sábado, 11 de abril de 2009

A Jornada Cristã - Fé - Resumo Semanal - 04/04/2009 a 11/04/2009




Pastor José Orlando Silva
Mestre em Teologia Sistemática

Boa Viagem - Recife
Associação Pernambucana


I. Introdução


A fé é o braço que se apropria da grande promessa da graça disponibilizada a todo pecador que nela crê. De que adianta ter toda plenitude de recursos, se a ele não temos acesso? A fé disponibiliza e dá acesso à pronta graça e salvação estendida por Cristo. Ela precisa ser direcionada para seu agente, autor e doador, Jesus Cristo. Alguém, um dia, afirmou que o importante é ter fé. Esse conceito é temerário e arriscado, porque se a fé não for direcionada para Jesus, será nula, vã e sem efeito. Um mundo de objetos visuais nada significa para o cego; o mundo de sons nada significa para o surdo; e um mundo de realidades espirituais nada significa ao homem sem fé. “Sem fé a Bíblia não pode ser entendida. Aproximarmo-nos da Bíblia com espírito de frio ceticismo ou cru racionalismo, é garantir de antemão, que jamais a entenderemos” (Walter Thomas Conner, Revelação e Deus, op. cit, p. 100).

I. Entendendo a Fé no sentido primário


A fé não é um mero assentimento mental, nem um pensamento positivo como alguns a tem considerado. A fé também não é mera emoção. Trata-se de uma certeza que envolve todo o ser. Na Bíblia a fé é apresentada no sentido de confiança. Significa apresentar e colocar a vida naquilo que acreditamos. Etimologicamente, a fé vem do grego pisteo que equivale no inglês a faith e não believe que significa mera crença. No Salmo 27, Davi apresenta o verdadeiro sentido da fé. No verso 3 ele afirma “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração”. O clássico da teologia sistemática de Charles Hodge afirma: “No sentido mais amplo do termo, fé é o assentimento à verdade, ou a persuasão da mente de que algo é certo. Em linguagem popular dizemos que cremos naquilo que consideramos correto. O elemento primário da fé é a confiança. Portanto, no sentido mais amplo e legítimo do termo fé é confiança” (Charles Hodge, Teologia Sistemática , p. 1058).

Quando você acredita e tem fé, você não apenas declara, mas vive tendo como base o que acredita. A fé não pode ser vista como um sentimento que apenas dá seu parecer quanto ao objeto, sem aceitá-lo na sua vida e ser sua norma, ao contrário, é uma ação que compromete você com quem ou o que você crê.

II. A origem e base da Fé


Essa profunda certeza que envolve todo o ser é um princípio que governa a vida. É um dom de Deus. Todo ser humano foi criado para crer; essa ação lhe é inerente. O poder não está na fé, pois ela é o meio que o conduz à sua crença. É Cristo quem faz toda a diferença, caso Ele seja buscado por ela. Pela palavra de Deus a fé que restaura, transforma e salva é a fé em Jesus. Apesar de ser ela um dom de Deus, nós é que escolheremos para que ou quem a direcionaremos. Deus nos criou como entidades morais livres. Por isso, presenciamos exemplos de fanatismos religiosos em direção a estátuas, crença em relação a torcedores por time de futebol, mas a única fé que encontra pleno resultado é a que é direcionada para Jesus.

Na última semana estudamos sobre o amor como o maior dos princípios na caminhada cristã. E a fé deve ser vista como o acesso ao efeito desse amor. “‘Para que todo aquele que crê não pereça”. Todo o amor exercido pela doação da vida de Cristo por nós para nossa salvação depende ou só será acessível a quem nele crê. Nesse sentido, a fé é o acesso à benção da salvação. Caso contrário, toda provisão do Céu para nossa salvação seria nula e ineficaz em seu efeito e permaneceríamos perdidos. A fé tem o amor como sua essência.

A base de nosso acesso a benção da salvação, ou seja, da fé, não se dá pelos sentidos, mas pela palavra, pois ela testifica do seu doador (Jo 5:39). Os sentidos são o meio para que a base forneça a fé. Por isso, o apóstolo Paulo declara que a “fé vem pelo ouvir, e o ouvir vem pela palavra de Cristo” (Rm 10:17). Note que o sentido da audição é apenas o meio para que a base que é a palavra e ação do Espírito Santo conceda a fé como um dos mais especiais dons de Deus ao ser humano. Esse dom nos capacita a entender e a nos relacionarmos com Deus e sermos o que Ele planejou que fôssemos. Por isso, no livro de Hebreus há uma taxativa e inequívoca declaração: “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6). Portanto, as Escrituras têm toda a primazia sobre os sinais e maravilhas. É nela que encontramos segurança para nossa fé.

Deus nos concede a fé porque somente ela é o meio para termos acesso a Ele e Suas promessas. Quando a fé é direcionada a Jesus, que é o caminho único que nos conduz ao Pai (Jo 14: 5 e 6), concluímos que ela não tem substituto. Deus nos concede tudo, e principalmente o meio para termos acesso a Ele. A salvação, uma ação exclusiva e totalmente de Deus, não seria alcançada sem a fé. E esse acesso à graça manifestada por Deus, o homem não o teria se Deus não o tivesse concedido a nós. De maneira sucinta, mas completa, não há um texto na Bíblia que melhor retrate essa verdade do que Efésios 2:4. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”.

III. O Crescimento da Fé


A fé é como o músculo que precisa ser exercitado para ter desenvolvimento. Quando mantemos nosso foco em Jesus, buscando uma contínua e ininterrupta comunhão com Ele, as circunstâncias difíceis e os fatos inexplicáveis estimulam o exercício da fé. Com o exercício vem seu crescimento e maturidade. No entanto, essas crises são oportunidades para o crescimento da fé dos que confiam em Deus.

O crescimento da fé também ocorre pela constante comunhão com seu autor. Não há crescimento da fé à parte de Jesus. A fé é o combustível da ação em direção ao que cremos. Jesus afirma: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15: 5). Sendo a videira Jesus nos apresenta como seus ramos. O ramo só cresce na videira e por ela. À parte da videira, eles estão mortos. Somente pela videira eles são alimentados e crescem. Assim somos nós. Nossa fé é morta e nula fora de Cristo e não se desenvolve sem Ele. Pedro nos admoesta que devemos “crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3:18). Embora a relação da fé com o conhecimento seja um campo amplo, e a discussão acerca dessa questão seja interminável. Não podemos desassociar a fé do conhecimento. Essa relação também influencia o desenvolvimento da fé.

a) A Importância da doutrina no crescimento da fé

A base da fé é a autoridade de Jesus e Sua palavra, e a base do conhecimento são os sentidos ou a razão. A fé vem e se desenvolve da palavra (autoridade da fé), por intermédio dos sentidos (conhecimento). O conhecimento é essencial à fé, e consequentemente também ao seu desenvolvimento. Hodge afirma que a “verdade precisa ser conhecida para ser crida. Só podemos crer naquilo que inteligentemente apreendemos. Se uma proposição nos for enunciada em linguagem desconhecida, nada podemos afirmar sobre ela” (Charles Hodge, Teologia Sistemática , p. 1088).

A importância da doutrina se dá na necessidade de conhecermos o que vamos crer, e na exposição do que cremos e porque cremos. A fundamentação vem da palavra que acreditamos e apresentamos como verdade. Nossa fé se ancora em Jesus, cuja doutrina é formulada da palavra que testifica dEle (Jo 5:39). Aceitamos a verdade como Ele próprio (Jo 14:6). Por isso, o fundamento da fé não se ancora no sistema doutrinário, mas unicamente e completamente em Jesus.

Conclusão


Entendemos neste estudo que a fé é o braço que se apropria da promessa, e não deve ser confundida com convicção racional ou mero assentimento mental, embora não seja irracional. Também não pode ser vista como pensamento positivo, baseado unicamente na emoção. O melhor conceito extraído da Bíblia para fé é confiança que significa colocar a vida nas mãos daquele ou daquilo em que se acredita. É um dom de Deus, não vem de nós, e sua base e grande fundamento e origem de nossa fé é Jesus Cristo. Ela se ancora na Palavra porque esta dá testemunho de Jesus. A fé precisa ser exercitada e alimentada para alcançar crescimento e vitalidade. Este crescimento é então alcançado quando a pessoa enfrenta as circunstâncias e mantém comunhão contínua com Cristo e Sua Palavra. O conhecimento é essencial para se crer em algo ou em alguém. Soergue neste sentido a importância da doutrina, cuja tarefa é expressar o que cremos e porque cremos. Sua função é unicamente estruturar o conteúdo de nossa fé. Para ser verdadeira, deve ser fundamentada na Palavra de Deus e jamais deve ser vista como âncora da fé, porque a âncora da fé é; e sempre será Jesus Cristo.

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sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Jornada Cristã - FÉ - 10/04/2009 a 11/04/2009

Sexta, 10 de abril

Opinião
"A certeza das coisas que se esperam"

Hebreus 11:1 dá uma clara definição de fé. É “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. Ao lermos esse verso, devemos perguntar a nós mesmos como a fé é a convicção “de fatos que se não veem”. Deus não requer que O sigamos cegamente. Não criou o mundo e simplesmente nos abandonou para que nos virássemos sozinhos ao buscarmos a esmo o significado da vida e a existência de algum Ser Maior. Ao contrário, as coisas em que cremos através da fé são baseadas em evidências físicas, mentais e até filosóficas.

Mas o que significa “a certeza de coisas que se esperam”? “Pois foi por meio da esperança que fomos salvos. Mas, se já estamos vendo aquilo que esperamos, então isso não é mais uma esperança. Pois quem é que fica esperando por alguma coisa que está vendo? Porém, se estamos esperando alguma coisa que ainda não podemos ver, então esperamos com paciência” (Rm 8:24, 25).

Esperamos muitas coisas. Esperamos passar nos exames semestrais da escola. Esperamos que nossos amigos vão ao nosso casamento. Esperamos que ninguém note a mancha de comida que espirrou em nossa camisa. Depois de o evento ter passado, não esperamos mais essas coisas. Elas se tornam passado. A fé, contudo, requer esperança. Por exemplo, se não esperamos a segunda vinda de Cristo, não cremos que ela irá acontecer. Não podemos verdadeiramente ter fé em nada se não esperamos algo. Nossa fé não é algo criado apressadamente pela maneira como descuidadamente usamos a palavra fé. Fé é mais do que outra palavra frequentemente usada por uma denominação ou um candidato político. Fé é o conhecimento do que esperamos e a prova que encontramos dessa mesma esperança.

Temos apenas duas escolhas quando a evidência da verdade nos é apresentada: aceitação ou rejeição. Não seja tolo em pensar que uma delas requer fé e a outra não. Cada escolha é baseada na evidência de coisas que não podemos detectar. Que a evidência dessas coisas leve você a uma compreensão de sua esperança. Então você terá fé.

Dicas

1. Releia Hebreus 11 pensando em ocasiões de sua vida em que você demonstrou fé. Agora, re-escreva sua própria versão desse capítulo, com pelo menos uma dúzia de exemplos (por exemplo: “Pela fé eu...”).
2. Ouça ou cante o hino “Fé dos Nossos Pais” (Hinário Adventista do Sétimo Dia,no 258). Re-escreva as palavras em linguagem mais contemporânea.
3. Converse sobre fé com alguém que tenha pelo menos o dobro da sua idade. Peça que essa pessoa conte experiências sobre quando sua fé foi posta à prova e fortalecida.
4. Ore para que Deus dê a você oportunidades de fortalecer a fé.
5. Coloque uma venda nos olhos e permita que outra pessoa guie você por alguns lugares durante alguns minutos. Como se sente ao colocar outra pessoa no controle?
6. Seja um cristão radical, saindo do seu caminho habitual nesta semana para mostrar a alguém o amor de Cristo.

Kerri Purkeypile | Omaha, EUA

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quinta-feira, 9 de abril de 2009

A Jornada Cristã - FÉ - 09/04/2009 a 11/04/2009

Quinta, 9 de abril

Aplicação
Os ABCs da fé

Doutrinas são importantes. Embora creiamos que são verdadeiras as doutrinas de nossa igreja, nossa fé não está ancorada em um sistema doutrinal, mas em Jesus. Doutrinas não são um fim em si mesmas. Elas nos ajudam a entender melhor Jesus e o que Ele fez por nós.

11. O que o Novo Testamento diz sobre a importância da sã doutrina? 1Tm 4:16; Tt 2:1

12. Qual é a relação entre a salvação e a fé na fonte da vida? Jo 3:36; 6:35

13. Qual é a convicção fundamental sobre a qual a igreja está construída? Mt 16:13-19

A passagem de Mateus 16 tem sido usada frequentemente como prova de que o apóstolo Pedro deve ser considerado o fundador da igreja cristã. Essa ideia não tem apoio bíblico. Ao contrário: Cristo é a pedra sobre a qual a igreja está construída (veja 1Pe 2:4-8).

E agora? Você já ouviu falar dos “heróis”, mas não está se sentindo muito fiel. Afinal de contas, Hebreus 11:6 salienta que “sem fé é impossível agradar a Deus”. Como você e eu podemos chegar pelo menos perto da fé deles?

Peça a fé. Em Marcos 9:17-24 encontramos a história de um menino possesso de um espírito imundo. Jesus disse ao pai que acreditasse que o espírito podia ser expulso. O homem respondeu: “Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!” (NVI). A fé é um fruto do Espírito (Gl 5:22). Não é seu fruto; é fruto do Espírito. Peça-Lhe que ajude você a vencer sua incredulidade.

Comporte-se com fé. De acordo com Tiago 2:18 e 19, nossa vida é um barômetro leal de nossa fé. Qual foi a última vez em que você intencionalmente conversou sobre Cristo com seus amigos? Ou qual foi a última vez em que você ajudou as pessoas de sua comunidade? Qual foi a última vez em que você entrou na escuridão para partilhar um pouco da luz com a qual você foi abençoado? “Até os demônios crêem.” Mas nós agimos, respondemos, fazemos. Nós nos comportamos com fé.

Veja a fé. Quando você pede fé e começa a se comportar com fé, ou a agir com fé, de repente você vê o que a fé faz através do poder de Jesus Cristo. Gideão derrotou milhares com algumas tochas, trombetas e jarros (Jz 6 e 7). Davi derrotou um gigante com uma pedra (1Sm 17). Raabe salvou sua família (Jz 2, 6). Ester salvou uma nação (Et 8). Talvez você não enxergue antes de dar o passo da fé; mas sempre pode olhar para trás e ver o que a fé operou.

“Deus é fiel” (1Co 1:9). Não há necessidade de se preocupar com o que outros possam dizer ou pensar. Não podemos perder tempo tentando controlar as coisas das quais Deus está cuidando. Depois que demos as chaves de nosso coração para o Espírito, compreendemos que toda a nossa existência está sob Seu controle, e que apenas através da fé poderemos agradá-Lo (Hb 11:6).

Aaron Purkeypile | Omaha, EUA

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

A Jornada Cristã - FÉ - 08/04/2009 a 11/04/2009

Quarta, 8 de abril

Testemunho
Poder para viver

A fé em Jesus crescerá quando você se familiarizar melhor com Ele. Isso pode acontecer pela contemplação de Sua vida e Seu amor.

8. Que desafio Pedro lançou aos crentes? 2Pe 3:18

9. Como a igreja de Tessalônica esteve à altura desse desafio? 2Ts 1:3

10. E como o “escudo da fé” nos ajuda a crescer espiritualmente? Como a fé se relaciona com o restante da “armadura de Deus”, descrita em Efésios 6:10-18?

“Fé não é sentimento. ‘A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem’ (Hb 11:1). A verdadeira fé não se acha de maneira alguma aliada à presunção. Somente aquele que tem a verdadeira fé, está seguro contra a presunção, pois esta é a falsa fé de Satanás.

“A fé reivindica as promessas de Deus, e produz frutos de obediência. A presunção também reivindica as promessas, mas delas se serve, como fez Satanás, para desculpar a transgressão. ... Não é fé o que roga o favor do Céu sem cumprir as condições sob as quais é assegurada a misericórdia. A fé genuína tem seu fundamento nas promessas e provisões das Escrituras. ...

“Não é bastante crer a respeito de Cristo; precisamos crer nEle. A única fé que nos beneficiará, é a que O abraça como um Salvador pessoal; a que aplica a nós mesmos os Seus méritos. Muitos consideram a fé como uma opinião. Mas a fé salvadora é uma transação, mediante a qual, os que recebem Cristo se ligam em concerto com Deus. A fé genuína é vida. Uma fé viva quer dizer aumento de vigor, uma firme confiança, por meio da qual a alma se torna uma potência vitoriosa” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 260, 261).

“Sem fé é impossível agradar a Deus. A fé viva habilita seu possuidor a apoiar-se nos méritos de Cristo, habilita-o a tirar grande conforto e contentamento do plano da salvação” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 364).

“A fé é a condição sob a qual Deus escolheu prometer perdão aos pecadores; não que exista na fé qualquer virtude pela qual se mereça a salvação, mas porque a fé pode prevalecer-se dos méritos de Cristo, o remédio provido para o pecado. A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador” (Ibid., p. 366, 367).

“A fé é o poder vivo que avança sobre toda barreira, supera todos os obstáculos e planta a sua bandeira do coração no acampamento inimigo” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 163).

“Sem uma fé viva em Cristo como Salvador pessoal, é impossível fazer sentir essa fé a um mundo cético. Se você quer arrebatar pecadores da impetuosa corrente, seus próprios pés não se devem achar em lugar escorregadio” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 274).

Deena Bartel-Wagner | Spencerport, EUA

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terça-feira, 7 de abril de 2009

A Jornada Cristã - FÉ - 07/04/2009 a 11/04/2009

Terça, 7 de abril

Exposição
Em busca da fé de Jesus

Relatando os milagres de Cristo, os escritores dos evangelhos enfatizam que o fator subjacente não era a mágica, mas a fé. Antes da cura, as pessoas eram desafiadas a exercer fé. “Que lhes seja feito segundo a fé que vocês têm”, disse Jesus (Mt 9:29, NVI). No entanto, nem sempre resultam em fé as experiências extraordinárias que levam o selo inegável da intervenção miraculosa de Deus. A verdade é que muitos procuram maneiras de explicar, por meios naturais, essas intervenções divinas.

5. Que comparação fez Jesus entre os milagres e as Escrituras? Qual deve ser o fundamento da fé? Lc 16:30, 31

6. Que diversos aspectos dessa “vida pela fé” encontramos nas Escrituras? Rm 1:17; Gl 5:6; Tg 2:17, 18; 1Jo 5:4, 5

7. Por outro lado, qual é o resultado trágico quando não existe fé? Rm 11:20; Hb 3:19

Fé. O que é? O que é falsa fé, e como podemos discerni-la? Por que às vezes é tão difícil exercer a fé? Há séculos vem-se trabalhando nessas e em outras perguntas, mas a promessa é que, nestes últimos dias, Deus terá um povo de firmeza na fé de Jesus (Ap 14:12). Então, por que não sermos a geração da promessa? Vamos abrir Sua Palavra e estudar a fé até que não apenas a compreendamos, mas a vivamos. Ao nos aproximarmos do fim, vamos investigar algumas peças do quebra-cabeça.

A fé falsa (Tg 2:18, 19). Nem tudo que é chamado de fé é realmente fé. Em Tiago 2:18 e 19, vemos que até os demônios creem. Sua fé, porém, é falsa porque coloca de lado o personagem principal. Os demônios reconhecem a existência de Deus, mas não respondem a Ele como Deus.

Qual é a diferença entre a fé falsa e a verdadeira? Uma forma de distinguir entre as duas é que a fé verdadeira é sempre uma resposta a Deus. A fé falsa sempre está baseada em iniciativas próprias para buscar a Deus e Sua Palavra com o único propósito de confirmar e/ou fortalecer pensamentos próprios, idéias e planos.

A fé verdadeira não se origina em nós nem se centraliza em nós. É algo que Deus cria em nossa vida (Rm 12:3; Hb 12:2), depois desenvolve e aperfeiçoa (Fp 1:6; 1Ts 3:9, 10).

O combate da fé (Ef 6:10-18). O grande conflito se centraliza na questão da fé. No Céu, Lúcifer decidiu colocar fé em suas próprias ambições, percepções e pensamentos, em vez de na Palavra de Deus. Não é de surpreender que suas primeiras palavras de tentação no jardim tenham consistido de um chamado para que Eva duvidasse da palavra explícita de Deus e confiasse no que estava experimentando através de seus sentidos (Gn 3:1-6). E assim, através dos enganos de Satanás, começou neste planeta a guerra entre a carne (nossa experiência sensorial) e o Espírito (o que é revelado na Palavra de Deus).

Para nos ajudar a travar essa guerra, Efésios 6:10-16 nos instrui a tomar toda a armadura, sendo que a parte mais importante dela é o escudo da fé. Isso subentende que a fé é algo que precisamos apreender intencionalmente a fim de que ela seja eficiente. Acima de tudo o mais, precisamos manter o escudo da fé pronto para repelir as flechas ofensivas de Satanás.

Demonstração da fé (Hb 11). “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício” (Hb 11:4). “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte” (Hb 11:5). “Pela fé, Noé ... aparelhou uma arca” (Hb 11:7). “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu” (Hb 11:8). Quando olhamos para a galeria da fé em Hebreus 11, vemos homens e mulheres se movendo, agindo e obedecendo. O que isso nos diz sobre a fé? Estude cuidadosamente a história deles. Hebreus 11 mostra pessoas que estão colocando o peso de sua vida nas ordens e na Palavra de Deus.

Por exemplo, quando Abraão saiu de sua terra natal, dependeu completamente de Deus para guiá-lo e prover-lhe o necessário, para não mencionar sua própria vulnerabilidade ao aceitar a liderança de Deus quando solicitado a renunciar a seu único filho.

A fé é mais que uma crença; a fé é mais que uma arma de defesa no grande conflito. Fé é a questão central nesta guerra entre o bem e o mal, porque se trata de uma escolha ativa de nos tornarmos vulneráveis Àquele em quem estamos escolhendo confiar. O fator vulnerabilidade na fé vem de sermos completamente abertos e dispostos a aceitar os resultados que vêm de escolhermos a fé.

A bendita esperança da fé (1Pe 1:3-8). Por que nos importarmos em conhecer a diferença entre a verdadeira e a falsa fé? Por que suportarmos as dolorosas lutas e batalhas neste grande conflito? E por que sermos vulneráveis quando podemos aprender a nos proteger, a nos defender e a alcançar a realização? A resposta se encontra na bendita esperança de nossa fé. Leia cuidadosamente 1 Pedro 1:3-8.

Para desejarmos tal fé, para cultivarmos tal fé, talvez precisemos estudar, lutar e nos abrirmos para Jesus mais do que naturalmente o faríamos. Contudo, o bendito resultado da provação de nossa fé é a vida eterna, uma eterna conexão íntima com o próprio Deus, e glória e honra para nosso Salvador. Que Deus nos ajude ao avançarmos, concedendo-nos a fé de Jesus, hoje e cada dia que virá.

Pense nisto

1. Quem é a pessoa em quem você mais confia neste mundo? Por que você confia nela? Que atributos dessa pessoa despertam sua fé?
2. Se a fé é um subproduto de conhecer uma pessoa digna de confiança, o que precisamos fazer a fim de ter suprema fé em Deus?

Michael Belknap | Rochester, EUA

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Jornada Cristã - FÉ - 06/04/2009 a 11/04/2009

Segunda, 6 de abril

Evidência
Experiência anterior?

3. Que papel têm as Escrituras na experiência da fé? Jo 5:39; 2Tm 3:15
A Bíblia é de extrema importância e, se a negligenciarmos, nossa fé estará em perigo.

4. O que Tiago 2:18, 19 diz sobre o caráter da fé? Por que a fé é mais que um assentimento intelectual da crença na existência de Deus e em outras doutrinas?

Quando você se candidata a um emprego, o empregador pergunta se você tem experiência. Ele ou ela quer ver uma lista de tudo o que você já fez em determinada área de especialização. Essa lista é seu currículo. Na verdade, você não pode obter um emprego sem ele.

Seu currículo alista todas as coisas que você já fez, todas as suas atividades. Se não houver essa experiência anterior, então não há emprego.

Imagine que, durante uma entrevista, você dissesse ao seu empregador em potencial que você tinha fé que podia fazer o trabalho. Nada de currículo, nem de experiência anterior; só fé. O entrevistador provavelmente riria na sua cara.

Graças a Deus porque Ele é diferente. Ele não precisa ver um currículo ou lista de qualificações. Não precisa ouvir tudo sobre sua “experiência anterior”. Tudo o que Ele pede é fé. Tudo de que precisamos para trabalhar para Deus e para morar com Ele para sempre é fé. A certeza de que Deus nos sustentará, nos usará, nos salvará. Crer que Ele sabe o que é melhor. Crer que embora nunca sejamos suficientemente qualificados para fazer Seu trabalho, ou mesmo para estar diante dEle, ainda assim Ele nos ama e nos quer. Sua morte por nós prova isso.

José era o filho favorito. Ele era provavelmente o protegido da família, que sempre conseguia o que queria e nunca precisava trabalhar duro para nada. Ele não precisava de qualificações porque recebia tudo de “bandeja”. Mas Deus precisava usá-lo. Então, José foi despojado de todo o seu status e luxo e foi feito escravo durante muitos anos. Sua fé em Deus o fez prosseguir sempre adiante, até que ele estivesse num lugar em que Deus pudesse usá-lo (Gn 37, 39-47).

Moisés tinha o currículo para ser um príncipe. Cresceu no palácio do Egito, foi treinado para a liderança e a excelência. Contudo, Deus precisava de sua fé e humildade. Moisés, o príncipe, foi rebaixado à humilde função de pastor de ovelhas. Só depois de ter sido despojado de toda a auto-suficiência é que ele foi capaz de ter fé para fazer o que Deus precisava que ele fizesse (Êx 2–4).

Deus nos dará as qualificações que precisamos para trabalhar para Ele, se Lhe dermos a fé para usar essas qualificações e para segui-Lo.

Ashley Cheney | Webster, EUA

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domingo, 5 de abril de 2009

A Jornada Cristã - FÉ - 05/04/2009 a 11/04/2009




“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”
(Ef 2:8, 9, NVI).

Prévia da semana: Nossa experiência de fé deve servir de guia na vida. Estudando a Bíblia e desenvolvendo comunhão com Cristo, podemos permitir que a fé se manifeste em todos os aspectos da vida.

Domingo, 5 de abril

Introdução
A corda salva-vidas da fé

Que é fé? Uma definição simples poderia ser: “Fé é uma obediente confiança na realidade, no poder e no amor de Deus, revelado em Seus atos e em Suas promessas a nós.” Fé é um milagre, um dom de Deus.

1. Como o apóstolo Paulo destaca a característica da fé como um dom? Ef 2:8

Assim como não podemos ser completamente humanos sem amor, sem fé não podemos ser o que Deus planejou que fôssemos. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6).

2. Como podemos nos preparar para o dom da fé? Isto é, que mudanças devemos fazer em nossa vida para que nos tornemos mais receptivos a esse dom? Rm 10:17; veja também Hb 11:6.

A plataforma se encontrava bem no alto, acima de mim, escarnecendo de mim, mas ao mesmo tempo me chamando. Minha família e eu havíamos escolhido passar um dia num ginásio local de escalada de rochas, praticando nossas habilidades. Como um escalador de rochas principiante, eu ouvia o instrutor, tentando obter conhecimento de como segurar a corda, enquanto eu amarrava outro escalador. Eu esperava enquanto os freios eram ajustados e os mosquetões eram travados. Cada passo devia aumentar a segurança do escalador.

O momento chegou bem rápido. Observei a primeira pessoa subir a escada. Primeiro, era preciso subir um trecho segurando nos apoios de mão laterais da viga de aço. Depois, era preciso subir uns três metros numa escada de cordas, e depois subir mais até alcançar uma plataforma que estava a 15 metros do solo. O primeiro escalador fez tudo parecer tão fácil!

Eu sabia que, quanto mais esperasse, mais difícil se tornaria subir até a plataforma. Logo me vi sentando ao lado do instrutor na plataforma. Novamente observei e ouvi enquanto as instruções eram dadas. Quando o instrutor disse que eu estava pronto, tive a convicção de que a corda me sustentaria. Tinha aprendido como segurar a corda, e sabia que, se eu permitisse que a corda fizesse o seu trabalho, não cairia para a morte certa.

Sentando na beirada da plataforma, me equilibrei para escorregar para baixo e deixar a corda sustentar todo o meu peso. Eu tinha que ter fé e crer que a corda era meu salva-vidas. Se eu não me deixasse cair da plataforma, a corda nunca faria o trabalho que devia fazer.

Até eu colocar minha fé em prática confiando na corda, na verdade não tinha fé. Como cristãos, nossa fé em Deus precisa ser colocada em prática. Muitas vezes, dizemos que temos fé e cremos que Ele está na direção, mas então tomamos o controle de nossa vida e não permitimos que Ele faça Sua obra em moldar nosso caráter.

Gary Wagner | Spencerport, EUA

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