sábado, 14 de fevereiro de 2009

O Trabalho dos Profetas - Resumo Semanal - 14/02/2009 a 14/02/2009

O TRABALHO DOS PROFETAS
Resumo Semanal - 08/02/2009 a 14/02/2009

O trabalho dos profetas
Pr. Renato Stencel
Diretor do Centro White – Brasil
UNASP - EC

I. Introdução

Muito embora Deus tenha usado diversos métodos para Se comunicar com os seres humanos, o “dom profético” se tornou, entre todos, o meio mais comum, frequente e conhecido. Como porta-voz, o profeta se destaca como o veículo mais visível do sistema divino de comunicação.

Em sua obra A prophet among you (Um profeta entre vós), T. Housel Jemison apresenta oito razões que justificam o emprego dos profetas como o recurso mais utilizado por Deus:

1. Os profetas prepararam o caminho para o primeiro advento.
2. Como representantes do Senhor, os profetas mostraram ao povo que Deus valorizava os seres humanos a ponto de escolher dentre eles homens e mulheres para representá-Lo.
3. Os profetas eram um lembrete constante da proximidade e disponibilidade quanto à instrução divina.
4. As mensagens comunicadas pelos profetas cumpriam o mesmo propósito que uma comunicação pessoal do Criador.
5. Os profetas eram uma forma de manifestação do que a comunhão com Deus e a transformadora graça do Espírito Santo pode realizar na vida humana.
6. A presença dos profetas punha o povo à prova no tocante à atitude para com Deus.
7. Os profetas tomaram parte no plano da salvação, pois Deus tem coerentemente empregado uma combinação do humano com o divino como o meio mais eficaz de alcançar a humanidade perdida.
8. O resultado mais notável da atividade dos profetas é sua contribuição à Palavra escrita.

Mesmo tendo Deus escolhido o dom profético para ser o meio de comunicação mais conhecido e eficaz, podemos levantar algumas perguntas pertinentes a este ofício. Quais foram os critérios estabelecidos por Deus para a escolha de um profeta? Deveriam ser pessoas cultas, letradas, fisicamente fortes, com nobreza de caráter e cheias de talentos? Ou Deus escolheu indivíduos desconsiderando os critérios e qualificativos humanos?

Ao analisarmos o assunto, podemos observar que “não há indicação de que Deus tenha escolhido pessoas com base em qualquer elemento ligado à cultura, personalidade, talentos ou educação. Ele escolheu a pessoa que melhor serviria para aquele momento específico, ou aquele que poderia estar mais bem preparado para o serviço futuro”.(1) De fato, Deus escolheu a pessoa certa para exercer uma tarefa determinada em dado tempo específico com o propósito de revelar Sua soberana vontade redentora a todos os Seus filhos.

O apóstolo Paulo exemplifica claramente este pensamento em 1 Coríntios 9:19-22, quando afirma: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.”

Tais palavras nos levam a concluir que o Evangelho de salvação a ser pregado a todos os povos, nações e línguas não se consumará de modo restrito ou limitado. Na multiplicidade de dons e talentos humanos, Deus Se valerá de muitas mentes, habilidades, personalidades em diferentes contextos para tornar a mensagem acessível a um público mais amplo e variado possível.

Ao destacar a amplitude da linguagem bíblica, o Dr. Jemison (2) afirma que “uma das mais notáveis características da Bíblia é a sua adaptabilidade às circunstâncias e necessidades de todo indivíduo em cada geração. Ninguém pode justificar que em função do ponto de vista do autor em relação aos seus dias, a mensagem não seja relevante à sua realidade ou pessoa. O verdadeiro Autor é quem a planejou assim. Cada livro revela as marcas do conhecimento, educação, personalidade e experiência de seu autor.

II. Principais funções dos profetas

Ao iniciarmos a discussão deste assunto, podemos levantar algumas importantes questões que serão respondidas ao longo desta seção: (a) De que forma Deus usou estas pessoas em sua diversidade de talentos, experiências, capacidades e educação? (b) Qual foi o alcance das atividades dos profetas ao exercerem seu ofício? (c) É a capacidade de prever os acontecimentos futuros a principal função de um profeta?

A seguir, apresentaremos de forma resumida as principais funções delegadas por Deus aos Seus porta-vozes, os profetas:

1. Falar por Deus – A função principal de um profeta não é a de predizer acontecimentos futuros, mas, se colocar como um instrumento nas mãos de Deus a fim de se tornar Seu porta-voz. Ele deve dizer aquilo que Deus diria Se estivesse entre o povo, ou seja, comunicar Sua vontade em toda e qualquer circunstância. Em face às necessidades, os profetas deveriam trazer orientações pessoais, familiares, coletivas.

2. Revelar os planos de Deus – A Palavra de Deus nos mostra em Amós 3:7 que: “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas”. A revelação antecipada por Deus dos capítulos da história humana visa a fortalecer e encorajar o povo a fim de que se preparare para o enfrentamento dos desafios e possíveis crises. Tal função confere ao profeta certo grau de credibilidade, sobretudo quando suas predições se cumprem conforme a revelação divina. Podemos aferir as palavras do profeta de acordo com o princípio estabelecido por Moisés em Deuteronômio 18:22 que diz: “Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.”

3. Fortalecer e guiar os governantes – Em tempos de paz ou guerra, prosperidade ou adversidade, os líderes encontraram nas palavras dos profetas orientação, conforto e coragem para enfrentar os possíveis desafios. Infelizmente, muitos dos líderes não buscaram o auxílio divino, outros apenas rejeitaram os conselhos de Deus. É de se notar que os líderes sempre foram objeto do cuidado e atenção divinos e, no curso da história humana, Deus tomou todas as providências para ajudá-los em cada uma das circunstâncias vivenciadas. Sua intenção era orientá-los de tal maneira que não viessem a cometer erros, o que poderia comprometer todo o destino de uma geração de Seus filhos, proliferando assim a ação maléfica do pecado no mundo.

4. Encorajar o povo à fidelidade – Em nossa jornada cristã rumo ao Céu, Deus comunica palavras de encorajamento que nos trazem motivação para prosseguirmos com firmeza em nossa caminhada. Geralmente, palavras de encorajamento são acompanhadas de censura e reprovação; raramente são encontradas sozinhas. Em paralelo ao encorajamento, Deus estabelece novos caminhos a serem seguidos. Uma das principais tarefas dos profetas é a de encorajar o povo a permanecer firme à revelação divina e prosseguir rumo a novas conquistas.

5. Reprovar o pecado – Quer sua tarefa fosse reprovar a injustiça social, erradicar a idolatria, ou protestar contra a imoralidade, os profetas receberam poder adicional da parte de Deus para exercer esta tarefa com coragem e vigor. A voz de reprovação do profeta era a voz de reprovação de Deus a qual era pronunciada a despeito das consequências.

6. Ensinar o povo – Na essência da palavra, nem todos os profetas eram professores; no entanto, por meio de seus ensinamentos, o povo aprendia os princípios do reino de Deus. Eles tornaram esses princípios claros a toda a nação, estipulando sempre os parâmetros requeridos por Deus. Suas mensagens eram revestidas de uma linguagem didática, repleta de conselhos e instruções práticas. Além das funções acima citadas, podemos destacar ainda outras responsabilidades que eram pertinentes aos profetas. Em muitas circunstâncias, eles (a) agiram como consultores; (b) agiram como conselheiros; (c) pronunciaram juízos; (d) reprovaram o estado pecaminoso tanto em nível pessoal como coletivo; (f) operaram milagres, etc.

III. A função de Ellen G. White na IASD

O ministério de Ellen White e o surgimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia são inseparáveis. Tentar entender um sem o outro tornaria a ambos ininteligíveis e inexplicáveis.(3) Ellen White e a história da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em conceito e estrutura, são parte de uma mesma obra de arte em seus mais variados tons e matizes. Sua presença e participação se destacam em cada fase desde sua origem, crescimento e desenvolvimento da IASD durante seus setenta anos de ofício profético.

A influência que Ellen G. White exerceu e o papel que cumpriu na IASD podem ser resumidos em oito aspectos: (1) consultoria no desenvolvimento doutrinário; (2) salvar membros de fanatismo e falsos ensinos; (3) promover a organização da Igreja; (4) orientar a IASD frente aos problemas; (5) guiar os planos; (6) revelar os futuros eventos; (7) encorajar e auxiliar nos estudo das Escrituras e (8) guiar os membros no viver cristão.

Uma das declarações mais significativas que revela a importância funcional da vida e obra de Ellen G. White para a IASD, foi escrita por Uriah Smith numa das edições da Review and Herald em 1866.(4) Ao enfatizar o valor dos escritos dela, ele afirmou:

“Seus frutos revelam que a fonte da qual eles procedem é oposta ao mal. Eles tendem à mais pura moralidade. Desaprovam todo vício e exortam à prática de cada virtude. Apontam para os riscos e perigos que deveremos enfrentar em nossa caminhada para o reino eterno. Eles revelam os enganos de Satanás e nos advertem contra suas ciladas. Têm desarraigado todo tipo de fanatismo que o inimigo tem tentado inserir em nosso meio. Têm exposto perversidades secretas, tornado conhecido erros ocultos e lançado por terra os motivos nocivos dos mal intencionados. Eles têm protegido a causa da verdade contra as mãos perigosas. Eles têm nos edificado e re-edificado para mais íntima consagração a Deus, mais zelosos esforços por santidade de coração e maior diligência na causa e no serviço do nosso Mestre. Eles nos conduzem a Cristo... nos levam às Escrituras... têm trazido conforto e consolo a muitos corações, têm fortalecido o fraco, encorajado o abatido e levantado o desanimado. Eles têm trazido ordem em meio à confusão, endireitado terrenos encurvados, e lançado luz sobre o que era sombrio e obscuro.

V. Conclusão


Os profetas foram pessoas comuns como qualquer um de nós. Enfrentaram tentações, pecados, foram perseguidos, maltratados e, muitas vezes, mortos. Casaram-se, formaram famílias e educaram filhos. Foram pessoas que sofreram dores e sentimentos de tristeza pela dureza e impiedade dos seus concidadãos ao rejeitarem o registro da revelação divina comunicada por eles. Sentiram profunda mágoa e dor demonstrados por aqueles que recusaram seguir os caminhos do Senhor.

Mas, sob a liderança do Espírito Santo, os profetas fizeram todas as coisas conforme o plano estabelecido por Deus. Foram servos que ocuparam o lugar de Deus, falaram por Ele, agiram por Ele, e O representaram perante a humanidade.

Bibliografia

1. Jemison, T. H. A prophet among you, Mountain View, CA: Pacific Press Publishing Association, 1955, p. 33.
2. Idem, p. 34, 35.
3. Douglass, H. Mensageira do Senhor, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p. 28.
4. White, E.G. Review and Herald, 12 de junho de 1866.

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Trabalho dos Profetas - 13/02/2009 a 14/02/2009

Sexta, 13 de fevereiro

Opinião
Fé nos profetas


O trabalho dos profetasNesta semana, nos concentramos nos profetas, especialmente Ellen White e a diferença que sua obra faz em nossa vida como adventistas do sétimo dia. Em minha própria vida, a obra dos profetas é muito importante.

O Espírito de Profecia chama nossa atenção para o fato de que, “semelhantes a Coré e seus companheiros, muitos, mesmo dos professos seguidores de Cristo, estão a pensar, projetar e agir com tanta avidez pela exaltação própria que, para o fim de alcançar a simpatia e o apoio do povo, estão prontos a perverter a verdade, atraiçoando e caluniando os servos do Senhor” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 403, 404).

É por isso que somos chamados a estar no terreno dos santos que tiveram fé em Deus e em Seus mensageiros. Nossos atos devem refletir nossa crença e fé na obra dos profetas. Contudo, será que realmente cremos em seus escritos? A única maneira em que podemos responder a esta pergunta é agindo de acordo com as instruções de Cristo: “Se vocês Me amam, obedecerão aos Meus mandamentos” (Jo 14:15, NVI). Se sairmos dessa estrutura mental, perdemos o ponto principal: “Por que vocês Me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que Eu digo?” (Lc 6:46).

Em toda a nossa comunicação com Deus, uma coisa está clara: ou cremos no que Ele diz através dos profetas, ou não cremos. Se cremos que a obra dos reformadores é uma revelação de Deus, teremos a tendência de fazer o que Deus revelou através deles. Mas quando deixamos de dar ouvidos às instruções dos profetas, perdemos de vista todas as coisas importantes que Deus revelou através deles. E ambas as coisas serão demonstradas em nosso comportamento.

Concluindo, nossa fé nos profetas deve ser forte o suficiente para nos impedir de ser como as virgens insensatas sem óleo nas lâmpadas durante a grande recepção do noivo à meia-noite (Mt 25:1-13).

Pense nisto

1. Como seus atos na semana passada refletem a fé nos profetas?
2. De que forma podemos, como adventistas, convencer nossos amigos e as pessoas que não são da igreja sobre a importância dos profetas?

Dicas

1. Memorize passagens do Espírito de Profecia para fortalecer sua vida devocional diária.
2. Partilhe com alguém (um não-adventista) as coisas que você aprendeu ao ler o Espírito de Profecia, como, por exemplo, os conselhos de saúde.
3. Anote as mudanças de estilo de vida, tecnologia e eventos que ocorreram desde o tempo de Ellen White até o nosso tempo, à luz dos fatos encontrados em Mateus 24.

Samson Oguttu | Nairóbi, Quênia

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Trabalho dos Profetas - 12/02/2009 a 14/02/2009

Quinta, 12 de fevereiro
Aplicação
O teste da profecia


O trabalho dos profetas7. Quais são algumas das profecias da Bíblia que se cumpriram? Is 44:28; Jr 25:11; Dn 9:24-27

Cerca de 150 anos antes do tempo de Ciro, Isaías profetizou que um rei chamado Ciro faria retornar de Babilônia os judeus e permitiria a reconstrução do templo de Jerusalém. O cumprimento dessa profecia se encontra em Esdras 1:1-4. Jeremias predisse a duração do cativeiro babilônico; e Daniel predisse o tempo do aparecimento do Messias, quase seiscentos anos antes de Jesus nascer. E com relação à Ellen White, também podemos encontrar muitas de suas predições cumpridas. Por exemplo, em 12 de janeiro de 1861, três meses antes da erupção da Guerra Civil americana, a Sra. White recebeu uma visão. Ao sair dela, relatou o que vira e disse aos ouvintes: “Nesta casa, há homens que perderão seus filhos nessa guerra.” Pelo menos cinco famílias que estavam presentes naquele dia perderam os filhos na Guerra Civil. Em 1885, Ellen White predisse que o protestantismo estenderia os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra, ao espiritismo. Quando ela escreveu essas palavras, os protestantes e católicos viviam em guerra uns com os outros. Hoje a situação é bem diferente.

Como com qualquer outro profeta de Deus, devemos pôr a prova seus escritos de acordo com as seguintes diretrizes:

1. Consistência com a Palavra de Deus. Nenhuma mensagem profética pode satisfazer os padrões de Deus se não for consistente com Sua Palara. “As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 7).

2. A quantidade de verdade na mensagem. Leia 1 João 4:1. A diferença entre os profetas falsos e os verdadeiros é reconhecida pela quantidade de verdade no conteúdo de suas mensagens.

3. Uma visão tridimensional do tempo. A verdadeira profecia deve abarcar o tempo em três dimensões: o passado, o presente e o futuro. Ellen White escreveu: “À medida que o Espírito de Deus me ia revelando à mente as grandes verdades de Sua Palavra, e as cenas do passado e do futuro, era-me ordenado tornar conhecido a outros o que assim fora revelado” (Ibid.).

Rose Anyango |
Nairóbi, Quênia

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Trabalho dos Profetas - 11/02/2009 a 14/02/2009

Quarta, 11 de fevereiro

Evidência

A importância dos profetas


O trabalho dos profetas6. Quais foram algumas das formas pelas quais os profetas transmitiram as mensagens de Deus ao Seu povo? Nm 9:1-5; Jr 37:16, 17; Ez 4:1-6; Cl 4:16
Eles proclamavam as palavras de Deus em dis­cursos e também em entrevistas particulares. Frequentemente, os profetas recebiam a ordem de escrever as mensagens recebidas.

Quando Ellen Harmon (seu nome de solteira) recebeu a segunda visão, em dezembro de 1844, foi-lhe dito que devia contar aos outros o que lhe havia sido revelado. Logo cedo, em seu ministério, Ellen White também foi orientada a escrever as coisas que lhe tinham sido reveladas. Quando Ellen White morreu, deixou cerca de cem mil páginas de material publicado e inédito.

Ao apontar aos profetas sua obra, Deus nos mostra que valoriza os seres humanos o suficiente para escolher dentre eles mensageiros para representá-Lo. Isso, em si mesmo, é evidência suficiente para mostrar que não podemos dispensar o dom profético de nos ajudar a compreender a Bíblia e o plano da salvação. Ellen White escreveu: “É assim que Deus escolheu comunicar Sua verdade ao mundo através de pessoas, que Ele mesmo, pelo Seu Espírito, habilitou e autorizou para realizarem Sua obra. Ele guiou a mente na escolha do que dizer e escrever” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 7).

Podemos depositar nossas esperanças nas obras dos grandes pioneiros da igreja adventista do sétimo dia, que advogaram uma reforma religiosa e fizeram soar o alarme anunciando a segunda vinda de Cristo. Como um desses reformadores, Ellen White escreveu: “Século após século as advertências que Deus enviou ao mundo por Seus servos foram recebidas com igual incredulidade e descrença. ... Cristo declara que existirá idêntica incredulidade no tocante à Sua segunda vinda. Como os contemporâneos de Noé não o conheceram, ‘até que veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também’, nas palavras de nosso Salvador. ‘a vinda do Filho do homem’. Mt 24:39(Ibid., p. 337, 338).

Quanto à perigosa união entre Igreja e Estado, ela escreveu: “Quando o professo povo de Deus se estiver unindo com o mundo, vivendo como vivem os do mundo, e com eles gozando de prazeres proibidos; quando o luxo do mundo se tornar o luxo da igreja; quando os sinos para casamentos estiverem a tocar, e todos olharem para o futuro esperando muitos anos de prosperidade temporal, subitamente então, como dos céus fulgura o relâmpago, virá o fim de suas resplendentes visões e esperanças ilusórias” (Ibid., p. 338, 339).

Em nossos dias, o dom profético de Ellen White fala dos perigos e apostasia da Igreja. Vemos isso cumprido diante de nossos olhos, enquanto muitas igrejas protestantes optam por um acordo com os católicos em vários assuntos. Como adventistas atuais, devemos permanecer firmes, tanto como indivíduos quanto como igreja, no que diz respeito a tudo o que os profetas disseram quanto a esses assuntos.

Nobert Kurema | Thika, Quênia

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Trabalho dos Profetas - 10/02/2009 a 14/02/2009

Terça, 10 de fevereiro

Testemunho

Pergunta e resposta


O trabalho dos profetas4. Quais foram alguns dos males contra os quais os profetas falaram, e que paralelos você vê em nossos próprios dias? 1Rs 18:21; Is 1:10-14; Am 5:12; Ml 3:8-10; Mt 3:7-10
5. Como Ellen White lidava com mensagens de reprovação às pessoas?

Como os antigos profetas, Ellen White teve que reprovar pecados que somente Deus e aquele que os cometera conheciam. Era um trabalho que ela não apreciava.

Nascida em 1827, Ellen White se casou cedo, e experimentou os problemas da formação de uma família, muitas viagens, pregações e dedicação a seus escritos. Apesar dessas circunstâncias, ela se destacou como uma das melhores escritoras que o mundo produziu. Seus livros, escritos com clareza, força e beleza de expressão, são notórios por seu profundo discernimento intelectual e espiritual. O raro discernimento de Ellen G. White e a maneira persuasiva com que ela apresentou seu assunto têm levado muitos à conclusão de que sua mente foi guiada pelo Espírito de Deus.

Ela viveu numa época de grande ignorância em psicologia, higiene e nutrição. Tomou a dianteira em conclamar a reformas, a maioria das quais, como agora é geralmente aceito, resultaram em melhor saúde e vida mais longa para os seres humanos. A sã filosofia que ela apresentou em seus escritos e em suas pregações está agora cristalizada num sistema mundial de instituições médicas, conhecidas pelos mais altos padrões de prática médica. Suas publicações na área de educação têm sido aclamadas por destacados educadores como estando cinquenta anos à frente de seu tempo.

Por causa de seus escritos e sua disposição para partilhar as mensagens que Deus lhe deu, Ellen White é considerada uma das fundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela escreveu: “Antes que o pecado entrasse no mundo, Adão vivia em plena comunhão com seu Criador. Porém, desde que o homem se separou de Deus pela transgressão, a humanidade ficou sem esse alto privilégio. Pelo plano da redenção, entretanto, abriu-se um caminho mediante o qual os habitantes da Terra podem ainda ter ligação com o Céu. Deus Se tem comunicado com os homens mediante o Seu Espírito; e a luz divina tem sido comunicada ao mundo pelas revelações feitas a Seus servos escolhidos” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 7).

Todos os profetas de Deus estão em perfeita harmonia com Sua Palavra. Para mostrar que ela dependia plenamente do padrão de Deus para transmitir suas mensagens, ela escreveu: “O testemunho é transmitido mediante a imperfeita expressão da linguagem humana, conservando todavia o seu caráter de testemunho de Deus, no qual o crente submisso descobre a virtude divina, superabundante em graça e verdade” (Ibid.).

Saline Khavetsa | Ndhiwa, Quênia

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Trabalho dos Profetas - 09/02/2009 a 14/02/2009

Segunda, 9 de fevereiro

Exposição

Deveres de um profeta

O trabalho dos profetas3. Jesus comissionou Paulo e os Doze, alguns dos quais também tiveram o dom profético, para liderar e guiar a primeira igreja cristã. Quais foram algumas das áreas específicas em que Paulo e os apóstolos deram conselho e direção para a Igreja? At 6:1-7; 1Co 5:1-5; 7:10-16; Tt 1:5; 1Jo 4:1-3

Os líderes da primeira igreja enfrentaram muitos problemas. Questões de imoralidade, apostasia, organização da igreja e uma hoste de outros assuntos ocupavam o tempo e a atenção da primeira igreja. Os profetas e apóstolos dirigiram e guiaram o povo de Deus conforme a vontade revelada do Senhor.

Os primeiros dias de nossa igreja também foram de lutas específicas. Durante os primeiros vinte anos, não havia organização da Igreja, e também não havia um ministério assalariado; os pregadores trabalhavam em outros empregos para ganhar a vida. Além disso, os edifícios da igreja e a editora Review and Herald estavam em nome de parti­culares, o que criava o potencial de muitos problemas. Por anos, Tiago White insistiu na organização, mas com pouco sucesso.

Um chamado para a mudança (Mt 3:7-10). Frequentemente, para que uma pessoa seja bem-sucedida, é necessário uma mudança de atitude. Lembro-me de quão difícil era, para mim, ajudar as pessoas a mudar de opinião, pois criam que seu modo de vida era o melhor. Na esfera espiritual existe o mesmo problema. João Batista foi um profeta que insistiu numa mudança como preparo para a vinda do Senhor Jesus Cristo. No cumprimento de seu dever, ele experimentou muitos problemas e andou longas distâncias a fim de chamar as pessoas ao arrependimento e ao batismo. Em alguns casos, as pessoas não responderam positivamente; outras não estavam prontas a deixar seu modo de vida anterior.

Ellen White não foi exceção na luta pela mudança na causa de Cristo. Ela escreveu: “À medida que o Espírito de Deus me ia revelando à mente as grandes verdades de Sua Palavra, e as cenas do passado e do futuro, era-me ordenado tornar conhecido a outros o que assim fora revelado – delineando a história do conflito nas eras passadas, e especialmente apresentando-a de tal maneira a lançar luz sobre a luta do futuro, em rápida aproximação” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 9).

Ao lançar luz sobre a Palavra de Deus, os profetas (mensageiros de Deus) dependiam da própria Bíblia. Ao enfrentar desafios, recebiam poder do Céu. Leia a história de Estêvão em Atos 6:8-7:60.

Indômita fé e coragem (Gn 22:1-14). A Palavra de Deus é consistente do princípio ao fim. Desde o tempo dos profetas, a História pode revelar que, quando confiamos no Espírito Santo para iluminar nosso coração, podemos discernir as grandes verdades do Sagrado Livro de Deus. Alguém pode perguntar: “Depois de ter ficado sem filhos tanto tempo, o que levou Abraão a dar seu único filho em sacrifício ao Senhor?”

Todos nós acharíamos impossível oferecer um filho querido em sacrifício ao nosso Salvador. Mas Abraão entregou seu caminho ao Senhor, crendo que Ele mesmo proveria o cordeiro. A fim de entregar nossos planos e caminhos ao Senhor, precisamos da ajuda do Espírito Santo para dar-nos fé (Jo 14:26). O mundo de hoje necessita desse tipo de fé: que se apodera das promessas da Palavra de Deus e se recusa a desistir até que o Céu nos ouça. Fé como essa nos liga a Deus e nos fortalece para enfrentar os poderes das trevas. Por meio da fé, os filhos de Deus “subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada” (Hb 11:33, 34). Como no caso de Abraão e de uma das fundadoras de nossa igreja, Ellen White, somos chamados a esperar no Senhor para que Ele providencie os meios de suster Sua causa. A obra dos mensageiros do Senhor é provada pela qualidade de fé que eles têm para suportar as provas de fogo, que são parte integrante do processo de salvação.

União entre Igreja e Estado (Ap 13). Qualquer união entre Igreja e Estado acabará ofuscando a Palavra de Deus. A Bíblia nos adverte sobre isso em Apocalipse 13. Ellen White escreveu: “Quando quer que a Igreja tenha obtido o poder secular, empregou-o para punir a discordância às suas doutrinas. As igrejas protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a liberdade de consciência” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 443).

Como adventistas do sétimo dia, à espera da segunda vinda de Cristo, devemos estar sempre atentos a entidades aparentemente inofensivas, mesmo às de outras igrejas que desejam unir as mãos às de políticos em seus esforços para persuadir os governos a promulgar leis específicas. Novamente, do punho de Ellen White, lemos o seguinte: “Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a imagem à besta. A Escritura Sagrada declara que, antes da vinda do Senhor, existirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros séculos” (Ibid., p. 444).

Ao nos aproximarmos cada vez mais do fim do tempo, é importante que demos ouvidos às mensagens que nos foram dadas através dos muitos profetas de Deus, incluindo Ellen White.

Pense nisto

1. Considere alguns dos argumentos que as pessoas estão usando em favor de uma união entre a Igreja e o Estado. Como você respeitosamente discordaria deles?
2. Considere sua vida nos últimos anos. Como a Palavra de Deus, dada através de Seus profetas, tem guiado você?

Alice Adhiambo | Homa-Bay, Quênia

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Trabalho dos Profetas - 08/02/2009 a 14/02/2009

O TRABALHO DOS PROFETAS

O Trabalho dos profetas
“O Senhor usou um profeta para tirar Israel do Egito, e por meio de um profeta cuidou dele” (Os 12:13, NVI).

Prévia da semana: Os profetas cumpriam várias funções, inclusive a de proclamar o evangelho, dar direção divina, corrigir o pecado e predizer o futuro, de forma que o povo de Deus entenda e aceite Seu plano de redenção para a raça humana.

Domingo, 8 de fevereiro

Introdução Onde há visão

1. No Antigo Testamento, onde encontramos o evangelho da salvação? Gn 22:1-14; Lv 4:27-31; Is 53

2. A pregação do evangelho no Novo Testamento é diferente da proclamação da salvação no Antigo Testamento? Jo 1:29; Rm 3:21-26
Enquanto o povo do Antigo Testamento esperava pela fé o Messias que ainda viria, o Novo Testamento olha para o passado, a salvação realizada através de Jesus Cristo. O mesmo se dá com os escritos de Ellen White, em que encontramos mais de oito mil referências ao evangelho e cerca de seis mil referências específicas a Jesus Cristo e Seu sacrifício na cruz.

Imagine um tempo num passado muito distante, no século oito a.C., em que Judá estava no meio de um fogo cruzado entre a imoralidade religiosa e a esperança de uma nova vida. A área, que era grandemente povoada e cheia de recursos e de vida, podia ser comparada a uma das melhores cidades do mundo hoje. Com suas esplêndidas inovações tecnológicas, a vida melhorou muito. Contudo, a apostasia estava profundamente entrincheirada, e sob o guarda-chuva da adoração, as pessoas estavam satisfazendo suas necessidades pessoais. Nesse estado de desobediência a Deus e falta de confiança nEle, as pessoas eram esmagadas em exílio e desespero e, à medida que a economia se tornava cada vez mais distorcida, o abismo entre os ricos e os pobres começava a se alargar.

Deus, contudo, olhou com piedade para Seus filhos. Revelou-lhes Sua vontade. Foi elaborado um plano que afirmasse a justiça e a observância do sábado. A oração e a fidelidade transformariam a vida dos sofredores habitantes de Judá. Esse plano era uma luz que ia além da hora mais escura para as vítimas da opressão.

Como Deus deu a mensagem de boa vontade ao povo sofredor de Judá? Ele escolheu Isaías para dar a mensagem de esperança e nova vida. A princípio, parecia uma tarefa completamente impossível para o profeta. Como se pode dizer às pessoas, olhando-as de frente, que elas precisam abandonar seus pecados para que a vida mude para melhor? Mas Deus ungiu Isaías para essa tarefa específica muito tempo antes. Em meio a grandes desvantagens, Isaías perseverou em cumprir seu compromisso com o Senhor. E, como no caso de muitos de seus colegas profetas, sua vida nunca foi fácil. Ele suportou muitos assaltos que Satanás sempre inflige ao povo escolhido. Mas, de maneira geral, o livramento do povo de Judá ocorreu como resultado da intervenção de Deus por meio de uma pessoa escolhida.

Nesta semana, estamos examinando a vida de Ellen White como mensageira de Deus, e como sua obra foi paralela à dos profetas bíblicos como, por exemplo, Isaías.

Florence Kurema | Ndhiwa, Quênia

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