extraída do santuário terrestre é clara: Jesus Se tornou o portador de nossos pecados, tomando-os sobre Si mesmo e sendo punido por eles. Isso fez dEle o único meio de salvação e perdão para a humanidade caída. Hoje, Jesus está no santuário celestial intercedendo em nosso favor. “Nosso Deus é um terno e misericordioso Pai. Seu serviço não deve ser considerado um exercício penoso e entristecedor. Deve ser uma honra adorar o Senhor e tomar parte em Sua obra. Deus não quer que Seus filhos, para quem preparou uma tão grande salvação, procedam como se Ele fosse um duro e exigente feitor. Ele é seu melhor amigo, e espera que, quando O adorarem, Ele possa estar com eles, para os abençoar e confortar, enchendo-lhes o coração de alegria e amor. O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto em Seu serviço, achando mais prazer que fadiga em Sua obra. Deseja que aqueles que O buscam para Lhe render adoração levem consigo preciosos pensamentos acerca de Seu cuidado e amor, a fim de poderem ser animados em todas as ocupações da vida diária e disporem de graça para lidar sincera e fielmente em todas as coisas” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 103).

Pense nisto

Como os princípios da adoração encontrados no santuário e nas festividades hebraicas podem ser aplicados em seus hábitos de adoração pessoal e nos momentos de adoração em sua igreja?

Mãos à Bíblia


“Isto é o que oferecerás sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro… pela manhã e o outro, ao pôr do sol” (Êx 29:38, 39).

O sacrifício diário de cordeiros, o “holocausto contínuo” (v. 42), devia ensinar ao povo sua constante necessidade de Deus e a dependência dEle para o perdão e aceitação.

3. Qual é a relação entre a morte de Cristo e os sacrifícios de animais no sistema do Antigo Testamento? Hb 10:1-4; 1Pe 1:18, 19.

Cristo cumpriu o verdadeiro significado das ofertas sacrificais. Deus não tinha prazer em tais sacrifícios, mas eles haviam sido planejados para ser um momento de tristeza, arrependimento e afastamento do pecado.

Adoração significa, em primeiro lugar, entregar-se total e completamente a Deus como sacrifício vivo. Quando nos entregamos primeiramente, em seguida dedicamos nosso coração, dons e louvores. Essa atitude é uma proteção segura contra rituais vazios e sem sentido.

Farrah Paterniti – Taylor, EUA

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração - 18/07/2011 a 23/07/2011

Segunda, 18 de julho

Evidência
Música em nosso coração

A música exerce um papel essencial na adoração. Quando Moisés foi instruído por Deus quanto às vestes do sumo sacerdote do santuário, foi-lhe dito que a bainha das vestes sacerdotais deveria ter sinos dourados. Apesar de os sinos não tocarem uma cadência específica de notas, seus sonidos “conscientizavam os adoradores de que (o sumo sacerdote) estava oficializando em seu favor na presença de Deus, e os estimulavam a segui-lo em seus pensamentos e orações ao ele proceder durante as diferentes partes do ritual sacerdotal. O som dos sinos unia o sacerdote e o povo em adoração [...] Pela fé, nós também podemos ouvir o som do santuário que conduz para o alto nosso coração e mente, até onde Cristo Se senta à direita de Deus para fazer intercessão por nós (Rm 8:34; Cl 3:1-3; Hb 8:1, 2).”*

Muitos tempo depois, salmos foram escritos para ser cantados no Templo,no qual os serviços sacrificais e a adoração continuaram a ser praticados. O Salmo 47, por exemplo, “é um hino festivo do mais puro louvor a Jeová, que é exaltado como Deus não somente de Israel, mas também de todas as nações da Terra [...] Como um hino para adoração pública, o Salmo 47 provavelmente tenha sido entoado em antífona por dois coros, um cantando os versos 1, 2, e 5, 6, alternando com outro grupo cantando os versos 3, 4, e 7, 8, unindo-se ambos na entoação do verso 9”(The SDA Bible Commentary, v. 3, p. 746).

Hoje, as cortes celestiais estão repletas de cânticos de louvor. Quando adoramos a Deus por meio da música, somos privilegiados em nos juntar à sinfonia angelical. “A música faz parte do culto a Deus, nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, para nos aproximarmos tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. [...] O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de adoração, tanto quanto a prece. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar a este a expressão correta.”(Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 594).

Hoje, o santuário terrestre nos relembra o santuário celestial, onde Cristo está intercedendo em nosso favor. Em substituição às ofertas sacrificais, não mais exigidas, apresentemos canções de louvor e gratidão a Deus pelo sacrifício feito por Seu Filho em nosso favor.

* The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 649, 650.

Mãos à Bíblia


2. Tendo em vista a construção do Tabernáculo, que lições podemos obter em relação à adoração? Êx 35

Para contribuir com a obra da construção do santuário, as pessoas voluntariamente apresentaram dádivas materiais, tempo, talentos e o trabalho de suas habilidades criativas: “Todas as mulheres cujo coração as moveu em habilidade...” (v. 26); “todo homem cujo coração o impeliu a se chegar à obra para fazê-la” (Êx 36:2).

Temos a tendência de pensar que adoração é a reunião de um grupo de pessoas para cantar, orar e ouvir um sermão. Mas a adoração não se limita a isso. Todo ato de abnegação pela causa do Senhor é um ato de adoração.

Rachel Leer – Aspers, EUA

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domingo, 17 de julho de 2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração - 17/07/2011 a 23/07/2011

Regozijando-se diante do Senhor: o santuário e a adoração

“E regozijem-se ali perante o Senhor, o seu Deus, vocês, os seus filhos e filhas, os seus servos e servas, e os levitas que vivem nas cidades de vocês por não terem recebido terras nem propriedades” (Dt 12:12).

Prévia da semana: Os serviços de adoração do santuário estavam centralizados nas provisões de Deus para nos salvar do pecado e nos santificar diariamente. Eles também proviam os meios para comunicação íntima e celebração da bondade de Deus.

Leitura adicional: O Grande Conflito, p. 437, 438; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 491-500.

Domingo, 17 de julho

Introdução
Auxílio visual de Deus


Deus está buscando verdadeiros adoradores. Todos nós, inevitavelmente, adoramos alguém ou alguma coisa. Nossa decisão, portanto, não se baseia em adorarmos ou não, mas sim em quem ou o que adorarmos. Devemos adorar exclusivamente a Deus. Não há ninguém melhor. Ele nos ama tanto que enviou Seu único Filho para morrer em nosso lugar, por causa de nossos pecados.

Durante Seu ministério terrestre, Jesus enfatizou a importância da adoração tanto em Suas ações como em Seus ensinos (Mt 15:8, 9; 18:20; Lc 4:16; Jo 4:22–24). Onde quer que estivesse (templo, montanha, sinagoga), Jesus sempre tirava tempo para adorar Seu Pai celestial.

Os redimidos terão o privilégio de adorar a Deus eternamente. Todas as raças, nações, línguas e povos se unirão para adorá-lo por meio de lindas sinfonias de louvor. “O Céu e a Terra se unirão em louvor, quando, ‘desde um sábado até ao outro’ (Is 66:23), as nações dos salvos se inclinarem em jubiloso culto a Deus e o Cordeiro” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 770).

Como os israelitas devem ter se sentido após centenas de anos sendo escravizados pelos egípcios? De repente, eles estavam livres para adorar a Deus – o Deus de seus antepassados. Provavelmente, muitos deles tivessem pouco ou nenhum conhecimento de seu Salvador. Por isso, Deus lhes deu instruções detalhadas de como construir um santuário, cujos serviços e mobílias iriam ensiná-losa respeito de Cristo e do plano da salvação. Cada detalhe, cada móvel, cada sacrifício e serviço, mesmo as cores usadas representavam o amor e a misericórdia de Deus para com Seu povo.

Nesta semana, analisaremos os rituais de adoração praticados no santuário terrestre. Ao estudar, busque a aplicação desses conceitos em sua vida, elevando sua própria adoração.

Mãos à Bíblia


1. Leia Êxodo 25:1-9. Por que Deus pediu que o povo de Israel edificasse um santuário para Ele? Por que Deus não usou Seu poder para erguer o tabernáculo?

Aquele que trouxe o mundo à existência com Sua Palavra poderia ter criado um santuário magnífico. Em vez disso, fez com que Seu povo estivesse íntima e intrinsecamente envolvido na criação do lugar que seria, não somente Sua morada, mas também o centro de toda a adoração israelita. Cada aspecto do tabernáculo terrestre devia representar corretamente um Deus santo e ser digno de Sua presença.

Ever Santillan Tandug – Jizan, Arábia Saudita

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