sábado, 25 de dezembro de 2010

Baruque - Resumo Semanal - 25/12/2010 a 25/12/2010

BARUQUE
Construindo um legado em um mundo despedaçado
Resumo Semanal - 19/12/2010 a 25/12/2010



Ivanaudo Barbosa

Objetivo desta lição: Mostrar como Baruque entendeu a verdadeira grandeza.

Verdade central: A verdadeira grandeza se mede pelo serviço fiel a Deus.

Introdução
Neste estudo apresentamos o último personagem dos 12 heróis deste trimestre. Baruque. Este é seu nome. Baruque viveu num período conturbado na vida de Judá. Havia “problemas cruciais no campo moral e espiritual. Em seus dias, Jerusalém foi tomada, o templo, destruído, e muitos judeus foram levados cativos. Ele viveu nesse tempo de dramática mudança e perda. Embora seu mundo estivesse desmoronando, ele deixou um legado que nenhum rei nem a guerra poderiam destruir.”


PARA A CLASSE: Você vai notar na vida de Baruque, que servir ao Senhor custa, e custa muito. Mencione experiências suas em que você pagou alto preço por ser leal aos princípios que Deus nos deixou.


I. Quem foi Baruque?

Na Wikipédia encontramos esta apresentação dele: “Filho de Nerias, irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36:4). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51:59), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, Baruque escreveu as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinha conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), Jeremias foi bem tratado pelo rei Nabucodonosor – e Baruque foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem para o Egito (Jr 43:3). Mas, por fim, ambos foram compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43:6).


Durante seu encarceramento, Jeremias deu a Baruque o título de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel” (Jr 32:8-12). Em resumo, Baruque foi “um alto funcionário da administração babilônica na Judeia”, um erudito de família nobre, e secretário do profeta Jeremias no período da invasão de Judá por Babilônia no século sétimo a.C. (Tradução Ecumênica da Bíblia, Ed. Loyola, São Paulo, 1994, p. 710). O ministério de Baruque vai desde o 13° ano de Josias (626 a.C.) até o 4° ano de Jeoaquim (609). Pouco tempo atrás. os arqueólogos acharam num sítio arqueológico em Israel um selo de argila com a inscrição “Baruque, filho de Nerias, o escriba”. Deve ter 2.600 anos. Ter um selo pessoal era sinal de destaque e grandeza (Dicionário Ilustrado da Bíblia, p. 179). Seu nome significa “aquele que é abençoado”.


Para o professor: Quais personagens bíblicos e ou seculares que você se lembra abandonaram uma carreira ou posição de prestígio para servir a Deus?


II. Uma vista geral dos tempos de Baruque

O rei Josias foi o último bom rei de Judá. Ele começou reinar com oito anos. Quando estava com 16 anos, começou a buscar o Deus de seus pais e, aos vinte, começou a erradicar as práticas idolátricas que havia em Judá (2Cr 34:3). Quando tinha 26 anos, iniciou os reparos do templo que estava abandonado. Ali foi encontrado o livro da lei. Esse foi o início da reforma espiritual que houve em Judá (2Rs 22:3-5). Entretanto, Josias morreu cedo numa batalha contra o rei do Egito (2Rs 23:29 e 30). Daí para frente, Judá entrou no caminho descendente da apostasia sob os governos de Jeoaquim e Zedequias filhos de Josias. Nesse tempo, Deus chamou Jeremias para o ministério profético.


A tônica da mensagem de Jeremias era: Voltem-se para o Senhor, busquem o Senhor! Não resistam a Nabucodonosor! Não façam aliança com o Egito! Entreguem-se a Nabucodonosor e ele os levará como cativos para Babilônia. Mas, depois de 70 anos, Deus os trará de volta!. Mas o rei e o povo jamais aceitaram a mensagem de Jeremias. Ao contrário, ele era tido como um subversivo. Aqui entra a figura de Baruque. O homem que escreveu as mensagens de Jeremias, o homem que foi perseguido com Jeremias, o homem que trocou um lugar de destaque em sua sociedade para ser um copista do profeta Jeremias: Baruque.


PARA MEDITAR: Pelo que você viu acima, o contexto social das nações vizinhas e a vida espiritual de Judá parece uma descrição do que nos cerca, incluindo a igreja ASD. Ali estão Josias, Jeremias e Baruque para mudar o quadro. O que posso fazer para mudar o quadro na minha igreja? Dê sugestões práticas.


III. Baruque, o escriba, como assistente literário de Jeremias

Baruque não foi um profeta. Ele foi um escriba ou copista das mensagens do profeta Jeremias. Ser um escriba não era uma simples profissão. “Os escribas no Egito e na Mesopotâmia eram pessoas que ocupavam cargos administrativos importantes nos palácios reais. Eram obrigados a manter relatórios fidedignos em departamentos complexos do Estado” (G. Glingbeil, Histórias Pouco Contadas, p. 135).


Ao trocar sua posição de escriba da corte pela de assistente literário de Jeremias, Baruque não fez uma troca vantajosa aos olhos de posição e/ou status social. Aqui começa o legado que ele nos deixou. Outros autores bíblicos tiveram assistentes literários e Ellen White também. Então, alguém poderá perguntar: Os assistentes literários eram coautores das mensagens? A resposta é que não. Primeiro, porque não cremos na inspiração verbal mas, sim, na inspiração do profeta. Então, as palavras podiam ser escolhidas pelo autor ou pelo copista, mas a mensagem vinha de Deus.


Falando desse tema, W. C. White, filho da senhora White diz: “Minha mãe nunca fez reivindicações à inspiração verbal, e não vejo que meu pai, ou o Pastor Bates, Andrews, Smith ou Waggoner as fizessem. Caso houvesse inspiração verbal ao ela escrever seus manuscritos, por que haveria de sua parte o trabalho de acréscimo ou de adaptação? Verdade é que mamãe muitas vezes toma um de seus manuscritos e o lê atentamente, fazendo acréscimos que desenvolvem ainda mais o pensamento” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 437).


E Ellen White afirma com certeza: “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem nem em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de Deus” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 20 e 21).


Quando Lucas escreveu seu livro, ele fez pesquisas e se valeu de várias fontes históricas disponíveis. O que cremos é que o Espírito Santo guiou Lucas a encontrar as fontes mais fidedignas. Falando da escolha de Baruque por Jeremias, Ellen White escreve: “É-me fácil crer que Jeremias foi dirigido por Deus em sua escolha de Baruque como copista…” (Mensagens Escolhidas v. 3, p. 455).


Embora Baruque tenha sido o escritor, a revelação da mensagem veio pelo próprio Deus a Jeremias. Portanto, o autor das mensagens era o próprio Deus.


“Em obediência a essa ordem, Jeremias chamou em seu auxílio um fiel amigo, Baruque, o escriba, e ditou-lhe “todas as palavras do Senhor, que Ele lhe tinha revelado, no rolo” (Profetas e Reis, p. 432). Depois que o rei Jeoaquim queimou o primeiro livro, Deus ordenou a Jeremias que escrevesse outro livro com a mesma mensagem do primeiro e ainda acrescentou outras mensagens. Note esta citação: “Tomando outro rolo, Jeremias deu-o a Baruque, o qual escreveu nele da boca de Jeremias todas as palavras do livro que Jeoaquim, rei de Judá, tinha queimado no fogo; e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes” (Profetas e Reis, p. 437: Jr 36:28 e 32).

Ellen White garante que suas assistentes literárias não mudavam suas mensagens. “Você viu minhas copistas. Elas não modificam minha linguagem. Essa permanece assim como escrevo. ...” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 90). O filho da irmã White escreveu: “Tenho a convicção de que a irmã Ellen G. White teve orientação celestial ao escolher as pessoas que deviam servir de copistas e as que deviam ajudar a preparar artigos para nossos periódicos e capítulos para nossos livros” (Carta de G. C. White a L. E. Froom, 8 de janeiro de 1928; citado em Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 455).


PARA A CLASSE: Baruque tinha um sonho. Qual é seu sonho para sua igreja?


IV. “Ai de mim!: O choro de Baruque

Depois de ter escrito o livro, ter lido a mensagem diante do povo e perante os príncipes e saber que o rei havia queimado o livro, Baruque teve uma crise e desabafou: “Ai de mim agora! Porque me acrescentou o Senhor tristeza ao meu sofrimento; estou cansado do meu gemer e não acho descanso (Jr 45:3). Por que Baruque chorou? O escritor Elben M. Lenz César mostra cinco razões por que Baruque chorou. São elas:



1. Baruque teria chorado porque alimentava a mesma expectativa de Deus e de Jeremias quanto ao resultado da leitura do livro.
2. Ele teria chorado porque corria risco de vida.
3. Ele teria chorado porque, ao escrever o livro, teve uma percepção clara da condição espiritual do povo.
4. Ele teria chorado porque, ao escrever o livro, tomou conhecimento das desgraças que Deus planejava trazer sobre o povo (Jr 36:3).
5. Ele teria chorado porque, mesmo não participando da corrupção generalizada, ele também estava ao alcance das desgraças que iam se sucedendo.


Além dessas, podemos ainda acrescentar o que Klingbeil menciona:
1. Provavelmente, Jeremias estivesse na prisão, e a perspectiva de um reavivamento em meio aos líderes de Judá não mais parecia possível.
2. O futuro de Baruque, pelo menos da perspectiva terrena, no mínimo, parecia desolador.

Entretanto, Deus prometeu estar com Baruque e proteger sua vida (Jr 45:5). Imagine o quadro que Baruque viveu ao lado de seus irmãos. Ele viu a chegada dos exércitos caldeus. Viu os muros sendo derrubados, viu as lindas casas mobiliadas sendo destruídas. Ele viu muitas pessoas sendo mortas barbaramente. Mas Deus prometera dar sua vida por despojo. Alguns escritores dizem que Baruque foi levado com Jeremias para o Egito. Flávio Josefo diz que Nabucodonosor o levou para Babilônia (Antiguidades dos Judeus, 10: p. 179 a 182) Não sabemos com certeza o que aconteceu com Baruque. O que sabemos é que ele escolheu trocar a vida confortável do palácio para ser um fiel companheiro de Jeremias em meio a perseguição, fugas e talvez pobreza. Mas a riqueza que ele nos deixou é um tesouro que tem ajudado milhões de pessoas a encontrar o caminho da lealdade a Deus.


DISCUTA COM SUA CLASSE: Jeremias chorou. Baruque entrou em desespero ao ver a situação sem esperança de seus irmãos. Você já se sentiu esmagado pela dor de ver sua igreja atravessando períodos de crise? Compartilhe seus sentimentos.


Conclusão

Em alguns túmulos há algumas frases que dizem: “AGRÔNOMO: Favor regar o solo com Nevugon. Evita vermes!” ALCOÓLATRA: Enfim, sóbrio! Na lápide de Isaac Newton estão estas palavras: “É uma honra para o gênero humano que tal homem tenha existido.” Na de Jô Soares, ele gostaria que escrevessem: “Enfim, magro!”


Quando a vida terminar, o que você gostaria que escrevessem em sua lápide? O que seria uma boa frase para ser colocada no túmulo de Baruque? No capítulo 36 de Jeremias, quando o povo foi ao templo, Baruque viu na linha do horizonte um fio de esperança. Mas isso logo desapareceu e a rebeldia tomou seu lugar novamente na vida deles. Talvez ele poderia ter pensado numa vida com mais conforto. Talvez menos desprezo. Quem sabe até um cargo no palácio, numa nação em paz. O autor da lição diz: “Na possível reforma, ele seria um homem de importância, talvez elevado a uma alta posição no governo.” Mas a frustração tomou conta de seu coração ao ver a rebeldia do povo. Ele, porém não desistiu de ser fiel a Deus.


Para Baruque, o verdadeiro sentido da vida não estava numa boa educação, numa linda casa nem num cargo bem remunerado. Aquele que deixou Seu lar no Céu e veio viver entre nós para que pudéssemos ser alguém foi o padrão que moldou a vida de Baruque. Aquele que trocou o Céu pela Terra, a paz pela perseguição, o conforto pelas estradas da Judeia inspirou Baruque a viver uma vida completa para Deus num país despedaçado. Então, o que escreveremos no túmulo de Baruque? Tente uma frase. Vou colocar a minha. “Aqui jaz um homem que soube dar valor à vida” E no seu, o que escreveremos?

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Baruque - 24/12/2010 a 25/12/2010

Sexta, 24 de dezembro

Opinião
Levante-se!


Durante o inverno australiano de 1988, eu e um grupo de rapazes do Colégio Avondale, em Cooranbong, decidimos jogar com os Wyong Magpies, uma equipe de futebol australiano que estava se esforçando para crescer. Lembro-me particularmente do dia em que jogamos contra os Terrigal Tigers. Pouco antes dessa partida, tínhamos ganhado um jogo apertado contra o time de reserva deles. Exaustos como estávamos, 15 de nós (em vez de 18 descansados) tínhamos de enfrentar o próximo jogo, que era o principal evento contra o melhor time da competição.

O resultado? Perdemos! Até aí nada de chocante, mas foi a maneira em que perdemos que realmente se destacou. Foi como um time de profissionais chegando para enfrentar um bando de bebês. Até viramos notícia nacional como o time com a maior derrota na história do futebol a australiano – 472 a 0. A bola nem mesmo chegou ao nosso lado de ataque no campo. Não foi por falta de tentar – ou desejar. Era uma tarefa impossível contra um impressivo adversário. Ficamos embaraçados, mas não tínhamos onde nos esconder!

Boa história, você pode dizer, mas que relevância tem isso para mim hoje? Bem, a vida nos derrota, e ficamos embaraçados. Se formos derrubados muitas vezes, simplesmente vamos ficar deitados ali, pensando que talvez esse seja o lugar certo para ficar. Foi assim que Baruque deve ter-se sentido quando os rolos que ele escreveu para Jeremias foram destruídos. Mas então Deus nos diz para nos levantarmos, que Ele nos dará forças. O que nos ajuda nessas situações difíceis? O saber que a batalha já foi ganha, que porque Jesus morreu por nós, não temos de sofrer a penalidade, pois Ele a sofreu por nós.

Isaías o expressou melhor quando nos lembrou de onde vem nossa força: “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa.” (Is 41:10).

Nunca se esqueça de que não importa quão fraco você se sinta, Deus tem a força que você precisa, no momento que você precisa; mas cabe a você pedi-la a Ele!

Mãos à obra

1. Entreviste alguém que “trabalha nos bastidores”. Que tipo de temperamento essa pessoa tem? Há algum temperamento que seja mais adequado para esse trabalho? Se sim, descreva esse temperamento.
2. Para ter uma ideia do que foi o trabalho de Baruque, tente escrever o que um amigo dita ou anote por dois ou três minutos um discurso político que está sendo feito na TV.
3. Envie um cartão de agradecimento escrito à mão para duas pessoas “que trabalham nos bastidores” – uma em sua igreja e outra em seu círculo de amigos. Diga-lhes especificamente por que você as admira.
4. Entreviste três secretárias para descobrir o que elas mais gostam na função de assistentes. Peça-lhes que coloquem essa lista em ordem de prioridade.

Neil Richmund | Avon, EUA

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Baruque - 23/12/2010 a 25/12/2010

Quinta, 23 de dezembro

Aplicação
Primeiro lugar


Como seres humanos, quando enfrentamos um problema, muitas vezes recorremos a soluções particulares, em vez de confiar em Deus. Foi isso que Israel fez. Em vez de confiar nEle, voltaram-se para os ídolos que podiam ver e tocar. Hoje, parece que damos mais poder às circunstâncias humanas do que a Deus. O resultado, em última análise, é idolatria. Começamos a confiar em realizações humanas, no dinheiro ou nas circunstâncias como solução. Então, quando Deus nos chama a fazer algo, raciocinamos que não podemos porque não temos o dinheiro, ou porque as circunstâncias não são exatamente adequadas. Sabemos que não é fácil lançarmos nossos fardos sobre o Senhor e confiar que Ele satisfará nossas necessidades. Então, o que podemos fazer quando estamos apreensivos, desconfortáveis ou preocupados? Eis aqui alguns passos a seguir:

Confie em Deus. Podemos confiar nEle quando andamos com Ele diariamente através da oração e do estudo da Bíblia. Quando passamos tempo com amigos, aprendemos a confiar neles. O mesmo se aplica a Deus.

Busque conselho de um líder cheio do Espírito. Escolha um mentor digno de confiança com que você possa partilhar sua experiência. Permita que esse líder inspire em você confiança e esperança através da graça de Deus.

Defina suas prioridades. Qual é a coisa mais importante de sua vida? Para saber isso, faça uma conta de quanto você gasta por dia com isso, em comparação com as outras coisas. Se você fosse fazer uma lista, que lugar Deus ocuparia? Se Ele está no fim da lista, coloque-O em primeiro lugar.

Adquira o hábito de buscar a Deus. Muitas vezes temos a tendência de esquecer de Deus depois que uma questão é resolvida. Desenvolva o hábito de louvá-Lo e de buscar nEle orientação e sabedoria.

Um dos maiores problemas que enfrentamos hoje é a desconexão entre o conhecimento e a aplicação. Sabemos que devíamos fazer alguma coisa, mas parece que não fazemos. Sabemos que não devíamos fazer algo, mas o fazemos assim mesmo. Simplesmente precisamos dar o primeiro passo em fé, sabendo que somos incapazes. Deus suprirá o que falta. Assim como os sacerdotes que cruzaram o rio Jordão tiveram de dar o primeiro passo em fé antes que Deus provesse um caminho seco, precisamos confiar que Deus suprirá para nós a força a fim de darmos um passo de cada vez.

Mãos à Bíblia

5. Leia Jeremias 45. O que essa passagem nos diz sobre Deus? O que nos diz sobre Baruque?

6. Que relação você nota entre Jeremias 45:1-5 e Mateus 6:25-34?

Jill Manoukian | Avon, EUA

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Quarta, 22 de dezembro

Evidência
Crer em meio à apostasia

O livro de Jeremias foi escrito durante um período de apostasia nacional. Os filhos de Israel haviam endurecido o coração contra o Senhor, e o cativeiro não deveria ser aguardado como uma forma de castigo, mas como uma disciplina curativa para que Deus fosse capaz de cumprir Seus planos para Seu povo. Foi durante essa época que Jeremias foi chamado, como um jovem, para apelar a Israel em favor do Senhor (Jr 1:6-8; 7:1-11).

Durante os 40 anos em que Jeremias trabalhou com os filhos de Israel, experimentou um curto período de reavivamento espiritual entre o povo sob a liderança do rei Josias. Os quatro reis que vieram após Josias ignoraram suas advertências e levaram as pessoas ainda mais para longe de Deus. Embora a mensagem de Jeremias tenha sido recebida com resistência e apatia, seu escriba Baruque permaneceu fiel à mensagem. A tarefa de Baruque como escriba era anotar as palavras proféticas de Jeremias à medida que lhe eram ditadas pelo profeta.

Durante o quarto ano do reinado de Jeoaquim, Jeremias pediu a Baruque que escrevesse as palavras da profecia dadas a ele por Deus e que as lesse no templo de Jerusalém num dia de jejum (Jr 36:1-20). Embora a tarefa fosse difícil e perigosa, Baruque fez o que lhe foi pedido. Quando o rei pegou os pergaminhos, rasgou-os e os queimou. Jeremias e Baruque tiveram de fugir e se esconder (Jr 36:21-26). Enquanto estavam escondidos, Jeremias tornou a ditar as profecias (Jr 36:27-32). Foi durante essa difícil tarefa de reescrever que Baruque ficou desanimado e o Senhor enviou um mensageiro especial para encorajá-lo (Jeremias 45).

Durante o reinado de Zedequias, Baruque e Jeremias presenciaram a queda de Jerusalém nas mãos dos babilônios em 586 A.C. Depois disso, Baruque permaneceu com Jeremias, a quem foi concedida a liberdade. Eles viveram com os judeus remanescentes sob a liderança de Gedalias em Mispa. Mais tarde, esse remanescente foi forçado a ir para o exílio, e Jeremias e Baruque foram forçados a ir com eles para o Egito (Jr 43:1-7). Durante sua vida, Baruque experimentou rejeição, dificuldades, guerra e exílio. Contudo, permaneceu fiel à palavra de Deus e ao profeta de Deus.*

*The SDA Bible Commentary, vol. 4, pp. 343–539.


Mãos à Bíblia

O Senhor enviou uma mensagem especial para Baruque, em um momento de provação (Jeremias 45). A perspectiva de um reavivamento em meio aos líderes de Judá era improvável. O futuro de Baruque parecia sobrio. Evidentemente, sentir-se deprimido é parte natural de nossa existência. Muitos personagens bíblicos tiveram seus momentos de desespero (veja 1Rs 19:4; Jó 6:2, 3; Sl 55:4).

4. Que disposição e sentimentos são descritos a respeito do ministério de Jesus? O que significa isso para nós? Is 53:1-5

Steven Manoukian | Avon, EUA

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Baruque - 21/12/2010 a 25/12/2010

Terça, 21 de dezembro

Testemunho
Fiel à Palavra


A fé de Baruque foi manifestada por seus atos. Note em Jeremias 36 que cada vez que o nome de Baruque é mencionado, ele está fazendo algo. Encontramos o auxiliar de Jeremias escrevendo (verso 4), fazendo tudo o que o profeta ordenou (verso 8), lendo (verso 10) e reescrevendo as palavras que Jeremias ordenou (verso 32). A intenção dos rolos que Baruque transcreveu era trazer uma nação rebelde de volta para Deus. “Talvez, quando o povo de Judá souber de cada uma das desgraças que planejo trazer sobre eles, cada um se converta de sua má conduta e eu perdoe a iniquidade e o pecado deles” (Jr 36:3). O desejo de Deus é o mesmo hoje: que os pecadores ouçam Sua voz, abandonem seus pecados e sejam salvos (2Pd 3:9). Mas, porque vivia em meio a um povo rebelde (Jr 43:3), Baruque ficou desanimado (Jr 45:3). Contudo, Deus notou sua fidelidade (Jr 45:5).

“Muitos atualmente desprezam a fiel reprovação que Deus lhes envia pelos testemunhos. ... Desafiar as palavras do Senhor, transmitidas por Seus instrumentos escolhidos, só Lhe provocará a ira, causando finalmente a ruína certa aos ofensores. A indignação frequentemente se acende no coração dos pecadores contra o agente que Deus escolheu para transmitir Suas reprovações. Sempre foi assim, e o mesmo espírito que perseguiu e encarcerou a Jeremias por obedecer à Palavra do Senhor existe hoje” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 678).

“A incineração do rolo não foi o fim da questão. As palavras escritas foram mais facilmente removidas do que a reprovação e advertência que elas continham e a iminente punição que Deus havia pronunciado contra o rebelde Israel. ... O registro das profecias concernente a Judá e Jerusalém tinha sido reduzido a cinzas; mas as palavras estavam ainda vivas no coração de Jeremias, ‘como um fogo devorador’, e foi permitido ao profeta reproduzir o que a ira do homem teria de bom grado destruído” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 436, 437).

Mãos à Bíblia

A seriedade da situação parece ter sido percebida pelo povo de Judá. Em Jeremias 36:9, o povo se reuniu no templo para um dia de jejum diante do Senhor. Baruque conseguiu um lugar público, junto à janela de Gemarias na entrada do templo. Ali, fez a leitura do rolo que havia escrito com base no ditado de Jeremias. A mensagem chegou até o rei. Por um breve momento, parecia que haveria mudanças em Judá. Na possível reforma, Baruque poderia ser elevado a uma alta posição no governo.

3. O que significou a resposta do rei para as esperanças futuras de Baruque, pelo menos em nível profissional? Jeremias 36

O rolo em chamas significava que Baruque havia provocado a ira do homem mais poderoso do reino. Tornou-se um homem procurado. Ser mensageiro de Deus inclui permitir que Sua vontade se cumpra em nossa vida, seja qual for o custo.

Sandy Prevost | Avon, EUA

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Baruque - 20/12/2010 a 25/12/2010

Segunda, 20 de dezembro

Exposição
Em pé num mundo a cair


O caminho difícil (Is 53:1-5; Mt 7:14). “Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram.” (Mt 7:14). Poucos conhecem a verdade das palavras de Jesus melhor do que Baruque, filho de Nerias. Como escriba, assistente pessoal e amigo íntimo do profeta Jeremias, Baruque partilhou das dificuldades, perseguições, da rejeição e da dor de coração que o próprio profeta suportou. Quando Jeremias foi lançado na prisão, Baruque estava com ele todos os dias, transcrevendo fielmente à mão as visões do profeta e transmitindo-as para um povo que não desejava ouvir as advertências e reprovações de Deus. O próprio rei rasgou a única cópia das transcrições de Baruque. Só podemos imaginar a dor de coração que ele deve ter sentido ao ver a Palavra de Deus rejeitada e incontáveis horas de trabalho serem consumidas no fogo.

Nunca é fácil dizer às pessoas o que elas não querem ouvir, porque está profundamente enraizada no ser humano a tendência de desprezar aqueles que apontam o erro na natureza pecaminosa dos seres humanos. Seguir a Deus automaticamente nos coloca em desarmonia com a natureza pecaminosa do mundo. A boa notícia é que não temos de fazer isso sozinhos. Isaías 53:1-5 descreve Jesus como “um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento”, que, embora rejeitado, tomou a punição que merecíamos, de forma que “pelas Suas feridas fomos curados”. Podemos descansar, seguros de que Jesus compreende as dificuldades que estamos passando, e, embora Ele nos chame a andar por um caminho cheio de dificuldades, está conosco a cada passo do caminho.

Verdade em face de mentiras (Jr 7:1-11; 28). Jeremias 7:1-11 nos dá um vislumbre da péssima moralidade social na qual Jeremias vivia. Embora as pessoas ainda professassem seguir a Deus, seus atos mostravam o verdadeiro estado de seu coração. Em Jeremias 7:9, 10, o próprio Deus pergunta: “‘Vocês pensam que podem roubar e matar, cometer adultério e jurar falsamente, queimar incenso a Baal e seguir outros deuses que vocês não conheceram, e depois vir e permanecer perante mim neste templo, que leva o Meu nome, e dizer: ‘Estamos seguros!’ seguros para continuar com todas essas práticas repugnantes?’” (NVI). A mentalidade de que Deus os livraria de seus inimigos sem qualquer mudança ou sinal de arrependimento era encorajada por uma multidão de falsos profetas, os quais espalhavam a mentira de que Deus defenderia Seu povo a despeito de seu comportamento pecaminoso e falta de fidelidade. “Mas vejam! Vocês confiam em palavras enganosas e inúteis” (verso 8). Esses falsos profetas se colocavam em oposição direta aos esforços de Jeremias e Baruque de trazer da mensagem de advertência de Deus ao povo.

Talvez um dos exemplos mais dramáticos do conflito entre Jeremias e um falso profeta se encontrem em Jeremias 28. Em frente dos sacerdotes e de uma grande multidão de pessoas, Hananias contradiz diretamente a profecia de Jeremias. Sendo o braço direito de Jeremias, Baruque deve ter presenciado a cena, e só podemos imaginar qual foi sua reação. Deve ter sido difícil ficar observando Jeremias ser publicamente humilhado. Sabemos que Hananias era um falso profeta que pagou por suas mentiras com a vida. Mas, naquele momento, um resquício de dúvida deve ter passado pela mente de Baruque, e a tentação de se unir ao lado popular deve ter sido quase esmagadora. O fato de Baruque ter permanecido ao lado de Jeremias é uma evidência de sua força de caráter e de quão profundo era seu relacionamento com Deus.

Como Baruque, vivemos num tempo de mensagens conflitantes e falsos profetas. Não é suficiente afirmar seguir a Cristo enquanto vivemos como sempre o fizemos. A menos que estejamos completamente ligados a Deus, não seremos capazes de discernir Sua vontade para nossa vida de todas as mensagens falsas que constantemente nos bombardeiam.

A promessa de vida (Jeremias 45; Mt 6:25-34). Jeremias 45 é uma mensagem pessoal de Deus para o escriba que permaneceu fiel apesar das dificuldades aparentemente intermináveis que ele enfrentou junto ao profeta. Até a mais fiel das pessoas às vezes sente o peso esmagador do mundo sobre seus ombros, e, num momento de angústia, Baruque clama ao Senhor (verso 3). Em meio aos eventos do mundo que estavam se desenrolando naquele momento, o Deus do universo ouviu e atendeu o clamor angustiado de um escriba aparentemente sem importância! Ele fez com que Baruque soubesse que Ele está no controle de tudo e prometeu preservar sua vida onde quer que ele fosse. A mensagem de Deus para Baruque ilustra belamente o quanto Ele Se importa conosco, como indivíduos. Ele é um Deus que conhece a dor e o sofrimento pelos quais estamos passando e que tem estado ao nosso lado o tempo todo.

Em Mateus 6:25-34, Jesus nos diz para não nos preocuparmos sobre o que comeremos, beberemos ou vestiremos. Se Deus Se importa com o mais minúsculo pássaro e veste os campos com as flores mais belas do que as mais caras roupas, então por que temos tanto problema para confiar que Ele nos fornecerá as coisas que precisamos? “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (verso 33). Servimos a um Deus que conhece nossas necessidades e Se importa conosco como indivíduos. Como Baruque, podemos ter a certeza de que Deus nos preservará e cuidará de nós onde quer que formos, se tão-somente confiarmos nEle.

Mãos à Bíblia

2. Leia a história de Hananias em Jeremias 28. Como essa narrativa revela o princípio revelado em Isaías 8:20?

As mensagens de Deus não lisonjeiam nem se curvam à opinião pública. Elas também não se contradizem. Em Jeremias 28:7-9, o profeta se refere à unidade das Escrituras construída sobre o firme fundamento das profecias cumpridas. A morte do falso profeta nesse capítulo reforça esse princípio importante.

Doug Taylor | Battle Creek, EUA

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domingo, 19 de dezembro de 2010

BARUQUE

“À lei e aos mandamentos!” Se eles não falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz!” (Is 8:20).

Prévia da semana: Trabalhando nos “bastidores”, Baruque resistiu à pressão da opinião pública. Seu trabalho se tornou um modelo de ministério de apoio.

Leitura adicional: Jeremias 7:1–11; Jeremias 28; Profetas e Reis, capítulo 35, p. 422-440.

Domingo, 19 de dezembro

Introdução
Ministério de apoio


Acontece à maioria de nós, de uma forma ou outra, em algum ponto de nossa vida. Ao estarmos debaixo do chuveiro, parados no trânsito ou sentados em nossa escrivaninha, sonhamos acordados que estamos em frente a uma multidão, aceitando uma condecoração e agradecendo a todas as pessoas que nos ajudaram a alcançar tal grandeza.

A mesma coisa acontece dentro da comunidade cristã. Temos nossos pastores, evangelistas ou cantores que são “celebridades”, a quem admiramos sem pensar muito nas pessoas que lhes dão o apoio necessário para eles fazerem o que fazem. Encontramos essas situações até mesmo na Bíblia. Toda vez que leio sobre Noé, por exemplo, penso em como ele não poderia ter construído aquela arca e pregado sobre o dilúvio vindouro sem muitas pessoas que o apoiassem.

Cada um de nós tem talentos naturais e dons espirituais dados por Deus para fazer avançar Sua missão na Terra. Esses talentos e dons não se resumem apenas a ter uma grande voz para cantar nem a capacidade de pregar um sermão tocante. Veja a lista de dons espirituais na Bíblia (Rm 12:6-8; 1Co 12:8-10; Ef 4:11,12) e pense nos seus talentos e habilidades naturais. Imagine quantas possibilidades você tem para servir!

O desafio para cada um de nós é este: depois que identificamos nossos dons e talentos, podemos colocar de lado nosso orgulho e nosso medo, e entrar no papel que Deus escolheu para cada um de nós.

Nesta semana que é a última semana do trimestre, estudaremos sobre Baruque, um homem que poderíamos dizer que ficou à sombra do profeta Jeremias. Aprenderemos sobre seu desapontamento esmagador, como esse desapontamento o fez se sentir e como Deus o ajudou a superá-lo. Ao estudar sobre esse homem, considere como Deus chamou você e se você se sente ou não chamado para um papel de apoio ou de liderança no ministério. E lembre-se de que não importa que papel Deus tenha em mente para você, se você o aceitar, será um vencedor.

Mãos à Bíblia

Na época de Baruque, o país de Judá estava sob o domínio babilônico. Economicamente, vemos que uma parte da população enriquecia às custas dos pobres. Já o sistema religioso do antigo reino de Judá seguia os rituais previstos na lei.

1. Que problemas cruciais no campo moral e espiritual o povo estava enfrentando? Que paralelos podemos encontrar em nosso tempo? Jr 7:1-11

Em seu tempo, Baruque era um escriba altamente educado. Não sabemos como ele foi atraído para o serviço do sacerdote e profeta Jeremias. Porém, vemos que o ideal social, político e econômico que Jeremias pregava estava firmemente enraizado na revelação de Deus. Em suas visões, Jeremias compreendeu a fragilidade das estruturas em que sua sociedade confiava, e foi chamado pelo Senhor para advertir o povo. E Baruque se uniu a esse ideal.

Arthur Parrino | Avon, EUA

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