sábado, 29 de novembro de 2008

Resumo Semanal - Metáforas da Salvação - 29/11/2008 a 29/11/2008



METÁFORAS DA SALVAÇÃO

Pr. João Antonio Alves
Professor de Teologia do IAENE

Verso para Memorizar:Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela Sua morte na cruz, Cristo Se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nEle” (Romanos 3:25, NTLH).

Pensamento-chave: Resumir algumas das figuras que o Novo Testamento usa para interpretar a morte de Cristo.

A riqueza de significado presente na cruz, símbolo da humilhação e da vergonha, o instrumento da morte de Cristo, passou a ser, para o cristão, o símbolo da esperança, da certeza, da segurança, da salvação. Mas como expressar em uma palavra tudo o que está contido neste símbolo? Na verdade, é impossível. O cristão não pensa na cruz em si, uma simples obra de madeira, mas naquele que ali foi pregado. E, assim como Jesus é infinito, Seu amor é insondável, os próprios autores inspirados valeram-se das mais diferentes metáforas para descrever o significado da obra ali realizada. Cada uma das imagens bíblicas utilizadas destaca um aspecto daquilo que Jesus veio realizar em favor da humanidade. Devemos ter em mente a amplitude do espectro, e não escolher apenas aquele que nos parece mais atrativo. Somente olhando sob todos os ângulos possíveis pode-se vislumbrar o que significou o esforço divino para a salvação do homem. O estudo das metáforas da salvação objetiva ampliar um pouco nossa compreensão deste assunto fundamental na religião cristã.

Redenção

A primeira metáfora da salvação destacada em nosso estudo é derivada do mercado de escravos. Paulo assim a expressa: “a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24). A palavra redenção (Gr. Apolytrosis) significa libertação, redenção, comprar de volta, resgate, soltura, livramento. Segundo o Comentário Bíblico Adventista, lytron é uma palavra comum usada para descrever o preço da compra de escravos libertados, seja da escravidão ou cativeiro, ou de qualquer outro mal. Aplicando o mesmo conceito à experiência da salvação, significa que o homem estava em poder do pecado e Jesus Cristo o libertou dessa escravidão.

Para os destinatários da carta, ou seja, a comunidade cristã em Roma, a idéia era particularmente significativa, em vista do fato de que muitos de seus membros eram, eles mesmos, escravos ou ex-escravos. De qualquer forma, tendo sido Paulo formado aos pés de Gamaliel, indubitavelmente um mestre no conhecimento do Antigo Testamento, o pensamento por trás dessa metáfora era o cativeiro egípcio, de onde o Senhor resgatara o Seu povo (Dt 7:8; 9:26; 13:5).

Deve-se evitar, contudo, a idéia de que o pagamento, ou resgate, foi efetuado a Satanás, como sugerido por alguns. Como destacado na Lição, “o mundo todo se tornou prisioneiro do pecado, e a lei era o carcereiro” (Gl 3:22, 23). Insisto para que se dê a devida atenção aos argumentos destacados pelo autor da Lição, do papel da lei no processo da salvação. Defendemos a vigência da lei para os cristãos salvos pela graça, mas não atribuímos à lei o papel de salvadora neste processo.

O Novo Testamento apresenta repetidas vezes a idéia do resgate pago pela redenção do homem. O próprio Cristo afirma que “o Filho do Homem... veio... para dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45). Paulo também se refere a Cristo como aquele que “a Si mesmo Se deu em resgate por todos” (1Tm 2:6) e que os cristãos foram “comprados por preço” (1Co 6:20). E Pedro fala do “Soberano Senhor que os resgatou” (2Pe 2:1). Enfim, esta redenção nos concede “a remissão dos pecados” (Ef 1:7).

Assim, o apóstolo Paulo enfatiza a redenção que se realiza em Cristo Jesus (Rm 3:24). Em outras palavras, Cristo é a causa ou o instrumento da redenção. O pecador se torna uma nova criatura não por sua perfeita obediência à lei (sistema rabínico, contra o qual Paulo argumenta), mas pela ação decisiva e definitiva de Deus em Cristo Jesus. Por esta ação, o pecador é resgatado da escravidão do pecado e também não mais é objeto da ira de Deus, como exposto por Paulo anteriormente (Romanos, capítulos 1 e 2).

Reconciliação

“Ora, tudo provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5:18-20).

Contou? Cinco vezes! Por cinco vezes encontramos o substantivo e o verbo. É curioso observar que somente Paulo emprega esta terminologia, e em somente quatro textos (além do já citado, Rm 5:10-11; Ef 2:11-16; Cl 1:19-22). Esta é mais uma das metáforas da salvação. É um conceito fundamental para explicar a natureza e o significado da cruz. A obra de Cristo tem que ver com reconciliação e a maneira em que ela foi efetuada.

No texto acima transcrito (2Co 5:18-20), é dito que Deus “não imputa aos homens as suas transgressões” (v. 18), uma expressão de justificação. Esta expressão nos relembra a experiência de Davi, que conheceu a alegria da salvação, e a expressou nos seguintes termos: “Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade...” (Sl 32:2). Na verdade, o homem é pecador. Deus não passa por alto este triste fato. Mas Ele mesmo, a parte ofendida, toma a iniciativa no processo de reconciliação. E isto faz, “não imputando aos homens as suas transgressões”. No verso 21, Paulo faz referência à “justiça”, vinculando mais uma vez a “reconciliação” com a justificação. Desta forma, dizer que o homem se torna “justiça de Deus” é sinônimo de “estar reconciliado com Deus”, através de Jesus.

Em Efésios 2:11-19, o estado dos gentios é apresentado como “sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo” (v. 12). Neste estado de completa alienação, o sangue de Cristo os aproximou (v. 13), resultando que os gentios não mais são “estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e família de Deus” (v. 19).Em Colossenses 1:19-22, Paulo destaca mais uma vez que os “estranhos e inimigos”, cujas “obras” eram “malignas” (v. 21) foram reconciliados “no corpo da Sua carne, mediante a Sua morte” (v. 22). A ênfase se encontra no “sangue da Sua cruz”, o único que pode trazer a “paz” e assim reconciliar o pecador com Deus (v. 20).

Em Romanos 5:10, o apóstolo ressalta que a morte de Cristo aconteceu em um contexto de inimizade, não de Deus com o homem, mas do homem com Deus. Paulo afirma que “nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho”. Quando se compara com o verso 9, percebe-se o paralelismo sinônimo com a justificação: “sendo justificados pelo Seu sangue” (v. 9) e “reconciliados... mediante a Sua morte” (v. 10).

Eis o ensino consistente da Bíblia: Deus é o iniciador do processo de reconciliação, mediante o sangue de Cristo, o que resulta na remoção da inimizade introduzida pelo pecado e na restauração do companheirismo entre o homem pecador e o Deus salvador. A reconciliação ocorre porque Cristo morreu na cruz. É a ação objetiva de Deus em favor da humanidade. É a manifestação do desejo divino em transpor o abismo para buscar Seus filhos extraviados. Quando aceitamos a obra de Deus em nosso favor, e permanecemos na fé (Cl 1:23), mediante o sacrifício de Cristo, temos “paz” com Deus (Ef 2:14, 17; Rm 5:1; Cl 1:20), paz uns com os outros (Ef 2:14-16), e somos apresentados “perante Ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (Cl 1:22).

Reflexão: Se a reconciliação é o ato objetivo de Deus em favor do homem, que exigiu um sacrifício incapaz de ser avaliado, a morte de Seu próprio Filho, sendo nós ainda Seus inimigos, como estamos agindo como agentes da reconciliação? Estamos exortando os homens a se reconciliarem com Deus? E, pensando em termos dos relacionamentos sociais, se acaso existe uma relação estremecida com alguém, estamos buscando a reconciliação com o próximo, ou entendemos que a “ofensa” é tão grave que não pode ser perdoada? Será que o pensamento, “não vou me humilhar diante de fulano(a)” já passou pela nossa mente? Já paramos para pensar na terrível humilhação experimentada por Jesus, ainda que Ele mesmo não tivesse feito absolutamente nada de errado, mas mesmo assim veio, sofreu e morreu para nos reconciliar com Deus? Será que o orgulho nos impede de buscar a reconciliação com o nosso próximo? Jesus veio para nos reconciliar com Deus e uns com os outros. Como anda o processo de reconciliação em nossa vida?

Justificação

“Sendo justificados gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24).

Uma das metáforas destacadas nesta seção é derivada do tribunal de justiça, e diz respeito à “justificação”. Como destacado na Lição, “fundamentalmente, justificação é um termo legal que se refere à absolvição de alguém que foi acusado de um crime, mas foi considerado inocente em um tribunal. Esse conceito também foi usado no Novo Testamento para descrever o significado da cruz.” Como anteriormente nesta série, recomendo enfaticamente o estudo apresentado na Lição. O que pretendemos fazer é ressaltar alguns aspectos relacionados com o tema da justificação, a partir dos argumentos apresentados por Paulo em sua carta aos Romanos.

Em primeiro lugar, recordemos que, no capítulo 1, Paulo desmonta completamente qualquer pretensão de justiça por parte dos gentios fundamentada em sua filosofia. Já nos capítulos 2 e 3, ele lança por terra qualquer pretensão de justiça por parte dos judeus firmada nas obras da lei. Se o judeu perguntava como restabelecer o correto relacionamento com Deus, ou estar em paz com Deus, a teologia rabínica respondia: “Um homem pode entrar em um relacionamento correto com Deus através da observância meticulosa de tudo o que está exposto na lei”. O argumento de Paulo é devastador: “Ninguém será justificado diante dEle por obras da lei” (Rm 3:20).

O argumento de Paulo é que a justiça se manifestou na realização histórica de Deus em Cristo. A manifestação da justiça de Deus acontece na pessoa de Cristo, e tudo o que se relaciona com tal evento (Rm 3:21-22). Se a justiça não é produzida pelas obras da lei (argumento negativo), Paulo passa a ressaltar o aspecto positivo, afirmando de forma inequívoca que a justiça é pela fé: “justiça de Deus mediante a fé” (v. 22). Eis um detalhe que merece ser observado: a justiça é “para todos, e sobre todos os que crêem” (v. 22). Assim, judeus e gentios encontram-se na mesma posição, e ambos podem ser beneficiados pelo projeto divino de salvar todos os homens, independentemente de sua origem, gênero, classe social, etc.

Nestes dias em que se tornou lugar-comum falar de “inclusividade”, a salvação verdadeiramente é “inclusiva”, ou seja, “para todos”. Mas existe uma condição: crer (v. 22). Não apenas assentir intelectualmente a uma série de doutrinas, ou ensinos bíblicos, mas assumir um compromisso com Jesus, o que significa comprometer toda a vida, em todos os seus aspectos, a fazer somente aquilo que agrada ao Salvador. Lembre-se: Jesus comprometeu-Se na realização de nossa salvação, e isto Lhe custou a própria vida. O ato de Cristo entregar Sua vida nos deu vida. Esta vida que recebemos de Cristo deve ser uma nova vida, ou, como disse Paulo, devemos andar “em novidade de vida” (Rm 6:4).

Sacrifício expiatório

Em Romanos 3:25 encontra-se uma palavra importante para a compreensão da obra de Deus em favor do pecador: “a quem Deus propôs, no Seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a Sua justiça, por ter Deus, na Sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”. A palavra destacada, propiciação, relaciona-se com um verbo que significa “propiciar”, que tem que ver com sacrifício, o que nos remete para o sistema do santuário. Observe-se, ainda, o vínculo que o apóstolo estabelece entre a propiciação e o sangue de Jesus (v. 25). É conveniente recordar que, quando alguém cometia algum pecado, deveria comparecer ao santuário e apresentar a Deus um sacrifício, uma oferta pelo pecado. O pecado transtornou as relações entre o homem e Deus. O sacrifício do animal, segundo as instruções do próprio Deus, restaurava o relacionamento rompido. Mas esta era uma provisão temporária, que apontava para o sacrifício maior, todo-suficiente de Cristo, que teria o poder de restaurar definitivamente o relacionamento entre o homem pecador e Deus. O sacrifício de Jesus na cruz pavimenta o caminho que o homem agora pode percorrer em seu retorno a Deus.

Conforme defendido por alguns estudiosos, o termo propiciação (Gr. hylastérion) é usado na Versão Grega do Antigo Testamento (conhecida como Septuaginta, ou, simplesmente, LXX) tem o sentido hebraico de kipper, “fazer expiação”. Esta é uma palavra que se relaciona com kapporeth, isto é, a tampa da arca, e significaria “assento, ou sede, de misericórdia”, “lugar em que os pecados são expiados ou apagados”. Em Hebreus 9:5 encontramos a palavra propiciatório, a tampa da arca, no lugar santíssimo do tabernáculo, onde o sangue expiatório era aspergido uma vez ao ano (Lv 16:11-14). No Antigo Testamento, Deus aceitou a cobertura do pecado mediante o sangue dos animais oferecidos em sacrifícios. Agora, o verdadeiro e perfeito sacrifício satisfaz plenamente todos os requisitos. A morte de Cristo é o meio pelo qual Deus elimina o pecado do Seu povo. Jesus é nossa propiciação, nosso hilastérion, o “assento de misericórdia”, o meio pelo qual encontramos propiciação.

É importante destacar a diferença entre o pensamento pagão e bíblico acerca da propiciação. No paganismo antigo, propiciar significava “aplacar a ira” de um deus ofendido. Para conseguir “apaziguar” tal deus, o homem deveria tomar a iniciativa e realizar alguma obra aceitável diante de seu deus. Em notável contraste com o paganismo, a Bíblia revela que o próprio Deus é quem provê os meios para a propiciação, e isto faz através de Si mesmo: Ele é o propiciante, o propiciado e o meio de propiciação. Como já visto na lição de segunda-feira, Paulo declara que “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:19). Deus não é um ser vingativo, cuja ira foi aplacada pelo sacrifício de Cristo, o que produziu uma mudança na mente de Deus em relação aos pecadores. No contexto, o uso que se faz do termo propiciação (hylastérion, hylasmos, hylaskomai) aponta para a morte de Cristo como expiação por nossos pecados, remoção da culpa e contaminação do pecado.

Ellen White faz um comentário digno de reflexão acerca deste assunto: “O Pai nos ama, não em virtude da grande propiciação; mas sim proveu a propiciação, por isso que nos ama. Cristo foi o instrumento pelo qual Ele pôde derramar sobre um mundo caído Seu infinito amor. ‘Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo’ (2Co 5:19). Na agonia do Getsêmani, na morte sobre o Calvário, o coração do infinito Amor pagou o preço de nossa redenção” (E.G.White, Caminho a Cristo, 13-14).

Resumindo a lição de domingo, terça e quarta-feira: Paulo usa três metáforas para destacar a plenitude da graça salvadora de Deus:

1. do tribunal de justiça: “justificados” (Rm 3:24) – perdão
2. do mercado de escravos: “redenção” (v. 24) – libertação
3. do santuário: “propiciação” (v. 25) – hilastérion

Demonstração do amor de Deus

“Deus é amor” (1Jo 4:8). A ação redentora de Deus flui de Seu amor pela humanidade. Porque Ele tanto amou, Ele deu o Seu único Filho (Jo 3:16). Este verso é considerado por muitos como o coração da Bíblia, o evangelho em miniatura. Como disse Mário Veloso, “esta é a primeira vez em seu evangelho que João usa o verbo “amar”. É um amor que procede de Deus, porque Deus é amor. Em razão deste amor, o Pai é definido como Aquele que “dá”: Ele dá Jesus, que é “o” presente de Deus (Jo 3:16), dá a fé (6:65), dá o Consolador (14:16) e dá tudo o que os discípulos pedirem (15:16; 16:23). Ao dar Jesus, não O enviou vazio, mas com todas as riquezas do Pai: Suas Palavras, Suas obras, a vida, com todas as coisas e com tudo o que Jesus Lhe pedir (11:12, 42).” (Comentário do Evangelho de João, p. 95).

Mas este amor se expressou fundamentalmente na criação e implementação do mais maravilhoso plano já arquitetado: o plano da salvação. Como disse João: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado o Seu Filho unigênito ao mundo” (1Jo 4:9). E complementa: “Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (v. 10). A encarnação de Cristo, Sua vida despojada completamente de quaisquer facilidades, os sofrimentos pelos quais passou, culminando com uma das formas de execução mais terríveis já inventadas pelo homem pecador, ou seja, a morte de cruz, revelam de maneira cristalina que o amor divino é um ato de auto-negação para o benefício de outros, e mesmo daqueles que não o merecem. Refletindo na ação de Deus em favor dos pecadores, dos quais Paulo se considerava o principal, ou pior (1Tm 1:15), não é de surpreender que ele tenha dito que “o amor de Cristo... excede todo entendimento” (Ef 3:19).

Ellen White comenta: “Oh, não compreendemos o valor da expiação! Se a compreendêssemos, falaríamos mais sobre ela. O dom de Deus em Seu amado Filho foi a expressão de um amor incompreensível. Foi o máximo que Deus podia fazer para manter a honra de Sua lei e... salvar o transgressor. Por que não deve o homem estudar o tema da redenção? É o tema supremo no qual se pode ocupar a mente humana. Se os homens contemplassem o amor de Cristo na cruz, sua fé se fortaleceria para apropriar-se dos méritos de Seu sangue derramado, e estariam limpos e salvos do pecado” (Signs of the Times, 30/12/1889).

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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 28/11/2008 a 29/11/2008

Sexta, 28 de novembro

Opinião
Luz nas trevas


Sabemos que nosso amoroso Deus nos criou pela Sua palavra. Quando ocorreu a queda, foi essa mesma palavra que nos procurou e disse: “Onde é que você está?” (Gn 3:9).

O anseio de nosso Deus de nos reconciliar consigo começou quando nossos primeiros pais desejaram separar-se dEle. Como se a criação perfeita não fosse suficiente, foi escolha deles colocar de lado a Palavra que prometia vida eterna e buscar os objetos temporais que lhes pareciam mais corretos. No fim, eles se esconderam nas trevas.

São essas mesmas trevas que escondem muitas pessoas hoje, às vezes até cristãs, que se ocultam dAquele que veio como Luz. Muitos escolhem se esconder simplesmente porque isso se tornou convencional, não importando quão tolo pareça essa atitude. Há esperança para essa escolha? A Palavra responde: “Não fui Eu que os escolhi?” (Jo 6:70, NVI).

E como foi que a Luz brilhou para nos tirar de nosso esconderijo? Aquele que não conheceu pecado veio a este mundo escuro para Se tornar pecado por nós (2Co 5:21). Por isso, Ele pode tomar nossa mão, reconciliar-nos com Deus, recriar-nos à Sua imagem como nos havia criado originalmente, no princípio (Gn 1:26). Alguns permitem que Ele Se torne seu guia. Outros escolhem deixar Sua mão se soltar da deles outra vez.

O que Jesus, a Palavra, estava realmente tentando realizar? “Jesus introduziu profundas mudanças na maneira de vermos Deus. Principalmente, Ele trouxe Deus para perto de nós. ... Jesus trouxe a mensagem de que Deus Se importa com as flores do campo, alimenta os pardais, sabe o número dos cabelos da cabeça das pessoas”, escreveu Philip Yancey, em O Jesus que Eu Nunca Conheci (Vida). Tudo o que a Palavra queria era restabelecer a conexão perdida durante a primeira queda em tentação, para provar o quanto Ele nos ama e deseja estar conosco. Nenhuma outra verdade pode ser mais brilhante que essa.

Nos noticiários, vemos um mundo sem esperança, emaranhado no mal; mas então vem o Salvador da mesma multidão sem esperança e, num raio brilhante dissipa toda a fragilidade e o desespero humano. Tal magnificência é inigualável, contudo, quantos continuarão a esquivar-se e a esconder-se dela? Que isso não aconteça!

Dicas

1. Pense numa pessoa por quem você estaria disposto a morrer. Depois, pense na última pessoa pela qual você se disporia a morrer. Desafie-se a ver essa pessoa como Deus a vê, e faça uma oração por ela.
2. Lembre a si mesmo do plano da salvação toda vez que você for tentado a reclamar de algo. Com os “óculos coloridos da salvação”, desafie-se a viver de maneira mais positiva e abundante.
3. Escreva um argumento sobre os benefícios de se seguir a lei de Deus se não houvesse a salvação. A vida cristã ainda é a melhor escolha aqui na Terra? Defenda essa idéia.
4. Escreva uma carta para Deus, agradecendo o dom de Seu Filho e contando a Ele o impacto que Jesus teve em sua vida.

Teofilo Esguerra | Silang, Filipinas

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 27/11/2008 a 29/11/2008

Quinta, 27 de novembro

Aplicação
Como fazer sua vida contar pontos


O instrumento que configurou o plano de salvação e o pôs em ação foi o amor divino (1Jo 4:8). Cada aspecto da obra redentora de Deus está engastado na matriz divina do amor. Deus enviou Seu Filho para morrer por nós porque amou o mundo (Jo 3:16). O Filho veio a este mundo para dar a vida por nós porque ama tanto o Pai (Jo 14:31) como a nós (Jo 13:1). Os que, pela fé, são unidos a Cristo amam a Deus (Tg 2:5), a Jesus (Jo 14:21) e uns aos outros (1Jo 3:11).
5. Qual deve ser nossa reação à demonstração do amor de Deus na morte de Cristo? 1Jo 4:7-11

Fazemos muitas contas em nossa vida. Compramos coisas e subtraímos o custo de nossas economias. Acrescentamos tempo a mais para passar no trânsito a fim de não chegarmos atrasados para a aula, e fazemos cálculos incríveis para voar até a Lua e construir superestruturas.

Contudo, há outra forma de contar, como vemos em Romanos 3:1-26. Deus nos deu o dom perfeito da salvação em Jesus Cristo. Ele deseja que façamos uso de nossa vida, que encontremos realização nEle, e que estejamos com Ele no Céu para sempre. Por causa de Sua expiação, Jesus deseja que façamos nossa vida contar pontos. Como exatamente podemos fazer isso? Eis aqui algumas formas:

1. Vá a Cristo. Não podemos avançar na corrida se estivermos embaraçados com o pecado. Procure a Cristo e se arrependa, e Ele libertará você, não importando o quanto você esteja preso. Ore por perdão, e peça ao Espírito Santo que o(a) ajude a evitar fazer as coisas pecaminosas das quais está arrependido(a).

2. Ofereça sua vida a Ele. Para ser plenamente usado por Deus, você precisa permitir que Ele opere através de você. Entregue sua vida a Ele, e Ele o guiará no caminho que você deve seguir. Entregue a Ele, em oração, cada dia de sua vida e peça-Lhe que lhe revele maneiras de servi-Lo.

3. Compreenda Seu poder para mudar sua vida. A vontade de Deus é que tenhamos o melhor na vida. Saiba que Ele deseja mais para você do que você pode sonhar. Leia a Bíblia diariamente, e Deus lhe revelará Seus planos.

4. Nunca se desvie de Sua Palavra. Nossa dificuldade não está no fato de não sabermos a vontade de Deus. Nossa dificuldade advém de não fazermos Sua vontade. Aprenda a obedecer, mesmo que doa!

5. Fale a outros de Seu amor. “A boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12:34). Portanto, quando conhecemos a Deus, podemos falar a outros sobre Ele e sobre Seu amor.

Podemos contar com Jesus para guiar-nos à vida eterna. Oremos para que Ele possa contar conosco para partilhar Seu amor com outros e para trazer glória a Ele de incontáveis maneiras.

Adelle Isah A. Talavera | Quezon, Filipinas

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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 26/11/2008 a 29/11/2008

Quarta, 26 de novembro

Evidência
Expiação: conceito ilimitado


4. O que o sacrifício de Cristo fez por nós? Rm 3:25, 26

Primeiro, esse sacrifício foi fornecido pelo próprio Deus para restabelecer nossa relação com Ele (Rm 3:25). Segundo, esse foi um ato de substituição. Cristo é descrito como sendo sem pecado, sem qualquer defeito; mas foi sacrificado como oferta de pecado (Rm 8:3; 2Co 5:21). Ele levou nossos pecados na cruz e morreu por nós e em nosso lugar (1Pe 2:21-24). Terceiro, o sacrifício de Cristo é propiciatório no sentido de que nos liberta da ira de Deus contra o pecado. Pelo sacrifício de Cristo, somos libertados dessa ira, e o amor de Deus nos alcança em salvação. Quarto, o sacrifício de Cristo fornece a fundamentação legal para a vontade de Deus de nos salvar. Nossa redenção e reconciliação não teriam sido possíveis sem o sangue sacrifical de Cristo (At 20:28; Cl 1:20; Ap 5:9). É em virtude de Sua morte na cruz como vítima sacrifical, única e sem igual, que Deus pode justificar aqueles que crêem (Rm 5:9). Ao condenar o pecado em Cristo, Deus demonstra ser justo quando justifica aqueles que nEle crêem (Rm 3:26).

No princípio, os seres humanos tinham um relacionamento íntimo com Deus. Podiam se comunicar diretamente com o Criador. Por causa do pecado, esse relacionamento íntimo foi rompido, afastando-os de Deus. “Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus” (Is 59:2). Desde a queda, Deus tem tomado providências para derrubar essa “parede de separação” por meio da expiação de Jesus Cristo (Ef 2:14). William Tyndale reconheceu que esse conceito de remissão de pecados passados e reconciliação não tinha uma tradução direta na língua inglesa. Portanto, enquanto estava traduzindo a Bíblia inglesa de 1526, inventou a palavra “atonement” (“em união” + sufixo “mento”).1

A palavra-chave para a primeira parte desse conceito (expiação pelo pecado) é o termo hebraico kapper, que significa “cobrir”. Sugere a idéia de cobrir e remover o objeto (pecado) que está obstruindo a reconciliação entre duas partes (Deus e os seres humanos).2

A segunda parte desse conceito (reconciliação dos seres humanos com Deus) está relacionada às palavras gregas hilaskesthai, hilasmos e hilasterion, que são literalmente traduzidas como “reconciliar”, “reconciliação” e “propiciação”. Jesus Cristo Se tornou humano a fim de nos hilaskesthai com Deus (Hb 2:17). Ele Se tornou hilasmos pelos nossos pecados (1Jo 2:2; 4:10) e Deus O estabeleceu como hilasterion para Si mesmo (Rm 3:25).3

Embora Tyndale tenha tentado, não é possível englobar o conceito do sacrifício de Cristo numa única palavra. É por isso que as metáforas que temos discutindo nesta semana nos ajudam a compreender mais sobre o sacrifício que Jesus fez pela expiação de nossos pecados e para a reconciliação dos seres humanos com Deus. Ele proveu um meio através do qual podemos obter Seu perdão, e cabe a nós tirar vantagem desse meio que nos foi abnegadamente fornecido.

1. http://en.wikipedia.org/wiki/Atonement
2. John McKenzie, Dictionary of the Bible (Milwaukee: Bruce Publishing, 1965), p. 69.
3. Ibid.


Dakila Vine Villan | Muntinlupa, Filipinas

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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 25/11/2008 a 29/11/2008

Terça, 25 de novembro

Testemunho
À procura do perdido


3. Por que Paulo contrasta a justificação pela fé com a obediência à lei, e como isso nos ajuda a entender a justificação? Rm 3:19-24
Os seres humanos foram acusados de um crime. Todos estão sob a condenação da lei (Romanos 2). Mas Deus forneceu aos seres humanos uma saída da dificuldade. “Agora”, com a vinda de Cristo, “se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei”, isto é, não determinada pela nossa obediência à lei (Rm 3:21, NVI). Paulo explica que essa “justiça de Deus [vem] mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22, NVI). Essa justificação é dirigida tanto aos judeus como aos gentios (v. 22, 29). Esse dom de salvação é acompanhado da recepção do Espírito que nos habilita a andar em novidade de vida (Gl 3:2, 3; Rm 6:4).

Metáforas que nos ajudam a compreender o que Cristo fez por nós são abundantes na Bíblia. Lucas 15 inclui três delas. Eis aqui o que Ellen G. White tinha a dizer sobre as duas primeiras.

“Na parábola, o pastor sai em busca de uma ovelha – o mínimo que pode ser numerado. Assim, se houvesse apenas uma pessoa perdida, Cristo por ela teria morrido.

“A ovelha desgarrada do rebanho é a mais desamparada de todas as criaturas. Precisa ser procurada pelo pastor, pois não pode, sozinha, encontrar o caminho de volta. O mesmo se dá com alguém que se desviou de Deus; está tão desamparado quanto a ovelha perdida, e se o amor divino não for salvá-la, jamais poderia achar o caminho para Deus.

“O pastor que descobre a ausência de uma ovelha, não contempla indiferentemente o rebanho que está seguro no redil, dizendo: ‘Tenho noventa e nove, e vai causar-me tremenda perturbação sair em busca da desgarrada.’ ... Não! Logo que a ovelha se afasta, o pastor enche-se de cuidados e apreensões. Conta e reconta o rebanho. Quando se certifica de que realmente uma ovelha se perdeu, não dormita. Deixa as noventa e nove no redil e sai em busca da ovelha desgarrada” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 187, 188).

Conquanto a ovelha saiba que está perdida, e portanto representa pessoas que sabem que estão separadas de Deus, a moeda na segunda parábola “representa os que estão perdidos em delitos e pecados, mas não estão conscientes de sua condição. Estão alienados de Deus, mas não o sabem. Sua vida está em perigo, porém estão disso inconscientes e descuidados. Nessa parábola, Cristo ensina que mesmo os que são indiferentes às reivindicações de Deus são objeto de Seu amor piedoso. Precisam ser procurados para serem reconduzidos a Deus. ...

“Nesta parábola há uma lição para as famílias. No círculo familiar há muitas vezes grande indiferença quanto à condição espiritual de seus componentes. Pode haver um dentre eles que esteja separado de Deus; mas quão pouca ansiedade é sentida na família, pela perda de uma das dádivas confiadas por Deus! ...

“Onde quer que estejamos, a dracma perdida espera que a procuremos. Iremos procurá-la?” (Ibid., p. 193-196).

Clyde Evans | Ypsilanti, EUA

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 24/11/2008 a 29/11/2008

Segunda, 24 de novembro

Exposição
Tudo o que for preciso


2. O que é reconciliação? 2 Co 5:18-21

Reconciliação é a restauração de relações pacíficas entre pessoas ou grupos inimigos. Normalmente, é necessário um mediador ou negociador. Essa prática foi usada por Paulo para explicar a cruz. Primeiro, Deus tomou a iniciativa de reconciliar consigo os pecadores. Segundo, Deus usou um Mediador por quem a reconciliação se tornou possível. Ele “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (2Co 5:18); Ele “estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (v. 19). Terceiro, o objeto da reconciliação é definido como “nós” e o “mundo”. Deus “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (v. 18). O verbo está no passado, indicando que a ação está completa. Com relação ao mundo, lemos que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (v. 19). O contexto indica que a reconciliação do mundo ainda está em curso. Quarto, a reconciliação como um processo é formada por duas ações divinas. Uma é o ato divino de reconciliação na cruz, definida como “não imputando aos homens as suas transgressões” (v. 19). O pecado era a barreira que tornava impossível para Deus reconciliar os seres humanos consigo mesmo. Mas Ele decidiu permitir que Seu amor fluísse livremente em direção a nós, removendo a barreira do pecado. O outro aspecto da reconciliação é o ministério de reconciliação (v. 18), a proclamação da mensagem de reconciliação (v. 19) confiada a nós. “Somos embaixadores de Cristo” (v. 20) e, como tal, é o próprio Deus que está “fazendo Seu apelo por nosso intermédio. [...] Reconciliem-se com Deus” (v. 20, NVI).

Você se tornaria uma imunda barata se isso fosse necessário para salvar a espécie delas? Essa é uma metáfora muito grosseira, mas Cristo desceu bem mais baixo, em comparação com Sua estatura e divindade, para salvar-nos. No Céu, Ele governava o Universo. Na Terra, trabalhou trinta anos como carpinteiro na famigerada cidade de Nazaré antes de começar Seu ministério. De rei a carpinteiro! No Céu, os anjos cobriam a face em adoração a Ele. Contudo, na estrada para o Calvário, Sua face suou e sangrou com a agonia de açoites e da cruz. E o mais difícil de compreender é que Ele não precisava fazer isso.

Facilmente, a Divindade podia ter produzido outros seres humanos, varrendo totalmente da existência os caídos. Contudo, fazer esse tipo de coisa teria sido incongruente com o amoroso caráter de Deus. E foi preciso a Bíblia toda para explicar e fazer chegar ao nosso coração o quanto significamos para Ele e até que ponto Ele estava disposto a chegar para nos trazer de volta a Si.

Os dedos da lei (Rm 2:1-29). Quem não é cauteloso em relação à lei? Se você se meter com ela, vai se ver pagando o preço. A ignorância não pode nem mesmo alegar inocência.

Deus criou a Terra e é também o autor do plano da salvação, de acordo com leis. Por ser um Deus de ordem, planejou harmoniosamente o Universo. Ele deseja endireitar harmoniosamente as coisas no que diz respeito à maneira em que devemos considerá-Lo e nos tratarmos um ao outro. É por isso que Ele nos deu os Dez Mandamentos para serem fixados em nosso coração. Sem eles, somos vítimas de abuso, confusão e caos.

Além disso, Ele é um Deus de justiça, dando-nos justamente o que merecemos. A lei faz mais do que guiar ou conduzir; ela é nosso padrão de medida. Por quê? Porque a lei reflete o amoroso e perfeito caráter de Deus.

O grande porém (Rm 3:19-26). Sim, devemos guardar a lei de Deus. Contudo, guardar a lei não pode salvar um único ser humano.

“Tendo em vista ajudar as pessoas a ver sua verdadeira condição, a lei funciona como uma espécie de espelho.”1 O espelho simplesmente mostra a sujeira no rosto, mas não pode limpá-lo. Da mesma forma, a lei não pode purificar-nos do pecado e tornar-nos aceitáveis a Deus. Somente a expiação que Jesus estabeleceu para nós pode fazer isso. Aquele que era perfeito levou sobre Si todos os nossos pecados e morreu em nosso favor. Não desejando que ninguém perecesse, Deus deu Seu Filho em sacrifício – o único apropriado. Jesus foi feito nosso substituto para a morte para que pudéssemos reivindicar Seus méritos – através da fé – como nosso substituto para a vida.

Restauração (2Co 5:18-21). A expiação é a maneira de Deus nos trazer de volta a Si. Ele deseja que vivamos eternamente com Ele, novamente, face a face. Previu a ameaça de Herodes, o desafio dos fariseus e por fim a rejeição dos judeus. Mas isso não O impediu de tornar a salvação possível nem que fosse para apenas uma pessoa que aceitasse Seu dom de vida. Para metáforas envolvendo esse conceito, leia Lucas 15.
“O problema do pecado é que ele interrompe o relacionamento entre Deus e o homem. O alvo da salvação é restaurar a relação entre Deus e o homem.”2

Deus não simplesmente enviou Cristo para realizar a tarefa. Deus estava nEle. Sofreu com Ele e chorou com Ele. E faria o mesmo se apenas uma pessoa houvesse pecado. Poderíamos nos admirar como o salmista: o que somos, para que Ele Se lembre de nós (Sl 8:4)?

O âmago de tudo (1Jo 4:7-11). Deus é amor. Isso, de maneira simples, mas suficiente, explica a expiação. O próprio Jesus tinha algo a dizer sobre isso: “Meu Pai tanto amou você, que mais ainda Me ama por dar Minha vida para salvar você. Tornando-Me seu Substituto, entregando Minha vida por suas fraquezas e transgressões, sou muito amado pelo Meu Pai; porque em razão do Meu sacrifício, Deus pode ser justo e, ao mesmo tempo, ‘justificador daquele que tem fé em Jesus’” (Ellen G. White, Caminho a Cristo em linguagem atualizada, p. 14).

Satanás tem tido sucesso em representar a Deus como alguém severo, exigente e possessivo. Mas o amor de Deus revelado na vida e sacrifício de Cristo desfaz as mentiras do inimigo. Nós O vemos agora como um Pai sempre desejoso de receber a afeição de Seus filhos transviados. Agora conhecemos os extremos aos quais Ele foi para nos conquistar novamente. E, por fim, descobrimos que toda bênção é apenas Sua iniciativa, Seu dom e Seu derramamento de graça imerecida.

Por que devemos compreender estas metáforas da expiação? Para que possamos aceitar a expiação que tão graciosamente Cristo fez em nosso favor e, por nossa vez, estendermos a graça de Cristo a outros em nossas palavras e atos.

A expiação é uma história de amor sem igual. Sim, foi necessário preparar a Bíblia toda para contá-la a nós.

1. Nisto Cremos (Tatuí, CPB, 1995), p. 316.
2. Morris L. Venden, 95 Teses Sobre Justificação Pela Fé (Tatuí, CPB, 1990), p. 288.


Kristine Heizel M. Ballad | Antipolo, Filipinas

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domingo, 23 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 23/11/2008 a 29/11/2008

METÁFORAS DA SALVAÇÃO


“Deus O ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo Seu sangue, demonstrando a Sua justiça. Em Sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos” (Rm 3:25, NVI).

Prévia da semana: A decisão de Cristo de morrer por nós nos une a Ele de um modo que nenhum outro dos seres celestiais pode entender nem experimentar.

Domingo, 23 de novembro

Introdução
Partilhando com um amigo

1. Como você entende o conceito de “redenção”? Mc 10:45; Gl 3:13; Ef 1:7; 1Pe 1:18, 19

Redenção é a libertação de uma dívida ou da escravidão pelo pagamento de um resgate, e é uma imagem usada no Novo Testamento para interpretar a morte de Cristo. Nessa idéia, o mundo todo se tornou prisioneiro do pecado, e a lei era o carcereiro (Gl 3:22, 23). Como escravos do pecado, os seres humanos estavam destinados à morte eterna (Rm 6:6, 23). A dívida só poderia ser paga pela renúncia à própria vida. Então, Cristo veio ao mundo e pagou o preço da nossa redenção, tornando disponível a vida a todos os que crerem nEle. Esses indivíduos eram “escravos do pecado”, mas agora “libertados do pecado” se tornaram “servos da justiça” (Rm 6:17, 18).

Um amigo seu lhe fez uma pergunta: O que a Bíblia diz sobre a salvação? Você começa a recordar o que aprendeu nas aulas de Bíblia, ou o que leu recentemente no Ano Bíblico e no livro de meditações diárias. Você começa dizendo a esse amigo que todos nós pecamos de alguma forma, mas Deus ainda nos ama, e “deu o Seu único Filho, para que todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Você também explica que o pecado nos separa de Deus, erigindo uma barreira que só Jesus Cristo pode remover.

Você sabe que toda pessoa que ouve falar da salvação pode ter noções diferentes dela. Por ser a morte de Cristo na cruz tão importante, a Bíblia compara a salvação a várias coisas práticas para nos ajudar a compreender melhor quão valiosa ela é e quão desesperadamente precisamos dela. Talvez você até tenha encontrado algumas dessas metáforas que descrevem a morte de Cristo na cruz:

- Dom gratuito. Tudo o que podemos fazer é recebê-lo, crendo em Cristo (Romanos 5).
- Resgate pago para libertar-nos do cativeiro do pecado
(Mt 20:28).
- Restauração de nossa antiga união com Deus
(Is 58:12).
- Alvejar de roupas do vermelho para o branco
(Is 1:18).

Creio que a salvação é algo que precisamos saber de memória. Precisamos conhecê-la porque, uma vez que a compreendermos, teremos uma concepção mais clara de como Deus nos ama e de como Ele desperta nosso relacionamento com Cristo, nosso Salvador pessoal. Sabendo que Jesus morreu em nosso lugar, nunca teremos segundos pensamentos sobre Seu amor por nós. Confiaremos nEle inteiramente e nosso coração se inclinará para a obediência. Toda vez que nossos desejos fizerem com que pequemos, devemos nos arrepender, fazer reparos, pedir a Deus que nos perdoe e, com a ajuda do Espírito Santo, viver como alguém que foi perdoado.

Na verdade, é impressionante o amor e a fidelidade de Deus para com os seres humanos pecaminosos. E Ele continua a mostrá-los a nós todos os dias. Minha oração é que, ao você continuar a ler a lição desta semana, possa ter paz mental e encontrar mais metáforas valiosas sobre o amor de Deus para partilhar com seus amigos.

Jontue Jarin | Caloocan, Filipinas

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