sábado, 19 de março de 2011

A Natureza como Fonte de Saúde - 19/03/2011 a 19/03/2011

A NATUREZA COMO FONTE DE SAÚDE
Resumo Semanal - 13/03/2011 a 19/03/2011


Noel José Dias da Costa

Objetivo deste estudo:
Compreender que Deus planejou os recursos ideais para nossa saúde na natureza e que, apesar da corrupção do pecado, ela reserva ainda preciosas lições sobre o amor divino.

Verdade central:
O mundo natural foi criado por Deus para ser o ambiente ideal para Suas criaturas e para manifestar Seu caráter. Devemos aprender da natureza as lições do cuidado e do amor de Deus, mas também devemos preservá-la, lembrando que ela não deve ser adorada, mas compreendida como criação de Deus para o bem de todos os seres vivos.

Introdução:
Deus nos permite conhecê-Lo através da natureza, que é definida como Sua revelação geral. A princípio criada em total perfeição, devido ao pecado ela hoje possui elementos estranhos ao plano original. A morte e a violência estão presentes onde antes estavam somente a vida e a completa paz. Mesmo assim, ela oferece lições preciosas aos aprendizes atentos. É nela que encontramos, também, os recursos para nossa sobrevivência. As marcas de Deus podem ser nela vistas, como declara Romanos 1:20:

“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas [...].”

O bem-estar físico, emocional, social e espiritual do ser humano depende também de sua interação com o meio. Por isso, Deus foi tão cuidadoso em prover-lhe o ambiente mais agradável para morar.

Para refletir:
- Como seu humor e disposição mental respondem a ambientes em que a natureza é preservada e a vida está em harmonia?

I. O ambiente antes da queda

A Bíblia descreve o ambiente no Éden como perfeito, agradável e adaptado ao homem e aos demais seres vivos. Deus mesmo havia plantado o Jardim para colocar nele o homem (Gn 2:8). Uma das necessidades humanas muito essenciais à saúde mental e social é o pertencer (ou sentimento de pertencer). Quando ela é satisfeita, a pessoa se sente adaptada, aceita e parte do ambiente social e físico em que vive. Deus programou o homem assim, por isso, tomou providências para a melhor adaptação dele, com tudo de muito bom que lhe podia oferecer (Gn 1:31). Sobre esse cuidado de Deus, Ellen G. White afirma o seguinte:

O Criador escolheu para nossos primeiros pais o ambiente que mais convinha à sua saúde e felicidade. Não os colocou num palácio, nem os rodeou dos adornos e luxos artificiais que tantos lutam hoje em dia por obter. Colocou-os em íntimo contato com a natureza, em estrita comunhão com os santos seres celestiais (A Ciência do Bom Viver, p. 261).

II. O ambiente e o homem após a queda

O pecado trouxe mudanças imediatas, e o homem sofreu suas terríveis consequências. Apesar das advertências divinas para não comer do fruto (Gn 2:17), Adão e Eva desobedeceram. Eles se separaram de Deus e de Sua proteção. Como consequência, colheram mais separação ainda:
- Separação de si mesmos – tendo dentro de si o bem e o mal (Rm 7:15-17)
- Separação de Deus – fugindo dEle (Gn 3:9-10)
- Separação do cônjuge, seu semelhante mais querido –esquivando-se dele e acusando-o, em vez de protegê-lo (Gn 3:7, 12)
- Separação da natureza – ela não mais lhe seria somente favorável, mas produziria cardos e abrolhos, frio e calor, causando dores e sofrimento, e o próprio nascimento seria também carregado de dores para a mulher (Gn 3:16-19 e 21)

Para refletir:
- Que consequências do pecado são perceptíveis na natureza em nossos dias?
- Que pequenas ações podem contribuir para evitar que elas aumentem?

III. Deus e a natureza


A natureza revela a existência de Deus (Sl 19:1-6 e Sl 104) e dá uma visão parcial de Seu poder, fidelidade e amor, entre outros de Seus atributos. Essa revelação limitada precisa ser ampliada através de Sua revelação especial na Bíblia e na pessoa de Jesus Cristo. Só através da compreensão do grande conflito cósmico entre o bem e o mal e suas implicações na morte e ressurreição de Jesus é que teremos condições de apreender da natureza suas preciosas lições.

A falta do conhecimento correto de Deus na Bíblia leva as pessoas a adorar a criação no lugar do Criador (Rm 1:19-25). Ou, ainda, pode também levar a conclusões errôneas, como a aparente passividade de Deus ante o sofrimento de Suas criaturas devido às calamidades naturais, como terremotos, tsunamis, chuva ou sequidão em excesso, vulcões, etc. Essa ideia de um deus distante, que não se envolve com a criação é chamada deísmo. Ao contrário dela, a Bíblia apresenta Deus presente e atuante na vida de Seus filhos (Sl 104 e At 17:24-28).

A natureza apresenta valiosas lições do cuidado de Deus, exemplificadas por Jesus em Mateus 6:25-34. Ali, Ele ilustra a maneira solícita de Deus prover o necessário para nossas necessidades. Certamente, nas horas tranquilas em que passava observando os lírios do campo e as aves, Jesus pôde refletir sobre isso. Seu exemplo serve de encorajamento para que dediquemos regularmente momentos à comunhão com Deus em meio à natureza, e recebamos dEle as bênçãos da paz e equilíbrio resultantes dessa experiência.

A mensagem ao mundo para este tempo inclui a verdade de um Deus criador de toda a natureza, presente na vida de Seus filhos e desejoso de levá-los à correta adoração e ao urgente preparo para o juízo (Ap 14:6-7). Todos esses elementos se completam, devendo, portanto, ser apresentados com sabedoria, precisão e reverência.

Para refletir:
- Você tem se beneficiado dos dons de Deus na natureza?
- O que você pode fazer para aproveitá-la melhor?

Conclusão

A natureza possui recursos preciosos para nossa saúde física. Nela também se encontram lições preciosas do cuidado e amor divinos. Através da comunhão com Deus na natureza podemos receber bênçãos preciosas que, aliadas ao conhecimento da Bíblia, proporcionam crescimento espiritual e saúde mental.


Noel José Dias da Costa é psicólogo e pastor, mestre e doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Teologia pelo SALT-UNASP-EC. Atua como professor, psicólogo e auxiliar da Associação Ministerial no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP). É casado com a pedagoga Erenita M. S. da Costa, e pai de Tiago e Ana Cristina.

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sexta-feira, 18 de março de 2011

A Natureza como Fonte de Saúde - 18/03/2011 a 19/03/2011

Sexta, 18 de março

Opinião
Inteiramente presente


Nossos melhores exemplos de como Deus queria que os seres humanos lidassem com a vida na Terra são Adão e Jesus. Adão foi colocado num jardim e estava tão livre de estresse que, embora ele e Eva estivessem nus, “não sentiam vergonha” (Gn 2:25). E, quando o estresse do ministério de Jesus pesava sobre Ele, ou quando Ele sabia que seria testado, dirigia-Se à natureza. Se pararmos aqui, podemos concluir que deveríamos sair em viagem para acampar regularmente a fim de lidarmos com nosso estresse. Contudo, isso seria um terrível erro. Não era caminhar na floresta que dava a Adão e Eva uma vida pacífica e sem complicações. E não eram os longos retiros que davam força a Jesus. Isso seria o mesmo que dizer que entrar numa igreja dá a você vida eterna.

Ir a uma igreja, orar e fazer excursões à natureza fazem algo por nós quando temos um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, Deus o Pai e o Espírito Santo. Não foram a água limpa, as frutas frescas ou os animais que permitiram uma existência livre de vergonha para Adão e Eva, mas andar com Deus e estar totalmente conectados com Ele. O mesmo ocorria com Jesus. Foi Sua oração no deserto e no jardim que Lhe deram forças para seguir o aparentemente impossível plano da redenção.

Minha linda esposa e eu andamos ao longo do Rio Boise toda semana. Isso só é uma bênção se formos abertos e honestos um com o outro e se estivermos conectados. Descobrimos que simplesmente partilhar da mesma história não é suficiente. Precisamos partilhar nossas emoções íntimas um com o outro, ao mesmo tempo que convidamos o Espírito Santo a nos purificar e cobrir. É esta conexão total que é curativa e, como resultado, somos inteiramente gratos pelo rio, pelos peixes, pássaros, árvores e até pelas pessoas que estão ao nosso redor.

Mãos à obra

1. Comprometa-se a dar uma volta diariamente num parque. Leve sua máquina fotográfica. Após uma semana ou duas, organize as fotos e coloque legendas com versos bíblicos.
2. Apresente-se como voluntário, com um grupo de amigos, para limpar uma praia ou um parque mensalmente.
3. Faça uma avaliação pessoal de como você está tornando o planeta um lugar mais saudável.
4. Encoraje sua igreja a fazer o culto ao ar livre algumas vezes durante o ano.

Jami Keller – Boise, EUA

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quinta-feira, 17 de março de 2011

A Natureza como Fonte de Saúde - 17/03/2011 a 19/03/2011

Quinta, 17 de março

Aplicação
Revitalização


Deus decorou o Jardim do Éden com Sua própria mão, enchendo-o de vegetação e vida selvagem. Nossos primeiros pais tinham tudo o que jamais poderiam sonhar. Porém, o mundo em que nos encontramos é maculado pelo pecado e devastado por nossas próprias criações. Mesmo assim, “em milhares de coisas na natureza, desde o carvalho da floresta até à violeta que floresce à sua raiz, vê-se o amor que restaura” (Ellen G. White, Educação, p. 101). Sim, Deus está Se revelando através da natureza que ainda existe, e podemos encontrar paz e um senso de bem-estar ao estarmos rodeados por ela. Para obter o maior benefício, precisamos incorporar intencionalmente a natureza em nossa vida. Para isso, veja as dicas a seguir.

Faça um retiro espiritual ao ar livre. Encontre uma área reservada (por exemplo, um parque silencioso, um local de acampamento, um centro de retiros). Note cada animal, pássaro, inseto, árvore e flor. Reflita em tudo o que você testemunhar em seu passeio. Leia uma curta passagem na Bíblia e pergunte a si mesmo(a) o que Deus está dizendo para você através desses versos. Os salmos são especialmente bons para isso. Ore e depois se assente em silêncio, ouvindo a voz de Deus. Finalmente, escreva ou desenhe uma resposta para Deus baseada na experiência que você teve.

Plante um jardim ou horta. É gratificante observar o que você plantou, mesmo que seja em um vaso, crescer e se transformar em algo belo. Imagine que as ervas daninhas que você arranca são seus fardos e que você está se livrando deles. Observe como os insetos trabalham. Note a simetria e os padrões nas plantas que crescem.

Traga a natureza para dentro de casa. Se você morar na cidade ou num clima muito frio, crie um jardim interno ou tenha plantas de interior que sejam benéficas para filtrar o ar dentro de sua casa.1 Encha um aquário com peixes coloridos e esqueça suas preocupações ao observá-los. Adote um animal de estimação e sinta o estresse evaporar e seu estado de espírito melhorar enquanto você o treina e brinca com ele.2

Faça um diário. Registre nesse diário como você experimenta Deus na natureza. Releia o que você escreveu quando estiver se sentindo abatido.

1. Gardening with The Helpful Gardener. “Indoor Gardening/Container Gardening Indoors”. Disponível em:

2. About.com. In Stress Management: pets. Disponível em:


Diane Helbley – Berrien Springs, EUA

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quarta-feira, 16 de março de 2011

A Natureza como Fonte de Saúde - 16/03/2011 a 19/03/2011

Quarta, 16 de março

Testemunho
Conhecendo o Autor pela obra


“Por intermédio de agentes naturais, Deus está operando dia a dia, hora a hora, momento a momento, para nos conservar em vida, construir e restaurar-nos. Quando qualquer parte do corpo sofre um dano, principia imediatamente um processo de cura; os agentes da natureza põem-se em operação para restaurar a saúde. Mas o poder que opera por intermédio seu é o poder de Deus. Todo poder comunicador de vida tem nEle sua origem. Quando alguém se restabelece de uma enfermidade, é Deus que o restaura.

“Doença, sofrimento e morte são obra de um poder antagônico. Satanás é o destruidor; Deus, o restaurador. As palavras dirigidas a Israel verificam-se hoje naqueles que recuperam a saúde do corpo ou da alma. ‘Eu sou o Senhor, que te sara.’ Êxo. 15:26. O desejo de Deus para com toda criatura humana, exprime-se nas palavras: ‘Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.’ III João 2(Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 112, 113).

“Toda criança pode adquirir conhecimento como Jesus o adquiriu. Ao procurarmos relacionar-nos com nosso Pai celestial através de Sua Palavra, anjos se achegarão a nós, nossa mente será fortalecida, nosso caráter elevado e apurado. Assim, nos tornaremos mais semelhantes a nosso Salvador. E, ao contemplarmos o que é belo e grande na natureza, nossas afeições crescem para com Deus. Ao mesmo tempo que o espírito se enche de reverente respeito, a alma se fortalece ao pôr-se em contato com o Infinito por meio de Suas obras” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 70, 71).

“‘E Ele disse-lhes: Vinde vós aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco.’ Cristo é cheio de ternura e compaixão para com todos os que se acham ao Seu serviço. Queria mostrar aos discípulos que Deus não exige sacrifício, mas misericórdia. Eles haviam posto toda a alma no trabalho em favor do povo, e isso lhes estava esgotando as energias físicas e mentais. Cumpria-lhes descansar.

“Como os discípulos houvessem visto o êxito de seus labores, estavam em risco de atribuir a honra a si mesmos, em risco de nutrir orgulho espiritual, caindo assim sob as tentações de Satanás. Achava-se diante deles uma grande obra, e antes de tudo deviam aprender que sua força não se encontrava neles mesmos, mas em Deus. Qual Moisés no deserto do Sinai, qual Davi entre os montes da Judeia e Elias junto à fonte de Querite, os discípulos necessitavam pôr-se à parte das cenas de sua atarefada atividade, para comungar com Cristo, com a natureza e com o próprio coração” (Idem, p. 360).

Mãos à Bíblia

5. O que disse Jesus que podemos aprender ao estudarmos a natureza? Mt 6:25-34

Marla Keller – Boise, EUA

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terça-feira, 15 de março de 2011

A Natureza como Fonte de Saúde - 15/03/2011 a 19/03/2011

Terça, 15 de março

Exposição

Intervenção para o bem


O princípio (Gn 1:27-2:25). A Bíblia começa com a criação de um mundo novo por um Deus infinitamente sábio e poderoso. Primeiro, Ele cria o céu e os mares. Depois, árvores e plantas brotam no solo recém-criado. O céu se ilumina com o aparecimento do Sol e da lua. A seguir, a água e o céu explodem de atividade com peixes e pássaros. O ar se enche do som de animais e insetos. Finalmente, após tudo isso, Deus cria um homem e uma mulher. Talvez os anjos que observavam essa agitada atividade criadora poderiam ter pensado que a criação dos seres humanos foi um anticlímax, mas nesse caso eles teriam deixado de entender a essência da coisa. O homem e a mulher foram criados à própria imagem de Deus, e o mundo foi criado especialmente para eles. Eles se uniram sem qualquer vergonha, e finalmente Deus pronunciou Sua criação como sendo “muito boa”.

Deus concedeu à humanidade um ambiente saudável com frutas extremamente saudáveis. Convidou o homem e a mulher a cuidarem do jardim, onde eram cercados por beleza. Deus também colocou ouro e pedras preciosas nas terras banhadas pelos rios. Ele abençoou o homem e a mulher com um relacionamento. O toque final do Artista-Mestre foi a criação e preservação de um dia inteiro a cada semana para que os seres humanos descansassem e comungassem com Ele de maneira especial. Ele havia criado um ambiente perfeito, dos pontos de vista físico, mental, espiritual e relacional.

A doença (Gênesis 3). Gênesis 3 nos conta por que esse ambiente saudável, propício ao desenvolvimento, não durou. A criação foi infectada pelo pecado, o que causou mudanças na natureza e no relacionamento das pessoas com ela. Quando a vergonha entrou no mundo, Adão e Eva tentaram se cobrir com folhas de figueira (verso 7). Outras consequências vieram: o trabalho que uma vez trouxera alegria se tornou um pesado fardo (verso 17). A natureza começou a mudar. Onde tudo era bom, espinhos e ervas daninhas começaram a crescer (verso 18). A criação de Deus já não era perfeitamente saudável para os seres humanos. A morte entrou em ação (verso 19). O relacionamento equilibrado entre Adão e Eva deu lugar a uma luta pelo poder. Além disso, eles não podiam mais conversar face a face com Deus. Apesar desses efeitos tristes, Deus profetizou uma cura (verso 15). Ele próprio Se tornaria o bálsamo curativo.

A cura (Mt 4:23, 24). Milhares de anos mais tarde, nasceu uma criança. Seu nome era Emanuel, que significa “Deus conosco”. Pela primeira vez desde a Queda, os seres humanos podiam novamente falar com Deus face a face. O nome de Jesus significa “Javé é salvação”. Jesus veio para “salvar Seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21-23).

A palavra grega comum para “salvar” que se encontra em Mateus 1:21 não é usada apenas para a salvação eterna (Jo 3:17), mas também para as curas física (Mt 9:21, 22), mental e espiritual (Lc 8:36), e mesmo a “cura” da morte (Lc 8:50). Esse amplo ministério é visto em Mateus 4:23, 24, que fala de Jesus ensinando nas sinagogas, proclamando o evangelho do Reino e curando as pessoas de todo tipo de doença, inclusive endemoninhados, epiléticos e paralíticos.

Como nada ou ninguém jamais poderia fazer, Jesus nos mostrou a verdadeira natureza de Deus (Jo 14:9). Por fim, Ele demonstrou o amor de Deus Se sacrificando para que pudéssemos viver (1Pe 2:24).

A recuperação (Rm 1:20). Faz quase dois mil anos que Jesus voltou para o Céu. Os seres humanos ainda estão impossibilitados de falar com Deus face a face. Contudo, apesar do canceroso progresso do pecado, ainda podemos ter na natureza vislumbres do paraíso perdido e do amor dAquele que planejou o paraíso para nós. Em Seu ministério de cura aqui na Terra, Jesus nos lembrou que a natureza continua a revelar o caráter de Deus. Muitas vezes, Ele ensinou lições sobre Deus através da natureza (Mt 6:25-34).

O Salmo 19:1, 2 diz: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das Suas mãos.”

Observando a natureza, também podemos aprender da justiça de Deus e de Sua fidelidade (Sl 50:6; 89:1-5). Paulo diz: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, Seu eterno poder e Sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Rm 1:20).

O que Deus planejou para Adão e Eva na Criação – boa alimentação, exercício física, água pura, luz do Sol, ar puro e repouso – ainda são coisas boas para nós hoje. Além disso, um relacionamento com Deus baseado na confiança contribui muito para a cura de muitos de nossos problemas físicos, mentais, espirituais e relacionais.

O fim (Ap 21 e 22). No fim dos tempos, a Bíblia descreve um novo começo, usando a imagem da natureza e da cura. Ela promete um tempo de cura espiritual e emocional (Ap 21:3, 4) e uma cidade de beleza sem precedentes construída com ouro e pedras preciosas (Ap 21:18-21). Assim como no princípio, a Nova Terra terá um rio e uma árvore. Só que agora será um rio de água da vida e uma árvore da vida com vários frutos. Com imagens que provavelmente só entenderemos plenamente naquele tempo, João diz que as folhas dessa árvore serão “para a cura das nações” (Ap 22:1, 2). A maldição causada pelo pecado já não existirá, e novamente os seres humanos poderão se comunicar com Deus face a face (Ap 22:4).

Mãos à Bíblia

O mundo natural apresenta um testemunho poderoso a respeito de Deus e de Seu poder. Infelizmente, como Paulo advertiu, os seres humanos abandonaram o Deus vivo e adoraram a criatura em lugar do Criador (veja Rm 1:19-25).

3. Leia Jeremias 10:12, 13. Que quadro é apresentado do poder criador de Deus e Sua participação nos fenômenos naturais? O que podemos aprender sobre o caráter de Deus por meio de Suas obras criadas?

4. Qual é a mensagem básica do Salmo 19:1-6? O que se pode aprender sobre a fidelidade de Deus?

Tradicionalmente, a natureza é considerada pelos adventistas do sétimo dia como o segundo livro de Deus. A observação e o estudo do mundo natural, quando feitos com humildade e mediante a influência do Espírito Santo, aprofundarão a fé e a confiança em Deus. Às vezes, quando tudo o mais falha, a beleza da natureza e o que ela nos diz sobre Deus, podem ser uma fonte de grande conforto e esperança.

Steven Gusse – Fletcher, EUA

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segunda-feira, 14 de março de 2011

A Natureza como Fonte de Saúde - 14/03/2011 a 19/03/2011

Segunda, 14 de março

Evidência
Dose diária de natureza


Será que a natureza pode ter um efeito curativo sobre pessoas com problemas emocionais? Um estudo empírico realizado na última parte da década de 80 testou uma hipótese que propunha exatamente essa conexão.* Os pesquisadores Jennifer Davis-Berman e Dene S. Berman acompanharam 23 adolescentes de risco que participaram de uma série de quatro viagens ao deserto e passaram por uma terapia diária. O estudo se concentrou em mudanças no autocontrole, sintomas comportamentais, autoeficiência e autoestima. Os Berman descobriram que todos os adolescentes tiveram um progresso significativo nos fatores analisados.

Não foi incluída no estudo a razão para a mudança. Como cristãos, sabemos que o Deus que criou a natureza imprimiu nela uma figura de Seu caráter para que a encontrássemos. Paulo fala sobre o poder do testemunho da natureza: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;” (Rm 1:20). Mesmo aqueles que não têm nenhum conhecimento de Deus podem Se aproximar dEle e encontrar cura através de uma experiência em Sua criação.

O enfoque restrito do estudo dos Berman mostra que o tempo passado no deserto pode ser terapeuticamente benéfico para adolescentes perturbados. Passar tempo no mundo natural de Deus é benéfico não apenas para adolescentes com problemas, mas para qualquer pessoa que esteja experimentando as pressões da vida. Todos precisamos tirar tempo para nos “reconectar” com Deus através da natureza. Passar tempo na natureza traz paz e cura que muitas vezes são difíceis de encontrar em meio à rotina diária da vida. Embora intervenções médicas possam ser necessárias, a própria natureza provê descanso e um lembrete do cuidado e provisão de Deus para conosco.

O Gênesis relata a experiência que Adão e Eva tiveram no jardim que Deus criou para eles. Deus não só criou um habitat natural perfeito para eles, mas também os abençoou com Sua presença. Mesmo após o pecado, a natureza ainda nos fala do Criador. Também podemos olhar adiante, para o tempo em que a natureza será restaurada a seu estado perfeito. Então comungaremos uma vez mais face a face com Deus.

*Jennifer Davis-Berman e Dene S. Berman, “The wilderness therapy program: an empirical study of its effects with adolescents in an outpatient setting”, Journal of Contemporary Psychotherapy, 19:4, dezembro de 1989, p. 271-281.

Mãos à Bíblia

2. Leia a história da queda em Gênesis 3. Que mudanças imediatas sobrevieram tanto aos seres humanos como à natureza em resultado do pecado?

Christy Yingling – Fletcher, EUA

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domingo, 13 de março de 2011

A natureza como fonte de saúde - 13/03/2011 a 19/03/2011

A NATUREZA COMO FONTE DE SAÚDE


“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite.” (Sl 19:1, 2).

Prévia da semana: Além de revelar o amor de Deus por nós, a natureza é uma fonte de cura para nossos problemas físicos e emocionais.

Leitura adicional: Gn 1:27-2:25; 3; Jr 10:12, 13; Sl 19:1-7; 104; Mt 6:25-34. Caminho a Cristo, p. 9, 10. Patriarcas e Profetas, p. 44-48.

Domingo, 13 de março

Introdução
Meu cantinho


“O papai não vai voltar. Ele morreu”. Meu mundo de repente se tornou frio e vazio como uma cidade escura – cheio de pessoas, mas sem vida. Quem poderia saber como era para mim perder meu herói? Então corri dos frios edifícios cinzentos, de carros e buzinas que não podiam silenciar meu choro. Corri de um mundo onde não havia consolo para um coração partido.

Libertando-me da escuridão de coisas feitas pelo homem, a luz do Sol aqueceu meu coração que sangrava. Deixando o asfalto, entrei num mundo verde curativo. A cada passo, as hastes de relva me acariciavam os sentimentos. O canto do pássaro veio animar um pouco meu coração. Voltei-me em direção ao Sol, junto com as flores do campo que, com suas cores brilhantes, me faziam lembrar a alegria. O pequeno rio falava de uma alegria que voltará, enquanto suas frescas ondulações levavam embora da sola dos meus pés um pouco mais da tristeza. As suaves folhas verdes limparam uma lágrima. O vento nas árvores sussurrava “Paz”.

Nesse cantinho de tranquilidade, cura e amor, passei horas, dias e meses, durante os três anos seguintes, chorando, gritando, orando, questionando, lendo, e por fim aprendendo que o coração de Deus se condoia com o meu. Aprendi que Seus planos eram para que toda a criação vivesse em paz e harmonia e que, em cada dor que sofremos, Ele sofre ao nosso lado. Descobri que, em meio à tristeza, Sua criação me falava de cura e amor, de um Deus que nunca nos abandona.

Ao longo dos anos, desde a terrível manhã em que fiquei sabendo da morte de meu pai, tenho experimentado Deus e Seu amor de muitas formas. Já estive no topo de montanhas, contemplando o mundo lá embaixo, humilhado pelo senso de minha pequenez. Já observei os majestosos animais que vagueiam pelas planícies da África do Sul. Já passei por muitos altos e baixos na vida, mas sempre me lembrarei que, quando os alicerces da vida parecem abalados, Deus está lá na natureza, buscando restaurar, curar e reanimar a todos os que O buscam. Sempre me lembrarei de que Ele me falou de Seu amor naquele cantinho de cura, meu lugar de solidão.

Ao você estudar a lição desta semana sobre a natureza como fonte de saúde, que você também possa ser realmente abençoado(a).

Mãos à Bíblia

1. Que descrição a Bíblia faz sobre a vida e o ambiente no Éden? Que diferenças existem quanto ao que conhecemos hoje? Gn 1:27–2:25

William Helbley – Berrien Springs, EUA

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