sábado, 16 de julho de 2011

O sábado e a adoração - Resumo Semanal - 16/07/2011 a 16/07/2011

O sábado e a adoração:
Compreendendo quem é Deus

Resumo Semanal - 10/07/2011 a 16/07/2011


Ozeas C. Moura
Doutor em Teologia Bíblica

Nesta semana, veremos como os temas da criação, redenção e santificação estão ligados à adoração. Não é de surpreender que esses três temas sejam revelados no sábado, elemento crucial nos eventos descritos em Apocalipse 14, quando diante de nós será colocada a questão: adoraremos o Criador, Redentor e Santificador, ou a besta e sua imagem? O texto não nos deixa uma terceira opção.


Vamos considerar o mandamento do sábado e como esses temas são reveladas nesse dia. Ao estudar, pense nisto: Como podemos tornar esses temas o centro de nossa experiência de adoração?

I. Criação e redenção: o fundamento da adoração

Geralmente, pensamos no sábado como memorial da criação. E isso está certo. Mas ele é também memorial de redenção. Isso é visto nas razões para a guarda desse dia. Em Êxodo 20:11, a razão é: “... porque, em seus dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há”, indicando que Deus é criador. Já em Deuteronômio 5:15 a razão é outra: “... porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado”, apontando para o fato de que Deus é resgatador.


A expressão “... te tirou dali com mão poderosa e braço estendido”, aplicada ao livramento da escravidão do Egito, parece apontar para outra ocasião de libertamento, dessa vez libertação do pecado, quando, no monte do Calvário, a mão poderosa de Jesus foi cravada no madeiro, e Seus braços foram estendidos naquela cruz vergonhosa e dolorosa.


Deus dá tanto valor ao fato de que os seres humanos O reconheçam como criador e resgatador que deixou um memorial semanal que lembra essas ações divinas: o repouso no sábado, o sétimo dia da semana.


II. Lembra-te do teu Criador
O pedido de Salomão “lembra-te do teu Criador” (Ec 12:1) é atendido quando cumprimos o mandamento de Deus “lembra-te do dia de sábado” (Êx 20:8). Os dois (pedido e mandamento) são inseparáveis: ao guardarmos o sábado estamos nos lembrando do Criador.


O sábado lembra nossa origem: saímos das mãos do Criador. Somos feitura dEle, e não produto de alguma explosão cósmica, nem descendentes de alguma ameba. Assim, a guarda do sábado nos lembra de que Deus existe. Nesse sentido a observância desse dia é antídoto contra a teoria da evolução, bem como contra o ateísmo.


Com respeito à nossa origem, poderíamos perguntar: Quais são as consequências de se aceitar a teoria da evolução ou a da criação? A verdade é que, se nos consideramos produto do acaso e evoluímos de formas inferiores de vida (se é que existe isso), então vale a lei do mais forte, do mais apto. A implicação dessa ideia é que o amor ao próximo, o cuidado com os mais fracos e carentes não tem sentido. De acordo com a teoria da evolução, os mais fracos deveriam desaparecer, deixando o campo livre apenas para os mais aptos e fortes. Isso levou Adolf Hitler a eliminar milhões de judeus, ciganos e homossexuais, por serem considerados raças ou pessoas inferiores. A guarda do sábado, porém, implica em que todos somos irmãos e criaturas do mesmo Pai, não importando a etnia, nem quão fortes ou fracos fisicamente somos – todos temos o mesmo valor diante de Deus.

III. Liberdade da escravidão

Como vimos no item 1 (Criação e redenção: o fundamento da adoração), no livro do Deuteronômio (5:15) o sábado foi dado também como memorial da redenção ou libertação dos israelitas da escravidão egípcia. No Egito, eles não poderiam guardar o sábado (dado ao ser humano na criação, cf. Gênesis 2:1-3), pois eram escravos e, como tais, não podiam dispor do tempo para fazer o que pretendessem. Certamente, durante aqueles anos de escravidão eles tiveram que transgredir o sábado, fazendo tijolos e se ocupando de outros serviços a eles impostos pelos feitores egípcios.


Imagine agora o senso de liberdade que os israelitas sentiam em cada sábado, enquanto caminhavam pelo deserto em direção à terra prometida! Nesse dia, em vez de estarem sob as ordens de feitores, eles podiam parar suas labutas diárias e desfrutar de descanso físico e espiritual.


Semelhantemente aos israelitas do passado, os cristãos também têm o privilégio de descansar no sábado, lembrando-se da libertação do cativeiro do pecado, alcançada através do sacrifício de Cristo, e agradecendo a Deus por isso. No entanto, além dessa libertação espiritual, podemos encarar o sábado como memorial da libertação da escravidão do trabalho, do consumismo e da busca desenfreada pelos prazeres e o lazer. Nesse dia, nos libertamos da escravidão do que é terreno e somos alçados ao nível do que é espiritual e celestial.

IV. Lembra-te do teu santificador

Criação, redenção e santificação estão interligadas. Criação, é claro, é a base de tudo (pois sem ela não haveria ninguém a quem redimir e santificar). No entanto, em nossa condição caída, a criação já não mais é suficiente, pois precisamos de redenção, do perdão dos pecados. Caso contrário, teríamos que enfrentar a destruição eterna, e nossa criação se acabaria para sempre. Certamente, a redenção está inseparavelmente ligada à santificação, processo pelo qual crescemos em santidade e na graça.


O sábado, além de ser memorial da criação e da redenção, está relacionado com a santificação. Na Bíblia, santificar é “separar para uso sagrado”. Assim, quando “santificamos” o sábado, ou seja, o separamos dos demais dias da semana para um momento de especial comunhão com Deus, também estamos sendo santificados por esse encontro com Deus. Nesse dia (e não só nele) nos lembramos de que Deus não só nos redimiu, mas também nos “separou” das demais pessoas do mundo para sermos Seu povo peculiar, deu-nos mais revelação de Sua Palavra, a fim de sermos a luz do mundo, participando da libertação de outros que ainda não pertencem ao povo de Deus.

V.Descansando na redenção

Preso ao pecado e apegado às coisas materiais, o pecador nunca tem descanso genuíno. Está sempre buscando mais e mais do que é pecaminoso e terreno, sem nunca estar completamente satisfeito. Mas, ao se encontrar com Cristo e aceitá-Lo como Senhor de sua vida e seu Salvador, o pecador experimenta o senso de que foi liberto daquilo que o escravizava, de que foi redimindo de suas culpas e pecado. Ele passa a experimentar o jugo de Cristo (fazer Sua vontade), que é leve e suave. Ele descansa na obra que Cristo fez por ele. Deixa de lutar para se salvar, porém confia na salvação efetuada por Deus.


O autor de Hebreus (4:4-9) captou bem o sentido de o sábado ser um símbolo do descanso advindo pela redenção alcançada pelo sacrifício de Cristo. Quando o pecador entende que sua redenção é obra de Deus, ele para de “trabalhar” ou fazer coisas para sua salvação. Ele descansa em Deus, e confia na obra de Cristo, como suficiente para salvá-lo. Assim, o sábado é também um memorial da redenção.

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

O sábado e a adoração - 15/07/2011 a 16/07/2011

Sexta, 15 de julho

Opinião
Além da tradição

Levítico 23:3 faz referência à adoração no sábado como “dia de reunião sagrada”. Entretanto, para muitas pessoas a adoração sabáticas e resume em ir à Escola Sabatina, ouvir o sermão, cumprimentar os membros os membros da igreja (muitas vezes de forma mecânica, coagida), cantar, orar e retornar às rotinas individuais.

Como sabemos, a adoração no sábado ultrapassa essas tradições. Analisemos o exemplo de Jesus: “Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era Seu costume” (Lc 4:16). Mesmo seguindo os costumes da época, Jesus desafiou as tradições dos líderes judaicos, os quais questionavam Suas ações nas horas sabáticas. Como resposta, adorava a Deus praticando o bem no sábado. Deveríamos seguir Seu exemplo.

Como parte de sua adoração no sábado, os apóstolos costumavam frequentar as reuniões na sinagoga e pregar. Paulo, especificamente, estava habituado a pregar em sinagogas judaicas no sábado. Ao considerarmos mais detalhadamente os exemplos de adoração praticados por Jesus e Seus discípulos, vemos que adoração é muito mais do que apenas ir à igreja. Trata-se de alcançar o mundo, curar o enfermo, cuidar daqueles em necessidade, passar algum tempo em meio à natureza, observando a criação de Deus, etc.

Não é preciso manter uma rotina fixa de adoração no sábado. Contudo, é necessário que não percamos o foco: estamos adorando o nosso Criador e conduzindo outros até Ele. No sábado, precisamos seguir os passos dos apóstolos: ir à natureza, encontrar um lugar quieto para orar (At 16:13) e repartir as boas novas de Cristo. Ao adorarmos de maneira diligente e reverente, atingiremos o coração dos que se encontram em necessidade, espalhando a mensagem de salvação em Cristo.

Pense nisto


1. Quais aspectos você considera importantes para a adoração no sábado?
2. Cite algumas das várias formas de adoração sabática abordadas na Bíblia.
3. Apresente algumas formas criativas de se utilizar o sábado como um tempo para testemunhar.

Mãos à obra


1. Esboce seis diferentes faces, incluindo a sua (africana, brasileira, caribenha, inglesa, esquimó, indiana), e imagine que essas “pessoas” são os únicos membros de sua igreja. Pense em coisas que você poderia fazer para tornar a adoração sabática mais prazerosa para eles.
2. Medite em Êxodo 20:8-11 e em Gênesis 2:1-3. O que esses textos dizem a respeito de nossa adoração a Deus no sábado?
3. Como você abordaria a questão da adoração sabática em conversas com pessoas pertencentes a grupos religiosos com costumes diferentes dos seus?

Raul Peters – Fort Worth, EUA

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

O sábado e a adoração - 14/07/2011 a 16/07/2011

Quinta, 14 de julho

Aplicação
Na beleza da Sua santidade


A adoração no sábado não deveria ser sempre um mero ritual. Ela deveria refletir nossa conexão e relacionamento com Deus. Ele nos criou e, por isso, é digno de toda a honra e o louvor (Sl 48:1; 96:4; 145:3). Nos dias em que tudo está correndo bem e nosso céu emocional está ensolarado e brilhante, a adoração provavelmente seja apresentada em forma de agradecimento. Porém, nos dias em que as tormentas da vida desabam sobre nós, a adoração pode envolver clamar ao Senhor com oração e súplicas.

O Senhor deseja que falemos com Ele assim mesmo como falamos com nossos amigos. Ele quer que levemos a Ele nossos pensamentos mais profundos, nossas maiores necessidades, nossos desafios, nossas fraquezas e nossas alegrias.

O sábado deve nos tornar renovados e rejuvenescidos para a nova semana.

Eis alguns passos que certamente nos ajudarão a adorar dessa maneira:

Seja honesto em sua adoração. Se tivemos uma semana difícil, Deus quer ouvir sobre isso. É verdade que Ele sabe de tudo, mas quer que Lhe contemos. Davi escreveu, “Clamo ao Deus Altíssimo, a Deus, que para comigo cumpre o Seu propósito” (Sl 57:2). Nós podemos fazer o mesmo!

Sempre inclua louvor e gratidão em sua adoração. Independentemente do que esteja acontecendo em nossa vida.

Adore a Deus de formas variadas. Deveríamos incluir não somente oração, mas também canções e leituras inspiradoras em nossa adoração. A variedade nos ajuda a evitar o tédio em nossa jornada espiritual e a prestar atenção àquilo que Deus está tentando nos dizer por meio de nossa adoração a Ele. Uma oração curta no início, pedindo a Deus que conduza a adoração é sempre uma boa ideia. Quando permitirmos que Ele nos guie, sempre seremos agraciados com as maravilhas que Ele fará.

Pense nisto


1. Como os rituais de adoração podem atrapalhar alguém?
2. Como você descreveria a adoração ideal para o serviço de sábado?

Mãos à Bíblia


7. Leia o convite de Jesus para o descanso, em Mateus 11:28-30. Como o sábado se encaixa com o que Jesus nos diz ali?

Embora qualquer um possa dizer que está descansando em Cristo, o sábado nos oferece a manifestação real e física desse descanso. O sábado promete realizar o que é possível por meio da obra restauradora de Cristo. Ele nos dá esperança para o futuro, no eterno sábado de descanso final. Mas, o mais importante de tudo, o sábado nos supre a maior de todas as necessidades humanas: adorar algo ou alguém. Em Sua grande sabedoria, Deus nos deu o sábado como um dia reservado para adoração, um dia para ser usado em Sua honra e louvor.

Arlette Wildman – Calivigny, Granada

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

O sábado e a adoração - 13/07/2011 a 16/07/2011

Quarta, 13 de julho

Evidência
A quem você honra?


Do Dia dos Namorados ao Dia das Mães, do Oscar ao Prêmio Nobel da Paz, temos muitas maneiras de expressar nossa apreciação pelas pessoas importantes. Apesar de a concessão de algumas dessas honrarias ser baseada em critérios predeterminados, geralmente existem controvérsias quando as decisões são anunciadas. As Escrituras fazem referência a vários títulos e honrarias, como príncipe, sacerdote, homem de valor e senhor. Também aqui, nem sempre o real merecedor é aquele que usufrui dos privilégios.

Em Apocalipse 14:7, um anjo nos exorta: “Temam a Deus e glorifiquem-nO, pois chegou a hora do Seu juízo. Adorem Aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas”. Esse verso dá somente um critério para que alguém seja digno de receber glória e adoração: “Aquele que fez.” A Bíblia não tenta provar a existência de Deus; ela apresenta uma quantidade de justaposições entre Aquele, que é Deus, e algo/alguém que não o é.

Uma das principais diferenças entre Deus e os ídolos é que o verdadeiro Deus é Aquele que age. Por exemplo: no contexto do sábado, lembramo-nos desse dia e, consequentemente, de seu Criador, pelo fato de que Jeová o “criou”, “descansou” nele, “abençoou” e santificou esse dia (Êx 20:11). Em Deuteronômio 5:15, Israel foi advertido a se lembrar de Deus porque Ele “tirou” o povo da servidão e “ordenou” que o sábado fosse observado. Por outro lado, os ídolos estão longe de ser agentes ativos, que exercem poder independente e criativo. São falsos deuses, artefatos meramente humanos (Leia Is 44).

Ao passo que a decisão a respeito de quem deve receber o Oscar de melhor ator ou atriz não influencia significantemente nenhum de nós, nossas escolhas referentes à adoração têm consequências eternas.

Mãos à Bíblia


5. Leia Êxodo 31:13. O que significa ser santificado por Deus? Como podemos experimentar esse processo em nossa vida?

Criação, redenção e santificação estão interligadas. Deus chamou Israel e os separou como Seu povo santo, para ser uma luz para o mundo. Cristo chamou Seus discípulos para a missão de levar o evangelho ao mundo. No centro dessa tarefa está a santidade. O evangelho não trata apenas de escapar à condenação. Também inclui ser livre da escravidão do pecado.

6. Leia 2 Coríntios 5:17. Qual é o plano de Deus para a criação arruinada pelo pecado? Como o sábado pode nos ajudar nesse plano de redenção? Como nossos cultos de adoração podem realçar esse tema?

Yogeld André – Lubbock, EUA

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terça-feira, 12 de julho de 2011

O sábado e a adoração - 12/07/2011 a 16/07/2011

Terça, 12 de julho

Testemunho
Sábado: um sinal de lealdade

Ellen White nos lembra de que o sábado atrai nossos pensamentos para a natureza e nos coloca em comunhão com o Criador. “No canto do pássaro, no sussurro das árvores e na música do mar, podemos ouvir ainda Sua voz, a voz que falava com Adão no Éden, pela viração do dia. E ao contemplarmos Seu poder na natureza, encontramos conforto, pois a palavra que criou todas as coisas, é a mesma que comunica vida à alma. Aquele ‘que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo’(2Co 4:6).”*

A respeito do sábado, Ellen G. White diz: “Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de repouso será honrado por todos debaixo do Sol. ‘Desde um sábado até ao outro’, os habitantes da glorificada nova Terra irão ‘adorar perante Mim, diz o Senhor’” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p.283).

O sábado também é um símbolo de nossa lealdade para com Deus, “pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, será traçada a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem. Ao passo que a observância do sábado falso, em conformidade com a lei do Estado, contrária ao quarto mandamento, será uma declaração de fidelidade ao poder que se acha em oposição a Deus, é a guarda do verdadeiro sábado, em obediência à lei divina, uma prova de lealdade para com o Criador. Enquanto uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 605).

*Ellen G. White. O Desejado de Todas as Nações, p.281, 282.

Pense nisto


Como você pode expressar sua lealdade a Cristo ao adorá-Lo no sábado? O que você deveria estar fazendo para se preparar para o dia em que sua obediência para com Deus será posta à prova por causa da observância do sábado?

Mãos à Bíblia


4. Leia Romanos 6:16-23. Que promessas são feitas a nós? Como isso se relaciona com o que o Senhor fez por Israel no Egito?

O Novo Testamento ensina claramente que a escravidão do pecado exige um poderoso Salvador, assim como ocorreu no cativeiro egípcio do antigo Israel. Os filhos de Israel cantaram um grandioso cântico, depois de serem libertos (Êx 15). Assim, para nós, a experiência de adoração no sábado deve ser uma celebração da graça de Deus, que nos liberta não somente da penalidade legal do pecado, mas do poder do pecado para nos escravizar.

Shirley Roberts – Mt. Rose, Granada

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

O sábado e a adoração - 11/07/2011 a 16/07/2011

Segunda, 11 de julho

Exposição
Reconhecendo nossa fonte


Leia Apocalipse 14:7 e Salmo 100:3. Nossa conexão com Deus está enraizada no fato de que Ele nos fez. Mas isso não é tudo. Todas as passagens bíblicas analisadas nesta semana fazem referência ao nosso ponto de origem: nosso Criador, que tem autoridade suprema sobre nós e que, portanto, é o único merecedor nossa adoração. Os versos de hoje retratam o script completo de nossa existência: nossa fonte, o caminho, nossa maior ameaça e nossa libertação.

Nossa fonte (Êx 20:11). O mandamento acerca do sábado nos leva de volta às nossas origens, para o momento em que o Criador trabalhou na terra e dela moldou a vida. “Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe”. Em Gênesis, o discurso de Deus dá forma à realidade, e toda a vida emerge de Suas intenções criativas. “Haja luz... Ajuntem-se num só lugar as águas... Cubra-se a terra de vegetação.” Nós também emergimos da mente e do coração de Deus, que toma barro e uma costela, molda-os e forma o homem e a mulher (Gn 1:26, 27). Existimos porque Deus nos fez; e porque Ele nos fez à Sua imagem e semelhança, somos Sua propriedade.

O caminho (Dt 5:15). Somos propriedade de Deus, embora Ele não tenha nos amarrado nos portões do Éden. Se uma câmera cósmica tivesse gravado nossa história, poderíamos ver a humanidade saindo do Éden para os deltas e planícies da Mesopotâmia, a leste da África, sul do continente africano, leste da Ásia e norte além do Mediterrâneo (Gn 10). Exportamos do jardim toda a criatividade e poder com os quais Deus nos dotou, mas também exportamos nossa culpa, insegurança, medos e capacidade para violência. Artes e ciências floresceram paralelamente a assassinatos, destruição e escravidão – mesmo nas civilizações mais avançadas.

A narrativa de Deuteronômio informa que, embora tenhamos sido criados pelas mãos de Deus, tornamo-nos abusadores criativos e escravos dotados. “Lembra-te de que foste escravo no Egito e que o Senhor, o teu Deus, te tirou de lá com mão poderosa e com braço forte. Por isso o Senhor, o teu Deus, te ordenou que guardes o dia de sábado” (Dt 5:15). Para os hebreus que ouviram essa narrativa, o sábado provia liberdade do trabalho forçado e da desumanização que o acompanhava. Como um símbolo semanal, o sétimo dia da semana representava a existência de um Redentor divino que Se importava não somente com os rituais de purificação, mas também com a liberdade física de Seus filhos. “Lembra-te de que foste escravo no Egito” não correspondia a um passe livre para abrir velhas feridas ou guardar rancor. Em vez disso, o mandamento deu aos hebreus a razão histórica para parar, relembrar sua origem e libertação, e continuar escolhendo um caminho livre de opressão física ou abuso espiritual (Is 58; Rm 6).

Nossa maior ameaça – e a libertação (Is 44:15-20; Is 58). Quando Isaías escreveu, no capítulo 58, sobre o jejum que Deus havia escolhido para Seu povo, apresentou o sábado como uma testemunha contra a opressão e como uma bênção para aqueles que respeitam a Deus e aos seus semelhantes. No capítulo 44, o profeta também descreveu a maior ameaça para a liberdade, a santidade e o bom senso: a idolatria. Esta é muito mais do que adorar alguma criatura ou um objeto feito pelo homem. Ninguém pode adorar coisa alguma sem se afastar de Deus, o Criador. Isaías critica duramente todas as tentativas para se fazer isto. Tentar substituir o lugar de Deus é estupidez!

Deus é o primeiro e o último. Além dEle não há outro (Is 44:6-9). Não há quem possa competir com Deus, e nada na criação tem qualquer outra fonte. O Todo-poderoso não pode ser substituído. Isaías zomba do artesão que quebra a madeira em dois pedaços, forma um ídolo com uma parte e usa a outra peça para se esquentar ou assar o pão. Nem madeira nem metal podem competir com Deus. Somente Deus nos fez e somente Ele nos salva. Somente Ele é digno de adoração.

Curando e ensinando, Jesus nos direcionou para a liberdade completa que Deus oferece (Mt 11:23-30). Sejam quais forem as circunstâncias, Ele nos completa. “Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve” (versos 28-30). O sábado é uma prova de que podemos descansar no Deus que nos criou e que continua nos sustentando e Se importando com todos os aspectos do nosso ser. Livrou-nos da opressão e nos desafia a descansar sob Seus cuidados. Somos completos, mas somente nEle.

Pense nisto

1. Segundo Paulo, a quem quer que nos rendamos, este será nosso mestre (Rm 6:16). A que tipo de escravidão os cristãos atuais podem estar sujeitos? Como o sábado responde às formas modernas de escravidão?

2. Leia novamente Isaías 44 e 58. Que conexão você vê nesses capítulos entre idolatria e opressão?

Mãos à Bíblia


A Bíblia começa com a famosa frase: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” O verbo “criou”, bara, refere-se apenas a ações de Deus. Seres humanos podem construir coisas, mas somente Deus pode criar espaço, tempo, matéria e energia, que fazem parte do mundo material em que existimos. Tudo está aqui apenas porque Deus criou (bara).

3. Compare Isaías 40:25, 26; 45:12, 18; Colossenses 1:16, 17; e Hebreus 1:2, com Isaías 44:15-20, e 46:5-7. Qual é a diferença entre Deus e os ídolos?

Depois que o grande conflito entre Cristo e Satanás atingiu a Terra, o inimigo tem tentado levar as pessoas a duvidar da existência do verdadeiro Deus, o Criador. De muitas formas, é possível argumentar que os deuses de madeira sobre os quais Isaías escreveu, adorados pelos seus próprios fabricantes, eram tão bons quanto muitas das atuais teorias sobre as origens, muitas vezes apresentadas como alternativas ao Deus da Bíblia.

Keisha McKenzie – Lubbock, EUA

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domingo, 10 de julho de 2011

O sábado e a adoração - 10/07/2011 a 16/07/2011

O sábado e a adoração

“Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador; pois Ele é o nosso Deus, e nós somos o povo do Seu pastoreio, o rebanho que Ele conduz” (Sl 95:6, 7).

Prévia da semana: A adoração no sábado imortaliza o ato divino da criação, nossa libertação do pecado e nossa restauração à santidade. É um testemunho para os incrédulos e o Universo em geral sobre nossa identidade e nosso relacionamento com Deus.

Leitura adicional: Êx 20:11; Dt 5:15; Is 58:13, 14; Mt 11:28-30; Parábolas de Jesus, p. 25-27; Patriarcas e Profetas, p. 48-50.


Domingo, 10 de julho

Introdução
O coração da adoração


Eu me lembro de cantar na Escola Sabatina: “O sábado é um dia feliz, um dia feliz [...] amo cada sábado.” Quando criança, eu ficava feliz por não haver nenhuma tarefa ou lição de casa para fazer no sábado. Era maravilhoso poder sintonizar-me nas canções de adoração e canais cristãos quando o pôr do sol dava fim à sexta-feira. Nesse dia eu usava meu melhor vestido e comia a melhor comida.

Conforme fui crescendo, entendi que o sábado é um dia feliz por causa dAquele que me resgatou do pecado e criou o mundo para que eu habitasse nele. Podemos, entretanto, ter todos esses benefícios e, ainda assim, não estarmos realmente adorando. Precisamos retornar à essência da adoração para compreender de quem ela trata: Jesus.

Somente colocamos Jesus no centro de nossa adoração quando nos entregamos completamente a Ele, obedecendo à Sua lei e declarando ao mundo que somos leais ao Criador. Nossa adoração e a guarda do sábado são reflexos de nossa redenção por Seu intermédio. O ato de adorar a Deus é um símbolo de santificação e lealdade ao nosso Criador. Êxodo 31:13 e Ezequiel 20:12 nos lembram de que o sábado é um sinal entre Deus e Seu povo. Ele instituiu o sábado para todas as pessoas como um memorial da criação e requer que nós o observemos como um dia dedicado ao descanso e à adoração. O sábado deve ser um dia para estabelecermos uma comunhão prazerosa com Deus e também com os outros.

A observância do sábado, no entanto, representa muito mais do que frequentar uma igreja. Significa relacionar-se intimamente com Cristo. Constantemente, usamos o sábado para fazer distinção entre os adventistas do sétimo dia e outras denominações, mas falhamos em conectá-lo com a verdadeira adoração e com as razões pelas quais deveríamos observá-lo como dia santo.

Nesta semana, reflita: (1) Por que você guarda o sábado? (2) Quais são as mudanças que você pode fazer em sua vida para verdadeiramente honrar a Cristo em Seu dia santo? (3) Como você pode ajudar outros a compreender o tipo de adoração que caracteriza os redimidos?

Mãos à Bíblia


“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20:8). Quando Deus disse “lembra-te”, estava dando ao povo um memorial de dois grandes eventos.



1. De acordo com o quarto mandamento, quais são esses dois eventos, e como eles estão relacionados entre si? Êx 20:11; Dt 5:15

O papel de Cristo como criador está inseparavelmente ligado ao Seu papel como redentor, e toda semana o sábado destaca ambos. Aquele que nos planejou e criou é o mesmo que libertou Israel do Egito e que nos liberta da escravidão do pecado.

2. Leia Colossenses 1:13-22. Como Paulo une claramente os papéis de Cristo como criador e redentor?

Helyne Frederick – Mt. Rose, Granada

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