sábado, 8 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (Parte 1) - 08/11/2008 a 08/11/2008

RESUMO SEMANAL - 02/11/2008 a 08/11/2008

A Expiação em Símbolos – I


Pr. João Antonio Alves
Professor de Teologia do IAENE

Verso Para Memorizar: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de Cordeiro sem defeito e sem má­cula, o sangue de Cristo” (1Pe 1:18, 19).

Pensamento-chave: Mostrar como o sistema sacrifical do Antigo Testamento apontava para o sacrifício de Cristo.

Já temos visto nesta série alguns aspectos fundamentais para a compreensão de um assunto tão grandioso como é a doutrina da expiação. O primeiro deles, naturalmente, aponta para Deus, com Seus atributos, passando pelo surgimento da crise cósmica, a queda em pecado, o anúncio da expiação a diversos personagens bíblicos, entre outros. Nesta lição, veremos um pouco da didática divina, o ensino acerca do sistema sacrifical, com sua abundância de sangue derramado. Alguém mais sensível poderia se sentir afetado ao se inteirar de como se processava o ritual, e perguntar por que era necessário derramar tanto sangue. Na verdade, esta era uma ilustração que visava impactar poderosamente o pecador com a conseqüência do pecado: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Alguém pecou – alguém tem que morrer. Se o homem pecou, deveria morrer. Visto que Deus não deseja a morte de ninguém, idealizou um plano para resgatar o homem desse destino inevitável. Neste plano, Jesus assumiria o lugar do ­culpado pecador, daria Sua vida para que o homem pudesse viver. No sistema do santuário, Cristo era simbolizado de forma especial pelo cordeiro sacrifical. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9:22). Ele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Esta é a razão pela qual o sangue era derramado: mostrar a seriedade do pecado, o terrível mal resultante, que exigia a morte não apenas do animal sacrifical, mas também a morte do próprio Filho de Deus. O estudo desta lição deve levar-nos humildemente a refletir acerca da morte de Jesus e como estamos avaliando Seu sacrifício em nosso lugar.

Expiação e sacrifícios de animais

O sacrifício de animais teve sua origem logo que o homem pecou. No relato de Gênesis 3, o homem pro­curou cobrir sua nudez com folhas de figueira (Gn 3:7). Essas folhas simbolizam o esforço humano para solucionar o problema causado pelo pecado. São símbolo da salvação pelas obras. Mas as obras humanas não são aceitáveis diante de Deus. O assunto é extremamente grave. Mas a nudez do homem não era simplesmente física; era também espiritual. Assim, a solução para o homem dependia da ação divina. E Deus agiu, fazendo roupas de pele para cobrir a nudez humana. Embora o texto não mencione, naturalmente está implícito o sacrifício de um animal. A pele era de um animal, que teve que morrer para suprir a necessidade do homem. Posteriormente, a Bíblia relata o sacrifício oferecido por Abel. Gênesis 4:4 faz referência à gordura do sacrifício de Abel, o que implica na morte do animal. Nesta condição, o próprio pecador deveria sacrificar a vítima. No ritual levítico, o pecador oferecia o sacrifício (Lv 4:29). Assim, era impressionado fortemente com a gravidade do seu pecado. Da mesma forma, Adão sacrificou o animal que proveu a pele para sua vestimenta.

A propósito dessa ocasião, Ellen White observa: “Para Adão, a oferta do primeiro sacrifício foi uma cerimônia dolorosíssima. Sua mão deveria erguer-se para tirar a vida, a qual unicamente Deus pode dar. Era a primeira vez que testemunhava a morte, e sabia que se ele tivesse sido obediente a Deus não teria havido morte de homem ou animal. Ao matar a inocente vítima, tremeu com o pensamento de que seu pecado deveria derramar o sangue do ima­culado Cordeiro de Deus. Esta cena lhe deu uma intuição mais profunda e vívida da grandeza de sua transgressão, que coisa alguma a não ser a morte do amado Filho de Deus poderia expiar.” (Patriarcas e profetas, 64).

No sacrifício do animal no Éden, encontramos uma revelação de Deus como o Redentor da raça humana. Em Sua misericórdia e graça, Deus poupou Adão e Eva da morte inevitável (Gn 2:17), porque Ele mesmo proveu um meio de redenção. A sentença de morte foi transferida do pecador para o substituto – o animal sacrifical. Desta forma, a ruptura do relacionamento, como resultado do pecado, pôde ser restaurada. O sangue do animal trouxe vida e reconciliação. Igualmente, o sangue de Cristo nos dá vida e somos reconciliados com Deus, para viver em Sua presença, cobertos com a justiça de Cristo.

Pecado e impureza

Deus é santo. Sua santidade O mantém separado do mundo de pecado e morte, que é o ambiente natural do ser humano. Mas Deus, graciosamente, estabeleceu com o homem um concerto e lhe ofereceu a oportunidade de voltar a se relacionar com Ele. Nesse concerto, o homem é chamado a imitar a santidade de Deus mediante a observância da lei do concerto (Lv 19:2; 20:7-8). E como poderia este concerto ser rompido? Por meio do pecado e da impureza.

No contexto do santuário, três palavras para pecado são importantes. A primeira (ḥēṭ’) entende o pecado como uma falha em obedecer à lei do concerto (Lv 4:2; Is 42:24). A segunda (‘āwôn) designa o pecado como uma perversão do que é direito (Jó 33:27). A terceira (peša‘) expressa a verdadeira natureza do pecado, ou seja, crime, rebelião. Teologicamente, esta palavra define pecado como ato de rebelião contra o concerto e o Senhor do concerto (Is 1:2; Jr 3:13; Am 2:4, 6-8).

Com relação à impureza, é importante destacar seu significado metafórico, isto é, de alienação. A pessoa “impura” era alienada, afastada da comunidade do concerto. Desta forma, era impedida de conviver com a própria família, um fato agravado pelo seu afastamento do santuário. O impuro não tinha acesso ao santuário, aos benefícios espirituais providos pelo ritual do santuário. Dito de outra forma, o homem impuro poderia ser considerado morto, tanto social como espiritualmente.

Como solucionar o caso das pessoas pecadoras/impuras? O caminho era o sistema do santuário. O perdão dos pecados (Lv 4:20) e a purificação (Lv 12:8) eram oferecidos no santuário. O pecador arrependido deveria levar uma vítima sacrifical (Lv 5:5-6). Isso revelava que a quebra do concerto era algo muito sério, e não podia ser tratada levianamente. Toda violação do concerto exigia uma reparação. Como o homem não tinha como reparar seu ato de rebelião, Deus instituiu as formas legais, no sistema do santuário, para reinserir o pecador nas bênçãos do concerto. Em resumo, aqui temos a manifestação do amor de Deus aos pecadores. Apesar da infidelidade do ser humano para com o concerto, Deus, em Seu amor, provê o substituto, simbolizado no animal sacrifical, para continuar estendendo sobre o pecador todos os benefícios oriundos de uma relação com o Criador de todas as coisas. O santuário é o lugar do perdão e da salvação.

Os sacrifícios

As Escrituras Sagradas não deixam lugar a qualquer dúvida acerca da condição do ser humano. Como disse o apóstolo Paulo, “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23; cf. 5:12). Partindo dessa triste certeza, o ritual levítico prescreve o que se deve fazer em caso de pecado por parte do sacerdote, de toda a congregação, do príncipe e, finalmente, de alguém do povo em geral. Todos são pecadores. Para todos eles, porém há uma solução. A salvação é inclusiva. Ninguém é deixado de fora, seja por sua posição na sociedade, sua função, etc. Esta inclusividade pode ser vista na prescrição das ofertas pelo pecado, que dependia da situação financeira do indivíduo: uma cordeira ou cabrita (Lv 5:6), ou duas rolas ou dois pombinhos (v. 7), ou ainda uma oferta que não incluía sangue, visto a situação de extrema pobreza do pecador: a décima parte de um efa de flor de farinha (v. 11). Em resumo, ninguém podia alegar qualquer des­culpa a fim de não comparecer diante do Senhor. O caminho do santuário estava sempre aberto a todos. O mesmo é verdade em nossos dias. Não há des­culpa. Aquele que comparece, recebe perdão e é reintegrado à comunidade do concerto.

Um aspecto que não deve ser esquecido é que se exigia perfeição nos animais oferecidos em sacrifício. A razão para isso é que eles apontavam para Cristo, a oferta sacrifical por excelência. O apóstolo Pedro deixa isto bem claro quando afirma que fomos resgatados pelo “precioso sangue, como de Cordeiro sem defeito e sem má­cula, o sangue de Cristo” (1Pe 1:18, 19). Não é possível ao homem oferecer alguma coisa por si mesmo, visto que é naturalmente imperfeito. Somente o Substituto celestial pode fazer expiação pelos pecados da humanidade pecadora. Ao homem compete aceitar a oferta graciosamente oferecida pelo Céu em seu favor.

Um erro muito comum é o indivíduo imaginar que, antes de comparecer diante do trono da graça, necessita “melhorar” a vida, “corrigir” algumas coisas, para então ser aceito por Deus. Nada mais equivocado. Vamos a Cristo como estamos, com o coração contrito, arrependido. Não importa qual seja o pecado. Em Cristo há perdão para todo aquele que humildemente reconhece seu estado e clama pela misericórdia divina. O Céu se alegra com o retorno do filho pródigo ao lar paterno. Ninguém andou tão longe que não possa voltar. Basta querer. Reconheça. Volte. Ele está esperando você!

Remoção do pecado/impureza

O santuário funcionava, por assim dizer, 24 horas por dia. Naturalmente, isto não deve ser tomado literalmente, no sentido de que havia plantão noturno, para atender a algum penitente que se atrasasse devido a seus compromissos. Mas a oferta sacrifical estava sempre queimando sobre o altar, simbolizando o perdão disponibilizado continuamente a todo pecador (Êx 29:38-42). Em termos de funcionamento, entretanto, os sacerdotes ministravam no pátio e no lugar santo do santuário em favor do povo de Deus. Os sacerdotes também atendiam os pecadores que traziam seus sacrifícios e buscavam expiação pela mediação dos sacerdotes. Alguns aspectos devem ser destacados nestas cerimônias, como a imposição de mãos e o rito de manipulação do sangue.

O ato de impor as mãos sobre a vítima simbolizava a transferência do pecado, do pecador para a vítima. Isto é explicitamente declarado com relação ao bode para Azazel (Lv 16:21). Como resultado, a vítima era morta. Pecado e morte. Dupla inseparável.

Seguindo-se a morte do sacrifício, o que era feito com o sangue ou com a carne? Em alguns casos, o sacerdote tomava o sangue e o manipulava de uma forma específica, aspergindo-o sete vezes diante do véu do santuário ou colocando-o sobre os chifres do altar de incenso, derramando o restante na base do altar de holocausto (Lv 4:6-7,17-18) ou ainda colocando-o sobre os chifres do altar de holocausto (v. 25, 30). Em outros casos, a carne do animal oferecido deveria ser comida pelo sacerdote oficiante (Lv 6:25,26; 7:6,7; 10:17). Em ambos os casos, seja introduzindo o sangue no santuário, ou comendo a carne do animal sacrifical, o pecado era transferido para o santuário, produzindo sua contaminação – visto que se estava seguindo as leis do santuário com relação aos sacrifícios. Com respeito ao pecador, este estava perdoado. O perdão ocorria quando o sacrifício era oferecido. A idéia é bem concreta: pecado = morte. O pecado era transferido para o animal e o animal morria. O sangue era levado para dentro do santuário, enquanto o pecador se retirava do santuário, perdoado. Não mais se encontrava em estado de alienação, excluído da comunidade do concerto. Era aceito com base na morte do substituto.

Em qualquer dos casos, o importante a destacar é que Deus tinha a solução para o problema do pecado. Deus assumia a responsabilidade. Era uma prefiguração da obra de Cristo. Obviamente, a diferença é enorme entre a obra de Cristo e os símbolos do santuário. Os símbolos não conseguem captar todas as dimensões da obra que seria realizada por Cristo. Não obstante, o ensino é claro: Jesus assumiu a ­culpa pelos nossos pecados, morreu uma única vez, oferecendo um sacrifício perfeito, único, e assim pode colocar-nos outra vez sob o favor de Deus, como filhos amados, perdoados, justificados pelo Seu sangue. Assim como o sacerdote ministrava com o sangue da vítima, Jesus ministra no santuário celestial com base no sangue derramado na cruz. Uma coisa é inseparável da outra. Sacrifício e mediação sacerdotal. Perdão e reconciliação.

Algumas pessoas, às vezes, dizem que não se sentem perdoadas. Considerando o sistema de salvação ensinado pelo ritual do santuário, podemos dizer que ninguém necessita sentir coisa alguma. Tudo o que se espera é que a pessoa creia na promessa de perdão mediante o sacrifício de Jesus (1Jo 1:9). Ele perdoa e purifica. NEle somos novas criaturas, para a glória de Deus.

Outros sacrifícios

Além dos sacrifícios pelo pecado, anteriormente mencionados, ainda outras ofertas deveriam/poderiam ser apresentadas no santuário. Cada uma delas tinha um significado especial que merece ser destacado. Em primeiro lugar temos as ofertas queimadas. Eram assim chamadas porque deveriam ser totalmente consumidas sobre o altar. E qual era sua função? Embora as ofertas queimadas individuais fossem voluntárias, ­cumpriam também uma função expiatória (Lv 1:4). Além disso, a orientação de que deveriam ser totalmente consumidas sobre o altar simbolizava a total consagração do ofertante. Era como se o pecador se colocasse inteiramente sobre o altar, sem nada reter, oferecendo tudo ao Senhor. Era uma oferta voluntária, livre. Representava o ato do coração, de se oferecer, de se entregar. Merece nossa reflexão: quanto estamos dispostos a entregar sobre o altar do Senhor? No caso de Cristo, a oferta perfeita, a entrega foi total. Deu a própria vida. O Senhor espera que estejamos dispostos a Lhe entregar os nossos “corpos por sacrifício vivo, santo e agradável” (Rm 12:1). Uma oferta queimada no altar de Deus.

Também temos as ofertas pacíficas. Estas podiam ser classificadas em ofertas de gratidão, ofertas por um voto e ofertas voluntárias. A oferta de gratidão, ou de louvor, era oferecida em alguma ocasião de regozijo, de gratidão por alguma bênção especial ou por um livramento realizado pelo Senhor. As ofertas pacíficas eram voluntárias, procediam de um coração transbordante de gratidão ao Senhor. Eram de louvor pelo que Ele fez, exaltando Seu amor, Sua bondade e misericórdia pelos Seus filhos. Eram ofertas de cheiro suave ao Senhor. A oferta era dividida em três partes: uma para o Senhor, que era queimada sobre o altar; outra para o sacerdote; e a maior parte era do ofertante, que faria uma festa com seus convidados. Era uma ocasião de alegria, de manifestar gratidão a Deus por Sua misericórdia.

Além destas, as ofertas de manjares consistiam dos principais produtos vegetais da alimentação do povo: farinha, azeite, cereais, vinho, sal e incenso. Parte dessas ofertas era queimada sobre o altar, como cheiro suave, em memória ao Senhor. O restante das ofertas pertencia ao sacerdote. A oferta de manjares simbolizava submissão e dependência; era um reconhecimento de soberania e mordomia, de dependência de Deus. Com isto, se reconhecia que Deus é o mantenedor da vida, que provê o alimento de cada dia. É do Senhor que provêm as bênçãos temporais. O filho de Deus que reconhece este princípio será fiel ao Senhor no trato com suas posses. Se, na oferta queimada, a pessoa se consagrava ao Senhor, na oferta de manjares o pecador consagrava ao Senhor os seus bens.

Tudo o que vimos nesta semana aponta para Jesus: a revelação do santuário se centraliza na pessoa de Cristo. Era uma antecipação de Seu sacrifício expiatório na cruz do Calvário. O santuário era uma revelação do plano da salvação. Expiação em símbolos. Símbolos do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. É a maravilha do amor de Deus em ação, para restaurar a comunhão interrompida por causa do pecado, para ­curar as feridas, para reintroduzir Seus filhos ao favor celestial, oferecendo-lhes Seu perdão, disponibilizando-lhes a salvação.

São símbolos que, mesmo tendo sido apontados pelo próprio Deus, são inadequados em sua representação da realidade: a obra redentora de Jesus Cristo. Mas estes símbolos nos ensinam verdades essenciais para nossa vida cristã. Entretanto, não devemos nos perder nos detalhes dos símbolos e esquecer a realidade que é Cristo. Para Ele devem convergir nossos pensamentos e reflexões. NEle deve concentrar-se o meditar de nosso coração. E Ele deve ser a inspiração de nossa vida como cristãos. Ele é o sacrifício pelos nossos pecados. A Ele devemos consagrar nossa vida como uma oferta queimada para ser inteiramente consumida no altar do Senhor.

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (Parte 1) - 07/11/2008 a 08/11/2008

Sexta, 7 de novembro

Opinião
A transfusão perfeita

“Doe vida” é uma frase que sempre ouvimos nas propagandas sobre doação de sangue, embora isso não esteja ligado ao sistema sacrifical do Antigo Testamento. Há diferenças-chave entre uma coisa e outra, é claro, como o fato de que o “doador sacrifical” permanece vivo após doar o sangue. Mas a idéia de doar nosso sangue para um banco de sangue é, mesmo sendo fraca e humana, um símbolo tanto do sistema sacrifical quanto do sacrifício de Cristo. Embora nossas próprias transfusões sejam imperfeitas, ainda podem ajudar a salvar vidas.

Os bancos de sangue estão sempre procurando sangue compatível. Por exemplo, eles não aceitarão meu sangue. Tenho uma pequena desordem que torna a taxa de ferro em minha hemoglobina consistentemente baixa. Tentei doar muitas vezes.

Há outra preocupação com o sangue além da incompatibilidade. Ele também pode carregar toxinas. Note o medo de agulhas sujas, por exemplo. A pior coisa que pode acontecer quando alguém é picado por uma agulha infectada é que as toxinas penetrem na corrente sangüínea.

No sistema sacrifical do Antigo Testamento havia um duplo significado no sacrifício. Os suplicantes reconheciam que eram pecaminosos e mereciam morrer. Seus sacrifícios também mostravam sua fé na capacidade de Deus para salvá-los. Da mesma forma, o sangue que corre em nossas veias é o veículo que nos declara mortais e leva a vida que Cristo nos comprou com Seu sangue.

O sangue de Cristo é perfeitamente compatível com o de todos nós. Não temos que nos preocupar com o fato de recebermos sangue errado. Ele é compatível conosco de diferentes maneiras, segundo cada uma de nossas necessidades. Ele pode vir ao nosso encontro exatamente onde estamos. Ele é a transfusão perfeita. E sabemos que Ele não está infectado com o pecado, como nós. Ele é perfeito.

Dicas

1. Desenhe, pinte ou fotografe qualquer coisa material que você valorize muito. Imagine que você tenha que renunciar a esse bem. Talvez você possa destruir a representação para acrescentar realismo à experiência. Como isso faz você se sentir?
2. Monitore seus pensamentos e atos. Você pode ser dado à ira, por exemplo. Quantas vezes em um dado período você tem pensamentos irados, vingativos ou rudes? Quantas vezes esses pensamentos levam você a agir ou a falar o que não devia? Deus deseja ajudá-lo(a) a vencer seus pontos fracos.
3. Imagine-se como Adão ou Eva após a queda. O que você nota sobre as conseqüências de seus atos? Escreva suas impressões num parágrafo ou dois.
4. Prepare uma refeição para alguém que esteja precisando de ajuda. Use os melhores ingredientes. Sacrificar significa dar a Deus nosso melhor, e, às vezes, dar a Deus significa dar a outras pessoas.
5. Dê o primeiro passo para se reconciliar com alguém com quem você tenha um conflito. Coloque seu orgulho no altar.

Kassy Skoretz | Colton, EUA

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (Parte 1) - 06/11/2008 a 08/11/2008

Quinta, 6 de novembro

Aplicação
Pecaminosos por natureza

6. Qual era a função do holocausto? Lv 1:3-9; 22:17-22

7. Qual era a função das ofertas voluntárias ou pacíficas? Lv 7:12, 16

As ofertas pacíficas podiam ser apresentadas como ofertas de ação de graças, ofertas votivas e voluntárias (Lv 7:12, 15, 16). Isso sugere que o ato sacrifical era uma ocasião festiva (1Sm 11:14, 15; 1Rs 8:62, 63). O fato de que o Senhor devolvia a carne do sacrifício para que o adorador a comesse com parentes e amigos em Sua presença (Dt 12:17, 18) indica que o sacrifício fortalecia a relação de aliança pela comunhão com Deus e com outros israelitas (Dt 27:7; 1Rs 8:63).

8. Qual era a função da oferta de cereais? Lv 2:1-10
A oferta de cereais era separada dos frutos da terra em reconhecimento pela bondosa provisão de Deus para com Seu povo. Tudo pertencia a Deus, mas Ele pedia que uma pequena porção Lhe fosse apresentada pelo povo como expressão de gratidão (Dt 26:9, 10).
Pelo fato de ainda termos natureza pecaminosa, precisamos dar os passos para a redenção, embora não sacrificando fisicamente animais. Que passos são esses?

1. Reconheça que você pecou. Cristo deseja que todos reconheçamos o fato de que somos pecadores e de que o salário do pecado é a morte. Mas há esperança. Durante os tempos do Antigo Testamento, o povo de Deus era diariamente lembrado de seu pecado e da esperança de salvação por meio dos sacrifícios do ritual do santuário. Que lembretes temos diariamente do pecado e da esperança de salvação?

2. Confesse seus pecados. Uma vez tendo reconhecido que pecamos, precisamos levar esses pecados a Cristo. Ele não deseja que Lhe levemos nossos pecados para que nos sintamos envergonhados ou culpados, mas para que possamos ser libertos do fardo que eles lançam sobre nós, a fim de que tenhamos vida abundante.

3. Assuma a responsabilidade e se arrependa. Esse passo é muito importante. Cristo conhece nosso coração. Ele ouve mais do que simplesmente nossas palavras. Isso significa que é preciso mais do que simplesmente dizer: “Por favor, me perdoe.” Significa reconhecer que pecamos e que honestamente desejamos que Cristo nos perdoe.

4. Deixe Deus cuidar do resto. Uma vez que reconhecemos nossos pecados, assumimos a responsabilidade e os confessamos a Cristo, precisamos deixar que Ele seja Senhor de nossa vida. Precisamos deixá-Lo nos libertar de carregar o fardo e crer que Ele vai cuidar de nós. Com a ajuda do Espírito Santo, podemos desenvolver a vida cristã, sabendo que Deus nos lavou de nossos pecados e que estamos salvos.

Shari Jackson | Berrien Springs, EUA

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (Parte 1) - 05/11/2008 a 08/11/2008

Quarta, 5 de novembro

Testemunho
Tudo tem a ver com o sangue

5. Na oferta dos sacrifícios, qual era o papel do sacerdote e do pecador penitente? Lv 4:5-7; 28-31

No sacrifício pelo pecado, o pecador colocava uma das mãos sobre a cabeça do animal e se apoiava nela, indicando que se identificava completamente com a vítima sacrifical. Naquele momento, o animal do sacrifício era colocado diante de Deus, levando o pecado do indivíduo. Geralmente, a vítima era morta pelo pecador penitente, embora houvesse exceções (Lv 1:14, 15; 5:8). Além da imposição das mãos e da morte do animal, outro ritual era o transporte do sangue para o santuário, o meio pelo qual o pecado era transferido para lá. Esse ritual apontava para o ministério sumo sacerdotal de Cristo em nosso favor.

Caim e Abel “foram provados, assim como o fora Adão antes deles, para mostrar se creriam na Palavra de Deus e a obedeceriam. Estavam cientes da providência tomada para a salvação do homem, e compreendiam o sistema de ofertas que Deus ordenara. Sabiam que nessas ofertas deveriam exprimir fé no Salvador a quem tais ofertas tipificavam, e ao mesmo tempo reconhecer sua total dependência dEle, para o perdão; e sabiam que, conformando-se assim ao plano divino para a sua redenção, estavam a dar prova de sua obediência à vontade de Deus. Sem derramamento de sangue não poderia haver remissão de pecado; e deviam eles mostrar sua fé no sangue de Cristo como a expiação prometida, oferecendo em sacrifício o primogênito do rebanho. Além disto, as primícias da terra deviam ser apresentadas diante do Senhor em ação de graças”(Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 71).

“Caim e Abel representam duas classes que existirão no mundo até o final do tempo. Uma dessas classes se prevalece do sacrifício indicado para o pecado; a outra arrisca-se a confiar em seus próprios méritos; o sacrifício desta é destituído da virtude da mediação divina, e assim não é apto para levar o homem ao favor de Deus. É unicamente pelos méritos de Jesus que nossas transgressões podem ser perdoadas. Aqueles que não sentem necessidade do sangue de Cristo, que acham que sem a graça divina podem pelas suas próprias obras conseguir a aprovação de Deus, estão cometendo o mesmo erro de Caim. Se não aceitam o sangue purificador, acham-se sob condenação. Não há outra providência tomada pela qual se possam libertar da escravidão do pecado” (Ibid., p. 72, 73).

“Em toda oferta a Deus devemos reconhecer o único grande Dom; somente isso pode tornar aceitável a Deus nosso serviço. Quando Abel ofereceu as primícias do rebanho, reconheceu a Deus não apenas como o Doador de suas bênçãos temporais, mas também como o Doador do Salvador. O dom de Abel foi o melhor que ele podia trazer, pois era o reclamo especial que o Senhor fizera. Mas Caim trouxe apenas o fruto do solo, e sua oferta não foi aceita pelo Senhor. Não expressava fé em Cristo. Todas as nossas ofertas precisam ser espargidas com o sangue da expiação. Como possessão adquirida do Filho de Deus, devemos dar ao Senhor nossa própria vida individual” (Comentário de Ellen G. White, Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 1, p. 1.086).

Alice Carpenter | Países Baixos

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (Parte 1) - 04/11/2008 a 08/11/2008

Terça, 4 de novembro

Exposição
O derramamento de sangue

3. O que o livro de Levítico nos diz sobre quem precisa de expiação para seu pecado? Lv 4:3, 13, 22, 27; veja também Rm 3:23; 5:12

4. Que aspecto importante da vida de Jesus estava prefigurado naqueles sacrifícios, e por que esse aspecto é tão importante para nós e para o plano de salvação? 1Pe 1:18, 19. Leia também Rm 5:19; 2Co 5:21; Hb 4:15

A boa-nova para nós, prefigurada nesses sacrifícios, é que, não importa nosso passado, nem quanto caímos; por meio do sangue de Jesus podemos encontrar restituição, cura, perdão e purificação.

O sinal do pecado (Gn 3:21). O Jardim do Éden foi originalmente criado como um lugar de paz e tranqüilidade. O homem e a mulher eram vestidos apenas de luz. Não tinham medo de sua nudez, de sua carne. Na sociedade de hoje, a nudez é considerada sinal de vulnerabilidade. Após o pecado ter entrado no jardim e no mundo, foi introduzida uma compreensão adicional do propósito das vestes. Henry David Thoreau estava correto quando disse: “Tenha cuidado com todo empreendimento que requeira uma nova roupa.” Para Adão e Eva, esse novo empreendimento foi uma vida de pecado. É interessante que, ao usar roupas, eles estavam cobrindo o mais importante aspecto do sacrifício: a carne e o sangue. Após entrarem em pecado e começarem a usar roupas, foi requerido de Adão e Eva que iniciassem o sistema sacrifical que levaria ao sacrifício final de Jesus na cruz. O ato de matar animais que têm sangue, semelhante aos seres humanos, mostrava quão imenso seria, na verdade, o sacrifício final feito por Cristo.

Carne, não frutas (Gn 4:3-5). Caim, o filho de Adão e Eva, escolheu não derramar o sangue de animais. Não está claro se ele entendia ou não a implicação total de seus atos. Caim trouxe frutas como sacrifício. As frutas são um dos elementos necessários para manter a vida. Contudo, esse alimento não foi suficiente para o sacrifício. Ironicamente, Caim fez um sacrifício de carne e sangue quando matou o irmão, Abel. As frutas não pensam por si mesmas. Não há dor quando são apanhadas ou caem da árvore. Elas não conhecem a diferença. Os animais de estimação e as criações requerem atenção e cuidado. Eles são inocentes. Ao sacrificar um animal inocente que respira, a pessoa estava na verdade extinguindo a respiração de um ser para o único propósito de continuar viva.

O sangue da vida (Lv 17:11). Quando os animais eram sacrificados, seu sangue era tirado. Sem sangue, a vida morre. “Pois a vida de todo ser vivente está no sangue. É por isso que Deus mandou que o sangue dos animais oferecidos como sacrifício fosse derramado no altar a fim de conseguir o perdão dos pecados do povo. Pois é o sangue, isto é, a vida, que tira os pecados” (Lv 17:11). O sangue que devia ser sacrificado era provido por Deus. A capacidade de fazer o sacrifício era provida por Deus. O significado por trás do sacrifício era provido por Deus. Só podemos ser salvos por meio do derramamento de sangue sagrado.

Todos têm o sinal do pecado (Rm 3:23). Todos pecamos. A Bíblia é clara sobre isso. Ninguém é perfeito. Porque todos pecamos, todos temos que morrer. Quando dizemos algo indelicado, quando temos pensamentos impuros, quando mostramos ira, estamos pecando. O pecado é parte de nossa vida desde a concepção. O pecado começou com Adão e Eva e continuou com seus filhos, Caim e Abel. Sempre haverá conflito no mundo e a necessidade de expiação. O sacrifício tem sido um símbolo muito necessário da expiação – um símbolo mostrando que nem tudo está perdido, que Deus pensou num meio em que cada um de nós possa ser salvo. Por causa do sacrifício de Cristo, não precisamos morrer.

Rompendo com a carne (Ef 2:11-13). Outra forma usada para separar o povo de Deus através do sacrifício era o ato da circuncisão masculina. Por meio desse sacrifício da carne, os homens eram dados a Deus. Essa era uma marca de distinção que separava os crentes em Deus dos descrentes. Um sinal que também lembrava a cada pessoa a morte de Cristo na cruz. Diferentemente do sacrifício animal, a circuncisão é um ato que ainda é praticado hoje.

O ato final (1Pe 1:18, 19). Como as primeiras pessoas da Terra, Adão e Eva tinham a chance de viver uma vida perfeita no Jardim do Éden. Contudo, escolheram pecar, deixar a tentação dominá-los, e assim foram expulsos do jardim como pecadores. Diz-se que os pecados dos pais será transmitido aos filhos. Podemos ver como isso é verdade. Cada um de nós é um pecador em necessidade de perdão. Precisamos ser humildes quando vamos a Cristo para pedir perdão, e só podemos obtê-lo por meio de Seu sangue. Antes de Cristo descer à Terra e morrer na cruz, as pessoas tinham que sacrificar animais puros e sem mácula como lembrete do que iria acontecer. Cristo teve que Se sacrificar e morrer de maneira dolorosa. Seu sangue foi derramado quando pingou de Suas mãos e pés enquanto Ele estava pendurado numa cruz. Porque Cristo é o cordeiro sem mácula sacrificado para nos salvar, não precisamos mais sacrificar animais. O sangue de Cristo é mais poderoso do que posses terrenas, do que dinheiro, do que ouro ou prata. Podemos ter vida eterna por causa de Cristo; tudo o que temos a fazer é ir a Ele e pedir.

Pense nisto
1. Como você se sente a respeito do ato de matar animais?
2. Por que Caim estava errado ao tentar oferecer os frutos de seu cultivo? Como isso está relacionado à necessidade de perdão que temos?
3. Com que freqüência você dever ir a Cristo em busca de perdão e expiação? Explique sua resposta.

Andrea Will | Mammoth Lakes, EUA

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (Parte 1) - 03/11/2008 a 08/11/2008

Segunda, 3 de novembro

Evidência
O significado do sacrifício

O livro de Levítico trata, em detalhes, do problema do pecado e da impureza. As instruções a respeito da impureza tinham o propósito de motivar os israelitas a evitar qualquer coisa que pudesse contaminá-los.

Havia diversas fontes de impurezas, algumas delas inevitáveis. Por exemplo, havia a contaminação em que uma mulher incorria durante o parto (Lv 12). Nesse caso, a contaminação era resultado do corrimento de sangue que acompanha o parto (Lv 12:4, 5, 7). Um homem com corrimento de sangue também era considerado impuro (Lv 15:1-15; veja também v. 16-18). Nesses casos, os indivíduos eram agentes transmissores de doença, agentes de contaminação; então, eles eram proibidos de entrar em contato com qualquer outra pessoa ou coisa santa. Obviamente, a ênfase na lavagem com água e na quarentena sugere uma preocupação higiênica. Mas também havia um interesse teológico. À pessoa impura não era permitido entrar em contato com outras pessoas, e ela era excluída do santuário. Assim, a “impureza” se tornava uma metáfora para expressar o afastamento de Deus e dos outros em que a pessoa se colocava. A pessoa impura estava no reino da morte e só podia ser tirada desse estado mediante uma cerimônia de purificação. Caso contrário, estaria para sempre separada de Deus e do restante do Seu povo (Lv 15:31).

Pesquisando na internet informações quanto ao Antigo Testamento e o sacrifício, fiquei impressionado com os tipos de sites que encontrei. Esses sites abrangiam desde o Antigo Testamento e o Judaísmo até Cristo como sacrifício, bem como o atual sacrifício de animais e seu uso negativo. Eu esperava encontrar referências ao dom do perdão de Cristo, mas não esperava ver referências a sacrifícios de animais ainda sendo feitos. É chocante pensar que sacrifícios ocorram hoje em dia por qualquer razão. A maioria dos sacrifícios animais que ocorrem hoje são negativos. Lembro-me de ouvir histórias de gatos pretos sendo apanhados e mortos. Eu me sentia horrorizado, bem como todo mundo que eu conhecia. Falei disso para salientar que, após Cristo ter dado Sua vida e os sacrifícios não mais serem necessários, era possível que seu significado mudasse de positivo para negativo.

O ato de tirar a vida mudou dramaticamente desde que Cristo morreu na cruz. No Antigo Testamento, se Deus ordenasse matar algum animal ou alguém como sacrifício, se esperava que isso fosse feito. Era tanto um símbolo de obediência quanto de fé. Por esses sacrifícios, a pessoa estava mostrando arrependimento e pedindo perdão. O ato não era sempre exigido, porém. No caso de Abraão, a disposição para sacrificar seu único filho foi suficiente. Abraão preparou o filho, disposto a matá-lo como mataria um cordeiro sem mácula, mas Deus o deteve. Não se tratava de crueldade da parte de Deus pedir que as pessoas fizessem sacrifícios. O sacrifício tinha grande significado, pois apontava especificamente para o ato de Cristo em dar Sua vida e para a aceitação e humildade necessárias para que alguém colocasse a confiança inteiramente no sacrifício de Cristo. Não era um esforço oculto ou secreto em que as pessoas cometiam o ato às escondidas atrás de árvores. Era uma exibição pública, na maioria das vezes feita no templo.

O sacrifício requerido de Abraão aponta especificamente para o ato de Deus deixar Seu Filho, Jesus Cristo, ser sacrificado. Sem esse incrível sacrifício, seria impossível sermos perdoados e salvos. Todos nós pecamos. Todos pecamos muitas vezes por dia. Refugiar-nos no sangue de Cristo lava o pecado.

Jeff Jackson | Bishop, EUA

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domingo, 2 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (Parte 1) - 02/11/2008 a 08/11/2008

A Expiação em Símbolos – Parte 1

Pois vocês sabem o preço que foi pago para livrá-los da vida inútil que herdaram dos seus antepassados. Esse preço não foi uma coisa que perde o seu valor como o ouro ou a prata. Vocês foram libertados pelo precioso sangue de Cristo, que era como um cordeiro sem defeito nem mancha (1Pe 1:18, 19).

Prévia da semana: O sacrifício é necessário onde o pecado está envolvido. Nunca poderemos menosprezar o que custa até mesmo um “pequeno” pecado.

Leitura adicional: Patriarcas e Profetas, capítulo “O Plano da Redenção” (p. 63-70)

Domingo, 2 de novembro

Introdução
Sacrifício e redenção

1. Quando registra a Bíblia ter acontecido a origem dos sacrifícios de animais? Gn 3:21; 4:3-5

2. Segundo o texto a seguir, qual é a relação entre o sangue e a expiação? Lv 17:11

Existe muito simbolismo no sistema sacrifical bíblico. Primeiro, visto que a morte de um animal era assumida pela morte do indivíduo, o ato sacrifical era um ato de salvação, manifestação da graça e do amor de Deus. Ele estava disposto a aceitar a morte de outra criatura a fim de preservar a vida dos seres humanos e para continuar a comungar com eles. Segundo, a morte da vítima sacrifical tinha uma função meramente simbólica. Ela apontava para além dela mesma, para a morte do Descendente da mulher, Jesus, que daria a vida como resgate por muitos (Mc 10:45). Terceiro, a oferta do animal sacrifical ilustrava também a seriedade do pecado e o elevado valor do perdão.

O sistema sacrifical do Antigo Testamento não tinha o objetivo de deixar as pessoas insensíveis ao ato de matar. Não havia esporte envolvido ali. Não havia uma estação de caça especificada como “Caça Sacrifical”. Não havia flechas, armas de fogo, nem o seguir das pistas de animais. Um cordeiro inocente era tirado de seu lar, amarrado com cordas, e então morto. Esse não era um ato a ser assistido por pessoas que estavam longe, num lugar seguro. As pessoas não se assentavam em frente de aparelhos de TV com a opção de mudar de canal se o derramamento de sangue fosse além do tolerável. Esse era um ato em que cada pessoa tinha que tomar parte de uma forma ou de outra. O sistema sacrifical do Antigo Testamento era um lembrete constante de que Cristo viria para morrer a fim de que pudéssemos ter redenção. Era um doloroso lembrete.

A crueldade para com os animais é considerada um dos piores crimes que uma pessoa pode cometer. Os bichinhos de estimação olham para seus donos em busca de proteção. A morte de uma pessoa é ainda mais dolorosa. Muitas pessoas ficam nervosas só de entrar num cemitério. Não tem graça nenhuma pensar sobre morrer; e menos ainda pensar sobre merecer a morte.

Cristo não foi apenas sacrificado – foi executado pela punição capital de Sua época. Pensou-se sobre Sua morte. A frase: “levado como um cordeiro para o matadouro” (Is 53:7) é um símbolo apropriado para a expiação que Cristo fez em nosso favor. Cristo foi como um cordeiro inocente. Ele nunca havia pecado. Era Deus na Terra. Contudo, foi tirado de Seus amigos e discípulos. Foi levado para a morte. Mãos humanas O pregaram na cruz, assim como mãos humanas derramavam o sangue dos animais sacrificais.

Essa pena de morte tem significado muito para cada um de nós. Como pecadores, merecemos morrer. Mas o Céu nos deu um Substituto. O sistema sacrifical do Antigo Testamento aponta para a morte de Cristo e ajuda o mundo a compreender por que Ele veio à Terra. Tomando nossa pena de morte sobre Si, Ele tornou possível que todos nós tivéssemos a vida eterna. Através de Sua morte, Cristo nos redimiu.

Jason Will | Mammoth Lakes, EUA

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