sábado, 12 de julho de 2008

“Tudo para com todos”: Paulo prega ao mundo - Resumo Semanal 12/07/2008

Everon Donato
Líder de Ministério Pessoal da UNeB

“Tudo para com todos”: Paulo prega ao mundo - Resumo Semanal 12/07/2008

Na lição desta semana, Paulo fala sobre o método de seu ministério. Seu método era fazer-se tudo para com todos. Isto não significava adotar uma personalidade hipócrita, de duas caras, sendo uma coisa para uns e outra coisa para outros. Modernamente falando, trata-se de ser capaz de dar-se bem com qualquer pessoa. O homem que jamais consegue ver nada além de seu próprio ponto de vista, que é completamente intolerante, destituído do dom da simpatia, que nunca tenta compreender a mente e o coração dos outros, nunca poderá ser pastor nem evangelista, nem sequer um amigo!

Boswell fala da “arte de adaptar-se a outros”. Era precisamente o dom que Paulo possuía. Nunca poderemos obter nenhum tipo de evangelização nem de amizade sem falar a mesma linguagem e compreender a maneira de pensar da outra pessoa. Sempre que tratamos alguém com ar de superioridade, sem fazer esforço para compreendê-lo, sem tentar encontrar um ponto de contato, deixamos de triunfar na pregação do evangelho.

“Paulo, o grande missionário, aquele que mais ganhou pessoas para Cristo, compreendeu como é essencial converter-se em tudo para todos. Uma de nossas grandes necessidades é simplesmente aprender a arte de nos dar bem com as pessoas. O problema reside em que, muitas vezes, nem sequer tentamos fazê-lo” (William Barclay, The First Letter to the Corinthians Traducción, p. 87).

I – Alcançando judeus e gentios

Antes de entendermos melhor os métodos usados por Paulo na adaptação da mensagem a vários povos, em diferentes cir­cunstâncias, vamos analisar seu ingresso na missão em sua primeira grande experiência evangelística na cidade de Antioquia.

“Antioquia era a terceira cidade em tamanho no mundo. Só Roma e Alexandria eram maiores que ela. Estava localizada perto da desembocadura do rio Orontes, a uns 24 km do Mediterrâneo. Era uma bela cidade, habitada por pessoas de diversos países. Mas era sinônimo de imoralidade e luxúria; famosa por suas carreiras de carros e pela constante busca deliberada do prazer que se desenvolvia literalmente dia e noite. Em termos modernos, podemos descrevê-la como uma cidade enlouquecida pelo jogo, apostas e clubes noturnos. Mas, acima de tudo, Antioquia era famosa pelo ­culto a Dafne, ­cujo templo estava a uns 8 km da cidade nos bosques de louros. A lenda diz que Dafne era uma jovem mortal e por ela Apolo se apaixonou. Perseguiu-a e, para salvar-se, ela se converteu em uma planta de louro. As sacerdotisas do templo de Dafne eram prostitutas sagradas e, todas as noites, naqueles bosques de louro, reiniciava a perseguição das sacerdotisas por parte de seus fiéis” (William Barclay, The First Letter to the Corinthians Traducción, p. 81, 82).

Por incrível que pareça, foi nessa cidade vendida aos jogos, luxúrias e idolatria que o cristianismo deu o primeiro grande passo para se tornar uma religião de proporções mundiais. Barnabé, homem cheio do Espírito Santo, foi comissionado para investigar a situação do crescimento da igreja ali e percebeu que, para tal conjuntura, precisava da ajuda de alguém corajoso, hábil para falar e conhecedor das Escrituras. Barnabé conhecia um homem assim. Por quase nove anos, não soubemos nada a respeito de Paulo. A última notícia que tivemos dele foi quando escapou de Cesaréia para Tarso (At 9:30). Sem dúvida, durante esse tempo, ele havia dado testemunho de Cristo em sua cidade natal. Estivera se preparando e, agora, ali estava a tarefa que lhe havia sido designada; e Barnabé, com profunda sabedoria, o pôs a cargo dela.

Por um ano inteiro, Paulo e Barnabé ministraram o evangelho aos crentes de Antioquia, viram os seguidores de Jesus ser chamados de cristãos e agir com compaixão em relação à miséria enfrentada por outros irmãos (At 11:27-30). Se o evangelho prosperou em uma cidade como Antioquia, podemos ter certeza de que nenhuma situação é demasiado desesperadora diante da ação direta do Espírito Santo na vida de homens piedosos que clamam diariamente pela salvação dos perdidos.

Antioquia se tornou, então, um importante centro missionário, enviando Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária e, a partir dali, disseminando o evangelho por todas as regiões. Foi exatamente neste contexto multi­cultural de suas viagens missionárias que o apóstolo Paulo desenvolveu os métodos diversos de aproximação das pessoas “fazendo-se de tudo para com todos”.

Na abordagem aos judeus de Antioquia da Pisídia, Paulo ia à sinagoga e se valia da abertura que lhe era franqueada, pois “os principais da sinagoga sem dúvida viram Paulo e Barnabé na congregação, e possivelmente ao inteirar-se de que Paulo tinha preparação rabínica, convidaram o apóstolo a falar, já que fazia parte de seus deveres oficiais estender tais convites” (CBA, v. 6, p. 287).

Nessa ocasião, Paulo usou como base de sua argumentação as Escrituras Sagradas, a partir de um esboço da história nacional dos judeus (da qual nunca se cansavam de es­cutar) para demonstrar que essa história culmina com Cristo. O resultado em primeira instância foi positivo, pois, “despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam perseverar na graça de Deus” (At 13:43). Seu método foi evocar o sentimento nacionalista e a partir daí apresentar-lhes o Messias.

Em outra ocasião, falando aos pagãos de Listra, Paulo usou uma abordagem completamente diferente. Ali, pelo poder de Deus, Paulo ­curou um jovem que, desde o ventre de sua mãe, nunca tinha andado. Isto causou profunda impressão nos moradores da cidade que, confundindo os missionários com deuses gregos, quiseram lhes oferecer sacrifício idólatra. A explicação de que foram confundidos com deuses está na legendária história de Licaônia. Na região de Listra se contava que, certa vez, Zeus e Hermes tinham baixado à Terra incógnitos e disfarçados. Em todo o território, ninguém quis lhes oferecer hospitalidade. Finalmente, dois velhos camponeses, Filemom e sua esposa Baucis, os acolheram e foram gentis com eles. O resultado foi que os deuses destruíram toda a população, com exceção do casal. Marido e esposa foram feitos guardiões de um templo esplêndido e, ao morrer, ambos se converteram em duas grandes árvores. De modo que quando Paulo ­curou o aleijado, o povo de Listra decidiu não cometer o mesmo engano e voltar a ignorar os deuses, Barnabé deve ter sido um homem de aparência nobre, já que o tomaram por Zeus, o rei dos deuses. Hermes era o deus da dissertação e mensageiro dos deuses. Assim, Paulo era aquele que falava, então o chamaram de Hermes.

Essa passagem nos mostra como Paulo se aproximava dos pagãos, daqueles que muitas vezes não tinham conhecimento de Deus. Começou falando-lhes da natureza para chegar a Deus. Todos sabiam a respeito da chuva, do Sol, das épocas de semeadura e colheita; e dali Paulo dirigiu as mentes dos homens rumo a Deus que estava por trás de tudo isto. Deixou uma grande lição de abordagem para todos nós – começar das coisas conhecidas, próximas, para chegar ao que é desconhecido.

Conta-se que, certa vez, cruzando o Mediterrâneo, o cortejo de Napoleão estava dis­cutindo a respeito de Deus. Na conversa O eliminavam totalmente. Napoleão tinha permanecido calado, mas ao fim da conversação elevou a mão e apontou o mar e o céu. Então, disse: “Senhores, quem fez tudo isto?” Algumas vezes, faríamos muito bem em olhar ao mundo e pensar sobre o Deus que criou tudo isso. Napoleão usou o método de Paulo.

Paulo alcançava a atenção de judeus, gentios e pagãos porque usava métodos diferentes para alcançar pessoas diferentes.

Jesus Cristo também utilizou com freqüência este e outros métodos de aproximação:

“Jesus ensinava por meio de ilustrações e parábolas tiradas da natureza e dos acontecimentos familiares da vida diária... Desse modo, associava as coisas naturais com as espirituais, ligando a natureza e a experiência pessoal de Seus ouvintes às sublimes verdades da Palavra escrita. Depois, Suas lições eram repetidas sempre que os olhos deles repousavam nos objetos com que Ele associara a verdade eterna” (Conselhos aos Pais Professores e Estudantes, p. 140).

“As parábolas mediante as quais, durante Seu ministério, Jesus ensinava Suas lições da verdade, mostram-nos como Seu espírito Se abria à suave influência da natureza e como, durante os anos em que permaneceu o­culto, deleitava-Se em a­cumular os ensinos espirituais tirados de tudo o que O rodeava na vida diária. A Jesus desdobrava-se gradualmente o significado das palavras divinas, ao meditar Ele, buscando compreender a razão de ser das coisas, como o pode fazer qualquer jovem” (Conselhos Sobre Educação, p. 39).

“Jesus ensinava as Escrituras com indubitável autoridade. Fosse qual fosse o assunto, era apresentado com poder, como se Suas Palavras não pudessem sofrer contestação” (O Desejado de Todas as Nações, p. 253).

“Jesus não fazia amplos comentários ou constantes sermões sobre doutrinas, mas freqüentemente proferia frases ­curtas, como alguém que semeasse os grãos celestiais das doutrinas como pérolas que precisam ser apanhadas pelo trabalhador perspicaz. As doutrinas da fé e da graça são expostas por toda parte em que Ele ensinou” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 188).

II – Alcançando os filósofos

Em suas experiências missionárias, Paulo alcançou situações extremamente interessantes. Uma delas foi em Atenas, o maior “centro intelectual do mundo e considerada a cidade universitária do Império Romano. Naquele tempo, sua população era de 250 mil habitantes” (CBA, v. 6, p. 387).

Era uma cidade também de muitos deuses. “Dizia-se que havia mais estátuas de deuses em Atenas que em todo o resto da Grécia, e que nela era mais fácil encontrar-se com um deus que com um homem. Na grande praça da cidade, as pessoas se reuniam para falar, porque em Atenas não se fazia muito mais que isso. Os dias de ação tinham passado e então, os homens falavam todo o dia e parte da noite a respeito das idéias mais novas. De modo que Paulo não teve nenhuma difi­culdade em encontrar alguém com quem falar. Os filósofos o descobriram” (William Barclay, The Acts of the Apostles, p. 115).

Em uma colina a oeste da Acrópole, levantava-se o Areópago (a Colina de Marte), uma proeminência rochosa sem vegetação, que vai de noroeste a sudeste. Esse era o ambiente em que Paulo se encontrava enquanto esperava que Silas e Timóteo chegassem de Beréia. Era um local seleto e exclusivo. Qualquer pessoa poderia ter voltado atrás, mas Paulo nunca se envergonhou do evangelho de Cristo. Para ele, era apenas outra oportunidade que Deus lhe apresentava para ser testemunha de Cristo.

“Em Atenas, em realidade, havia muitos altares dedicados a deuses desconhecidos. Seiscentos anos antes, tinha havido uma peste terrível na cidade. Nada podia detê-la. Um poeta cretense, Epimênides, apresentou um plano. Do Areópago, soltou-se pela cidade um rebanho de ovelhas brancas e negras. Cada vez que uma delas se voltava, era sacrificada ao deus mais próximo; e se uma ovelha se aproximava do altar de um deus desconhecido era sacrificada ao “Deus desconhecido”. Atenas tinha seu regimento de deuses desconhecidos. Paulo começou por mencioná-los em sua dissertação. Podia adaptar sua mensagem a qualquer auditório” (William Barclay, The Acts of the Apostles, p. 117).

O apóstolo confirmou sua estratégia de partir do conhecido para o desconhecido. Ele também se identificou com os filósofos quando citou alguns deles, demonstrando conhecer suas fontes. Seu dis­curso, embalado pela ­curiosidade dos atenienses, provocou três reações em seus ouvintes:

1. Alguns escarneceram. Divertiram-se com o zelo apaixonado desse estranho judeu. É o que acontece com muitos hoje. Debocham e riem do evangelho; mas se esquecem de que aquilo que começa como comédia deve terminar em tragédia. Não percebem que estão zombando do próprio Deus e da oportunidade que lhes está sendo concedida.
2. Alguns disseram: “A respeito disso te ouviremos noutra ocasião”, o que significa que alguns adiaram sua decisão. Protelar é uma das atitudes mais comuns da humanidade. Contudo, é também, uma das atitudes mais perigosas. Deixar para amanhã o serviço espiritual, a devoção, ou mesmo a entrega da vida é a certeza de que se está tomando posse do dia mais perigoso – o amanhã.
3. Alguns creram. Alguns aceitaram a proposta de Deus. O homem sábio reconhece que só os insensatos rejeitam o oferecimento divino. Isto pôde ser visto na aceitação do chamado de Dionísio, o areopagita (aristocrata intelectual de Atenas) e Dâmaris (mulher simples de provável conduta duvidosa).

Alguns consideraram que o dis­curso de Paulo em Atenas foi um fracasso, mas tal julgamento não é justo, em vista dos conversos que ganhou. Ao falar com os filósofos, em Atenas, Paulo foi dirigido pelo Espírito Santo e adaptou seu dis­curso à forma de pensar deles. Não ganhou grande número de conversos, como se nota, mas mostrou que só podemos levar as pessoas para onde queremos que estejam se, primeiro, as encontrarmos onde estão. Paulo patenteou que mais uma vez o evangelho cumpriu seu papel de apelar a todas as classes e condições.

III – Alcançando os grandes centros

Outra estratégia paulina consistia em pregar o evangelho nos grandes centros urbanos. Sua tática era para que o evangelho chegasse às encruzilhadas do mundo e dali seguisse para outras partes, até alcançar os rincões do mundo. Realizou três grandes viagens missionárias, passando pela Palestina, Oriente Médio, Ásia e partes da Europa. Em sua última viagem, (At 18:23–19:1) descreve-se uma distância percorrida de não menos de 2.500 quilômetros. Existem histórias do heroísmo de Paulo que nunca se contaram e que jamais conheceremos.

Uma prova de sua ousadia evangelística nos grandes centros foi o que aconteceu em Tessalônica (At 16:9; 17:1), maior cidade da Macedônia, região da Europa em que o evangelho foi apresentado pela primeira vez. A chegada do cristianismo a Tessalônica foi um fato de suma importância. A rota romana que vai do Mar Adriático ao Oriente se chamava o Caminho Egnatio, e a rua principal da cidade era, em realidade, parte dessa rota. Se o cristianismo se firmasse em Tessalônica, poderia estender-se rumo ao leste e rumo ao oeste do Caminho até que este se convertesse no caminho real do reino de Deus.

Paulo pregou na sinagoga em Tessalônica durante três sábados conse­cutivos (At 17:2). Isso significa que sua estadia ali pode não ter sido muito mais que três semanas. Porém, o apóstolo teve um êxito tremendo, a ponto de os judeus irem às nuvens e provocarem tais distúrbios que Paulo teve que ser tirado às escondidas e pondo a vida em perigo quando partiu para Beréia (At 17:1-10). Em outras palavras, o apóstolo tinha uma visão de missão urbana: alcançar e evangelizar os grandes centros.

Comentando sobre esta visão estratégica, Ellen White diz:

“Trabalhemos pelas cidades sem demora, pois o tempo é breve. O Senhor tem posto essa tarefa diante de nós nos últimos vinte anos ou mais. Algo tem sido feito em uns poucos lugares, porém se poderia fazer muito mais. Tenho uma carga que me oprime dia e noite pelo pouco que se faz para admoestar aos habitantes de nossos grandes centros populacionais, acerca dos juízos que cairão sobre os transgressores da lei de Deus” (Carta 168, 1909).

“Olhemos por nossas cidades e sua carência do evangelho. A necessidade de trabalhar fervorosamente entre as multidões das cidades tem sido mostrada a mim por mais de vinte anos. Quem está portanto o fardo das preo­cupações por nossas grandes cidades?” (General Conference Bulletin) 1909, p. 136, 137).

Conclusão

Em seu ministério, Paulo usou estratégias diferentes para diferentes tipos de pessoas, com o objetivo de alcançar o maior número de salvos para o Reino de Deus. Esta é uma grande lição para a igreja atual. Os princípios da evangelização são invariáveis, mas as estratégias serão condicionadas ao tempo, contexto, ­cultura e povos que desejamos alcançar com o evangelho.

Não é sem razão que a palavra inspirada nos diz:

“Não nos esqueçamos de que diferentes métodos devem ser empregados para salvar diferentes pessoas” (Review and Herald, 14 de abril de 1903).
“Temos um campo difícil de ser trabalhado, mas o evangelho é o poder de Deus. As classes de pessoas com que lidamos indicam a maneira pela qual a obra deve ser realizada” (Carta 97-A, 1901).

Com tudo isto em mente, dis­cuta e trace planos com sua unidade de ação para se fazer de tudo para com todos, a fim de disseminar a semente da verdade.

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sexta-feira, 11 de julho de 2008

"Tudo para com Todos": Paulo Prega ao Mundo - 11/07/2008 a 11/07/2008

Sexta, 11 de julho

Opinião
Tem a ver com amor

Há dezenas de bons membros de igreja e pastores que falam contra a necessidade de fazer quaisquer “ajustes” no “evangelho puro” a fim de alcançar as pessoas. Em minha igreja, porém, o “evangelho puro” não é nada senão amor; e a face do amor é nossa preocupação, nosso interesse, nosso esforço para salvar aqueles com quem entramos em contato. A maneira como amamos as pessoas deve variar. Como é dito no livro The Five Love Languages (As Cinco Linguagens do Amor), “as pessoas expressam e recebem amor de maneiras diferentes”.1

O pleno amor de Cristo precisa ser visto pelas pessoas no local de trabalho, nas ruas, nos clubes e em nossas igrejas. Não será suficiente espalhar só um pouquinho de Seu amor em lugares que achamos que Deus ou Sua igreja desaprovam. Jesus encontrou pessoas de todas e em todas as ocupações; e elas foram atraídas primeiro ao Seu amor e depois aos Seus padrões.

Rubel Shelly, da Igreja de Cristo de Woodmont Hills, em Nashville, Tennessee, Estados Unidos, pregou o seguinte: “A igreja que sobrevive, floresce e transforma vidas é a igreja que sabe como reagir ao tempo e ao local em que se encontra. Ela entende sua cultura e reage apropriadamente a ela. Não adota sua cultura, mas a compreende e a usa. Não se conforma a sua cultura, mas capacita seus membros a reagirem a esta com o coração compassivo e a mente perceptiva de Jesus Cristo.

“Numa história em quadrinhos retratando Nancy e Waldo, Nancy estava pulando corda e repetindo uma rima: ‘Um, dois, videogame depois, três, quatro, ter um mp4, cinco, seis, assistir DVDs...’ Waldo a interrompeu e disse: ‘Nancy, não é assim que a rima diz.’ Nancy respondeu: ‘Eu sei, mas essas coisas têm de ser atualizadas de vez em quando.’”2 Será que as igrejas não estão morrendo por não saberem o que a Nancy sabe?

Tornar-se “tudo para todos” (1Co 9:22) tem que ver com amor a todas as pessoas. A face do amor de Deus é na verdade o “evangelho puro”, não diluído, que persuade “todas as pessoas, no mundo todo, [a] que mudem o coração e a vida” (At 17:30, New Century Version).
Dicas

1. Escreva seu testemunho de várias formas para alcançar diferentes tipos de pessoas. Pratique o que você vai dizer e resuma-o, para que possa partilhar Jesus em menos de três minutos.

2. Entreviste pessoas nas vizinhanças de sua igreja. Elabore um questionário que faça perguntas como quem eles acham que Jesus é, o que eles crêem que o mundo vai enfrentar no futuro, e o que eles crêem que as pessoas precisam para ter verdadeira felicidade. Ofereça-lhes a oportunidade de participar de um pequeno grupo em sua igreja para ajudá-los a encontrar respostas para suas perguntas.

1. G. Chapman, The Five Love Languages (Strand, Sydney, 1994).

2. Ruth A. Daugherty, 2 de abril de 2006. “The Church and Xtreme Social Holiness Today.” Tirado em 12 de junho de 2007, de http://www.stpaulshelena.org/templates/System/details.asp?id=31435&PID=341673&Style=

Lynelle Laws | Taupo, Nova Zelândia

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

"Tudo para com Todos": Paulo Prega ao Mundo - 10/07/2008 a 11/07/2008

Quinta, 10 de julho

Aplicação
Testemunha relevante

7. Qual foi a extensão do território coberto pelo ministério de Paulo? Rm 15:18-23. O que essa resposta nos diz sobre o significado do sucesso?

Paulo escolheu fundar novas congregações nas cidades estratégicas da região. Ele escolheu lugares que fossem importantes centros de transporte – estradas ou grandes portos marítimos – e importantes centros comerciais ou administrativos. Assim, ele deixou faróis estratégicos ao longo da área, planejando que novos grupos de crentes levassem as boas-novas para as áreas circundantes a esses centros.

Alister McGrath nos conta sobre o passatempo de seu amigo, que é colecionar selos. Seu amigo, ele diz, “é perfeitamente capaz de me dizer tudo que eu possa desejar saber sobre as marcas d’água dos selos emitidos durante o reinado da Rainha Vitória pelas ilhas caribenhas de Trinidad e Tobago. E embora eu não tenha dúvidas sobre a veracidade do que ele me diz, não posso deixar de sentir que aquilo é uma completa irrelevância para minha vida.”*

O cristianismo parece a mesma coisa para muitas pessoas. Elas não vêem necessidade de uma religião que tem mais de dois mil anos. Com relação ao cristianismo, o argumento não é tanto sobre a relevância do evangelho, mas sobre como o evangelho é apresentado. Uma olhada na igreja cristã primitiva pode nos ensinar muito sobre tornar a mensagem do evangelho relevante para as pessoas com quem temos contato.

1. Partilhe o evangelho com todos, não apenas com as pessoas que você acha que são as pessoas “certas”. O sacrifício de Jesus foi feito por todos (ver At 11:20).

2. Faça uma diferença estrondosa.Mesmo quando a perseguição era comum, corriam histórias sobre a propagação do evangelho. Comemore as transformações de vida (ver At 11:19-22).

3. Esteja preparado para enviar auxiliares.E lembre-se de aceitar ajuda de outros cristãos (ver At 11:22).

4. Os atos falam mais alto que as palavras.O que você faz e a maneira como trata as pessoas significa muito mais do que as palavras que você diz (ver At 11:24).

5. Faça planos para ficar por perto.Desenvolva relacionamentos (ver At 11:26).

6. Aprenda com o passado.Conhecer sua herança cristã ajuda você a orientar o presente (ver At 13:16-42).

7. Esteja familiarizado com o evangelho.Esteja preparado para debater (dialogar é melhor). Não há nada mais desagradável do que tentar ter uma discussão com uma pessoa que diz repetidamente: “Está na Bíblia” ou “Eu vivo pela fé”. É bom argumentar em favor do evangelho (ver At 17:18-34).

8. Pregue o evangelho, pregue o evangelho, pregue o evangelho (ver At 11:19-26; 13:16-42; 17:18-34).

*Alister McGrath, Intellectuals Don't Need God and Other Modern Myths (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1993), p. 73.

Christine Miles | Dannemora, Nova Zelândia

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quarta-feira, 9 de julho de 2008

"Tudo para com Todos": Paulo Prega ao Mundo - 09/07/2008 a 11/07/2008

Quarta, 9 de julho

Testemunho
Tato nascido do divino amor

6. Examine o discurso de Paulo em Atos 17:18-34. Onde você encontra essas doutrinas básicas: criação, redenção e juízo? Como essa mensagem se assemelha à mensagem adventista?

Paulo não só conhecia a literatura pagã; ele citou partes dela de memória. Primeiramente, citou o poeta cretense Epimênides que escreveu: “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (v. 28). Em seguida, referiu-se ao pagão Cleanto, cujo poema de amor ao deus Zeus continha a linha “...porque dele também somos geração” (v. 28) (expressão similar é também encontrada nos escritos do poeta grego Arato). Em cada caso, Paulo tomou algo da cultura dos ouvintes e o relacionou com a verdade que desejava ensinar.

“Ao seu redor [de Paulo] reuniram-se poetas, artistas, e filósofos – intelectuais e sábios de Atenas, que a ele assim se dirigiram: ‘Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas?...’

“Nesta hora de solene responsabilidade o apóstolo estava calmo e confiante. Tinha o coração possuído de importante mensagem, e as palavras que lhe caíram dos lábios convenceram seus ouvintes de que ele não era nenhum paroleiro. ... Com a mão estendida em direção ao templo apinhado de ídolos, Paulo esvaziou sua alma e expôs a falácia da religião dos atenienses. Os mais sábios dentre seus ouvintes ficaram admirados ao atentarem para a sua argumentação. Mostrou estar familiarizado com suas obras de arte, literatura e religião” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos,p. 236, 237).

“As palavras de Paulo contêm um tesouro de conhecimento para a igreja. Estava ele numa posição em que facilmente poderia ter dito qualquer coisa que teria irritado seus orgulhosos ouvintes, colocando-se a si mesmo em dificuldade. ... Mas, com o tato nascido do divino amor, cuidadosamente ele afastou-lhes a mente de suas divindades pagãs, revelando-lhes o verdadeiro Deus, para eles desconhecido” (Ibid., p. 241).

“Em cada esforço para alcançar as mais altas classes, o obreiro de Deus necessita de forte fé. As aparências podem parecer desoladoras, mas na hora mais escura, há luz do alto. A força dos que amam a Deus e a Ele servem será renovada cada dia. A mente do infinito está posta a seu serviço para que, ao executarem Seu propósito, não cometam erro. Mantenham esses obreiros firme até o fim o princípio de sua confiança, lembrando-se de que a luz da verdade de Deus deve brilhar em meio às trevas que envolvem nosso mundo. Não deve haver nenhum desalento em relação com o trabalho de Deus. A fé do consagrado obreiro deve resistir a cada prova que o alcance. Deus pode e está disposto a outorgar a Seus servos toda a fortaleza de que precisem e a dar-lhes a sabedoria que suas variadas necessidades imponham” (Ibid., p. 242).

Nathan Brown | Warburton, Austrália

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terça-feira, 8 de julho de 2008

"Tudo para com Todos": Paulo Prega ao Mundo - 08/07/2008 a 11/08/2008

Terça, 8 de julho

Exposição
Paulo prega ao mundo

Uma das experiências missionárias mais famosas de Paulo aconteceu em Atenas, onde viveram alguns dos maiores filósofos do mundo antigo, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Mas veja que interessante: mesmo com toda a filosofia e todos os seus apelos à razão e à lógica, a cidade ainda “estava cheia de ídolos” (At 17:16, NVI). Que evidência de que, no seu âmago, a filosofia não pode responder às necessidades humanas básicas!

5. Na tentativa de alcançar aquelas pessoas, que abordagem Paulo adotou? Qual foi o resultado de seus esforços? At 17:18-34

Os epicureus ensinavam que a felicidade provém de uma boa vida com prazeres modestos. Os estóicos, por outro lado, insistiam com as pessoas que se contentassem com o que tinham. Juntos, filósofos estóicos e epicureus ouviram Paulo na praça e começaram a discutir com ele, chamando-o de “tagarela” (At 17:18).

“Eu me torno tudo” (1Co 9:22). Muitas pessoas fazem significativas mudanças na vida num momento ou noutro. Mas poucas chegam a fazer a mudança que Paulo fez. Ele era um destacado fariseu já no início da vida adulta. Então, mudou drasticamente, tornando-se cristão e unindo-se às pessoas que tinha perseguido e matado quando era fariseu.

Paulo era fabricante de tendas por profissão, teólogo por paixão, e pregador por necessidade. Sofreu naufrágios, foi aprisionado, espancado e apedrejado. Esteve em perigos relacionados a rios, bandidos, tempestades e pessoas de numerosos países e religiões – inclusive o seu próprio. Paulo sabia o que é ser exaltado e humilhado, amado e odiado, ouvido e ignorado. Paulo era um homem de extremos.

“Para todos” (1Co 9:22). Devido a suas origens e devoções, Paulo também tinha a facilidade de se misturar com muitos grupos de pessoas. Era um verdadeiro israelita e um cidadão romano. Fluente em ambas as línguas, também era capaz de se apresentar como ambas as coisas. Estudou a lei hebraica aos pés de Gamaliel, um famoso rabi, e foi trazido à fé cristã por uma visão do Cristo ressurreto. Paulo tinha ligações – romanas, judaicas e cristãs – e usava essas ligações com competência.

Paulo administrava bem sua familiaridade com as pessoas. Viajava extensamente, participava dos costumes locais, e falava inteligentemente sobre a religião, a política e o comércio local. Paulo tinha o costume de usar suas semelhanças com outros para transpor a distância entre eles. Fez três viagens missionárias e falou mais extensamente do que qualquer outro fundador da igreja cristã primitiva.

“A fim de poder, de qualquer maneira possível” (1Co 9:22). Quando o evangelho era suficiente, Paulo o proclamava. Contudo, quando ele podia ver que as pessoas do local precisavam de um estímulo filosófico, conectava-se a elas de maneiras com as quais até mesmo os cristãos de hoje se assustariam. Falando aos homens de Atenas, Paulo tomou o verso “também somos descendência dele” (At 17:28, NVI), da introdução da obra Phaenomena de Aratus – uma importante obra de um antigo poeta grego (de cerca do ano 315 a.C.) – e o aplicou a Jesus.

Como você acha que os líderes da igreja de hoje reagiriam a essa “citação errônea” no evangelismo? Você pode ter certeza de que Paulo foi atacado de todos os lados. Assim, sua autodefesa – de que ele estava disposto a usar “qualquer maneira possível” para cumprir a comissão do evangelho – era bem fundamentada.

“Salvar alguns” (1Co 9:22). Embora Paulo passasse muito tempo em proclamação pública, grande parte de seu sucesso como ganhador de pessoas se encontrava em relacionamentos pessoais. Ele nunca teria sido aceito nas fileiras dos apóstolos se não fosse por Barnabé, que o defendeu diante dos temerosos apóstolos e proclamou as obras, os sermões e a dedicação de Paulo como seguidor de Jesus. Se Barnabé não tivesse estado disposto a arriscar sua reputação e influência em favor de Saulo, “o matador de cristãos”, talvez Paulo, “o apóstolo”, nunca tivesse surgido.

Devido a Barnabé, Paulo foi aceito pelos líderes cristãos e se tornou seu defensor da fé. Ele conseguia falar com pessoas de todas as crenças. Usava sua influência e intelecto para enfrentar as maiores mentes de cada comunidade em que entrava, e ganhar-lhes o coração. Muitas vezes, Paulo permanecia numa localidade cerca de dois anos, desenvolvendo relacionamentos profundos com líderes locais e levando-os a Cristo e Sua igreja. Muitas das cartas de Paulo refletem esses relacionamentos, quando ele envia lembranças, por nome, a numerosas pessoas e lares.

“Tudo faço por causa do evangelho” (1Co 9:23). Paulo tinha um forte senso com relação a si mesmo. Ele se mantinha por conta própria enquanto ministrava, escrevia cartas com forte convicção (13 das quais estão incluídas no Novo Testamento), e obstinadamente proclamava sua posição como apóstolo. Contudo, quando estava presente entre as pessoas, pedia bem pouco para si mesmo e falava meigamente.

Ele possuía um senso ainda mais forte com relação ao evangelho – chegando por fim a ser morto em defesa de Cristo. Compreendia que todo o seu saber, liderança e sofrimento seriam inúteis se Jesus Cristo não fosse proclamado em toda mensagem, carta, apelo e ato. Paulo sabia o que devia fazer – o que desejava muito fazer – contudo, era interrompido em sua obediência por numerosas influências que o desviavam do alvo. O exemplo de Paulo nos permite ver o poder que o evangelho tem para nossa primeira conversão a Jesus e depois para nossa reconversão diária, ao colocarmos novamente nosso coração nas mãos do Salvador.

“A fim de tomar parte nas Suas bênçãos” (1Co 9:23). Paulo tirava sua força do exemplo de Cristo. Ele viu Jesus, “O qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz”, e viveu imitando-O. Os olhos de Paulo estavam sempre fixos no “Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hb 12:2). Paulo sabia que um dia tomaria parte nas bênçãos do reino de Cristo.

David Edgren | Lilydale, Austrália

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Tudo para com Todos": Paulo Prega ao Mundo - 07/07/2008 a 11/07/2008

Segunda, 7 de julho

Evidência
Perspectivas filosóficas

3. Faça uma rápida leitura de Atos 13:16-42. Em seu sermão, onde Paulo começou e onde terminou a breve recapitulação da história bíblica? A que autoridade ele apelou para provar que Jesus era o Messias?

4. Agora, leia Atos 14:8-18. Diferentemente de seu discurso aos judeus, que enfoque diferente Paulo usou para falar aos pagãos – que não acreditavam no Antigo Testamento?

Ao falar aos pagãos, Paulo não apelou às Escrituras como autoridade (ele mencionou o Antigo Testamento no verso 15, assim como poderia ter citado um poeta, e não como autoridade). Ao contrário, ele apelou para o mundo natural e a evidência que a natureza dá sobre um Deus Criador e assinalou a futilidade de adorar ídolos.

Atenas era o eixo cultural do mundo antigo. Famosa por seus filósofos e pensadores, a Grécia havia trazido sua civilização, seu saber e seus muitos deuses ao mundo romano. Quando Paulo entrou nesse clima de curiosidade intelectual, os filósofos estóicos e epicureus o desafiaram a defender sua teologia.

O pensamento estóico está baseado no conceito de que os seres humanos podem alcançar a felicidade e a perfeição alinhando-se com a razão e a lei natural. Através do autocontrole, da firmeza moral e do desprendimento emocional, os estóicos podem pensar claramente e viver sem ser afetados pelas correntes naturais da vida. O estoicismo era popular durante o tempo de Paulo entre as pessoas cultas do império greco-romano. Na filosofia estóica, Deus era a razão universal, o legislador natural e o provedor da ordem.

Em contraste, Deus era de pouco uso para os epicureus. Eles propunham que o mundo e tudo que ele contém aconteceu como resultado de movimentos fortuitos e de combinações específicas de átomos. Pelo fato de os epicureus acharem que o contentamento e a felicidade pessoal eram a coisa mais importante da vida, procuravam evitar a dor e o medo, promovendo ao mesmo tempo a virtude e o autocontrole. A amizade, o conhecimento e os prazeres simples assegurariam a satisfação, mas a condescendência exagerada poderia levar à insatisfação. Também não criam na vida após a morte. Provavelmente, foi por isso que os ouvintes de Paulo começaram a zombar quando ele descreveu a ressurreição de Cristo (At 17:32).

Como podia Paulo apresentar o evangelho de maneira relevante e atrativa para esses dois grupos de pessoas?

Ele fez o que muitos grandes oradores fazem. Falou-lhes primeiro a partir de seu próprio conhecimento e compreensão e então relacionou isso com o que ele queria que ouvissem. Paulo lhes falou no Areópago. Ele obviamente havia estado nos templos e sabia sobre o “deus desconhecido” e a profunda fascinação dos gregos pelo divino. Citou as palavras de seus poetas. Para os estóicos, ele começou com uma explicação da lei natural e do papel essencial de Deus na criação do Universo. O que ele disse tem sentido, e houve três reações: (1) os que zombaram, (2) os que ficaram intrigados, mas não fizeram nada, e (3) os que creram. Paulo pregou a todos para que alguns pudessem ser salvos – e assim foi.

Jarrod Stackelroth | Warburton, Austrália

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domingo, 6 de julho de 2008

"Tudo Para Com Todos": Paulo Prega ao Mundo - 06/07/2008 a 11/07/2008

"Tudo Para Com Todos": Paulo Prega ao Mundo

Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns” (1Co 9:22, NVI).

Prévia da semana: Se as pessoas não entenderem o que está sendo dito, não ouvirão. Paulo é um exemplo de como comunicar o cristianismo em diferentes ambientes e nos dá boas idéias de como tornar compreensível a mensagem do advento.

Leitura adicional: Atos dos Apóstolos, cap. 23, especialmente as páginas 236-242.

Domingo, 6 de julho

Introdução
Relevância cultural

Depois da experiência de Paulo na estrada de Damasco, alguns dos apóstolos não estavam convencidos de que ele era um verdadeiro discípulo (veja At 9:26). Naquela ocasião, Barnabé se ergueu para defender Paulo (vs. 27, 28). Barnabé era “homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11:24), e foi de tremenda ajuda para Paulo no início de seu ministério.

1. Como a igreja começou em Antioquia? Qual foi o resultado dos esforços missionários? At 11:19-24

2. Por que Barnabé escolheu Paulo para ajudá-lo? At 11:25, 26

Em sua cultura, como se cumprimenta um amigo? Com um abraço caloroso? Com um beijo em ambas as faces? Com um aperto de mão casual? Com um aceno de cabeça? Com uma piscadinha de olho? Práticas como essas variam de cultura para cultura. O mesmo poderia ser dito de muitas outras áreas da cultura. Considere, por exemplo, cerimônias de casamento, escolhas alimentares, passatempos e entretenimentos.

Diferenças culturais precisam ser levadas em conta ao se pregar o evangelho a todo o mundo. O que poderia ser uma forma relevante de se apresentar o evangelho na Ásia poderia não funcionar em partes da Europa ou da África. Quando fui voluntário no Timor Leste, aprendi que era melhor pregar o evangelho para grupos do que para pessoas individualmente. Contudo, na Austrália, tenho muitos interessados que não gostam de estudos bíblicos em grupo. Tenho um amigo nos Estados Unidos que dá alguns de seus estudos bíblicos por telefone. E me contaram que em algumas culturas na África as mulheres e os homens não desejam estudar a Bíblia juntos.

Para partilhar o evangelho de maneira eficaz, é importante compreender preferências culturais e maneiras de pensar. Tem que ficar claro, porém, que não precisamos ser bêbados para ganhar os bêbados, nem criminosos para evangelizar ladrões e assassinos. Nem temos que ser Imãs para ganhar os muçulmanos. Em outras palavras, não temos que ser o que não devemos ser a fim de partilhar o evangelho de formas culturalmente relevantes.

Não podemos ficar esperando que as pessoas venham para a igreja e aceitem a Cristo como seu Salvador. Temos que levar Cristo às ruas e aos campos. Temos que levá-Lo para que Se sente debaixo dos coqueiros ou seringueiras, junto à praia e no deserto. Devemos levá-Lo a todas as pessoas, a despeito de sua formação cultural.

O apóstolo Paulo não só pregou aos gentios, mas também aos judeus. Pregou também aos romanos, aos efésios, aos coríntios, e às pessoas em muitos outros lugares. Certamente, ele teve que achar várias maneiras de apresentar a mesma mensagem relevante a diferentes culturas e circunstâncias. Talvez fosse isso o que ele tinha em mente quando escreveu que era “tudo para com todos” (1Co 9:22, NVI). Nesta semana, exploraremos como Paulo fez isso e aprenderemos como podemos adaptar seus métodos ao nosso tempo.

Mebzar Quinto | Melbourne, Austrália

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