sábado, 3 de outubro de 2009

Uma Nova Ordem - Resumo Semanal - 03/10/09 a 03/10/09

Uma nova ordem
Resumo Semanal - 27/09/09 a 03/10/09


Ozeas Caldas Moura – ThD
Doutor em Teologia Bíblica
PUC do Rio de Janeiro

O Dr. Ozeas foi pastor por doze anos em várias igrejas do Brasil, além de ter lecionado Teologia por treze anos nos SALTs IAENE e UNASP II. Desde 2007, trabalha como editor associado na Casa Publicadora Brasileira.

É nosso desejo que seus comentários a estas duas primeiras lições (bem como os comentários dos outros comentaristas da lição deste trimestre) contribuam para um melhor entendimento deste livro de Moisés e levem a uma real apreciação da mensagem divina nele contida.

Parte introdutória às 13 Lições


Muitos se perguntam por que o livro de Números pertence ao cânon bíblico e que lições espirituais se poderiam tirar dos relatos da longa caminhada pelo deserto (o título do livro em hebraico é bemidbar, literalmente, “no deserto”), das ordens divinas para se contar o povo, de como este devia se acampar, dos deveres e ofícios dos levitas, etc. A resposta é encontrada em Romanos 15:4: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”, e em 1 Coríntios 10:11: “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”

Na verdade este livro do Pentateuco encerra preciosas lições. Só para citar algumas: Deus aprecia a ordem e a organização; Ele separa pessoas para o ministério (caso dos levitas e todo o ritual do santuário), deseja habitar com Seu povo (fato exemplificado pela coluna de nuvem, de dia, e de fogo, durante a noite), espera que os líderes não façam tudo sozinhos, mas que deleguem tarefas a outros (como quando Deus designou 70 anciãos para ajudarem Moisés), repudia o preconceito (ao punir com lepra Miriã, por falar mal da esposa de Moisés), permite que o pecador colha os resultados de sua conduta incrédula (como aconteceu à geração daqueles que saíram do Egito, que não entrou em Canaã), etc.

Com essas considerações em mente, tomemos tempo, cada dia, para meditar nas mensagens divinas contidas em Números, tão atuais quanto o foram para os israelitas em sua caminhada rumo à Canaã terrestre – símbolo de nossa caminhada rumo à Canaã celestial.

Desígnio e ordem no mundo natural são reais e representam a mão de nosso Criador. Mas a ordem de Deus não é demonstrada apenas pela natureza. Também pode ser vista no trato com Seu povo da aliança, os israelitas, mesmo enquanto vagavam pelo deserto.

Nesta semana, vamos estudar melhor como Deus organizou Seu povo para seu sagrado chamado e vamos tirar algumas lições para nós em nossos dias.

I.Organizando o exército


Pode parecer estranho a nós hoje que o livro de Números comece com a ordem divina para que Moisés fizesse o censo de todos os homens, de vinte anos para cima, “capazes de sair à guerra” (Nm 1:3). Mas, sendo Deus amor (1Jo 4:8), por que essa Sua ordem para organizar um exército? Devemos nos lembrar de que Israel era uma teocracia, ou seja, nação dirigida por Deus para o cumprimento de Seus planos.

De fato, Deus havia suportado longamente os cananeus em sua impiedade cada vez mais crescente. Havia enviado a luz da verdade a eles, através dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Além disso, concedeu-lhes alguns séculos a mais de graça, enquanto os israelitas moravam no Egito. Mas nada disso adiantou. Cada geração procedia pior do que a anterior. Sendo assim, uma vez que a misericórdia divina fora sistematicamente rejeitada, deveria entrar em ação Sua justiça, ministrada a esses ímpios através do exército israelita. Mas, como Deus não usa de dois pesos e duas medidas, ao longo da história de Israel, Ele usou exércitos estrangeiros (como os da Assíria e Babilônia) para castigar Seu povo.

II.A presença do Senhor


Deus havia dito a Moisés que era Seu desejo “habitar no meio” de Seu povo (Êx 25:8). E como representação visível dessa presença, ordenou a construção do Santuário.

Cada vez que um israelita avistava o Santuário, lembrava-se de que Deus estava com eles. Isso lhe dava segurança e a certeza de que, com Deus habitando com Seu povo, ninguém o poderia vencer. Mas era também lembrado que devia proceder retamente, visto que o Deus Santo não tolera o pecado.

Mas, para que não perdessem de vista a santidade de Deus e se esquecessem de sua pecaminosidade e carência, foi-lhes dito que acampassem a certa distância do Santuário. Somente os levitas poderiam chegar perto, ministrar no Santuário, armá-lo, desarmá-lo e transportá-lo. Aqui está uma lição valiosa: Deus é tanto imanente (proximidade), quanto transcendente (distância). Ele está bem perto do “contrito e abatido de espírito”, mas também é “o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo” (Is 57:15). Isso indica que podemos nos achegar “confiadamente” junto ao Seu trono de graça (Hb 4:16), mas com o devido respeito que Ele merece de Suas finitas criaturas (Ap 14:7).

III.Debaixo dos estandartes


O acampamento hebreu era separado em quatro grandes divisões, cada qual com sua posição designada no acampamento, com base nas famílias e nos laços tribais. Tendo como ponto de referência o Santuário, a leste (“puxando a fila”) se acampava e marchava o arraial de Judá (tribos de Judá, Issacar e Zebulom), ao sul, o arraial de Rúben (Rúben, Simeão e Gade), a oeste, o arraial de Efraim (Efraim, Manasses e Benjamim), e por último o arraial de Dã (Dã, Aser e Naftali).

O primeiro arraial a marchar era o de Judá, com o exército mais numeroso (186.400 guerreiros) e o último, como retaguarda, era o de Dã (o segundo exército mais numeroso, com 157.600 guerreiros). Os arraiais com menor número de guerreiros (o de Rúben, com 151.450 guerreiros, e o de Efraim, com 108.100) marchavam em segundo e terceiro lugar, respectivamente, ou seja, entre o arraial de Judá e o de Dã. Já os levitas, transportando o Santuário, marchavam bem no meio de todos esses arraiais. Ou seja, depois que os arraiais de Judá e o de Rúben partiam, e antes da partida dos arraiais de Efraim e de Dã.

O que aprendemos desse sistema tão bem organizado? É que em nossa vida pessoal, bem como na igreja, tudo deve ser feito “com decência e ordem”. Diz-nos Ellen G. White: “É perfeita a ordem no Céu, assim como a obediência, a paz e a harmonia. Os que não têm tido nenhum respeito pela ordem e a disciplina nesta vida não respeitarão a ordem observada no Céu. Não poderão ser ali admitidos; pois todos quantos houverem de ter entrada no Céu amarão a ordem e respeitarão a disciplina” (Conselhos Sobre Educação, p. 43).

IV.Chamado para o ministério


Em memória da libertação da escravidão egípcia, a morte dos primogênitos egípcios e da libertação dos seus próprios filhos sob o sinal do sangue, Deus pediu que os primogênitos de Israel fossem dedicados a Ele (Êx 13:2, 12-15). Mais tarde, no monte Sinai, o Senhor fez uma permuta com os primogênitos de todos os israelitas. Em lugar deles, Ele tomaria os levitas (Nm 3:12, 13). O Senhor dedicou os levitas da família de Arão para serem sacerdotes; os levitas das outras famílias deveriam ajudar na adoração de Deus e no cuidado do tabernáculo. De certo modo, eles foram chamados para o ministério da igreja no deserto.

Ao chegarem à Terra Prometida, os levitas continuaram ligados ao santuário em diversas tarefas (1Cr 23:27-32). Espalhados por todas as tribos, alguns se tornaram levitas instrutores (2Cr 17:7–9); outros se tornaram juízes (2Cr 19:8-11), instruindo o povo nos caminhos de Deus.

Essa escolha divina dos levitas nos deixa maravilhados com a transformação que Deus pode operar na vida das pessoas. Lembre-se de que, junto com seu irmão Simeão, Levi massacrou todos os homens (recém circuncidados) de Siquém, pelo estupro sofrido por sua irmã Diná (cap. 34 de Gênesis). Se Deus pôde transformar Levi e usá-lo em Sua causa, há esperança para cada um de nós, quanto aos nossos defeitos de caráter.

V.Protegendo o que é sagrado

Dentre os levitas, Deus escolheu a família de Arão para atuar como sacerdotes. Assim, Moisés consagrou Arão como sumo sacerdote e seus quatro filhos – Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar – como sacerdotes assistentes. Eles, juntamente com as outras famílias levíticas, deviam trabalhar para preservar e proteger a santidade do sistema de adoração em Israel.

Os sacerdotes eram os mediadores entre um Deus santo e o povo caído. Evidentemente, em seus papéis, eles também eram símbolos de Jesus, nosso verdadeiro Sumo Sacerdote no santuário celestial (Hb 8).

Mas algo estranho aconteceu. Dois sacerdotes, Nadabe e Abiú, filhos de Arão, “morreram perante o Senhor, quando ofereciam fogo estranho” (Nm 3:4). Ou seja, queimaram o incenso com fogo comum, trazido de casa. O que havia dado errado? O fogo que trouxeram de casa não era fogo do mesmo jeito? Por que Deus agiu com tanta severidade?

O fato é que Deus havia dado orientações precisas no sentido de que o incenso fosse queimado com fogo sagrado, ateado pelo próprio Deus quando os serviços do Santuário tiveram início. E Nadabe e Abiú conheciam bem essas orientações. Mas, então, por que a transgrediram? A resposta é inferida da ordem de Deus a Arão: “Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais... para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo” (Lv 10:8-10). O fato é que eles haviam ingerido bebidas alcoólicas antes de oficiarem no Santuário.

Esse terrível incidente nos ensina que Deus não tolerará a transgressão aberta de Suas ordens, as quais têm de ser levadas a sério. Qualquer desvio da vontade de Deus é oferecer “fogo estranho” – seja nas áreas da música, do traje, do tipo de leitura, em relação aos programas a que assistimos na TV, os filmes que vemos, ou em qualquer outra. A pergunta que cada um deve fazer é: Estou oferecendo a Deus algum tipo de “fogo estranho”?

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Palestras sobre Saúde as quartas...

Comunidade Árabe Aberta convida para saber mais sobre saúde

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Uma Nova Ordem - 02/10/09 a 03/10/09

Sexta, 2 de outubro

Opinião
O centro de atenção


Na vida, temos uma multidão de escolhas a fazer. Às vezes, podemos olhar para uma escolha que fizemos e pensar que, se tivéssemos a chance de tomar essa decisão de novo, faríamos escolha diferente. Algumas escolhas que fazemos são mais importantes, e outras, menos importantes. Mas a escolha mais importante que jamais teremos que fazer é ilustrada em Números 2.

Êxodo 25:8 nos diz que Deus ordenou a Moisés que construísse o tabernáculo para que Ele pudesse habitar no meio do povo. Números 2:2 diz que os israelitas deviam habitar ao redor do tabernáculo. Deus deu ordens diretas sobre o lugar em que os israelitas deviam acampar em relação ao tabernáculo – a tenda onde Ele “morava”. O resto de Números 2 descreve como Ele planejou que Sua tenda estivesse no próprio centro do acampamento israelita. Isso ilustra que era Seu desejo não só morar com eles, mas estar no próprio centro da vida deles.

O livro de Hebreus descreve como Jesus foi um cumprimento do tabernáculo e seus serviços (Hb 8, 9, 10). Deus deixou Sua escolha totalmente clara: Ele deseja que Jesus Cristo esteja no próprio centro de nossa vida. Para mim, é incrível que um Deus santo, o Criador do Universo, deseje estar no centro de minha vida! É ali que encontramos a mais importante escolha que teremos de fazer: Como respondemos ao desejo de Deus de ser o centro de nossa vida? Nós O aceitamos? Ou voltamos as costas para Ele?

Importa o que cremos com respeito a esse assunto? Sim, importa, e o aspecto que mais importa é em nossa vida diária. A maneira de viver cada dia deixa claro se Cristo está realmente ou não no centro de nosso mundo.

Pedro escreveu que nosso “inimigo..., o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar”. Satanás tem várias maneiras de tentar desviar nossa atenção de Jesus.

Reconhecemos que não é natural para nós, seres humanos, manter-nos concentrados em Cristo. Felizmente, porém, Cristo diz a nós as mesmas palavras que disse ao apóstolo Paulo: “Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9, NVI).

Mãos à obra

10. O tema da santidade de Deus atravessa as Escrituras como um fio de prata. Defina santidade. Que relação tem a santidade com o crente? Êx 28:36; Lv 11:44, 45; Is 6:1-7; Hb 12:14; 1Pe 1:15, 16.

“Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais, devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços incentivarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então, os anjos de Deus poderão cooperar com eles” (Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, p. 28).

Adam Keough | Belfast, Reino Unido

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Uma Nova Ordem - 01/10/09 a 03/10/09

Quinta, 1º de outubro

Aplicação
Vendo sentido na vida

No centro da ordem que Deus trouxe ao acampamento de Israel estava Seu desejo de estar com Seu povo, de protegê-lo e guiá-lo como um amoroso Pai. O símbolo desse desejo era o santuário, ou a Tenda do Encontro (Êx 39:32, NVI). Dentro de algum tempo, Jesus, o Filho de Deus, veio morar entre eles, como o verdadeiro templo de Deus, trazendo amor e ordem à vida daqueles a quem tocou. E agora, por meio do Espírito Santo, temos a mesma oportunidade de abrir um espaço no centro de nossa vida no qual Jesus possa habitar. Nesse lugar, Ele promete amar-nos, cuidar de nós e trazer significado, propósito e ordem a nossa vida (Jo 14:23; Ap 3:20). Como abrimos um espaço para Jesus morar em nós? Eis aqui algumas dicas:

Você é templo dEle. Quando cremos em Jesus e decidimos segui-Lo, nosso próprio corpo se torna um templo no qual o Espírito Santo habita (1Co 6:19).

Deixe a Palavra de Deus ser real para você. Durante a Criação, Deus falou e o mundo veio à existência (Gn 1:3). Jesus falou, e as pessoas foram curadas (Lc 7:1-10). A Palavra de Deus nunca falha. E assim como os israelitas colocaram o templo no centro de seu acampamento, também devemos tornar a Palavra de Deus central para nossa vida. Eis aqui algumas formas como podemos fazê-lo:

A. Tente compreender o quadro mais amplo. Sempre se lembre da mensagem central da Bíblia. Deus ama tanto você que Se dispôs a enviar Seu Filho para morrer a fim de que você pudesse viver com Ele para sempre. Deus é amor, e Seus planos para você são todos bons! (Jo 3:16; 1Jo 4:8; Jr 29:11).

B. Não deixe que seus sentimentos ou circunstâncias ditem a maneira como você vê a si mesmo ou aquilo que faz na vida. Sentimentos nem sempre são confiáveis. Contudo, a Palavra de Deus é. As circunstâncias mudam o tempo todo, mas Sua Palavra nunca muda. Discipline a mente e você estará se familiarizando com todas as promessas de Deus (Is 40:8; 55:8-11; Mt 24:35).

Lembre-se de que Deus nunca vai desistir de você! Simplesmente não faz parte da natureza dEle fazer isso. O desejo dEle é chegar ao centro de seu ser e, dali, amar você, cuidar de você, trazer ordem à sua vida e transformá-lo(a) de forma que você possa refletir o caráter dEle.

Mãos à Bíblia

9. Que acontecimento estranho ocorreu no santuário? Lv 10:1-11. O que aconteceu, e que lições existem para nós?

Por mais duro e severo que nos pareça o castigo de Nadabe e Abiú, ele só destaca a realidade de quão sagrada foi a responsabilidade que lhes foi dada. Sem dúvida, outros entenderam a mensagem de quão seriamente o Senhor esperava que fossem cumpridos Seus mandamentos a respeito do santuário.

Jeremy Tramier

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma Nova Ordem - 30/09/09 a 03/10/09

Quarta, 30 de setembro

Evidência

Até Deus tem um plano B


Com base em todos os problemas que os israelitas causaram, sobre os quais lemos em Números, Israel não devia existir hoje. Outras nações mais eruditas e estabelecidas não sobreviveram ao mesmo teste do tempo. Os sumérios, que desenvolveram o sistema cuneiforme de escrita, juntamente com os astecas, maias e fenícios, todos vieram e se foram. O historiador do século 20, Arnold J. Toynbee, concluiu que as sociedades declinam não tanto devido a questões ambientais e econômicas, mas por causa de um colapso moral e religioso. Conquanto muitos historiadores não se unam à conclusão de Toynbee, a Bíblia fala sobre a parte de Deus nos movimentos das nações e civilizações. Amós 9:7, em particular, menciona a guia de Deus para com Israel e para com os etíopes, filisteus e sírios.

A sobrevivência de Israel só pode ser classificada como miraculosa. Fica claro que o gênio por trás da nova ordem deles foi o Deus que era “uma coluna de nuvem durante o dia” e “uma coluna de fogo à noite”. Fica evidente que Ele deseja estar envolvido em nossa vida também (Ap 3:20). Isso está em total contraste com o conceito do Deus que não Se envolve, defendido pelos deístas – o conceito do Deus que “dá corda e deixa as coisas funcionarem por si mesmas”. Após ter dito isso, contudo, devo dizer que Números dá a distinta impressão de que, por causa de sua perene teimosia, Deus constantemente teve que refazer Seus planos originais para Israel. O objetivo era que subsistissem com o maná enviado do Céu, mas ansiaram por carne aqui da Terra (Números 11). O objetivo era que chegassem a Canaã mais cedo, mas por causa de sua rebelião, vaguearam por 40 anos enquanto a velha guarda morria (Nm 14:33). “Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 122).

Contudo, vemos a soberania e graça de Deus. Vemos Sua misericórdia a despeito de nossa miséria auto-infligida enquanto Ele contorna nossas confusões para levar-nos do plano A para o plano B – tudo para que ainda possamos ser vencedores em Cristo (Rm 8:37-39; leia todo o capítulo). Somos encorajados a aumentar nossa fé e confiança em Deus, para que a ordem que Ele deseja para nossa vida traga proteção, prosperidade e promoção.

Mãos à Bíblia

7. Dar a Deus nosso primogênito? Não está Ele pedindo muito? Que lição tiramos desse fato sobre o quanto devemos ao Senhor por nossa redenção e libertação? Nesse contexto, por que o orgulho e a autossuficiência são tão pecaminosos? Êx 13:2, 12-15
O Senhor fez uma permuta com os primogênitos de todos os israelitas. Em lugar deles, Ele tomaria os levitas (Nm 3:12, 13). Moisés contou os primogênitos levitas homens a partir de um mês de idade. O total somou 22.273 – isto é, 273 primogênitos israelitas a mais do que levitas.

8. O que os demais israelitas deveriam fazer como resgate? Para quem esse valor devia ser dado? Nm 3:46-51

Clive de Silva

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Uma Nova Ordem - 29/09/09 a 03/10/09

Terça, 29 de setembro

Testemunho
Um chamado à ordem


Desde o próprio princípio vemos um Deus de ordem em atuação. E novamente em Números 1 a 4 ficamos impressionados com a maneira ordenada de Suas instruções a Israel.

“Deus é um Deus de ordem. Tudo que se acha em conexão com o Céu, está em perfeita ordem; a sujeição e a perfeita disciplina assinalam os movimentos da hoste angélica. O êxito apenas pode acompanhar a ordem e a ação harmoniosa. Deus requer ordem e método em Sua obra hoje, não menos do que nos dias de Israel. Todos os que estão a trabalhar para Ele devem fazê-lo inteligentemente, não de maneira descuidada, casual. Ele quer que Sua obra seja feita com fé e exatidão, para que sobre ela ponha o sinal de Sua aprovação” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 376).

Novamente testemunhamos ordem quando Cristo ressuscitou da sepultura. “As roupas do sepultamento não estavam atiradas com negligência, a um lado, mas cuidadosamente dobradas, cada uma num lugar à parte. ... Fora o próprio Cristo que colocara com tanto cuidado as roupas com que O sepultaram. Quando o poderoso anjo baixou ao sepulcro, uniu-se-lhe outro que estivera com seu grupo, montando guarda ao corpo do Senhor. Enquanto o anjo do Céu removeu a pedra, o outro entrou no sepulcro e desembaraçou o corpo de Jesus de seu invólucro. Foram, porém, as próprias mãos do Salvador que dobraram cada peça, pondo-as em seu lugar. Ao Seu olhar, que guia semelhantemente a estrela e o átomo, nada há sem importância. Ordem e perfeição se manifestam em toda a Sua obra” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 789).

A nós, tanto quanto aos israelitas e a Jesus, chega um chamado à ordem: “Uma fé viva, qual fios de ouro, deve entretecer-se na experiência diária, no cumprimento dos pequeninos deveres. Então, os alunos serão levados a compreender os puros princípios que Deus designa que impulsionem todos os atos de sua vida. Todo o trabalho diário será de tal natureza que promova o desenvolvimento cristão. Os princípios vitais da fé, da confiança e amor para com Jesus penetrarão os mínimos pormenores da vida diária” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 171).

Mãos à Bíblia


5. Que característica sobre a religião de Israel se destaca logo no início do livro de Números? Nm 2

Nada era deixado ao acaso. O Senhor organizou cuidadosa e precisamente a nação. Embora eles fossem um povo, suas conexões familiares distintivas não foram rompidas.

6. Que indicação temos de que, apesar do claro padrão organizacional, ainda havia espaço para a distinção e singularidade das várias tribos? Nm 2:34

Eunice Simmons | Detroit, EUA

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Uma Nova Ordem - 28/09/09 a 03/10/09

Segunda, 28 de setembro

Exposição
Na presença do Rei

Promessas: vivendo em esperança e fé (Gn 15:14-16). Os judeus viveram na esperança por mais de quatrocentos anos. Os pais contavam a seus filhos histórias sobre as promessas que Deus fizera, promessas que eram passadas de pai para filho. Essas palavras foram faladas por Deus a Abraão: promessas sobre grandes posses, promessas de liberdade da escravidão e de um país que pertenceria a eles próprios. Era bastante trabalhoso para os pais dar forma concreta a essas promessas em suas histórias a fim de capturarem a vívida imaginação dos filhos. Como se consegue transmitir a verdade sobre a confiabilidade de Deus ao se falar de promessas feitas a um ancestral (Abraão) que morrera havia muito tempo? Como se pode descrever riquezas quando se vive na pobreza, ou descrever liberdade quando tudo que se conhece é a escravidão? Como alguém pode imaginar um país todo seu, quando tudo o que essa pessoa conhece é o país em que ela vive com os pais? Isso ficava cada vez mais difícil à medida que o tempo passava e a opressão ficava cada vez mais dura. Quando essas crianças ficavam adultas, tinham duas opções quanto a seu conceito sobre essas promessas: (1) que elas eram apenas um bom assunto para se contar histórias a seus filhos, ou (2) que elas eram uma certeza cada vez maior em sua vida, e que um dia se tornariam realidade (Hb 11:13).

Concepções errôneas sobre Deus: considerá-Lo alguém comum (Lv 10:1-11). Mais de quatro séculos de escravidão e influência pagã significava que os israelitas haviam perdido o senso de quem é Deus. Na verdade, o impacto da realidade que os cercava tinha tanto peso sobre eles que, quando entravam na presença de Deus achavam que podiam fazê-lo sob a influência do álcool. O que deixavam de compreender é que o Deus que adoravam é um Deus real, diferente dos deuses adorados pelos egípcios. As diferenças eram reais: Yahweh é o Deus Criador (separando-Se, assim, da posição em que estavam Seus adoradores, que eram Sua criação). Ele é o Deus libertador (diferenciando-Se, assim, dos que eram escravos de senhores humanos). Finalmente, Ele é o Deus que lhes dera um futuro e uma esperança, a qual antes não possuíam (Jr 29:11).

A realidade sobre Deus: na presença do Rei (Nm 1-4; Jr 23:23, 24). Deus desejava estar com Seu povo, e queria ajudá-lo a compreender quem Ele é. Assim, instruiu Moisés e Arão sobre a maneira de construir o santuário. Instruiu-os a separar uma tribo inteira para trabalhar em tempo integral no santuário. Deu-lhes um esquema detalhado para a disposição de seu acampamento, e designou a forma como famílias inteiras deviam se dedicar a realizar os serviços particulares do santuário (o cuidado da mobília, das ofertas, do culto, etc.) Essas instruções os ajudariam a compreender não só quem eles eram, mas também quem Ele realmente é.

Contrariamente ao que o mundo pensa, Deus leva as coisas a sério (Jo 14:15-18, 23). “O mundo não pode receber esse Espírito porque não o pode ver, nem conhecer” (Jo 14:17). Deus, na forma de Seu Espírito, “está com vocês e viverá em vocês” (idem). Aqui está o desafio: sabemos em nosso coração o que Deus nos prometeu e o que Ele espera de nós. Contudo, esses conceitos não são partilhados pelos que estão ao nosso redor. Também existe a promessa: “A pessoa que não Me ama não obedece à Minha mensagem. E a mensagem que vocês estão escutando não é Minha, mas do Pai, que Me enviou” (Jo 14:24). É garantida a você a presença de Deus em sua vida. Não é maravilhoso ter o Criador do Universo vivendo com você?

Mãos à Bíblia

3. De que tarefa a tribo dos levitas foi encarregada? Nm 1:50-54

Moisés ergueu o tabernáculo portátil no meio do acampamento de Israel. Os levitas ergueram suas tendas ao redor do tabernáculo, nos quatro lados. Sua presença agia como um tipo de barreira, protegendo o lugar em que Deus manifestava Sua presença.

4. O que dizem outros escritores da Bíblia sobre a distância (transcendência) e proximidade (imanência) de Deus da humanidade? Sl 139:1-10; Is 57:15; Jr 23:23, 24; Jo 14:15-18, 23

Marcel Ghioalda | Escócia

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domingo, 27 de setembro de 2009

Uma Nova Ordem - 27/09/09 a 03/10/09

UMA NOVA ORDEM

“Tudo isso aconteceu com os nossos antepassados a fim de servir de exemplo para os outros, e aquelas coisas foram escritas a fim de servirem de aviso para nós. Pois estamos vivendo no fim dos tempos” (1Co 10:11).

Prévia da semana:
A fim de avançar como povo de Deus, precisamos reconhecer e aplicar os princípios divinos de ordem e referência em nossa vida, nossa família, e na organização da igreja.
Leitura adicional: Patriarcas e Profetas, capítulo 27 (p. 303-314)

Domingo, 27 de setembro

Introdução

Ordem a partir do caos


Lembro-me da ocasião em que meu marido decidiu arrumar minha escrivaninha. Literalmente fiquei fora de mim. Eu simplesmente não conseguia achar nada! Não conseguia saber o que fazer. Onde estavam minhas coisas? Para mim, aquilo foi um perfeito pesadelo. Nada estava no lugar certo, e eu tinha prazos para entregar meus trabalhos.

Meu marido frequentemente me pergunta: “Como você consegue trabalhar nessa bagunça?” Bagunça? Acreditem-me, eu sei onde achar tudo na minha escrivaninha. Para mim, tudo está em ordem. Mas, para meu marido, é um caos.

Deus deu a Moisés uma tarefa difícil – tirar da escravidão um grande grupo de pessoas. Ele realmente teria que ser organizado. Não é de espantar que Moisés tenha ficado com um pouco de medo. Eu teria ficado extremamente aterrorizada!

Deus, contudo, tomou um pastor humilde que tinha dificuldades para falar e o tornou um líder organizado (Êx 4:10-12). Um Deus que pode fazer algo assim é um Deus maravilhoso que desafia nosso pensamento. Um Deus que escolhe a pessoa mais improvável para ser líder; nos faz saber que Sua ordem não é exatamente como a nossa ordem. E o Deus que colocou na liderança um homem como Moisés, não o deixou sozinho. Desde o princípio da jornada Ele deu a Moisés instruções detalhadas. (Releia Êxodo 12 e 13, e 16.)

Nesta semana, começaremos a aprender no livro de Números como Deus organizou os israelitas, Seu povo, para o sagrado chamado que receberam. Ao estudar cada lição diária, considere como Ele guia você em seu sagrado chamado. Podemos confiar num Deus que tira ordem do caos. O Deus que guiou os israelitas pelo deserto, certamente pode ordenar nossos passos hoje.

Mãos à Bíblia

O santuário foi terminado no primeiro dia do primeiro mês no segundo ano (Êx 40:17). Foi no mês seguinte que o Senhor passou a organizar a nação mais completamente (Nm 1:1) do que anteriormente. É com essa nova organização e ordem que o livro de Números dá início à história sagrada das obras de Deus com Seu povo da aliança.

1.
Que tipo de censo o Senhor pediu que Moisés e Arão fizessem, e por quê? Nm 1:2, 3

Israel serviria de executor da vontade de Deus contra as nações ímpias da Palestina, que haviam enchido o cálice de suas transgressões (Gn 15:14-16).

2. Por que Deus determinou que os israelitas fizessem guerra às nações vizinhas? Gn 15:14-16 (veja também Dt 9:5)

Catherine Anthony Boldeau | Reino Unido

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