sábado, 25 de junho de 2011

Vestido em Cristo - Resumo Semanal - 25/06/2011 a 25/06/2011

Revestidos de Cristo

Resumo Semanal - 19/06/2011 a 25/06/2011



Zinaldo A. Santos

Editor de Ministério

Introdução

Reportagem da revista Veja da semana passada (15/06/11) mostra o esforço da medicina para esticar a vida humana, imprimindo-lhe o máximo de qualidade. Prevê-se que, dentro de algum tempo, já não mais teremos que conviver com os incômodos e limitações da velhice. “A promessa agora”, diz a reportagem, “não é a de imortalidade com decadência, mas a da saúde, do vigor físico, mental e emocional esticados para as quadras da vida que, em gerações passadas eram sinônimo de decrepitude e doença.”

Os pesquisadores se mostram animados com as conquistas da medicina. Lembrando que, em 1900, a expectativa de vida nos Estados Unidos era de 47 anos e, hoje, é de 78 (no Brasil é de 73), o repórter conjectura que “não seria espantoso que, no decorrer do século 21, a sobrevivência humana com saúde fosse acrescida de mais sessenta anos, o que levaria a idade média para bem mais de 100”.

Aparentemente, nunca foi fácil aceitar a degeneração humana e o combate a ela não é coisa nova. Aliás, muitos não creem que tal coisa exista e, num caminho inverso, apregoam a evolução da raça. Mas, o pecado não nega as terríveis marcas espirituais, emocionais e físicas que gravou no ser humano. Felizmente, elas têm prazo de validade. Num processo que pode ter início agora, com a restauração espiritual, essas marcas degenerativas serão completa e eternamente apagadas por ocasião da vinda de Jesus. Isso é o que nos garantem as promessas de restauração, analisadas nesta semana sob o simbolismo de vestes especiais.

Herdeiros conforme a promessa

No que tange à nossa restauração ao plano divino original de perfeição e santidade, do qual, como seres humanos, nos afastamos, devemos admitir a realidade de que nada podemos fazer de nós mesmos. Como meios de salvação, nossos melhores atos de obediência e mais expressivos feitos religiosos são insuficientes para nos tornar justos diante de Deus (Is 64:6; Jr 13:23). Dependemos inteira, completa e absolutamente de Cristo Jesus. Foi essa realidade que Paulo teve que esclarecer insistentemente à comunidade cristã da Galácia, que enveredava pela contramão do evangelho.

Escreveu o apóstolo: “Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes” (Gl 3:26, 27).

Primeiramente, está claro que nossa aceitação como “filhos de Deus” se dá “mediante a fé em Cristo Jesus”, não por nossos méritos. Ao lado disso, somos “revestidos” com a justiça de Jesus, o que significa dizer que nossas vezes pecaminosamente manchadas foram tiradas, nosso pecado foi perdoado e, a partir dessa experiência, adotamos os princípios que nortearam a vida de Cristo, submetemo-nos à Sua vontade, imitamos Seu exemplo e podemos reclamar a perfeição de Sua vida como sendo nossa. As promessas da aliança feita com Abraão (Gn 12:2, 3) não são herdadas por critérios étnicos, mas por meio da fé exercida em Cristo.

Escrevendo aos romanos (6:1-6), Paulo ampliou o conceito do revestimento de Cristo. Nas palavras dos autores da Lição, “estar revestido de Cristo é mais que uma reputação legal diante de Deus. Os cristãos são unidos com Cristo; são entregues a Ele; e, através dEle, estão sendo renovados, rejuvenescidos e restaurados” (nota de domingo).

É importante lembrar a menção do batismo nesse processo. Ele simboliza não apenas a morte e o sepultamento do crente, mas também sua ressurreição. O batismo aponta simbolicamente em duas direções: o que ficou para trás e o que está adiante. O que ficou para trás, a deliberada vida pecaminosa, foi sepultado. O que está à frente é a vida nova em Cristo. A morte para o pecado projeta uma vida espiritualmente elevada. A justificação antecipa a santificação do cristão.

Nenhuma provisão para a carne

No capítulo 13 da carta aos romanos, Paulo apresenta resultados práticos da nova vida cristã derivada de nossa aceitação de Jesus como Salvador e Senhor. Inicialmente, ele realça o comportamento do cristão, como cidadão e parte da sociedade em que vive. Nem isolamento, nem hostilidade. Revestido de Cristo, o cristão deve ser o exemplo de conduta, agindo como Cristo agiria estando em seu lugar. Paulo exortou os romanos declarando que isso deveria acontecer especialmente por causa da solenidade do tempo em que imaginavam estar vivendo, ou seja, a suposta proximidade do fim (Rm 13:11-14). Esse fato nos diz muita coisa!

Nesse contexto, como deviam viver os cristãos “revestidos de Cristo”?

1. Despertos do sono espiritual (v. 11).

2. Vigilantes (v. 11, 12).

3. Libertos das obras das trevas (v. 12). A palavra grega traduzida para “deixar” é apolítemi, utilizada várias vezes no Novo Testamento para descrever o abandono de maus hábitos (Ef 4:22, 25, Cl 3:8, Hb 12:1, Tg 1:21; 1Pe 2:1). Note-se que a transição das “obras das trevas” para as “armas da luz” inclui o conceito de “revestimento”. As “vestes” das trevas devem ser substituídas pela vestimenta da armadura da luz.

4. Comportamento digno, que inclui viver honestamente às claras, abandono das orgias, luxúria e lascívia (que envolvem imoralidade sexual), inveja e contenda (v. 13).

5. Revestidos de Cristo, sem chance para a carnalidade (v. 14). A experiência do nosso revestimento com a justiça de Cristo deve ser renovada a cada dia, no processo da santificação. Perseverando nesse caminho, cresceremos na imitação do modelo supremo, Cristo Jesus. Embora Deus nos tenha agraciado com desejos legítimos que precisam ser satisfeitos, eles não devem nos dominar. Uma vida de complacência própria tende a estimular apetites físicos impuros. Estando revestidos de Cristo, teremos o poder para mantê-los subjugados.

Despir e vestir

Colossenses 3:1-10. Novamente nos deparamos com os conceitos paulinos de “morte” para a velha vida e “ressurreição” para uma vida nova, presentes na exposição que ele fez sobre o batismo, em Romanos 6. Com isso, o apóstolo se referiu à transformação produzida nos crentes, devido à identificação deles com Cristo, em Sua morte e ressurreição, eventos dos quais o batismo é símbolo.

“Em termos inequívocos”, assinalam os autores da Lição, “nos é mostrada a ideia de renovação, regeneração, de algo feito melhor do que era antes”. Sendo que, quando Ele “Se manifestar” em glória, também seremos “manifestados com Ele”, devemos viver aqui em sintonia com o Céu, revelando os frutos descritos nos versos 8-10, despidos do velho homem e revestidos do novo homem, em Cristo Jesus.

Essa mesma ideia foi apresentada aos cristãos de Éfeso (Ef 4:22-24). A morte do velho homem e ressureição do novo; o ato de nos despirmos do velho homem e nos revestirmos de Cristo ou do novo homem, tudo isso envolve transformação, mudança do ser. “Como cristãos batizados, somos novas pessoas no Senhor. Estar revestido de Cristo não é uma metáfora para justificação apenas, para a justiça de Cristo cobrindo nossos pecados e nos dando uma nova posição diante de Deus. Estar revestido de Cristo significa igualmente ser uma nova pessoa, ou seja, ser ‘criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade’ (v. 24).”

Num piscar de olhos

Nosso crescimento espiritual, porém, não nos isenta das consequências físicas do pecado, entre as quais a mais dolorosa é a morte. Ela nos espreita; a sepultura nos aguarda, independentemente de quão longa seja nossa existência. O fim será a morte. E, ao longo da existência terrestre, não é sem lutas, escorregões e quedas, transposição de vales e montanhas, revezes e conquistas que buscamos perseverar na manutenção do nosso status de “revestidos de Cristo”. Graças a Deus, existe uma esperança, perfeita e firme, de transformação plena e final da nossa vida em todos os aspectos espiritual, emocional e físico. Nessa transformação está envolvida a vitória sobre a morte com sua decorrente troca das vestes da corrupção física pelas vestes da incorruptibilidade.

Segundo a reportagem de Veja, o atual esforço da medicina é apenas para ampliar a expectativa de vida humana. “Vivemos num tempo em que é ótimo ser mortal”, afirmou Jonathan Weiner, citado na reportagem e autor do livro The Strange Science of Immortality [A Estranha Ciência da Imortalidade]. Como Deus não faz as coisas pela metade, a promessa de Sua Palavra é completa e garante o retorno do ser humano à imortalidade para a qual foi planejado.

Paulo enfatiza essa esperança em 1 Coríntios 15:49-55. Especificamente, os versos 53 e 54 falam da substituição das vestes mortais e corruptíveis, que agora ostentamos, pelas vestes imortais e incorruptíveis. É essencial que ocorra essa mudança no corpo dos santos; e isso acontecerá por ocasião da ressurreição ou, no caso dos que forem encontrados vivos na vinda de Jesus Cristo, quando forem transformados “num momento, num abrir e fechar de olhos, quando ressoar a última trombeta” (v. 52). Então o corpo não mais incitará o “eu” débil ao pecado. Como somos agora, “carne e sangue”, não podemos “herdar o reino de Deus”, assim como a corrupção não pode herdar a incorrupção (1Co 15:50). Ainda não temos substância celestial; ainda não refletimos a imagem plena de Jesus Cristo.

Esse corpo imperecível, revestido de incorruptibilidade, não é algo como um espírito desencarnado, nem fantasma. Trata-se de um corpo real, tangível, organismo perfeito e apto para ser morada do Espírito Santo. Paulo o comparou ao corpo de Cristo ressuscitado (Fp 3:21). À semelhança de Cristo ressuscitado, conservaremos os aspectos de nossa personalidade. Apesar das diferenças entre o corpo revestido de corrupção e o incorruptível, haverá certa continuidade entre elas, conforme descrição de Ellen G. White:

“Nossa identidade pessoal é preservada na ressurreição, ainda que não as mesmas partículas de matéria ou substância que foram à tumba. As maravilhosas obras de Deus são um mistério para o homem. O espírito, o caráter do homem, volve a Deus para ser preservado. Na ressurreição, cada homem terá seu próprio caráter. A seu devido tempo, Deus chamará os mortos, devolvendo-lhes o sopro da vida, fazendo com que os ossos secos tornem a viver. Eles se levantarão com a mesma forma que tinham, porém livres de doenças e defeitos. E viverão conservando suas mesmas características individuais, de maneira que os amigos poderão reconhecer-se” (MS 76, 1900).

Nossa habitação celestial

2 Coríntios 5:1-4. Nesses versos, Paulo explica a razão da esperança mantida em meio às provas e aflições que provocam gemidos ao longo da vida. Tal esperança, apresentada no capítulo anterior, tem seu fundamento na certeza da ressurreição dos justos, na segunda vinda de Cristo. Naquela ocasião, nosso corpo, aqui simbolicamente identificado como “casa terrestre”, será transformado em “um edifício, casa não feita por mãos, eterna” (v. 1), ou revestido “da nossa habitação celestial” (v. 2).

Como informa a nota da Lição de quinta-feira, “em alguns antigos escritos, a ideia de estar revestido era vista como similar a estar dentro de uma casa. As duas coisas são externas a nós e apresentam certa porção de proteção e cobertura (no tempo de Paulo, o nome da roupa usada pela classe pobre era derivado de uma palavra que significava ‘pequena casa’).”

Porém, é apropriada a comparação do corpo humano com uma casa ou tenda (essa é a expressão original). O material do qual as duas coisas são feitas é proveniente da terra, o que as torna perecíveis, transitórias e vulneráveis a intempéries. Mas a casa “não feita por mãos” (o corpo transformado) é “eterna”. Esse corpo será imperecível, glorioso e forte. Estará livre de tendências e impulsos egoístas; revestido de glória imortal e santidade perene.

Final glorioso

O plano divino estabelecido para a salvação do homem prevê a restauração de todas as coisas ao seu estado original. O paraíso perdido por Adão será restaurado por Jesus à Sua original perfeição espiritual e física. Em breve, esse plano alcançará seu propósito final para os filhos de Deus de todos os tempos. Para sempre, viveremos com Ele e Ele estabelecerá Seu trono neste planeta.

Não podemos criar o paraíso por meio de pesquisas científicas, programas políticos nem mediante nossas boas obras. O homem não pode acabar com a morte, eliminar o pecado nem suprimir Satanás. Porém, todas essas esperanças serão materializadas quando o que está assentado no trono do Universo proclamar: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5).

A santa cidade, prometida a Abraão, descerá do Céu como Nova Jerusalém, a morada de Deus e dos remidos. Então, terá passado o inverso cristão com seus gelados ventos de aflições e provas.

A garantia do nosso Deus é a seguinte: “O que vencer herdará todas estas coisas, e Eu serei seu Deus, e ele será Meu filho” (Ap 21:7). Diante disso, à semelhança do apóstolo João, podemos orar: “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).

Obras consultadas:

1. Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia, v. 6.

2. Russell Norman Champlin, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, v. 5.

3. Desmond Ford, Right With God Right Now.

4. John C. Brunt, The Abundant Bible Amplifier – Romans.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vestido em Cristo - 24/06/2011 a 25/06/2011

Sexta, 24 de junho

Opinião
Não tem a ver com pontos


Houve momentos em minha vida em que li a Bíblia, orei, fiz coisas boas para os outros, jejuei e guardei o sábado fielmente, achando que Jesus pegaria Seu livro de pontuação com o meu nome e me daria dez, quinze, vinte ou mesmo cem pontos por fazer essas tarefas. Com o passar dos anos, percebi que jamais serão as minhas obras que me farão aceitável aos Seus olhos, mas sim Seu poder.

A justiça de Cristo é o manto que Ele gratuitamente coloca sobre nós, embora não o mereçamos. Sua pureza e bondade cobrem nossa pecaminosidade. Não há nada que possamos fazer para ganhar Sua justiça. Ele a dá gratuitamente. A única ação de nossa parte é aceitar essa veste e ter fé de que Ele retirou nossos pecados e os lançou nas profundezas do mar (Mq 7:19).
Isso não tem a ver com que fazemos ou deixamos de fazer. É sobre manter os olhos fixos em Jesus. Deus nos dá uma vida abundante. Ele torna isso possível através da morte de Cristo. Pela fé, aceitamos Sua morte em nosso favor e permitimos que o Espírito Santo transforme nossa vida. Diariamente Ele limpará nosso coração e nos dará o poder de que precisamos para sermos vencedores neste mundo pecaminoso.

Por que Jesus faria isso por nós? Pergunto-me isso muitas vezes, e, em todas elas, concluo que é por que Ele nos ama e ninguém mais na Terra nos ama tanto quanto Ele. Então, por que não aceitar Sua justiça e amor? Hoje podemos respirar o ar da liberdade, sabendo que Ele nos revestiu com Sua justiça, nos deu o poder necessário para vencer e completará a obra que começou em nós quando O aceitamos como nosso Salvador.

Mãos à obra

1. Escolha dois ou três pecados ou fraquezas que você gostaria que Deus removesse de sua vida. Com um corretor de texto ou marcador permanente, escreva cada um deles numa pequena pedra. Caminhe por um rio ou praia, orando sobre cada mudança que você deseja que Ele realize. Jogue as pedras na água, simbolizando o desejo de Deus de “lançar todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq. 7:19). Quando houver feito isso, agradeça a Ele por Sua promessa de cobri-lo com Seu manto de justiça.
2. Explique para uma criança o que significa ser vestido em Cristo.
3. Identifique um novo hábito que o(a) ajudaria a manter sua mente focalizada em Deus e protegida da influência do mundo. Nos próximos 21 dias, pratique o novo hábito, fazendo anotações.

Clara Ysabel Alcantara – Sacramento, EUA

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vestido em Cristo - 23/06/2011 a 25/06/2011

Quinta, 23 de junho

Aplicação
Mais que apenas uma declaração moderna


Muitas pessoas acham que, se usarem uma etiqueta de grife, se tornarão populares. Mas, como um comprador de promoções, quero repartir com você a bênção que Jesus morreu para nos dar! Enquanto calças de marca podem deixá-lo(a) bem apresentável por um tempo, deveríamos pular de alegria ao saber que as roupas que Ele nos oferece jamais ficarão velhas ou fora de moda. Esqueça etiquetas de preço. Quando aceitamos Suas vestes, recebemos esses benefícios:

Tornamo-nos filhos de Deus (Gl 3:26-29). Embora seja tentador pensar que somos melhores que outros, quando vestimos as roupas assinadas por Cristo, pelo contrário, ao nos tornarmos Seus filhos, estamos unidos com nossos irmãos e irmãs.

Vestimos a armadura completa de Deus (Ef 6:13-18) – que serve para proteção. Não podemos recusar o capacete porque alguém diz que ele está fora de moda. Precisamos de todas as partes da armadura para lutarmos contra o inimigo.

Vestimos a nova pessoa (Ef 4:22-24). Precisamos nos despir de nossos trapos imundos que parecem tão bonitos aos olhos humanos e aceitar o imaculado manto branco que Jesus nos oferece. Precisamos confiar completamente nEle a respeito da salvação, ao invés de tentarmos ganhá-la por nós mesmos. É assim que nos tornamos mais e mais semelhantes a Ele.

Para obter esses benefícios, precisamos aceitar que é a justiça de Cristo que tem valor. As bênçãos que recebemos não são referentes a quem somos ou ao que fizemos, mas por causa de Quem Ele é e o que Ele fez.

O segredo para receber a justiça de Cristo é “considerar tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nEle, não tendo a minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé” (Fp 3:8, 9). Quando essas roupas de marca ficarem velhas, continuaremos a ser renovados através do poder de Cristo, usando as roupas que Ele nos dá. Ao contrário de determinarmos nosso valor pelo que vestimos nesse corpo terrestre, precisamos olhar para Cristo e deixar que Ele nos vista com as roupas que realmente vão permanecer.

Mãos à Bíblia

7. Leia 2 Coríntios 5:1-4. Como a imagem de se revestir está relacionada à esperança apresentada por Paulo?

8. Quais são as duas metáforas, ou imagens que Paulo usa nesses versos para descrever nossa presente situação e a esperança que aguardamos?

Rachel Alleman – El Dorado, EUA

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vestido em Cristo - 22/06/2011 a 25/06/2011

Quarta, 22 de junho

Evidência
Mais do que você pechinchou


É difícil abrir mão de nossos pensamentos e aceitar os de Deus, vestir a roupa que Ele nos oferece – a veste de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência (Cl. 3:12). O plano de Deus nem sempre faz sentido perfeito no começo. Mas a Bíblia está cheia de histórias de pessoas que receberam muito mais do que “pechincharam”, num bom sentido!

Rute era uma moabita. Mas, quando seu marido judeu faleceu, ela ficou com sua sogra e prometeu seguir o Deus dela. Como resultado, Deus a guiou para uma nova vida, e ela se tornou a bisavó do rei Davi, e, descendo um pouco mais a árvore genealógica, foi parente do próprio Jesus!

Quando eles foram levados cativos, Daniel e seus amigos pediram para comer somente comidas saudáveis que honrassem a Deus. Pode ser que eles não esperavam pelos resultados surpreendentes de sua decisão ao seguirem os princípios divinos. Fazia sentido desprezar comida quando eles eram prisioneiros? Na verdade não: o caminho de Deus foi mais uma vez o melhor. Jesus teve misericórdia dele e o curou.

Maria e Marta ficaram angustiadas quando Jesus não seguiu os planos que elas pensaram que Ele seguiria, de curar Lázaro antes que morresse (João 11). Após a morte de Lázaro, elas O queriam por perto para chorar a perda de seu irmão. Mas os planos de Jesus eram maiores e melhores! Ele miraculosamente trouxe o irmão delas à vida e provou o poder de Deus para muitas pessoas naquele dia.

Quando abrimos mão de nossos próprios hábitos e esquemas e aceitamos a cobertura de justiça oferecida por Deus, recebemos a salvação que jamais receberíamos junto às bênçãos do melhor juízo de Deus. Ele conhece o fim desde o princípio. Você pode confiar a Ele seus hojes, amanhãs e ontens! Muito maior do que vantagens terrenas é a realidade que o caminho de Deus traz vida – eterna, brilhante, perfeita.

Mãos à Bíblia

6. Leia 1 Coríntios 15:49-55. Que grande esperança está presente nesse texto?

Nessa passagem, o apóstolo revela que estar revestido de Cristo vai além de ostentar a imagem moral de Jesus, refletir Seu caráter e viver os princípios que Ele nos ensinou. Não é apenas uma mudança legal ou moral. Também inclui uma mudança física radical. Nossa carne mortal será revestida com o mesmo tipo de corpo imortal que Jesus teve ao ressurgir. Essa é a esperança reservada para nós (1Co 15:12-19).

Carrie Purkeypile – Citrus Heights, EUA

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terça-feira, 21 de junho de 2011

Vestido em Cristo - 21/06/2011 a 25/06/2011

Terça, 21 de junho

Testemunho
Tamanho único


“Ora, Josué, vestido de roupas impuras...” (Zc. 3:3). Assim aparecem os pecadores diante do inimigo, que, por sua capacidade magistral os fez se desviarem do concerto com Deus. Com vestidos de pecado e vergonha o inimigo veste aqueles que foram vencidos pelas suas tentações e depois diz que é injusto da parte de Cristo ser-Lhes Luz e Defensor. (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 108).

“São removidas as vestes sujas; pois Cristo diz: ‘Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniquidade’ (Zc. 3:4). A iniquidade é transferida para o inocente, o puro e santo Filho de Deus; e o homem, todo sem merecimento, está perante o Senhor, purificado de toda injustiça e revestido da justiça imputada de Cristo. Que mudança de vestidos!” (Ibid., p. 108).

“Quando Satanás lhe diz que o Senhor não o considerará com favor, porque você pecou, diga, ‘Jesus deu Sua vida por mim. Ele sofreu uma morte cruel para que eu pudesse resistir à tentação. Eu sei que Ele me ama, apesar das minhas imperfeições. Eu descanso em Seu amor. Deus aceitou a perfeição dEle em meu favor. Ele é minha justiça, e eu confio em Seus méritos. Ele tira as minhas vestes manchadas pelo pecado e me veste com o manto da justiça. Revestido com essa veste, eu permaneço justificado diante do Pai” (Signs of the Times, 13 de agosto de 1902).

“Ao nos aproximarmos de Deus em nome de Cristo… somos revestidos com Suas vestes sacerdotais. O Salvador nos atrai para perto de Si, envolvendo-nos com o Seu braço humano, enquanto, com o Seu braço divino, Ele alcança o trono do Infinito” (Ibid.)

Não é de se admirar que o profeta tenha exclamado: “É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu Deus! Pois Ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça…” (Is 61:10). Possam nossas vozes se levantar em exclamações semelhantes, pois não importa quão grandes ou pequenos somos, o manto de Cristo veste todos os tamanhos!

Mãos à Bíblia

4. Leia Colossenses 3:1-10. Que contribuição esse texto traz ao tema estudado neste trimestre?

5. Leia Efésios 4:22-24. Qual é o ponto que Paulo aborda aqui?

Estar revestido de Cristo não é uma metáfora para justificação, apenas. Também significa ser uma nova pessoa.

Miguel Serrano Illán – Loma Linda, EUA

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vestido em Cristo - 20/06/2011 a 25/06/2011

Segunda, 20 de junho

Exposição
Redimido, renovado, restaurado


“Remiu, remiu! Na cruz me remiu meu Jesus...” – Essa canção que ecoava nos corredores da igreja quase todos os sábados, enquanto eu e meus colegas da classe infantil que frequentávamos, cantávamos a plenos pulmões. Mais tarde, no culto de adoração, nos juntávamos aos adultos, cantando. Muitos de nós crescemos cantando sobre a redenção pela justiça de Cristo e muitas canções relacionadas com batismo e ser revestido por Cristo. Mas o que todo esse simbolismo significa? Como se aplica a nós?

Liberto do pecado (Rm 6:1-6; Ef 4:22-24). O batismo em Cristo é uma das formas mais públicas de demonstrar devoção completa a Deus, apesar de o ato do batismo não fazer muita diferença física em nós, além de nos deixar molhados. É o simbolismo do batismo que torna o evento tão transformador. Ao afundarmos na água, simbolicamente morremos para o nosso eu pecaminoso e somos “sepultados” com Cristo. Quando o pastor nos levanta da água, somos “ressuscitados” em vida, em justiça. Deus nos redimiu do pecado. Ele nos libertou das garras da morte.

Em Efésios 4:22-24, Deus nos diz que somos ensinados a nos tornar novas pessoas, pois cada um foi “criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade” (v. 24). Se continuamos vivendo nossos próprios desejos, vamos nos destruir. Somente através da justiça de Cristo podemos ser restaurados à imagem de Deus, conforme Ele nos criou. Essa restauração começa quando somos batizados. “Todos vocês são filhos de Cristo mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram” (Gl 3:26, 27).

Batismo é só o começo (Cl 3:1-12). Revestir-se em Cristo no batismo não garante que automaticamente permaneceremos em Cristo. Somos lembrados em Colossenses 3 de que precisamos diariamente escolher viver como povo de Deus. Embora nossa natureza pecaminosa tente retornar, precisamos escolher nos focalizar em conceitos celestiais e permitir a Deus continuar Seu trabalho de renovar nosso caráter. Há uma tentação específica para cada um de nós. O capítulo 3 de Colossenses é bem específico em nomear traços do mundo que Deus despreza: pecado sexual, perversidade, paixão, cobiça, avareza, raiva, ódio, blasfêmia, mentira. Separe um tempo para considerar como Satanás tenta você. Quais características más e mundanas estão tentando ganhar espaço em sua vida? Durante tempos de tentação e fraqueza, como se revestir de Cristo?

Este mundo não é o nosso lar (2Co 5:1-4). Alguns dias parece que estamos continuamente lutando com Satanás e nossa natureza pecaminosa, principalmente logo após o batismo. Pode ser desencorajador perceber que, embora tenhamos escolhido andar com Deus, algumas vezes é bem difícil nos manter nessa caminhada. Algumas vezes pode até parecer que não fizemos muito progresso desde a primeira vez em que fomos revestidos com Suas vestes de justiça. Mas não somos chamados para mudar por nós mesmos. Esse esforço seria fútil. Ao invés disso, somos ordenados a buscar o Reino de Deus e Sua justiça e todas as demais coisas “serão acrescentadas” (Mt 6:33).

Em 2 Coríntios 5:1-4 somos relembrados de que Deus está nos preparando para a vida eterna, nos dando o Espírito como garantia. Esse mundo não é nosso lar; é uma existência temporária que nos prepara para nosso lar celestial. Cada vitória que alcançamos em Cristo nos leva mais perto à semelhança de Deus, em preparação para viver com Ele eternamente. Nos bons e maus tempos, precisamos nos lembrar da promessa de Filipenses 1:6, que diz “que Aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus”.

Veja, Ele vem (1Co 15:49-55). Nós, que somos agora mortais, seremos revestidos de incorruptibilidade quando Cristo voltar. Seremos revestidos de imortalidade – a transformação que, até então, era espiritual e moral, então será física. Nós, que somos hoje mortais, seremos revestidos de imortalidade. Somente Cristo pode nos dar essas roupas de glória física. Note o modo passivo no verso 54. Não podemos nos vestir de imortalidade. Somente Cristo pode nos dar tais vestes. Somente Ele pode fazer nossos corpos inteiros e adequados para a vida eterna. E, quando Ele fizer isso por ocasião de Seu retorno, a morte será “destruída pela vitória”.

“Paulo não deseja a morte, a qual ele compara com a nudez, ou não estar vestido. Ao contrário, ele deseja ser completamente revestido ao ser transformado numa existência nova, imortal, a qual ele compara a uma construção de Deus. Esse novo estado expressa a vontade de Deus para Seu povo, e Ele tem dado o Espírito como uma garantia, ou um sinal que nos assegura que tal esperança não é vã” (Handbook of Seventh-day Adventist Theology, p. 352).

Pense nisto


1. Você já escolheu ser revestido em Cristo através do batismo?
2. Você está permitindo a Deus que o(a) restaure conforme Sua imagem?
3. Quais promessas bíblicas o(a) ajudam mais, quando você se depara com a tentação?

Mãos à Bíblia

3. Leia Romanos 13. Que recomendações práticas Paulo apresenta para os cristãos?

No fim do capítulo, temos a frase “revistam-se do Senhor Jesus Cristo” (v. 14). Estar revestido de Cristo significa viver uma vida de fé e obediência. A mesma raiz grega para “revestir” aparece também no verso 12, no contexto de ser revestidos com “as armas da luz”. Cristo é a luz do mundo. Aqueles que andam nEle não andam em trevas. Qualquer que seja o significado de “estar revestido” de Cristo, certamente trata da construção do caráter, conduta, amar como Cristo amou e refletir Sua imagem.

Amy Schrader Meythaler – Mineápolis, EUA

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domingo, 19 de junho de 2011

Vestido em Cristo - 19/06/2011 a 25/06/2011

VESTIDO EM CRISTO



“Ao contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne” (Rm 13:14). Prévia da semana: Estar revestidos de Cristo significa não apenas que nossos pecados foram perdoados, mas que Deus realiza uma tranformação em nosso caráter, que começa a se parecer cada vez mais com o de Jesus.

Leitura adicional: Rm 6:1-6; Ef 4:22-24; Cl 3:1-12; 1Co 15:49-55; 2Co 5:1-4. Leia também o capítulo 5 de Caminho a Cristo.

Domingo, 19 de junho

Introdução

Jeans


“Puxa vida, o tecido está ficando largo! A área mais usada está começando a virar um buraco. As barras e os bolsos estão gastos. Eu tenho mesmo que substituir este jeans?”

Você sabe de que tipo de jeans eu estou falando, não é? O tipo que fica tão confortável que você nem se lembra que está vestido. Eu tive um assim por muito tempo. Viajamos para muitos lugares juntos e fizemos muitas aventuras. Tenho certeza que você tem um jeans assim também.

Caindo na realidade, eu assumi o fato de que precisava começar a inevitável busca por outro igual àquele jeans. Ao dirigir para casa após passar o fim de semana com amigos maravilhosos, saí da rodovia para abastecer. Enquanto enchia o tanque, ouvi em minha cabeça, “Vá para aquela loja ali e procure por jeans.” Minha resposta veio bem audível em minha mente, “Mas você só está na metade do caminho para casa. Você ainda tem três horas pela frente.” Mas aquela “voz” voltou a dizer: “Para que você está com pressa de chegar em casa? Apenas vá lá e dê uma olhada.” Então cedi e me dei conta de que não tinha pressa para chegar em casa e seria bom andar um pouco e, talvez, encontrar aquele jeans.

Dentro da loja, procurei primeiro nas prateleiras de promoções. Queria a cor, o estilo e o caimento perfeitos. Após conferir todos os possíveis lugares onde aquele jeans poderia estar, verifiquei nas cabines vazias.

Eu tirei o velho e coloquei o novo e… eram tão confortáveis! Ficaram bem em mim, e eu mal podia perceber que havia trocado de jeans. Eu não podia acreditar! Chequei a etiqueta. Maravilhoso! Era a metade do preço! Eu tinha achado outro igualzinho àquele jeans? Claro que sim, e por isso o comprei e voltei para o meu caminho. Agora, todas as vezes que visto aquele jeans, eu penso em como Deus providencia e cuida de nossas necessidades mais simples, como Ele quer, e nos ajuda a substituir os velhos hábitos por outros melhores. Também penso em como Ele cuida de nós melhor do que poderíamos cuidar de nós mesmos. Durante esta semana final de estudo sobre as vestes na Bíblia, olharemos para algumas metáforas especiais de roupas nas Escrituras que revelam as promessas de renovação e restauração.

Mãos à Bíblia

1. Qual é o principal ponto apresentado em Gálatas 3:26-29?

2. Leia Romanos 6:1-6. O que significa estar “revestido de Cristo”?

Becky Gomoll – Rough and Ready, EUA

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