sábado, 21 de junho de 2008

Sábado Musical com Grupo Ônix Vocal

Sábado Musical com o Grupo Ônix Vocal

Grupo Ônix Vocal na Comundade Árabe Aberta


Sábado Musical com Grupo Ônix Vocal

Este Grupo Vocal visitou a classe dos Jovens prestando um lindo Louvor ao Nosso Deus, no dia 21/06/2008.

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A eficácia de Seu Ministério Sacerdotal - Resumo Semanal

Santuário Celeste
A eficácia de Seu Ministério Sacerdotal
Rodrigo P. Silva
O Dr. Rodrigo P. Silva é professor de Teologia do SALT
Unasp Campus II.

Introdução
I – O projeto do santuário
II – Cristo, o Cordeiro
III – Cristo, o Sumo Sacerdote

Introdução

No antigo Oriente Médio, Israel não era o único povo a ter um santuário (depois transformado em Templo), altar e sistema de sacrifícios. Praticamente todos os povos cananitas, mesopotâmios e também do Egito tinham seus sistemas sacrificais com elementos até parecidos com aqueles encontrados entre os hebreus. Os egípcios, por exemplo, tinham templos tripartidos em: pátio, lugar santo e lugar santíssimo, com direito a uma arca do concerto ornada com duas imagens aladas de Isis e Nephthys que lembravam muito de perto os querubins e outros elementos do santuário israelita.

A principal diferença entre os hebreus e seus povos vizinhos não estava no fato de possuírem um santuário ou um sistema sacrifical. Isso os gentios também tinham. A diferença estava na teologia que dava sentido ao seu ritual do santuário. As complexas leis levíticas funcionavam dentro do arcabouço de uma história da salvação que só Israel possuía. Essa história poderia até ter elementos espalhados por outros povos; afinal, todos vieram de Adão e ainda preservavam algo do Éden em meio ao seu paganismo. Contudo, a versão progressivamente revelada aos hebreus era especial, inspirada, mais completa e menos contaminada que a dos demais povos. Eles tiveram o privilégio de conhecer diretamente na fonte, a história da redenção e, com ela, o Deus que os redimia.

Para os povos gentílicos, seu sistema sacrifical era algo mágico. Na sua visão, era o rito que conferia virtude ao participante. Sua eficácia, portanto, dependia do oferecimento de determinado animal com o fim de agradar os deuses ou evitar sua ira. Para os hebreus, no entanto, o rito não deveria ser um fim em si mesmo, mas um símbolo que apontava para uma realidade maior. Não era o cordeiro que trazia a graça, mas o próprio Deus. O animal era apenas um exemplo didático para ilustrar aquilo que seu Deus faria posteriormente – morrer em prol de Seu povo. Este, aliás, era outro diferencial, talvez o maior: o Deus dos hebreus amava Seus filhos e Se sacrificaria por eles. Os deuses pagãos, ao contrário, não tinham disposição para esse tipo de sentimento. Para eles, a bênção que concedessem aos seus adoradores seria advinda de uma troca, não um ato de amor gratuito. O ofertante lhes atribuía tal sacrifício ou edificava um templo e, em troca, estes lhe conferiam uma recompensa por seus serviços. Era um questão de troca apenas, nada mais.

Para o Deus de Israel (que na verdade era o Deus de todos, Israel era apenas o seu instrumento para dizer isso ao mundo), os sacrifícios oferecidos só teriam valor se proviessem de um relacionamento de amor entre Ele e o ofertante. Caso contrário, seriam nulos. Esse relacionamento era demonstrado na obediência e na certeza de que o cumprimento da lei não beneficiava a divindade, mas o adorador. Deus não precisa de nada; afinal, Ele é Deus! Somos nós que ganhamos ou perdemos se cumprirmos ou não Sua vontade em nossa vida. Veja 1 Samuel 15:22; Amós 5:21-24; Miquéias 6:6-8; Salmo 51:14-19.

Hoje, os adventistas do sétimo dia têm muitas lições a aprender a partir do ritual do santuário hebraico. Afinal, a exemplo do povo de Israel no passado, nós também vivemos em meio a uma sociedade cercada de paganismo, com falsos deuses, falsos altares e falsos sistemas de salvação. Aprender verdades acerca do verdadeiro Deus e poder proclamá-las ao mundo que nos cerca é um privilégio do qual jamais deveríamos abrir mão.



I - O projeto do santuário

A lição apontou um aspecto importante acerca do santuário, e este deveria ser ressaltado antes de tudo: devemos evitar o extremo de ficar como “semióticos fanáticos”, isto é, caçadores viciados em símbolos que vivem buscando em cada detalhe do santuário (cor, desenho, forma, etc.) uma simbologia diferente e especial. Isso pode ser até perigoso, pois pode ser usado pelo inimigo para nos fazer ficar presos demais em aspectos periféricos, perdendo de vista a mensagem principal que o santuário deseja anunciar. Já vi pessoas que ficam até fazendo contas com as medidas da arca para calcular elementos proféticos que incluem desde a morte de Cristo até o fechamento da porta da graça! Certa vez, um pregador reconheceu que sua dificuldade em atrair o povo para as verdades do santuário estava no fato de que ele era por demais detalhista em “simbolizar” cada pequeno item do ritual do santuário. Assim, a pessoa de Cristo acabava ficando ofuscada pelos excessivos símbolos que teoricamente deveriam representá-Lo. Neste caso, o símbolo se tornou mais importante que o simbolizado. Aliás, como bem apontou a lição, devemos nos lembrar de que muitos dos ritos são apresentados, mas não explicados pela Bíblia ou pelo Espírito de Profecia, de forma que não se tem certeza absoluta quanto ao que estariam simbolizando.

Num outro extremo, porém, existe ainda o risco de menosprezarmos detalhes realmente importantes que representam verdades especiais em relação à cruz e ao tempo do fim. Teólogos liberais pensam que o santuário e o Templo israelita eram apenas um eco dos santuários pagãos e não deve merecer dos historiadores nenhum destaque em relação a outros templos da antiguidade. Nada poderia ser mais diabólico! Outros crêem que o santuário tinha que ver apenas com a chamada “velha dispensação” e, portanto, não tem relação nenhuma com as páginas do Novo Testamento.

Para os adventistas do sétimo dia, deve ser acentuado o fato de que todas as doutrinas fundamentais do povo remanescente, inclusive o conteúdo querigmático das três mensagens angélicas de Apocalipse 14, encontram na temática do santuário seu eixo de ligação (ou, como diz o Dr. Alberto Timm, seu “fator integrativo”). Por isso, qualquer negligência com essa importante temática ou qualquer desvio na sua correta compreensão implicará no comprometimento de todas as demais doutrinas ensinadas pela Igreja Adventista!

Sendo assim, apresentado de maneira equilibrada, o ritual do santuário se torna um material didático de primeira grandeza para o povo de Deus. E isto é uma verdade primordial para nós, que sabemos de um outro santuário celestial (na verdade o Verdadeiro, Original) onde Cristo está neste momento realizando uma importante obra em favor de Seus filhos.

O Santuário era um tabernáculo (tenda) portátil, que servia como centro da adoração a Deus até a construção do suntuoso Templo de Salomão. Ele recebe vários nomes nas Escrituras e todos indicam coisas importantes a seu respeito: era a “morada” de Deus entre os homens (Êx 25:8); o lugar da audiência divina ou ainda o lugar do encontro com o Juiz celestial (Êx 28:43). Era também o tabernáculo do testemunho, a casa que abrigava as tábuas de pedra do concerto entre Deus e Seu povo (Êx 38:21).

Foi enquanto Moisés esteve sobre o monte Sinai que Deus lhe deu as “coordenadas” de como construir o recinto portátil. A obra deveria ser executada minuciosamente conforme as ordens dadas para que não houvesse a interferência da mente humana que, por se achar muito “experiente”, pode ser tentada a fazer as coisas no lugar de Deus.
A lição aponta para quatro elementos do santuário terrestre, como ilustração, dos muitos que poderiam ser anotados em sua relação com Cristo. São eles:

1 – O sacrifício da manhã e da tarde (Êx 29:38-42; Nm 28:1-6) – O objetivo do sacrifício diário era relembrar ao povo o custo da expiação pelo pecado. Ele envolvia o fogo (talvez símbolo do fogo devorador de Deus) e o derramamento de sangue (símbolo da vida entregue, Lv 17:11). Mas, como dissemos, isto era um símbolo. Algo melhor que sangue de animais e fogo produzido por mãos humanas deveria ser necessário para remir a culpa da humanidade (Hb 10:4).
Junto desse sacrifício havia também a oferta de incenso “pela manhã e pela tarde” (Êx 30:7). A Bíblia não nos oferece detalhes sobre o significado desse simbolismo. Contudo, baseados em 2 Crônicas 2:4; 34:24 e outros textos, parece que a oferta de incenso tem a ver com a adoração e devoção de uma divindade. Neste caso, o aroma perfumado representava o prazer que Deus sentia no cheiro da devoção ao Seu nome. Tal simbolismo indica relacionamento íntimo entre o adorador e a Divindade. No caso de um falso deus, uma relação obviamente doentia, mas, no caso do Deus verdadeiro, uma relação de afeto, amor e respeito. Noutras palavras, adorar significa beijar a face de Deus.

2 – Pães da proposição e o candelabro (Êx 25:23, 30, 31, 37) – Uma vez que o santuário é descrito como morada ou habitação de Deus, é normal que ele contenha móveis que representem a moradia de alguém naquele recinto. Pensando em termos de uma habitação dos tempos antigos (especialmente uma habitação em forma de tenda, como era típico de povos nômades), o lugar deveria ter um trono interno (onde o patriarca receberia seus convidados mais importantes) – este era representado pela arca; uma mesa para comer e beber (mesa dos pães); um candelabro para iluminar o ambiente e um altar de incenso para perfumar o local. Era, de fato, uma morada no meio de outras moradas!

3 – Ritual do Dia da Expiação (Lv 16; Hb 9:1-12) – Uma vez por ano, no dia 10 do sétimo mês, o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo para fazer expiação por si mesmo, por outros sacerdotes, pelo povo e pelo próprio tabernáculo, que também precisava ser purificado. Contudo, o santuário era um local, não uma pessoa que pudesse pecar. Por que então fazer “expiação pelo santuário”? Devemos entender que o santuário não era purificado ou “expiado” por causa de qualquer pecado ou mal a ele inerente, mas, como diz o próprio texto bíblico, “por causa das imundícias dos filhos de Israel” (Lv 16:19). Esta declaração torna claro que os pecados de Israel contaminavam o santuário e o altar. Esse ato servia, portanto, para limpar o lugar santo. E o que isto significa? Que, embora apenas a Terra e a terça parte dos anjos de Satanás tenham caído em pecado, e que a Terra seja o único planeta em rebelião, o pecado de Adão afetou, de certa forma, todo o Universo que sofre ao ver em desgraça uma parte do todo. Muitos pensam que para os seres não caídos é fácil viver, pois eles não sofrem como nós. Porém, eles estão como um irmão em situação confortável sabendo que seu amado parente está perdido no meio de uma floresta. Ele não está passando fome, nem sede, nem frio, mas não usufrui com prazer estas coisas enquanto não recebe a notícia de que seu ente querido foi resgatado e está fora de qualquer perigo. Assim, esses seres de outros planetas também sofrem conosco.

Como diz Paulo, eles gemem com dores de parto, ansiando nossa redenção (Rm 8:22). E mais, o pecado afetou o Céu ao demandar que seu General, o Senhor Jesus, viesse à Terra para morrer em nosso lugar. Por isso, a purificação do santuário é símbolo do juízo investigativo de Cristo. É quando, a partir do santuário celestial, Ele começa a purificar o Universo de toda sombra de pecado – ato inicialmente judicial, mas que Ele executará finalmente após o milênio, ao destruir para todo o sempre Satanás e seus aliados.

4 – As vestes sacerdotais – No desempenho de suas funções, os sacerdotes serviam descalços em harmonia com o fato de que o santuário era solo sagrado (Êx 3:5). Nas instruções para as vestes nem são mencionadas sandálias. No Oriente Médio, até hoje é comum ver, por exemplo, muçulmanos tirando os sapatos para entrar na mesquita e judeus cobrindo a cabeça para entrar na sinagoga (outro sinal de respeito). Trata-se apenas de um símbolo cultural, reconhecemos. Não precisamos, com base nisto, exigir que as pessoas tirem os sapatos ao entrarem numa igreja adventista. Porém, perseguindo o princípio por trás deste ato, devemos nos ater ao fato de que a Igreja hoje ainda é lugar santo e, dentro dos conceitos de respeito que nossa cultura certamente possui, devemos reunir esforços para exercer hoje um comportamento de reverência pelas coisas sagradas. Existe muita banalidade com coisas santas!

Continuando a descrição, os sacerdotes usavam ainda calções de linho, uma veste comprida também de linho e turbante. Conforme o texto, tudo isso era para que não incorressem em erro, vindo a morrer na presença da glória de Deus (Êx 28:42, 43). O que estes textos teriam a nos dizer? Bem, o linho era o melhor tecido que existia. Logo, o melhor deve ser para Deus. Devemos dar-Lhe algo de bom gosto, mas não ostentoso. E, ao contrário do que muitos pensam, nossa forma de vestir (homens e mulheres) faz parte da adoração a Deus. A única diferença entre a advertência dada aos sacerdotes (para que não incorressem em erro e morressem) e a que é dada a nós hoje é que, naquele tempo, Deus fulminava instantaneamente, como foi no caso de Nadabe e Abiú e hoje, Ele demorará um pouco mais para fazer isso, mas certamente o fará no dia do Juízo a todos aqueles que, de maneira impenitente, permanecerem numa constante brincadeira com sua salvação e com as coisas santas que pertencem a Deus.

II - Cristo, o Cordeiro

No estudo do santuário, existem três palavras técnicas que merecem ser conhecidas para facilitar a compreensão. Estas palavras são Tipo, Antítipo e Tipologia. Tipo é um símbolo que aponta para uma realidade maior. No caso de Cristo, uma realidade que seria cumprida nalgum aspecto de Sua vida e obra (seja em Seu ministério terreno ou celestial). Antítipo, como o próprio nome diz (anti – contra, fim) é o evento que cumpre aquilo que estava simbolizado no tipo. E a tipologia é a sistematização didática que mostra o conjunto de vários símbolos e os eventos que lhes dão cumprimento.

Um exemplo que ilustra claramente isto é o texto de João 1:29. Ali, João Batista chama Jesus de Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ora, para os judeus que estavam acostumados a ver cordeirinhos sendo mortos todos os dias no Templo, em prol da remissão de Israel, o sentido ficou claro. Jesus era o Antítipo de todos os cordeirinhos sacrificados desde Adão até aqueles dias. Ele dava cumprimento àquilo que eles profeticamente simbolizavam. Os cordeiros eram um tipo que apontava para Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus imolado por nós.

Um elemento curioso da antiga cultura do Oriente Médio aumenta nossa compreensão deste princípio de simbologia. Como a maioria das pessoas era destituída de educação formal, sem acesso direto a livros, enciclopédias ou ensino clássico, os atos simbólicos exerciam uma impressão muito forte na mente do povo. Em alguns casos, o próprio símbolo falava por si e quase não precisava de explicações adicionais. A contrariedade de um homem em relação a um colega de trabalho poderia ser demonstrada apenas com o rasgar de um manto e a profunda tristeza de uma viúva pelo vestir-se de pano de saco. Sem muitas palavras, os que viam a cena a compreendiam como símbolo de um sentimento ou situação e quase não precisavam de explicações sobre seu significado. Em outros casos, um gesto estranho que desafiava a compreensão imediata levava o povo a perguntar pelo sentido daquilo, dando ao agente a oportunidade de ensinar uma mensagem a partir do ato proposital que chamou a atenção do povo. Muitos profetas lançaram mão deste recurso. Imaginemos a interrogação na mente dos vizinhos do profeta Isaías, que desejavam entender por que ele colocara um nome tão estanho em seu filho: “Rápido desposo, presa segura”. A perplexidade deles era a oportunidade que o profeta precisava, uma forma consciente de chamar a atenção para a mensagem que ele queria pregar.

Deus também falou de um modo que o povo poderia entender. Instruiu a construção e o ritual do santuário para servir de metodologia didática acerca de Cristo. E continuou fazê-lo mesmo após a morte de Seu Filho quando, em meio a um terremoto, fez com que o véu do santuário se rasgasse do alto a baixo. Para ficar ainda mais claro o significado daquele evento, o cordeiro da tarde que estava para ser morto, conseguiu fugir, pois não mais precisava mais ser imolado. O santuário terrestre cumprira sua missão.

III – Cristo, o Sumo Sacerdote

Na língua hebraica, o sentido da palavra sacerdote era muito especial. Sacerdote em hebraico é Kohen que vem da raiz Ken. Nas letras originais, temos um “kaf” e um “nun(correspondentes aproximados do nosso K e do N). Pois bem, kaf é uma letra que lembrava para os judeus a mão aberta no ato de apanhar algo. Era o símbolo da palavra “abertura”. Já o Ken era o desenho de uma plantinha nascendo do solo, sustentada sobre um caule e da palavra afirmativa “sim”. Juntos, esses elementos significavam algo como alguém que responde com um sim ao seu pedido de ajuda e, com a mão aberta, se dispõe a sustentar você como o caule sustenta a planta. Assim, a palavra sacerdote (ou, kohen que vêm desta raiz) designava alguém que vem com a mão aberta, porém firme, para sustentar você a partir de uma base firmada na terra. Em termos bíblicos, Kohen era alguém que firmava-Se na posição de mediador entre Deus e a humanidade. Era Ele que permitia o acesso a Deus.

Ter em Jesus a figura real de um Sumo Sacerdote significa ter confiança de entrar na presença direta de Deus através de Seus méritos. Para os judeus, era muito confortadora a certeza de que todos os dias, onde quer que eles estivessem, havia um sacerdote em Jerusalém oferecendo um sacrifício por eles de manhã e à tarde. Esse significado é igualmente especial para nós, pois sabemos que há um Sumo Sacerdote no Céu que está constantemente intercedendo por nós diante do Pai. Isso deveria nos acalmar e nos alertar contra o problema do pecado. Estudar o ministério desse Sumo Sacerdote celestial significa estudar a própria cartilha de nossa salvação eterna. Este é um conhecimento do qual jamais deveríamos abrir mão.

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sexta-feira, 20 de junho de 2008

A Eficácia de Seu Ministério - 20/06/2008 a 20/06/2008

Sexta, 20 de junho

Opinião
Santuário = plano da salvação

Para realmente obter uma compreensão do ministério sumo-sacerdotal de Cristo, precisamos compreender o contexto do santuário hebraico no qual Arão atuava.

Em Êxodo 25, Deus mostra a Moisés a planta do santuário terrestre. Este devia ser um modelo do santuário celestial, feito especificamente para indicar que Cristo é nosso Sumo Sacerdote. Leia Êxodo 25:8, 9.

O primeiro passo nos serviços do santuário terrestre era o oferecimento de um animal em sacrifício. Poderia ser um dos seguintes animais: um novilho, um bode, um cordeiro ou uma rola. Ao oferecerem o sacrifício, os pecadores reconheciam que enfrentavam a perspectiva da morte, porque haviam quebrado a lei de Deus. Veja 1 João 3 e Romanos 6:23.

O serviço do santuário terrestre ensinava como os pecadores deviam se arrepender de seus pecados e fazer expiação por eles. Para ajudar os pecadores a compreenderem as conseqüências do pecado, estes deviam colocar a mão na cabeça do animal e confessar seus pecados a Deus. Era-lhes, então, requerido que matassem pessoalmente o animal como uma oferta pelo pecado e que colhessem o sangue. Isso enfatizava que a transgressão da lei de Deus não era uma questão trivial, e que a morte era o resultado inevitável. O animal sacrificado (geralmente um cordeiro) era símbolo de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que morreu a segunda morte por nós, para que pudéssemos viver com Deus eternamente.

Essa era a plena extensão da participação do pecador. Desse ponto em diante, o restante do ritual era conduzido por um sacerdote como mediador entre o pecador e Deus. Isso era símbolo de Jesus, nosso Sumo Sacerdote, nosso mediador entre nós e Deus o Pai. "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus" (1Tm 2:5, NVI).

Dicas

1. Faça um esboço do santuário terrestre e visualize os rituais que ocorriam lá.
2. Elabore uma lista de atividades realizadas pelo sumo sacerdote, e o significado delas.
3. Visite uma fazenda ou outro local em que haja ovelhas e bodes. Acaricie os animais (se possível), e imagine como você se sentiria tendo que matar um deles em sacrifício.
4. Leia a história da crucifixão de Jesus.
5. Partilhe com um amigo o que significa para você o fato de ter Jesus como seu Sumo Sacerdote.

Pablo Lozada | Palm Bay, EUA

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A Eficácia de Seu Ministério Sacerdotal - 19/06/2008 a 20/06/2008

Quinta, 19 de junho

Aplicação
Como ser perfeito

O conhecimento e aceitação de Jesus como nosso Sumo Sacerdote deve nos tornar bondosos, generosos e pacientes, as mesmas características que Ele manifestou para conosco. Deve nos tornar misericordiosos e corteses, assim como Ele mostrou misericórdia e graça para conosco. E deve nos tornar moralmente justos e eternamente gratos pelo profundo sacrifício feito em nosso favor.

4. Que atitude ousada podemos ter, ao sabermos que nosso Sumo Sacerdote Se encontra no Santo dos Santos? Hb 10:19-25

O livro de Hebreus convida a nos aproximarmos "confiadamente, junto ao trono da graça" (Hb 4:16). O caminho foi aberto para nos aproximarmos de Deus, por meio de Jesus, no santuário celestial. Pela fé, entramos com plena certeza naquele lugar sagrado em que Jesus ministra. E lá nos apegamos àquele cuja promessa imutável é simbolizada pela arca do concerto, o trono do próprio Deus vivo, fundado em justiça e misericórdia.

Eu tinha um amigo na escola secundária a quem chamarei de Jack. Era um músico exímio e ótimo nos estudos. Ele era presidente de classe, membro da Sociedade Nacional de Honra, e se apresentava como voluntário para quase tudo. Ele era o tipo de filho que todo pai desejaria ter. Alguns poderiam até dizer que Jack era o jovem perfeito.

Jack me faz pensar se sabemos quão bons precisamos ser para entrar no Céu. A resposta é perfeitos. Afinal de contas, Jesus nos disse em Mateus 5:48 que devemos ser perfeitos "como perfeito é o Pai celestial" (NVI).

"Então, como posso ser perfeito?", você pergunta. Essa é uma excelente pergunta. Mas não se preocupe – você não precisa ser tão bom como o Jack. Eis aqui algumas medidas que você pode tomar:

1. Perceba que você não é perfeito. A fim de alcançar perfeição, você precisa compreender que não é perfeito. Isaías 64:6 nos diz que até nossos mais nobres esforços não são bons o suficiente para igualar a perfeição de Deus. Nem as realizações de Jack o levarão para o Céu.

2. Creia que você tem um Sumo Sacerdote celestial que torna você perfeito e santo. Essa é uma boa nova! Jesus, nosso Sumo Sacerdote, entrou no lugar santíssimo por Seu próprio sangue. Quando aceitamos Sua mediação por nós, Deus olha para nós como se nunca tivéssemos pecado, e a justiça de Cristo se torna nossa (Hb 10:14, 19).

3. Convide Cristo a entrar em sua vida. A Bíblia nos diz que Jesus está batendo à porta de nosso coração e que se O convidarmos, Ele entrará e terá comunhão conosco (Ap 3:20).

4. Viva por Jesus. Depois que tornar Jesus seu Sumo Sacerdote pessoal, você precisa se esvaziar de seus desejos terrenos e segui-Lo, assim como Jesus instruiu o jovem rico, em Mateus 19:21.

Jeffrey M. Rose | West Melbourne, EUA

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Eficácia de Seu Ministério Sacerdotal - 18/06/2008 a 20/06/2008

Quarta, 18 de junho

Testemunho
O grande Sumo Sacerdote

3. Que promessa encontramos a respeito de nosso Sumo Sacerdote? Hb 4:16. Que esperança temos?

Cristo derramou Seu sangue uma só vez, em nosso favor; e agora Ele comparece por nós na presença de Deus como nosso sumo sacerdote (v. 24-28). Podemos nos achegar a Esse grande sumo sacerdote em total confiança de sermos aceitos, pois Ele conhece por experiência as lutas do ser humano. Como Homem, Ele pode nos compreender; como Deus, Ele pode nos salvar.

"As instruções do Senhor foram: ‘Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor continuamente.’ Êx 28:29. Assim Cristo, o grande Sumo Sacerdote, pleiteando com Seu sangue diante do Pai, em prol do pecador, traz sobre o coração o nome de todo pecador arrependido e crente" (Patriarcas e Profetas, p. 351).

"A vinda do Senhor a Seu templo foi súbita, inesperada, para Seu povo. Não O buscaram ali. Esperavam que viesse à Terra, ‘como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho’. 2Ts 1:8. ... Ser-lhes-ia proporcionada luz, dirigindo-lhes a mente ao templo de Deus, no Céu; e, ao seguirem eles, pela fé, ao Sumo Sacerdote em Seu ministério ali, novos deveres seriam revelados. Outra mensagem de advertência e instrução deveria dar-se à igreja" (O Grande Conflito, p. 424, 425).

"Assim como Cristo, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério diário, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador" (Patriarcas e Profetas, p. 357).

"Na oferta do incenso, o sacerdote era levado mais diretamente à presença de Deus do que em qualquer outro ato do ministério diário. ... Como naquele cerimonial típico o sacerdote olhava pela fé ao propiciatório que não podia ver, assim o povo de Deus deve hoje dirigir suas orações a Cristo, seu grande Sumo Sacerdote que, invisível aos olhares humanos, pleiteia em seu favor no santuário celestial" (Ibid., p. 353).

"No grande dia da paga final, os mortos devem ser ‘julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras’. Ap 20:12. Então, pela virtude do sangue expiatório de Cristo, os pecados de todo verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu" (Ibid., p. 357, 358).

Carmen Lozada | Melbourne, EUA

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terça-feira, 17 de junho de 2008

A Eficácia de Seu Ministério Sacerdotal - 17/06/2008 a 20/06/2008

Terça, 17 de junho

Exposição
O santuário revelado

2. Qual é a mensagem central do livro de Hebreus? Hb 8:1, 2

Cristo, nosso Mediador e Sacerdote Celestial, abriu uma porta de acesso ilimitado ao verdadeiro santuário celestial, à sala do trono do Deus vivo. "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hb 4:16). Jesus é nosso intercessor no Céu.

O primeiro contato (Gn 3:8, 9; Êx 25:8; 1Jo 4:19). Desde que Adão e Eva pecaram pela primeira vez, Deus tem tentado Se aproximar de nós. Uma das maneiras pelas quais Ele fez isso foi através do santuário.

"O próprio Deus deu a Moisés o plano daquela estrutura, com instruções específicas quanto ao seu tamanho e forma, materiais a serem empregados, e cada peça que fazia parte do aparelhamento que deveria a mesma conter. Os lugares santos, feitos a mão, deveriam ser ‘figura do verdadeiro’, ‘figuras das coisas que estão no Céu’ (Hb 9:24 e 23) – uma representação em miniatura do templo celestial, onde Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, depois de oferecer Sua vida em sacrifício, ministraria em prol do pecador. Deus expôs perante Moisés, no monte, uma visão do santuário celestial, e mandou-lhe fazer todas as coisas de acordo com o modelo a ele mostrado" (Patriarcas e Profetas, p. 343).

A construção do santuário foi iniciativa de Deus, porque Ele desejava habitar entre nós! Ele sabe que não podemos viver verdadeiramente sem Ele. É por isso que deseja ser parte central de nossa vida.

Ver para crer (Êx 25:9, 40; At 7:44, 54-56; Hb 8:5). Não foram muitas as pessoas que tiveram o prazer de ver o santuário celestial. Na verdade, podemos contá-las com uma só mão: Moisés, Enoque, Elias, João e Estêvão. Nem todos os cristãos compreendem que há um santuário no Céu; muito menos que ele precisa ser purificado do pecado. Cristo foi feito pecado por todos nós, e está intercedendo em nosso favor no Céu, assim como os sacerdotes faziam na Terra. Talvez seja por isso que Moisés e os outros tiveram uma janela aberta no Céu, para que pudéssemos saber, com certeza, que o santuário é real.

O verdadeiro sumo sacerdote (Hb 7:23-28; 9:1-10). A ministração no santuário consistia de dois serviços diferentes – um diário e outro anual. O serviço diário era realizado no pátio do tabernáculo e no lugar santo, enquanto que o serviço anual era realizado no lugar santíssimo.

O serviço diário consistia de um holocausto da manhã e da tarde, do oferecimento de incenso e das ofertas especiais por pecados individuais. Os sumos sacerdotes realizavam sacrifícios diários não apenas por seus próprios pecados, mas também pelos pecados do povo. Isso poderia ter sido um sinal de fraqueza para o povo, porque seu mediador também era um pecador. Em contraste, nós agora temos um Sumo Sacerdote irrepreensível, que não precisa fazer sacrifícios diários porque Ele próprio foi feito sacrifício por nós! Temos um Sumo Sacerdote que nos pode salvar completamente da condenação do pecado.

Atrás do véu (Mt 27:50, 51; Hb 6:19, 20). Ninguém, exceto o sumo sacerdote, podia entrar no lugar santíssimo. Os serviços que realizados dentro desse compartimento simbolizavam a expiação de Cristo pelo pecado e Sua intercessão sumo-sacerdotal em nosso favor. Nesse compartimento ficavam a Arca da Aliança e o Shekinah – a manifestação da presença de Deus. Deve ter sido uma emoção e tanto para o sumo sacerdote estar na presença de Deus!"Nenhuma linguagem pode descrever a glória do cenário apresentado dentro do santuário – as paredes chapeadas de ouro que refletiam a luz do áureo castiçal, os brilhantes matizes das cortinas ricamente bordadas com seus resplendentes anjos, a mesa e o altar de incenso, brilhante pelo ouro; além do segundo véu a arca sagrada, com os seus querubins, e acima dela o santo shekinah, manifestação visível da presença de Jeová; tudo não era senão um pálido reflexo dos esplendores do templo de Deus no Céu, o grande centro da obra pela redenção do homem" (Ibid., p. 349).

No momento em que Jesus clamou, rendendo o espírito, o véu que separava os dois compartimentos do santuário terrestre rasgou-se de alto a baixo. O próprio Jesus tinha agora cumprido o significado por trás de todos esses símbolos. Portanto, os ritos e ministrações já não eram necessários. Ele Se havia oferecido em nosso favor.

Nosso único Mediador (Hb 9:11-28). Após a ascensão de Cristo, Ele começou Sua obra por nós como nosso Sumo Sacerdote e Mediador. Leia Hebreus 9:24.

Assim como a ministração típica no santuário terrestre consistia de dois serviços, a ministração de Cristo consistia de duas grandes divisões em ocasiões diferentes. Jesus já entrou no lugar santíssimo, e está pleiteando nosso caso diante do Pai. "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus" (1Tm 2:5, NVI). Neste momento, estamos como os israelitas no Dia da Expiação, com a cabeça curvada diante do Senhor, suplicando o perdão de todas as nossas transgressões e nos lembrando das palavras de João: "Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo" (1Jo 2:1, 2, NVI).
Pense nisto

1. Imagine que você está em julgamento. Como você se sentiria se o juiz fosse também seu advogado?
2. Por que é importante compreender o significado do santuário terrestre, tanto no que diz respeito aos seus móveis quanto no que diz respeito a seus serviços?
3. Como a compreensão do santuário pode ajudar na sua experiência cristã?

Richard Romero | Trenton, EUA

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segunda-feira, 16 de junho de 2008

A Eficácia de Seu Ministério Sacerdotal - 16/06/2008 a 20/06/2008

Segunda, 16 de junho

Evidência
Nosso sacerdote

1. Qual é o significado de João chamar Jesus de "Cordeiro de Deus"? Jo 1:29

Era a hora do sacrifício da tarde. O cordeiro, que representava Cristo, fora levado para ser morto. "O sacerdote está para matar a vítima; mas [como a Terra tremeu] o cutelo cai-lhe da mão paralisada, e o cordeiro escapa. O tipo encontrara o antítipo por ocasião da morte do Filho de Deus. Foi feito o grande sacrifício. ... Era como se uma voz viva houvesse dito aos adoradores: Agora têm fim todos os sacrifícios e ofertas pelo pecado. O Filho de Deus veio, segundo a Sua palavra" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 757).

Você já teve que traduzir alguma coisa de uma língua para outra? Se já, você sabe que não é fácil. Posso só imaginar como é difícil traduzir a Bíblia. Deixe-me dar um exemplo. Vamos usar a palavra sacerdote. Porque o Novo Testamento foi escrito em grego, usei uma versão grega para traduzir um pouco. Contudo, encontrei alguns problemas. Duas palavras gregas têm sido traduzidas como "sacerdote". Isso não acontece em nossa língua, por isso, agora você entende a complexidade de se fazer tradução de um idioma para outro. A primeira palavra que encontrei foi presbyteros. Mas a palavra presbyteros literalmente significa ancião. E em outro contexto grego se refere à "precedência (em idade, posição, etc.)".

A segunda palavra traduzida como "sacerdote" é hieros, que se refere a sacerdotes que oferecem sacrifícios, como os sacerdotes do templo judaico. Aqui nos vem à mente Hebreus 2:17 (leia).

"Nosso grande Sumo Sacerdote completou a oferta sacrifical de Si mesmo quando sofreu fora da porta. Foi feita, então, uma expiação perfeita pelos pecados do povo. Jesus é nosso Advogado, nosso Sumo Sacerdote, nosso Intercessor. Nossa presente posição é, portanto, como a dos israelitas, ficando fora do pátio e aguardando aquela bendita esperança, o glorioso aparecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (Para Conhecê-Lo, p. 73).

Cristo é nosso hiereus singular. Por meio de Sua expiação sacrifical, Ele Se tornou o antítipo do sacerdócio judaico, e dessa forma o cumpriu e o tornou nulo. "Quando o sumo sacerdote entrava no santo, representando o lugar em que nosso Sumo Sacerdote está agora intercedendo, e oferecia sacrifício sobre o altar, nenhum sacrifício propiciatório era oferecido fora. Enquanto o sumo sacerdote estava intercedendo no interior, todo coração estava curvado em contrição perante Deus, rogando o perdão dos pecados. O tipo encontrou o antítipo na morte de Cristo, o Cordeiro morto pelos pecados do mundo. O grande Sumo Sacerdote fez o único sacrifício que será de todo valor" (Ibid.).

Jesus fez tudo isso por nós. Ele é nosso verdadeiro Sumo Sacerdote, nosso hiereus!

Wilson Burgos | Melbourne, EUA

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A Eficácia de Seu Ministério Sacerdotal - 15/06/2008 a 20/06/2008

A Eficácia de Seu Ministério Sacerdotal


"A coisa mais importante de tudo o que estamos dizendo tem a ver com o sacerdote que nós temos: ele é o Grande Sacerdote que está sentado no céu, do lado direito do trono de Deus, o Todo-Poderoso" (Hb 8:1).

Prévia da semana: O ministério sumo-sacerdotal de Cristo não tem barreira de tempo. Era relevante nos dias da primeira igreja do Novo Testamento e ainda se aplica ao nosso tempo. Por Seu ministério, todos os que vão a Jesus podem ter acesso a Deus, o Pai.

Leitura adicional: Primeiros Escritos, p. 249-253; O Grande Conflito, capítulo 23 (p. 409-422); Nisto Cremos, capítulo 23

Domingo, 15 de junho

Introdução
Cachorrinhos encantadores

Moisés foi orientado a construir o tabernáculo de acordo com o modelo que Deus lhe mostrara no Monte Sinai (Êx 25:9, 40). E enquanto o bom senso nos afasta da conclusão de que cada tábua e prego do tabernáculo tinha significado teológico, devemos, ainda assim, considerar com toda a seriedade a função didática do sistema e rituais do santuário do Antigo Testamento, tais como:

1. O sacrifício da manhã e da tarde (Êx 29:38-42; Nm 28:1-6).
2. Os pães da proposição e o candelabro (Êx 25:23, 30, 31, 37).
3. O ritual do dia da expiação (Lv 16; Hb 9:1-12).
4. As vestes do sumo sacerdote (Êx 28:6-21).

Os sacrifícios da manhã e da tarde simbolizavam "a consagração diária da nação a Jeová, e sua constante necessidade do sangue expiatório de Cristo" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 352). Muitas referências do Novo Testamento parecem sugerir que o pão, no tabernáculo/santuário, apontava para Cristo (veja, por exemplo, Mt 26:26; Jo 6:48-51).

Quase todo mundo já teve um bichinho de estimação quando era criança. Na década de 1980, quando eu tinha cinco anos de idade, minha família tinha uma cachorra que havia tido cinco cachorrinhos. Um desses cachorrinhos se destacava dos outros. Era meu cachorrinho especial que eu queria conservar para sempre. Mas, como acontece com todas as outras coisas na Terra, isso não foi possível.

Um dia, enquanto eu estava brincando com algumas sobras de material de construção de meu pai, uma grossa folha de compensado caiu em cima do meu cãozinho. Você pode imaginar como me senti mal. Eu não havia feito aquilo de propósito. Mas não importava, porque eu não podia desfazer o que tinha acontecido.

Agora posso imaginar como as pessoas devem ter se sentido ao matarem seus cordeirinhos em frente ao santuário. Será que as crianças queriam ficar agarradas aos cordeirinhos? Será que suplicavam aos seus pais para não matá-los?

Posso imaginar como Arão se sentiu na primeira vez em que teve que sacrificar um cordeiro. Deve ter sido difícil, mas tinha que ser feito! O Senhor havia exigido um sacrifício de sangue pelo pecado, porque "o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor" (Rm 6:23).

Agora imagine que nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, era representado por esses encantadores cordeirinhos. O preço do pecado é a morte – a separação eterna de Deus. Se não fosse o sacrifício de Cristo em nosso favor, teríamos que pagar esse preço. Mas mesmo antes da fundação do mundo (Ap 13:8) Ele concordou em ser esse sacrifício de sangue, para que, ao aceitarmos Seu sacrifício, possamos ter vida eterna.

Nesta semana, ao estudarmos o ritual do santuário em geral e o ministério sumo-sacerdotal de Cristo em particular, pergunte a si mesmo o que significa para você pessoalmente o fato de ter Cristo Se tornado esse cordeirinho para que você pudesse viver eternamente.

Alba Burgos Melbourne, EUA

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