sábado, 10 de janeiro de 2009

O Dom Profético - 10/01/2009 a 10/01/2009 - Resumo Semanal

O DOM PROFÉTICO
Resumo Semanal - 04/01/2009 a 10/01/2009

O DOM PROFÉTICO

Daniel Oscar Plenc
Diretor do Centro de Investigación ­White
Universidad Adventista del Plata - Argentina
ciwdirec@uapar.edu


I. A identidade do profeta

A introdução do Evangelho de João apresenta sucintamente a pessoa e a missão de João Batista. “Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz” (Jo 1:6-8). Essas palavras inspiradas são adequadas para descrever a realidade humana e a vocação divina de um profeta. Fica evidente que o verdadeiro profeta é chamado e enviado por Deus. Sua missão divina é a de ser o porta-voz de ­Deus perante os homens. Portanto, seu testemunho não está centrado em si mesmo, mas naquele que o enviou. Ao fim de seu ministério, Moisés entendia que ­Deus continuaria conduzindo Israel por meio do dom de profecia. Disse o profeta ao povo: “O Senhor, teu ­Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” [...]. Porei as Minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que Eu lhe ordenar.” (Dt 18:15, 18). É evidente que ­Deus suscita o profeta e põe Suas palavras em seus lábios. Algo similar se poderia dizer de Davi, que afirmou: “O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a Sua palavra está na minha língua” (2Sm 23:2).

Entretanto, os profetas continuavam sendo homens, com as fraquezas e imperfeições próprias da humanidade. João Batista ainda era “um homem” quando Deus o enviou. Foi testemunha da chegada do Messias prometido e dirigiu a atenção de seus ouvintes à figura do Redentor. Mas quando sua mensagem ousada o levou à prisão, cedeu diante da incerteza: “És Tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11:3). Moisés liderou o êxodo e a peregrinação de seu povo em nome do Senhor, mas deixou de honrar a ­Deus diante da terra prometida (Nm 20:7-13). Os profetas que o sucederiam não seriam superiores a ele, e ­Deus os chamaria “do meio de seus irmãos”. O mesmo Davi, que disse: “A Rocha de Israel a mim me falou” (2Sm 23:3), precisou ser repreendido em mais de uma ocasião por causa de seus pecados. Tiago afirma com simplicidade que “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (Tg 5:17).

Como porta-voz do Céu, o profeta leva a mensagem que provém do alto. Seu ministério mostra evidências claras da origem de seu chamado. Contudo, não está livre das limitações de sua realidade humana. Quem procurar um profeta perfeito ficará sem ele. Quem rejeitar a instrução do Céu pelas imperfeições do mensageiro, deixará de ouvir o que Deus quis dizer por intermédio de instrumentos humanos.

II. A singularidade do profeta

O profetas têm em comum algumas poucas coisas essenciais. Sem dúvida, há entre os profetas mencionados no registro bíblico uma variedade e diversidade assombrosa.

Os profetas viveram em tempos e lugares muito diferentes. Fala-se de profetas nas diversas etapas da história narrada nas Escrituras. No período patriarcal, deve-se mencionar Enoque (Jd 14), que viveu antes do Dilúvio, e Abraão (Gn 20:7), chamado por ­Deus no sé­culo 19 a.C. Do período do êxodo (séc. 15 a.C.) deve-se recordar especialmente Moisés. O período dos juízes se inicia com a morte de Josué e se estende aos tempos de Samuel. A monarquia começa com os reinados de Saul, Davi e Salomão (séc. 11 e 10 a.C.), e se divide no reino de Israel do norte (desde Jeroboão até Oseias) e de Judá (desde Roboão a Zedequias). Durante o reino unido, viveram profetas como Gade e Natã. Asafe, Hemã e Etã foram contemporâneos de Davi. Ao longo do reino dividido se sucederam profetas como Jonas, Amós, Oseias, Miqueias, Isaías, Naum, Haba­cuque, Sofonias e Joel. Segue-se o período do cativeiro e o período pós exílico. Durante o cativeiro babilônico, atuaram grandes profetas como Jeremias, Ezequiel e Daniel. Desse mesmo tempo seja provavelmente Obadias. Logo depois do exílio se destacaram profetas como Ageu, Zacarias, Esdras, Neemias e Malaquias. O Novo Testamento alcança o período evangélico e a era apostólica. Pouco mais de 30 profetas poderiam ser identificados como autores dos livros do Antigo Testamento e oito profetas escreveram o Novo Testamento (Paulo, Tiago, Marcos, Mateus, Lucas, Judas, Pedro e João). Ao longo desses sé­culos de revelação bíblica, o poder político foi passando do Egito para a Assíria, de Babilônia à Pérsia e da Grécia a Roma. Entre o primeiro e o último dos livros da Bíblia se estende um período que supera os mil anos. Os livros do Novo Testamento foram escritos na segunda metade do primeiro sé­culo da era cristã. Ao se completar o conjunto de livros que compõem as Escrituras, haviam passado mais de quinze séculos e um total que supera os 40 autores.

O perfil cultural e o ambiente social dos profetas não poderiam ser mais contrastantes. Moisés descendia da tribo de Leví, nasceu no Egito e foi criado como filho adotivo de uma princesa (talvez Hatshepsut, filha do faraó Tutmosis I). Veja Hebreus 11:23-29. Josué liderou a entrada de Israel em Canaã; Débora foi juíza em Israel. Samuel provinha da família sacerdotal e foi o último dos juízes. Natã e Gade se moveram na corte de Jerusalém como videntes e conselheiros. Davi foi poeta, músico, guerreiro e rei. Entre os profetas houve cantores e músicos como Asafe e Hemã. Salomão foi rei, sábio e construtor. Amós foi pastor de ovelhas e boiadeiro. Isaías e Sofonias talvez tivessem conexões com a realeza. Jeremias, Ezequiel, Zacarias e João Batista eram descendentes de sacerdotes. Daniel provinha de uma família real de Judá e atuou na corte dos reis de Babilônia e da Pérsia. Esdras foi sacerdote e escriba. Neemias foi funcionário da corte da Pérsia. Paulo conhecia as culturas grega e romana, além de ter sido um fariseu erudito. Tiago e Judas eram “irmãos do Senhor” (Mt 13:55; Mc 6:3; Gl 1:19). Mateus havia sido um enriquecido coletor de impostos. Lucas era médico de origem grega. Pedro e João haviam sido pescadores.

Houve profetas verbais, que não deixaram mensagens escritas e houve profetas literários. Entre eles houve profetas que, pela extensão de seus escritos, são considerados maiores (Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel) e profetas que, pela brevidade de suas profecias, são chamados de menores (menores em quantidade, mas não na qualidade nem na inspiração de seus escritos). Os profetas também respondiam ao chamado divino em diferentes etapas de sua vida. Moisés havia passado 40 anos no Egito e esteve durante quatro décadas empenhado no cuidado das ovelhas quando Deus o enviou para libertar Israel. Samuel (1 Samuel 3) e Jeremias (Jeremias 1:6) eram pequenos quando foram convocados para o ministério profético. Ageu, por sua vez, escreveu suas profecias na velhice.

Em certa medida, cada profeta foi único. Não houve dois que foram iguais, embora falassem sobre temas semelhantes. Os igualava a certeza da origem divina de sua vocação e a convicção de que o Céu lhes havia legado uma mensagem de importância para transmitir aos homens. Todos os profetas foram chamados para o ­cumprimento de uma missão (Am 2:11; Is 6:1; Jr 1:4-5; Ez 1:1, 2). O profeta aceitava o convite divino, às vezes contra seu desejo, como ocorreu com Moisés (Êx 3 e 4), Jeremias (Jr 20:7-9) ou Jonas. “Porque nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1:21).

III. Profetas e profetisas

A escolha de um profeta é um ato soberano da vontade divina. Os homens não se preparam para ser profetas, nem solicitam essa responsabilidade. O profeta passa a executar esse ofício por decisão de Deus. Na hora de escolher, o testemunho bíblico é claro ao nos informar do chamado a meninos e anciãos, eruditos e homens comuns, homens e mulheres.

A primeira mulher chamada profetisa foi Miriã, irmã de Aarão e Moisés. Não temos muita informação sobre a maneira em que ela exerceu essa função, mas ao menos em uma ocasião dirigiu as mulheres em una celebração coletiva pela travessia do Mar Vermelho. “A profetisa Miriã, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triunfou e precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro” (Êx 15:20, 21). Por meio de Miqueias, Deus disse a Israel muito tempo depois: “Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã” (Mq 6:4).

Débora (séc. 13 a.C.) foi juíza de Israel e liderou a luta contra os cananeus opressores. “Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo” (Jz 4:4, 5). Em seu cântico de triunfo, disse a profetisa: “Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, até que eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel” (Jz 5:7).

Nos tempos notáveis do bom rei Josias, aparece a prestigiosa figura da profetisa Hulda. Depois do encontro do livro da lei, o humilhado rei desejou consultar a ­Deus. Diz o relato: “Ide e consultai o Senhor por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou”. Então, foram “ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum [...] Ela habitava na cidade baixa de Jerusalém. Ela lhes disse: Assim diz o Senhor” (2Rs 22:13-16). A partir de então, o rei reuniu os anciãos e começou sua obra de reforma entre o povo de Judá. Isaías faz um comentário um tanto enigmático ao chamar sua esposa de “profetisa” (Is 8:3).

Já no Novo Testamento se destaca a figura admirável de Ana. “Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (Lc 2:36-38).

“Felipe o evangelista”, que vivia em Cesareia, tinha quatro filhas que exerciam a função profética. “Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam” (At 21:9). A profecia de Joel antecipava também que o Espírito de ­Deus convocaria pessoas de diferentes idades, sexo e posição social. “E acontecerá, depois, que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o Meu Espírito naqueles dias” (Jl 2:28, 29).
Diz Herbert E. Douglass: “A descrição bíblica do sistema divino de comunicação inclui tanto homens como mulheres. Embora mencionadas menos vezes que os homens, as mulheres profetisas foram reconhecidas por seus contemporâneos como autênticas mensageiras do Senhor. Elas explicaram as Escrituras, aconselharam líderes e fizeram importantes predições” (Mensageira do Senhor: O Ministério Profético de ­Ellen G. ­White, p. 19).

IV. Profetas da nova aliança

O Novo Testamento reconhece amplamente a autoridade divina dos profetas do Antigo Testamento. Quando Jesus dizia: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (Jo 5:39), referia-Se ao Antigo Testamento. Ao dizer “e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo ­Jesus. Toda a Escritura é inspirada por ­Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de ­Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3:15-17), Paulo também se refere aos escritos dos profetas da antiga aliança.

Ao mesmo tempo, o Novo Testamento fala de outros profetas, posteriores aos tempos do Antigo Testamento. Aparece a figura pre-eminente de João Batista, anunciando a obra redentora do Senhor Jesus. Simeão e Ana pronunciaram palavras proféticas durante a apresentação de ­Jesus. Ágabo, entre outros, profetizava em tempos apostólicos (At 11:27-28). Diz Atos 13:1: “Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres”. Pouco mais adiante se lê: “Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram” (At 15:32).

É verdade que o Novo Testamento adverte contra o surgimento de falsos profetas (Mt 7:15-20; 24:11, 24; 2Pe 2:1; 1Jo 4:1), mas, ao falar das falsificações, tem por certo que haveria verdadeiros profetas. Em 1 Tessalonicenses, considerada por alguns como o primeiro do­cumento do Novo Testamento, Paulo expressa conceitos claros: “Não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de ­Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1Jo 4:1). Haveria falsificações, mas também verdadeiras manifestações do dom de profecia.

Nas listas neotestamentárias dos dons do Espírito (Rm 12; Ef 4 e 1Co 12–14), o dom de profecia se destaca em forma preeminente. Paulo diz “a outro, profecia” (1Co 12:10) e conclui: “Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis [...] “Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando” (1Co 14:1, 3).

Parece evidente que o dom de profecia seria necessário nos tempos do Novo Testamento e em todos os tempos até mesmo o fim (Ef 4:11-16).

Conclusão

Os profetas foram instrumentos de Deus ao longo da história. Seu ministério é uma resposta à iniciativa divina e à necessidade humana da instrução e direção de Deus. Foram importantes para Israel nos tempos da antiga aliança bem como para a igreja cristã do Novo Testamento.

Para cumprir Seu propósito, Deus Se valeu dos mais variados agentes. Respeitou sua individualidade e suas características temperamentais. Usou-os na diversidade de suas qualidades pessoais e, na escolha, não Se limitou por questões como idade, cultura, sexo ou posição social.

Os profetas foram elos humanos da grande cadeia de graça que se estende desde os Céus à Terra para a salvação dos homens.

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O Dom Profético - 09/01/2009 a 10/01/2009

Encontrando Deus


Entende-se frequentemente que o dom profético pertence àqueles a quem Deus revelou o futuro ou transmitem a mensagem que Ele deseja que Seu povo saiba. É um dom que só pode vir do Espírito Santo. Portanto, suas restrições e limites são impostos por Deus.

De acordo com 1 Coríntios 14:3 e Deuteronômio 18:15, a razão para a concessão do dom profético é corrigir e consolar as pessoas, e ao mesmo tempo exaltar a Deus. João Batista foi profeta. Seu propósito foi preparar as pessoas para o Salvador que viria. Ele não só falou sobre Jesus antes de Sua unção, mas falou sobre Ele depois da unção também. O próprio Jesus deu a João a mais alta honra que Deus pode dar a qualquer pessoa quando disse que não havia ninguém maior do que João (Mt 11:11). João 6:14 fala de como certas pessoas aceitaram Jesus porque aceitaram os milagres que Ele realizou. O próprio Moisés profetizou só por escolher sofrer com o povo de Deus em vez de ser chamado o filho do faraó (Hb 11:24-26).

Não há limite para esse belo dom, nem para a forma como é partilhado. Romanos 12:6 diz: “Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé” (NVI). A verdadeira fé vem da confiança incondicional e do esforço de alguém para prestar obediência completa através da ajuda do Espírito Santo.

Quanto mais vemos a Deus, mais desejamos agradá-Lo. À medida que mudamos, o Espírito luta conosco cada vez mais. Só Ele é o Doador dos dons. Precisamos confiar em Deus e confiar no Espírito. Em 1 Coríntios 13:2, Paulo diz: “Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei” (NVI). Esse “amor” para com nosso próximo. Também se refere ao que Jesus falou em Lucas 6:27, quando disse que devemos amar nossos inimigos. Amar a Deus e ao próximo é a súmula dos Dez Mandamentos (Mt 22:24-30). O dom profético, que é usado para ajudar outros a ver Deus, pode ser obtido somente se alguém primeiro conhecer o Deus de amor (1Jo 4:7-13).

Dicas

1. Acompanhe a previsão do tempo na televisão ou no jornal durante uma semana e compare com o comportamento real do tempo. O que os resultados nos dizem sobre as predições modernas, mesmo quando têm base em programas de computador?
2. Aliste todos os profetas bíblicos e crie uma lista de verificação para ver se eles preenchem os três importantes requisitos de um verdadeiro profeta.
3. Converse com uma pessoa bem idosa sobre o passado e sobre como era a vida muitos anos antes de você nascer.


Lamar Boler | Chicago, EUA

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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O Dom Profético - 08/01/2009 a 10/01/2009

Quinta

Profetas no Novo testamento

O período profético do Antigo Testamento terminou cerca de quatrocentos anos antes do nascimento de Cristo. Durante o período entre esse fim e o nascimento de Cristo, muitos livros judeus foram escritos, mas nenhum foi aceito como inspirado.

5. A vida de Cristo introduziu nova era, em que Deus novamente chamou pessoas como Seus porta-vozes. Quem foram alguns desses profetas? Lc 1:67; Jo 1:6, 7; At 11:27, 28; 13:1; Ap 1:1-3

No grego do Novo Testamento, a palavra apóstolo era usada para pessoas no sentido de embaixador, enviado ou delegado. Por exemplo, Josefo usava essa palavra quando se referia aos embaixadores enviados pelos judeus como representantes em Roma (Antiguidades XVII, p. 11).

No Novo Testamento, apóstolo transmite conceitos de missão e representação. A palavra aparece quando Jesus ordenou e enviou Seus discípulos em uma missão evangelística (Mt 10:2-6). Os apóstolos eram aqueles que tinham autoridade especial do Senhor ressuscitado; eles viram por si mesmos Sua morte e ressurreição, algo que todos os profetas anteriores não haviam visto. Alguns dos apóstolos, como João e Paulo, também foram profetas. De acordo com Efésios 2:20, tanto apóstolos como profetas proveram a interpretação fundamental do que Deus fez em Cristo pela humanidade.

6. Por que João Batista foi o maior de todos os profetas do Antigo Testamento? O que Jesus quis dizer quando afirmou que “o menor no reino dos céus é maior do que ele”? Mt 11:11

João Batista foi o maior profeta no sentido de que foi seu privilégio anunciar a vinda de Cristo, de quem todos os profetas haviam dado testemunho (veja Lc 24:27; Jo 5:39, 46). Como Abraão, todos os profetas do Antigo Testamento esperaram ansiosamente o dia em que o Messias viria (1Pe 1:10, 11), mas João O viu em carne. Consequentemente, em algum sentido, o ofício profético do Antigo Testamento alcançou seu clímax em João. Ao mesmo tempo, João Batista esteve só na porta do reino da graça, olhando para dentro, enquanto o menor seguidor de Jesus pôde olhar de volta e se regozijar no cumprimento de todas as profecias messiânicas em Cristo.

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O Dom Profético - 07/01/2009 a 10/01/2009

Quarta

Profetisas em Israel

3. As Escrituras mencionam várias profetisas. Quem eram elas, e o que dizem os textos seguintes sobre o papel que elas tiveram na história de Israel? Êx 15:20, 21; Jz 4:4-10; 2Rs 22:11-20
Miriã, irmã de Moisés, é chamada profetisa. Ela é descrita como a líder das mulheres no Cântico de Moisés (compare Êx 15:1, 21).

Moisés era o líder designado do povo de Israel, mas seu relacionamento teria sido principalmente com os homens, considerados cabeças de suas famílias. A tarefa de Miriã era, talvez, com as mulheres israelitas. Ela devia ser vários anos mais velha que Moisés (Êx 2:1-8) e, de acordo com Josefo, ela se casou com Hur, que, juntamente com Aarão, levantou os braços de Moisés na batalha contra os amalequitas (Antiguidades III, p. 98).

Que ela era uma pessoa importante em Israel se depreende do fato de que todo o Israel teve que esperar sete dias até que Deus tirou sua lepra depois do incidente infeliz com seu irmão Moisés e esposa (Nm 12:1-15).

Débora (Jz 5) deve ter sido uma pessoa extraordinária. Em uma sociedade dominada pelos homens, ela se tornou líder política e espiritual, algo que poucas mulheres alcançavam naqueles dias. Profundamente consagrada, ela atribuiu a Deus todo o louvor pela vitória sobre os cananitas (vs. 3-5, 13), não requerendo nenhuma glória sobre si mesma nem sobre Baraque.

Como “mãe em Israel” (v. 7), ela zelou pelo povo com cuidado maternal, aconselhando e ajudando a obter justiça.

4. Como sabemos que Débora era altamente respeitada em Israel? Jz 4:1-8

Outra profetisa em Israel foi Hulda (2Rs 22:14-20; 2Cr 34:20-28). Quando o rei Josias lhe perguntou sobre a vontade de Deus, ela profetizou juízo e desastre em Jerusalém e seu povo, mas não nos dias de Josias; seus olhos não veriam o mal porque ele se havia humilhado diante do Senhor. É interessante que Hulda tenha sido consultada, embora tanto Jeremias como Sofonias estivessem vivos ao mesmo tempo

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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Dom Profético - 06/01/2009 a 10/01/2009

Terça

Profeta em Israel

Antes de morrer, Moisés disse aos israelitas: “O Senhor, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (Dt 18:15). O contexto indica que essa profecia teve aplicação imediata para a liderança profética de Israel nos anos seguintes à morte de Moisés (Dt 18; 34:9, 10; Os 12:10). Os profetas, desde Josué até Malaquias, foram um cumprimento parcial da profecia de Moisés.

Só Cristo, porém, podia preencher completamente as condições da predição de Moisés (veja Jo 1:21; 6:14; 7:40). Ele veio como o segundo Moisés, não para livrar Seu povo do poder de governos terrestres, mas livrá-lo do poder do pecado.

São famosos os escritos dos profetas do Antigo Testamento, desde Isaías até Malaquias. Além disso, houve muitos outros profetas na história de Israel. Samuel viveu durante o período dos juízes (1Sm 3:20). Gade e Natã continuaram seu trabalho (2Sm 12:1; 24:13). Depois da divisão do reino, em 931 a.C., achamos os profetas Aías (1Rs 11:29), Elias (1Rs 18:1) e Eliseu (2Rs 2:9-14) ministrando para o povo de Deus.

Os profetas eram provenientes de todas as profissões e camadas sociais: Jeremias e Ezequiel eram sacerdotes; Isaías e Sofonias eram de sangue real; Daniel era primeiro-ministro de Babilônia; Samuel era juiz; Eliseu era fazendeiro, e Amós era pastor. Qualquer que fosse sua posição, todos eles eram mensageiros de Deus por meio de quem o Senhor tentava impedir Israel de cair em pecado. Alguns profetas escreveram livros (1Cr 29:29; 2Cr 9:29), outros, não (1Rs 17:1; 2Rs 2:15); alguns foram conselheiros de reis (1Sm 22:5), outros pregaram para o povo (Ez 3:17). Depois de quatro séculos de silêncio profético, João Batista apareceu como o último dos profetas do período da antiga aliança (Mt 3:1).

Em todas as Escrituras Sagradas, vemos o Senhor falando com Seu povo pelos Seus servos, os profetas. A Bíblia inteira, em si, é o trabalho desses profetas, transmitindo as mensagens que Deus lhes dera. Não importa quão diferentes fossem sua proveniência, educação ou temperamento; não importa que houvesse algumas falhas em seus personagens (com a radical exceção de Jesus, evidentemente), esses seres humanos, de carne e sangue como nós, foram usados pelo Senhor para proclamar Suas mensagens, as quais ainda estão sendo proclamadas hoje em quase cada país do mundo e continuarão até o fim dos tempos.

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O Dom Profético - 05/01/2009 a 10/01/2009

Segunda

O Profeta do Êxodo


A primeira pessoa da nação de Israel a ser chamada de profeta foi Moisés. Com respeito à sua morte, temos a declaração: “Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face” (Dt 34:10). Abraão foi o pai da nação de Israel, mas Moisés foi o primeiro profeta na história de Israel – um exemplo para todos os profetas que o seguiram.

2. O que os textos seguintes nos dizem sobre a personalidade e o caráter de Moisés? Êx 4:10; 32:11-13, 32; Nm 12:3; 20:10-12; Hb 11:24-26. Como algumas dessas características nos ajudam a entender como ele se ajusta no papel de profeta?

Por causa de sua educação no Egito, sua forte fé em Deus e sua experiência pessoal com o Todo-poderoso no arbusto em chamas (Êx 3), Moisés estava bem preparado para liderar o povo de Israel. Na Bíblia, sabemos que, motivado pelos repetidos fracassos de Israel em ter fé em Deus, Moisés estava intercedendo constantemente com Deus pela nação (Êx 32:11-13; Nm 14:13-19; 16:46-50), e, ao mesmo tempo, aconselhando os israelitas a serem fiéis.

Em seguida ao episódio do bezerro de ouro no Monte Sinai (Êx 32), Moisés passou quarenta dias com Deus na montanha. Quando ele voltou de lá, seu rosto resplandecia (Êx 34:28-35). O rosto brilhante de Moisés era um reflexo da glória divina (2Co 3:7). Considerando o fato de que Moisés teve o privilégio inigualável de ver a glória do Criador, não é de admirar que seu rosto brilhasse depois dessa experiência, mas essa não foi a única razão. A rebelião do bezerro de ouro não foi dirigida contra Deus, apenas, mas também contra Moisés. A evidência de sua comunhão com Deus ajudou a restaurá-lo a seu legítimo posto de liderança. Quando o povo compreendeu onde ele estivera, foi restabelecido seu papel de líder e mediador, que havia sido questionado.

Qualquer pessoa cheia do Espírito de Deus de alguma forma refletirá Seu caráter glorioso. Os que vivem perto dEle terão efeito revelador sobre a vida de outros, embora eles mesmos não tenham conhecimento disso.

Você conhece alguém que parece ter um íntimo relacionamento com Deus? Como essa proximidade se revela na vida dessa pessoa? Que traços de caráter ela manifesta? Como você pode aprender a andar mais próximo ao Senhor? Que coisas em sua vida o estão impedindo de voltar a esse relacionamento?

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domingo, 4 de janeiro de 2009

O Dom Profético - 04/01/2009 a 10/01/2009

O DOM PROFÉTICO

o Dom Profético - Patriarcas e Profetas

Verso para memorizar: Então disse: Ouvi agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, a ele me farei conhecer em visão, em sonhos falarei com ele.

Leituras da semana: Gn 20:7; Êx 15:20; Dt 18:15; Mt 11:11; Jo6:14; Hb 11:24-26

Ao longo na história, e mesmo até o presente, podemos encontrar exemplos de pessoas proferindo predições sobre o futuro. Na maioria dos casos, essas coisas nunca se cumpre. Quando se cumprem, vários fatores podem estar envolvidos. Pode ser pura coincidência? Talvez o Senhor esteja nisso? Ou talvez o inimigo esteja trabalhando para enganar tantos quanto possa?

Nas Escrituras, aqueles a quem Deus dotou com o dom de profecia eram pessoas que caminhavam com Ele. Não que fossem sem pecados, mas se esforçavam para viver em harmonia com Sua vontade revelada. Mantinham comunhão pessoal com Deus e, nesse contesto, o Senhor podia usá-las de modo especial.

Nesta semana, vamos estudar como Ele as usava.

Prévia da semana: Os profetas do Antigo e do Novo Testamento eram santos ou homens e mulheres comuns? Que papel tinham as profecias em Israel? Quais eram as diferenças entre os apóstolos e os profetas do Novo Testamento?

Domingo

Patriarcas e Profetas

1. Em Gn 20:7 encontramos a primeira menção da palavra profeta, em que contexto ela foi usada? O que podemos aprender do contexto de quem era o profeta e como agia?

No pentateuco, os cinco primeiros livros da bíblia, a palavra profeta descreve o receptor da revelação divina. Durante o tempo dos juízes a palavra vidente parece ter entrada em uso (1Sm 9: 9, 11, 18, 19). Mais tarde, o uso reverteu novamente para o termo mais antigo, os profetas não eram apenas porta vozes de Deus, mas em certas ocasiões também eram intermediários entre Deus e o povo.

Em Gn 20 Abraão foi intermediário entre Deus e Abimeleque. Ele deveria orar a Deus em favor dele. Abraão é uma figura proeminente no Antigo Testamento, por três vezes nas escrituras ele é chamado de amigo de Deus (2Cr 20:7, Is 41:8, Ti 2:23).

Quando completou 99 anos de idade Deus lhe disse: Farteei fecundo extraordinariamente, e de ti farei nações e reis procederão de ti (Gn 17:6). Uma promessa que humanamente falando parecia impossível. Por ter Abraão acreditado em Deus, apesar do que a razão humana lhe dizia, ele se tornou o pai de todos os que crêem (Rm 4:11).

Considerando que Abraão esteve disposto a sacrificar o filho em resposta a ordem de Deus (Gn 22) parece incrível que ele tivesse mentido a Abimeleque em respeito a Sara (Gn 20:2). Porém, a situação é muito natural. Assim como a água reflete o rosto, o coração reflete quem somos nós. (Pv 27:19)

A manifestação ocasional da antiga natureza remanescente no crente, a apostasia dos filhos de Deus em todas as eras e nosso triste afastamento do caminho da justiça são suficientes para explicar a deplorável conduta do pai de todos os que crêem.

Quão humano era Abraão? Momentos de grande fé. Momentos de profundo lapsos. Qual o seguidor do Deus de Abraão não pode se identificar com ele? Que encorajamento você encontra no fato de que apesar dos erros e falta de fé manifestada por Abraão Deus ainda sim o usou poderosamente? Como podemos aprender a não permitir que nosso erros nos impeçam de continuar avançando em fé?

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