sábado, 22 de agosto de 2009

Amando irmãos e irmãs - Resumo Semanal - 22/08/2009 a 22/08/2009

AMANDO IRMÃOS E IRMÃS
Resumo Semanal 16/08/2009 a 22/08/2009


José Carlos Ramos – D. Min

Nesta semana, estudaremos um tema joanino por excelência: o amor. Embora seja da autoria de Paulo o poema mais lindo sobre esse tema (1Co 13), não poderia ser outro senão o discípulo amado que, abordando-o, chegasse à conclusão máxima: “Deus é amor” (1Jo 4:8, 16).

Uma abordagem assim efetiva tem uma razão de ser: a experiência de transformação que João auferiu através da comunhão com Jesus. Ao se tornar Seu discípulo, ele revelou ser movido por marcantes traços negativos que o faziam algo antipático perante os companheiros de discipulado; era o mais jovem do grupo (O Desejado de Todas as Nações, p. 213) e revelava-se ambicioso pelo primeiro lugar. De fato, a cobiça, o amor à posição e à supremacia e o desejo de ser promovido (Mt 10:35-37, 41), caracterizavam sua maneira de ser. E esses defeitos não eram os únicos.

Jesus o chamou e a seu irmão, Tiago, de “filhos do trovão”. Eram geniosos, impetuosos, dados ao ressentimento e propensos à vingança (Lc 9:49-54). Por trás de tudo isso, porém, Jesus discerniu em João um coração ardente, sincero e amante. Embora repreendido pelo Mestre, apegava-se a Ele mais firmemente, até que teve a alma amalgamada à dEle. Foi o “discípulo que Jesus amava”. Em seu coração, a chama da lealdade e devoção ardente o tornaram um dos mais destacados apóstolos na igreja cristã.

Entre Jesus e ele desenvolveu-se profunda amizade, mais intensa que em relação a outros discípulos; não que Jesus não amasse a esses, mas porque, em João, Seu amor encontrou eco mais expressivo. Esse discípulo abeberou-se tanto da Fonte, que se tornou uma vívida reprodução do Salvador. Como Jesus era a expressão máxima do amor de Deus, João se tornou uma evidente demonstração desse amor; uma prova inequívoca de que o amor transforma. Como diz a lição: “O amor pode mudar o mundo, as igrejas, as famílias e os casamentos.” Pode mudar também cada um de nós.

Mas como tal mudança foi possível? Observem: “Dia a dia, em contraste com seu próprio espírito violento, ele observava a ternura e longanimidade de Jesus e ouvia Suas lições de humildade e paciência. Dia a dia seu coração era atraído para Cristo, até que perdeu de vista o próprio eu no amor pelo Mestre. O poder e ternura, a majestade e brandura, o vigor e a paciência que ele via na vida diária do Filho de Deus, encheram-no de admiração. Submeteu seu temperamento ambicioso e vingativo ao modelador poder de Cristo, e o divino amor operou nele a transformação do caráter...” (Ibid., p. 557). Também nós temos que aprender de Jesus como João aprendeu.

Afirma-se que, estando para morrer, perguntaram-lhe se tinha uma última mensagem a dar. “Amai-vos uns aos outros”, disse ele, e expirou.

Domingo, 16 de agosto
As duas passagens sobre o amor (1Jo 3:11-24; 4:7-5:4)

A lição nos lembra que o texto de 3:10 faz a ponte entre o que João antes apresentara, os privilégios e implicações de sermos filhos de Deus e, a seguir, sua abordagem do amor. Ele quis reforçar o fato de que o amor fraternal é a maior evidência da filiação divina, isto é, que pertencemos a uma grande família, cujo Pai não é outro senão o Senhor do Universo. Nessa família, o irmão mais velho é Jesus Cristo, aquele pelo qual nossa filiação se torna possível (Jo 1:12). Essa evidência foi estipulada por Ele mesmo: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35).

A lição também faz uma explanação satisfatória sobre os paralelos entre os textos para o estudo de hoje. Destaca, igualmente, que o discurso de João sobre o amor também é para ser entendido no contexto dos dissidentes gnósticos que perturbavam a igreja naqueles dias (aliás, a inteira epístola deve ser assim considerada; essa é a nossa posição no presente comentário).

Afinal, não se pode amar a Deus na intensidade de amor que Ele merece, se não se levar em consideração o quanto Ele nos amou ao entregar o Filho unigênito (cf. Jo 3:16) para ser nosso Salvador. “Só à medida que entendemos o que aconteceu na cruz e como Cristo levou sobre Si mesmo o castigo dos nossos pecados é que podemos amar a Deus como devemos.” Os gnósticos, com suas heresias, obliteravam o que realmente havia ocorrido no Calvário, o que repercutia negativamente na forma como o amor fraternal deveria ser cultivado pelos membros da comunidade em que eles exerciam forte influência. Daí a exortação apostólica sobre o amor.

Acrescento apenas que há dois termos gregos principais que significam amor, philía e ágape. O primeiro aparece na Bíblia apenas uma vez, em Tiago 4:4, vertido “amizade”. O segundo é empregado umas 115 vezes, das quais 28 nos escritos joaninos (7 no Evangelho e 21 nas Epístolas), mais de 24%. As formas verbais philéō e agapáō são bem mais frequentes em toda a Bíblia (25 vezes o primeiro termo e 141 o segundo). João emprega philéō apenas em seu Evangelho (13 vezes, o que corresponde a mais de 50%), enquanto o emprego de agapáō ocorre em todos os escritos joaninos (36 no Evangelho, 31 nas epístolas, das quais 28 na primeira, e 4 no Apocalipse; corresponde a quase 50% do emprego em todo o Novo Testamento).

Philéō deve ser entendido mais como afeição carinhosa, ternura, etc., o exercício do amor entre pessoas que se estimam; agapáō é o amor altruísta, desinteressado, que não busca o interesse senão do objeto amado; o amor que está pronto a servir o ente amado, e até mesmo ser sacrificado por ele. Essa é a qualidade de amor com que Deus nos amou, e é a qualidade com que devemos amar a Ele, e aos nossos semelhantes, “principalmente aos da família da fé” (Gl 6:10).

Segunda, 17 de agosto
A “definição” de amor (1Jo 3:11-16; 4:7-16)

O uso mais acentuado de ágape/agapáō por João é muito significativo. Ele esperava que os membros de sua comunidade se sentissem de tal forma tocados pelo amor de Deus a ponto de serem levados a amar como Deus ama.

A lição observa que o apóstolo define o amor primeiramente exemplificando em Caim o que o amor não é. De fato, a ação de Caim assassinando seu irmão é precisamente o extremo oposto do amor divino. Enquanto este está pronto a sacrificar, em favor do ente amado, o que de mais precioso possui, Caim foi aquele que se levantou para sacrificar a vida que ele não somente deveria poupar, mas em favor da qual até deveria estar disposto a ser sacrificado, fosse tal ato necessário para que ela fosse poupada. Isso, porém, só aconteceria se ele estivesse imbuído do amor divino.

Propositalmente, João não menciona o nome da vítima do ato homicida de Caim; prefere “seu irmão” em lugar de “Abel”, por motivo de contraste com “amor fraternal” (amor entre irmãos). Com isso, ele deixa transparecer que a ação do primeiro homicida poderia ser repetida “entre irmãos”, os membros da comunidade cristã à qual se dirigia. Segundo o que João afirma, de fato, não precisamos tirar a vida a alguém para sermos homicidas (v. 15; cf. Mt 5:21, 22). Por exemplo, podemos matar com a língua, tanto quanto com a espada ou o punhal. Com ela bendizemos ou amaldiçoamos (Tg 3:9), construímos ou derribamos, curamos ou ferimos, vivificamos ou matamos. Nossas palavras podem ser “um cheiro de vida para vida ou de morte para a morte” (Parábolas de Jesus, p. 337). Precisamos ter cuidado, para não seguirmos o caminho de Caim!

Ao exemplo negativo de Caim, João contrapõe o exemplo positivo, sublime, altruísta de Jesus, aquele que “depôs Sua vida por nós”. Para a lição, “este é o significado mais profundo de amor. Amar significa fazer tudo o que for necessário para ajudar os outros, mesmo que requeira abnegação”, ou mesmo o sacrifício, eu diria.

Mas além desta definição pastoral, João nos oferece uma definição ainda mais relevante, pois esta que acabamos de considerar procede daquela.

Segundo os escritos joaninos, verdade, luz e amor não devem ser definidos em termos meramente conceituais; os termos identificam, antes de tudo, uma pessoa: Deus. Ele é luz (1:5), verdade (5:6) e amor (4:8, 16), e Seu Filho, Jesus Cristo, é luz (Jo 1:4-9; 8:12) e verdade (14:6) encarnadas; e pela forma como demonstrou amor em Sua passagem pela Terra, Ele não pode ser menos que amor encarnado (Jo 13:33).

A exemplo de “Deus é luz” (veja lição e comentário de 12 de julho), a fórmula “Deus é amor” poderia igualmente ser tomada como simples abstração filosófica. Mas o apóstolo não está filosofando; novamente fala em termos práticos. Deus não ama apenas de palavra; Seu amor se cristaliza em atos, cuja expressão máxima é Jesus Cristo: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado Seu Filho unigênito ao mundo para vivermos por meio dEle. Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho, como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4:9, 10). A esse respeito, a lição de domingo já declarara: “Unicamente através dEle [Jesus] e do que Ele fez por nós pode o amor de ­Deus ser entendido em sentido mais profundo.”

Terça, 18 de agosto
Crise de Confiança (1Jo 3:19-21; 4:17, 18)

A confiança aqui referida é a confiança em Deus. A crise acontece quando deixamos de contemplar fixamente Jesus e passamos a olhar para nós mesmos. Exceto se somos tomados por um arroubo de presunção farisaica, quando isso acontece, logo, muito logo, compreendemos quão distantes estamos do ideal de Deus para nós; então, poderemos ser levados até mesmo ao desespero (cf. Rm 7:24).

Não podemos nunca esquecer que nossa suficiência se encontra exclusivamente na amorável pessoa de Jesus. NEle precisamos nos esconder. Se fizermos isso, seremos salvos de três situações bem complicadas: (1) o insidioso perfeccionismo, que sempre se mostra com ares de impecabilidade, tal como ocorria com aqueles dissidentes dos dias de João (veja o comentário do dia 13 de julho); (2) o não menos perigoso liberalismo, com suas ideias condescendentes, permissivas, de que nem tudo deve ser assim tão rígido, ou levado a sério ― afinal, um pouco de indolência (pensam os liberais) não faz mal a ninguém; e, finalmente, (3) o pernicioso derrotismo, que se nutre constantemente de sentimentos negativos, muito bem incorporados no crente pessimista, aquele que imagina que seu caso é sem esperança e que, para ele “não tem jeito mesmo!” Para estas situações, e outras de idêntica natureza, a graça é o remédio.

A “crise de confiança” é antes de tudo uma crise de consciência. É interessante notar que as três situações acima descritas podem tornar a consciência insensível, mas a terceira pode conduzir para o outro extremo: tornar a consciência um fator de contínua acusação e condenação, um estado inegavelmente deprimente que rouba a paz e qualquer senso de segurança. Conservando-nos em Jesus, nem seremos levados à indiferença, isto é, sempre seremos sensíveis às nossas próprias deficiências e insuficiências, nem nos deixaremos soçobrar pelo conhecimento de nossas falhas; tão logo sintamos a consciência a nos aguilhoar, procuraremos imediatamente a solução para o eventual problema que nos aflige. É por tudo isso que João afirma: “se o nosso coração [a consciência] nos acusar, certamente Deus é maior que o nosso coração, e conhece todas as coisas”; e que se ele “não nos acusar [o que não seria absolutamente o produto de qualquer uma das três situações referidas, mas da graça operando em nós], temos confiança diante de Deus.” (v. 20, 21). Esta confiança é tão bem fundamentada nos méritos de Jesus que não estaremos inseguros quanto ao juízo de Deus, pois em nós foi aperfeiçoado o amor (4:17). Como a lição afirma, “somente quando nos apoiamos em Seus méritos, e não nos nossos, é que podemos ter confiança e certeza... Estar em Seu amor afasta todo medo.

De fato, todas essas bênçãos são fruto do amor. Nele, “tranquilizaremos o nosso coração” (3:19), porque “no amor não existe medo; antes os perfeito amor lança fora o medo” (4:18). Poderia haver uma solução melhor para a “crise de confiança”?

Quarta, 19 de agosto
Amor em ação (1Jo 3:17, 18; 4:19-21)

Vemos, então, que o ato de Deus impede que nossa consciência se torne insensível. Assim, a maneira como Deus exerce amor não pode nos deixar impassíveis. Tem que ser a grande mola motivadora do nosso amor. “Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (4:11).

Alguém poderia, entretanto, argumentar que é a Deus que devemos amar, e não aos nossos semelhantes, pois foi Ele quem nos amou de “tal maneira”. O apóstolo se apressa em contrariar esse pensamento, lembrando que “ninguém jamais viu a Deus; ...aquele que não ama a seu irmão a quem vê, não pode amar a Deus a quem não vê” (v. 12, 20). Em outras palavras, o amor a Deus se evidenciará no amor fraternal. “Ora, temos da parte dEle este mandamento, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão” (v. 21).

Mas com que ações será o amor evidenciado? Respondo a essa pergunta com outra pergunta: Com que tipo de ação Deus evidenciou Seu amor? Já sabemos: Ele foi ao ponto máximo do altruísmo e da abnegação; quem estiver imbuído do Seu amor estará disposto mesmo ao sacrifício em favor de quem ele ama. João, todavia, nos dá um exemplo da ação esperada daquele que ama, reconhecidamente um exemplo aquém do ponto máximo de altruísmo e abnegação ilustrado pelo próprio Deus. “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo e vir a seu irmão padecer necessidade e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (3:17).

O que João, aqui, exemplifica não envolve sacrifício, pois ele fala de alguém que possui “recursos”, e que tão somente iria se dispor de alguns deles. Como a lição adverte, “não é provável que alguns de nós sejamos chamados a morrer por outros crentes. Mas é mais provável sermos chamados a demonstrar amor por alguém que tem necessidades. Podemos ter os meios para prover emprego, comida, roupas, educação cristã, refúgio, qualquer coisa. Mas, muitas vezes, preferimos viver nossa própria vida confortável.”

Se assim acontece, isto é, se não se cumpre esse mínimo esperado, como chegar ao ideal do amor? Se alguém não é fiel no pouco, poderá sê-lo no muito? (ver Lc 16:10).

Quinta, 20 de agosto
Amor e os Mandamentos (1Jo 3:22-24; 4:21-5:4)

Como não poderia deixar de ser, João conduz sua abordagem do amor à questão da guarda dos mandamentos. A lei de Deus é a lei do amor, registrada em duas tábuas de pedra. A primeira contém quatro mandamentos que se aplicam ao nosso relacionamento com Deus (o quarto, todavia, inclui também o nosso próximo), e a segunda contém os seis últimos, que se aplicam ao próximo. Jesus sumariou as tábuas em dois mandamentos específicos: “Amarás o Senhor teu Deus...” e “ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:37-39). Todavia, como já comentado, à luz do próprio exemplo de Jesus, a injunção do amor ligada aos mandamentos dá um passo a frente: “amarás... como Eu amei” (Jo 13:33); isso, como visto, é mais do que “amarás como a ti mesmo.”

Em suas novas declarações, João apresenta algumas implicações da guarda dos mandamentos. Primeiramente, a obediência é condição para que Deus atenda os pedidos que Lhe são dirigidos (3:22). Lembra-nos o Salmo 66:18: “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido”, e Provérbios 28:9: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.”

Segundo, a obediência é fruto do amor. Quem ama, guarda os mandamentos (5:2).

Terceiro, para aquele que ama, os mandamentos de Deus não são penosos (5:3), pois é próprio do amor mover quem ama a fazer a vontade daquele que é amado.

A lição não deixa passar por alto o fato de que João empregou o termo mandamento tanto na forma singular como plural. Ao usar a forma singular, ele faz referência ao “novo mandamento” dado por Jesus (2:7, 8 ― veja o comentário do dia 22 de julho), à injunção de crermos em Jesus (assunto da próxima lição) e de nos amarmos uns aos outros (3:23; 2Jo 5), à injunção de se amar a Deus e ao irmão na fé (4:21), à injunção de andar na verdade (2Jo 4), e à injunção que se andar no amor (v. 6).

Ao empregar a forma plural, “João pode ter indicado que o mandamento do amor se expressa na multiplicidade de mandamentos.” Em outras palavras, o amor a Deus, que igualmente envolve o amor ao próximo, requer obediência plena à Sua vontade.

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Ramadã - Calendário Islâmico

Ramadã - Jejum e Oração
Ramadã - Mês do Jejum e da Oração
رمضان كريم

O Ramadã é uma comemoração praticado no nono mês do calendário muçulmano. Acredita-se que no mês do Ramadã o Alcorão sagrado foi enviado do céu como uma orientação aos homens e como um meio de sua salvação. É durante este mês que os muçulmanos jejuam. Este mês é chamado de Jejum do Ramadã e dura um mês inteiro. O Ramadã é um período quando os muçulmanos se concentram na sua fé e gastam menos tempo nas suas preocupações cotidianas. É um período de adoração e contemplação.

Os santos realizam o melhor tipo de jejum, o jejum da mente. Por outras palavras, estas pessoas não pensam noutra coisa a não ser em Deus. Consideram que a sua existência neste mundo é apenas uma semente que cresce para o outro mundo. Este jejum também inclui refrear os olhos de qualquer visão de maldade, colocar-se à parte de conversas banais, da falsidade, de calúnias, da obscenidade e da hipocrisia.

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Amando irmãos e irmãs - 21/08/2009 a 22/08/2009

Sexta, 21 de agosto

Opinião
A religião do amor


O poeta indiano que escreveu que o mundo tem apenas uma religião – a religião do amor – pode parecer irreverente e blasfemo. Contudo, a seguinte paráfrase de seus versos deve nos ajudar a ver as coisas de maneira diferente:

Aqui está alguém cego demais para ver seu irmão que mora ao lado;

Como, então verá a Deus que é invisível?

O poeta parece ter sido inspirado pelas palavras do apóstolo João, que disse: “Se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4:20, NVI).

O estudo desta semana nos chama de volta ao cristianismo prático enfatizado por Jesus quando respondeu a um escriba que Lhe pediu que dissesse qual é o maior mandamento (Mc 12:28-31). Jesus não apenas mencionou qual é o maior mandamento, mas mencionou também o segundo, sem o qual o primeiro permanece incompleto e ineficiente.

O “primeiro” e o “segundo” mandamentos (a sinopse do decálogo) nos mandam amar ao Deus verdadeiro com todo o nosso ser, e nosso próximo como a nós mesmos. Desde o princípio da história humana, tanto por preceito como por exemplo, a Bíblia toda tem nos mandado praticar esses aspectos gêmeos do amor divino.

Nada menos que amar nosso próximo – até o ponto de dar a própria vida, se necessário – pode adequadamente retribuir o supremo amor de Deus que enviou Seu Filho para a cruz em nosso lugar. O fato de que alguém não pode odiar seu irmão ou irmã visível, e ainda afirmar que ama o Deus invisível é vividamente ilustrado por Caim que, professando amar a Deus – mas sem compreender esse amor –, ofereceu um sacrifício errado e odiou seu irmão Abel tão amargamente que o assassinou.

Deus é o originador da vida e do amor. Como filhos de Deus, desenvolveremos um amor como o dEle e alegremente guardaremos Seus mandamentos, que são práticos e não são penosos. Se não mostrarmos caridade cristã pelos menos afortunados, como podemos dizer que amamos a Deus e guardamos Seus mandamentos? Se estamos fundamentados com Deus num relacionamento de pai e filho, mostraremos Seu amor de maneiras concretas e teremos confiança no dia do juízo.

Mãos à obra

1. Discuta com seu irmão ou irmã, ou dentro de sua unidade da Escola Sabatina, por que os que nos são mais próximos podem, às vezes, ser difíceis de ser amados.
2. Avalie se o fato de ter irmãos e irmãs em Cristo de culturas diferentes da sua influencia a quantidade de amor que você sente por eles.
3. Resuma cada um dos Dez Mandamentos como amor para com Deus e amor para com o próximo.
4. Entreviste alguns colegas de unidade ou membros da igreja sobre ocasiões em que eles foram ajudados (amados) por outras pessoas, talvez durante um sofrimento físico, um tumulto emocional, uma necessidade financeira ou morte na família.

T. I. Varghese | Pune, Índia

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Amando irmãos e irmãs - 20/08/2009 a 22/08/2009

Quinta, 20 de agosto

Aplicação

Amor semelhante ao de Cristo


Todos os cristãos, através da fé e do batismo, entram na nova aliança estabelecida por Jesus Cristo através de Seu sacrifício na cruz. Que amor! Ao entrarmos nessa relação de aliança, assumimos um compromisso em relação a nosso próximo e concordamos em nos apoiar mutuamente. É com profunda alegria e gratidão, compreendendo a irresistível bondade de Deus em nos dar essa oportunidade, que entramos na vida das pessoas a quem Deus chamou para estarem juntas.

A fim de respondermos ao que Deus está fazendo entre nós, a fim de sermos o povo que Ele nos está chamando a ser, damos a Ele toda a nossa vida – passada, presente e futura. Seguiremos Seu Filho, Jesus, e viveremos cada vez mais no Espírito, para partilhar de um só coração, mente e propósito com nossos irmãos e irmãs em Cristo. Com essa fé e abundante alegria no coração, confiando em Seu poder e graça para suster-nos, entramos na aliança de amor com Deus como irmãos e irmãs em Cristo.

As implicações práticas subsequentes podem nos ajudar a melhor compreender isto:

O genuíno amor pelo próximo é o mesmo amor que temos para com Deus. É uma escolha proposital, intencional e ativa, não meramente sentimental e emocional. E ela é medida, Jesus disse, pelo amor que temos a nós mesmos (Mt 22:39).

Ame aos outros como você ama a si mesmo. Quando uma pessoa está com fome, ela se alimenta. Quando está com sede, bebe algo. E quando alguém está doente, toma remédios ou vai ao médico. Cada um de nós se preocupa em cuidar de si mesmo. Não ficamos simplesmente falando em comida, água ou remédio. Fazemos tudo o que for necessário para prover essas coisas para nós mesmos. Da mesma forma, não diga simplesmente a alguém que está com frio ou fome: “Vá em paz! Aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se” (Tg 2:16, NVI), sem fazer algo para atender às necessidades daquela pessoa.

Mãos à Bíblia

As duas passagens que estudamos nesta semana terminam com uma referência aos mandamentos.

7. O que as duas passagens ensinam sobre os mandamentos, além de que devem ser guardados? 1Jo 3:22, 23, 24; 1Jo 4:21; 1Jo 5:2, 3

João diz que guardar os mandamentos de Deus e fazer o que Lhe agrada (1Jo 3:22) dá confiança aos cristãos de que Deus ouve suas orações. A ordem de Deus é que devemos crer em Jesus e amar uns aos outros. Guardar os mandamentos permite uma permanência mútua – nós em Deus e Ele em nós. Amar a Deus inclui a guarda dos mandamentos e, realmente, eles podem ser guardados porque não são penosos.

Benji Stephen | Pune, Índia

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Amando irmãos e irmãs - 19/08/2009 a 22/08/2009

Quarta, 19 de agosto

Testemunho

Mandamentos envoltos em amor


Os mandamentos de Deus “são uma expressão do princípio do amor. Não se pode guardar o primeiro e violar o segundo, nem se pode observar o segundo enquanto se transgride o primeiro. ... E só quando amamos a Deus de maneira suprema, é possível amar nosso semelhante com imparcialidade” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 607).

Em nossa associação diária com outros, devemos aprender a praticar o amor piedoso em ação e em verdade. “Há os que professam possuir santidade... ao mesmo tempo que recusam obediência aos mandamentos de Deus. ... O verdadeiro amor a Deus se revelará na obediência a todos os Seus mandamentos. ... Se o amor de Deus estiver no coração, nossos sentimentos, pensamentos e ações estarão em harmonia com a vontade de Deus” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 562, 563).

“[O caráter de Jesus] revela a verdadeira significação da lei, e mostra o que quer dizer amar nosso semelhante como a nós mesmos. E quando os filhos de Deus manifestam misericórdia, bondade e amor para com todos os homens, também eles estão dando testemunho do caráter dos estatutos do Céu” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 505).

“A religião de Cristo ligará em íntima fraternidade todos os que lhe aceitarem os ensinos. Foi missão de Jesus reconciliar os homens com Deus, e assim uns com os outros” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 47).

“Todos quantos nasceram na família celestial, são em sentido especial irmãos de nosso Senhor. O amor de Cristo liga os membros de Sua família, e onde quer que esse amor se manifeste, aí se revela a relação divina. ... Toda boa ação praticada para erguer uma pessoa caída, todo ato de misericórdia, é aceito como feito a Ele próprio” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 638).

Mãos à Bíblia


João não se contentou em teorizar sobre o amor. Ele nos permite saber que Deus espera que ponhamos o amor em ação. Ele diz que não devemos amar apenas de palavra, mas com atos (v. 18). Deus não disse que nos ama, apenas; Ele enviou Seu Filho para morrer em nosso lugar.

6. Qual das ordens contidas em 1 João 3:16 e 17 é mais difícil de seguir? Por quê?

Não é provável que alguns de nós sejamos chamados a morrer por outros crentes. Mas é mais provável sermos chamados a demonstrar amor por alguém necessitado. De todos os lugares em que o amor deve se manifestar, esse é o lar. Existem muitas maneiras de demonstrar amor aos familiares: ajuda extra em casa, um jantar agradável, um passeio familiar especial, ou qualquer outra.

Synthia Murali | Chennai, Índia

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Amando irmãos e irmãs - 18/08/2009 a 22/08/2009

Terça, 18 de agosto

Exposição

Ame o tempo todo


O principal tema de 1 João é o amor. Essa epístola enfatiza o seguinte: Deus é amor (1 João 4:8); o amor procede de Deus (verso 7); Deus nos amou e nos enviou Seu Filho; portanto, devemos amar uns aos outros (versos 10, 11).

O primeiro e o último mandamentos (Mc 12:28-31; 1Jo 3:23). No tempo de Jesus, os judeus já haviam acumulado centenas de leis – 613, de acordo com o relato de um historiador. Alguns líderes religiosos tentavam distinguir entre as leis principais e as secundárias, e alguns ensinavam que todas as leis se aplicavam igualmente e que era perigoso fazer quaisquer distinções.

Por causa dessa confusão, um escriba quis que Jesus lhe dissesse qual era o maior mandamento. Para sua surpresa, o Mestre lhe deu uma resposta convincente ao mencionar dois mandamentos: um de Deuteronômio 6:5 e outro de Levítico 19:18. Ambos falam sobre o amor. Assim, Jesus disse em termos simples que todos os mandamentos foram dados por duas simples razões: ajudar-nos a amar a Deus e ajudar-nos a amar o próximo.

O amor como fundamento da guarda dos mandamentos (Jo 14:15; 1Jo 3:22-24; 5:1-4). O amor nos motiva a obedecer. Essa motivação torna fácil a guarda dos mandamentos. Além disso, o amor é como um fio que percorre todos os mandamentos, colocando-os numa só plataforma.

O verdadeiro amor para com nossas irmãs e irmãos remove a morte (1Jo 3:11-15). João reitera o ensino de Jesus de que qualquer pessoa que odeie a outrem é um assassino no coração (Mt 5:21, 22). O cristianismo não é uma exibição exterior, mas uma religião do coração. A amargura contra alguém é perigosa, porque acaba se voltando contra você como um bumerangue. Não deixe nenhuma “raiz de amargura” venenosa (Hb 12:15) crescer em você nem em sua igreja.

Enquanto o motivo de amarem-se uns aos outros aparece frequentemente no Novo Testamento (por exemplo, Jo 13:34; 1Pe 1:22; 1Jo 3:11), amar os irmãos ocorre somente em 1 João 3 e pode receber uma interpretação mais ampla. Todos nós que afirmamos ter passado “da morte para a vida” não devemos restringir nosso amor a nosso círculo imediato de conhecidos, mas a todos os irmãos na fé. Ao fazer isso, provamos que deixamos o mundo da morte e entramos no âmbito da vida eterna. Isso mostra que já começamos a colocar em prática as eternas virtudes do Céu.

Amor “em ação e em verdade” (Tg 2:15, 16; 1Jo 3:16-21). O verdadeiro amor não é apenas um sentimento, mas uma ação que produz a doação abnegada e sacrifical. Isso significa a doação de si mesmo aos outros sem pensar em receber nada em troca. Envolve colocar os desejos dos outros acima dos nossos próprios desejos. Nosso Salvador ensinou o mesmo princípio do amor em João 15:13.

Há pessoas que praticam bons atos sem sentir real afeição por aqueles a quem estão ajudando. Podem estar agindo somente por um senso de dever ou pelo desejo de ganhar aplausos de outras pessoas. Portanto, João enfatiza a necessidade de genuíno amor. Nossos atos de amor devem ser inspirados por genuína afeição pelos outros, particularmente pelos necessitados.

Deus é amor (1Jo 4:7-21). Quando pensamos sobre o fato de que Deus é amor, não devemos pensar sobre o amor mundano, que é egoísta e superficial. Quando dizemos que Deus é amor, estamos falando sobre um amor santo, perfeito. Seu amor explica por que Ele cria; por que Ele Se importa; por que temos livre arbítrio; por que Cristo morreu; e por que podemos ter a vida eterna (1Jo 4:9, 10).

Com nossa natureza pecaminosa, ver a Deus pode ser difícil. Mas o apóstolo João nos dá um maravilhoso modus operandi para vê-Lo – a fim de que possamos amar-nos mutuamente. Se nos amarmos, Deus viverá em nós, e Seu amor encontrará plena expressão em nós (1Jo 4:11, 12).

Deus é amor, e todos os que vivem em amor vivem em Deus, e Deus vive neles. E ao vivermos em Deus, nosso amor é aperfeiçoado (1Jo 4:16). Nesse amor não há medo, porque o perfeito amor expulsa todo medo (verso 18). E Ele nos deu esse mandamento: os que amam a Deus precisam também amar seus irmãos e irmãs (verso 21).

“‘Deus é amor’ (1 João 4:8), está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, a encher de música o ar, com seus alegres trinos; as flores de delicados matizes, em sua perfeição, impregnando os ares de perfume; as altaneiras árvores da floresta, com sua luxuriante ramagem de um verde vivo - todos testificam da terna e paternal solicitude de nosso Deus, e de Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 10).

Mãos à Bíblia

4. Que motivos temos para confiar, mesmo quando as emoções apontam para outra direção? Quem, em algum momento, não experimentou os sentimentos de que João fala neste texto? 1Jo 3:19-21

5. Por que o cristão não precisa temer o juízo? Quem não experimentou essa preocupação? 1Jo 4:17, 18

Quais cristãos, em algum momento, olhando para si mesmos, para suas fraquezas, falta de amor, negligência, não se sentiram culpados, condenados e até perdidos? Como é importante lembrar que Deus é maior que nós, nossas culpas e nosso coração! Como é importante perceber, dia a dia, que nossa esperança de salvação está em Jesus e em Sua intercessão por nós! Só quando nos apoiamos em Seus méritos, e não nos nossos, é que podemos ter confiança e certeza.

Joy Kuttappan | Pune, Índia

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Amando irmãos e irmãs - 17/08/2009 a 22/08/2009

Segunda, 17 de agosto

Evidência
As dimensões do amor


As leis de Deus refletem Seu caráter. Jesus veio a este mundo para revelar a vontade e o caráter do Pai. Com isso em mente, Ele tentou ensinar às pessoas que muitas delas compreendiam mal o princípio do amor que governa a lei. Leia João 14:9 e Mateus 5:17.

A lei é o reflexo do caráter de Deus, e a essência de Seu caráter é o amor (1Jo 4:8). Portanto a lei, acima de tudo, reflete o amor de Deus. Por sua vez, a lei de Deus é refletida na vida de Seus filhos através de atos de amor. Os líderes religiosos da época de Jesus haviam esquecido e corrompido esse relacionamento intrínseco entre a lei de Deus e Seu amor. Eles criam que a lei era destituída de amor, e achavam que a lei era mais importante que o amor. Isso é contrário ao propósito de Deus para a lei, que é revelar Seu amor. Jesus levou esse conceito um passo adiante quando disse: “Se vocês Me amam, obedecerão aos Meus mandamentos” (Jo 14:15, NVI). A verdadeira obediência à lei é resultado de nosso amor por Deus.

A primeira epístola de João revela as dimensões do amor cristão, elaborando assim sobre o que Jesus havia resumido quando discutiu a lei com os escribas e fariseus (1Jo 3; 4). O amor de Deus tem uma dimensão vertical. O amor que Ele tem pelos seres humanos foi provado por Jesus na cruz (1Jo 3:1, 16). Porque fomos feitos à imagem de Deus, há uma parte de cada um de nós que deseja ter essa imagem restaurada em nós. Esse desejo faz com que nos empenhemos na dimensão vertical do amor de Deus.

Contudo, o amor de Deus também tem uma dimensão horizontal – o amor, nos filhos de Deus, por seus “irmãos” e “irmãs” (1Jo 4:21). Podemos experimentar esse amor só na medida em que Deus habita em nosso coração (1Jo 4:11). Nosso amor por nossos “irmãos” e “irmãs” precisa ser carregado de atos: “Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade” (1Jo 3:18, NVI). Ele até requer que estejamos prontos a fazer o supremo sacrifício, assim como Jesus exemplificou em Sua vida e morte.

Mãos à Bíblia

2. Embora João fale muito sobre amor nestes versos, como ele define e explica o amor? 1Jo 3:12-16; 1Jo 4:7-10, 16

João não parecia decidido a dar uma definição de amor. Ao contrário, ele começou usando o exemplo de Caim como demonstração do que não é o amor.

3. Como esse exemplo nos ajuda a compreender o que João queria dizer?

O exemplo negativo é seguido por outro positivo. Jesus depôs Sua vida por nós. Esse é o significado mais profundo de amor. Amor significa fazer tudo o que for necessário para ajudar os outros, mesmo que requeira abnegação. Que contraste para o que Caim fez a seu irmão!

Lamm B. Fanwar | Pune, Índia

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domingo, 16 de agosto de 2009

Amando irmãos e irmãs - 16/08/2009 a 22/08/2009

AMANDO IRMÃOS E IRMÃS


“O mandamento que Cristo nos deu é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão” (1Jo 4:21).

Prévia da semana: O plano de salvação demonstra o amor de Deus pelos pecadores. Temos a responsabilidade de mostrar esse amor aos outros.

Domingo, 16 de agosto

Introdução
Permanecendo junto à Rocha


Filipe e sua irmãzinha Tamar estavam no vale colhendo flores, correndo atrás de borboletas, e comendo algumas frutas. De repente, o céu escureceu. Filipe pediu a Tamar que recolhesse todas as suas coisas para que pudessem ir embora o mais rapidamente possível.

Começaram a andar depressa, e às vezes até a correr. Logo chegaram ao túnel que tinham de atravessar, pelo qual passava um trem. Filipe se ajoelhou e colocou o ouvido nos trilhos para sentir se havia vibrações de algum trem que se aproximava. Não havia nenhuma, por isso ele pegou a mão de Tamar e começou a correr pelo túnel. Após alguns passos, ele chegou de novo o ouvido aos trilhos. Estava ficando escuro, e o túnel não possuía luzes. Filipe não se incomodava de passar pelo escuro, mas a pequena Tamar estava com medo. Contudo, confiava no irmão. Logo chegaram ao meio do túnel. Uma vez mais Filipe se ajoelhou para ouvir se vinha algum trem; e quando ele apertou a mão de Tamar, ela sabia que eles estavam em perigo. Eles não sabiam de que direção viria o trem. Filipe não tinha o que fazer. Ele sabia muito bem que só havia espaço suficiente para o trem passar através do túnel, e mais nada.

Ele colocou Tamar perto de uma rocha ao lado dos trilhos do trem. Logo, o som do trem ficou mais alto. Filipe começou a gritar com toda a força: “Minha irmã, fique junto à rocha.” Fique junto à rocha! Depois de o trem haver passado, Filipe foi correndo até a irmã. Ela pulou em seus braços abertos e gritou: “Eu amo você! Você me colocou junto à rocha para salvar minha vida.”

Precisamos permanecer junto a Jesus, nossa Rocha dos Séculos, ao aprender sobre Seu amor por nós e nosso amor pelo próximo na lição desta semana.

Mãos à Bíblia

A passagem que estudamos na semana passada termina com a declaração de que se pode conhecer os filhos de Deus quando eles fazem o que é certo e demonstram amor a seus irmãos e irmãs no Senhor (1Jo 3:10). Esse verso constrói uma ponte para a discussão sobre o amor, presente no restante da epístola.

1. Que semelhanças você encontra entre 1Jo 3:11-24 e 1Jo 4:7–5:4?

As duas passagens são muito semelhantes. As duas contêm repetidamente a frase “amemo-nos uns aos outros” (1Jo 3:11, 23; 4:7, 11, 12). As duas enfatizam que o objeto do amor são principalmente os outros crentes, e as duas nos advertem contra o ódio aos irmãos e irmãs. As duas passagens também enfatizam o amor de Deus por nós.

Stenoy Stephenson | Pune, Índia

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