sábado, 23 de outubro de 2010

Jônatas - 23/10/2010 a 23/10/2010

JÔNATAS, NASCIDO PARA A GRANDEZA
Resumo Semanal - 17/10/2010 a 23/10/2010

Ivanaudo Barbosa


Objetivo da lição: Mostrar que a maior grandeza neste mundo é ser um líder servo.
Verdade central: Jônatas foi um líder servo.

Introdução

Jônatas era o filho mais velho do primeiro rei de Israel: Saul. “Era popular e amado por seu povo, excelente orador, importante soldado e líder militar.” Pelos padrões do mundo, ele tinha tudo para ostentar grandeza, viver no luxo e desfrutar seus privilégios. Havia nascido para “a grandeza”. Entretanto, a grandeza que Jônatas buscou não foi a humana e mundana. Sua escolha está registrada nos anais eternos como uma decisão abnegada, e seu nome se acha guardado como tesouro nos Céus, e na Terra permanece como um testemunho da existência e do poder do amor abnegado (Educação, p. 157). A grandeza que Jônatas nos legou foi a “grandeza que vai além de nossas expectativas e conceitos humanos.”



I. Jônatas como amigo

“Depois que Davi matou Golias, Saul o conservou consigo, e não permitiu que ele voltasse à casa de seu pai. E aconteceu que ‘a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma”. Jônatas e Davi fizeram um concerto para serem unidos como irmãos, e o filho do rei “se despojou da capa que trazia sobre si, a deu a Davi, como também os seus vestidos, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto” (Patriarcas e Profetas, p. 649).


“A amizade entre Davi e Jônatas envolveu também atitudes, e não só palavras. É apresentado o simbolismo utilizado nessa aliança: a capa que cobre o outro, a armadura que o protege, a espada como desarme e solidariedade (não atacarei jamais meu amigo e mesmo desarmado correrei os mesmos riscos que ele, quando andarmos juntos), o arco, instrumento de caça, simbolizando a provisão, e finalmente o cinto, que dá firmeza e sustentação. Em momentos de sofrimento e de dor em nossa vida, o que mais precisamos é ter alguém com quem contar. Em uma cultura individualista, como a nossa, é difícil encontrar uma pessoa com quem possamos partilhar nossas angústias, alguém que nos escute, que nos ajude a levantar em nossas quedas, que vá ao fundo do buraco nos resgatar. Por isso, nessas horas, determinadas pessoas se destacam, aproximando-se de nossas feridas, desrespeitando nossas placas de “proibido seguir adiante” e enxergando nelas nosso silencioso pedido de socorro. Assim são os amigos: aqueles que permanecem ao nosso lado quando todos se foram.


“O íntimo relacionamento entre Jônatas e Davi é visto na Bíblia como um modelo de amizade. Davi expressou essa amizade com palavras bem fortes quando escreveu: ‘Teu amor me era mais precioso que o amor das mulheres’ (2Sm 1:26). É importante observar, entretanto, que a palavra hebraica ahavá não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual, mas também no sentido paternal (‘Isaque gostava de Esaú’, em Gênesis 25:28), no sentido de amizade. Saul afeiçoou-se a Davi’ (1Sm 16:21), no sentido de amor a Deus (‘Amarás o Senhor, teu Deus’, em Dt 6:5) e no sentido de amor ao próximo (‘Amarás o próximo como a ti mesmo’, em Lv 19:18). Em todos estes exemplos, o verbo usado na Torá (a Bíblia hebraica) é ahavá. É por razão linguística – e não por falso pudor – que a maioria das traduções bíblicas cita 1 Samuel 1:26 ‘Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres’.” (Rabino Henry I. Sobel, da Congregação Israelita Paulista).


Quais são as mais importantes marcas de um amigo?


1. O amigo é uma fonte constante de encorajamento.

2. O amigo é alguém que a gente escolhe.

3. O amigo é alguém que está disposto a dar de si mesmo.

4. Amigo é aquele que “compartilha momentos agradáveis e desagradáveis”.

5. Amigo é aquele que protege o amigo dos perigos. Jônatas, sabendo da maldade do pai e do perigo que Davi corria, advertiu o amigo dizendo: “Meu pai busca a tua morte. Fica de sobreaviso amanhã de manhã, procura o teu refúgio e esconde-te. Eu sairei e permanecerei ao lado do meu pai no campo em que estiveres, e então falarei com meu pai a teu respeito, saberei o que houver e te informarei”(1Sm 19, 2-3).

6. Amigo é aquele que consola o amigo. Pode ser chamado também de “anjo consolador”. Quando falamos de verdadeiras amizades, cremos que Deus também nos ajuda a encontrá-las para cumprir Seus propósitos em nossa vida. A inspiração afirma sobra a amizade de Davi com Jônatas o seguinte: “E a amizade de Jônatas por Davi era também da providência de Deus, a fim de preservar a vida do futuro governante de Israel” (Patriarcas e Profetas, p. 649).



II. Jônatas como guerreiro

Jônatas foi um valoroso guerreiro. Orientado por Deus, viu Israel triunfar. Sua história como guerreiro começa quando ele e seu pajem de armas deixaram o exército de Israel e se infiltraram no exército dos filisteus. Ele fez um solene voto a Deus, expondo diante do Senhor duas situações distintas. De acordo com o que ele ouvisse dos inimigos, isso indicaria a orientação divina. Ao perceber a presença de Jônatas e seu escudeiro, os filisteus que estavam de guardas disseram: “Subi a nós, e nós vo-lo ensinaremos. Então, disse Jônatas a seu pajem de armas: sobe atrás de mim, porque o Senhor os tem entregado na mão de Israel. “Então, subiu Jônatas com os pés e com as mãos, e o seu pajem de armas atrás dele; e caíram diante de Jônatas, e o seu pajem de armas os matava atrás dele.” Ellen White afirma: “Anjos celestiais escudavam Jônatas e seu auxiliar, anjos combatiam ao seu lado, e os filisteus caíam diante deles” (Patriarcas e Profetas, p. 623). Ellen continua: “Jônatas reconheceu os sinais do auxílio divino, e mesmo os filisteus viram que Deus estava agindo para o livramento de Israel” (Patriarcas e Profetas, p. 623).


A descrição bíblica indica Jônatas como um guerreiro com as seguintes palavras: “Além disso, Jônatas despiu-se da sua túnica sem mangas que usava e a deu a Davi, e também suas vestes, e até mesmo sua espada, e seu arco, e seu cinto” (1Sm 18:3, 4). Esse gesto de Jônatas significava mais que compartilhar. Jônatas entregou a Davi o símbolo de sua vida como guerreiro. Finalmente, esse guerreiro morreu nas mãos dos filisteus durante uma batalha ao lado de seu pai e de seus irmãos. Os capítulos 13-14; 18-20; 23; 31 de 1 Samuel e 2 Samuel 1 revelam que Jônatas era filho do rei, guerreiro, corajoso, confidente e amigo de seu pai.


Quais são os pontos de destaque deste guerreiro? (Compartilhe com sua classe)



1. “Jônatas colocou-se à disposição de Deus, e o Senhor escolheu usá-lo”.

2. Jônatas foi um homem de fé. Ele acreditou que Deus lhe daria a vitória sobre os filisteus.

3. “Ele sabia que Deus era muito maior que o problema que Israel enfrentava”

4. O guerreiro Jônatas estava compatível com a vontade de Deus, ele e o seu escudeiro proporcionaram nesta ocasião a vitória de Israel frente aos filisteus.

5. “Jônatas, o filho do rei, homem que temia o Senhor” (Patriarcas e Profetas, p. 623).



III. Jônatas como filho

E os filhos de Saul eram Jônatas, Isvi, e Malquisua; e os nomes de suas duas filhas eram estes: o nome da mais velha, Merabe, e o nome da mais nova, Mical. Jônatas era o filho primogênito e tinha tudo para ser mimado, rebelde, cheio de vontade, prepotente e vaidoso. Entretanto, o que vemos em Jônatas é um filho obediente, amável, dedicado e companheiro de seu pai até o fim. Resumidamente, podemos dizer que Jônatas foi um exemplo de filho.



Partilhe com sua classe alguns pontos positivos deste filho, que podem ser imitados pelos filhos de hoje.



1. Jônatas honrava seu pai. Honrar os pais significa respeitar, representar bem e ser obediente.

2. Jônatas permanecia ao lado do pai em suas ocasiões de crise; ele o apoiava, era leal e tinha grande respeito por seu pai, apesar das loucuras que o pai fazia.

3. Ele aconselhava seu pai de maneira respeitosa e sensata. Num dia em que seu pai, num momento de insanidade, falou que iria matar Davi, Jônatas de maneira razoável e sensata perguntou: "Por que há de ele morrer? Que tem feito?" (Patriarcas e Profetas, p. 655).

4. Embora Saul fosse muito egoísta, mal-humorado, ciumento, irracional e, às vezes, neurótico”, Jônatas o repreendia com terno amor e firmeza. Quando seu pai, num gesto de loucura, decretou que Jônatas fosse morto, o filho disse: Meu pai tem turbado a terra; ora vede como se me aclararam os olhos por ter provado um pouco deste mel” (1Sm 14: 29).

5. Jônatas era amado pelo povo. Quando seu pai decretou sua morte, “o povo recusou-se a permitir que a sentença de morte fosse executada. Afrontando a ira do rei, declararam: “Morrerá Jônatas, que efetuou tamanha salvação em Israel? Tal não suceda; tão certo como vive o Senhor, não lhe há de cair no chão um só cabelo da cabeça! Pois foi com Deus fez isso hoje” (1Sm 14:45, Patriarcas e Profetas. p. 625.

6. Jônatas foi um bom filho.



IV. Jônatas com servo

Vivemos em um mundo egoísta em que cada um luta por seus direitos. As mulheres, os negros, as minorias lutam para ter seus direitos. Até quem não tem direito deseja tê-los. É interessante notar que Jônatas tinha direito ao trono, era o legítimo herdeiro, mas sujeitou-se ao propósito de Deus e abriu mão de seus direitos para que os planos de Deus pudessem ser cumpridos. Que tipo de líder foi Jônatas? Um líder servo. Ele não manifestou rancor por ser Davi ungido para ser rei no trono que ele poderia ter herdado. Ao contrário, reconheceu as excelentes qualidades de Davi e fez um pacto de amizade com ele. Similar companheirismo desinteressado pode ser grandemente edificante e encorajador entre os que hoje servem fielmente a Deus (1Sm 23:16-18). Ellen White de maneira magistral afirma: “Jônatas - por nascimento herdeiro do trono e não obstante ciente de que fora posto de lado pelo decreto divino; o mais terno e fiel amigo de seu rival Davi, cuja vida ele protegia com perigo da sua própria; firme ao lado do pai através dos tenebrosos dias de seu poder em declínio, e a seu lado tombando ele mesmo finalmente – acha-se o seu nome guardado como tesouro nos Céus, e na Terra permanece como um testemunho da existência e do poder do amor abnegado” (Educação, p. 157).


Veja algumas características que distinguem Jônatas como servo (Partilhe com sua classe)



1. Como servo do Senhor, Jônatas se ofereceu para ficar ou ir, conforme Deus lhe revelasse por meio do sinal que ele propôs.”

2. Como servo fiel que era, ele teria herdado o trono se seu pai tivesse seguido as instruções de Deus. Mas nunca reclamou disso.

3. Como líder servo, ele tinha um íntimo relacionamento com Deus. O Senhor já lhe havia dado prova disso quando lhe concedeu a vitória sobre os filisteus (1Sm 14).

4. Como líder servo ele tirava tempo para encorajar outros no Senhor” (1Sm 23:16).

5. “A atitude de Jônatas como líder servo, estava em total contraste com o espírito egoísta reinante em nosso tempo” (1Sm 19:4)).

6. “Ele deixou um verdadeiro exemplo de líder servo, preparando-se para assumir o segundo lugar, ou até o terceiro.”

7. “Jônatas não era orgulhoso e como um líder servo estava disposto a abrir mão de seu direito ao trono.”



Jônatas deixou para nós, líderes da IASD, um legado extraordinário! Às vezes, brigamos pelos cargos e posições na igreja, e nas Instituições Adventistas; às vezes, nos envolvemos com atitudes políticas para favorecer a nós mesmos; às vezes, trabalhamos por interesses pessoais e posições. E, às vezes, ficamos entristecidos porque alguém foi eleito no lugar que deveria ser nosso. Que exemplo, o de Jônatas!!! Ele tinha direito ao cargo, pois era o legítimo herdeiro. Mas, se submeteu prazerosamente ao plano de Deus! Magnífico Jônatas!



Conclusão: A morte de Jônatas – Por quê, Senhor?

Cremos que não foi fácil para Jônatas manter a fé e confiança em Deus quando percebeu que Deus havia escolhido Davi, em seu lugar, para se tornar o rei de Israel. Sob nossa perspectiva, acontece muita coisa que não tem sentido nem parece justo. Quase todos nós fomos ensinados que, no fim, os bons sempre ganham e que colhemos o que semeamos. Cremos que uma boa pessoa deve ter uma vida longa e boa, e que os maus podem esperar uma vida problemática e breve. Isso continua sendo verdade, mas nem sempre é assim. Nem sempre os bons ficam bem nesta vida, e os maus nem sempre se dão mal. Às vezes, até somos castigados por fazer o que é certo. Isso foi o que aconteceu com Jônatas. Esperávamos que ele vivesse, fosse amigo de Davi até o fim da vida e morresse vendo seus netos brincando no quintal de sua casa. Mas isso não aconteceu. Deus vai nos explicar isso um dia. Ellen White diz o seguinte: “No relatório daqueles que, mediante a abnegação, entraram na comunhão dos sofrimentos de Cristo, acham-se os nomes de Jônatas e de João Batista, aquele no Antigo Testamento e este no Novo” (Educação, p. 157).


Jônatas foi esse precursor de Cristo. Vejamos o último capítulo de sua vida. Nesse último episódio da vida de Jônatas, vamos encontrá-lo no campo de batalha ao lado do pai. Cremos que ele esperava que Deus mais uma vez operasse um milagre para salvar Israel. Mas isso não aconteceu. Naquele dia, Jônatas caiu no campo de batalha!!! (1Sm 31:2). “Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai; e fizeram tudo o que o rei ordenara...” (2Sm 21:14). Mas a promessa é de que, um dia, todas as coisas serão esclarecidas e teremos as respostas para o que agora nos parece insondável. Nossa esperança e certeza é de que, finalmente, o bem vencerá o mal, quando Jesus voltar. Amém!

Ivanaudo Barbosa Oliveira, nascido em Jacobina/BA e casado com Magali Barbosa de Oliveira, tem dois filhos: Audrey e Edrey. Na União Sul-Brasileira foi pastor distrital, departamental, secretário, presidente de associação e secretário da União. Em 2004, passou a ser Secretário e Ministerial da União Nordeste-Brasileira, onde atua até o presente.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Jônatas - 22/10/2010 a 23/10/2010

Sexta, 22 de outubro

Opinião
Amizade por toda a eternidade


Meu crescimento sendo uma irmã gêmea nem sempre foi fácil. Havia favoritismo e constante comparação física e de caráter. Apesar de tudo isso, sempre tive uma amiga. Agora que moro longe de minha irmã gêmea, lembro-me de como ela influenciou minha vida. Sempre me deu seu amor de maneira completa, voluntária e incondicional.

Vocês também provavelmente já encontraram pessoas em sua vida que consideram íntimas. Esse laço me lembra de Jônatas e do amor e amizade sem reservas que dedicou a Davi.

Jônatas era um príncipe – um homem de poder, força, coragem e determinação. Ele confiou em Deus, O amou e sempre permitiu a direção divina Deus em sua vida. O Senhor havia escolhido Davi para governar; mas, em vez de Jônatas alimentar ódio e ira contra ele, mostrou a Davi lealdade, respeito e dedicação. Jônatas foi atraído pela ousadia de Davi, seu coragem e fé em Deus. Colocando de lado todo ressentimento, inveja e ambição por poder, ele se humilhou diante de Davi – até mesmo intercedendo para mantê-lo a salvo. Tantas coisas poderiam ter destruído a amizade deles, contudo o amor que ele tinha por Davi e a obediência que prestava a Deus tornou a ligação deles mais forte.

É rara a verdadeira amizade, que prevalece ao longo das provações da vida. E ainda mais rara é a que perdura para a eternidade. Que dia maravilhoso será quando Jônatas e Davi se reencontrarem no Céu! Essa amizade é um reflexo do relacionamento que Deus Pai tinha com Jesus Cristo. A amizade de Deus está sempre presente, à nossa disposição. Deus está esperando para ter essa profunda e intensa ligação com você. Ele sempre permanecerá leal a você e protegerá você em tempos de perigo e medo. Pode ser difícil confiar nas pessoas, por causa da ganância e satisfação própria. Contudo, como Jesus disse a Seus discípulos: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15:13).

Que bênção é ter uma amizade que resista ao teste do tempo, cheia de amor, confiança, lealdade, dedicação, respeito e admiração!

Mãos à Obra

1. Lembre-se dos amigos que Jesus gostava de visitar em Betânia (Lc 10:38-42; Jo 11:1-44). O que deve ter tornado esta casa tão convidativa? O que você pode fazer para ter amizade com os pastores e professores que conhece?
2. Passe uma tarde com Jesus. O que vocês dois poderiam fazer juntos? Passe algum tempo com Jesus como um amigo cada dia durante a próxima semana.
3. Procure alguns amigos com quem você não tem contato há alguns anos. Envie a cada um deles um cartão ou um e-mail. Ou melhor, telefone para eles.
4. Convide alguém que você conhece, que parece solitário, para uma atividade ao ar livre, como uma caminhada.

Juliana Henry – Palmerston North, Nova Zelândia

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Jônatas - 21/10/2010 a 23/10/2010

Quinta, 21 de outubro

Aplicação
Jesus em Jônatas


Em sua vida, Jônatas mostrou o que é uma verdadeira amizade, unida por Deus. A fim de criamos uma amizade uns com os outros que seja centralizada em Cristo e reflita as características que Jesus exemplificou em sua vida, precisamos:

Deixar de lado a posição. 1 Samuel 18:1-4 repete a ideia de que Jônatas amava Davi como a si mesmo. Isto levou a uma aliança entre eles. Porém, mais do que isso, levou Jônatas a dar a Davi seu manto, sua espada, arco e cinturão. Jônatas era o legítimo sucessor ao trono de seu pai, mas ao dar seu manto e armas a Davi, indicou simbolicamente que estava disposto a renunciar a esse direito para que Davi fosse coroado. Jesus teve de deixar Sua posição à mão direita de Deus para que pudéssemos ser elevados a cidadãos do reino de Deus.

Interceder uns pelos outros. Vemos um lado diferente da amizade de Jônatas em 1 Samuel 19:1-6. Saul está novamente tramando a morte de Davi, mas Jônatas vem em auxílio de Davi, intercedendo por ele e suplicando que sua vida fosse poupada. Mesmo em Seu ministério terrestre vemos a intercessão de Jesus por outros, e hoje Ele intercede por nós no Céu.

Encorajar os que estão no deserto. Havendo escapado para o deserto de Zife, Davi fica sabendo que Saul ainda o está procurando para matá-lo. Você já se sentiu como se estivesse passando por uma experiência de deserto? Que Deus está em silêncio e as provações nesta vida parecem grandes demais para serem suportadas? O quadro que temos em 1 Samuel 23:15-18 é o de Jônatas indo ao deserto para encontrar e encorajar Davi. Que belo quadro temos aqui de Cristo e do encorajamento que Ele nos dá através do Espírito Santo em tempos de provação.

Como Jônatas, devemos lembrar aos que estão no deserto o caráter fiel de Deus em cumprir as promessas que Ele nos fez através de Sua Palavra. Jônatas intercedeu por seu amigo, encorajou-o e renunciou a seus direitos por ele. Jesus faz todas essas coisas por nós, e somos chamados a mostrar a mesma amizade a outros que precisam de nós.

Mãos à Bíblia

7. Qual foi o fim de Jônatas? Como entender isso? 1Sm 31:1-7; 2Sm 1:5-12

Embora saibamos que o bem vencerá o mal no fim, quando Jesus voltar, a realidade é que os bons nem sempre ficam bem nesta vida e os maus nem sempre ficam mal. Muitas vezes, Deus interfere e salva miraculosamente e protege Seus filhos, mas nem sempre é assim.

8. Que personagens da Bíblia, embora tenham sido fiéis, não receberam o que mereciam? Gn 39:10-20; Jó 1:1,2, 13-21

Tamar Paul – Palmerston North, Nova Zelândia

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jônatas - 20/10/2010 a 23/10/2010

Quarta, 20 de outubro

Testemunho

“Um instrumento em Suas mãos”

“Por causa do pecado de Saul em sua oferta presunçosa, o Senhor não lhe daria a honra de vencer aos filisteus. Jônatas, o filho do rei, homem que temia o Senhor, foi escolhido como instrumento para libertar Israel. Movido por um impulso divino, propôs ao seu pajem de armas que fizessem um ataque secreto ao acampamento do inimigo. ...

“Juntos retiraram-se do acampamento, secretamente, para que seu propósito não encontrasse oposição. Com oração fervorosa ao Guia de seus pais, convieram em um sinal pelo qual poderiam determinar o que fazer. ... Aproximando-se da fortaleza filisteia, ficaram à vista de seus inimigos, que, sarcasticamente, disseram: “Vejam, os hebreus estão saindo dos buracos onde estavam escondidos”; então os desafiaram: “Subam até aqui e lhes daremos uma lição” (1 Sm. 14:11 e 12), querendo dizer que puniriam os dois israelitas pela sua audácia. Este desafio era o sinal que Jônatas e seu companheiro tinham concordado aceitar como prova de que o Senhor favorecia seu empreendimento. Saindo das vistas dos filisteus e escolhendo um caminho secreto e difícil, os guerreiros se dirigiram ao cume de uma rocha que tinha sido considerada inacessível, e não estava mui fortemente guarnecida. Assim, penetraram no acampamento do inimigo e mataram as sentinelas, que, dominadas pela surpresa e temor, não ofereceram resistência.

“Estes dois jovens deram mostras de que estavam agindo sob a influência e mando de um General mais que humano. Aparentemente, sua aventura foi temerária e contrária às regras militares. Mas o ato de Jônatas não foi praticado por precipitação humana. Ele não confiava no que ele e seu pajem de armas por si mesmos poderiam fazer; foi o instrumento que Deus empregou em favor de Seu povo Israel” (Ellen G. White, Vidas Que Falam [MM 1971], p. 152).

“Se moram no coração a bondade, a pureza, mansidão, humildade e integridade, elas resplandecerão no caráter; e semelhante caráter será pleno de poder. Não ao instrumento, mas ao grande Obreiro em cuja mão e usado o instrumento, cabe a glória. O coração repleto do amor do Salvador, diariamente recebe graça para comunicá-la aos outros. A vida revelará o remidor poder da verdade” (Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 237).

Mãos à Bíblia

Se Saul tivesse sido fiel, Jônatas teria obtido o trono. Os erros de seu pai, porém, afetaram sua vida. Em vez de se envolver pela amargura e ressentimento, ele acreditou que Deus sabia o que era melhor.

6. Descreva a reação de Jônatas ao fato de que Davi seria rei em seu lugar. O que este fato nos diz sobre Jônatas? Como essa atitude se difere da tendência pecaminosa? 1Sm 23:17; 14:13, 14; 1Rs 1:5 e Mc 10:35-37

Glenda Higgins – Palmerston North, Nova Zelândia

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Jônatas - 19/10/2010 a 23/10/2010

Terça, 19 de outubro

Testemunho
Melhores amigos e piores inimigos


DNA (1Sm 14:6-13, 24-26). Jônatas era filho do rei Saul. A despeito de seu DNA, Jônatas se demonstrou um herói. Em 1 Samuel 14:6-13, 24-26, encontramos este jovem príncipe ansioso por defender a terra dos hebreus e pronto a lutar em favor de seu pai. Vez após vez, Jônatas demonstrou sua lealdade a seu pai, o rei de Israel. Seguiu devidamente seu pai na batalha, nunca questionando seus motivos ou direção. Era um bom filho e um homem honesto.

É só quando o jovem príncipe Jônatas faz amizade com Davi que começamos a testemunhar a luta pelo poder em sua alma. Os que menos tinham probabilidade de ser amigos ficaram instantaneamente unidos, como amigos de infância. Impulsionados pela mesma paixão pelo Senhor e entusiasmo pela batalha, os dois jovens se tornaram inseparáveis. Imagine a angústia do rei Saul ao descobrir que o melhor amigo de seu filho era o arqui-inimigo de Sua Majestade? É claro que Saul tinha pouco tempo para Davi, e que muito provavelmente desejasse usar Jônatas como um instrumento para derrubar Davi. Questões de lealdade começaram a ficar evidentes na vida de Jônatas e nas decisões que ele enfrentava. Será que ele deveria defender seu amigo ou ajudar seu pai?

Por linhagem, Jônatas deveria assumir o trono na dinastia de Saul. Mas, por causa da desobediência de seu pai (1 Samuel 13), isso nunca aconteceria. A dinastia seria dada a Davi, a linhagem através da qual viria o Messias.

Perigo (1Sm 14:24-29; 18-20). Jônatas sabia sobre as tendências perigosas de seu pai. Em 1 Samuel 14:24-29, lemos que Jônatas, embora respeitasse a posição de seu pai e a ligação genética que tinha com ele, escolheu decidir seu próprio modo de vida. Não mostrou aberta censura ou desdém; escolheu fazer as coisas a seu próprio modo e enfrentar as críticas quando suas escolhas tinham consequências desagradáveis.

A cabeça e o coração de Jônatas estavam no lugar certo. Ele parecia estar ciente de que seu pai não estava fazendo o melhor trabalho como rei. Jônatas era leal, mas individualista – o que é incrivelmente perigoso para um jovem em sua posição. Em 1 Samuel 18 lemos sobre a imerecida raiva e ódio que Saul tinha por Davi, bem como a ligação de Jônatas com Davi. Parece que Jônatas tinha razões suficientes para fazer seus próprios planos.

O jogo de poder entre o pai e o filho aumentava proporcionalmente ao nível de perigo para Davi. Jônatas mostrou suas verdadeiras cores como um herói da Bíblia ao honrar a Davi como o rei ungido de Israel. “Assim Jônatas fez uma aliança com a família de Davi, dizendo: ‘Que o Senhor chame os inimigos de Davi para prestarem contas’” (1Sm 20:16).

Destino (1 Samuel 23; 31:1-7; 2 Samuel 1). A morte de Jônatas foi trágica. Contudo, por causa de sua amizade com Davi e de uma promessa feita entre esses dois amigos, seu herdeiro, Mefibosete, viveu na casa de Davi.

A lembrança de Jônatas é vista em duas partes. Primeiramente, através do lamento de Davi por Jônatas após este haver morrido (2 Samuel 1). “Como caíram os guerreiros!” Davi chorou com o coração partido pela perda de seu amigo na batalha.

Segundo, é vista de maneira mais profunda, na história de Mefibosete. Após se tornar rei, Davi desejava mostrar honra e gratidão a Jônatas – uma antiga tradição usada quando alguém perdia um amigo. Ele ouve falar de Mefibosete, um filho de Jônatas. Mefibosete tinha cinco anos quando a notícia da morte de seu pai e seu avô abalaram o palácio. Ao correr para um local seguro com a criança, a ama caiu sobre ele e aleijou suas pernas. Este foi o estado em que Davi o encontrou.

Imagine o medo de Mefibosete quando ouviu falar que o rei Davi estava procurando por ele, que era da casa de Saul. Depois imagine sua surpresa quando Davi o convidou para ir ao palácio e comer da mesa do rei. Esta pequena história bíblica tem enormes implicações. Jônatas se fora, mas seu filho permaneceu para que Davi o honrasse em seu palácio.

Mãos à Bíblia


4. Como você descreveria a relação entre Jônatas e Saul? Que conflito Jônatas enfrentava entre a lealdade a seu pai e a lealdade a um amigo? 1Sm 19:1-7

Não sabemos que tipo de pai foi Saul quando Jônatas era criança, mas na vida posterior Saul não foi digno de admiração. Jônatas, porém, em sua vida e seu relacionamento com o pai, deu testemunho de uma prática do mandamento de Êxodo 20:12, que nos manda honrar os pais.

5. Se quisesse, Jônatas poderia usar esse incidente relatado em 1Sm 14:24-46 como desculpa para deixar de honrar seu pai? O que este fato nos diz sobre o tipo de pessoa que era Jônatas?

Jônatas respeitava seu pai apesar do que ele queria lhe fazer. Honrar os pais não significa suspender nosso próprio julgamento ou defender os erros dos pais, segui-los cegamente nem tolerar o mal. Significa, porém, que temos obrigações especiais para com eles, não importando o tipo de pessoa que sejam.

Julene Duerksen-Kapao – Palmerston North, Nova Zelândia

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Jônatas - 18/10/2010 a 23/10/2010

Segunda, 18 de outubro

Evidência
Jônatas: um homem para todas as épocas


Apesar de seu status como príncipe e herdeiro de um reino, é fácil acreditar que Jônatas era fraco. Ele sabia que sua lealdade a Davi o impediria de se tornar rei (1Sm 20:31); contudo, renunciou à sua legítima posição. Sua vida foi salva por uma multidão que interveio em seu favor após ele haver desobedecido à ordem de seu pai (1Sm 14:45); e ele é bem conhecido como alguém que “amava” numa cultura onde a força era valorizada acima do sentimento. Um exame mais atento de seu caráter, contudo, revela que ele é de fato um modelo para os homens de todas as épocas.

A necessidade de fazer uma distinção entre “alguém amoroso ou alguém lutador” não se aplica a Jônatas. Ele personificou ambas as coisas em sua força de caráter, em seu corpo e coração. Muito tem sido dito sobre a relação entre Davi e Jônatas. Embora saibamos que os homens se cumprimentavam com beijos nos tempos bíblicos (Gn 29:13; Ex 18:7; Lc 7:38, 45), há várias passagens que são usadas por alguns para inferir que a relação entre Davi e Jônatas era uma relação homossexual – uma prática abominada por Deus (Lv 18:22; Rm 1:27; 1Co 6:9-11). A palavra hebraica nashaq é usada para descrever o ato de beijar no Antigo Testamento, e se refere a beijos de afeição (Gn 29:13), de reconciliação (Gn 33:4), de partida (Rt 1:14) e de homenagem (Sl 2:12). Fica claro que um beijo no rosto entre homens era aceitável tanto nos tempos do Antigo Testamento quanto nos do Novo.

As descrições de amor entre Davi e Jônatas são talvez mais difíceis de entender porque muito poucos exemplos de uma relação assim podem ser encontrados na Bíblia. Em 1Samuel 20:17, a palavra hebraica ahab é usada para descrever o tipo de amor que existia entre esses dois homens, seguida imediatamente por kenapso, um termo que se refere diretamente ao eu.* Esses termos são idênticos aos usados tanto em Levítico 19:18 como em Mateus 22:39: “Ame (ahab) cada um o seu próximo como a si mesmo (kenapso)”. Longe de ser romântico ou sexual, o amor entre Davi e Jônatas era um cumprimento da ordem de Deus nas leis levíticas, que foi reafirmada por Jesus como o chamado mais elevado de um crente.

A força de Jônatas – física, espiritual e emocional – era nascida de um amor que se sacrifica pelo outro, e que por fim o levou a dar a vida por um amigo. Há maior prova de varonilidade?

*G. J. Botterweck, H. Ringgren, H. Fabry, Theological Dictionary of the Old Testament (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1995).

Mãos à Bíblia

2. Que esperança podemos obter da fé que Jônatas tinha? 2Rs 6:8-17

3. Que passos Jônatas deu antes de subir até a guarnição inimiga? 1Sm 14:6-13

Lindsay Morton – Palmerston North, Nova Zelândia

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