sábado, 6 de setembro de 2008

Resumo Semanal: MULHERES EM MISSÃO - 06/09/2008 a 06/09/2008

MULHERES EM MISSÃO

RESUMO SEMANAL - 31/08/2008 a 06/09/2008


Pr. Wagne dos Santos Mesquita
Diretor do Departamento de Ministério Pessoal e Escola Sabatina
União Central Brasileira


I – Introdução

a. A influência das mulheres na promoção do reino de Deus na Terra é um fato que não poder ser considerado sem a devida importância. Deus sempre pode contar com mulheres, algumas delas ocupando posições de destaque; outras, ocupando funções simples e sem muita importância, mas todas foram agentes de esperança, fazendo avançar o reino de Deus.

b. Tanto o Antigo como o Novo Testamento enfatizam que, assim como Jesus veio ao mundo para salvar homens e mulheres, também homens e mulheres salvos têm-se transformado em agentes da esperança aos perdidos.

c. A lição desta semana destaca o papel da mulher na pregação do evangelho. Embora, desde os tempos remotos, muitas mulheres tenham se destacado como tal, vamos analisar o papel da mulher no Novo Testamento como agente de esperança.

II- Restaurando a dignidade da mulher

a. Nos dias de Jesus, as mulheres ocupavam na sociedade um lugar muito inferior ao dos homens, embora, aos olhos de Deus, homens e mulheres tivessem a mesma importância. Na vida prática, as coisas eram bem diferentes:

i. Discriminação e preconceitos começavam bem cedo, mesmo ao nascer. Era muito comum haver alegria num lar que recebia um filho homem. Mas o nascimento de uma menina era acompanhado de indiferença e até mesmo de tristeza. Havia, inclusive, um ditado rabínico que dizia: “Todo homem devia agradecer diariamente a Deus por não ter nascido mulher, nem pagão, nem operário”.1

ii. As meninas eram proibidas de freqüentar as escolas dos rabinos. Só tinham parte na herança se os pais não tivessem filho homem. Casavam-se, em geral, com doze anos e meio e, normalmente, a escolha do cônjuge era feita pelo pai. À esposa estava reservado apenas o serviço doméstico. A um israelita era completamente impróprio falar com uma mulher na rua. O homem podia pedir divórcio por qualquer coisa banal.2 Aos olhos da lei, a mulher era considerada menor, irresponsável: O marido podia recusar qualquer compromisso por ela assumido, e a parte prejudicada não encontrava nenhum apoio legal.3 A mulher, portanto, era considerada objeto e de pouco valor.

b. Jesus, entretanto, tinha uma abordagem completamente diferente da cultura dos Seus dias com relação às mulheres. Ele contrariou o pensamento social, religioso e cultural acerca das mulheres. Ele veio para salvar homens e mulheres. Sua morte inclui todos e não exclui ninguém. Em pelo menos três episódios do Seu ministério, Ele procurou quebrar flagrantemente as barreiras impostas pela cultura e pelo cerimonialismo da época. Esses episódios destacam a atitude compassiva de Jesus quanto à mulher e Seu desejo de lhes devolver a dignidade com a qual Ele as criara:

i. Em Lucas 8:41, 42, 49-55, Jesus tocou e restaurou a filha de Jairo. Tocar no cadáver de uma pessoa – principalmente mulher – em público, era inaceitável nos dias de Jesus. A pessoa era considerada imunda para exercer o ato da adoração divina. Jesus, entretanto, ignorou o cerimonialismo da época com o fim de usar de graça e de bondade para com aquela menina.

ii. Lucas 8:43 a 48, Jesus permitiu que uma mulher que sofria de hemorragia O tocasse e a elogiou publicamente por sua fé.

1. A condição daquela mulher era certamente a pior possível. Além da discriminação e preconceitos comuns às mulheres naqueles dias, ela ainda sofria de um mal cujas conseqüências sociais e familiares eram de uma crueldade inimaginável. Ela padecia de uma frustração (a doença se prolongava por doze anos), vergonha e da perpétua separação e isolamento, não podendo desfrutar do convívio dos amigos e familiares e nem freqüentar a sinagoga e o templo. (Lv 15:25-27), devido a sua enfermidade. Seu quadro se tornava ainda pior pela idéia comum naqueles dias de que as enfermidades eram uma espécie de castigo pelos pecados cometidos (Jo 9:2). Sua condição era de completa frustração, vergonha e medo. Sua auto-estima estava no pó, e sua mente tomada pelo complexo de culpa.

2. O relato bíblico diz que “ela veio por trás dEle”, devido à vergonha e ao medo, pois sabia que se uma mulher, nas condições dela, tocasse em um homem, seria considerada criminosa pelos judeus, porquanto lhe transmitiria sua imundícia. Naturalmente, seu propósito era tocar em Jesus sem que Ele o percebesse. “Mas Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E desde aquele instante, a mulher ficou sã” (Mt 9:22). Com estas palavras ternas e agradáveis, percebemos a misericórdia e a humanidade de Jesus para com essa mulher. Ele veio para salvá-la, e Seu poder (que a curou) não era maior do que Sua simpatia e bondade (que desejava demonstrar publicamente e propositalmente a ela). Jesus não quis apenas remover a enfermidade física da mulher, mas também quis eliminar o medo que a sociedade lhe impusera. Quis restaurar sua dignidade e devolver-lhe o lugar na sociedade, na família e na igreja.

3. Em Lucas 7:37-39, Jesus permitiu que uma mulher, Maria, lavasse Seus pés em público e os enxugasse com seus cabelos. Somente Jesus faria isso, uma vez que essa atitude seria considerada uma aberração naqueles dias. Qualquer outra pessoa a teria repreendido (como fizeram Judas e Simão), uma vez que Maria era considerada grande pecadora. Mas Jesus conhecia “as circunstâncias que lhe tinham moldado a vida. Poderia ter acabado com sua esperança, mas não o fez”. Ao contrário, “quando aos olhos humanos, seu caso parecia sem esperança, Cristo viu em Maria aptidões para o bem... Viu os melhores traços de seu caráter... Mediante Sua graça, tornou-se participante da natureza divina e chegara bem perto do Salvador em associação e serviço”, tornando-se uma agente da esperança. “Foi Maria que se assentou aos pés de Jesus e dEle aprendeu. Foi ela que Lhe derramou na cabeça o precioso ungüento, e banhou-Lhe os pés com as próprias lágrimas. Esteve ao pé da cruz e O seguiu ao sepulcro. Foi a primeira a estar junto ao sepulcro, depois da ressurreição e a primeira a proclamar o Salvador ressuscitado.”4

d. Com estas três atitudes Jesus antecipava o que Paulo escreveu aos Gálatas no capítulo 3:28. “dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Em Cristo Jesus, o preconceito, a discriminação e a rejeição em qualquer de suas formas não tem lugar, nem cabe ao Seu povo. Assim como a cultura, raça ou cor, o gênero não é uma condição prévia para ser aceito ou ser usado por Deus. Antes de mais nada, um coração disposto é a condição única necessária para que Deus nos aceite e use como verdadeiros agentes da esperança.

III- Uma mulher – agente da esperança

a. Razões para a divisão entre judeus e samaritanos

i. O reino do Norte compunha-se de dez tribos (após a divisão do Reino de Israel) e passou a ser conhecido como Samaria. A cidade de Samaria foi edificada por Onri, para ser a capital do reino nortista de Israel (ver 1Rs 16:23-24) e continuou a ocupar essa posição até ser capturada por Salmanaser, em 721 a.C. Após a deportação das dez tribos, Esaradom (ver Ed 4:2 e 10), segundo era costumeiro entre os monarcas orientais, trouxe uma raça mista da Babilônia, de Cutá, de Hemate e de Sevarfaim (ver 2Rs 17:24), a fim de ocupar aquela região, que tinha sido deixada quase inteiramente despovoada. Estes estrangeiros (comp. Lc 17:18), amalgamaram-se com os judeus que ainda permaneciam ali e abandonaram, gradualmente, sua idolatria, adotando, em parte, a religião judaica. Era, portanto, uma raça mestiça, dotada de uma cultura e de uma religião híbridas.

ii. Após o regresso do cativeiro, os judeus em Jerusalém recusaram-se a deixá-los tomar parte na reconstrução do templo, juntamente com estes, e dessa forma obter iguais privilégios, como adoradores em seus átrios. Desse modo, surgiu uma inimizade aberta entre eles. Os samaritanos, em revide, guiados por Manassés (a.C. 650), sacerdote que fora expulso de Jerusalém por Neemias, por haver se casado ilegalmente com a filha de Sambalate, o horonita (ver Ne 13:28), obtiveram permissão do rei persa, Dario, de erigir outro templo no Monte Gerizim.

iii. Uma vez iniciada esta nova adoração, os Samaritanos passaram a ser considerados como seguidores de uma seita rival e cismática. A história posterior desse povo apresenta as características usuais de tais antagonismos. Os Samaritanos negavam toda e qualquer hospitalidade aos peregrinos judeus, a caminho de Jerusalém, ou então armava-lhes ciladas e os maltratavam no curso de suas jornadas. Por seu turno, “os judeus não se comunicam com os samaritanos” (Jo 4:9; comp. Lc 9:52, 53). Com desprezo, Jesus foi chamado de “um samaritano” (Jo 8:48). Essas diversas circunstâncias é que provocaram o ódio que surgiu entre os judeus e os samaritanos conforme apresentado nas Escrituras. Esta amarga inimizade continuou até o tempo de Jesus.

b. A atitude de Jesus para com os samaritanos

i. Jesus lidava com os samaritanos como lidava com os judeus. Para Ele, todos estavam no mesmo nível aos olhos de Deus, e todos, igualmente, eram objetos do seu amor e salvação. Para Ele, não havia acepção de pessoas, cultura, classe social, condição financeira, gênero, etc. Todos eram iguais aos Seus olhos. Essa atitude de Jesus ficou evidente na maneira como Ele tratou os samaritanos que não Lhe deram pouso (Lc 9; 51-56); quando Ele mencionou a parábola do bom samaritano (Lc 10:30-37), e o leproso que voltou para agradecer pela a recebida (Lc 17:11-19).

ii. Ele não apenas misturava-Se sem restrições com os samaritanos, como também anulava os costumes farisaicos da Sua própria nação em favor dos gentios. “Apesar dos seus preconceitos (dos samaritanos), Jesus aceitou a hospitalidade desse povo desprezado. Dormiu sob seu teto, comeu com eles à mesa – partilhando do alimento preparado e servido por suas mãos – ensinou em suas ruas, e os tratou com a máxima bondade e cortesia.”5

iii. Por diversas vezes nos evangelhos, os samaritanos são usados por Jesus como exemplos de quão verdadeiramente o evangelho pode transformar o coração de um pecador, tornando-o nova criatura. Pois, se tal modificação podia ocorrer com os samaritanos, então, nenhum judeu ou gentio poderia desacreditar do que o Espírito Santo pode fazer no coração e na vida de um homem. Por exemplo, pode-se examinar a narrativa do bom samaritano, o verdadeiro próximo, que exemplificou o amor que se deve ter pelos semelhantes (Lc 10). O trecho de Lucas 17:11 também registra o fato de que foi um leproso samaritano, e não um judeu, que voltou para agradecer a Jesus por causa da Sua cura miraculosa. O capitulo oito do livro de Atos registra, igualmente, a conversão de muitos samaritanos, por meio do ministério da igreja cristã primitiva, (At 8:25; At 9:31; At 15:3).

iv. Seguramente, o terreno para tudo isso foi preparado pelo ministério anterior de Jesus na região de Samaria.

c. A mulher junto ao Poço de Jacó

i. O encontro de Jesus com a mulher samaritana (capítulo 4 de João), contudo, deixa muito mais clara ainda a Sua disposição isenta de preconceito e discriminação para com todos, e o desejo que Jesus tem de usar a todos, independentemente da sua condição social, econômica, do seu gênero ou nacionalidade.

1. O relato bíblico diz que “era-Lhe necessário passar por Samaria” (João 4:4). Esta não era uma necessidade imposta pela geografia (embora o caminho mais curto entre a Judéia e a Galiléia passasse por Samaria), visto que a animosidade entre judeus e samaritanos causavam desgastes e perigos suficientes para que se evitasse ao máximo aquele caminho. Entretanto, o ministério de Jesus exigia que Ele passasse por Samaria porque ali havia alguém em especial que se tornaria um agente da esperança naquela região tão refratária ao evangelho.

2. Dessa forma, a vontade divina, ignorou as condições caóticas e imorais criadas pelos homens. O ódio religioso, e a discriminação das mulheres, não fizeram Jesus desviar Seus passos. O encontro de Jesus com a samaritana e seus subseqüentes resultados deixou clara a natureza universal da mensagem de Jesus. Todos os homens e mulheres têm um destino especial e distinto, alicerçado sobre o caráter individual, Ap 2:17, independentemente da sua nacionalidade ou sexo. “O convite evangélico não deve ser amesquinhado, e apresentado apenas a uns poucos escolhidos, que, supomos, nos farão honra caso o aceitem. A mensagem deve ser dada a todos. Onde quer que haja corações abertos para receber a verdade, Cristo está pronto a instruí-los. Revela-lhes o Pai, e o culto aceitável Àquele que lê os corações. Para esses não emprega nenhuma parábola. Como à mulher junto ao poço, Ele lhe diz: ‘Eu sou, Eu que falo contigo’.”6

3. Este incidente de João capítulo 4 é mencionado na lição desta semana mais pelo que aconteceu depois desse encontro, quando a mulher samaritana, deixou seu cântaro e saiu para contar aos habitantes da cidade a sua descoberta, tornando-se assim um agente da esperança. “Assim que encontrou o Salvador, a samaritana levou outros a Ele. Demonstrou-se mais eficiente missionária, que os próprios discípulos. Estes, nada viram em Samaria indicativo de um campo promissor. Tinham os olhos fixos numa grande obra a ser feita futuramente. Não viram que exatamente em torno deles havia uma colheita a fazer. Por meio da mulher que haviam desprezado, porém, toda uma cidade foi levada a ouvir o Salvador. Ela transmitiu imediatamente a luz a seus concidadãos.”7 No contexto do comentário desse encontro de Jesus com a mulher samaritana, Ellen White diz que a mulher samaritana representa a operação de uma fé prática. “todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo na alma é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer, ansiosos de beber da água da vida.”8

IV- O papel da mulher na igreja primitiva

a. A igreja primitiva

i. A igreja nos dias dos apóstolos não se reunia em templos como estamos acostumados a fazer hoje. As reuniões eram realizadas em casas particulares ou quando muito, nas sinagogas dos judeus que se convertiam e ficavam vazias. A igreja do Novo Testamento estava edificada em comunidade. Até o fim do terceiro século, a igreja continuou no seu paradigma de igrejas-lares. Nesse período, a igreja experimentou um crescimento substancial e gozava de uma saúde espiritual extraordinária, apesar de sofrer sob contínua perseguição. Nessa época, não houve a construção de nenhum templo para as reuniões da igreja cristã. Ao contrário, os crentes continuavam a se reunir em lares, cavernas ou mesmo em catacumbas. A igreja não estava centralizada em estruturas e prédios enormes, mas na vida comunitária dos crentes, que cuidavam e apoiavam uns aos outros, enquanto estendiam sua amizade a outros pecadores. Até o terceiro século, os cristãos continuavam a se reunir nos lares, em pequenos grupos que constituíam a base da vida na comunidade cristã.

ii. Antes da conversão do Imperador Constantino, no quarto século, a igreja nunca se reuniu em templos cristãos. Na história da igreja cristã, Constantino deixou duas marcas muito tristes: a primeira foi a tentativa de mudar o sábado para o domingo e a segunda foi a construção de uma igreja grande, de templos grandes, colocando fim às igrejas-lares. Então, os cristãos saíam das casas das famílias e passaram a se reunir nos templos. Dessa forma, se transformaram em meros expectadores e não participantes da vida da igreja. Um clero institucional foi escolhido para dirigir a igreja, enquanto que os demais membros eram leigos que apenas apreciavam o que o clero fazia. O cristianismo que sofreu os efeitos das medidas de Constantino tornou-se um cristianismo de cristãos de arquibancada. Não é pra menos que isso tenha acontecido e ainda subsista até hoje. Enquanto na igreja que se reunia nos lares todos trabalhavam, numa grande congregação apenas uns poucos participam, poucos são agentes da esperança, enquanto muitos são meros expectadores que não “vestem a camisa”, mas ficam sentados nas arquibancadas vendo uns poucos jogarem. A igreja precisa voltar ao paradigma de igrejas-lares. Quando nossos lares abrirem suas portas e se transformarem em pequenas comunidades de fé, marcadas pelo amor fraternal, como nos dias apostólicos, vamos concluir a missão de Cristo na Terra e Jesus voltará para buscar os Seus.

b. Lídia – a primeira conversa da igreja na Europa (At 16:13-15)

i. Algumas dessas casas de famílias que eram abertas para o culto, tinham a influência direta das mulheres, como no caso de Lídia. Ela era uma prosélita judia de Tiatira da região do território da Lídia, que fazia parte da província da Ásia. Ela vendia roupas de púrpura, feitas e tingidas em Tiatira. Lídia ouviu o que Paulo tinha a dizer e se tornou a primeira conversa européia (segundo o registro de Atos), transformando sua casa numa espécie de base para que os apóstolos pudessem evangelizar toda aquela região. Mulher de excelente personalidade, ficou conhecida por sua hospitalidade, o que acabou sendo a marca registrada da igreja subseqüente fundada em Filipos. Ela haveria de ser o principal espírito daquela igreja que daria a Paulo tanto alegria quanto cooperação, mais do que qualquer das outras igrejas.

ii. Aos olhos de muitos pregadores modernos, Paulo não contou com um começo muito inspirado para seu trabalho na Europa. Ainda mais considerando o fato de que Paulo foi à Macedônia em atenção a uma visão de Deus (verso 9). Mas foi com esse começo humilde, falando a um pequeno grupo de mulheres, que foram colhidos os primeiros frutos do cristianismo na Europa, os quais eram do sexo feminino.

c. Priscila – At 18:1-3, 24-28, Rm 16:3-5; 1Co 16:19

i. Áquila e Priscila era um casal de judeus que fabricavam tendas e que se mudaram de Roma por ocasião do decreto baixado por Cláudio (em cerca de 49 d.C.), obrigando todos os judeus a abandonarem aquela cidade. Paulo ficou em companhia deles, em Corinto, motivado pela afinidade profissional entre eles, uma vez que era comum entre os judeus procurarem pessoas de seu próprio meio, não apenas da mesma raça, mas também da mesma profissão. Por outro lado, há indícios de que este casal já professava o cristianismo quando Paulo ali chegou, tornando a afinidade entre eles ainda maior. Posteriormente, Priscila e Áquila se mudaram para Éfeso. Ali, a casa de Priscila se tornou a sede de uma das congregações mais importantes da região. Foi em Éfeso que Priscila e Áquila ajudaram Apolo a compreender as Escrituras.

ii. Um fato que nos chama a atenção é que o nome de Priscila aparece sempre á frente do nome de Àquila nas passagens de Rm 16:3; At 18:18 e 2Tm 4:9. Considerando que a sociedade do seu tempo era primordialmente machista, seguramente este fato indica que Priscila era o elemento de maior proeminência na igreja local. O destaque conferido a Priscila na instrução de Apolo de acordo com Romanos 16:3, revela que Priscila era mulher de cultura acima do comum, uma estudiosa das Escrituras Sagradas, uma mulher apta, dotada de discernimento profético, a ponto de ter podido ajudar Apolo – um poderoso e eloqüente pregador - a compreender melhor o evangelho do que até então ele o entendia. Priscila e Áquila formavam uma boa dupla missionária, sendo que Priscila era a que dirigia o estudo e a apresentação das verdades bíblicas. Desse modo, Deus pode usar Priscila como agente de esperança da igreja cristã primitiva.

d. Irmã Febe – patrocinadora da igreja de Cencréia

i. Febe era membro ativo da igreja de Cencréia onde exercia o cargo de diaconisa, e possivelmente trabalhava como vendedora ambulante de artigos femininos, como no caso de Lídia. Seu papel como agente de esperança na igreja cristã primitiva incluía, além de outras coisas, sua hospitalidade e generosidade. Ela era uma pessoa extraordinariamente generosa, que prestava grande ajuda e proteção aos crentes mais fracos dos seus dias, inclusive o próprio apóstolo Paulo, ensinando-os e assistindo-os até mesmo financeiramente.

ii. Um termo que aparece em Romanos 16:2, traduzido como “amparo” ou “protetora”, tem o sentido principal de “patrocinadora”, dando a entender que Febe era uma pessoa de considerável influência, fartos recursos materiais e posição social privilegiada. O fato é que Febe utilizou seus recursos mentais e materiais a fim de servir a igreja cristã que se esforçava para lançar raízes em diversas localidades, sobretudo na sua região: Cencréia.

iii. A esta mensageira da esperança, Paulo deu uma carta de apresentação para que a igreja em todas as localidades lhe desse todo o apoio necessário, em retribuição ao seu amor e dedicação à causa do evangelho.

e. Tabita – uma devota discípula de Cristo

f. Essa mulher se destacou como uma devota discípula de Cristo na igreja do Novo Testamento. Ela serve de modelo para os cristãos no que diz respeito às suas boas obras. Embora não possuísse bens apreciáveis, mostrou-se muito caridosa até onde chegavam suas possibilidades, atingindo as classes mais pobres e negligenciadas de todas: as viúvas. Tabita professava uma religião prática. Seu conceito de religião ia além da crença e da pregação de uma salvação futura, e envolvia o compromisso em atender as necessidades presentes dos interessados. Tinha responsabilidade social e foi a primeira mulher a ter a iniciativa de dedicar-se ao trabalho de assistência social. Não é suficiente apenas falar, ensinar e transmitir conhecimento. Temos que fazer algo que supra a necessidade das pessoas para quem estamos pregando. Ellen White aconselha-nos a seguir o método de Cristo para sermos bem sucedidos agentes de esperança. Ela diz: “O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-me.”9 E mais, “Se fossemos bondosos, corteses e compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma”.10

g. As quatro filhas de Felipe, Junias, Maria, Trifenas, Trifosa, Pérside, a mãe de Rufu, a irmã de Nereu, as duas irmãs Sinteque e Evódia. Esta lista de mulheres mencionadas nas epístolas de Paulo e nas cartas do Novo Testamento, deixa claro o papel importante das mulheres na igreja primitiva. Fica evidente também que o cristianismo elevou a mulher à posição que lhe convém: a de igualdade com os homens e de responsabilidade nos diversos ministérios e serviços da igreja de Cristo.

V- Conclusão

h. Acima de tudo, o que Deus quer é que tanto homens como mulheres, sejam agentes de esperança, instrumentos de salvação, “Porquanto, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3:28). “Se somos todos um em Cristo Jesus, então homens e mulheres, meninos e meninas, cada qual tem um papel a desempenhar para fazer avançar o reino de Deus. O importante não é quem somos – homem, mulher, rico ou pobre – é de quem somos nós. Se pertencemos verdadeiramente a Jesus e nos abrimos a Ele, acharemos oportunidades para serviço que nunca esperamos, em casa e talvez longe do lar”.11

i. “O Senhor tem uma obra para as mulheres fazerem, bem como para os homens. Todos podem realizar um bom trabalho para Deus se aprenderem primeiramente na escola de Cristo as preciosas, importantes lições de mansidão. Não apenas devem levar o nome de Cristo, mas ser dotados de Seu espírito”.12
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1)Henri, Daniel, A Vida Diária nos Tempos de Jesus, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, Pág. 88.
2)Paroschi, Wilson, Só Jesus, Casa Publicadora Brasileira, Pág. 9
3)Henri , Daniel, A Vida Diária nos Tempos de Jesus, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, Pág. 89.
4)Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, Casa Publicadora Brasileira, Pág. 568.
5)Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, Pág. 193.
6)Idem, pág. 194.
7)Idem, pág. 195.
8)Idem, pág. 195.
9)White, Ellen G. A Ciência do Bom Viver, Pág. 142.
10)White, Ellen G. MCP, Pág. 627.
11)Krause, Gare, Lição da Escola Sabatina, 3o. Trimestre de 2008, pág. 130.
12)White, Ellen G. North Pacific Union Gleaner, 4 de dezembro de 1907.

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

MULHERES EM MISSÃO - 05/09/2008 a 06/09/2008

Sexta, 5 de setembro

Opinião

Mulheres em missão


Muito tempo atrás, em algumas aldeias, as pessoas costumavam cavar sepulturas manualmente para enterrar seus queridos. Esse processo era árduo e cansativo. Devido à pressa para terminar o trabalho antes do nascer do sol, de vez em quando se recebia a notícia de que alguém havia cavado uma sepultura tão funda que não conseguia sair de lá sozinho.

Essa situação me lembra a mulher junto ao poço. Certamente, ela já havia sido uma doce garotinha. Enquanto crescia, deve ter começado a fazer experiências namorando um rapaz, e depois cada vez mais rapazes. Imagino que a desculpa que ela dava para seu comportamento era que ela estava experimentando a vida. Quando percebeu o que estava fazendo, já não havia mais esperança. Em sua aldeia, ninguém mais queria se associar com ela por causa de sua reputação. Quando encontrou o Salvador, ela já havia sido casada cinco vezes.

Embora ela houvesse desenvolvido uma atitude do tipo “não tô nem aí”, Jesus podia sentir que ela havia cavado um buraco profundo demais para sair de lá sozinha. Mesmo assim, desejava ser salva. Quando Jesus lhe falou, ela discerniu que Ele era um profeta e seu Salvador. Foi imediatamente informar a outros sobre a água da vida que havia encontrado. Assim, tornou-se uma mulher com uma missão: partilhar imediatamente com outros as boas-novas de que havia sido salva. Em resultado, muitas pessoas em sua aldeia foram igualmente salvas.

De tempos em tempos, é possível que nos associemos com as pessoas erradas, cuja influência pode nos afastar do Senhor. Ou talvez façamos escolhas erradas que nos levam a desenvolver maus hábitos, que por sua vez acabam formando um mau caráter, de forma que não podemos discernir entre o certo e o errado. Precisamos compreender nossa situação enquanto ainda temos tempo, e nos apresentar ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Antes do encerramento do tempo de graça, aprendamos a lição da mulher junto ao poço.

Dicas
1. Dê um colorido moderno aos eventos que se sucederam ao encontro de Jesus com a samaritana no poço. Você é o repórter. Usando João 4:1-20 como fonte de idéias, escreva as perguntas que você faria à mulher se fosse entrevistá-la. Depois, escreva a resposta dela às suas perguntas. Leia a “entrevista” em forma de notícia num culto jovem.
2. Relate seu próprio encontro com Jesus – aquele momento em que você pessoalmente se convenceu de que precisava de um Salvador e respondeu a Sua graça manifestada a você no Calvário. De que Jesus salvou você? Para que Ele o(a) salvou? Já Lhe pediu que dê a você um senso de missão e chamado? Está seguindo o caminho no qual Ele o(a) colocou?
3. Ore e peça a Deus que lhe mostre como você pode realizar um serviço prático para Ele em sua igreja e comunidade. Pergunte ao seu pastor, a um ancião ou à diretora do Ministério da Mulher como você pode servir melhor.

Fortunate Mashinini | Cidade do Cabo, África do Sul

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

MULHERES EM MISSÃO - 04/09/2008 a 06/09/2008

Quinta, 4 de setembro

Aplicação
"Mas, mas, mas..."


6. Que princípio importante podemos tirar do texto que fala das filhas de Filipe? At 21:9

7. Muitas outras mulheres do Novo Testamento são conhecidas por suas boas obras. Veja os textos seguintes. O que podemos reunir sobre as várias posições que as mulheres tinham nos dias iniciais do cristianismo? At 9:36; Rm 16:7, 12; Fp 4:2, 3; Fm 2

A vida missionária não pertence apenas a lugares distantes e exóticos. Não é só para pessoas com treinamento e qualificações. Todos nós temos desculpas, mas a vida de algumas das mulheres da Bíblia torna obsoletas essas desculpas:

1. Mas ninguém me pediu. Muitas pessoas dizem que se envolveriam na obra se alguém lhes pedisse. Mas Deus nem sempre deseja que esperemos. Às vezes, nós mesmos precisamos dar o salto de fé. A mulher em Lucas 8:42-48 podia ter continuado em sua miséria, reclamando que Jesus nunca a notava. Contudo, ela teve fé. Não ficou sentada esperando que Jesus a “notasse”.

2. Mas não sou suficientemente santo(a). Muitas vezes usamos nossos maus atos passados como desculpa a fim de evitar o ministério. A mulher com a qual Jesus falou no poço (Jo 4:1-40) teria sido considerada uma das pessoas mais desqualificadas para partilhar o evangelho. Mas Jesus não está à procura de desculpas, porque Ele pode perdoar o nosso passado. E pode transformar nossa vida de forma que os que conhecem nosso passado possam ver Sua incrível graça e poder.

3. Mas faz pouco tempo que sou cristã(o). O evangelho não vai se propagar se for deixado só por conta dos “experientes” ou “qualificados”. Lídia é um belo exemplo da disposição de um novo converso para tomar a iniciativa e se envolver. Leia Atos 16:14 e 15, e note que não há referência de tempo nesta passagem. “Tendo sido batizada, ... ela nos convidou...” (NVI). Se uma mulher que havia acabado de aceitar a Cristo como seu Salvador pediu imediatamente para que a deixassem se envolver de alguma forma, isso não devia funcionar com todos nós? Às vezes, nossas igrejas parecem preocupadas demais com experiência e juventude, quer físicas ou espirituais.

4. Mas... (insira sua própria desculpa aqui). “Não posso ser um missionário. Tenho que terminar os estudos.” “Tenho um emprego.” “Tenho responsabilidades demais.” Considere Priscila e Áquila (At 18:1-4, 24-28; Rm 16:3-5). Áquila não disse: “Sinto muito. Não posso ajudar na pregação do evangelho porque tenho uma esposa pela qual sou responsável.” Da mesma forma, Priscila não deu nenhuma desculpa. Havia trabalho a ser feito, e eles foram e o fizeram. Sim, eles tinham uma ocupação profissional e as responsabilidades decorrentes dela. Contudo, nada iria impedi-los de trabalhar para Deus.

Tome algum tempo para considerar seriamente as desculpas que você tem dado a Deus e à Sua igreja. À luz da história dessas mulheres, suas desculpas ainda funcionam? O que você pode fazer para vencer os temores que podem estar motivando essas desculpas?

Andrea Bernoth | Bulimba, Austrália

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

MULHERES EM MISSÃO - 03/09/2008 a 06/09/2008

Quarta, 3 de setembro

Testemunho
A mulher junto ao poço


Ao longo do livro de Atos e nas cartas de Paulo, mulheres são mencionadas freqüentemente por terem desempenhado um papel no início da igreja. Os primeiros cristãos não adoravam em igrejas, mas se reuniam em casas de pessoas, freqüentemente ao redor da mesa de alimentação. Muitas dessas casas eram dirigidas por mulheres como Lídia, mulher de negócios que vendia tecido púrpura. Paulo, Silas, Timóteo e Lucas a encontraram em Filipos, na Macedônia, quando adoravam em um sábado com um grupo de mulheres reunidas junto ao rio.

4. Qual foi a participação de Lídia na pregação do evangelho? At 16:13-15

5. Como Priscila foi usada por Deus para o ministério? At 18:1-3, 24-28; Rm 16:3-5; 1Co 16:19

A lição de ontem tratou da vida de três mulheres do Novo Testamento, entre elas a mulher junto ao poço. Ellen White reflete sobre essa mulher com as seguintes palavras: “Enquanto a mulher falava com Jesus, foi impressionada por Suas palavras. Nunca ouvira esses sentimentos expressos por parte dos sacerdotes de seu povo ou dos judeus. Ao ser-lhe exposta sua vida passada, tornara-se cônscia de sua grande necessidade. Percebera a sede de sua alma que as águas do poço de Sicar jamais poderiam saciar. Coisa alguma de tudo com que estivera em contato até então, a despertara para mais elevada necessidade. Jesus a convencera de que lia os segredos de sua vida; sentiu, entretanto, que Ele era seu amigo, compadecendo-Se dela e amando-a. Se bem que a própria pureza que dEle emanava lhe condenasse o pecado, Ele não proferia palavra alguma de acusação, mas falara de Sua graça, que lhe podia renovar a alma. Nela se começou a formar a convicção acerca de Seu caráter. Surgiu-lhe no espírito a indagação: ‘Não poderia Este ser o tão longamente esperado Messias?’ Disse-Lhe: ‘Eu sei que o Messias (que Se chama o Cristo) vem; quando Ele vier, nos anunciará tudo’. Jesus respondeu: ‘Eu o sou, Eu que falo contigo’ (Jo 4:25 e 26).

“Ao ouvir a mulher estas palavras, a fé brotou-lhe no coração. Aceitou a maravilhosa comunicação dos lábios do divino Mestre."

“Essa mulher encontrava-se em disposição de espírito capaz de apreciar. Estava pronta para receber a mais excelente revelação, pois interessava-se nas Escrituras, e o Espírito Santo lhe estivera preparando a mente para a recepção de maior luz. Estudara a promessa do Antigo Testamento: ‘O Senhor teu Deus te despertará um profeta do meio de ti, e de teus irmãos, como eu; a Ele ouvireis’ (Dt 18:15). Anelava compreender esta profecia. A luz já lhe estava brilhando no espírito. A água da vida, a vida espiritual que Cristo dá a toda alma sedenta, começara a brotar-lhe no coração. O Espírito do Senhor trabalhava nela."

“A positiva declaração de Cristo a essa mulher, não podia ter sido feita aos fariseus, cheios de justiça própria. Era muito mais reservado quando falava com eles. Aquilo que fora retido aos judeus, e que os discípulos haviam recebido recomendação de guardar em segredo, foi a ela revelado. Jesus viu que ela empregaria seu conhecimento em levar outros a partilhar de Sua graça” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 189, 190).

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

MULHERES EM MISSÃO - 02/09/2008 a 06/09/2008

Terça, 2 de setembro

Exposição
Mulheres em ação


A divisão entre judeus e samaritanos vinha de há muito tempo e era amarga. (Leia as raízes históricas disso em 2Rs 17:24-41)

2. Como Jesus Se comportava em relação aos samaritanos? O que Seu exemplo deve nos dizer sobre nossas atitudes para com os que, tradicionalmente, são menosprezados por nossa cultura? Lc 9:51-56; 10:30-37; 17:11-19

3. Como Jesus relacionou a vida e as circunstâncias diárias da mulher – que também era desprezada naquele tempo – com a verdade espiritual que Ele queria transmitir? Em outras palavras, como Ele pode Se relacionar com suas necessidades espirituais? Jo 4:1-40

A mulher ficou tão agitada com o que viu e ouviu que se apressou de volta à cidade, nem mesmo se incomodando de deixar o cântaro de água (Jo 4:28). Ela havia encontrado o Messias, e tinha que anunciar isso aos outros. Podem ser tiradas muitas lições desse relato. Uma importante afirmação é que, fazendo o que fez, Jesus claramente cortou relações com as tradições de Seu tempo, testemunhando não só a uma mulher, mas a uma mulher samaritana, e então usando essa mulher para ser mensageira e evangelista.

Doze anos pode ser um longo tempo (Lc 8:43-48). Havia dois aspectos essenciais requeridos para a cura da mulher com fluxo de sangue. Primeiro, ela precisava ter fé; e segundo, tinha que agir com base nessa fé. Ela não só necessitava crer que seria curada se estendesse a mão e tocasse a orla da veste de Jesus, mas também tinha que tocar fisicamente essa orla.

Nada é impossível para Deus (Lc 1:37) e nossa situação extrema é a oportunidade de Deus. Essa mulher gastara todo o seu dinheiro com médicos, em busca de cura. Mas só foi curada quando estendeu a mão para o Grande Médico. A distância mais curta entre um problema e a solução é muitas vezes a distância entre nossos joelhos e o chão. Não há problema grande demais para Deus resolver.

“Não foram vocês que Me escolheram; pelo contrário, fui Eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca” (Jo 15:16). A grande fé da mulher resultou num grande milagre.

Uma filha de doze anos (Lc 8:49-55). Jairo pediu ansiosamente a Jesus que curasse sua filha única. Ele era o principal da sinagoga e sabia que Jesus era o único homem que podia restaurá-la à saúde.

Um servo da casa de Jairo achou que era tarde demais, quando disse: “Seu Jairo, a menina já morreu. Não aborreça mais o Mestre” (Lc 8:49). Mas Deus nunca está atrasado demais. Ele sempre chega na hora certa. Quando os filhos de Israel ficaram presos entre um irado exército egípcio atrás de si e o Mar Vermelho à sua frente (Ex 14:21, 22), Deus abriu um caminho onde não havia nenhum.

A mulher junto ao poço (Jo 4:1-40). Quando Jesus encontrou a samaritana no poço de Jacó, teria sido aceitável que Ele ignorasse a mulher, porque Ele era judeu e ela, samaritana, e os dois grupos não se comunicavam. Mas Jesus olhou para além dos conflitos tribais e viu somente uma mulher sedenta. Da mesma forma, não devemos julgar as pessoas pela cor da pele, pela língua que falam ou pelas roupas que usam. Devemos passar por alto todas as aparências externas e ver apenas sua necessidade de um Salvador. Jesus usou essa mulher, que era desprezada pelos discípulos, para ajudar toda uma cidade a aprender sobre Ele.

E que dizer de nós? Somos rápidos para contar aos nossos amigos a última fofoca sobre alguma celebridade da TV ou do cinema, mas relutantes em falar a eles sobre Deus e sobre a água viva que Ele pode dar. Lembremo-nos de que Deus não chama os qualificados, mas qualifica aqueles a quem chama. Quando Jesus nos chama para o dever, nossa primeira reação é ver nossas deficiências; mas se colocarmos essas deficiências em Suas mãos feridas pelos cravos, Ele pode usá-las como poderoso instrumento.

Quer sejamos jovens ou velhos, sadios ou enfermos, pertencentes à minoria odiada ou à maioria amada; quer sejamos homens ou mulheres, nosso testemunho em favor de Deus pode ser poderoso.

Pense nisto
1. Deus vê algumas funções no ministério como sendo secundárias, ou vê todas como tendo igual importância? Explique sua resposta.
2. Deus usa pastores de maneira poderosa para pregar o evangelho. Mencione cinco outras ocupações que Deus pode usar para pregar a Palavra de maneira igualmente eficaz.
3. Faça uma lista de outras mulheres da Bíblia (tanto do Antigo quanto do Novo Testamento) que nos ajudam a compreender o amor e a salvação de Deus. Quais delas falam a você pessoalmente, e por quê?

Solwazi Khumalo | Pretória, África do Sul

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

MULHERES EM MISSÃO - 01/09/2008 a 06/09/2008

Segunda, 1º de setembro

Evidência
A profetisa do tempo do fim

Assim como Deus deu aos filhos de Israel um profeta para cada era diferente em que eles viveram, Deus nos dá o mesmo dom hoje. Ellen G. White, uma profetisa para nós neste tempo do fim, traz a mensagem apropriada para todos os filhos de Deus que estão vivendo no mundo de hoje. Ela escreveu mensagens e conselhos para nós, jovens de hoje, que precisam ser ouvidas se desejamos ser preservados para o Dia do Senhor.

Um dia, o Senhor falou a ela, pedindo-lhe que apresentasse uma determinada mensagem numa reunião de oração. Mas por ter a saúde debilitada e ser apenas uma adolescente, ela ficou com medo. Contudo, pediu ao Senhor que lhe desse coragem para apresentar a mensagem, e conseguiu fazê-lo.

Ao longo de todo o seu ministério, houve pessoas que declararam que ela não era uma profetisa de Deus, e a puseram à prova. Conta um relato que quando ela estava em visão em uma das reuniões de oração, não respirou por longo tempo. As pessoas na reunião colocaram um espelho perto de sua boca e nariz para ver se ela estava respirando. Não havia umidade no espelho para indicar que estivesse. Ela ficou sem respirar tanto tempo que as pessoas quiseram chamar um médico.

Hoje, podemos olhar também para o teste bíblico de um profeta e ver que ela passa no teste – indicando ter sido ela uma verdadeira profetisa de Deus. A seguir, estão algumas das qualificações dos profetas verdadeiros:

1. Os profetas verdadeiros não mentem. Suas predições se cumprem (Jr 28:9).
2. Os verdadeiros profetas profetizam em nome do Senhor, não em seu próprio nome (2Pe 1:21).
3. Os verdadeiros profetas não dão sua própria interpretação particular à profecia (2Pe 1:20).
4. Os verdadeiros profetas apontam os pecados e transgressões do povo de Deus (Is 58:1).
5. Os verdadeiros profetas advertem o povo de Deus sobre a vinda de Seu juízo (Ap 14:6, 7).
6. Os verdadeiros profetas edificam a igreja, aconselhando-a e advertindo-a em assuntos religiosos (1Co 14:3, 4).
7. As palavras dos verdadeiros profetas estão em harmonia com as palavras dos profetas que os precederam (Is 8:20).

Há tanta sabedoria que Ellen White nos deu pela graça de Deus, que estudar seus escritos é verdadeiramente uma bênção.

Samba Chiseya | Cidade do Cabo, África do Sul

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domingo, 31 de agosto de 2008

MULHERES EM MISSÃO - 31/08/2008 a 06/09/2008

Mulheres em Missão

“Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado” (Lc 7:47).

Prévia da semana: O povo de Deus hoje precisa fazer uma clara distinção entre costumes culturais e princípios bíblicos. Costumes culturais são mutáveis; os princípios bíblicos não são. Jesus sempre destacou os princípios bíblicos e a missão da igreja.


Domingo, 31 de agosto

Introdução
As mães

Entre os judeus do tempo de Jesus, as mulheres ficavam fora da vida pública. No culto do sábado, elas eram meras espectadoras. Como os gentios, as mulheres tinham um pátio exterior especialmente designado a elas no Templo, do qual não podiam sair. Em público, os homens não falavam com uma mulher, nem mesmo com a esposa. Não era permitido às mulheres estudar a Lei, nem sequer tocar as Escrituras, a fim de não as contaminar. Embora os rabinos não ensinassem as mulheres, Jesus agia assim com alegria. Em certa ocasião, Maria, irmã de Lázaro, assentou-se a Seus pés como aluna (Lc 10:38-42). Aos homens era permitido divorciar-se das mulheres pelas ofensas mais triviais, mas às mulheres não era permitido divorciar-se, nem mesmo pelas mais sérias ofensas. Jesus tinha palavras fortes sobre a prática do divórcio, que tratava as mulheres como se fossem objetos dos homens (Mt 19:3-8).

1. Leia essas histórias. Que princípios levaram Jesus a quebrar essas regras? Como esses princípios são aplicáveis hoje?

É intrigante como o plano da salvação, que começa no Antigo Testamento, se desdobra no Novo. Duas mulheres, uma virgem e outra estéril, que na maioria das sociedades de hoje seriam consideradas socialmente desajustadas, foram usadas por Deus para a missão da salvação. Mesmo naquela época, uma mulher estéril era uma desajustada social. Isabel, a mulher que era estéril, gerou um filho em cujo nascimento muitos se regozijaram; um filho que iria “preparar o povo de Israel para a vinda do Senhor” (Lc 1:17). João Batista nasceu dessa mulher, pregou as boas-novas do Messias vindouro, convertendo muitas pessoas a Deus. Embora Isabel seja mencionada só em Lucas 1, é claro que, como esposa de um sacerdote, ela desempenhou uma parte essencial na edificação do caráter de João Batista.

Maria, uma virgem, ficou grávida antes de ter relações. Que desgraça isso poderia ter sido se não fosse a maneira de Deus efetuar nossa salvação! Quando lhe foi apresentada a mensagem de que ela iria dar à luz o Salvador, ela ficou em dúvida sobre essa possibilidade. Contudo, voluntariamente se entregou a Deus, dizendo: “Eu sou uma serva de Deus” (Lc 1:38). Após o nascimento de Jesus e a visita dos pastores, Maria compreendeu a vontade de Deus, guardou “todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas” (Lc 2:19).

Como qualquer mãe amorosa, Maria ficou preocupada quando Jesus, com a idade de 12 anos, ficou para trás no templo em Jerusalém. Expressando sua preocupação quando ela O achou, disse: “Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você” (Lc 2:48). Maria continuou a ser parte da vida e do ministério de Jesus, e compreendia quem Ele era. Nas bodas de Caná, colocou sobre Jesus a responsabilidade de prover vinho quando este acabou, e ordenou aos servos que fizessem tudo o que Jesus lhes dissesse a esse respeito. Assim, vemos que Maria não só estava lá quando Jesus realizou Seu primeiro milagre, mas que também preparou as circunstâncias para que ele acontecesse.

Embora as histórias de Isabel e Maria (a mãe de Jesus) sejam breves, essas mulheres foram precursoras da missão da igreja de Deus hoje.

Kabumbwe Hansingo | Cidade do Cabo, África do Sul

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