sábado, 9 de janeiro de 2010

Amor - Resumo Semanal - 09/01/10 a 09/01/10

“AMOR”
Resumo Semanal - 03/01/2010 a 09/01/2010


por Emilson dos Reis

Os gregos usavam quatro palavras para denotar a ação de amar, mas o Novo Testamento emprega apenas duas: uma é fileo, que se refere a uma afeição emocional (Jo 11:36); a outra é agapaō (o substantivo é agape) e significa um amor racional e voluntário, que se baseia numa escolha deliberada, onde o componente emocional se encontra subordinado à verdade e santidade (Mt 5:44; 19:19), e é esta palavra que se emprega no Novo Testamento para indicar o amor de Deus (Jo 3:16).1 Embora o termo agape já existisse, raramente era usado. Então, os cristãos se apoderaram dessa palavra e dela fizeram sua nova palavra característica para amor. É um termo novo para uma nova ideia.2

Antes do Novo Testamento, o melhor conceito de amor era o de amor pelo melhor que se conhece. Mas os cristãos pensavam no amor como aquela qualidade demonstrada na cruz: o amor pelos totalmente indignos, amor que procede de um Deus que é amor. Amor prodigalizado a outros sem que se pense se eles são dignos de recebê-lo ou não. Provém antes da natureza daquele que ama do que de qualquer mérito do ser amado. O cristão que foi alvo deste amor agora vê os homens como Deus vê: como alguém por quem Cristo morreu. Vêm a praticar o amor que nada busca para si, mas somente o bem da pessoa amada. Tal amor está centralizado no interesse pelos outros.

O AMOR DE DEUS


As Escrituras dizem que “Deus é amor” (1Jo 4:8), mas isso não significa que Ele aprove tudo o que o objeto de Seu amor faça. A aprovação não é necessária ao amor. Por isso, Deus nos amou quando ainda éramos Seus inimigos (Rm 5:8; Ef 2:3-5). Assim, a mãe ama seu filho rebelde, embora não aprove seus atos. Há um amor que inclui aprovação; é o amor que se compraz, cujo objeto amado é amável e traz alegria. Este é o amor que Deus tinha para com Jesus que em tudo Lhe era obediente (Mt 3:17; 12:18; 17:5 cf. Jo 5:20; 15:9-10). Este é o amor de Deus para com aqueles que O amam e Lhe obedecem (ver Dn 9:23; 10:11, 19; Ef 4:25-5:1). Mas há um amor que não se regozija no objeto amado: é o amor que se compadece. Esse é o amor de Deus para com os ingratos e maus. Não que haja dois amores, mas, sim, dois objetos amados diferentes. Assim é o amor de Deus para com o crente e o descrente.3

O amor inerente em Deus é um sentimento, mas também um princípio ativo. Como sentimento positivo, almeja o bem-estar dos objetos que Ele ama, e como princípio ativo, age para que seja assim.4 À compreensão do amor Deus deve incluir o conceito de justiça (Êx 34:7). Sem ela, o amor não passa de mero sentimentalismo. Ambos, amor e justiça operam juntos no trato de Deus com os homens.

O CAPÍTULO DO AMOR


1 Coríntios 13 é conhecido como o capítulo do amor. Algumas traduções mais antigas trazem a palavra “caridade”. Ocorre que “caridade”, hoje, significa “dar esmolas”, por isso essa tradução não serve mais. O termo para amor, aqui empregado, é agape.

Depois de ensinar a respeito dos dons espirituais em 1 Coríntios 12, Paulo declara: “E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente” (v. 31). Esta é uma sentença de transição. Embora os dons espirituais sejam absolutamente essenciais à igreja, o caminho sobremodo excelente para sua utilização é o amor. Assim, o amor é apresentado, neste texto, não como um dom, mas como um caminho. Alguns coríntios achavam que os possuidores de certos dons eram pessoas extremamente importantes. Mas Paulo afirma que, mesmo que eles tivessem os mais altos dons, e ao máximo, se lhes faltasse amor, não só seriam insignificantes, mas, na verdade, seriam nada (1Co 13:1-2). Podemos ter sucesso, obter bons resultados, ser admirados, apreciados e aplaudidos, mas, sob o ponto de vista de Deus e da eternidade, se nos faltar amor, nada somos. Seremos apenas uma versão moderna do profeta Jonas. Jamais um pregador teve um sucesso imediato tão grande como Jonas. Toda uma grande cidade se converteu. E, contudo, Jonas não amava nenhuma daquelas pessoas. Sua aparente obediência e seu sucesso não brotaram do amor (Jn 3:4–4:3).

Paulo ainda diz: “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (1Co 13:3). Estes dois atos de sacrifício pessoal parecem se aproximar muito do amor prático mais puro e altruísta. Mas “é possível fazer coisas boas para os outros sem os amar, fazer o bem movido por outro motivo que não seja o amor”.5 Pode haver generosidade sem amor. Autodoação sem amor, que busca o louvor, é autopromoção. A pessoa pode dar mais do que as suas propriedades: pode dar a própria vida. Podemos entregar-nos completamente a um ideal, sem contudo fazê-lo por amor. “Dar o próprio corpo por amor é um ato heroico. Mas dar o próprio corpo por amor próprio é um ato de egoísmo”.6 Tais sacrifícios sem amor se perdem. Se o amor é tão necessário, precisamos saber o que ele é. Os versos 4 a 7 retratam o que o amor é, o que o amor não é, e o que o amor é capaz de realizar. Paulo usa verbos que estão todos no presente contínuo, indicando ações e atitudes que se tornam habituais, gradualmente incorporadas através de repetição.

O amor é paciente, tolerante, tardio em irar-se, longânimo. É benigno. Benignidade é parte do fruto do Espírito. É cortesia, gentileza, doçura de temperamento. O amor não arde em ciúmes ou inveja. “O amor não se aborrece com o sucesso dos outros”.7 Não se ufana. Não se vangloria. Não se gaba de suas virtudes, conhecimento e realizações. Não se ensoberbece. “Há muitas maneiras de se mostrar orgulho, e o amor é incompatível com todas elas. O amor se preocupa em doar-se, e não em afirmar-se”.8 O amor é humilde. Mas não confunda humildade com pobreza, ignorância ou timidez. Aprenda a ser humilde com Jesus. Ele disse: “Vinde... e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29).

O amor não se conduz inconvenientemente, com arrogância, com soberba. Não se porta de modo vergonhoso, desonroso, indecente. O amor não é rude porque isso fere os outros. Não se porta com grosseria (BLH). O amor tem uma delicadeza que não deseja ferir. Quando percebemos que nosso comportamento ou nossas atitudes estão prejudicando ou magoando alguém, o amor nos impele a eliminar essas trevas internas através da graça do Senhor. O amor não procura seus interesses, antes emprega a renúncia própria. “Insiste no bem-estar dos outros e não na afirmação de interesses próprios”9 (ver 1Co 10:24). O amor não se exaspera, não é mesquinho. Não é difícil conviver com ele. Não irrita nem provoca os outros. “Não torna a vida dos que o rodeiam miserável, por ter um temperamento nervoso”.10 Não tem má vontade, não é explosivo nem brigão; não se ressente do mal. O amor não imputa o mal. Não acumula ódio dos outros nem guarda queixas. “Quem ama não... guarda mágoas” (BLH).

Se realmente amarmos alguém com o amor do Senhor, veremos muito mais sua força e seu potencial, em lugar de seus defeitos e fraquezas. Quando ele fizer alguma coisa, irritando-nos, seremos capazes de tratá-lo dentro do contexto do que ele é em Cristo, em vez de aumentar o que aconteceu, a ponto de monopolizar nossa atenção. A palavra “ressentir-se” significa manter sob registro. Assim, o amor não mantém o registro das coisas ditas ou feitas contra nós. Ele perdoa.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. “O amor não se alegra com o mal de nenhuma espécie”.11 Não apoia a injustiça fora ou dentro da igreja. Nem é indiferente quanto a ela.

Não chama o errado de correto. Quando você for tentado a ser omisso diante de uma injustiça, por medo de “ser queimado”, lembre que “um barco está a salvo em um cais, mas não foi para isso que os barcos foram feitos”. Tome posição contra a injustiça, da maneira certa, no momento certo, no lugar certo, diante da pessoa certa. Também há o perigo de nos alegrarmos não com o que é bom e verdadeiro, mas com o que é obscuro e sórdido.

Alguns encontram um falso alívio quando veem os outros fracassando e caindo. Mas o amor anseia ver os outros em pé, crescendo e se entristece quando outra pessoa é derrotada. Alegra-se com os que se alegram e chora com os que choram. Não se entrega a fofocas e cobre uma multidão de pecados. O amor tudo sofre, tudo suporta. Como disse a Madre Tereza de Calcutá: “O amor dói”. “O amor não recua facilmente; aguenta”.12 Não com paciência resignada, mas com fortaleza positiva. Não se deixa vencer. Ele sobrevive à tristeza, à decepção, à crueldade, à indiferença. Continua avançando. Jamais vacila e não desiste.
O amor tudo crê, tudo espera. “Tem uma atitude de confiança para com os outros... Ele prefere crer nas boas intenções dos outros... prefere ser generoso demais a ser desconfiado demais”.13 Leva em conta as circunstâncias e vê nos outros o melhor. O amor retém sua fé. “Está sempre disposto a conceder o benefício da dúvida”.14

Recusa-se a aceitar o fracasso como final.15 Todo fracasso é apenas uma derrota temporária. Com confiança, ele olha para a vitória final pela graça de Deus. No meio de toda a maldade, ele sabe esperar, por causa das promessas de Deus. O amor, esse amor acima descrito, jamais acaba. Aconteça o que acontecer, suportamos firmes porque em tudo há um propósito: Deus está esculpindo em nós a imagem de Seu Filho.

Alguém sugeriu que lêssemos 1 Coríntios 13:4-7 retirando a palavra amor e em seu lugar colocando o nome de Jesus. Leia desse modo. O que você acha? Perfeito! Jesus é a personificação do amor. Agora, leia de novo o mesmo texto e coloque nele seu nome. E então? Esse é o sonho de Jesus para a sua vida. Se você consentir, Ele operará de tal modo em seu coração que um dia você poderá ler este texto, sozinho, e dizer para si mesmo: “Como eu era tão diferente do que aqui está retratado; mas agora, já estou bem parecido”.

Ao introduzir o tema do amor, Paulo o chama de caminho excelente (1Co 12:31). Agora, ao encerrar, ele faz o apelo para seguirmos nesse caminho: “Segui o amor” (1Co 14:1). A ideia é a de ir após, com persistência. Indica uma ação que nunca termina. Seguir o caminho do amor é seguir a natureza do próprio Deus. Nunca devemos cessar de fazer do amor a obra de nossa vida.

Também devemos lembrar que esse amor precisa ser recebido e que ele só é dado aos que se entregam a Deus16. Através de Seu Espírito, que é a fonte dos dons e também a fonte do amor (Rm 5:5), Ele ajuda o homem a demonstrar pelo próximo o mesmo tipo de amor que Ele demonstrou para todos os homens.

O AMOR PARA COM OS INIMIGOS


“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:43-48).

Jesus não está contradizendo a lei e os profetas, isto é, o Antigo Testamento. Ele está contradizendo a tradição dos judeus. Quando Cristo se referia ao Antigo Testamento, Ele usava a fórmula: “Está escrito” (Mt 4:4, 7, 10; 11:10; 21:13; Jo 12:14) , todavia aqui, no Sermão do Monte, por seis vezes ele emprega a expressão “foi dito” (Mt 5:21, 27, 31, 33, 38, 43), e essa era uma referência à tradição, ao ensino oral que haviam recebido e que pretendia ser um comentário correto da orientação dada no Antigo Testamento, mas que estava equivocada em muitos aspectos17.

Ele nos manda amar nossos inimigos com o amor agape e não com aquele que se refere a uma afeição emocional. Ele não nos manda gostar do inimigo – como gostamos de um familiar ou de um amigo muito querido – mas tratá-lo com humanidade e com bondade, não tentando revidar o mal que ele nos fez. Em nossas relações com ele, devemos considerá-lo como alguém por quem Cristo morreu e, como nós mesmos, um candidato ao reino de Deus.

A expressão “sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48), que conclui essa seção do ensino de Jesus não é a melhor tradução. O assunto que Ele vinha apresentando não era sobre perfeição e, sim, sobre o amor. A melhor tradução seria “sede vós inclusivos como inclusivo é o vosso Pai celeste”.18 Então, o apelo é para incluirmos em nosso amor não apenas os bons, mas também os maus, como faz Deus, nosso Pai.

O AMOR EXEMPLIFICADO


Nos dias de Cristo, os judeus, com a mente obscurecida por tantos anos de distanciamento de Deus, não tinham muita certeza de quem era seu próximo. Excluíam dessa categoria os gentios e os samaritanos, por serem estrangeiros e inimigos. Mas, entre seu próprio povo, quem era o próximo?19

Foi para responder a esta indagação que Jesus contou, certa feita, a parábola do bom samaritano, registrada em Lucas 10:30-37.

O samaritano se aproximou. Chegou bem perto do homem ferido. Logo reparou que era um judeu, alguém que odiava sua raça, alguém de outra religião, alguém que provavelmente jamais o ajudaria, se as posições estivessem invertidas. Mas isto não importava. Quem estava ali precisando desesperadamente de ajuda era um ser humano. Para ele, isto era motivo suficiente para prestar auxílio. Diz a Bíblia: “Vendo-o, compadeceu-se dele”. Ele primeiro, teve compaixão em seu coração, e tudo o mais que ele fez daí em diante foi apenas o resultado da misericórdia, do amor que nele habitava.

Meditando nesta parábola podemos ainda perceber outras preciosas lições espirituais. As pessoas que se relacionaram com o homem ferido podem ser classificadas em três grupos, cada uma delas demonstrando uma atitude e uma filosofia de vida.

O primeiro grupo é representado pelos assaltantes. Sua atitude foi a cobiça. Milhões vivem uma vida de egoísmo e ganância, procurando preservar ao máximo tudo quanto possuem e se empenhando em transferir do próximo para si mesmos tudo quanto puderem. Essa classe aumenta à medida que o fim se aproxima. O apóstolo Paulo escreveu: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, ... implacáveis, ... cruéis” (2Tm 3: 1-3).

A segunda classe é retratada pelos religiosos: o sacerdote e o levita. Sua atitude diante do infortúnio alheio foi de indiferença. Pode ser que não pertençamos ao primeiro grupo, o dos cobiçosos, mas não é verdade que muitos de nós que somos cristãos, nos identificamos com a classe dos que são indiferentes para com a dor, a tristeza e a infelicidade dos outros? Quantas vezes, mesmo empenhados na obra de Deus, nos entusiasmamos com novos projetos e métodos e alvos, e, contudo, somos indiferentes para com as pessoas. Nenhuma obra, nenhuma atividade, por mais sagrada que seja, vale mais que um ser humano.

Diz Ellen G. White que esta parábola era uma história real, bem conhecida daqueles que a escutavam. Além disso, aquele sacerdote e aquele levita ali estavam, escutando a narrativa fiel dos lábios do Mestre.20 No momento em que se depararam com o moribundo, pensaram estar sozinhos, pensaram que ninguém os havia visto, mas agora, para espanto seu, o papel que haviam desempenhado no episódio estava sendo contado como se o fosse por uma testemunha ocular. Na verdade, ao encontrarem o homem semimorto “todo o Céu observava, para ver se o coração desses homens seria tocado de piedade pela desgraça humana”.21 Que decepção! Eles passaram de lado! O Céu nos observa. Não estamos nós, muitas vezes, passando de largo uns pelos outros?

A terceira classe é representada pelo bom samaritano. A força motivadora de sua vida é o amor, amor este que “procede de Deus” (1Jo 4:7). Quem o manifesta, claramente evidencia que é convertido (1Jo 3:14; 4:7). Tal amor cumpre a lei (Rm 13:8-10; Gl 5:14). Aquele que vive sem levar Deus em conta busca apenas seus próprios interesses, vive unicamente para si ou, quando muito, também para sua família.

Mas aquele que busca agradar a Deus estende seu raio de ação para além de si e dos seus, e está disposto a ajudar a quem se encontra em necessidade.

Essa qualidade de amor é de origem celestial e só é encontrada no coração daqueles que são realmente convertidos. “Quando o eu está imerso em Cristo, o amor brota espontaneamente. A perfeição de caráter do cristão é alcançada quando o impulso de auxiliar e abençoar a outros brotar constantemente do íntimo – quando a luz do Céu encher o coração e for revelada no semblante”.22

Faz muitos anos, fui visitar um enfermo na Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá. Depois da visita, ao andar por um dos corredores, deparei-me com uma capela. Por sobre a porta, do lado de fora, estava escrito: “Aqui entramos para amar a Deus”. Do lado de dentro, havia outra inscrição que dizia: “Daqui saímos para amar o próximo”. Que grande verdade! Devemos ir à igreja para adorar e amar a Deus e devemos sair da igreja desejosos de amar e servir ao próximo.

Qual é a sua filosofia de vida? A dos assaltantes, a dos religiosos ou a do bom samaritano? Que força o impulsiona no relacionamento com o próximo? A cobiça, a indiferença ou o amor?


Referências bibliográficas
1. G. H. Lacy, Introduccion a la teologia sistemática, 2ª ed. (S. L.: Casa Bautista de Publicaciones, 1976), 82; Lewis Sperry Chafer, Teologia sistemática, 8 vols.(São Paulo: Hagnos, 2003), 2:394-395.
2. Raymond Bryan Brown, “I Coríntios”, Comentário bíblico Broadman: Rio de Janeiro: JUERP, 1984), 10:431.
3. A. B. Langston, Esboço de teologia sistemática, 4ª ed. (Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1959), 65-66; Chafer, 2:432-433.
4. Erickson, 294.
5. Brown, 10:432.
6. Ibid., 10433.
7. Leon Morris, I Coríntios: introdução e comentário, 3ª ed. (São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1986), 148.
8. Ibid.
9. Brown, 10:435.
10. Ibid.
11. Morris, 148
12. Ibid., 149.
13. Brown, 10:435.
14. Morris, 149.
15. Ibid.
16. Brown, 10:431.
17. John Stott, A mensagem do Sermão do Monte: contracultura cristã, 3ª ed. (São Paulo: ABU, 2001), 71.
18. Ibid., 122-123; R. V. G. Tasker, Mateus: introdução e comentário (São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1985), 56. Ver o texto paralelo de Lc 6:36. No próprio sermão do Monte Jesus não ensinou que vamos ser perfeitos, sem pecado, antes que vamos continuar tendo fome e sede de justiça, a qual será plenamente satisfeita apenas quando estivermos em Seu reino de glória (Mt 5:6). É para este reino que apontam as recompensas das bem-aventuranças (Mt 5:3-12). Ele também nos ensinou a orar enquanto estivermos neste mundo: “perdoa-nos as nossas dívidas” (Mt 6:12).
19. Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, 22ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), 498.
20. White, 499.
21. Ibid., 500.
22. Ellen White, Parábolas de Jesus, 14ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), 384.

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Amor - 08/01/10 a 09/01/10

Sexta, 8 de janeiro

Opinião
Amor além das fronteiras


Deus não mudou os Dez Mandamentos. Eles permanecem os mesmos, desde o tempo em que Ele os deu aos israelitas. Continuam imutáveis contra as forças do mal. Em 1 Timóteo 1:5, Paulo escreve que “o objetivo dessa instrução é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera” (1Tm 1:5, NVI). Aqui a palavra “instrução” (no original, “mandamento”) refere-se à comissão que Paulo deu a Timóteo no verso 3. Contudo, podemos dizer que o alvo dos Dez Mandamentos também é o amor – amor a Deus (os primeiros quatro mandamentos) e amor pelos outros (os últimos seis mandamentos). Os mandamentos nos afetam em nível pessoal, chamando cada um de nós a exercer o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. A maioria de nós sabe que sempre é fácil amar os que estão dentro do círculo de nossa influência. Podem ser os membros da família, parentes e amigos. Contudo, a maioria das pessoas também sabe que estender amor piedoso aos inimigos é muito difícil.

A Bíblia ensina que, se desejamos verdadeiramente testemunhar de Cristo, não devemos pagar “mal com mal, nem insulto com insulto. Ao contrário, pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança” (1Pe 3:9). Amar o inimigo é um exercício que requer bastante sacrifício; mas com a ajuda de Deus podemos fazê-lo. Desejamos seguir as pegadas de Cristo, que foi nosso precursor nesse exercício.

“A contemplação de Seu amor, manifestado em Seu Filho, comoverá o coração e despertará as energias do ser como nenhuma outra coisa o poderia fazer. Cristo veio para restaurar na humanidade a imagem divina; e quem quer que dEle desviar os homens, afasta-os da fonte do verdadeiro desenvolvimento” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 478). Meu principal alvo como cristão é exercitar minha fé em Cristo com um coração sincero, a fim de que eu possa ser praticante da Palavra, e não apenas ouvinte (Tg 1:22). A única forma de amar a Deus é de acordo com Sua Palavra. Quando estendemos o amor piedoso a nossos familiares, amigos, vizinhos, e até aos inimigos, podemos fazê-lo somente nas maneiras que são detalhadas na Escritura. Que Deus nos ajude a todos!

Mãos à obra

1. Decore 1 Coríntios 13:4-8.
2. Ore 1 Coríntios 13:4-8 por sete dias, e anote as mudanças que você percebeu em seu relacionamento com os outros em resultado disso.
3. Apresente-se como voluntário numa clínica para aidéticos durante pelo menos um mês.

Flora Kurema | Kakamega, Quênia

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Amor - 07/01/10 a 09/01/10

Quinta, 7 de janeiro

Aplicação

O amor e a vida


Lembro-me bem do dia em que alguém nos trouxe a notícia de que nossa mãe, que estava viajando, tinha morrido. Essa notícia inesperada foi uma pílula difícil de engolir, ao pensarmos como poderíamos enfrentar o mundo sem ela. Horas mais tarde, soubemos que a notícia estava baseada num equívoco de identidades. Contudo, foi difícil para nós apagar os sentimentos e pensamentos que surgiram como resultado desse incidente. Procuramos aconselhamento para nos ajudar a voltar à condição mental normal. Tudo isso por causa do amor que existe entre nossa mãe e nós!

Mas o que dizer do amor piedoso, o fruto do Espírito? Como cristãos, devemos saber o que constitui esse amor. A seguir estão algumas das áreas nas quais iremos crescer ao começarmos a entender e experimentar em primeira mão esse fruto do Espírito.

Atos (1Jo 3:18). O amor piedoso transforma nossos atos de uma perspectiva mundana para outra maneira, guiada pelo Espírito, de conduzir a vida – com esperança, fé e paciência que nunca falham (1Co 13:7). O amor piedoso nos inspirará a amar até nossos inimigos da forma como Jesus amou os inimigos dEle, e nos impelirá a praticar boas obras para com os necessitados.

Palavras (Ef 4:29). As palavras tanto podem destruir como construir. Quando crescemos em amor piedoso, nossas palavras encorajarão outros e os elevarão a Deus.

Relacionamentos (2Co 5:17). Paulo escreveu aos coríntios que o cultivo de frutos espirituais produz uma transformação no ser, mudança de estilo de vida. As coisas antigas são eliminadas e as novas assumem o comando (2Co 5:17). Portanto, o amor do Espírito nos ajuda a abandonar os relacionamentos prejudiciais e a desenvolver relacionamentos saudáveis com pessoas que nos ajudarão a chegar mais perto de Cristo.

Mãos à Bíblia

Na lição de ontem, falamos sobre a questão: Quem é meu inimigo? Hoje, a pergunta é: Quem é meu próximo?

6. Que resposta Jesus deu? Como essa parábola está relacionada com toda a questão do que é o amor verdadeiro? Por que Jesus colocou especificamente pessoas religiosas, e até líderes religiosos, no papel dos “sujeitos maus”? Lc 10:25-37

Considere estas palavras: “Tive fome, e vocês formaram um clube de humanidades para discutir isso. Fui preso, mas vocês reclamaram da taxa de criminalidade. Estava nu, e vocês debateram sobre a moralidade de Minha aparência. Estive doente, e vocês agradeceram a Deus por sua saúde. Estive sem teto, e vocês pregaram para Mim sobre o abrigo do amor de Deus. Vocês parecem tão santos e tão perto de Deus; mas ainda estou com fome, solitário, com frio e em dor. Isso tem importância?”

Joash Oketch | Nairóbi, Quênia

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Amor - 06/01/10 a 09/01/10

Quarta, 6 de janeiro

Testemunho

Amor em ação e em verdade


“O destino do homem será determinado por sua obediência a toda a Lei. Amor supremo para com Deus e imparcial amor para com os homens, eis os princípios a ser desenvolvidos na vida” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 498).

“Jornadeando de Jerusalém para Jericó, o viajante precisava passar por um trecho deserto da Judeia. O caminho descia por entre abruptos e pedregosos barrancos, e era infestado de ladrões, sendo frequentemente cena de violências. Aí foi o viajante atacado, despojado de tudo quanto levava de valor, ferido e machucado, sendo deixado meio-morto à beira do caminho. Enquanto assim jazia, passou o sacerdote por aquele caminho; mas apenas deitou um rápido olhar ao pobre ferido. Apareceu em seguida o levita. Curioso de saber o que acontecera, deteve-se e contemplou a vítima. Sentiu a convicção do que devia fazer; não era, porém, um dever agradável. Desejaria não haver passado por aquele caminho, de modo a não ter visto o ferido. Persuadiu-se a si mesmo de que nada tinha com o caso” (Ibid., p. 499).

O aspecto mais importante dessa história é a falta de preocupação para com o sofredor mostrada pelo levita e o sacerdote. “Ambos esses homens ocupavam postos sagrados, e professavam expor as Escrituras. Pertenciam à classe especialmente escolhida para servir de representantes de Deus perante o povo. Deviam ‘compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados’ (Hb 5:2), para que pudessem levar os homens a compreender o grande amor de Deus para com a humanidade” (Ibid., p. 499, 500).

Em nossa época, somos chamados a praticar o tipo de amor requerido pelo Espírito de Deus. O levita e o sacerdote ouviram o ensino de Jesus sobre o amor, mas não colocaram em prática o que Ele ensinou. Da mesma forma, frequentemente temos interpretado mal a palavra amor. Contudo, “o amor de Deus no coração é a única fonte de amor para com o nosso semelhante. ... ‘Se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a Sua caridade’ (1 Jo 4:20 e 12)” (Ibid., p. 505).

Mãos à Bíblia

4. Em que o conselho de Jesus é superior à atitude de Seus contemporâneos? Qual foi Seu argumento para essa nova posição? Mt 5:43-48

Inimigo é um oponente, rival, concorrente, desafiante, contendor. Inimigo é quem nos odeia ou nos maltrata. Pode até ser o cônjuge ou outro membro da família. Às vezes, aqueles com quem trabalhamos lado a lado podem começar a nos considerar oponentes. Inimigo pode ser alguém por quem tivemos grande consideração por um bom tempo, ou pode até ser alguém em nossa igreja. Precisamos perceber que inimigo é qualquer pessoa que provoca aflição suficiente para nos tentar à vingança.

5. Que outros conselhos encontramos a respeito da necessidade de expressar amor? Pv 15:1; 25:21; 1Pe 3:9

Esther Aoko | Kendu Bay, Quênia

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Amor - 05/01/2010 a 10/01/2010

Terça, 5 de janeiro

Exposição
Faces do amor


Hoje em dia, as pessoas acham que amor significa diferentes coisas. Amamos certas comidas. Amamos certos esportes. Amamos certa cor ou certa roupa favorita. Contudo, a Bíblia detalha o amor de maneira completamente diferente.

Amor pelo Criador (Dt 6:5). Durante Seu ministério terrestre, Cristo teve muitos encontros com os fariseus, que sempre estavam procurando maneiras de apanhá-Lo em alguma armadilha. Certo dia, perguntaram-Lhe qual era o maior mandamento. Em vez de argumentar com eles, reportou-os à lei que fora dada a seus ancestrais quando Moisés escreveu o livro de Deuteronômio. Leia Deuteronômio 6:5. Essa era a voz de Cristo, através de Moisés, para os fariseus. O fato de haverem deixado de dar ouvidos à voz de Deus por meio de Seus mensageiros fez com que odiassem a Cristo. Amar nosso Criador precisa envolver a mente e o coração, para que não nos tornemos como os pobres fariseus, que se consideravam mestres da lei, mas deixaram de reconhecer a maior de todas as leis.

O que é preciso para amar a Deus com todo o coração e mente? “Proíbe-se ao homem conferir a qualquer outro objeto o primeiro lugar nas suas afeições ou serviço. O que quer que acariciemos que tenda a diminuir nosso amor para com Deus, ou se incompatibilize com o culto a Ele devido, disso fazemos um deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 305).

Nosso amor por Deus deve ser consistente com os princípios dados no Decálogo. Leia como 1 Coríntios 13:4-8 delineia esse amor. Os fariseus não levaram em conta nada disso. Mesmo hoje em dia, as pessoas estão mais preocupadas com suas interpretações pessoais de amor. Negligenciam o verdadeiro amor devido a seu Criador, que envolve a guarda de Seus mandamentos. Leia João 14:15.

Amor pelo próximo (Mt 22:39; Lc 10:25-37).
Os Dez Mandamentos estão em perfeita harmonia uns com os outros. Tomados juntos, evidenciam a importância do relacionamento entre os seres humanos e Deus, bem como o relacionamento dos seres humanos entre si. Os mandamentos exigem que amemos a Deus e ao próximo.

Leia Levítico 19:18. Essas são as mesmas palavras que Jesus falou aos fariseus quando declarou o maior dos mandamentos – amor a Deus e amor ao próximo. A coexistência humana implica em interdependência. Não podemos ser bem-sucedidos uns sem os outros. Precisamos do amor de Deus e do apoio de amigos e familiares a fim de ter sucesso. Na história do bom samaritano (Lc 10:25-37) há uma importante pergunta: Quem é meu próximo? Cristo contou essa história para ilustrar que devemos ajudar as pessoas necessitadas, e que não importa que essas pessoas não pertençam a nossa família, escola, igreja ou cidade.

Amor aos inimigos (Mt 5:43-48; 7:12). A fim de alcançarmos a perfeição caracterizada por nosso Pai celestial, precisamos adotar o ponto de vista dEle. Ao pé da cruz, o chão é nivelado para todos. Ali, todos têm igual oportunidade. Leia Mateus 7:12. Essa lei admoesta cada um de nós a desenvolver o amor piedoso, que “não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade” (1Co 13:6, NVI).

Quando mostramos amor àqueles que nos odeiam, vamos além das fronteiras do amor egoísta para amar como Deus ama. “Na história do bom samaritano, Jesus ofereceu uma descrição de Si mesmo e de Sua missão. O homem fora enganado, ferido, despojado e arruinado por Satanás, sendo deixado a perecer; o Salvador, porém, teve compaixão de nosso estado de desamparo. Deixou Sua glória, para vir em nosso socorro. Achou-nos quase a morrer, e tomou-nos sob Seu cuidado. Curou-nos as feridas. Cobriu-nos com Sua veste de justiça. Proveu-nos um seguro abrigo, e tomou, a Sua própria custa, plenas providências em nosso favor. Morreu para nos resgatar. Mostrando Seu próprio exemplo, diz a Seus seguidores: ‘Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.’ João 15:17. ‘Como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis’ (João 13:34”; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 503, 504).

Mãos à Bíblia

3. Repasse cada um dos “negativos” de 1 Coríntios 13:4-8 e escreva os atributos positivos encontrados. Pergunte a si mesmo como está manifestando esses aspectos do amor e como pode fazer melhor.

a. Não inveja =
b. Não se vangloria =
c. Não se orgulha =
d. Não maltrata =
e. Não procura seus interesses =
f. Não se ira facilmente =
g. Não guarda rancor =
h. Não se alegra com a injustiça =

Tony Philip Oreso | Nairóbi, Quênia

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Amor - 04/01/2010 a 10/01/2010

Segunda, 4 de janeiro

Evidência
Um fruto do Espírito


O Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade, é nosso Mestre, Instrutor e Consolador. Como Seus filhos, Deus quer que vivamos uma vida honrosa, livre do pecado. Uma vida assim Lhe traz glória. Para nos ajudar a viver essa vida, Ele nos dá o Espírito Santo.

O Espírito Santo tem qualidades que, quando absorvidas pelo coração humano, resultam em completa mudança de vida. Uma dessas qualidades é o amor piedoso. Onde há esse tipo de amor, há paz, tranquilidade e alegria. Se o amor não fosse parte dos frutos do Espírito, os outros frutos não existiriam, pois o amor piedoso engloba todos os outros frutos.

Paulo pregou o evangelho durante seu ministério aos gálatas, e trabalhou duro para explicar-lhes os frutos do Espírito. A Galácia era uma província romana na Ásia, com habitantes não judeus. Eles estavam divididos sobre a questão de dever ou não seguir a Cristo. Muitos deles criam que observar a lei de Moisés fosse a chave para se tornar cristão. Contudo, Paulo refutou essa crença, e os convenceu de que apenas a fé, acompanhada de boas obras, pode fazer de alguém verdadeiro cristão.

Na sociedade de hoje, podemos ver vários exemplos em que a falta de amor piedoso levou à horrível destruição. Tome, por exemplo, Ruanda, em meados da década de 90; o Iraque, no princípio da década de 90 e também no início do século 21; e até mesmo meu país natal, o Quênia, em 2008. A ausência de amor piedoso leva ao ódio, destruição e morte, com os quais Satanás se deleita.

Em Gálatas 5:15, Paulo adverte que a falta do amor piedoso pode fazer com que nos comportemos como animais selvagens, e os resultados disso ele enumera em Gálatas 5:19-21. Contudo, nos versos 22-24, ele delineia as qualidades produzidas pelo Espírito, que são completamente opostas às qualidades que o pecado produz.

Lembremo-nos de que Paulo não estava se dirigindo somente aos gálatas. Estava colocando um forte fundamento para os verdadeiros cristãos das gerações vindouras. Portanto, nós também temos a responsabilidade de exercer o amor piedoso. Tal amor é o primeiro passo no desenvolvimento de um caráter semelhante ao de Cristo.

Mãos à Bíblia

O amor definido é o primeiro passo; o amor aplicado é o seguinte. Devemos ser cuidadosos para não dizer impensadamente que amamos; ao contrário, precisamos analisar cuidadosamente nossa maneira de viver e de aplicar os princípios do amor como são expressos na Bíblia.

2. Examine cada aspecto individual do que é o amor e pergunte: Como posso aplicar esses princípios em meu lar? 1Co 13:4-8

George Otieno |
Mbita Point, Quênia

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domingo, 3 de janeiro de 2010

Amor - 03/01/2010 a 10/01/2010

AMOR


“Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1Co 13:13, NVI).

Prévia da semana: O amor vem de Deus. É inextinguível. Isso traz paz, confiança e liberdade à nossa vida. Quando Deus o demonstra por nosso intermédio, Ele abençoa e enriquece infinitamente outras vidas. Cristãos amorosos e amáveis são inestimáveis.

Domingo, 3 de janeiro

Introdução
Deus é amor

A cidade de Gilgil, no Vale de Rish, no Quênia, era o lar dos colonizadores britânicos. Fica a norte de Nairóbi, e tem uma população de cerca de 19 mil pessoas. A atividade econômica em Gilgil consiste principalmente de empreendimentos comerciais de nível médio e da mineração de diatomita, “um mineral em pó, composto dos restos esqueléticos fósseis de plantas aquáticas unicelulares microscópicas chamadas diatomáceas”.1 A agricultura não ocupa lugar significativo, pois a maior parte da terra nessa parte do Quênia é árida e infértil.

Gilgil é ainda conhecida pela seguinte história trágica: “Alice de Janze (1899-1941), também conhecida como Alice de Trafford, era uma herdeira norte-americana que passou anos no Quênia como membro do assentamento de colonos Vale Feliz. Ela esteve ligada a numerosos escândalos, inclusive o da tentativa de assassinato de seu amante, em 1927, e o do assassinato em 1941 de Josslyn Hay, o Conde de Erroll, no Quênia. Sua vida tempestuosa foi marcada pela promiscuidade, pelo uso de drogas, e por várias tentativas de suicídio. Ela morreu quando atirou em si mesma, em 1941.”2

Ironicamente, pode-se pensar nas letras e na ordem na qual elas aparecem no nome Gilgil como um anagrama das palavras “God is Love” (“Deus é Amor”, em inglês). Nesta semana estamos estudando o amor como fruto do Espírito Santo, que devemos desenvolver à medida que crescemos como cristãos. Veremos, pelos assuntos subsequentes de nossa lição, que esse amor é essencial ao nosso caráter cristão ao lutarmos contra o pecado. Os assuntos da lição desta semana nos mostram que o amor semelhante ao de Deus é um elemento essencial dos frutos do Espírito Santo. Uma vez que o Espírito Santo é parte da Trindade Divina (Jo 4:24) – Deus, portanto –, também é amor. Para saber um pouco sobre como você pode desenvolver o fruto do amor, leia todos os dias da lição desta semana.

1. IMA Europe. What is Diatomite? http://www.ima-eu.org/fileadmin/downloads/minerals/Diatomitefactsheet.pdf (acessado em 12 de novembro de 2008).
2. Wikipedia Online Encyclopedia. Alice de Janzé. http://en.wikipedia.org/wiki/Alice_de_Janze (acessado em 12 de novembro de 2008).

Mãos à Bíblia


O povo judeu já sabia que o mandamento número um é amar a Deus com todo o coração, alma, mente e, como Marcos acrescenta, força (veja Mc 12:30). Ao apontar para esses quatro aspectos do ser humano, Jesus simplesmente reúne tudo o que a pessoa é. Ele está dizendo: “Você precisa amar a Deus com todo o seu ser.”

1. Qual é a primeira lição importante dos evangelhos sobre o amor? Mt 7:12; 22:39

Amar o próximo como a si mesmo significa cuidar da outra pessoa assim como você cuidaria de si mesmo.

Bob Collins | Nairóbi, Quênia

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