sábado, 2 de janeiro de 2010

Pelos Seus Frutos - 02/01/2010 a 02/01/2010

“POR SEUS FRUTOS...”
Resumo Semanal - 27/12/2009 a 02/01/2010

por Emilson dos Reis

O texto bíblico que fundamenta as lições da Escola Sabatina deste 1º trimestre de 2010 é Gálatas 5:22 e 23. O tema desta carta de Paulo aos Gálatas é a justificação pela fé. Entre a introdução e a conclusão encontramos três seções. Na primeira, a justificação pela fé é defendida e nela Paulo ressalta sua autoridade como apóstolo de Cristo (1:11–2:21); na segunda, a justificação pela fé é explicada, e nela vemos o evangelho anunciado por Paulo (3:1–4:31); finalmente, na terceira, a justificação pela fé é aplicada, onde a ênfase repousa sobre a ética ensinada por Paulo (5:1–6:10) 1. É nesta terceira seção que encontramos o ensino sobre o fruto do Espírito. Em seu argumento, o apóstolo apresenta o constante conflito que há entre a carne e o Espírito. Carne é uma referência à nossa natureza pecaminosa. É o que somos por nascimento, por natureza e hereditariedade. É nossa condição caída. Espírito é o ser divino que produz em nós o novo nascimento. É Aquele que nos dá o desejo e a capacidade para servir a Deus. Ele liberta, orienta e santifica2.

O FRUTO DO ESPÍRITO E AS OBRAS DA CARNE


A carne produz obras, e elas abrangem quatro áreas: (1) Sexo: prostituição, impureza [comportamento anormal] e lascívia [atrevido desprezo pelo decoro]. Essas três palavras abrangem todo tipo de comportamento sexual ilegal, de casados e solteiros, públicos ou particulares. Esses pecados eram praticados abertamente e tinham grande destaque no ambiente pagão e na adoração pagã. (2) Religião: idolatrias e feitiçarias [bruxaria: uso de remédios ou drogas com propósitos mágicos]. (3) Social: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas [também o v. 26]. Esses são males sociais. Retratam o colapso nos relacionamentos pessoais. (4) Alimentação: bebedices e glutonarias. Esses eram pecados que predominavam no mundo pagão e eram sancionados pelas religiões pagãs. Quem pratica as obras da carne será excluído do reino de Deus (Gl 5:19-21)3.

Todavia, Deus envia Seu Espírito ao pecador e, quando este, consentindo com Sua obra recebe Cristo como seu Salvador e Senhor, crucifica a carne com suas paixões e concupiscências (v. 24) e passa a andar segundo os ditames do Espírito (vs. 16, 25). Agora, contrastando com as obras da carne, produz-se no homem o fruto do Espírito: “Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5:22-23).

Essa mudança é tão grande que é comparada a uma nova criação. Na linguagem do mesmo apóstolo: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). Ainda, em sua carta aos Colossenses, ele emprega outra figura para ilustrar a mesma verdade: a de um homem que se despe de suas roupas e se veste com outras. Ele abandona suas vestes velhas, rotas e sujas: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno, avareza, ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena e mentiras, e se reveste – como eleito de Deus, santo e amado que agora é – de vestes novas, limpas e agradáveis: ternos afetos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, espírito de perdão, amor, paz e gratidão (Cl 3:5-15).

Enquanto a carne produz más obras, o Espírito produz bom fruto. Essas más obras provêm de nosso eu pecaminoso, mas o bom fruto é resultado da operação do Espírito em nosso íntimo. Não o podemos produzir sozinhos, por nós mesmos. O termo fruto denota algumas ideias: (1) é um resultado – primeiro há um caule com suas raízes e ramos, depois surge a flor e, finalmente, vem o fruto. Assim, antes do fruto do Espírito aparecer em nossa vida, há um desdobramento de ações da parte de Deus, Seu filho, Seu Espírito e Sua Palavra e a resposta positiva de nosso coração ao que Eles fizeram por nós. (2) O fruto passa por um processo de crescimento e amadurecimento. Com o passar do tempo, se espera que ele se desenvolva e ganhe sabor e qualidade. Tal crescimento é gradual e progressivo. Desse modo, é de se esperar que aqueles que são novos na fé tenham um fruto pequeno e verde e sem muita formosura e sabor, e que os mais experientes na vida cristã manifestem um fruto mais vistoso, maior e mais belo e apetitoso. Mas todos podemos crescer mais e mais na busca de um caráter semelhante ao de Cristo. O segredo é andar segundo a orientação do Espírito.

A expressão fruto aparece no singular, o que sugere que cada virtude mencionada é como que um gomo do mesmo fruto. Assim como os gomos de uma laranja são distintos uns dos outros, mas ao mesmo tempo estão interligados e compõem um único fruto, essas nove qualidades estão conectadas entre si e vão se desenvolvendo juntas. Elas podem ser classificadas em três grupos: (1) Atitudes que o cristão experimenta e se referem a ele mesmo: amor, alegria e paz. (2) Atitudes do cristão para com os outros: longanimidade [paciência + resistência às pressões da vida], benignidade [disposição] e bondade [palavras e atos]. (3) Atitudes do cristão em sua relação com Deus: fidelidade [confiabilidade], mansidão [humildade] e domínio próprio [autocontrole]. Desse modo, as três primeiras virtudes olham para dentro, as três seguintes para fora e as últimas três para cima – abrangendo todos os relacionamentos da vida 4.

O FRUTO DO ESPÍRITO E OS DONS DO ESPÍRITO


Uma pessoa não convertida possui dons naturais. Dom natural é uma capacidade dada por Deus para fazer bem alguma coisa: ser um pedreiro, uma costureira, tocar um instrumento musical, saber operar um computador, cantar bem, ser um bom orador, um médico, um engenheiro. Tudo isso são dons naturais. O indivíduo tanto pode nascer com um dom potencial como pode adquirir tal habilidade, que desponta em meio às circunstâncias e necessidades de sua vida. O crente, porém, além dos dons naturais, possui um dom ou um conjunto de dons espirituais. Dom espiritual é a capacidade dada por Deus para que se possa realizar bem uma tarefa, mas que tenha um significado espiritual e que, necessariamente, auxilie a igreja a cumprir sua missão neste mundo. Os dons espirituais são concedidos somente àqueles que, tendo ouvido o evangelho, creram em Cristo e O receberam como Salvador e Senhor de sua vida 5.

Embora tanto o fruto como o dom espiritual derivem da obra do Espírito Santo na vida do crente (Gl 5;22-23; 1 Co 12:4), eles são distintos. Enquanto o dom diz respeito ao fazer, o fruto se refere ao ser. Ao passo que todos os cristãos devam revelar as nove qualidades do Espírito em sua vida, Deus não espera que cada cristão tenha todos os dons. Antes, enquanto um cristão tem um dom, outro cristão pode ter outro dom. Paulo escreveu: “Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las” (1Co 12:8-10). O verso 11 acrescenta que tal distribuição é feita de modo individual: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” Apenas no início da era cristã, como cumprimento de uma promessa específica de Cristo (Mc 16:17) e para suprir uma necessidade imediata de testemunhar do evangelho a outras línguas (At 1:8), é que todos os crentes receberam o mesmo dom de uma só vez (At 2:1-4). Isso foi repetido, naqueles primórdios, umas poucas vezes, conforme o relato do livro de Atos.

Portanto, a clara evidência de que alguém é de fato um cristão e está em íntima ligação com o Espírito Santo não é possuir este ou aquele dom espiritual, mas, sim, manifestar em seu caráter o fruto do Espírito.

O FRUTO E O ENSINO DE CRISTO


O Senhor Jesus também usou a ilustração do fruto em Seus ensinos, especialmente em João 15. Ele comparou a Si mesmo como uma videira e a nós como seus ramos e, então, disse: “Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em Mim... porque sem Mim nada podeis fazer... Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto” (v. 4-5, 8). De uma análise deste capítulo surgem algumas verdades:

(1) A produção de bom fruto em nossa vida depende de nossa relação com Jesus. Se recebermos constantemente de Sua seiva, de Sua vida, daremos muito fruto (v. 5). Contrastando este texto com Filipenses 4:13, podemos chegar à conclusão de que: “Sem Jesus, nada! Com Jesus, tudo!”

(2) A produção de fruto em nossa vida deve resultar na glorificação do nome de Deus. (v. 8). No sermão da Montanha Ele havia ensinado: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”(Mt 5:16). Nisto temos o exemplo do próprio Jesus que, na véspera de Sua morte, em Sua oração sacerdotal, disse a Deus: “Eu Te glorifiquei na Terra, consumando a obra que Me confiaste para fazer” (Jo 17:4). Aquilo que somos reflete o que fazemos e tanto um como outro devem promover a glória de Deus. As pessoas que observam nosso modo de falar, nosso proceder, nosso trabalho, nossos relacionamentos, devem dar glórias a Deus.

(3) A produção de fruto deve ser seguida de uma poda, para que produza mais fruto ainda. A podadeira de Deus, mediante a qual Ele nos limpa, é a Sua Palavra (v. 2, 3). Quando lemos e ouvimos Sua Palavra, ela nos ensina, repreende, corrige, educa, aperfeiçoa e habilita (2Tm 3:16, 17). Quão importante, então, é termos, constantemente, tempo para o estudo das Escrituras Sagradas e disposição de coração para seguir seus ensinos.

(4) A falta de fruto evidenciará que o ramo está separado da videira e, por essa razão, finalmente, ele será destruído pelo fogo (v. 6). As Escrituras nos ensinam que somos pecadores (Rm 3:23) e que merecemos a morte (Rm 6:23), mas, também, que há um meio de escape, um único meio, e este é Cristo. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Jo 14:6); e Pedro, pregando a respeito de Cristo, declarou: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”(At 4:12). Foi Cristo que pagou nossa dívida para com Deus, quando, na cruz, levou sobre Si os nossos pecados (Is 53:5, 6). Todavia, para que isso tenha valor para nós, precisamos aceitá-Lo como nosso substituto. Aquele que O rejeita, separa-se dEle, torna-se um ramo seco, sem fruto, cujo destino é o fogo. Ao contrário, aquele que a Ele se une, recebe de Sua vida, produz abundante fruto e viverá na eternidade.

Rejeitemos, portanto as obras da carne. Apeguemo-nos a Cristo continuamente, por meio do estudo de Sua Palavra, pela meditação e pela oração, e consintamos com a obra do Espírito em nós, para que nosso fruto cresça e apareça para a glória de Deus.

Referências bibliográficas
1. Charles C. Ryrie, A Bíblia Anotada: edição expandida (São Paulo: Mundo Cristão; Barueri, SP:Sociedade Bíblica do Brasil, 2007), 1140.
2. John R. W. Stott, A mensagem de Gálatas: somente um caminho (São Paulo: ABU, 2003), 133.
3. Ibid., 134-135.
4. J. Sidlow Baxter, Examinai as Escrituras: Atos a Apocalipse, 6 vols. (São Paulo: Vida Nova, 1995), 6:163.
5. Emilson dos Reis, “Dons espirituais”, Revista Adventista, janeiro de 2004, 12, 13.

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Pelos Seus Frutos - 31/12/2009 a 02/01/2010

Sexta, 01 de janeiro

Opinião
A Fonte


Eu tinha viajado da Inglaterra para a África Ocidental, e me encontrava embaixo de uma árvore no Jardim Botânico de Aburi, em Gana. Acima de mim, grandes toranjas (grapefruits) verdes pendiam dos galhos, e ao lado delas estavam o que eu pensava ser toranjas menores, alaranjadas. Perguntei ao nosso guia por que aquelas toranjas eram diferentes em cor e tamanho. Ele respondeu: “Ah, aquelas são laranjas!”

Era a primeira vez que eu via uma árvore dando dois tipos de frutas. Perguntei como aquilo era possível. Foi-me dito que enxertando duas espécies diferentes do mesmo tipo de fruto num caule, podia-se ter uma árvore desse tipo.

Cristo usa a imagem da produção de frutos para encorajar-nos a permanecer nEle. Leia João 15:5. Como a laranja e a toranja, não podemos dar frutos a menos que sejamos “enxertados no caule” de Cristo.

Embora a árvore que vi produzisse dois frutos diferentes da mesma família, todos os frutos recebiam sua nutrição de um único caule. Da mesma forma, a nutrição para fazer crescer vários frutos espirituais vem de uma única fonte – o poder do Espírito Santo. Durante o crescimento da árvore, ramos que não dão fruto são cortados para que novos ramos sejam enxertados na árvore. Leia o que Paulo diz sobre isso em relação à igreja, em Romanos 11:1-24.

O professor Darrel Sullivan da Universidade Estadual do Novo México diz que a capacidade da árvore de produzir frutos é influenciada pela saúde das raízes, pelo ambiente, pelos hábitos frutíferos da árvore e pelas práticas culturais do agricultor.* Nenhum desses fatores pode ser controlado pelos ramos (você e eu) da árvore, mas sim pelo agricultor (Deus). Dar bons frutos envolve entregar-se a Deus. Devemos permanecer em Cristo, glorificando assim a Deus e nos tornando discípulos fortalecidos pelo Seu poder. Leia o que Paulo diz em Filipenses 4:13. Esse verso nos dá confiança na Fonte de nossa nutrição espiritual. O fruto que damos é testemunho de nossa entrega completa a Cristo e do poder do Espírito Santo para transformar nossa vida.

* D. Sullivan, “Why fruit trees fail to bear” (Guide H-308: College of Agriculture and Home Economics, New Mexico State University [1994]), p. 1.

Mãos à obra


1. Crie um cartaz ou faça uma figura com uma fruteira. Em cada fruta, coloque um atributo que você possui pelo qual outros identificarão sua conexão com Jesus.
2. Analise seus pontos fortes e fracos no que diz respeito aos “frutos”. Concentre-se em seus pontos fracos e crie um plano para fortalecer essas áreas.
3. Entreviste vários amigos sobre pessoas cujos “frutos” têm abençoado a vida deles. Reflita em como você poderia aplicar esses “frutos” a sua vida.
4. Observe como diferentes tipos de árvores, plantas e arbustos produzem frutos. Note que tipo de plantas produz “bons” frutos e que tipo de plantas produz “maus” frutos.

Ebba Gifty Amakye | Berkshire, Reino Unido

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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Pelos Seus Frutos - 31/12/2009 a 02/01/2010

Quinta, 31 de dezembro

Aplicação
Vivendo como Jesus


Se vivemos em Jesus, isso será evidente para outros, e desejaremos falar sobre Seu amor, bondade e misericórdia. O que é verdadeiramente fantástico é que, se permanecermos nEle, podemos pedir tudo o que for bom para nós, que Ele dará. O ruim é que, se não permanecermos nEle, não daremos bons frutos, e no fim seremos “cortados”.

Como podemos evitar ser “cortados”? Em João 15, Jesus nos dá três indicativos que, se adotados, nos conservarão firmemente ligados a Ele.

“Vivam em Mim” (ouvi-Lo). Em João 10, Jesus enfatiza que Suas ovelhas devem ouvir Sua voz e segui-Lo. Ele também nos lembra que sabe quem O está seguindo (verso 14). Ele ainda nos assegura eterna preservação – que ninguém pode tirar-nos dEle. Portanto, espera-se que vivamos uma vida de obediência à Sua Palavra.

“Deixem-Me viver em vocês” (convidá-Lo a entrar). Quando convidamos Jesus para entrar em nossa vida, Ele vive em nós. Recapitule Gálatas 2:20. Convidar Jesus a entrar em nossa vida significa que desejamos viver de forma a agradá-Lo. Então, outros verão diferença em nossa maneira de viver. Quando nos entregarmos à vontade dEle, talvez a vida nem sempre será fácil, mas por meio da confiança e fé nEle podemos estar seguros de que Ele nos guiará em meio às tempestades.

“Obedeçam aos Meus mandamentos” (permanecer em contato com Ele). A obediência à Palavra de Deus é necessária para que as qualidades de Jesus se evidenciem em nossa vida. Não é suficiente simplesmente crer nEle. Leia João 14:15. Quando obedecemos ao mandamento de Jesus, nossos hábitos – os frutos em nossa fruteira – mostram que pertencemos a Ele.

De que maneira vivemos como Jesus viveu? Decida segui-Lo e aceitar a ajuda que Ele oferece.

Mãos à Bíblia


7. Que equilíbrio Jesus apresenta a respeito de produzir frutos? Jo 15:1-10

Note como, por um lado, Cristo disse que, se permanecermos nEle, produziremos muito fruto, que é produto de seres salvos por Ele. Isto é, se permanecermos nEle, pela fé, estaremos seguros da salvação por causa de Sua justiça atribuída a nós. Ao mesmo tempo, Ele nos adverte que, se não permanecermos nEle, não produziremos fruto, e aqueles que não produzem frutos secam e, afinal, serão lançados no fogo para ser queimados (veja 2Pe 3:9).

8. Que lição existe na parábola que Jesus contou em Lucas 13:7-9?

Não somos salvos pela produção de frutos; nosso fruto revela a realidade da salvação que já temos em Jesus, mediante a fé nEle. A produção de frutos é a expressão da salvação; não o meio para alcançá-la.

Annet Johnson | Bracknell, Reino Unido

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pelos Seus Frutos -30/12/2009 a 02/01/2010

Quarta, 30 de dezembro

Evidência
O que sua fruteira está mostrando?


Fruteiras geralmente são colocadas num lugar de destaque da casa a fim de mostrar eficazmente suas bananas, kiwis, mangas, maçãs, uvas, etc. Se a fruteira contém poucas frutas ou está vazia, isso também será observado.

Há algo em comum sobre a educação dos jovens em quase todos os países – os resultados dos exames são tornados públicos. Na Inglaterra e no País de Gales, por exemplo, os resultados do GCSE (um exame semelhante ao Enem) são publicados no fim de agosto. Durante o mês de setembro também é publicada uma tabela das escolas, com base no número de seus alunos que conseguiram tirar notas A a C em cinco ou mais matérias do exame. O público pode então ver como cada escola se saiu e onde seus filhos receberão a melhor educação.

Conquanto muitas escolas consigam que mais de 80% de seus alunos tirem mais de cinco notas de A a C, há algumas escolas em que menos de 30% dos alunos têm esse resultado. Contudo, nessas escolas que não conseguem bom resultado, frequentemente há um ou dois alunos que conseguem tirar notas de A a C em dez ou mais matérias. No que diz respeito a eles, a fruteira de sua escola tem má aparência, mas sua fruteira individual transmite uma história diferente. Em João 15:1-10, a ênfase está no indivíduo: “todo ramo”.

Aos olhos de Cristo, os alunos que não estudaram com afinco ou que se ocuparam com coisas improdutivas, devem receber uma chance de melhorar. Em Lucas 13:6-9, foi ordenado que a figueira improdutiva fosse cortada porque estava ocupando espaço inutilmente. Mas o encarregado da vinha disse: “Senhor, deixe-me cavar em volta das raízes e fertilizá-la mais um ano. Então, se ela não der fruto, poderemos cortá-la” (parafraseado).

Deus espera que façamos tudo o que pudermos para nos ajudarmos mutuamente a dar frutos. Mas, individualmente, cada um de nós tem a responsabilidade de se esforçar para aumentar o conteúdo de nossa própria fruteira. O reino dos Céus será ocupado por pessoas que deem frutos. Indivíduos diferentes produzirão 30%, 60% e 100% (veja Mateus 13:8). Contudo, todos eles estarão lá juntos porque, com a ajuda do Espírito Santo, cada uma de suas fruteiras exibirá o máximo para sua condição individual.

Mãos à Bíblia

6. “Todo ramo que, estando em Mim, não der fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda” (Jo 15:2). De que trata esse processo de poda? Você já o experimentou em si mesmo? Quando esse processo específico terminou, que diferenças você experimentou em sua vida?

No fim de cada colheita, o agricultor volta ao vinhedo e poda a maior parte da videira. O agricultor deve ser cuidadoso, porque a colheita do ano seguinte depende diretamente das partes que permanecem. A chave para a poda é o equilíbrio entre a colheita e a videira. Uma cresce às custas da outra. Se você quiser uma colheita muito abundante, não podando o suficiente, o crescimento do ano seguinte será fraco, e o fruto, inferior. A arte da poda é encontrar o equilíbrio correto.

Albert A. C. Waite | Riseley, Reino Unido

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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Pelos Seus Frutos - 29/12/2009 a 02/01/2010

Terça, 29 de dezembro

Testemunho
Seja transformado


Releia João 3:5, 6. “O coração, por natureza, é mau, e ‘quem do imundo tirará o puro? Ninguém’ (Jó 14:4). Invenção alguma humana pode encontrar o remédio para o pecador. ‘A inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois não é sujeita à Lei de Deus, nem em verdade o pode ser’ (Rm 8:7). ‘Do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias’ (Mt 15:19). A fonte do coração se deve purificar para que a corrente se possa tornar pura. Aquele que se esforça para alcançar o Céu por suas próprias obras em observar a Lei, está tentando o impossível. Não há segurança para uma pessoa que tenha religião meramente legal, uma forma de piedade. A vida cristã não é uma simples modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e uma vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 172).

“O cristão fiel dará muito fruto; ele é um obreiro; não ficará indolentemente à deriva, mas porá toda a armadura para travar as batalhas do Senhor. A obra essencial é conformar os gostos, os apetites, as paixões, os motivos e desejos com a grande norma de justiça. A obra deve começar no coração. A menos que este seja puro e esteja em perfeita harmonia com a vontade de Cristo, qualquer paixão dominante, qualquer hábito ou defeito, se tornará um poder para destruir. Nada menos que o coração inteiro será aceito por Deus” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 117, 118).

“Se todos quantos professam ser seguidores de Cristo aproveitassem o tempo fora das reuniões para conversar sobre a verdade, para deter-se na esperança do cristão, em examinar a si mesmos e em fervorosa oração diante de Deus, rogando-Lhe a bênção, muito maior seria a obra realizada do que já temos visto. Os incrédulos, que acusam falsamente os que creem na verdade, seriam convencidos por causa de sua ‘boa conversação em Cristo’. Nossas palavras e atos são o fruto que produzimos; ‘portanto, pelos seus frutos os conhecereis’ (Mt 7:20; Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 598).

Mãos à Bíblia


4. “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão Meus discípulos” (Jo 15:8, NVI). Qual é o objetivo de produzirmos frutos?

Permanecer em Jesus não é um meio para se atingir um fim; ao contrário, é o fim em si mesmo. O resultado de permanecer nEle será que produziremos frutos não para glorificar a nós mesmos, mas para glorificar a Deus.

5. Qual era a principal motivação para os milagres no ministério de Cristo? Jo 11:4; 12:28

Eric Pilmoor | Binfield, Reino Unido

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pelos Seus Frutos - 28/12/2009 a 02/01/2010

Segunda, 28 de dezembro

Exposição
Percepção e anatomia dos frutos

Por seus frutos (2Tm 3:1-5). Fruto é uma “semente e seu envelope”. É o resultado, lucro, produto, rendimento, vantagem, colheita, consequência, uma “concretização da esperança”.1 Jesus utilizou esse símbolo de concretização e realidade para nos ajudar a entender de que forma devemos crescer como cristãos, de que forma devemos ser transformados à Sua semelhança. O fruto que produzimos é resultado de passarmos tempo com Ele por meio da oração, estudo da Bíblia, serviço, etc.

O fruto descreve a árvore, trepadeira ou arbusto específico que ele representa. Por isso dizemos: um pé de maçãs, um pé de uvas, um pé de morangos. Os frutos mantêm e promovem a descendência de seres humanos e animais, e ajudam a sustentar e preservar-lhes a vida. Assim, quando as pessoas nos veem, devem saber que somos cristãos por nossos frutos.

Leia e pense (Jo 15:1-16). Que outros exemplos significativos você pode identificar como “frutos”? Qual é sua avaliação de um cristão que dá frutos e de um que não dá? Por que é importante saber que frutos os outros observam em nós como cristãos? Como você ilustraria os conceitos de João 15:1-16 com algo não ligado à agricultura?

A árvore “sem frutos” (Lc 13:6-9). A parábola de Lucas 13:7-9 tem um objetivo diferente além da busca imediata por alimento. É uma advertência urgente contra a hipocrisia, a presunção e a mornidão. É uma tentativa de dissuadir as pessoas do autoengano. É um chamado de clarim para que os dorminhocos espirituais despertem.2

Cristo é a videira, e os crentes são os ramos, não os frutos. Contudo, Sua referência à produção de frutos (Jo 15:1-10) expõe um fato que não é claramente mencionado – o propósito de se ter ramos. Os ramos sem frutos definitivamente resultam em produtividade mais baixa. Consequentemente, eles são cortados a fim de abrir espaço para os ramos mais sadios. Contudo, o agricultor certamente deve estar interessado nos frutos. Ele até coloca suportes sob os ramos carregados para ajudá-los a suportar o peso dos frutos. Será que os frutos nessa parábola são um fim em si mesmos ou um meio para se atingir um fim, embora a ênfase esteja nos ramos que dão frutos?

Dar frutos como um ato corporativo (Jo 15:1-16). Leia João 15:1-16 novamente e pense sobre o significado de como os ramos se tornam produtores de frutos. De onde verdadeiramente vêm os frutos – da árvore ou dos ramos – e por quê? Se o ramo pudesse dar seu próprio fruto por escolha própria, por que precisaria do tronco? O que isso nos ensina sobre o papel da igreja em ajudar seus membros a produzir frutos?

Fazendo a ligação (Jo 15:1-16). O que você entende da comparação que Jesus faz de Si mesmo como a videira e de nós como os ramos? Ao ler os versos seguintes, tente identificar outras maneiras pelas quais se manifesta a produção de frutos: (a) Mt 28:19, 20; (b) Rm 15:25-27; 2Co 8:1, 2 e 9:12; (c) Gl 5:16, 22, 23; 2Pe 1:5-8; (d) Hb 13:15.

De que forma a má compreensão da necessidade de dar frutos afeta nossa liberdade em Cristo?

Há uma grande ênfase na liberdade ilimitada entre muitos cristãos de hoje. Mas é apregoada uma liberdade irresponsável, sem prestação de contas. Em Lucas 13:6-9, Jesus revela o íntimo amor que tanto o agricultor quanto o encarregado da vinha têm pela árvore sem frutos. Contudo, ambos concordam que a árvore precisa ser cortada se permanecer infrutífera.

Como crentes individuais, é muito provável que os motivos de cada um de nós para buscarmos a Cristo no princípio tenham sido completamente diferentes. Contudo, quanto mais nos aproximamos dEle, nossos motivos passam a ser um só: tornar-nos semelhantes a Ele. E o crescimento espiritual tem tudo que ver com isso. Espera-se que todo cristão dê frutos espirituais. Isso indica o processo de contínuo crescimento espiritual. Há um positivo relacionamento entre crescer em Cristo e trabalhar para Ele. “Se bem que seja verdade que nossas atarefadas atividades não nos asseguram, em si mesmas, a salvação, também é verdade que a fé que nos liga a Cristo nos estimulará à atividade” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 20).

Reflexão (Jo 11:1-4; 12:28). Que influência sua vida tem sobre outros, ainda que você mesmo não perceba essas influências? Normalmente, é muito difícil reconhecer nosso próprio potencial. Contudo, como uma semente desidratada ou em hibernação, nossa vida é cheia de possibilidades que, quando vividas apropriadamente, podem contribuir para a obra de Deus e apressá-la. Lembre-se: os ramos nunca podem sobreviver sem a videira; mas a videira sempre pode produzir novos ramos.

“Permanecer em Cristo significa receber constantemente de Seu Espírito, uma vida de inteira entrega a Seu serviço. As vias de comunicação entre o homem e seu Deus devem achar-se de contínuo desimpedidas. Como o ramo tira sem cessar a seiva da videira viva, assim nos devemos apegar a Cristo, e dEle receber, pela fé, a força e perfeição de Seu próprio caráter” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 676).

1. Dicionário Collins.
2. Comentário de Matthew Henry, notas sobre Lucas 13.


Mãos à Bíblia

Leia João 15:1-5 e responda às perguntas seguintes:

2. Por que Jesus enfatizou ser Ele mesmo a Videira verdadeira? (Veja também Mt 24:24.)

3. De acordo com João 15:5, que parte da videira Jesus disse que somos? O que significa isso em nível prático; isto é, o que nos diz sobre como devemos viver?

O verso 4 explica que um ramo não pode produzir fruto a menos que esteja conectado à videira. Este é um ponto crucial, que não devemos desconsiderar.

Ezekiel Okofo-Boansi | Reading, Reino Unido

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Pelos Seus Frutos - 27/12/2009 a 02/01/2010

“Pelos Seus Frutos...”

“Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!” (Mt 7:20, NVI).

Prévia da semana: O crescimento na experiência cristã toma tempo. A negligência dos meios de crescimento traz estagnação e também ruína. O ato de tirar os olhos de si mesmo e olhar para Jesus dá encorajamento e confiança.

Leitura adicional: Santificação, capítulo 10, p. 89-98

Domingo, 27 de dezembro

Introdução
Que frutos você exibe?


A banana é um dos frutos mais consumidos no mundo. Mas será que as pessoas que vivem em países como Grã-Bretanha, Estados Unidos, França ou Canadá conseguiriam identificar facilmente uma bananeira no meio de uma vegetação tropical? Não seria difícil se pudessem ver bananas na bananeira. Reconhece-se a árvore pelo fruto que ela dá. A bananeira não está tentando provar sua identidade ao produzir bananas. Ela simplesmente não pode produzir nenhum outro fruto senão esse.

Jesus disse em Mateus 7:16: “Vocês os reconhecerão por seus frutos” (NVI). Você já pensou em quão rapidamente pode determinar seu nível de conforto na companhia de estranhos? Você os rotula com base em seu comportamento – o fruto que eles exibem na primeira meia-hora em que você está na presença deles.

Uma árvore geralmente dá só um tipo de fruto. Contudo, se um ramo da macieira Granny Smith fosse enxertado numa macieira Golden, aquela árvore poderia produzir os dois tipos de maçãs. Mas, ainda assim, a árvore produz maçãs e é conhecida como macieira por causa de seus frutos.

Por outro lado, seria difícil para a pessoa comum que visse a macieira dupla pela primeira vez, fora da época da safra, dizer se ela tem um ramo enxertado. Da mesma forma, é difícil distinguir entre laranjas amargas e doces. Mas, depois de o fruto ter sido formado, ou experimentado, a distinção é fácil.

O Salmo 34:8 diz: “Provem e vejam como o Senhor é bom.” A árvore que produz frutos doces só pode produzir frutos doces daquela espécie. Da mesma forma, podemos confiar em Jesus porque Ele só pode fazer o bem para nós. Mas, porque os seres humanos agem com impiedade e “comem o fruto do engano” (Os 10:13), não são dignos de confiança. Seremos sábios, portanto, se verificarmos os frutos de uma pessoa antes de decidirmos confiar nela.

Todos nós somos conhecidos por nossos frutos. Isso significa que, como avalio os outros por seus frutos, da mesma forma eles me avaliam. Ao estudar neste trimestre sobre os frutos do Espírito, pergunte a si mesmo: Que frutos os outros veem em mim?

Mãos à Bíblia


Alguém já lhe perguntou se você recebeu o Espírito Santo? Normalmente, essa é a maneira de descobrir se você fala em “línguas”. No entanto, Jesus nos adverte a não procurar certos sinais e milagres exteriores para provar qualquer coisa. Mateus 7:21-23 diz claramente que milagres inegáveis serão operados em nome de Jesus, mas isso não prova que aqueles que os fazem são Seus seguidores fiéis.

1. Que trágica realidade de hoje cumpre a predição de Paulo? 2Tm 3:5

Podemos parecer bons e até parecer fazer o bem. Mas, a menos que o Espírito Santo nos dê um novo coração, nunca poderemos ser bons.

Adedotun Makinde | Reading, Reino Unido

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