sábado, 2 de outubro de 2010

História e histórias - 26/09/2010 a 02/10/2010

Histórias e histórias
Resumo Semanal - 26/09/2010 a 02/10/2010



Ivanaudo Barbosa

OBJETIVO DESTE ESTUDO – Mostrar que, por trás dos fatos históricos, Deus está dirigindo os acontecimentos.


VERDADE CENTRAL – Deus é o dono da história.


INTRODUÇÃO – O VALOR DAS HISTÓRIAS
a) Uma nova série de lições está diante de nós. Alguém poderá perguntar: Por que estudar histórias, algumas de personagens até pouco conhecidos? Neste trimestre, estudaremos a vida de pessoas que não foram estrelas em seus dias. Foram pessoas que trabalharam para Deus nos bastidores, mas nos legaram preciosas lições que, se seguidas, nos ajudarão em nossa caminhada cristã. Passado o período da era moderna, onde o científico tomou o lugar das histórias, chegamos à era pós-moderna, quando as histórias são valorizadas novamente.
Uma pergunta que poderá vir à sua mente enquanto estuda estas lições poderá ser: Por que a história de algumas nações são mencionadas nos relatos bíblicos e outras, não? Por que algumas pessoas são mencionadas e outras não? A resposta é: Deus é o dono da história e todos os acontecimentos, quer de nações ou de indivíduos são registrados na história bíblica porque cumpriram algo determinado por Deus no desenrolar de Seu grande plano – a salvação da humanidade.


Isso mostra que é Deus quem dirige a história, e não os homens. Ellen White nos ajuda com este pensamento ao dizer: “Nos anais da história humana, o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina, e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade” (Educação, p. 173).


b) Algumas respostas para seus alunos, por que estamos estudando a história e as histórias seriam:
1- Mostrar que é Deus quem dirige a história.
2- A verdadeira filosofia da história é encontrada na Palavra de Deus.
3- Cada pessoa e cada reino tem um lugar designado por Deus na história.
4- Cada um é responsável pela sua própria história.
5- Nada acontece por acaso no plano divino.


Obs. Leia as cinco declarações acima e pergunte se seus alunos têm sentido isso na vida da Igreja e em sua vida particular.



I – PESSOAS E ENREDOS

O autor das lições deste trimestre define enredo como uma sucessão de eventos que leva a uma conclusão. Em nosso estudo, analisaremos o enredo das histórias com seus personagens que aparecem na Bíblia como parte do plano de Deus – a salvação da humanidade. Nos acontecimentos naturais, como terremotos, maremotos, vendavais, tsunamis, etc, há o registro dos acontecimentos, há um enredo, mas, não havendo personagens, não serão analisados neste estudo. No pensamento escatológico adventista, há duas dimensões em cada fato histórico. A dimensão humana e a divina.


No livro Educação, há um belo comentário sobre a visão de Ezequiel capítulo primeiro. Ali aparecem rodas se movendo de maneira aparentemente muito complicada, querubins que se movem, criaturas viventes, etc. O enredo parece muito confuso. Entretanto, Ellen White diz que tudo se movia em perfeita harmonia, porque acima de toda aparente confusão estava o Eterno (Educação, p. 177, 178).



Em cada uma das histórias analisadas neste estudo, destacamos os seguintes pontos:


1- O enredo tem duas dimensões – A humana e a divina.
2- Deus está sempre ativo no desenrolar da história.
3- Os personagens analisados fazem parte do enredo.
4- Algumas informações dos personagens são muito concisas e resumidas, mas suficientes para entendermos o papel que o personagem desempenhou.
5- No juízo final, cada personagem terá oportunidade de ver o papel que desempenhou como parte da História.


Comentando os momentos finais da história da humanidade, antes da destruição final dos ímpios e Satanás, Ellen White descreve o momento em que as últimas cenas da vida de cada um são apresentadas diante do Universo. Os que participaram da morte de Cristo, os perseguidores, os malvados e os ímpios veem pela última vez sua história repassada diante dos olhos. “Cada ator relembra a parte que desempenhou”, afirma Ellen White (O Grande Conflito, p. 667).


Obs. Pergunte aos seus alunos: Olhando para sua vida até hoje, como tem sido sua atuação como ator nesse drama da história?



II – CENÁRIO

Neste estudo, além do enredo, analisaremos o cenário. Cenário é o ambiente com todos os detalhes em que ocorre a história, incluindo os personagens. A atitude das pessoas, vista num cenário adequado, nos ajuda a compreender melhor o que aconteceu. Falando da história secular, os escritores SEMPRE deixaram lacunas. Às vezes, nos privam de fatos muito importantes, que aos olhos do autor não eram relevantes. Entretanto, no futuro, esses fatos omitidos deixaram as histórias incompletas.


No caso do narrador bíblico, isso não aconteceu. “Por que não, os autores foram COMPLETOS em suas narrativas?” você perguntará.



Resposta: Eles não foram COMPLETOS quanto aos fatos. Mas, como foram orientados pelo Espírito Santo, narraram somente o que era necessário para que compreendêssemos o plano geral de Deus para nossa vida. As partes relevantes foram narradas, por isso, estão fielmente registradas. Veja alguns cenários com seus personagens e tente extrair lições para sua vida.


1- O cenário da caverna em que Davi encontrou Saul e poderia tê-lo matado, mas não o fez (1Sm 24:1-6).
2- O cenário de José sendo assediado pela patroa e não cedendo à tentação (Gn 39:6-12).
3- O cenário de Boaz à porta da cidade legalizando seu direito de cuidar de Rute (Rt 1: 1, 2).



O que o cenário nos proporciona?
1- O cenário nos ajuda a entender melhor a atuação de cada ator no desenrolar da história.
2- O cenário pode nos situar no tempo em que o fato aconteceu. A arqueologia tem desvendado mistérios que até então lançavam dúvidas sobre alguns relatos bíblicos, hoje comprovados pelo cenário que foi desenterrado.
3- O cenário pode nos levar a racionalizar sobre nossas atitudes. Davi poderia ter matado Saul e se desculpar porque estava acuado e pressionado por seus homens. Mas não o fez. José poderia ter racionalizado dizendo que, por ser subordinado, tinha que atender à sua patroa. Mas não o fez.
4- O cenário pode nos ajudar a compreender melhor o caráter dos personagens (Dê exemplos de situações em que tudo era desfavorável, mas eles se mantiveram fiéis).


Obs. Comente com seus alunos sobre situações em que fracassamos, pondo a culpa no cenário.



III – ESCREVENDO MINHA HISTÓRIA

Alguém sentenciou: “Cada um escreve sua própria história.” Eis aí uma grande verdade. Nesta primeira lição, uma base é lançada como pano de fundo para que possamos compreender melhor as lições e os personagens subsequentes. Moisés havia morrido, e agor,a Josué assumia o comando do povo escolhido de Deus. O primeiro desafio era cruzar o maior obstáculo físico – o rio Jordão. Como fazê-lo? Era o desafio. Essa geração conhecia apenas a história da passagem do mar Vermelho. Não tinha vivido aquela experiência. Por isso, Deus secou o Jordão para lhes mostrar que o Deus que secara o mar Vermelho havia quarenta anos ainda era o mesmo Deus.


Enquanto Josué viveu, o povo se ocupou em colonizar a terra e expulsar os cananeus. Após a morte de Josué, o povo se acomodou, e o restante dos habitantes da terra continuou a conviver lado a lado com eles. Mais adiante, os cananeus seriam uma pedra no sapato dos israelitas pelo resto da vida. Não tendo mais a figura de Josué como líder forte, as tribos não tinham mais um comando centralizado, e a história bíblica relata que “cada um fazia o que achava mais reto.” (Jz 21:25).


Vamos analisar daqui para a frente a história de Israel, embora esta tenha se iniciado com a migração dos patriarcas hebreus da Mesopotâmia para a Palestina (John Bright, História de Israel, p. 15.) A ocupação israelita da Palestina ficou concluída, e a confederação tribal formada, aproximadamente no final do século treze (Idem, p. 222). Esse período ficou conhecido como a idade das trevas.



Analisemos alguns pontos:


1- Pela situação geográfica da região, a unidade das tribos era muito difícil.
2- As guerras, a partir da morte de Josué, eram feitas mais em sentido de emergência – defesa do que de conquista.
3- Em algumas regiões, os israelitas se uniram aos povos da terra, absorvendo suas práticas religiosas e seus cultos.
4- Os israelitas aprofundaram a desunião nesse tempo por situações geográficas, distâncias e acomodação dos interesses individuais de cada tribo.
5- Perderam a visão do conjunto por se dedicarem aos interesses individuais.
6- A história desses cerca de 200 anos mostra que Israel sobreviveu graças à atuação divina em suscitar lideres carismáticos que se levantavam em defesa de todos.


Obs: Que lições podemos aprender da história de Israel nesse período, baseado nos seis itens mostrados acima?



IV – A FORÇA DA CULTURA

Em nosso estudo, chegamos à conclusão de que há dois tipos de cultura: a cultura do Céu e a cultura terrena. A cultura do Céu é comunicada a nós pela revelação divina. É ímpar, retilínea, consistente, apropriada a todos e aceita universalmente. A cultura terrena é multifacetada. Na verdade, são culturas diferentes e diversas. Tem origens em seus ancestrais, sofre mutações e adaptações, faz parte da vida de um povo e pode influenciar e ser influenciada por outras culturas.


Voltando aos israelitas, chegamos ao momento em que eles ainda não tinham uma cultura sólida na terra da Palestina. Estavam se acomodando a um novo estilo de vida, vivendo num ambiente novo e sendo influenciados pela cultura dos vizinhos. Esses tinham reis como líderes, e não tardou para que Israel pedisse a Deus um rei. Deus atendeu ao seu pedido. Entretanto, ao viver a nova experiência, tiveram muitas dificuldades e continuaram sendo influenciados pela cultura regida por uma monarquia. Vejamos alguns problemas que tiveram de enfrentar:


1- Salomão se adaptou à cultura religiosa de suas mulheres e passou a adotar a prática religiosa delas.
2- Os reis eram polígamos. Essa prática foi absorvida pelos reis de Israel (Davi, Salomão, etc.).
3- Jeroboão I adotou as práticas culturais do culto cananita, construindo dois lugares para adoração (Betel e Dã), em oposição à adoração centralizada em Jerusalém e ministrada pelos sacerdotes escolhidos por Deus.
4- Nos cerca de duzentos anos seguintes, a nação de Deus estava tão distante da cultura do Céu e tão adaptada às culturas terrenas que a Assíria invadiu Israel em 722 a.C. e o levou para o cativeiro, e Babilônia invadiu Judá entre 605 e 586 a.C. e a levou para o cativeiro babilônico. O povo de Deus como nação já dividida em duas sucumbiu totalmente.


Quais os princípios que devem nos reger em relação às culturas?
a) Os valores eternos não devem ser comprometidos para se acomodar às práticas culturais locais não aceitáveis.
b) Os cidadãos da cultura celestial não devem ser preconceituosos, desvalorizando os que não conhecem a cultura divina. Veja o exemplo de Pedro e Cornélio.
c) Devemos usar as práticas culturais compatíveis com a Bíblia para fazer a aproximação.
d) Devemos rejeitar as práticas culturais que se chocam com a cultura divina, expressa na revelação.


Obs. Como você avalia a atitude de Deus na história, ao trazer Seu povo de volta, depois de setenta anos de cativeiro e os restaurar novamente à sua terra?



CONCLUSÃO

O envolvimento ativo de ­Deus na história é um conceito muito importante nas Escrituras. Leia Daniel 2:21. Ellen White nos desafia a ter confiança na condução da história pela mão de Deus com as seguintes palavras, conhecidas pela maioria dos adventistas do sétimo dia: “Ao recapitular nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até o estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado. Somos agora um povo forte, se pusermos nossa confiança no Senhor; pois estamos lidando com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos a agradecer” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 162).



ITENS PARA DISCUSSÃO EM CLASSE COM SEUS ALUNOS:
1 - Sua história está sendo escrita. Com que você está se preocupando?
2 - Como as histórias podem ser ferramentas eficazes no ensino da verdade?
3 - Com que frequência você julgou alguém precipitadamente, antes de conhecer fatos importantes sobre a pessoa e suas circunstâncias?
4 - Com que frequência você foi julgado por pessoas que não conheciam todos os fatos a seu respei
to?


Ivanaudo Barbosa Oliveira, nascido em Jacobina/BA e casado com Magali Barbosa de Oliveira, tem dois filhos: Audrey e Edrey. Na União Sul-Brasileira foi pastor distrital, departamental, secretário, presidente de associação e secretário da União. Em 2004, passou a ser Secretário e Ministerial da União Nordeste-Brasileira, onde atua até o presente.

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Histórias e história - 01/10/2010 a 02/10/2010

Sexta, 1º de outubro

Opinião
Quem precisa dessas histórias?


Há um valor educacional intrínseco a ser obtido quando recapitulamos a História. A pessoa fica sabendo o que as civilizações conseguiram alcançar, quem foram os poderosos e influentes e que erros evitar. Creio que, assim como a História secular coloca diante de nós um precedente, o mesmo ocorre com as histórias da Bíblia. Por meio do testemunho de vários personagens bíblicos, ficamos sabendo sobre suas grandes batalhas contra o pecado, de suas vitórias, quedas e, o mais importante, como a graça é eficaz em curar a escória da humanidade.

Para nós, hoje, a verdade é que, historicamente, a essência das histórias de vida da humanidade não mudou. Na verdade, nossa existência (antiga e nova) parece estar presa a uma estranha repetitividade. Na controvérsia geral da guerra espiritual, não há nada de novo debaixo do sol. Portanto, que relevância essas histórias têm para nós, hoje? Acima de tudo o mais, creio que o propósito de Deus em inspirar homens a escrever Sua história através das realizações verdadeiras de indivíduos foi expor Seu intenso interesse nos assuntos diários de cada um de nós (naquele tempo e hoje).

Como podemos saber que podemos confiar nessas histórias? O que é digno de confiança nelas? “O Senhor nunca exige que creiamos em alguma coisa sem nos dar suficientes provas sobre que fundamentemos nossa fé. Sua existência, Seu caráter, a veracidade de Sua Palavra, baseiam-se todos em testemunhos que falam à nossa razão, e esses testemunhos são abundantes. Todavia, Deus não afasta a possibilidade da dúvida. Nossa fé deve repousar sobre evidências, não em demonstrações. Os que quiserem duvidar, hão de encontrar oportunidade; ao passo que os que desejam realmente conhecer a verdade, encontrarão abundantes provas em que basear sua fé” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 105).

As perguntas que faço hoje são estas: que história você está escrevendo? E quem precisa dela, de qualquer forma? Embora não vá ser escrita outra Bíblia, estão sendo feitos no Céu, agora, registros detalhados de nossa vida. Um dia, no juízo, cada uma de nossas histórias se tornará ainda mais importante do que é agora. Quem precisa dessas histórias? Deus precisa, a fim de dizer: “Muito bem, servo bom e fiel” (Mt 25:21).

Mãos à obra

1. Converse com um amigo sobre as vezes em que você respondeu positivamente a uma situação por escolha própria, em vez de simplesmente reagir a ela.

2. Recorde uma ocasião quando sua vida foi afetada pelo fato de alguém ter escolhido ajudar você num momento de necessidade.

3. Compare os desafios de viver a vida cristã nos tempos bíblicos com fazer o mesmo nos nossos dias.

Samuel Bowen | St. Lucy, Barbados

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Histórias e história - 30/09/2010 a 02/10/2010

Quinta, 30 de setembro

Aplicação
Retrospectiva do futuro


Toda nação se gaba de uma História singular, que, embora repleta de histórias de paz e guerra, liberdade e escravidão, vitórias triunfais e amargas derrotas, deve ser entesourada. Os monumentos nacionais contam a orgulhosa história, e criam um senso de identidade nacional à medida que a história do país se torna a história pessoal de seus habitantes.

Como povo de Deus, temos uma rica história que se encontra na Palavra. É revigorante saber que o próprio Jesus – Aquele que nos dá identidade espiritual, Aquele que garante nossa salvação – é o centro dessa história. Cada dia nossa vida escreve novos capítulos nesse relato. Olhar para trás nos ajuda a traçar o caminho à frente e a escrever manuscritos dignos de ser lidos? Sim! E tudo depende de nossa perspectiva. Em 1 Samuel 7, Issrael se sentia derrotado pelos filisteus. Parecia não haver esperança. A arca de Deus havia sido roubada, e por 20 longos anos ficou em Quiriate-Jearim. Contudo, no dia em que Samuel estabeleceu o monumento Ebenézer, houve vitória. Essa vitória não veio do fato de eles se concentrarem nos filisteus. Veio porque apelaram ao seu todo-poderoso Deus. Assim, Samuel pôde dizer: “Até aqui o Senhor nos ajudou” (1Sm 7:12).

Faça o seguinte ao ler e estudar as histórias da Bíblia neste trimestre:

Mergulhe nas personagens que está estudando. Não seja rápido para julgar ou questionar as escolhas e atos delas. Investigue os detalhes. Veja Deus através dos olhos delas. De que forma Ele as usou onde estavam? Como Ele pode usar você?

Saiba que sua história pode ser de vitória. Deus já fez isso antes. Promete fazê-lo de novo. Quando Ele diz para que você avance, não se concentre nas ondas do mar. Obedeça! Então, a vitória será sua.

Creia que Deus tem um plano especial para você. Enquanto você acolhe as histórias do passado, peça a Ele que revele esse plano para você. As coisas tristes, e mesmo as coisas ruins, podem ser parte de sua história, mas tenha a certeza de que “Deus não conduz jamais Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 479).

Mãos à Bíblia

7. O cenário contextualiza a história. Como o cenário contribui para a conclusão dessas duas histórias? 1Sm 24:1-6 e Gn 39:6-12


Shawna Carter | Husbands, Barbados

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Histórias e história - 29/09/2010 a 01/10/2010

Quarta, 29 de setembro

Evidência
O que a vida tem a ver?


Pearl Harbor, Treze Dias Que Abalaram o Mundo, A Paixão de Cristo – filmes de Hollywood baseados na História. Alguns podem argumentar que as histórias que contam se desviam da verdade completa. Seja como for, a raça humana sempre foi fascinada ao olhar para o passado e aprender sobre os atos humanos e suas consequências. Para alguns, os filmes históricos não passam de entretenimento. Contudo, após assisti-los, muitos outros expectadores ganham novas perspectivas e conhecimento que os torna conscientes de que o mundo ainda cambaleia sob os efeitos de atos cometidos muito tempo atrás.

Apesar de o mundo usar os registros do passado para ganhar vantagens materiais, Deus tem razões espirituais para que todos aprendamos com os eventos registrados na Bíblia. Por exemplo, imagine um adolescente que aparentemente está destinado a não ser nada mais que um pastor. Ele é um nômade que vive em tendas; mas após ser aprisionado num poço, de repente se torna propriedade de um homem de prestígio que falava árabe. Esse adolescente tem de se adaptar a diferentes comidas e aos edifícios de pedra, o trânsito e a opulência do Egito. A maioria de nós nessa situação ficaria intimidada e poderia até desejar pular de volta no poço. Esse adolescente poderia ter cantado uma triste canção e ter se deixado levar como presa de uma vida de promiscuidade e engano. Mas não o fez. Acabou se tornando um dos homens mais influentes do Egito. Essa foi a vida de José (Gn 39:6-12; 41:41-46).

O Egito era tão ameaçador para José como nossa sociedade é agitada para nós. Era igualmente fácil abandonar a Deus naquela época no Egito como é em nosso Egito moderno. José experimentou abandono, medo e solidão, como experimentamos em nosso mundo. Por causa de sua história, aprendemos que, apesar das circunstâncias assustadoras ou de um futuro sombrio, ainda podemos permanecer inflexíveis diante do mal ao nosso redor.

Portanto, não é de surpreender que a sabedoria de Deus tenha capacitado Moisés a registrar essa história de José e outras semelhantes a ela. Deus viu um mundo cheio de egoísmo e de alguma forma sabia que uma simples história dos atos de um jovem inexperiente poderia nos encorajar a seguir o bem.

Mãos à Bíblia

6. Que lições podemos aprender do episódio em que o povo de Israel pediu para si um rei? O que acontece quando fazemos as coisas ao nosso próprio modo, em vez de seguir a orientação de Deus? 1Sm 8:7-20

A monarquia de Israel teve início com o reinado de Saul, marcado por um começo positivo e um fim trágico. Nos reinados de Davi e Salomão, Israel cresceu em poder e influência, mas esse ciclo de prosperidade foi assinalado pelo retorno do paganismo na época de Salomão.

Paul Collymore | Grand View, Barbados

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Histórias e história - 28/09/2010 a 01/10/2010

Terça, 28 de setembro

Testemunho
Pequenas grandes coisas


“Integridade, justiça e bondade cristãs, aliadas, fazem uma bela combinação. A cortesia é uma das graças do Espírito. É um atributo do Céu. Os anjos nunca se encolerizam, nunca são invejosos, egoístas e ciumentos. Não lhes escapam dos lábios palavras rudes. E, se devemos ser companheiros seus, também devemos ser delicados e corteses” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 227).

O refinamento é um processo que tem um propósito em vista, em que nossas escolhas minuto a minuto determinam a qualidade e o impacto do efeito que temos sobre outros. Na caminhada cristã, o que fazemos tem influência sobre onde os outros passarão a eternidade. Considere as seguintes citações:

“Examinai bem no íntimo o vosso coração e o estado de vossas afeições para com Deus. Indagai: Dediquei os momentos preciosos deste dia a agradar a mim mesmo, a buscar meu próprio entretenimento, ou tornei outros felizes? Ajudei os que me estão ligados a ter maior devoção para com Deus e a apreciar as coisas eternas? Introduzi minha religião em meu lar, revelando aí a graça de Cristo em minhas palavras e no meu comportamento? Honrei a meus pais por minha respeitosa obediência, observando assim o quinto mandamento? Empreendi alegremente meus pequeninos deveres diários, cumprindo-os com fidelidade, fazendo o que me era possível para aliviar o fardo de outros? Guardei do mal os meus lábios, e a minha língua de falar engano? Honrei a Cristo, meu Redentor, que deu Sua preciosa vida para que a vida eterna pudesse estar ao meu alcance?” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 122).

“Dedicai tempo a confortar outro coração, a beneficiar com uma palavra bondosa e animadora a alguém em luta com a tentação e talvez com a aflição. Beneficiando assim a outro com palavras animadoras e esperançosas, encaminhando-o Àquele que nos leva os fardos, podereis encontrar inesperadamente paz, felicidade e consolo para vós mesmos” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, p. 64).

Mãos à Bíblia

4. Qual foi o propósito do milagre da travessia do Jordão? Js 3:9-17

5. Qual era o aspecto moral do povo de Israel no tempo dos juízes? Jz 17:6

Israel perdeu a perspectiva como nação. Os vários clãs e tribos estavam dispostos a combater uns contra os outros. As práticas religiosas eram misturadas com paganismo. Como resultado, Israel entrou em um ciclo de dominação pelas forças estrangeiras, libertação, idolatria e, novamente, dominação.

Eleanor Meki | Leeds, Inglaterra

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Histórias e história - 27/09/2010 a 01/10/2010

Segunda, 27 de setembro

Exposição
Escolha ou acaso


A seguir, veremos lances decisivos de alguns personagens bíblicos. Todos foram colocados em situações onde tiveram de fazer escolhas que afetariam o destino eterno não somente deles. Hoje, não é diferente, por isso, devemos refletir se vamos tomar decisões por escolha ou por reação instintiva.

Resistir às provas (Gn 39:6-12). Todos nós respondemos de maneira muito particular às variadas experiências da vida. A questão é se respondemos a nossas experiências por escolha ou por instinto. José poderia ter desenvolvido uma atitude negativa, se pensasse na tragédia de ter sido vendido como escravo pelos próprios irmãos. Esta atitude poderia ter se estendido para a relação escravo/senhor, uma vez que ele estaria acostumado à liberdade quando estava com a família. Contudo, depois da rasteira, José se levantou e “sacudiu a poeira”. Ele escolheu manter uma atitude positiva, mesmo diante das piores circunstâncias. Tanto, que Potifar o encarregou de todas as suas propriedades.

Mesmo na escravidão, José foi colocado como responsável por tudo. Até esse momento crítico de sua vida, porém, ele teve de enfrentar outro desafio: a esposa de Potifar. Ela o tentou, mas ele se recusou a desonrar seu senhor, nem a Deus (Gn 39:8-10). E não foi por um dia apenas. A esposa de Potifar o perseguiu José com persistência, mas esse jovem rejeitou os propostas dela. Agora pense: como resultado de ter sido fiel, José foi para a prisão. Ao contrário dele, Sansão caiu duas vezes em situações semelhantes (ver Juízes 14; 16). Foi por escolha ou por acaso?

Liderar um povo (Js 3:9-17). Josué é posto numa posição de autoridade sobre o povo de Deus antes da travessia do Rio Jordão. Em Josué 3:9-13, o vemos falando com ousadia e clareza sobre a maneira pela qual os israelitas deveriam entrar na Terra Prometida. Poderia ter havido uma pessoa mais experiente e madura para realizar essa missão tremenda? Alguém com doutorado em liderança? A disponibilidade de Josué estava baseada simplesmente no acaso, ou se devia a uma decisão deliberada de sua parte? Podemos dizer que Deus desempenhou uma parte importante na colocação desse jovem nessa posição de influência?

Poupar o inimigo (1Sm 24:1-7). Após a vitoriosa campanha de Davi contra os filisteus, vemo-lo sendo perseguido por Saul e se escondendo nas montanhas. Quando Saul, inconsciente da presença de Davi, buscou alívio para suas necessidades na mesma caverna, Davi “se arrastou de mansinho até onde estava Saul e cortou um pedaço da capa dele, sem que ele percebesse” (verso 4). Mas, contrariamente à inclinação humana natural, Davi escolheu honrar a Deus. Ao chamar Saul de “ungido do Senhor”, ele permaneceu fiel ao seu rei. Davi sabia que um dia estaria sentado no trono. Contudo, não procurou apressar aquele dia, pois também sabia que “não era certo abater o homem que Deus havia colocado no trono. Se ele assassinasse Saul, estaria estabelecendo um precedente para que seus próprios oponentes o removessem um dia”.1

Ouvir o mau conselho (1Rs 12:1-15). Quando o povo foi a Roboão, recém-entronizado rei de Israel, para pedir um alívio no trabalho imposto por Salomão, o jovem rei pediu um prazo de três dias. Primeiramente, Roboão foi aos antigos conselheiros de seu pai. Eles lhe disseram para ouvir o povo. Isso teria sido bom tanto para Roboão quanto para Israel. No entanto, o rei imaturo escolheu ouvir a sugestão daqueles que haviam crescido com ele. Anuncia ao povo que seria mais duro do que seu pai. A referência a escorpiões (“açoites dotados de ganchos afiados nas pontas, que provocavam lesões notavelmente severas”2) salienta quão mais exigente Roboão seria. Assim como as exigências governamentais seriam mais duras para a população, o mesmo se aplicaria às punições sobre os que não se adequassem às novas exigências.

O resultado final desse anúncio? A divisão do reino. A pergunta que cabe aqui é se as declarações de Roboão foram casuais ou parte de um plano divino. Este último está subentendido no contexto de que há uma punição anteriormente mencionada para a dinastia de Davi, devido à idolatria de Salomão e sua quebra da aliança com Deus (1Rs 11:9-13; 12:15). No entanto, devemos lembrar que Deus antevê o futuro e as consequências dos atos das pessoas. A divisão do reino de Israel não aconteceu somente como um juízo divino sobre a dinastia de Davi, mas porque Ele sabia a priori o que Roboão iria provocar no contexto político da nação. A dureza do jovem rei levaria à divisão do reino.

Não deixar de confiar em Deus (Jó 1:1-12). A história de Jó ensina como as escolhas podem afetar nosso destino eterno. Em Jó 1:1-5, seu caráter e as bênçãos resultantes armaram o palco para o ataque de Satanás. De importância fundamental é o fato de que Deus acreditava em Jó e permitiu que Satanás o atacasse até certo ponto (verso 12). Ao lermos essa história, devemos nos lembrar de que Jó temia a Deus (verso 1) e de que Deus se referia a Jó como “Meu servo” (verso 8), o que significa que Deus reconhecia ter um relacionamento especial com ele.3 No fim do livro, percebemos que Jó permaneceu fiel a Deus, mesmo não compreendendo as razões de seu sofrimento. Isso foi por acaso? O que levaria você a permanecer confiante em Deus, mesmo com uma doença ou com problemas sem solução?

1. Life Application Study Bible, New International Version (Wheaton, Ill.: Tyndale House, 1991).
2. The SDA Bible Commentary, v. 2, p. 790.
3. The SDA Bible Dictionary, “Servant,” p. 985.


Mãos à Bíblia

3. Que podemos aprender da história de Roboão sobre a atitude das pessoas para com o poder? Que podemos aprender de seu erro? 1Rs 12:1-16

Depois da divisão, o povo de ­Deus seguiu caminhos diferentes. De um lado, dez tribos de Israel ficaram sob o governo de Jeroboão. Até Oseias, o último rei de Israel, governaram vinte reis, sinalizando a instabilidade política. Em 722 a.C., Samaria foi capturada e Israel foi levado em cativeiro.

No outro lado da fronteira, Roboão reinou sobre Judá. A dinastia de Davi foi preservada. Mas nem todos os descendentes de Davi imitaram seu exemplo de fé. Em 586 a.C., Jerusalém caiu. O templo foi destruído. A “experiência” real terminou.

Winslow Benn | Welch Town, Barbados

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domingo, 26 de setembro de 2010

Histórias e história - 26/09/2010 a 01/10/2010

HISTÓRIAS E HISTÓRIA

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” (2Tm 3:16, 17).

Prévia da semana: A História é mais do que uma sequência de fatos. É um registro valioso que nos ajuda a evitar erros no presente.

Leitura adicional: Jó 1:1-12; 1Rs 12:1-16; Js 3:9-17; 1Sm 24:1-7; 1Rs 12:1-15; 1Sm 8:7-20; Gn 39:6-12; 41:41-46

Domingo, 26 de setembro

Introdução

O mosaico fotográfico da História


Parece um pouco estranho que um grupo de jovens infratores tiveram de escolher entre estudar História e ir para a cadeia. Condenados por exaltar o Nazismo, foi-lhes oferecido um curso de História do Holocausto em vez de uma sentença de prisão. O raciocínio foi que olhar para o passado pode abrir nossos olhos e motivar-nos a mudar.1

Estudar História precisa ser mais do que colecionar fatos sem vida. Em muitas línguas, como o português, história e História são a mesma palavra, e ambas precisam uma da outra. A História é muito mais do que nomes e datas. “Fazer História é uma forma de trazer o passado à vida, na melhor tradição do contador de histórias”.2 Quando a História ganha essa vida, ela se torna mais do que “simplesmente um amontoado de fatos”.3

Contudo, muitas vezes passamos por alto detalhes imprescindíveis. Você já viu um mosaico fotográfico? À distância, ele parece apenas uma fotografia; mas, à medida que você se aproxima, vê que ele é composto de centenas de imagens de coisas ou pessoas relacionadas ao assunto principal. A Bíblia é como um imenso mosaico fotográfico. Quando consideramos seu contexto, quando vemos o quadro mais amplo, tudo aponta para Jesus.

Talvez não nos tenha sido oferecido um curso universitário para nos manter fora da prisão, mas em nossa busca pela libertação do aprisionamento do pecado, nós também podemos ser transformados ao olharmos para o passado. Nesta semana vamos investigar o pano de fundo de alguns relatos bíblicos e descobrir as lições da História para nós, hoje.

1. The Times Higher Education, “Go to jail or study history, Nazis told.” 9 de fevereiro de 2001. Disponível em: http://www. timeshighereducation.co.uk.story.asp?storyCode=157221&sectioncode=26 (acessado em 21 de junho de 2009).
2.
The Basics of History. Disponível em: http://www.ed.gov/pubs/parents/History/Basics.html (acessado em 21 de junho de 2009).
3.
Ibid.


Mãos à Bíblia

Um enredo é uma sucessão de eventos que levam a uma conclusão. A vida consiste em muitos pequenos episódios em que há conflito ou tensão. Procurar um enredo significa conectar as partes relevantes da história a fim de ver o grande quadro. No livro de Jó, por exemplo, existem dois enredos: um no plano celestial e outro, no terrestre.

1. Identifique os dois planos no enredo da história de Jó. Jó 1:1-12

2. Descreva a profetisa Hulda nos detalhes que puder, de acordo com 2 Reis 22:14.

Tamara Bloom | Swanley, Reino Unido

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