sábado, 19 de setembro de 2009

A carta de João à senhora eleita - 19/09/09 a 19/09/09

A epístola de João para a senhora eleita
Resumo Semanal - 13/09/09 a 19/09/09



José Carlos Ramos – D. Min

Estamos diante do menor documento do Novo Testamento, senão de toda a Bíblia. Todavia, não de pouca importância; comparo a segunda epístola de João a uma gema de ovo: pequena, mas substanciosa.

Como ocorre em 1 João, a admoestação apostólica na presente epístola foi dada face a problemas criados por dissidentes que, vez por outra, visitavam a congregação à qual João se dirigiu. Deixando de lado o fato de que, como afirmado no comentário de 29 e 30 de junho, o mais provável é que “senhora eleita”, no v. 1, personifique uma congregação local, e não determinada pessoa (veja também a nota que segue à pergunta 1 da lição); ou então, à luz de Atos dos Apóstolos, p. 554, e Santificação, p. 64, que ambas as coisas devam ser pretendidas, o importante é que a admoestação aí inserida envolve o exercício da verdade e do amor, manifestado na obediência aos mandamentos de Deus, isto é, na vivência da doutrina de Cristo.

Vivência implica perseverança, subentendida no emprego dos verbos “andar” (três vezes, v. 4, 6) e “permanecer” (também três vezes, v. 2, 9), este na forma negativa uma vez (“não permanece”, v. 9) em referência aos referidos dissidentes que se haviam desviado da fé. Eles não haviam perseverado na doutrina e, agora, se empenhavam para que outros membros fizessem o mesmo. É muito triste quando uma pessoa apostata e abandona de vez a igreja e seus antigos companheiros de fé; mais deplorável, todavia, quando ela, a serviço do diabo, fica por perto instigando outros a que façam o mesmo.

A exemplo do emprego em 1 João, “andar” aqui tem o sentido de avançar, progredir, prosseguir. É inegável que perseverança é a chave do êxito, do triunfo, em qualquer empreendimento, e não seria diferente em assuntos espirituais. Daí o apelo do escritor, expresso em 2 João 8 como centro temático da epístola: “Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão.” Que adianta nadar e nadar, só para acabar morrendo na praia?

Damos graças a Deus porque o Espírito Santo atua em nós para nos fazer perseverar. Se não for resistido, Ele não só nos garante o conhecimento da verdade (Jo 16:13), mas também a permanência nela tanto quanto a permanência dela em nós; isso “para sempre” (2Jo 2), pois Ele veio para estar conosco também “para sempre” (Jo 14:16). Assim, não é por coincidência que o Espírito Santo é identificado não apenas como “o Espírito da verdade” (15:26), mas como a própria verdade (1Jo 5:6). Em resumo, a verdade permanece em nós para sempre, e nós, na verdade, porque o Espírito Santo nos foi dado para estar em nós para sempre. Negá-Lo é negar a verdade.

Domingo, 13 de setembro
Em amor e verdade

Como a lição nos lembra, o amor, para ser verdadeiro, tem que ser qualificado pela verdade. Acrescentaria que também a verdade precisa ser qualificada pelo amor para alcançar o seu propósito. Deus é tanto amor (1Jo 4:8, 16) quanto verdade (Jo 14:6; 1Jo 5:6), e ambos, unidos, procedem dEle.

Só no dicionário deveria “amor” estar distante de “verdade”. Eles precisam estar intimamente associados, particularmente na vida cristã, pois sempre estiveram associados na pessoa de Jesus. Se, como Pilatos, perguntássemos “O que é a verdade?”, uma resposta não apenas correta, mas profundamente significativa seria: “É a revelação de Deus em Jesus Cristo.” Se igualmente perguntássemos “O que é o amor?”, a mesma resposta poderia ser dada: “É a revelação de Deus em Jesus Cristo.” Verdade e amor são as duas grandes colunas sobre as quais o caráter de Deus se sustenta, e o Filho de Deus veio a este mundo para revelá-los.

Portanto, é imperativo que, em Jesus, recebamos o pacote completo, não apenas parte dele. Temos que amar “em verdade” (2Jo 1; 3Jo 1) tanto quanto seguir a verdade em amor (Ef 4:15). Amor sem a verdade, como diz a lição, não vai além de mera emoção, podendo mesmo se transformar em sentimentalismo doentio, egocêntrico, sensual, acarretando consequências lamentáveis, como se nota na presente situação do mundo, farto de “amor” sem verdade e faminto de “verdade” com amor. Esta, quando só, torna-se fria, rígida, radical, legalista, presumida, intolerante. Sem amor, a verdade mais fere que educa, mais amofina que refina, mais repele que atrai, mais degrada que dignifica. Não é raro aquele que possui a verdade sem amor tornar-se petulante, agressivo e exclusivista.

O que isto toca a nós como igreja? Louvamos a Deus pelo conhecimento da verdade por Ele conferida; mas equilibramos a verdade com o amor? Como procuramos doutrinar os que ainda não conhecem o evangelho? Ellen G. White afirma: “Se o homem tem que ser convencido, a verdade como é em Jesus deve ser apresentada à sua mente e tem de apelar ao seu coração. Cristo Se recusa a utilizar qualquer outro método – seja compulsão, restrição ou força. Suas únicas armas são o amor e a verdade” (Review and Herald, 28 de junho de 1898), grifos acrescentados. “Poder compulsor só se encontra sob o governo de Satanás” (O Desejado de Todas as Nações, p. 759).

Segunda, 14 de setembro
Andando conforme os mandamentos (2Jo 4-6)

João fala de sua alegria pelos membros da congregação que eram fiéis à verdade (v. 4). A lição observa que é “estimulante e encorajador aos membros da igreja ouvir que o presbítero se regozija muito que eles ‘andem na verdade’. Isso os motiva a continuar na vida cristã.” A alegria do presbítero lhes evidenciava que ele era um líder zeloso, que se preocupava com o bem-estar e progresso espiritual da igreja, e que, portanto, tinha-os em alta consideração e estima; isso os animava.

Esta maneira de ser e sentir deveria caracterizar qualquer pessoa que viesse a desempenhar alguma função na igreja. Infelizmente nem todos parecem assim movidos. Há líderes, por exemplo, que fazem vista grossa a problemas espirituais entre os membros, apenas para evitar algum tipo de confronto ou simplesmente por não se importarem sobre como andam as coisas; optam sempre pelo caminho mais fácil. Outros, todavia, vão ao extremo oposto; agem sem consideração, sem amor, querendo levar tudo no peito e na raça, impondo sua liderança na forma de uma autocracia repressiva e arbitrária (possivelmente Diótrefes era um líder assim – veja a próxima lição).

Nada disso é bom, pois prestação de contas terá que ser dada a Deus pela forma como a liderança cristã é conduzida. Não há, de fato, como exagerar a importância do ministério de um líder espiritual, seja ele assalariado ou não. Se, por um lado, recompensas inimagináveis aguardam aqueles que cumprem fielmente a missão que lhes foi confiada, punição severa será aplicada àqueles que forem negligentes e acarretarem dano à igreja. Deus nos livre de fazer o papel do “servo mau e negligente” (Mt 25:26-30).

Em que pese o fato de alguns se melindrarem por alguma posição mais firme adotada pela direção da igreja face a alguma situação problemática, os membros em geral se desapontam e lamentam quando o pecado não é levado suficientemente a sério; ou então, se sentem animados na fé quando medidas necessárias são empreendidas para a correção do erro, o que confirma a verdade em suas vidas.

Algo mais me chama a atenção no verso 4: embora o que João tenha dito quanto à razão de sua alegria possa se aplicar aos membros em geral, o escritor definidamente não afirmou que todos ali andavam na verdade; isto nos faz lembrar de que não há uma igreja perfeita. Eventualmente, naquela congregação, poderiam já alguns estar obedecendo “a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1Tm 4:1), o que, nas entrelinhas, pressuporia a obra de dissidentes.

João, portanto, reforça o seu apelo em favor da unidade; para tanto, ele insta “que nos amemos uns aos outros” (v. 5). O amor fraternal é, com efeito, a característica decisiva da comunidade cristã (veja Jo 13:34, 35), o laço que estreita os crentes numa grande família. O inimigo, através da dissidência, se empenhava por romper esse laço, razão por que o apóstolo os exortou a permanecer leais à verdade que, desde o princípio, haviam recebido do Pai.

A lição nos faz notar que, nos versos 5 e 6, o escritor alterna o singular e o plural de “mandamento”, o primeiro em alusão ao amor fraternal e o segundo ao que o decálogo especifica; tudo, evidentemente, impelido pelo amor, o qual “se mostra na guarda dos mandamentos de Deus.”

Não é por acaso que, entre os escritores do Novo Testamento, seja o “apóstolo do amor” quem mais proporcionalmente insista no imperativo de se guardar os mandamentos como evidência da verdadeira vida cristã. A lei de Deus é a lei do amor, e sem que este se faça presente não há como, segundo o ideal divino, obedecer ao que é requerido. Ninguém jamais guardou a lei como Jesus porque afinal ninguém jamais amou como Ele.

Terça, 15 de setembro
Ultrapassando a doutrina de Cristo (2Jo 7-9)

João faz a terceira alusão direta aos dissidentes que perturbavam a comunidade cristã que ele conduzia. Na primeira, ele os chamou de anticristos (1Jo 2:18-23); na segunda, de falsos profetas (4:1-3); e aqui, na terceira, de enganadores. De certa forma, as qualificações se equivalem e denotam a intensidade de engano e perversão que a obra deles encerrava. Dessas três, a pior qualificação é, sem dúvida, a primeira; talvez por conta disso, ela se faça secundariamente presente também na segunda e na terceira alusões: os falsos profetas e os enganadores eram movidos pelo “espírito do anticristo” (1Jo 4:3) e eram o próprio anticristo (2Jo 7).

Entre outras heresias, os dissidentes afirmavam que Jesus não havia vindo “em carne”. Quanto ao sentido desta colocação, reporto o leitor aos parágrafos sexto, sétimo, oitavo e nono do comentário dos dias 1º e 2 de julho. João anelava que os membros da igreja permanecessem fiéis à “doutrina de Cristo”. O termo, no singular, tem a ver, como a lição registra, com o ensino dos apóstolos sobre Jesus, ou seja, a mensagem do Novo Testamento em geral, e dos quatro evangelhos em particular. O termo no plural, doutrinas, envolve aquilo que Jesus viveu e ensinou, cujo conteúdo se fundamenta em toda a Bíblia, pois esta testifica dEle (Jo 5:39).

Tem importância a doutrina (ou as doutrinas), se somos salvos exclusivamente pela fé numa pessoa, Jesus Cristo? A lição responde que sim; as doutrinas bíblicas nada mais são que uma revelação do próprio Cristo; Ele as encarnou e as revelou por Sua vida e ensinos. Então, onde reside o problema de ultrapassar a doutrina de Cristo? Qual o risco de assim fazer?

Bem, temos que entender que a revelação de Deus em Cristo e por Cristo foi absoluta, completa e final, razão porque ela é normativa no sentido em que todo genuíno conhecimento de Deus é dependente dela e se harmoniza com ela. Isso significa precisamente que não existe qualquer revelação desconectada de Jesus Cristo, pois Ele é a fonte de revelação divina em qualquer época. Ademais, Ele mesmo veio até nós trazendo a “última palavra”.

Portanto, qualquer declaração que não se ajuste à mensagem bíblica, isto é, àquilo que está registrado sobre quem é Jesus e qual é Seu ensino (o que Ele revelou de Si mesmo, de Deus, da salvação, etc.) deve ser, tal declaração, sumariamente rejeitada, porque ela vai além dEle, e do que Ele revelou; portanto, é diabólica e fatalmente resultará em ruína eterna.

É nesse sentido que Jesus afirmou que “todos quantos vieram antes de Mim [isto é, colocaram-se à Minha frente, ultrapassaram-Me, antepuseram-se a Mim, suplantaram-Me] são ladrões e salteadores” (Jo 10:8). Essa é uma denúncia por demais vigorosa, enérgica, inexorável, intimativa; mas poderia Jesus ser mais brando? Pode haver uma obra mais diabólica que furtar do reino de Deus um precioso ser?

Todo dissidente deveria pensar seriamente nisso, e pesar as consequências do falso ensino que propaga, ou da atitude de se levantar contra a verdade. Pode até ser que, pela misericórdia de Deus, mesmo o dissidente se arrependa e se reconcilie com Ele e com a igreja; mas e aqueles que a dissidência desviou e não mais retornaram? Quem responderá por eles?

Quarta, 16 de setembro
Negligenciando a hospitalidade? (2Jo 10, 11)

A lição deixa bem claro que o que João requer no verso 10 não conspira contra a prática da hospitalidade que os cristãos são biblicamente orientados a cumprir. A questão aqui é outra, o apoio ao falso ensino, algo sério que não poderia evidentemente ocorrer, principalmente com os líderes locais. Como a lição assevera, “se esses mestres propagavam doutrinas falsas, a hospitalidade era entendida como um apoio à sua posição e ajudava realmente o seu trabalho. Além disso, os membros da igreja que estavam vacilando entre o ensino apostólico e as ideias falsas podiam ficar confusos ou até mesmo tomar uma decisão errada, caso vissem um membro preeminente da igreja permitindo que um enganador ficasse em seu lar.” Mal entendidos a esse respeito deveriam ser evitados a todo o custo. Sobre a recepção de dissidentes que se levantam contra a verdade, Ellen G. White praticamente repete o que João escreveu: “Não os recebam, não lhes desejem bom êxito” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 363). “Afastem-se desses; não tenham comunhão com sua mensagem...” (Ibid., v. 3, p. 47.

A importância desse delicado item é vista no fim do verso 11, em que o escritor afirma que quem dá acolhida a um falso mestre “faz-se cúmplice de suas obras más”. Como no caso de um crime, qualquer cumplicidade com o engano torna o cúmplice tão culpado como aquele que perpetra a obra de enganar. A esse respeito, Paulo já havia advertido os cristãos de Éfeso (justamente o centro da região em que João agora exercia o seu pastorado): “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5:11).

A lição também cita o parecer de alguns estudiosos de que o termo “casa” no verso 10, não se refere a uma residência propriamente dita, mas ao local de reunião, aquilo que chamaríamos hoje de “igreja”. A propósito, um lembrete aos nossos queridos anciãos e líderes de grupo: Não permitam que determinados andarilhos que se dizem adventistas, e que ficam perambulando de igreja em igreja, ocupem o púlpito no pretexto de serem portadores de importante mensagem que os irmãos “precisam” ouvir.

Salvo se forem pessoas reconhecidamente fiéis aos princípios que defendemos, ou que, sendo desconhecidas, portem uma recomendação do pastor da igreja em que são membros, ou melhor ainda, da direção do campo de que procedem, o púlpito não lhes pode ser facultado sem o risco de a congregação acabar ouvindo uma heresia. Não esqueçamos que, uma vez semeada, a palavra má produzirá seus efeitos deletérios, sendo muito mais difícil compensar o dano daí proveniente; costuma-se dizer que é melhor prevenir do que remediar. A lição tem toda razão em afirmar que “a igreja não deve encorajar um mestre que pregue heresias”.

Quinta, 17 de setembro
Comunicação pessoal (2Jo 12, 13)

João chega ao fim de sua pequena epístola, entre as três que escreveu, a que mais se aproxima desse estilo literário (veja 2º e 3º parágrafos do comentário da lição de 29 e 30 de junho). Como visto, “os filhos da tua irmã eleita te saúdam”, do verso 13, representam os membros de outra congregação, possivelmente de onde o escritor remeteu a epístola. Suas palavras de encerramento no verso 12 merecem alguma consideração:

“Ainda tinha muitas coisas para vos escrever...”

Entre amigos nunca falta assunto para se dialogar, principalmente em se tratando da vida cristã. Ficamos imaginando o que João teria ainda para comunicar; o conteúdo da primeira epístola bem revela do que sua mente estava plena. Assim, ele provavelmente trataria das maravilhas da obra de Deus em favor dos pecadores, dos dons e recursos excepcionais providos na pessoa de Jesus, Seu amado Filho, para a salvação da raça perdida; das bênçãos do evangelho, enfim! E com isto, intensificaria sua admoestação quanto a não darem guarida a dissidentes e seus falsos ensinos, para não perderem as dádivas que graciosamente haviam recebido e continuavam recebendo. Em outras palavras, João desdobraria para eles o que já expusera em suas epístolas; isto é o que posso presumir.

“... não quis fazê-lo com papel e tinta, pois espero ir ter convosco...”

Mensagens enviadas por correio convencional ou eletrônico têm o seu lugar e valor (a lição expõe cinco utilidades ou vantagens da comunicação apostólica escrita, entre as quais saliento a terceira – a preservação da mensagem; se toda a conversação que os apóstolos tivessem com a igreja fosse exclusivamente oral, o que saberíamos hoje do ensino apostólico? O que nos traria o Novo Testamento?). Mas há coisas que precisam ser ditas pessoalmente, para lograrem um efeito mais eficaz, e João estava ciente disso.

O apóstolo declara seu anseio por visitá-los; isso nos lembra de que pessoas que se amam procuram estar juntas tanto quanto possível. A expressão desse anseio demonstra o quanto João estimava sua comunidade. Ele quase se vale dos mesmos termos em 3 João 13, 14.

“... e conversaremos de viva voz...”

“De viva voz” é a versão do grego stóma prós stóma, “de boca a boca”, o que indica intimidade, um relacionamento achegado. Talvez o escritor tivesse em mente a maneira como Deus falava com Moisés, segundo registrado em Números 12:8, e assim se expressou em relação a eles.

“... para que a nossa alegria seja completa.”

No verso 4, o escritor já havia falado de sua alegria em razão dos que andavam na verdade; sem dúvida, saber disso havia sido motivo de alegria também para estes. Agora, visitando-os e conversando mais intimamente, aquela alegria mútua seria plena. Bem, um encontro entre amigos que se estimam produz muita alegria entre si. Para os que amam a Deus, a oportunidade de um encontro em Sua casa, para estar “na companhia dos justos e na assembleia” é motivo de alegria (Sl 111:1; 122:1). Imagine como será quando nos reunirmos no lar eterno!

Mas, e quanto àqueles que não têm prazer de ir à igreja, na alegação de que preferem viver a religião em casa? Se não se alegram em reunir aqui com os companheiros de fé, como se sentirão no Céu, na reunião com a igreja de todos os tempos e lugares? Ou será que não estarão lá?

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A carta de João à senhora eleita - 18/09/09 a 19/09/09

Sexta, 18 de setembro

Opinião

Cuidado com as rochas que flutuam


As montanhas da parte leste da Califórnia têm muitos tipos diferentes de rochas vulcânicas. A maioria das rochas, tais como basalto e obsidiana, são pesadas, e se atiradas na água, afundam. A pedra-pomes é incomum porque exteriormente parece uma rocha pesada, mas é tão porosa que, quando atirada na água, flutua. A aparência exterior não é a maneira de distinguir a diferença entre a rocha pesada e a rocha leve. É preciso realizar testes. As rochas precisam ser pesadas e colocadas na água.

Sempre precisamos ser cuidadosos para não julgar as qualidades erradas. Eis aqui outro exemplo: os julgamentos das bruxas de Salém. Ver se as pessoas afundavam ou nadavam não era uma boa maneira para determinar se eram bruxas. Precisamos estudar cuidadosamente a Bíblia e orar a Deus. A Bíblia nos guiará para perto das pessoas que têm substância e para longe das que tentarão nos enganar.

Primeira Timóteo 4:1-7 diz claramente que perto do fim do tempo as pessoas deixarão a igreja para seguir enganadores. Apocalipse 2:12-16 sustenta essa ideia com o exemplo de Balaão que ensinou os seguidores de Deus a pecar ao comerem comidas sacrificadas a ídolos e a cometerem atos sexuais imorais. É claro que é importante sermos capazes de distinguir entre pessoas que andam com Deus e pessoas que vivem no engano.

Durante os julgamentos das bruxas de Salém, em 1692, os que estavam julgando acharam que era fácil dizer se alguém estava possuído por espíritos maus. Se o acusado fosse jogado em águas profundas e flutuasse, então essa pessoa obviamente estava usando bruxaria e era queimada na estaca. Contudo, se aquela pessoa afundasse e se afogasse, então era evidente que o acusado era inocente das acusações. Esse era um método “eficiente” de julgar as pessoas, pois de qualquer forma a pessoa morreria, e quaisquer problemas seriam resolvidos.

Contudo, não é nossa função julgar as pessoas. Ao se julgar com medo, em vez de olhar com amor, muitas pessoas inocentes são mortas, literalmente ou por ter sua reputação arruinada. A Bíblia tem que ver com pregar o evangelho. E o evangelho não tem que ver com viver com medo de ser destruído por um Deus irado, mas com viver uma vida abundante porque um Deus gracioso e amoroso morreu para nos salvar do pecado.

Mãos à obra

1. Analise os seguintes versos bíblicos: Números 23:19; Salmo 51:6; Mateus 5:18; Tito 1:2. Depois responda à pergunta: O que é a verdade?
2. Parafraseie os Dez Mandamentos usando linguagem moderna. Use sua experiência de vida para tornar isso pessoal.
3. Leia Salmo 119:1-16 todos os dias nesta semana durante seus momentos devocionais. Depois de ler a passagem, escreva sua reação. Sua resposta pode ser diferente cada dia, ampliando assim sua compreensão da passagem.
4. Contate alguns amigos para formar um grupo de estudo da Bíblia. Reúnam-se com a maior frequência que puderem, e usem materiais que os(as) ajudem a compreender melhor a Bíblia.

Sherilynne Will | Mammoth Lakes, EUA

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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A carta de João à senhora eleita - 17/09/09 a 19/09/09

Quinta, 17 de setembro

Aplicação

Estrangeiros e amigos


Ainda não sou pai, mas planejo ser no futuro. No último outono, me casei com uma mulher maravilhosa, e começamos a discutir a possibilidade de termos filhos. Ao conversarmos sobre isso, sempre surge uma importante pergunta: Depois de termos filhos, onde devemos morar? Queremos criá-los num ambiente em que possam ter o tipo de amigos que não irão desviá-los de Deus.

O Senhor deseja que vivamos num ambiente em que possamos crescer como cristãos, em vez de nos afastarmos dEle. Então, como avaliamos as pessoas ao nosso redor? Como sabemos se a pessoa com quem estamos falando, ou com quem sentamos, vai exercer influência positiva ou negativa? A seguir estão algumas ideias possíveis.

Queremos ser parecidos com quem? Devemos desejar ser parecidos com Jesus. Quanto mais estudamos a Bíblia e meditamos em seus princípios, mais nos tornamos como Ele. Cristo deseja nos ajudar a escolher os amigos certos, e prometeu não nos colocar numa situação com a qual não sejamos capazes de lidar. Se confiamos nEle, nos esforçaremos para ser como Ele é.

Com quem passamos tempo, e por quê? Passamos nosso tempo em frente à TV ou surfando no YouTube? Há algum momento em que devemos comer com os “gentios”? Precisamos sair ao mundo e ensinar aos outros sobre Jesus, mas ao mesmo tempo precisamos ter cautela quanto a estarmos nos tornando mais semelhantes às pessoas que estamos tentando ajudar, em vez de nos tornarmos como Jesus.

Quem influencia nosso coração? Passando tempo em oração e lendo a Bíblia, estamos permitindo que Jesus influencie nosso coração.

Desejamos acolher anjos? Embora Jesus nos aconselhe para que sejamos cautelosos quanto a nossos amigos, precisamos ser abertos a Sua vontade. Devemos estar dispostos a ajudar as pessoas a amar umas às outras. Anjos cruzarão nosso caminho, e devemos ajudá-los. Ao mesmo tempo, devemos ser fortes em nosso relacionamento com Jesus. Ore, e Ele estará com você.

Mãos à Bíblia

8. Que vantagens existem em falar pessoalmente, em vez de por uma epístola escrita? Que sugestão você encontra na expressão “para que a nossa alegria seja completa”? Veja também At 2:42-47.

João poderia ter comunicado sua mensagem oralmente, mas também existem vantagens para uma forma escrita de comunicação: (1) as epístolas dos apóstolos eram consideradas de especial importância e autoridade e eram levadas a sério; (2) a epístola pode ter alcançado o público antes que fosse possível uma visita pessoal; (3) a mensagem foi preservada para outras igrejas e gerações posteriores (v. 13); (4) uma epístola pode ser esboçada muito cuidadosamente e, frequentemente, pode ser mais precisa que uma apresentação oral.

Jeff Jackson | Bishop, EUA

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A carta de João à senhora eleita - 16/09/09 a 19/09/09

Quarta, 16 de setembro

Testemunho

Aparência da Verdade


“Pastor Jones, fico muito penalizada com suas declarações incautas. O senhor fala apressadamente. Não está santificado pela verdade com a qual lida. Seu espírito precisa ser refinado. Então palavras cristãs sairão de um coração imbuído pelo Espírito Santo. O senhor é demasiado autoconfiante, demasiado seguro de que tudo o que diz possui um poder que obterá o assentimento daqueles que ouvirem.

“A menos que o senhor se converta, suas declarações descuidadas destruirão a força dos mais poderosos sermões que o senhor possa pregar, pois elas revelam que o senhor não está falando sob a influência do Espírito Santo, mas que ‘outro espírito’ tomou posse do senhor. Tudo em suas palavras e atos que é rude e áspero, tudo o que cheira a uma imprudente autoconfiança, causa grande dano à força da verdade que o senhor proclama. A menos que o senhor mude, suas palavras descuidadas tornarão infrutíferas as mais preciosas verdades.

“Fale com cautela. Quando suas palavras trouxerem o Espírito Santo, quando o senhor se colocar onde deveria estar como um homem que está proclamando as sagradas verdades da Palavra de Deus, seus insuspeitados pontos fracos de caráter não serão desenvolvidos, como se fossem algo digno de imitação. Se o senhor se mantiver humilde diante de Deus, o eu não aparecerá. Será inequivocamente visto que Cristo está habitando no coração, santificando a vida. Mostre por sua profissão cuidadosa e santa da religião que o senhor está recebendo no coração a água da vida, para concedê-la a outros em doces correntes vivas. A religião do Calvário, o evangelho, é um argumento triunfante do poder transformador da graça de Cristo. A menos que seu espírito seja decididamente mudado, sua conduta depreciará grandemente sua influência. Deus não deseja que as maneiras e as palavras de A. T. Jones sejam entretecidas em seus discursos. O senhor precisa vir aos pés de Jesus. ‘Aprendei de Mim’, diz o Mestre divino, ‘porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve.’ (...)

“A maneira ríspida com que o senhor às vezes se dirige a outros fala ao seu respeito. O senhor precisa ser comovido pelo Espírito de Deus. O senhor precisa entesourar a amabilidade de Cristo” (Ellen G. White, Carta 215, 1902, p. 1-4; para A. T. Jones, 7 de maio de 1902).

Mãos à Bíblia

7. Como esse comportamento se ajusta com a recomendação de João de não receber em casa certas pessoas e nem lhes dar boas-vindas? 2Jo 10, 11? Veja também Mt 10:14, 15; 18:15-17.

Se a hospitalidade pode levar a apoiar direta ou indiretamente falsas doutrinas, deve ser abandonada. No primeiro século d.C., mestres iam de igreja em igreja, pregando em vários lugares e se hospedando com os membros, os quais deveriam lhes fornecer alimento e alojamento. Se esses mestres propagavam doutrinas falsas, a hospitalidade era entendida como um apoio à sua posição e ajudavam realmente seu trabalho. Mas a igreja não deve encorajar um mestre que prega heresia.

Jason Will | Berkeley, EUA

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

A carta de João à senhora eleita - 15/09/09 a 19/09/09

Terça, 15 de setembro

Exposição
O time de Cristo

O livro de regras (Êx 20:1-17). Há muitas analogias diferentes sobre como devemos viver. Já ouvimos falar que a vida é uma dança ou um caminho através dos bosques; mas e se comparássemos a vida aos esportes? Vamos escolher o baseball, por exemplo. A primeira decisão que se precisa fazer é em que time jogar. Alguém poderia ser jogador do Red Sox, dos Yankess, ou mesmo dos Orioles. Na vida real, a decisão se resume a dois times – os que seguem a Cristo e os que não O seguem. Diferentemente da maioria das temporadas de baseball, em que ninguém sabe ao certo qual time vai ser o campeão, sabemos qual time irá ganhar na vida – os que seguem a Cristo. Da mesma forma que para todos os times de esportes, Deus nos deu um conjunto de regras para nos ajudar a ganhar – os Dez Mandamentos. Êxodo 20:1-17 traz os Dez Mandamentos como foram dados por Deus a Moisés para os israelitas.

Não mais um escravo (Rm 6:17). Ser parte do time de Cristo é uma experiência incrível e emocionante! Como diz Romanos 6:17: “Mas damos graças a Deus porque vocês, que antes eram escravos do pecado, agora já obedecem de todo o coração às verdades que estão nos ensinamentos que receberam.” Antes éramos escravos do pecado. Mas, porque confiamos em Deus, somos capazes de mudar de time. Cristo nos recebe alegremente em Seu time. Isso não significa, contudo, que por amarmos a Deus e sermos salvos, podemos fazer o que quisermos sem sofrer as consequências. Como cristãos, não devemos sentir que, de repente, estamos em posição de cometer pecados sem consequências. De outra forma, não haveria necessidade dos Dez Mandamentos. Romanos 6:18 diz: “Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça” (NVI). Porque fomos libertados do pecado, podemos escolher seguir a justiça, dedicar-nos a Cristo e à justiça, e tornar-nos escravos da justiça.

Amor à Verdade (2Ts 2:9, 10). Segunda Tessalonicenses 2:10 declara que as pessoas perecerão “porquanto rejeitaram o amor à verdade” (NVI). Então, como o amor à verdade se encaixa no time de Cristo? Em Romanos, ficamos sabendo que o fato de fazer parte do time de Cristo nos liberta do pecado e nos torna escravos da justiça. Escravidão geralmente tem uma conotação negativa de alguém ser forçado a fazer algo que não quer fazer. Contudo, quando nos tornamos escravos da justiça, ou da verdade, fazemos isso voluntariamente. Fazemos a escolha de amar a verdade e viver de acordo com ela. Amor é uma palavra emocionante. Quando você ama alguém, quer fazer tudo o que pode para cuidar daquela pessoa e tratá-la bem. Isso também se aplica à verdade. Parte do servir a Cristo é viver a verdade.

Amar ao próximo como a si mesmo (Hb 13:2, 3). Uma mulher que estava usando batom vermelho vivo, brincos que balançavam, e que fazia barulho a cada passo por causa de todos os penduricalhos que trazia em torno do pescoço, dos braços e dos dedos, entrou numa pequena igreja. Talvez você esteja pensando que esta seja outra história sobre uma igreja demasiado preocupada com suas normas para tratar bem uma pessoa assim, uma pessoa que talvez fizesse ponto numa esquina para ganhar a vida. Normalmente, numa história que começa como esta, a igreja ou fica olhando para a mulher de maneira fria e séria, ou ninguém se senta junto a ela nem fala com ela. No entanto, as pessoas dessa igreja agiram como se ela fosse um deles. Sentaram-se perto dela e conversaram. Mostraram a ela o amor cristão. “Não deixem de receber bem aqueles que vêm à casa de vocês; pois alguns que foram hospitaleiros receberam anjos, sem saber” (Hb 13:2).

A senhora eleita (2Jo 1). E se a mulher adornada, mencionada acima, fosse uma enganadora, e não alguém interessado em Deus? Então, e somente então, seria preciso ter cautela e não recebê-la (2Jo 10). Deus nos deu muitos mandamentos, inclusive que nos amemos uns aos outros e andemos em Sua verdade. Se a mulher adornada é uma pessoa que deseja andar com o Senhor, devemos mostrar amor a ela. Precisamos nos amar uns aos outros e seguir a Cristo através do amor.

Ser paciente e conhecer a Deus (Ap 2:14, 15; 14:12). O time de Cristo é composto daqueles que seguem a Cristo em todas as coisas. Seu time ama a verdade e obedece aos Seus mandamentos. É uma equipe muito especial, e embora saibamos que é o time vencedor, às vezes pode ser difícil quando há mestres no time que tentam desviar o povo de Deus, como no caso de Balaão. Há esperança, contudo. Apocalipse 14:12 diz: “Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus” (NVI).

Mãos à Bíblia


5. Qual é a advertência de João a respeito dos enganadores? Quais são as consequências de seguir falsas doutrinas? 2Jo 7-9

É lamentável quando muitos deixam a igreja e se tornam “enganadores”. É verdade, existem aqueles que ainda estão andando na verdade (v. 4), mas um pastor lamenta por todos os que abandonam Deus e Sua igreja. Os membros da igreja precisam tomar cuidado a fim de não serem afetados por falsos ensinos. João afirma que os crentes podem se extraviar, e que não existe essa realidade de “uma vez salvo, salvo para sempre”.

6. Por que é importante manter-se na “doutrina de Cristo”? 2 João 9. Veja também Mt 16:12; At 2:42; Rm 6:17; Ap 2:14, 15.

João não se ilude imaginando que a doutrina não tem importância. Para ele, os falsos ensinos podem levar à perda da vida eterna. Assim, a doutrina correta é importante!

Andrea Jackson | Bishop, EUA

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A carta de João à senhora eleita - 14/09/09 a 19/09/09

Segunda, 14 de setembro

Evidência
Sinceramente, João


João foi um grande escritor. Não apenas lhe é atribuído o evangelho de João e o livro do Apocalipse, mas ele também escreveu três cartas aos seguidores de Cristo. Embora essas cartas sejam endereçadas a igrejas e pessoas individuais, ele estava na verdade escrevendo palavras que transcenderiam gerações e décadas e alcançariam a igreja e seu povo a fim de prover-lhes o conhecimento necessário para se unirem com Deus na vida eterna.

Os estilos usados nessas três cartas possuem vocabulário semelhante, e os mesmos assuntos são abordados. Além disso, as três cartas se concentram no amor e no desejo de João para que cada uma dessas três igrejas fosse bem-sucedida. A primeira carta de João foi escrita mais como um sermão, enquanto as outras duas são realmente como cartas.

A primeira carta de João expande o assunto do evangelho de João. Ensina sobre seguir a Deus e estar unido ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo a fim de alcançar a vida eterna. Segunda João conclui que, conquanto seja importante ter unidade com Deus, é preciso também estar ciente dos falsos profetas, dos falsos ensinos e dos falsos deuses. Finalmente, 3 João conclui as mensagens, trazendo esperança, encorajamento e forças para os que estão na igreja. Cada carta pode ter sido escrita a diferentes igrejas em diferentes áreas, mas quando combinadas numa série, fornecem uma mensagem útil e significativa.

Essas cartas falam de situações que as igrejas estavam enfrentando na época de João. Contudo, isso não significa que não estejam relacionadas a situações no mundo de hoje. Se olhar para além do período de tempo e das palavras literais escritas por João, você pode ver que há uma relação com o mundo de hoje. Precisamos da esperança da vida eterna e do conhecimento de como obtê-la. Precisamos estar cientes dos falsos profetas e ensinos que podem nos desviar da verdade e da luz. Precisamos nos manter longe dessas pessoas que podem fazer com que nos desviemos; e precisamos nos cercar de pessoas que nos deem encorajamento e forças.

Mãos à Bíblia

3. Como o amor e os mandamentos estão relacionados? Veja 2Jo 5, 6. Por que essa relação é importante especialmente para nós, adventistas do sétimo dia? Veja também Ap 14:12.

Temos o mandamento de amar uns aos outros, e revelamos esse amor guardando os mandamentos.

4. Como a guarda dos mandamentos revela o amor de uns para com os outros? Êx 20:1-17

Amor não é só o que sentimos; amor é o que fazemos, é como agimos; é como nos relacionamos com os outros.

Shari Jackson | Battle Ground, EUA

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domingo, 13 de setembro de 2009

A carta de João à senhora eleita - 13/09/09 a 19/09/09

A CARTA DE JOÃO A SENHORA ELEITA


“Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho” (2Jo 9, NVI). Prévia da semana: João lembra seus leitores que o amor se expressa pela guarda dos mandamentos. Quando enfrentamos o erro, devemos nos distanciar dele a fim de não enganar os outros.

Leitura adicional: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 50, p. 455-462; O Maior Discurso de Cristo, p. 145-147

Domingo, 13 de setembro

Introdução
Desconhecida senhora eleita


Meu pai foi piloto missionário numa pequena escola em Chiapas, México. Um dia, uma mulher que trabalhava na escola ficou muito doente. Então, meu pai a levou de avião com o marido para um grande hospital. Normalmente, meu pai teria aterrissado o avião e levado o casal para o hospital. Mas já era tarde quando ela caiu doente, e o tempo estava ficando muito ruim. Por isso, era o marido dela que a teria de conduzir ao hospital e orar para que eles não tivessem que aguardar na sala de espera. Algumas pessoas ficavam aguardando durante dias; mas ela não poderia aguardar.

Quando eles estavam desembarcando do avião, uma senhora num carro vermelho os levou até o hospital. Por causa da urgência da situação, meu pai não fez nenhuma pergunta à senhora. Simplesmente ajudou o casal a entrar no carro. A senhora no carro vermelho os levou ao hospital, deixou-os lá e desapareceu. Após preencher a ficha na recepção, o casal viu um homem andar pela sala de espera e colocar um jaleco de médico. Disse, então, à enfermeira que queria ver a mulher doente imediatamente. Ela ficou no consultório com o médico apenas por cerca de cinco minutos, e durante esse tempo ele lhe disse que ela ficaria boa e que não deixasse ninguém incomodá-la até o dia seguinte. Instantaneamente, a mulher se sentiu melhor.

No dia seguinte, quando estavam recebendo alta, alguém do staff perguntou ao casal por que eles haviam trazido seu próprio médico ao hospital. O casal ficou surpreso. Eles não tinham trazido seu próprio médico! Mais tarde, ficaram sabendo que o hospital não tinha mandado ninguém para ir buscá-los no avião.

Quem era a senhora no carro vermelho? Quem era o homem que disse à mulher que ela ficaria boa? E quem era a senhora eleita e seus filhos a quem João endereçou sua segunda carta? Será que as duas primeiras pessoas misteriosas eram anjos enviados por Deus durante um momento de grande necessidade? Poderia ser que a senhora eleita fosse uma pessoa específica com seus filhos? Ou talvez a senhora fosse uma igreja, e seus filhos os membros.

Seja qual for o caso, em qualquer das duas circunstâncias, somos animados pelo fato de que Deus ainda Se importa suficientemente com Seu povo para enviar ajuda especial quando ela é mais necessária. Nesta semana, ao estudar 2 João, que você sinta a presença dos anjos. E que você leia as palavras de João sentindo-se também parte da família da senhora eleita. Pois, se você ama a Cristo, isso é o que você é.

Mãos à Bíblia

1. Leia 2 João. Que semelhanças você acha com 1 João? Qual é a mensagem essencial?

Uma leitura de 2 João sugere que a epístola foi dirigida a um grupo de crentes (e não a uma única mulher). Isso faz muito sentido porque, em outros lugares do Novo Testamento, a igreja é representada por uma mulher (Ef 5:22-32; Ap 12:1-6). Esses crentes, portanto, são cristãos maduros, não filhos literais.

2. Que palavra é repetida várias vezes na introdução de 2 João 1-4? Que aplicação dá João a essa palavra? Veja também 2Ts 2:10.

Michelle Bechtel |
Bishop, EUA

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