sábado, 6 de dezembro de 2008

Resumo Semanal - Expiação na Cruz - 06/12/2008 a 06/12/2008

Expiação na Cruz

Resumo Semanal - 30/11/2008 a 06/12/2008


Pr. João Antonio Alves
Professor de Teologia do IAENE

Verso para Memorizar: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Colossenses 1:13, 14).

Pensamento-chave: Descrever a experiência de Jesus no Getsêmani e na cruz a fim de entender melhor o significado de Sua morte para nos reconciliar com Deus.

Responsabilidade versus irresponsabilidade. Desde o princípio é este o conflito. O homem, adulto, que se julga dono de seu próprio destino, que se arroga o direito de fazer e acontecer, aparentemente sem temer nada nem ninguém, não assume sua responsabilidade pelas conseqüências de seus atos. Quando apanhado em suas faltas, como uma criança fazendo o que não deve, procura justificativas para suas atitudes. Infelizmente, o melhor que ele pode fazer é apontar o dedo para outro lado, desviando a atenção de si mesmo, e procurando culpar outro(s) por algo decorrente de sua decisão pessoal. São atitudes impensadas, irrefletidas, com resultados inevitáveis, mas a coragem se esvai no momento de assumir a responsabilidade. Foi assim desde o princípio. O homem tornou-se irresponsável. Alguém deve assumir a culpa em seu lugar. No plano da salvação não há lugar para os irresponsáveis. Mas como pode o homem ser salvo se ele é culpado? A maravilha da expiação é que Deus não desculpa o pecado do homem como se nada houvesse acontecido. O próprio Deus assume a culpa em Jesus Cristo. É mediante o sacrifício do Calvário que Deus pode ser justo e justificar o homem pecador.

Dom angústia: Caminhando para o Getsêmani

“Foi Jesus a um lugar chamado Getsêmani... e começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. Então... disse: A Minha alma está profundamente triste até à morte” (Mt 26:36-38).

“Começou a sentir-Se tomado de pavor e de angústia” (Mc 14:33).

Os versos acima descrevem vividamente o estado de ânimo de Jesus naquela hora de suprema tribulação. Como a Lição explora o significado das passagens referidas, recomendo seu estudo. Aqui pretendemos expor algumas idéias adicionais presentes no capítulo “Getsêmani”, em O Desejado de Todas as Nações, e outras considerações.

As expressões bíblicas são extremamente fortes. Da mesma forma, Ellen White utiliza alguns termos que descrevem quão terrível foi aquele momento para Jesus. Chamamos a atenção para a descrição da tristeza de Jesus, uma tristeza tão profunda que lançava sobre o Salvador a sombra da morte. Igualmente, Jesus foi invadido por uma angústia indescritível, e ficou tomado de pavor. Essas expressões nos apresentam um Jesus completamente humano, que sofre as emoções típicas dos seres humanos quando confrontados por situações-limite, ou seja, que são levados ao ponto extremo de sua resistência emocional.

Ellen White diz que Jesus “gemia alto, como sob a opressão de terrível fardo” (p. 659) e que Seu espírito tremeu diante do abismo do pecado (Ibid). Além disso, ela emprega expressões como “suprema angústia de Sua alma” (p. 660), “uma dor que estava além da compreensão” (p. 661), “semblante mudado pela angústia” (p. 662), “Sua grande agonia” (Ibid.), “tomado de sobre-humana aflição” (Ibid.), “Sua angústia mental, não a podiam compreender” (p. 663) e, talvez surpreendente para alguns, ela menciona o “desânimo” e a “depressão” do Salvador.

Teologicamente, pode-se falar do peso dos pecados do mundo, todos os fardos da humanidade sobre Seus ombros, etc. Mas não se pode passar por alto o aspecto do sofrimento mental extremo suportado por Jesus em Sua humanidade. Isto torna Seu sacrifício por nós ainda mais maravilhoso. Sofreu em um grau de intensidade como nenhum outro ser humano foi chamado a sofrer. Ele, que ansiava por simpatia de Seus discípulos naquela hora escura, também sabe quando nosso coração anseia por um amigo que nos assista em nossas horas difíceis. Por isso, Ele entende quando Seus filhos clamam por socorro, quando estão a ponto de desistir, quando estão pedindo ao Pai para passar o cálice. Deus sabe a extensão e a profundidade de nossas dores. Ele ouve as orações que brotam de lábios sofredores. Vê cada lágrima derramada. Desce para enxugar suas lágrimas.

Nestes dias em que tantos são acometidos por sentimentos tão profundos e dolorosos como os experimentados por Jesus, é maravilhoso saber que temos um Salvador que conhece pessoalmente o que significa sofrer a angústia do abandono, do desamparo, da agonia de alma, do desânimo e da depressão. Essa condição pode se repetir entre cristãos fiéis e, a diferença do que afirmam alguns, não revela falta de fé. As pessoas que passam por tais situações precisam de carinho, compreensão, apoio, ajuda, para superar seus obstáculos e, pela graça de Deus, desfrutar plenamente a vida que Deus lhes deu.

O Cálice: Submissão Voluntária

“Passa o cálice adiante. Passa para outro!” Mas... para quem? Não há outro. Somente Jesus podia beber o cálice. Somente Ele estava capacitado para a missão. Ele era o Deus-homem, investido com todos os atributos necessários para conduzir com segurança o plano traçado na eternidade para a redenção do homem.

O cálice que Jesus pedia ao Pai que o afastasse de Seu caminho era o da agonia final. Toda a Sua vida tinha sido de contínuo confronto com Satanás e seus aliados. Estava chegando a hora do último round. Como o expressou Ellen White, “o tremendo momento chegara – aquele momento que decidiria o destino do mundo” e que, diante de tal perspectiva, “a humanidade do Filho de Deus tremia naquela probante hora”. Três vezes Jesus orou, pedindo ao Pai que passasse adiante o cálice porque “três vezes recuou Sua humanidade do derradeiro, supremo sacrifício” (O Desejado de Todas as Nações, p. 663).

Sim, o peso era demasiado, mesmo para o Filho de Deus. Afinal, sobre Ele estavam os pecados de todo o mundo. Mas, apesar de Sua humanidade recuar diante de tamanho sacrifício, Ele não Se deixou vencer pelo medo, pelo terror produzido pela perspectiva da separação entre Ele o Pai, como conseqüência de ser Ele o portador dos pecados. Suas palavras finais revelam Sua total submissão ao plano da redenção e total dedicação à missão de salvar os pecadores: “Não se faça a Minha, e sim a Tua vontade”. Se esta era a vontade do Pai, se este era o caminho único para o cumprimento do plano, então, Ele beberia o cálice. Voluntariamente, sofreria a punição em nosso lugar, para que pudéssemos experimentar a vida que pertence a Ele.

Jesus seguiu adiante com o plano. Não desistiu. Ainda que soubesse o resultado, seguiu adiante. Eram-Lhe mais importantes os resultados relacionados com a salvação de cada um de Seus filhos.

Trevas: Entregue ao Inimigo

Cristo é a luz do mundo. Entrou no reino das trevas, para nos resgatar das trevas para Sua maravilhosa luz. Onde há luz não pode haver trevas. As trevas não subsistem na presença da luz. Entretanto, a experiência de Jesus foi muito real, no sentido de sofrer intensamente a terrível experiência de viver em um mundo dominado pelas trevas.

Sua trajetória em meio às trevas foi progressiva: desceu de Seu lar de luz para um mundo de trevas; daí para o Getsêmani, a hora mais escura para a humanidade; na cruz, trevas literais cobriram a terra; finalmente, foi levado para a sepultura, o reino das trevas e das sombras. Mas não ficaria ali. Sendo o Príncipe da luz, Ele ressurgiu. Ressuscitou das trevas para, por Sua vitória, nos resgatar do domínio dessas mesmas trevas. Naturalmente, trata-se da metáfora para a salvação que Ele concede a todos quantos aceitam seguir Sua luz. “Quem Me segue não andará em trevas” (João).

Nosso caminho será sempre iluminado, se permitirmos que Jesus brilhe sobre nós.

O Grito: Explorando o Mistério

“Deus Meu! Deus Meu! Por que Me desamparaste?”

A profundidade da separação. Naquele momento, Jesus experimentou toda a separação que o pecado pode provocar. Como expressou o profeta Isaías, os pecados da humanidade produzem separação entre o pecador e Deus. Jesus experimentou esta separação, a separação eterna do Pai. Sentiu o peso e toda a terrível conseqüência de levar os pecados do mundo. É freqüente os críticos questionarem o ensino do ministério de Cristo no lugar santo do santuário celestial, afirmando que isso significaria uma separação do Pai, que estaria no Santíssimo, separação impensável no âmbito da Divindade. Embora não ensinemos absolutamente nada que sequer insinue a existência de tal separação, os críticos deixam de considerar que a verdadeira separação ocorreu na cruz. Uma separação voluntária. Jesus sabia quais eram as conseqüências, e ainda assim esteve disposto a pagar o preço. Por isso houve o clamor na cruz: “Por que Me desamparaste?” Este é o clamor que brotou do profundo do ser de Cristo, sentindo o peso dos pecados do mundo, o desamparo, o desagrado do Pai por ser Ele o portador dos pecados. Para o ser humano pecador é difícil, senão impossível, entender quão terrível é o pecado à vista de um Deus santo. “Tu és tão puro de olhos que não podes ver o mal...” (Hc 1:13).

O que os textos bíblicos ensinam é que a obra da redenção produziu o inimaginável, isto é, a inquebrantável comunhão entre o Pai e o Filho foi misteriosamente rompida. Embora o sentimento de abandono esteja presente no texto, existe um aspecto que merece ser destacado. O clamor de Jesus foi assim expresso: “Meu Deus!”. Ainda que Jesus tenha expressado o sentimento de abandono, Ele reteve Sua confiança. Além da confiança no Pai, também é possível perceber Sua paciência e auto-resignação.

Reflexão: Em nossa vida cristã pode muitas vezes acontecer algo – decepção, engano, abandono, etc. – em que sejamos levados a perguntar “Por quê?”. O sentimento de abandono pode ser extremamente forte, quase impossível de suportar. Mas, como Jesus, que manteve a Sua confiança no Pai, apesar do aparente abandono, também nós devemos manter a confiança na direção de Deus em nossa vida. Não significa que escolher confiar nos dê todas as explicações que buscamos, mas a escolha de confiar nos dá forças para prosseguir e superar as perplexidades de nossa existência.

Durante as três horas de duração daquelas trevas sobrenaturais, Jesus esteve em agonia, lutando com os poderes das trevas e sofrendo o desprazer de Deus contra o pecado, pelo qual Ele entregava Sua própria vida. O que aconteceu enquanto durou aquele momento de trevas foi crucial no plano da salvação. Enquanto Jesus lutava com o sentimento de desamparo, de abandono, de solidão – nem mesmo os discípulos O acompanharam naquela hora terrível – os poderes das trevas se aproveitavam da ocasião para levar o Salvador a desistir de Sua missão. Mas Ele permaneceu firme, disposto a beber o cálice até a sua última gota, e assim cumprir com o plano de resgate da humanidade.

Está Consumado: Da Morte Para a Vida

“Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: ‘Tenho sede!’ Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam no vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, Lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: ‘Está consumado!’ E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Jo 19:28-30).

A tradução “Está consumado!” não é completa. O verbo usado no original denota fundamentalmente execução da vontade de alguém, e assim cumprir obrigações ou atos religiosos. Um aspecto é temporal e o outro é teológico. Ambos estão presentes nessa expressão. Em outras palavras: “Missão cumprida!” Jesus realizou a obra que o Pai Lhe confiara. Sua morte na cruz foi o ato de coroação dessa missão. Ele foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2). Mas Sua morte não significa derrota. Ao contrário, demonstra de forma inequívoca a vitória de Jesus. Satanás está para sempre derrotado! O destino dos seres humanos depende de sua escolha: aceitar Cristo como seu Salvador e assim tornar-se herdeiros da vida eterna. Apesar da hora sombria, foi um brado de triunfo. Jesus Se encontrava, então, totalmente fora do alcance das tentações de Satanás. Já não mais poderia ser atingido, nem tentado a buscar um caminho alternativo para cumprir Sua missão. Morreu como vitorioso. Alcançou vitória sobre o diabo, as tentações, as palavras enganadoras, o caminho fácil, etc. Posteriormente, Se levantaria como vitorioso sobre a morte. A morte não mais poderia detê-Lo. Afinal, Ele é o doador da vida. Ele mesmo depôs Sua vida para tornar a tomá-la. Ninguém a tirou dEle (Jo 10:17-18).

“Inclinando a cabeça, rendeu o espírito.” A linguagem usada significa que Ele adormeceu. A batalha tinha chegado ao fim. Agora, Ele podia descansar. Cumpriu a missão. Este era o sono de quem executara a tarefa, e a realizara eficazmente. Nada havia sido deixado para trás.

A expressão traduzida como “rendeu o espírito” significa que a morte de Jesus foi um ato consciente, uma oferta dada por Alguém completamente cônscio de Sua missão.

Reflexão: Até onde estamos dispostos a ir para cumprir nossa missão?


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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Expiação na Cruz - 05/12/2008 a 06/12/2008

Sexta, 5 de dezembro

Opinião

Aceitando sua vitoriosa tragédia


O que lhe vem à mente quando você encontra a palavra reconciliação? Eu vejo um filho desperdiçando a vida em prazeres mundanos; voltando as costas aos valores que seus pais lhe ensinaram, e partindo-lhes o coração. Também vejo que, apesar de tudo, os pais estão sempre dispostos a fazer o que for preciso para salvá-lo da ruína.

Na parábola do filho pródigo, um pai tinha um jovem filho que pediu sua herança, saiu de casa com ela e a esbanjou numa vida frívola. Mas quando ficou sem dinheiro, foi reduzido a guardador de porcos para ganhar a vida. Então, certo dia, ele pensou em se unir novamente ao pai. Deixou o chiqueiro e começou a viagem de volta para casa. Quando lá chegou, a primeira coisa que viu foi o pai correr em sua direção com os braços abertos. Leia em Lucas 15:21-24 o que aconteceu depois.

Exatamente como na história do filho pródigo, o filho que vejo em minha mente recebe também uma festa de comemoração quando decide ouvir o chamado de Deus e de seus pais para voltar ao redil. É tão incrível saber o quanto nossos pais podem amar-nos!

O que é mais incrível, contudo, é que Deus, nosso Pai celestial, nos ama ainda mais do que nossos pais terrenos. Ele enviou Seu único Filho para sofrer e morrer na cruz a fim de redimir-nos da morte eterna. Que dom incrível é este! E, assim como o filho pródigo o aceitou, devemos aceitá-lo (por que não?), pois o dom leva à reconciliação com Deus.

Compreender a expiação como encarnação, vida, sofrimento e morte de Jesus Cristo, ou como o dever e morte de Cristo em favor dos pecadores, ou como as obras sacrificais de Jesus pelos pecadores, ou qualquer outra forma de definirmos, não vai importar. O poder de Sua morte expiatória só vai ter sentido se a entesourarmos no coração e deixarmos que ela dê fruto em nossa vida.

Portanto, a expiação não tem que ver apenas com a compreensão de seu significado. Ela também tem a ver com sua aplicação à nossa vida, e com sua vivência, sem dúvidas.

Dicas

1. Faça um desenho ilustrando o conceito de uma nova criação.
2. Pesquise as necessidades físicas, emocionais e espirituais das pessoas em sua igreja e na comunidade em que você mora. Quais são algumas formas pelas quais você pode praticar um ministério de reconciliação que, na verdade, faça diferença?
3. Escreva uma carta para Deus contando-Lhe como o poder da cruz tem afetado sua vida, e fazendo qualquer pergunta sobre algum assunto do qual você ainda tenha dúvidas.
4. Elabore uma lista diária de oração em favor de pessoas pelas quais você deseja interceder (talvez especialmente aqueles com quem você tenha as maiores barreiras) para que também essas pessoas possam, por si mesmas, experimentar o poder expiatório da cruz.
5. Discuta o que a cruz significa para alguém que tem exercido uma positiva influência espiritual em sua vida.

Esther e Míriam Carlo | Silang, Filipinas

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Expiação na Cruz - 04/12/2008 a 06/12/2008

Quinta, 4 de dezembro

Aplicação

Como permanecer perto de Deus


6. Descreva as experiências de Jesus imediatamente antes de morrer (Jo 19:28-30). O que Jesus quis dizer ao exclamar “está consumado!”? O que estava consumado?

“Está consumado” significa que o perfeito sacrifício expiatório tinha sido oferecido de uma vez por todas e que o Céu e a Terra tinham sido reconectados por esse meio. “Está consumado” foi um brado triunfal. Jesus veio ao mundo para derrotar Satanás, e o realizara na fraqueza da carne humana e em meio a um confronto mortal (Hb 2:14). A completa destruição de Satanás e de seus anjos foi decretada na cruz. Essa vitória foi revelada e selada por Sua ressurreição, quando as forças do mal se viram impossibilitadas de reter no túmulo o Filho de Deus.

Ela agarrou a Bíblia, incerta sobre o que estava dentro daquele Livro. Achava que ninguém a amava ou que alguém pudesse lhe dar a esperança de que ela precisava. Fechou os olhos e lutou contra as dúvidas que começaram a emergir. Será que Deus a havia esquecido? Deixar o diabo ganhar significaria derrota. Então, ela começou a orar, escapando das dúvidas e se apegando a sua fé. Deus não a havia deixado e nunca a deixaria. Como uma pessoa consegue a reconciliação com Deus? Eis aqui alguns passos:

1. Arme-se com sua fé. Leia Mateus 26:37, 38. Esses versos nos lembram que devemos vencer as tristezas, dúvidas e obstáculos que ameaçam separar-nos de Deus, vigiando, orando e aceitando a vontade de Deus, mesmo quando não a compreendemos.

2. Passe tempo em oração com amigos. Em tempos de angústia, ajuda o fato de sabermos que alguém está ao nosso lado para ouvir e dar-nos esperança. Cristo experimentou incrível tristeza porque muitos dos que Ele amava estavam se preparando para traí-Lo. Deus ouviu o clamor de Seu Filho e deu-Lhe forças por causa da fé que Ele teve. Orar com amigos fortalece nossa fé e permite que nosso coração esteja em ligação com Ele. O diabo está esperando ansiosamente que renunciemos nossa fé. Ele sente o mau cheiro da dúvida e ataca a mente das pessoas a fim de atraí-las para longe de seu Pai. Através da oração, podemos ser fortalecidos em quaisquer lutas que estejamos enfrentando. A Bíblia diz que, quando somos fracos, Ele é forte. Deus nos oferece esse dom que leva à vitória. Leia Marcos 14:33, 34.

3. Corra da tentação. Afastar-se da tentação requer oração. Ao orarmos, Deus é capaz de nos comunicar força quando dela precisarmos. Leia Lucas 22:40-44.

4. Remova todas as barreiras. A reconciliação com Deus é realizada ao nos livrarmos de qualquer coisa que nos impeça de estar ligados a Ele. Quando submetemos nossa vida a Deus, Ele é capaz de guiar-nos à verdadeira felicidade e à vitória sobre as lutas que enfrentamos. Podemos não saber nem compreender a razão de nossas lutas, mas Ele está sempre ao nosso lado. Leia Mateus 28:20 e João 19:28-30.

Ashley Wagner | Spencerport, EUA

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Expiação na Cruz - 03/12/2008 a 06/12/2008

Quarta, 3 de dezembro

Testemunho

Iluminação do caráter de Cristo


Na cruz, Jesus estava sofrendo intensamente. Mas o mesmo estava se passando com o Pai. Deus estava em Cristo e, portanto, “Deus sofria com Seu Filho” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 693). Até poderia ser dito que “o próprio Deus foi crucificado com Cristo; pois Cristo era um com o Pai” (Ellen G. White em Signs of the Times, 26 de março de 1894). Qual foi a natureza do sofrimento experimentado pela Divindade que levou Cristo a clamar: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46).

5. Como você entende o grito de Jesus nesse verso?

Na cruz, Deus experimentou algo que nunca antes havia experimentado: a penalidade pelo pecado. Ele sofreu as conseqüências dos nossos pecados. Esse é o preço da nossa salvação!

“Torne-se a cruz de Cristo a ciência de toda educação, o centro de todo ensino e estudo. Seja ela introduzida na experiência diária da vida prática. Assim se tornará o Salvador para os jovens o companheiro e amigo de cada dia. Todo pensamento será levado cativo à obediência de Cristo. Como o apóstolo Paulo, deverão poder dizer: ‘Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo.’ Gál. 6:14(Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 460).

“Quanto mais estudarmos o caráter divino à luz que vem da cruz, tanto mais veremos a misericórdia, a ternura e o perdão aliados à eqüidade e à justiça, e tanto mais claramente discerniremos as inumeráveis provas de um amor que é infinito, e de uma terna compaixão que sobrepuja o amor anelante da mãe para com o filho extraviado” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 15).

“Demonstrar amor àqueles por quem Cristo morreu, significa a crucifixão do próprio eu. Aquele que compreende ser filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se um elo na cadeia baixada para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele em busca dos perdidos para os salvar. O cristão deve sempre ter presente que se consagrou a Deus, e que seu caráter deve revelar Cristo perante o mundo. O espírito de sacrifício, a simpatia, o amor manifestados na vida de Cristo, devem reaparecer na existência do obreiro de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 417).

“Por intermédio da cruz aprendemos que o Pai celestial nos ama com amor infinito. ... É nosso privilégio também nos gloriar na cruz, nosso privilégio dar-nos inteiramente a Ele, como Ele Se deu por nós. Então, com a luz que jorra do Calvário a brilhar em nossa face, podemos sair para revelar esta luz aos que estão em trevas” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 210).

Fidel Cabannag Vicente Jr. | Calongbuyan, Filipinas

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Expiação na Cruz - 02/12/2008 a 06/12/2008

Terça, 2 de dezembro

Exposição
O pano de fundo

De acordo com Mateus 26:45, 46, Jesus foi entregue nas mãos dos pecadores; isto é, nas mãos dos poderes do mal. Para Ele, essa foi a hora “em que as trevas reinaram” (Lc 22:53, NVI), hora em que Ele experimentou a total separação do amor do Pai. Cristo entrou sem ajuda no reino das trevas; e foi lá, nesse reino, que Ele derrotou o mal de uma vez por todas. Como Deus encarnado, Ele venceu o reino de Satanás.

Justificar4. Como Jesus descreve Sua vitória sobre o poder das trevas? Lc 11:20-22

Cristo entrou no império das trevas, experimentou o que deveríamos ter experimentado, e fez isso a fim de nos livrar do poder de Satanás (At 26:18).

Quando eu estava na faculdade, um professor de teologia explicou o significado da expiação como reconciliação – estar em condição de unidade ou acordo. Essa definição denota harmonia em relacionamentos, que resulta em reconciliação. E a cruz de Cristo tem tudo a ver com reconciliação. A cruz proveu o meio pelo qual podemos ser restaurados para Deus. A fim de compreendermos melhor o significado da expiação de Cristo, refletiremos hoje sobre a experiência de Jesus no Getsêmani durante Sua crucifixão.

Carência de companhia e simpatia (Mt 26:37, 38; Lc 22:39-46; Jo 19:28-30). Antes de Sua crucifixão, Jesus foi com os discípulos a um olival chamado Getsêmani, que significa “prensa de óleo”. Ao longo de Seu ministério, Jesus havia freqüentemente recorrido a lugares assim para meditação, oração e descanso. Agora, pouco antes de Sua morte, Ele ansiava por companheirismo e simpatia. Ao entrar no jardim, pediu a Pedro, Tiago e João que fossem com Ele um pouco adiante. Esses três discípulos desfrutavam de uma associação mais íntima com Ele que os outros. Estavam com Ele quando ressuscitou a filha de Jairo (Lc 8:51) e em Sua transfiguração (Mt 17:1, 2) – o momento da revelação especial de Sua divindade.

O cálice amargo e a causa da pesada dor de Jesus (Lc 22:39-46). No Jardim do Getsêmani, Jesus suplicou: “Pai, se queres, afasta de Mim este cálice de sofrimento! Porém, que não seja feito o que Eu quero, mas o que Tu queres” (Lc 22:42). Essa oração nos ensina que nunca é errado expressar a Deus nossos verdadeiros sentimentos.

O cálice do qual Jesus falou se referia à terrível agonia física, e à angústia mental e espiritual que Ele sofreria ao enfrentar a perspectiva da separação eterna de Seu Pai quando tomasse sobre Si a pena pelo pecado da humanidade. Não é de admirar que Ele precisasse orar!

O sofrimento físico de Jesus era o reflexo visível do sofrimento espiritual que Ele estava experimentando – o sofrimento espiritual provocado por Seu ato de tomar sobre Si os pecados de toda a humanidade. Ele parecia estar excluído da luz da presença e do amor de Seu Pai. Então, foi contado com os transgressores e recebeu a culpa da humanidade caída.

Suportando a pena dos pecados da humanidade (Mt 27:45-55; Jo 19:28-30). Das nove da manhã até o meio-dia, Jesus ficou pendurado na cruz. Ao meio-dia, a escuridão baixou sobre a Terra até a hora nona – três horas da tarde. Naquele momento, a natureza testificou da gravidade da morte de Jesus. A escuridão daquela tarde de sexta-feira era física e também espiritual. Enquanto caía o silêncio tanto sobre os amigos quanto sobre os inimigos de Jesus naquela escuridão que os envolvia, Ele clamava: “Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste?” (Mt 27:46). Jesus não estava questionando a Deus, mas citando o primeiro verso do Salmo 22, uma profunda expressão da angústia que Ele sentia ao tomar sobre Si os pecados do mundo.

Depois disso, e sabendo que todas as coisas estavam consumadas, para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: “Estou com sede!” Ele estava desidratado; mas será que também não teria estado sedento da justiça a ser realizada através de Seu sofrimento?

Assim, os soldados mergulharam uma esponja numa jarra de vinagre e levaram aos lábios dEle. Quando Jesus recebeu o vinagre azedo, declarou: “Tudo está completado!” Então, baixou a cabeça e rendeu o espírito. O plano da redenção, elaborado antes da fundação do mundo (1Pe 1:20), foi completado de acordo com o programado. Apesar de suas muitas e variadas tentativas, Satanás não conseguiu frustrar esse plano. A vitória de Cristo assegura a salvação para qualquer homem, mulher e criança que a aceitar. Jesus veio à Terra para completar a obra da expiação de Deus. Veio para pagar totalmente a penalidade de nossos pecados. Agora, aqueles que crêem em Sua morte e ressurreição podem se aproximar totalmente de Deus e viver eternamente com Ele.

Pense nisto
Encontre tempo cada dia, durante o resto desta semana, para meditar no sofrimento de Cristo na cruz. Ao fazê-lo, lembre-se de que Ele esteve disposto a sofrer tão horrivelmente porque ama você graciosamente.

Benjamin C. de Vera | Artacho, Filipinas

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Expiação na Cruz - 01/12/2008 a 06/12/2008

Segunda, 1º de dezembro

Evidência
Tortura e morte


2. Qual foi o foco da oração de Jesus no Getsêmani? Que elemento importante se destaca com relação à atitude de Jesus quanto ao que Ele deveria enfrentar? Mt 26:39-42; Mc 14:35, 36; Lc 22:40-44

3. Quando a turba chegou para levá-Lo, Pedro tentou proteger Jesus. Como as palavras de Jesus a Pedro (Jo 18:11) nos ajudam a entender melhor a disposição de Cristo de sofrer por nós?

A Dra. Keith Maxwell, médica traumatologista, examinou as evidências da crucifixão do ponto de vista médico. A agonia de Cristo começou muito antes de os soldados pregarem cravos por entre os ossos de Seu punho. Seu típico padrão diário era levantar-Se cedo e orar. Provavelmente, na quinta-feira pela manhã, Cristo Se havia levantado cedo a fim de orar por forças para o que Ele experimentaria nas 36 horas seguintes.

Enquanto Cristo estava no Jardim do Getsêmani, Seu corpo começou a experimentar um raro fenômeno chamado hematidrose. Isso ocorre quando os pequenos capilares da pele se rompem e o sangue alcança as glândulas sudoríparas. O suor, então, fica misturado com sangue e a pessoa literalmente sua sangue. Cristo não sangrou até a morte durante esse processo porque o ar frio da noite ajudou a coagular Seu sangue. Contudo, as evidências do sangue teriam estado em Sua pele.

A Dra. Maxwell também examinou o método histórico de flagelação. A vítima de flagelação era despida e suas mãos eram atadas acima da cabeça. À medida que o açoite atingia as costas, feria os braços, descendo pelos ombros, pelas costas, pelas nádegas nuas, pela parte de trás das coxas e das panturrilhas, chegando até os calcanhares. O flagelamento consistia comumente de 39 açoites com um chicote que tinha nove tiras de couro com um pedaço de chumbo e osso presos à extremidade de cada uma. O osso cortava a pele e penetrava no músculo ao ser arremessado ao longo das costas da vítima. A Dra. Maxwell estima que Jesus teria precisado de cerca de dois mil pontos cirúrgicos para fechar os ferimentos feitos durante o açoitamento.

Na hora em que Jesus estava a caminho do Gólgota, provavelmente estivesse em estado de choque. Na cruz, foi forçado a colocar as costas retalhadas de encontro à trave cheia de lascas. Para Se manter respirando, Ele tinha de roçar as costas contra aquela trave num movimento para cima, a fim de estar em posição de inalar o ar. Cada movimento como esse trazia mais agonia. A desidratação, os insetos e o calor da parte mais quente do dia tornavam Sua condição ainda mais miserável.

A tortura física foi maior do que pode ser descrito nesta pequeno espaço. Contudo, ao pensarmos sobre a agonia física que Jesus suportou, a expiação deve se tornar ainda mais preciosa para nós.

Deena Bartel-Wagner | Spencerport, EUA

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domingo, 30 de novembro de 2008

Expiação na Cruz - 30/11/2008 a 06/12/2008

Expiação na Cruz

“Pois Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do Seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados” (Cl 1:13, 14, NVI).

Prévia da semana: Depois de estudar a decisão de Cristo de morrer por nós, podemos compreender um pouco do quanto Ele nos ama. Vamos retribuir-Lhe diariamente esse amor.

Leitura adicional: Apocalipse 14:1-3 e 15:1-4.

Domingo, 30 de novembro

Introdução
Expiação – o acróstico da cruz


1. O que Jesus estava sentindo no Getsêmani? Mt 26:37, 38; Mc 14:33, 34

“Começou a sentir-Se tomado de pavor e de angústia” (Mc 14:33). O verbo grego traduzido como “tomado de pavor” se refere a uma situação altamente emocional, provocada por alguma coisa desconcertante, surpreendente ou desorientadora. Uma situação assim é freqüentemente acompanhada por medo, até terror e tremor. Mateus usa um verbo, traduzido como “subjugado pela tristeza”, para designar um elevado nível de angústia emocional, tristeza e ansiedade (Mt 26:38). O segundo verbo em Marcos 14:33, “tomado de angústia”, expressa mais claramente ansiedade, angústia e horror. A condição emocional e física de Jesus estava chegando a profundidades novas e desconhecidas de desconforto e agitação. A paz que O caracterizava parecia estar desaparecendo; em seu lugar, medo, tremor e ansiedade estavam assumindo o comando. Esse tumulto emocional era o resultado de levar os pecados do mundo, e não de medo do que os homens Lhe fariam.

Nesta semana, mergulharemos na natureza da expiação, no aspecto da obra de Cristo na cruz. Que o acróstico a seguir nos ajude a entender as lições que ainda restam neste trimestre.

RRestauração. Leia Eclesiastes 3:7. A expiação de Cristo restabelece nossa ruptura e cura nossas feridas.

EExpiação. Leia Levítico 16:15, 16. O sumo sacerdote sacrificava o bode e aspergia seu sangue como símbolo do sangue de Cristo, que remove qualquer pecado que tenhamos cometido.

CCrescimento. A direção e cuidado de Deus nos darão oportunidade de crescer e expandir nossos horizontes.

O Obediência. Leia Salmo 119:33. Precisamos obedecer Sua vontade para podermos render nossos louvores e gratidão a Ele por Sua morte na cruz.

N Necessidade de Substituição. Leia 1 Coríntios 15:3. A morte de Cristo é uma substituição. Ele morreu a segunda morte por nós.

C – Confiança. Leia Provérbios 3:5. Devemos confiar na capacidade de Jesus realizar em nós o que Ele fez na cruz.

IIngresso na reconciliação. Leia Romanos 5:8-11. A cruz nos reconcilia com Deus.

L Leitura da Bíblia. Leia João 5:39. A fim de aprender o que a cruz faz por nós através da expiação, precisamos estudar continuamente a Palavra de Deus.

IIngresso na promessa do Espírito. Leia Gálatas 3:10-14.

AAceitação. Leia 1 Timóteo 1:15. A verdade de que Jesus veio morrer na cruz por nossos pecados é digna de aceitação.

RResgate. Leia Marcos 10:45.

O amor de Deus é absolutamente incrível! É através de Sua expiação na cruz que somos verdadeiramente abençoados e salvos de nossos pecados. Tendo isso em mente, separe tempo para explorar sua Bíblia e examinar o verdadeiro significado da cruz.

Esther Gay B. de Vera | Artacho, Filipinas

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