sábado, 6 de junho de 2009

Jornada Cristã ''ADMINISTRAÇÃO" - 07/06/2009 a 13/06/2009

JORNADA CRISTÃ "ADMINISTRAÇÃO "


Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele” (Mt 25:29).

Prévia da semana: A fidelidade é vital ao discipulado. Priorize suas responsabilidades e valores e viva conforme o plano de Deus.

Leitura adicional: Malaquias 3:10; Mateus 19:16-21; Marcos 12:41-44


Domingo, 7 de junho

Introdução
Pastor ou mercenário?


1.
Que mensagem básica sobre a mordomia existe nas palavras de Jesus? Mt 25:14-30

Realidade 1: todos nós temos talentos. Realidade 2: nem todos temos o mesmo número de talentos. A lição de Jesus é clara: a quantidade de nossos talentos não é o mais importante; o que fazemos com os talentos é o que importa. Realidade 3: alguns recusam usar seus talentos. Realidade 4: não usar os talentos é coisa séria. O “servo mau” não teve segunda chance. Ele foi lançado “nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25:30, NVI).

Dois homens saíram certa manhã para cuidar de ovelhas. Um deles era pastor, o outro, mercenário. O pastor andou grande distância até encontrar um pasto com grama verde e viçosa no topo de uma colina. Deixou as ovelhas na sombra enquanto as vigiava. Ao meio-dia, levou o rebanho até o riacho para que tivessem água fresca para beber. Mais tarde, ocorreu um drama. Dois lobos atacaram o rebanho. O pastor afugentou os atacantes e levou o rebanho até um lugar seguro.

Do outro lado da aldeia, o mercenário levou suas ovelhas para o primeiro pasto que encontrou. A grama estava seca, e não havia água. Deixou as ovelhas no sol enquanto encontrava uma sombra para si mesmo, e dormiu. Pouco antes do cair da noite, foi acordado pelo balido das ovelhas que estavam sendo dispersadas por lobos. Ele pegou sua bolsa e saiu correndo, deixando o rebanho em perigo.

O que fez a diferença entre o pastor e o mercenário? De acordo com João 10:13, o mercenário fugiu porque era contratado, e realmente não se importava com as ovelhas. O pastor, como o mercenário, poderia ter sido empregado para tomar conta das ovelhas. Ambos eram administradores do rebanho. A diferença era que o pastor se importava com as ovelhas, e isso o tornou um bom administrador.

Nós também fomos apontados como administradores. Mas como, se não cuidamos de ovelhas? Essa pode ser sua pergunta se você mora em certas partes do mundo como as Antilhas. A verdade é que Deus espera que sejamos administradores de qualquer posse que Ele tenha nos dado. Nossa propriedade, talentos, tempo, saúde, relacionamentos, ambiente natural, e a verdade, nos são dados por Deus para que os administremos para Ele.

Como o bom pastor, devemos cuidar das posses com as quais Deus nos abençoou; e devemos usá-las para Seu serviço. Não devemos permitir que o diabo, o lobo-mor, ataque essas posses. Se não usarmos as coisas que possuímos para a glória de Deus, então somos meros mercenários – não tendo cuidado pelas coisas que fomos apontados para administrar.

Um dia o verdadeiro Dono de tudo pedirá contas das propriedades que nos confiou. Na lição desta semana exploraremos o que Ele requer de nós com respeito à nossa administração. Que possamos ser achados administradores fiéis quando nosso Senhor retornar, uma vez que “o que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor” (1Co 4:2).

Bentley Chambers St. Catherine, Jamaica

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A Jornada Cristã "DISCIPULADO" - Resumo Semanal - 06/06/2009 a 06/06/2009

A JORNADA CRISTÃ "DISCIPULADO"
Resumo Semanal - 31/05/2009 a 06/06/2009


Pastor José Orlando Silva

Mestre em Teologia
Sistemática
Boa Viagem - Recife
Associação Pernambucana


I. Introdução

Nosso Mestre poderia ter escolhido outros métodos para que Sua mensagem, estilo de vida e missão fossem consolidadas. Mas escolheu seres humanos imperfeitos, falíveis e carentes da graça de Deus. Escolheu-os, não para que meramente O seguissem, mas para que vivessem, e apresentassem ao mundo os princípios de vida que estabeleceriam o cristianismo em todo o mundo.

Jesus era um mestre e como tal, não buscava seguidores nem alunos, mas discípulos. O mestre difere do professor porque este ensina com a informação, mas o mestre ensina com o exemplo. Palavras sem obras são como tiros sem balas, atroam, mas não ferem. O aluno retém a informação, mas o discípulo segue, torna-se adepto e crê na informação que recebeu e põe em prática o ensinamento, mesmo que essa decisão o leve à perda da vida. Quando Jesus disse: “Ide, portanto, ide fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:19); Ele já tinha em mente o que queria com aqueles que O seguissem.

Billy Graham, renomado evangelista mundial, afirmou: “A salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos”. “Jesus possuía um coração sereno. Os discípulos se inquietavam- sobre a necessidade de alimentar muitas pessoas, mas Jesus, não. Ele agradeceu a Deus pelo problema. Os discípulos gritaram de medo durante a tempestade; Jesus, não. Ele dormiu o tempo todo. Pedro puxou a espada para lutar com os soldados, mas Jesus, não. Ele levantou a mão para curar. Seu coração estava em paz.”1

A verdadeira educação é aquela que estimula o professor a viver o que ensina. Paulo Freire defende que ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo. Ele afirma: “O professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos no quadro da rigorosidade do pensar certo, nega, como falsa, a fórmula farisaica do “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. Quem pensa certo, está cansado de saber que as palavras, destituídas da corporalidade do exemplo, pouco ou quase nada valem. Pensar certo é fazer certo.”2

Cristo nos convida para um discipulado coerente e radical. Não objetiva que simplesmente recebamos Sua informação, mas que vivamos Sua mensagem. A palavra predileta e mais usada de Cristo era discípulo.

A palavra grega traduzida como discípulo é mathetés, usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Para que a mensagem seja vivida, reiteradas vezes nos deparamos com situações em que a reputação, os bens e até a vida são colocados em jogo.

Todo o ensinamento exemplificado por Cristo em Sua vida visava a tornar Seus seguidores verdadeiros discípulos. Essa proposta se deu a partir do convite de Cristo, cuja mensagem central era que os discípulos deveriam deixar tudo e segui-Lo. O jovem rico era um seguidor e recusou ser discípulo quando Cristo lhe apresentou a proposta. “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-Me. Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades” (Mt 19:21, 22).

Esse mesmo convite é feito a nós. O Senhor nos chama para que O priorizemos, não apenas obedecendo aos Seus ensinos, mas também O recebendo como o primeiro em nosso coração. Para que o discípulo se assemelhe ao seu mestre é indispensável que ele se volte para seus ensinamentos e pessoa. “Como a flor se volta para o sol, para que seus brilhantes raios a ajudem a desenvolver beleza e simetria, assim devemos volver-nos para o Sol da Justiça, a fim de que a luz do Céu incida sobre nós, e nosso caráter seja desenvolvido à semelhança de Cristo.”3 Eis a principal ação para que alguém se torne um autêntico discípulo.

II. O Verdadeiro Significado de Seguir


O Espírito Santo presenteou a igreja com dons. Dons conhecidos como espirituais. Dentre eles está o de liderança. Deus concede líderes à Sua igreja não por opção, mas por necessidade. Contudo, os lideres serão inúteis, caso não tenham seguidores que os apoiem e aceitem sua liderança. O exercício do dom da liderança visa a glorificar a Deus, assim como o milagre que o concedeu tem o mesmo objetivo.

“Os milagres servem para glorificar a Deus. Após todos os juízos divinos sobre o Egito, no contexto do êxodo, o faraó ainda decidiu perseguir os israelitas. Deus, então, disse a Moisés que o povo deveria marchar na direção do Mar Vermelho, pois Deus seria ‘glorificado em faraó e todo o seu exército’ (Êx 14:17, 18). Presente na forma de nuvem, de dia, e de uma coluna de fogo, à noite, Deus protegeu Israel e destruiu os egípcios. Se a morte dos primogênitos egípcios havia sido o clímax de uma série de maravilhas, a destruição do próprio faráo e de seu exército foi o clímax do clímax.”4

Assim como Deus realizou grandes e poderosos milagres usando a liderança de Moises e o seu povo liderado, Deus continua desejando que a liderança e o discipulado realizem milagres para sua igreja. Esses líderes são chamados por Deus para viver e motivar novos discípulos.

akolouOew  significa seguir; seguir com o entendimento, compreender, deixar ser dirigido por.5 Já no grego secular o sentido primário de seguir tem sido enfatizado no aspecto intelectual, moral e religioso, como seguir um orador ou homem sábio, semelhante a um escravo ou servo que o segue.

Na religião e na filosofia encontramos o termo epestai , o qual não ocorre no NT. Este termo expressa o sentido de que ao seguir nos tornamos como Deus pela ação que Ele faz. 6 MaOeteuw  Significa ser discípulo de, ensinar, instruir, receber lição.7 O seu substantivo é traduzido como discípulo e estudante. Há uma relação direta dessa palavra com a palavra didaskalos. Pois MaOetes  tem um forte sentido de aprendizado e ensino.

O termo não ocorre no estabelecimento da tradução da LXX. O equivalente usual para MaOetes é encontrado somente em I Crônicas 25:8. No NT o termo MaOetes ocorre somente nos Evangelhos e Atos.

Quando o termo é usado, significa ou denota, com raras exceções, que um homem que se torna um MaOetes é atraído a Jesus e este se torna o seu mestre. 8

É uma entrega da vida por inteiro, por intermédio de um poder formativo. É um compromisso adquirido, provindo de uma vida e decisão interior. Essa foi a qualidade do chamado feito por Cristo, que se tornou a marca fundamental do Seu convite ao discipulado.

III. Discipulado Radical


Ao chamar os discípulos, Jesus os convidava visando o que se tornariam, e não o que eram. Cristo os chamou para que transformassem o mundo. Diante de seus temperamentos, Ele os viu como adequados quando transformados pelo Santo Espírito para conquistar o Império Romano e o mundo com Sua revolucionária e santa mensagem.

“Houve realmente treze homens que mudaram o mundo. Eles acabaram com o mundo antigo e desviaram o curso da história. Foram apóstolos de Jesus Cristo. Homens como nós: o tipo de homens que podem ser encontrados na rua, num elevador, numa reunião social. Tinham pés de barro. Contudo, eram revestidos de fé vibrante na presença de Jesus. Nas páginas que se seguem encontra-se a fascinante narrativa de seus pontos fortes e também de suas fraquezas, os quais podem animar todos aqueles que seguem a Cristo.”9

Esses homens foram chamados para fazer a diferença, mas não se faz a diferença sem viver essa diferença. Viviam sabendo que só vale a pena viver, se o fizermos em função de algo pelo qual estejamos dispostos a morrer. Não eram simples vidas, mas eram vidas com propósito e objetivo claro e inamovível.

Os que eram convidados para ser cristãos eram chamados a ser candidatos à morte. Barclay descreve o que significa ser um cristão da seguinte forma: “Nero envolvia os cristãos em piche e lhes punha fogo, usando-os como tochas vivas para iluminar seus jardins. Ele os costurava com peles de animais selvagens e atiçava seus cães de caça sobre eles para rasgá-los até a morte. Eram torturados no cavalete; eram feridos com alicates; sobre eles era derramado chumbo derretido para fritá-los; os olhos eram rasgados; partes eram cortadas e assadas diante de seus olhos.”10

O próprio Cristo apresentou de maneira contundente o que implica segui-Lo. “Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após Mim, não pode ser Meu discípulo” (Lc 14:27). Segui-Lo consiste em renúncia própria; experimentar os mais inexplicáveis sofrimentos. “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (Jo 16:33).

Cristo foi um Mestre honesto na descrição das circunstâncias que Seus discípulos encontrariam. O que é de admirar é que, diante de tantos desafios que os discípulos enfrentariam, Cristo advertiu aos discípulos quanto ao ânimo deles. Com isso, Jesus anelava que eles tivessem uma experiência mais alta e singular.

“Os que estão consagrados ao serviço do Mestre necessitam de uma experiência mais alta, profunda e ampla, que muitos nem sequer pensam ter. Muitas pessoas que já são membros da grande família de Deus pouco sabem do que significa contemplar Sua glória, e ser transformados de glória em glória. Muitos possuem uma vaga percepção da excelência de Cristo, e, contudo, seu coração palpita de alegria. Anseiam por um mais completo e profundo sentimento do amor do Salvador.”11

Essa inspirada e animadora proposta nos assegura que o chamado ao discipulado radical nos conduzirá a uma experiência de glória e recompensa, porque aceitamos o senhorio de Jesus.

IV. O senhorio de Jesus leva à recompens
a

Seguir Jesus sempre vale a pena. A despeito das circunstâncias ou desafios enfrentados. O final sempre será pleno de regozijo e alegria, mesmo que a vida do discípulo seja perdida. O discípulo Paulo, quando estava na estrada de Damasco, buscou o senhorio de Jesus quando indagou a Jesus Cristo: “Quem és Senhor?” (At 9:5).

Ao se encontrar com seu mestre, Paulo entendeu que sua vida dali por diante deveria ser de serviço e amor incondicional. Esse encontro definiu todo o discipulado de Paulo. Ao aceitar o senhorio de Cristo em sua vida, tudo seria diferente a partir de então. Sua vida estaria ao dispor daquele que o encontrou naquela estrada. “Este momento é fundamental na história do cristianismo, pois, a partir disso, a obscura seita dissidente do judaísmo, chamada Caminho (At 9:2), começou a dar uma guinada em seu rumo. O vinho novo deixou o odre velho e o instrumento para isso foi um fariseu que se encontrou com o Cristo ressuscitado! Um desconhecido líder religioso judaico se tornaria, depois de Jesus, a figura mais impressionante do cristianismo! A cristologia de Paulo não deve ser enfocada a partir de algum teólogo ou de trabalhos respeitados por sua erudição. Ela começa no caminho de Damasco.”12

A aparição de Jesus na vida de Paulo foi um fator de essencial importância para que entendêssemos que não há discípulo sem a aceitação do senhorio de Cristo na vida. Foi isso que fez uma extraordinária mudança na vida de Paulo, quando o tornou de perseguidor para perseguido. “A presença de Paulo em Atos 9 mostra dois momentos marcantes. O primeiro começa com Paulo “respirando ameaças” (bufando de ódio) e perseguindo cristãos, e termina com o próprio Paulo sendo perseguido por pregar a Cristo (At 9:29). Esses fatos ocorreram três anos após a crucifixão.”13

Aqueles que recebem Jesus apenas como Salvador não podem ser considerados discípulos, mas seguidores incompletos ou ingratos. Cristo Se apresenta como Salvador para ser Senhor daqueles que dEle recebem a salvação. Caso contrário, os pretensos seguidores estarão recebendo uma graça barata e sem efeito.

Na pregação da igreja primitiva, o Messianismo e o Senhorio de Jesus são dois elementos arraigados e marcantes que comprovam a ênfase da devida cristologia. Com a mesma naturalidade com que sempre O chamaram de Jesus, passariam a chamá-Lo dali por diante de “Jesus, o Messias” ou “Jesus Cristo” e “o Senhor”, “o Senhor Jesus”, “nosso Senhor Jesus Cristo” (Veja At 2:38; 3:6; 4:10; 1:21; 8:12 e 37; 7:60; 8:16; 9:17 e 34). Igualmente, perante os gentios, Jesus é exaltado como Messias 14 e Senhor (Rm 10:9-12; At 10:36-43). A pregação sobre Jesus é a chamada a Palavra do Senhor (At 13:12; 28:31) ou “doutrina do Senhor”. “A pregação é a alegre nova do Senhor Jesus (At 11:20). Por este e outros meios, Cristo é Senhor sobre todos”.15

Não resta dúvida que anunciar Jesus como Senhor, é também reconhecê-Lo como Deus (Rm 9:5). Apesar de ser sempre usado pelos discípulos em relação a Jesus, esse termo ganhou uma conotação diferente após Sua ressurreição. “Os discípulos chamaram Jesus de Senhor mesmo antes de reconhecerem Sua divindade. Mas após a ressurreição, eles usaram essa palavra não como forma de tratamento, mas como nome próprio, em sentido bem diverso, e precisamente divino”.16 Vemos de forma inequívoca a Cristologia entre os primeiros cristãos ao usar este termo. “Com isto, os apóstolos transferiram a Jesus o nome e o conceito de Deus no Antigo Testamento, o que não lhes era estranho”.17

William Childs Robinson comenta que, quando Jesus “é referido como o Senhor exaltado, é de tal modo identificado com Deus que há uma ambiguidade em algumas passagens, não sendo possível saber quando se trata do Pai ou do Filho (At 1:24; 2:47; 8:39; 9:31; 11:21; 13:10-12; 16:14; 20:19; 21:14; cf. 18.26; Rm 14:11)18 E Millard J. Erickson afirma que “especialmente para os judeus o termo Kirios dá a entender que Cristo é igual ao Pai”.19

Aceitar o senhorio de Cristo significa ter a vitória e a recompensa nEle. Ao salientar as dificuldades e desafios por segui-Lo, de igual modo Cristo ressaltou a recompensa e a vitória. “No mundo tereis aflições, tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (Jo 16:33). Ou seja “os que Me receberem como Salvador e Senhor receberão a Minha vitória e recompensa. A vida eterna e todas as bênçãos têm relação com o conhecimento desse Mestre e Senhor (Jo 17:1-3).

Ao terminar seu serviço e discipulado, aquele que aceitou Cristo como Salvador e Senhor a partir da estrada de Damasco afirmou: “Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé. Já agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8).

Conclusão


Não há um final mais feliz do que esse. É plenamente garantido pela imutável Palavra do Senhor. Trata-se do estímulo para que sejamos discípulos fiéis, mesmo diante das dificuldades próprias de seguir Jesus. No entanto, para vivenciá-lo, necessitamos receber o discipulado de nosso Mestre. Aceitamos Seu Senhorio e usufruímos Sua salvação. Mesmo diante de circunstâncias e desafios, manter-se ao Seu lado é sempre a melhor escolha. A obediência e a incondicional lealdade definem nossa pronta escolha pelo Mestre que anseia não apenas nos ensinar, mas, além desse propósito, deseja a nossa presença com Ele por toda a eternidade. Aceitemos com alegria esse discipulado!

1. Max Lucado, Simplesmente como Jesus, (Rio de Janeiro:CPAD, 2000), p. 17.
2. Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, (São Paulo: Paz e terra, 2005), p. 34.
3. Ellen G. White, Caminha para Cristo, (São Paulo: Tatuí, Casa Publicadora Brasileira, 1996), p. 68.
4. Marcos Benedito, O Fascínio dos Milagres, (São Paulo: Unaspress, 2005), p. 33.
5. Isidro Pereira , S.J, Dicionário Grego-Português e Português-Grego, p.22.
6. Gerhard Kittel, Theological Dictionary of The New Testament, (Grand Rapids,Michigan: Eerdmans Publishing Company, 1974), Vol I , pp 210 e 211.
7. Isidro Pereira , S.J, Dicionário Grego-Português e Português-Grego, p. 354.
8. Gerhard Kittel, Theological Dictionary of The New Testament, (Grand Rapids,Michigan: Eerdmans Publishing Company, 1974), Vol I , pp. 426 e 441.
9. H.S.Vigeveno, 13 Homens que mudaram o mundo,(Califórnia, U.S.A, 1976), p.1
10. Barclay, The gospel of Matthew, The daily study Bible, Reved Editton, vol I, p. 112
11. Ellen G. White, Ciência do Bom viver, (Tatuí:São Paulo, 2005), p. 503.
12. Lourenço Stelio Rega, Paulo sua vida e sua presença ontem, hoje e sempre, (São Paulo: Editora Vida,2004),pp. 119 e 120.
13. F.F Bruce, Paulo, o apóstolo da graça, p. 91.
14. Este termo traduzido para o grego é Cristo.
15. José Carlos Ramos, Reflexões sobre a pessoa de Jesus, (Edições Salt-Pós Graduação: Unasp, 2004), p. 6
16. Idem, p.6
17. Ibid, p.6
18. William Childs Robinson, Lord, in: Baker’s dictionary of theology, ed. Everett F. Harrison (Grand Rapids, Baker, 1960), p. 328.
19. Millard J. Erickson, Introdução a Teologia Sistemática, (São Paulo: Vida Nova, 1992), p. 280.

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Jornada Cristã "DISCIPULADO" - 05/06/2009 a 06/06/2009

Sexta, 5 de junho

Opinião
A ciência da reprodução


Qual é a melhor maneira de fazer cópias idênticas de algo? Se for um documento, você precisa fotocopiá-lo. Se for um CD de música ou um DVD de filme, você precisa gravar uma cópia. Outra pergunta é: Como se faz a cópia idêntica de uma pessoa? Uma resposta óbvia seria a clonagem, embora os desafios éticos e científicos ainda tenham de ser completamente resolvidos. Agora consideremos outro tipo de coisa a ser reproduzida. O Filho de Deus Se tornou um ser singular porque foi uma combinação miraculosa de divindade e humanidade. Nosso Criador deseja ter Sua imagem reproduzida em cada um de nós; mas antes que perguntemos como, vamos perguntar por que Ele deseja fazer isso.

Uma vez que herdamos uma natureza pecaminosa, a única maneira possível de nos livrarmos dela é sendo “co-participantes da natureza divina” (2Pe 1:4). Sim, é verdade que os discípulos de Jesus devem seguir obedientemente as pegadas de seu Mestre; mas nos tornamos como Jesus simplesmente imitando-O?

A razão pela qual “todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo” (Is 64:6, NVI) é que eles brotam de uma natureza pecaminosa. Assim, para que o caráter de Cristo seja reproduzido em nós, precisamos ter a mente de Cristo (Fp 2:5).

Como então chegamos à natureza divina? Ao examinar os versos seguintes, considere como eles podem reproduzir a vida de Cristo em você: 1 Pedro 1:4; Marcos 11:24; Lucas 11:13.

Dicas

1. Assista a um filme sobre um cristão bem conhecido que exemplifique o discipulado para você. Há excelentes filmes sobre figuras como a Madre Teresa, Dietrich Bonhoeffer e Lutero, por exemplo.
2. Compare seu estilo de vida e as escolhas que você faz como discípulo cristão com seu possível estilo de vida e escolhas se você não fosse cristão. Para onde cada um desses caminhos poderia levar?
3. Escreva um breve parágrafo sobre o que o discipulado significa em sua vida.
4. Examine suas escolhas musicais à luz de seu compromisso com Cristo. Que músicas/estilos/cantores motivam você a ser um discípulo melhor?
5. Ore todas as manhãs para que Deus lhe dê alguma tarefa especial naquele dia.

Kimani Lee Young | Kingston, Jamaica, Antilhas

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Jornada Cristã "DISCIPULADO" - 04/06/2009 a 06/06/2009

Quinta, 4 de junho

Aplicação

A ciência da reprodução


10. Qual foi um dos títulos dados a Cristo por um de Seus seguidores? Jo 20:28; 1Co 16:22

O imperador romano alegava possuir divindade e queria ser tratado como “senhor” (kyrios). Os que viviam no Império Romano deviam ter um só senhor, e aplicar esse título a outra pessoa qualquer, que não fosse o imperador, podia bem atrair tortura e morte.

11.
Qual é o elemento-chave que revela se somos genuínos em chamar Jesus de Senhor? Mt 7:22, 23; Lc 6:46

Sem dúvida, um verdadeiro seguidor de Jesus, um verdadeiro discípulo, obedece aos Seus mandamentos (Jo 14:15).

Os discípulos cristãos são, em todos os sentidos, como estudantes. Quanto mais praticamos o que aprendemos, mais pegamos o jeito. Os discípulos, com exceção de Judas, levaram algum tempo para começar a praticar o que haviam aprendido. A maioria dos estudantes acha difícil a matéria de Cálculo, mas acabam aprendendo se tiverem um bom professor e estiverem dispostos a praticar. O mesmo se aplica a nós como cristãos. Jesus, o Grande Mestre, nos mostrará o caminho. Como os discípulos que defenderam Sua causa, nós também podemos receber a mais alta distinção no maior curso que já existiu – o do discipulado.

Se desejamos ser verdadeiros discípulos, precisamos:

Responder ao chamado. Como os pescadores responderam, nós também precisamos responder ao chamado de Jesus para “pescar gente” (Mt 4:19). Não importa qual é nosso status na vida. Quando Ele chama, precisamos responder.

Submeter-nos a Deus. Uma vida de constante ocupação não é necessariamente saudável para uma vida de discipulado. A fim de submeter-nos a Deus, precisamos encontrar quantidades de tempo para estar com Ele através do estudo e meditação em Sua Palavra e através da oração.

Amar como Jesus. Jesus é o perfeito exemplo do que significa ser uma verdadeira testemunha. Cada palavra e ato Seu era nascido do amor. Ele disse: “Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são Meus discípulos” (Jo 13:35). O discipulado eficiente precisa começar entre nós, que professamos conhecer a Cristo, e nossa vida precisa refletir esse conhecimento.

Fazer o sacrifício. O Senhor disse através do salmista Davi: “Ajuntem os que Me são fiéis, que, mediante sacrifício, fizeram aliança comigo” (Sl 50:5, NVI). Estamos preparados para fazer o que for preciso a fim de aprendermos a ser verdadeiros discípulos? Estamos preparados para negar a nós mesmos os prazeres da vida a fim de ajudar outros a obterem a vitória? Jesus disse: “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me” (Mt 16:24).

Robert E. Bennett | Kingston, Jamaica, Antilhas

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Jornada Cristã "DISCIPULADO" - 03/06/2009 a 06/06/2009

Quarta, 3 de junho

Testemunho
Fabricado pelo amor de Cristo


7. O que Jesus prometeu aos discípulos como recompensa imediata ou de curto prazo por segui-Lo? Lc 9:57, 58; Jo 15:18-25

8. Que “promessa” específica Jesus deu a Pedro? Jo 21:15-18. O que esse fato nos diz sobre o custo de seguir a Cristo?

9. Que aspecto do discipulado ultrapassa o valor de todo sofrimento que possa vir ao nosso caminho quando seguimos a Cristo? Jo 10:10; Rm 8:28-39

“Jesus sabia que os discípulos O estavam seguindo. Eram as primícias de Seu ministério, e o coração do divino Mestre alegrou-se ao corresponderem essas almas a Sua graça. No entanto, voltando-Se, perguntou apenas: ‘Que buscais?’ João 1:38. Queria deixá-los em liberdade de voltar atrás, ou de falar de seus desejos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 138).

“Haviam atendido ao chamado do Espírito Santo na pregação de João Batista. Então reconheceram a voz do Mestre celestial. As palavras de Jesus foram para eles cheias de novidade, verdade e beleza. Divina luz foi projetada sobre o ensino das Escrituras do Antigo Testamento” (Ibid., p. 139).

Qual poderia ser a razão para Cristo escolher discípulos? “Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, é-nos preciso partilhar de Sua obra. A fim de participar da alegria dEle – a alegria de ver almas redimidas por Seu sacrifício – devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas” (Ibid., p. 142). Deus nos torna Seus agentes para comunicar a outros as riquezas de Sua graça.

O amor é necessário na vida de um discípulo? “O amor precisa ser o móvel de ação. O amor é o princípio básico do governo de Deus no Céu e na Terra, e deve ser o fundamento do caráter cristão. ... Se amamos a Jesus, gostaremos de viver para Ele, de apresentar-Lhe nossa oferta de gratidão, de trabalhar para Ele” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 49). Essa é a religião de Cristo.

Podemos ser bem-sucedidos na obra de Cristo sem sacrifício? “Homem algum pode ser bem-sucedido no serviço de Deus, a menos que nele ponha inteiro o coração, e repute todas as coisas por perda pela excelência do conhecimento de Cristo. Ninguém que faça qualquer reserva pode ser discípulo de Cristo, e muito menos Seu colaborador. Quando os homens apreciam a grande salvação, o espírito de sacrifício observado na vida de Cristo ver-se-á na sua. Por onde quer que Ele os guie, acompanhá-Lo-ão contentes” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 273).

“Na alegria de seu novo discipulado, desejou Mateus levar seus antigos companheiros a Jesus. Fez, portanto, um banquete em sua casa, reunindo os parentes e amigos” (Ibid., p. 273, 274).

Noel Wright | Kingston, Jamaica, Antilhas

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terça-feira, 2 de junho de 2009

A Jornada Cristã "DISCIPULADO" - 02/06/2009 a 06/06/2009

Terça, 2 de junho

Exposição

Pescar gente


Conhecer alguém importante, ou até mesmo alguém que conheça alguém importante, de certa forma parece nos dotar de um halo de glória. Os discípulos de Jesus não eram exceção a essa infeliz característica humana.

5.
Como alguns discípulos (e seus parentes) esperavam que o fato de seguir Jesus aumentasse seu status? Qual foi a resposta de Jesus? Mt 20:20-23; Mc 10:35-41. De quem essa atitude nos faz lembrar? Is 14:12-14

6.
Qual é o custo do discipulado? Mc 8:31-38

Seguir a Cristo não é coisa fácil. Inevitavelmente, envolve sofrimento. Assim como Cristo disse que Ele “devia sofrer”, o mesmo devemos também experimentar.

“Jesus lhes disse: Venham comigo, que Eu ensinarei vocês a pescar gente” (Mt 4:19). Diante deles estava uma nova oportunidade de emprego, uma nova carreira na escola de Cristo. Embora o acordo não tenha sido plenamente compreendido, esses discípulos tinham o coração disposto a aprender. Um espírito disposto a ser ensinado é necessário para o sucesso final de qualquer estudante, e essencial para um verdadeiro discípulo de Cristo. Em Marcos 3:14 e 15, Jesus chama Seus alunos e alunas para três atividades básicas. Primeiro, que estejam com Ele; segundo, que Ele os envie a pregar; e terceiro, que eles tenham o poder de curar e livrar as pessoas de Satanás. Vamos, então, explorar cada uma dessas atividades do discipulado.

Estar com Jesus (Êx 18:17-27; Mc 3:13-19). É vitalmente importante que os discípulos de Cristo compreendam o valor de estar com Jesus. Jesus compreendia o princípio de que o conhecimento é obtido pela associação.1 “Os piedosos dão bons conselhos para seus amigos; os ímpios os induzem ao erro” (Pv 12:26, New Language Translation). Fica claro que importa com quem nos associamos. Não há como escapar da influência de nossos amigos. Além disso, à medida que os discípulos fazem da associação com Cristo sua primeira tarefa, descobrirão equilíbrio e direção.

Em Êxodo 18, Jetro adverte Moisés a recanalizar suas energias. É interessante que Jetro não lança imediatamente seu famoso plano organizacional, mas só o faz mais adiante nesse capítulo. Sua primeira preocupação era que Moisés não deixasse de estar “diante de Deus” (v. 19).

Quando os discípulos de Cristo fazem desse passo crucial de estar com Jesus uma prioridade diária, podem olhar para Deus em busca de uma missão.

Experimentar a missão (Êx 18:20; Mt 10:7; Mc 3:14). A segunda fase do discipulado, encontrada em Marcos 3, diz: “para que... os enviasse a pregar” v. 14, NVI). Pregar e ensinar são o resultado natural após se passar tempo precioso com Jesus. Ao cumprir essa parte da comissão, Jetro encarrega Moisés, em Êxodo 18:20, de seu dever de ensinar. As leis e estatutos que revelavam Jesus e as características de Seu governo deviam ser o assunto. Em Mateus 10:7, Cristo diz que o reino de Deus deve ser o enfoque de cada testemunho. Cada discípulo de Cristo precisa ter em mente que “nossa influência sobre outros não depende tanto do que dizemos, mas do que somos. Os homens podem combater ou desafiar a nossa lógica, podem resistir a nossos apelos; mas a vida de amor desinteressado é um argumento que não pode ser contradito. ... A Palavra de Deus falada por uma pessoa santificada por ela, tem poder comunicador de vida, que a torna atrativa aos que a escutam, convencendo-os de que é uma divina realidade” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 142).

Partilhe o poder (Êx 18:20-23; Mc 3:15). A terceira fase do discipulado é que Seus discípulos teriam “poder para curar doenças e para expulsar demônios” (Mc 3:15, New King James Version). Cristo equipa Seus discípulos com evidências convincentes da veracidade de sua mensagem. “Eles são incumbidos de proclamar a chegada do reino de Deus, e de confirmar sua mensagem através da realização de sinais. ... A mensagem se torna um evento, e o evento confirma a mensagem. O reino de Deus, Jesus Cristo, o perdão dos pecados, a justificação do pecador através da fé, tudo isso é idêntico com a destruição do poder do diabo, a cura dos doentes e a ressurreição dos mortos.”2 Jetro aconselha Moisés: “Mostre-lhes o caminho em que devem andar e o que devem fazer... E também você escolherá dentre todo o povo homens capazes, que temam a Deus, homens de verdade, que odeiem a cobiça; e coloque-os sobre eles” (Êx 18:20, 21, New King James Version). Quão mais convincente é a mensagem de um discípulo quando é acompanhada por evidências do fato de ele ter experimentado pessoalmente o poder curador de Jesus sobre o pecado em sua vida e sobre o controle de Satanás?

Há alguma cláusula em letrinhas miúdas na aula de discipulado de Cristo? Para dizer a verdade, há algumas coisas a serem lembradas. Filipenses 1:29 diz: “Pois Ele tem dado a vocês o privilégio de servir a Cristo, não somente crendo nEle, mas também sofrendo por Ele”. Bonhoeffer declara: “Os mensageiros de Jesus serão odiados até o fim do tempo. Serão acusados por todas as divisões que ocorram em cidades e lares. Jesus e Seus discípulos serão condenados de todos os lados.”3 Contudo, Romanos 8:18 diz que “o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro”. Uns poucos versos antes nos é dito que os discípulos de Cristo experimentarão maravilhosa liberdade interior (Rm 8:15). Provérbios 11:25 promete que, ao partilharmos o que temos com outros, desfrutaremos de abundantes bênçãos. João 14:27 promete paz, enquanto que 2 Timóteo 1:7 afirma que não teremos medo. Então, o que há a perder? Cristo diz: “Não tenha medo de ninguém, pois Eu estarei com você para protegê-lo” (Jr 1:8).

1. Robert Coleman, The Master Plan of Evangelism (Grand Rapids, Mich.: Spire Books), p. 39.
2. Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship (New York: Touchstone), p. 207, 208.
3. Ibid., p. 215.

Lisa Poole | Elbert, EUA

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

A Jornada Cristã "DISCIPULADO" - 01/06/2009 a 06/06/2009

Segunda, 1º de junho

Evidência
Evidências de discipulado


3. Que princípios de discipulado podemos encontrar nos textos a seguir? Mt 4:19; 9:9; Mc 8:34

4. Como Pedro reagiu quando muitos seguidores abandonaram Jesus? Jo 6:60-70

Com a exceção de Judas, os demais apóstolos provaram ser seguidores fiéis, embora tivessem momentos de sérias dúvidas e desilusão quando seu Mestre foi preso e executado. Sua experiência nos dá grande conforto. Muitos de nós tivemos momentos em que nossa decisão de ser discípulos esteve em maré baixa, mas, como no caso dos apóstolos, isso não significa que não podemos vencer nossa falta temporária.

Ser um discípulo de Cristo envolve duas coisas – permanecer nEle e dar fruto. Ao permanecermos em Cristo, daremos muito fruto. E ao darmos fruto, mostramos que somos verdadeiramente Seus discípulos.

Permanecer parece fácil. Sinônimos para a palavra “permanecer” incluem “estar” e “continuar”. Mas e quanto ao dar frutos? Será que isso é fácil? Qual é o fruto que nós, como discípulos, devemos dar ou produzir?

Gálatas 5:22 e 23 nos diz: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (NVI). Esses atributos são as características daqueles que estão permanecendo em Cristo. São a evidência do Espírito de Cristo na vida de um discípulo. Exploremos um desses atributos segundo é revelado na Bíblia.

O fruto do Espírito é... paz (1Sm 24). Davi estava fugindo para salvar a vida, quando ele e seus homens se refugiaram no deserto de En-Gedi. Ali encontraram uma caverna onde poderiam achar abrigo e ficar escondidos. Enquanto descansavam, um estranho inesperado entrou na caverna para atender a suas necessidades. Para surpresa deles, aquele não era estranho algum, mas o próprio homem que estava procurando matar Davi – o próprio rei Saul. Os homens de Davi viram nisso uma oportunidade para Davi se livrar de seu perseguidor. Então, insistiram com ele para que matasse Saul. Mas, pelo fato de Davi ter visto isso como uma oportunidade de fazer as pazes com seu inimigo, silenciosamente cortou a orla do manto de Saul. Quando o rei, sem suspeitar de nada, descobriu mais tarde que Davi lhe havia poupado a vida, arrependeu-se de seu ódio e de sua perseguição a Davi. Embora vejamos, no continuar da história, que este na verdade não seria o fim da desesperada determinação do rei para pôr fim à vida de Davi, Davi procurou apenas fazer as pazes com o rei até o fim – até a morte de Saul.

Em muitas situações modernas nos encontramos face a face com a mesma escolha de Davi – lutar ou nos retirar. Contudo, o fruto do Espírito é a paz. Os discípulos de Cristo devem muitas vezes escolher estar em paz em vez de retaliar ou se vingar de alguém que os tenha tratado mal. Durante esses momentos, lembremo-nos de que os discípulos de Cristo devem escolher “viver em paz com todas as pessoas” (Rm 12:18).

Tresa Beard | Silver Spring, EUA

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domingo, 31 de maio de 2009

A Jornada Cristã "DISCIPULADO" - 31/05/2009 a 06/06/2009

A JORNADA CRISTÃ "DISCIPULADO"


“Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão Meus discípulos” (Jo 15:8, NVI).

Prévia da semana: A vida do discípulo é cheia da presença de Deus. É uma devoção vitalícia. Faça ou renove esse compromisso e honre-o, mesmo em meio às provações.

Leitura adicional: Mateus 25:34-45

Domingo, 31 de maio

Introdução
Discipulado que vai até à morte

1.
Que princípios de liderança podem ser aprendidos do conselho do sogro de Moisés? O que podemos aprender sobre líderes e seguidores? Êx 18:13-27

2. Que outros exemplos de mestres que se cercaram de discípulos achamos em uma história do Evangelho? Veja Mc 2:18

Discipulado significa dedicar todas as facetas de sua vida a Cristo. Isso envolverá sair da zona de conforto. O texto a seguir foi escrito por um jovem pastor cristão no Zimbabwe. Foi encontrado em seu escritório pouco depois de ele haver sido martirizado: “Sou parte da fraternidade dos que não se envergonham. Tenho o poder do Espírito Santo. A sorte foi lançada. Transpus a linha. A decisão foi tomada. Sou um discípulo dEle. Não olharei para trás, não pararei, não diminuirei o ritmo, não retrocederei e não ficarei parado.

“Meu passado está redimido, meu presente faz sentido, e meu futuro está seguro. Já coloquei um basta na vida vulgar, no andar pela vista, nos joelhos frouxos, nos sonhos sem cor, nas imagens sem vida do futuro, no falar mundano, no doar pouco, nos alvos pequenos.

“Já não preciso mais de preeminência, de prosperidade, posição, promoções, aplausos ou popularidade. Não tenho de estar certo, de ser o primeiro, de estar por cima, de ser reconhecido, elogiado, considerado ou recompensado. Agora vivo pela fé, me apoio em Sua presença, ando pela paciência, sou edificado pela oração, e trabalho com poder.

“Estou decidido, meu passo é rápido, meu alvo é o Céu, minha estrada é estreita, meu caminho é acidentado, meus companheiros são poucos, meu Guia é confiável, e minha missão é clara. Não posso ser comprado, dissuadido, desviado, atraído para outra coisa, impelido a voltar atrás, iludido ou atrasado. Não recuarei em face do sacrifício, não hesitarei em presença do inimigo, não ficarei tentando entrar no poço da popularidade nem ficarei dando voltas no labirinto da mediocridade.

“Não desistirei, não me calarei, não me deterei até ter ido até o fim em permanecer firme, em acumular, em orar, em pagar, em pregar pela causa de Cristo. Sou um discípulo de Jesus. Preciso prosseguir até que Ele venha, doar-me até minhas forças se esgotarem, pregar até que todos saibam, e trabalhar até que Ele me detenha. E, quando Ele vier para os Seus, não terá problemas para me reconhecer. Minha bandeira estará clara!”*

Isso me lembra do que é muito possivelmente o texto do discipulado na Bíblia: “Isto exige paciente perseverança da parte dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus” (Ap 14:12, New International Version). Discipulado significa mais do que aprender sobre Cristo ou imitá-Lo. Significa segui-Lo num sofrimento que não pode ser comparado com a recompensa que nos espera (Rm 8:18).

*
Christian commitment: my colors. Extraído, em 3 de abril de 2006, de http://home.snu.edu/~hculbert/commit.htm


Evon Parkinson | Kingston, Jamaica, Antilhas

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