sábado, 23 de agosto de 2008

Da Loucura para a fé "O Apóstolo Pedro " (I) - RESUMO SEMANAL DE 17/08/2008 A 23/08/2008

Da Loucura para a fé "O Apóstolo Pedro " (I)

RESUMO SEMANAL DE 17/08/2008 a 23/08/2008

Pr. Arilton C. de Oliveira
Diretor de Ministérios Pessoais e Escola Sabatina
União Este-Brasileira


Introdução
I. Pedro nos evangelhos
II. Pedro em Atos
III. Pedro nas epístolas
Conclusão

INTRODUÇÃO

Dos 148 papas sepultados debaixo da Basílica de São Pedro, em Roma, sendo os dois últimos João Paulo I (1978) e João Paulo II (2005), Pedro ocupa um lugar de preeminência e sua sepultura é a mais importante e mais bem guardada. Sem dúvida, isto mostra a posição de destaque dada a este apóstolo.

Mas, qual é a história do humilde pescador de Betsaida (“casa de pesca” ou “cidade dos pescadores”)? O que existe em Pedro que chama tanto nossa atenção? Poderia ser que muitas vezes nos identifiquemos com ele? Seria possível que seus sentimentos muitas vezes reflitam os nossos?

Nesta semana, estudaremos a primeira parte da vida de Pedro (na próxima semana, a segunda). Através de sua história, aprenderemos como as emoções podem influenciar nossa vida cristã.

I) PEDRO NOS EVANGELHOS

a) Pedro e seu chamado

Os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) traçam um perfil magnífico do apóstolo. Quando Jesus o chamou para o discipulado, Pedro era casado (Mt 8:14; 1Co 9:5) e vivia com a esposa e a sogra na cidade de Cafarnaum. Era irmão de André (outro discípulo), e ambos ganhavam a vida como pescadores.

A Bíblia apresenta o nome de Pedro 157 vezes. Na primeira menção, vemos o chamado de Cristo (Mt 4:18). Pedro foi o primeiro dos 12 a ser chamado. E ele respondeu imediatamente.

Reflexão: Como foi o seu chamado por Cristo? Você respondeu imediatamente? Qual foi o custo?

Os evangelhos apresentam um Pedro insensato:

1. Mt 14:22 – Pedro andou sobre as águas e depois afundou;
2. Mt 26:36 – Dormiu no Getsêmani enquanto deveria ter orado;
3. Mc 14:29 – Prometeu nunca se escandalizar, mas negou Jesus;
4. Jo 18:10,11 – Cortou a orelha de um servo do sumo-sacerdote (Malco) e atuou em outros episódios.

Por três anos e meio, Jesus Se dedicou ao convívio, ao ensino, a estar com os discípulos e, dessa forma, ensinar-lhes os segredos do reino.

Mas, parece que este tempo não foi suficiente para conceder a Pedro uma visão correta do Messias e Sua obra. Pedro, a exemplo dos judeus de seu tempo, esperava um messias militar, que viesse para depor o império romano e colocar os judeus mais uma vez no poder.

Por outro lado, Jesus começou a falar de um reino espiritual estabelecido pelo amor, perdão e justiça.

b) Pedro no círculo íntimo de Jesus

Pedro pertencia ao círculo íntimo de discípulos de Cristo com o qual Ele dividiu experiências, emoções e informações. Em várias ocasiões, o registro sagrado aponta para este grupo seleto:

1. A cura da filha de Jairo
2. O monte da transfiguração
3. O Getsêmani, etc.

A queda de Pedro foi gradual:

1. Confiou em si mesmo (Mc 14:31). Ellen G. White escreveu: “Pedro caiu porque não conhecia a própria fraqueza. Julgava-se forte... Foi a confiança em si mesmo que o levou a cair”. The Youth's Instructor, 15 de dezembro de 1898.
2. Ele seguiu Jesus de longe (Lc 22:54). Infelizmente, suas palavras eram vazias. Quando chegou a hora da verdade, ele foi vencido. Muitos estão seguindo Jesus desta maneira. Veja o que diz Jesus: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim” (Mt 15:8).
3. Ele se misturou entre o povo (Lc 22:55; Jo 18:18). Pedro foi se aquecer perto de uma fogueira onde estavam alguns soldados e outras pessoas. O salmista diz: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1).

Reflexão: O que de fato aconteceu? Que evento foi o “divisor de águas” na experiência deste discípulo? Resposta: Foi o olhar de Jesus (Lc 22:61, 62).

“Mas mesmo enquanto Pedro O negava, Cristo mostrou que ainda o amava. Na sala do julgamento, cercado por aqueles que clamavam por Sua vida, Jesus pensou em Seu sofredor e errante discípulo e, voltando-Se, olhou para ele.

Naquele olhar, Pedro leu o amor e a compaixão do Salvador, e uma torrente de recordações invadiu sua mente. ... Viu que estava fazendo exatamente aquilo que havia declarado que não faria. ... Olhou uma vez mais para o Mestre, e viu sacrílega mão levantada para Lhe bater na face. Incapaz de suportar por mais tempo a cena, precipitou-se, coração quebrantado, para fora da sala”. Manuscrito 115, 1902.

“O olhar de dor e tristeza que Jesus lançou a Pedro não era um olhar sem esperança; quebrantou o coração de Pedro, que negara a seu Senhor... Mas o discípulo se converteu...” (Ibid.).

De volta ao Getsêmani

“E avançou, pela solidão e treva, sem saber nem cuidar para onde. Encontrou-se, enfim, no Getsêmani. A cena de poucas horas antes acudiu-lhe vivamente à memória. Pensou em como o Salvador, durante Sua agonia no jardim, viera em busca de simpatia e conforto por parte daqueles que tão intimamente ligados haviam estado com Ele no trabalho. ... No próprio lugar em que Jesus derramara o coração em agonia perante o Pai, Pedro caiu sobre o rosto e desejou morrer... Pedro foi um homem melhor depois de sua queda. ... Assim como o fogo purifica o ouro, também Cristo purifica Seu povo pela tentação e prova” (Ibid.)

II) PEDRO NO LIVRO DE ATOS

Se nos evangelhos é notória a figura do pescador tão discutido, ora vitorioso, ora derrotado, a prefigurar-nos como cristãos comuns, em Atos, encontramos Pedro a projetar uma nova imagem: a do anão que virou gigante.

Pedro anão: Tipificando sua relativa pequenez, nos evangelhos, face a tantas fraquezas, quedas, instabilidades, medo, covardia e omissões.

Pedro gigante: Tipificando sua relativa pujança, face a tantos arroubos de coragem, pronunciamentos, ações, segurança, testemunho, não somente para o minúsculo mundo social que o rodeava, mas para a eternidade da história. (Celso A. S. Barbosa, Pedro de Betsaida. p. 107).

A partir do livro de Atos, temos a história de um novo Pedro.

Aquele Pedro impetuoso, presunçoso, propenso a violência, deu lugar ao poderoso pregador e missionário. Por sua submissão a Cristo, ele se tornou uma testemunha poderosa do Senhor. Passou a ser o Pedro cuja virtude fluía tão poderosamente que as pessoas eram curadas pelo simples fato de ser tocadas por sua sombra.

Apesar de seus erros e quedas, o Senhor o usou de maneira maravilhosa.

1:15 – Ele propôs a escolha de um novo apóstolo para o lugar de Judas;
2:14 – Ele pregou no Pentecostes e quase três mil se converteram;
3:1 – Curou um homem coxo havia mais de 40 anos;
4:8 – Cheio do Espírito Santo, deu testemunho diante do Sinédrio;
5:3 – Pronunciou a sentença de morte contra Ananias e Safira;
5:15 – Sua sombra curava os enfermos;
9:34 – Curou um paralítico chamado Enéias;
9:40 – Ressuscitou Dorcas;
10 – Converteu toda a casa de Cornélio;
12:7 – Um anjo o livrou da prisão, etc.

III) PEDRO NAS EPÍSTOLAS

Jesus apareceu várias vezes aos discípulos após Sua ressurreição. A terceira vez aparição ocorreu junto ao mar de Tiberíades. A mensagem de Jesus para Pedro foi clara: “apascenta as Minhas ovelhas”. Esta missão Pedro desempenhou em dois momentos: pessoalmente, em seu ministério, e por toda a história da igreja cristã, através de suas duas cartas.

Ao escrever estas cartas, Pedro obedeceu a duas ordens específicas dadas por Jesus.

1. Animar e fortalecer os irmãos (Lc 22:32).
2. Alimentar o rebanho de Deus (Jo 21:15-17).

As cartas de Pedro levam a seu destinatário a emoção profunda do conforto nos momentos difíceis. São marcadas com mensagens que emocionam, porque foram endereçadas a pessoas que experimentavam a realidade do sofrimento.

Ao analisarmos sua primeira carta, vemos que o apóstolo escreveu o que poderia se chamar de uma carta circular dirigida “aos expatriados da dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”. Estas cinco regiões incluíam quase tudo o que hoje chamamos de Ásia Menor.

Pedro, como missionário enviado a eles (Gl 2:9), tinha um interesse especial nos judeus; mas não limitava suas saudações e instruções ao grupo minoritário dessas igrejas. Isso fica evidente pela declaração de que seus leitores em outro tempo não tinham sido “o povo de Deus”, e que eram idólatras convertidos (1Pe 2:10 ; 4:3-4). O apóstolo, que foi o primeiro a batizar gentios e defender sua condição de igualdade com os demais na igreja, sem dúvida considerava a todos os cristãos, tanto de origem judia como gentílica, como unidos em Cristo, e não fazia distinções ao se dirigir a eles. (Fonte: SDABC).

Ao escrever suas epístolas, Pedro tinha um propósito pastoral. Falou do perigo de perseguições e tempos de prova para a igreja. Pedro tentou fortalecer a fé de seus leitores, exortou-os a uma conduta exemplar, a testemunhar lealmente por Cristo e a se prepararem devidamente para o encontro com seu Senhor. E para ajudá-los a atingir estas metas, incluiu conselhos específicos para os criados (cap. 2:18), as esposas (cap. 3:1-6) os maridos (cap. 3:7), os anciões (cap. 5:1-4) e os membros mais jovens da igreja (cap. 5:5-9) (Ibid.).

Através de toda a carta se vinculam um terno espírito com firme sentido de liderança, ambos santificados mediante um elevado conceito de Cristo.

CONCLUSÃO

Ao recapitularmos a história deste tremendo apóstolo, notamos uma clara divisão em sua vida: antes e depois do olhar de Jesus. O olhar do Mestre mudou tudo. É maravilhoso sabermos que tudo o que Cristo fez por Pedro, também está disposto a fazer por nós, hoje. A mesma oração que Cristo proferiu por Pedro, Ele a faz por todos os Seus seguidores de hoje.

“Muitos hoje se encontram onde Pedro esteve quando, autoconfiante, declarou que não negaria seu Senhor. E por serem auto-suficientes, caem presa fácil dos ardis de Satanás. Aqueles que conhecem sua fraqueza, confiam num poder mais alto do que o seu. E enquanto buscam a Deus, Satanás não tem poder contra eles” (Manuscrito 115, 1902).

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Da Insensatez à Fé: O Apóstolo Pedro - 22/08/2008 a 23/08/2008

Sexta, 22 de agosto

Opinião
Renuncie ao eu


Olho no espelho, mas em vez de ver a mim mesma, vejo Pedro. Diferentemente de Pedro, porém, nasci e cresci num lar adventista. Como Pedro, quando tive idade suficiente ouvi o chamado de Deus e O segui. Eu também queria ser pescadora de homens.

Quando olhamos para Pedro, a maioria de nós percebe que ele lutava com seu cristianismo, gabando-se de sua fé, mas não vivendo à altura dela. E é por isso que a história da vida de Pedro é significativa para mim. Minha experiência com Cristo tem sido semelhante, um curso flutuante de altos e baixos. Em numerosas ocasiões eu disse a mim mesma e a Deus que iria fazer isso ou aquilo, e logo depois falhei. Como Pedro, geralmente sou sincera quando faço essas promessas. Então, qual é o problema? Autoconfiança.

Conquanto possamos ter intenções puras e justas de fazer o que é certo, se tentarmos fazê-lo por nós mesmos, fracassaremos. Acredito que Pedro foi sincero quando declarou sua entrega a Jesus, dizendo: “Eu nunca vou dizer que não O conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o Senhor!” (Mc 14:31). Ele foi sincero em cada palavra, mas quando a situação se apresentou, fez justamente o oposto.

Quantos de nós agimos de maneira idêntica, fazendo promessas a Deus, mas quebrando-as repetidamente? Pedro caiu, mas algum tempo depois compreendeu que seu sucesso como cristão requeria que ele desistisse de confiar em si mesmo e dependesse de Cristo como sua única fonte de força e, portanto, de sucesso. Quando ele entregou a vida plenamente a Cristo, ao poder do Espírito Santo, verdadeiramente começou a trabalhar para Deus (At 2:41).

Essa é também nossa esperança e a chave de nosso sucesso. O Salmo 37:5 nos diz: “Entregue o seu caminho ao Senhor, confie nEle e Ele agirá” (NVI). Ellen White escreveu: “O obreiro humilde, que obedientemente responde ao apelo de Deus, pode estar certo de que receberá a assistência divina. Aceitar responsabilidade tão grande e sagrada, por si só eleva o caráter” (Ellen G. White, Serviço Cristão, p. 100).

Se escolhermos ser como Pedro em seus primeiros dias de confiança em si mesmo, certamente fracassaremos. Mas, se confiarmos na graça e poder de Deus através da habitação de Seu Espírito, o Céu será nossa recompensa.

Dicas
1. Recapitule as cenas finais da crucifixão de Jesus encontradas em Mateus 26 e 27, Marcos 14 e 15, Lucas 22 e 23, e João 18 e 19. Calcule o número de versos que mencionam a traição de Pedro em contraste com a silenciosa traição dos outros discípulos. Por que Pedro é tão proeminentemente retratado?
2. Leia João 21:15-19. Escreva dois parágrafos para completar a seguinte declaração: “Se Deus me perguntasse se eu O amo ou não, é assim que eu responderia...”
3. Contate um asilo e faça planos de visitar pacientes idosos que raramente recebem visitas.
4. Organize uma reunião de pequeno grupo com o tema “Segundas Chances”, e encoraje os participantes a darem seu testemunho.

Ashley A. Massicotte Gomier, Dominica

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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Da Insensatez à Fé: O Apóstolo Pedro - 21/08/2008 a 23/08/2008

Quinta, 21 de agosto

Aplicação
Confiando nas promessas

Quando Jesus disse a Pedro: “Apascenta as Minhas ovelhas”, sem dúvida, o desencorajado pescador não tinha idéia do que estava por vir, nem do papel que teria na igreja do Senhor. Embora vejamos, em Atos, Pedro cumprindo essa ordem, podemos ver também esse papel no fato de que o mesmo Pedro foi autor de duas Epístolas, assim “apascentando as ovelhas”, não só em seu tempo, mas por toda a história da Igreja.

7. Escolha qualquer capítulo, de qualquer uma das epístolas de Pedro. Leia-o do início ao fim, ore e tente imaginar o caráter da pessoa que o escreveu. O que você pode aprender sobre o novo Pedro de que você leu nesse capítulo?

Como seres humanos, às vezes somos rápidos em insistir em algo, porém mais tarde fazemos justamente o oposto. Pedro era assim. Mas Deus deseja que sejamos consistentes, que cumpramos as promessas que fazemos a Ele. A fé que Pedro teve no poder de Deus para salvar se fortaleceu com o passar dos anos, até que ele tivesse provado sem sombra de dúvidas seu amor por Cristo.

Desde sua reintegração após sua negação de Cristo, Pedro enfrentou destemidamente o perigo e mostrou nobre coragem ao pregar um Salvador crucificado, ressurreto e que subiu aos Céus. Por nós mesmos, somos fracos.

Precisamos das promessas de Deus para nos manter fortes. A razão pela qual Deus dá Suas promessas na Bíblia é nos mostrar que Ele é capaz de cumpri-las. Ele é um Deus que tudo sabe, e não só está disposto a salvar-nos como é capaz de fazê-lo.

Eis aqui alguns passos sobre como você pode ajudar outros a confiar nas promessas de Deus:
1. Santifique a Deus em seu coração (1Pe 3:15). Santificar a Deus no coração torna mais fácil para nós a comunicação com outros, o falarmos a eles sobre Deus e a segunda vinda de Cristo. Qualquer pessoa que tenha Deus no coração vai, com certeza, ganhar pessoas para Ele.
2. Ajude outros a lançar suas ansiedades sobre Ele (1Pe 5:7). Deus é o maior solucionador de problemas. Só Ele pode lidar com todos os problemas que enfrentamos. Ajudar outros a entregarem seus problemas a Deus os capacita a confiar em Suas promessas.
3. Vigie em oração (1Pe 4:7). A oração é o que nos mantém ligados a Deus, e estar ligados a Ele torna mais fácil para nós confiarmos em Suas promessas. Precisamos nos lembrar de orar sempre e de ajudar outros que são fracos a se tornarem fortes.

Vernell Henderson Tarreau | St. Joseph, Dominica

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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Da Insensatez à Fé: O Apóstolo Pedro - 20/08/2008 a 23/08/2008

Quarta, 20 de agosto

Testemunho
Instrumentos do refinador


5. O que Jesus disse a Pedro no encontro da Galiléia? Jo 21:14-19. Considerando o passado de Pedro, por que essa declaração é tão surpreendente?

“Apascenta as Minhas ovelhas.” Foi exatamente isso que Pedro passou a fazer. Que testemunho poderoso do que Deus pode fazer na vida de alguém dedicado a Ele! O Pedro fogoso, impetuoso, agora assumiu um papel-chave na formação da primeira igreja.

6. Examine os textos a seguir. O que eles nos dizem sobre o papel e o trabalho de Pedro? At 2:14-40; At 3; At 5:1-11

Sempre tenho um arrepio quando me lembro de 30 de setembro de 1999. Foi o dia em que recebi o diagnóstico de que estava com uma infecção nos brônquios. Tive que me afastar do ensino médio por um período de oito meses para fazer tratamento. “O que está acontecendo comigo?”, questionei. Eu tinha acabado de ser admitido na escola e agora teria que sair. Meu mundo estava desmoronando.

Foi então que alguém leu 1 Pedro 1:7 para mim: “A fé que vocês têm, que vale muito mais do que o ouro, precisa ser provada para que continue firme. E assim vocês receberão aprovação, glória e honra, no dia em que Jesus Cristo for revelado.”

Creio que era justamente isso o que Pedro tinha em mente, quando nos últimos anos de seu ministério foi inspirado a escrever aos crentes dispersos pelo Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia.

“Suas epístolas foram o meio de reavivar o ânimo e fortalecer a fé daqueles que estavam sofrendo provas e aflições, e de renovar as boas obras dos que, assediados por tentações de toda ordem, estavam em perigo de perder seu apego a Deus” (Ellen G. White, Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 353).

Na verdade, “essas cartas levam a impressão de terem sido escritas por alguém em quem os sofrimentos de Cristo, bem como Sua consolação, tinham sido abundantes; alguém cujo ser todo tinha sido transformado pela graça, e cuja esperança de vida eterna era certa e firme” (Ibid.).

Pedro nos assegura que “o cuidado de Deus por Sua herança é incessante. Ele não permite que sobrevenha a Seus filhos nenhuma aflição que não seja essencial ao seu bem presente e eterno. ... Tudo quanto Ele faz recair sobre Seu povo como provas, vem para que [os fiéis] alcancem mais profunda piedade e maior força para levar avante os triunfos da Cruz” (Ibid., p. 354).

Ellen White ainda admoesta que “todos devem saber que isto constitui uma parte da disciplina na escola de Cristo, a qual é necessária para os purificar e desembaraçá-los das escórias deste mundo” (Ellen G. White, A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 79).

Portanto, as provas nos preparam para a segura herança na Nova Terra. Que outra coisa constitui nossa esperança, se não isso?

Bless Tsatsu Kupualor | Accra, Gana

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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Da Insensatez à Fé: O Apóstolo Pedro - 19/08/2008 a 23/08/2008

Terça, 19 de agosto

Exposição
Zelo mal orientado?

4. Que mudança ocorreu na mente de Pedro no decorrer da discussão do ministério do Messias em Cesaréia de Filipe? Mt 16:13-26. Que lição básica Jesus estava buscando ensinar aos discípulos?

Embora Pedro houvesse declarado que Jesus era o Messias, o Cristo, ele tinha uma falsa compreensão do que isso significava. Cria que o Messias viria da linhagem de Davi e subverteria os romanos, trazendo justiça e paz. No entanto, Jesus ensinou claramente aos discípulos e às multidões que o reino de Deus é espiritual. Não seria estabelecido pela força da espada e punhal, mas pelo amor, perdão e justiça.

Pedro, o homem (Lc 5:8). Quando criança, eu via Pedro como aquele discípulo impetuoso com zelo mal orientado. Contudo, ele deve ter sido um homem devoto, pois deixou tudo para seguir a Jesus (Lc 5:11).

Pedro também deve ter sido um homem de entrega absoluta. Quando Jesus lhe disse: “Leve o barco para um lugar onde o lago é bem fundo” (Lc 5:4), ele o fez, embora soubesse que, após labutar toda a noite, não deveria haver peixes ali.

Além disso, ele deve ter sido um homem de grande fé, pois quando viu Cristo andando sobre a água, suplicou que o Senhor o deixasse ir até Ele, e então, à ordem de Cristo, saiu do barco e andou sobre a água (Mt 14:28, 29).

O Pedro proléptico (Jo 1:42; At 2:14-40). Pedro estava entre o primeiro grupo de discípulos a seguirem Jesus. Seu irmão André o apresentou a Cristo. Daí em diante, Jesus foi seu Senhor. “Os olhos de Jesus pousaram nele, lendo-lhe o caráter e a história. Sua natureza impulsiva, o coração amorável e compassivo, a ambição e confiança próprias, a história de sua queda e arrependimento, seus labores e a morte de mártir – o Salvador leu tudo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 139).

Pedro foi o poderoso líder da igreja primitiva no momento em que Cristo o viu, embora, em relação ao próprio Pedro, este fosse um personagem que nasceria no futuro.

O Pedro progressivo (Lc 22:31, 32). Em nossa sociedade instantânea, ninguém mais está interessado no processo. A solução é colocar um curativo pronto. Alguns vão dizer que “tempo é dinheiro”. Jesus, contudo, entendeu muito bem que o processo de conversão leva tempo. Esperamos que os recém-conversos irão se transformar automaticamente em santos no momento em que saírem das águas batismais. Mas Cristo tranqüilizou Seu impulsivo discípulo com estas palavras: “Quando você tiver voltado para Mim, fortaleça os seus irmãos” (Lc 22:32, New King James Version).

O Pedro poderoso (Lc 22:31, 32; At 3; 5:1-11; 1Pe; 2Pe). Somente em Cristo alcançamos nosso pleno potencial. Só depois do cantar do galo Pedro compreendeu que o eu precisa estar escondido em Cristo a fim de obtermos a vitória. O fato de ter reconhecido seu ponto fraco o capacitou a se ligar ao poder que vem somente de Jesus Cristo.

“A grande idéia do evangelho é fraqueza, e isso o torna boas-novas para nós que somos terrivelmente saudáveis, felizes ou santos. Os líderes de Deus, que são servos, devem chamar o povo de Deus ao arrependimento e à fé. E que melhor maneira há para Deus fazer isso do que primeiro transformar os líderes, que são as pessoas que precisam de mais graça do que aqueles que eles ensinam, encorajam e orientam?”1

Outro escritor disse: “Quanto mais honesto você é, mais da graça de Deus você obtém.”2

O que Cristo fez por Pedro, Ele pode fazer por você. Tudo o que precisamos fazer é ser honestos com nós mesmos e com Deus, para que possamos crescer de força em força, como Pedro.

1. D. B. Alexander, Leading With a Limp (Colorado Springs, Colo.: WaterBrook Press, 2006), p. 54.
2. Rick Warren, The Purpose Driven Life (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 2002), p. 176.


Gillian Thomas | Roseau, Dominica

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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Da Insensatez à Fé: O Apóstolo Pedro - 18/08/2008 a 23/08/2008

Segunda, 18 de agosto

Evidência
Você pode conseguir

3. No curso de suas experiências com Jesus, Pedro cometeu muitos enganos. Leia os enganos descritos a seguir. Quais foram eles, e que lições Pedro deve ter aprendido deles? Mt 14:22-32; 26:36-46; Mc 14:29-31, 66-72; João 18:10, 11

Apesar de suas fraquezas, Pedro se tornou um dos líderes-chave no início da igreja cristã, evangelista e missionário poderoso para Jesus. Que testemunho do que Deus pode fazer em uma vida submissa a Ele!

Quando era um cristão novato, Pedro achava que lhe era impossível fazer alguma coisa errada. Jesus apropriadamente lhe deu o nome de petros, que significa uma pedra insegura ou móvel. Ele amava Jesus, mas subestimava o poder do diabo. Quando Jesus falou sobre Seu sofrimento e morte, Pedro O censurou, dizendo que essas coisas não iam acontecer. Leia a resposta de Jesus em Mateus 16:23. Jesus compreendeu que o diabo estava falando através de Pedro e, portanto, o repreendeu.

Quando somos cristãos novatos, muitas vezes nos sentimos invencíveis. Acabamos de nos apaixonar por Jesus e não conseguimos ver como seríamos capazes de magoá-Lo; mas o fazemos, como fez Pedro. Num minuto estamos prontos para Deus, para “andar sobre a água” com Ele. O que acontece a seguir é que o vento impetuoso nos aterroriza e nossa fé fracassa (Mt 14:22-32). Jesus sabe que Satanás deseja ter-nos, e assim como Ele disse a Pedro, diz a nós: “Eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos” (Lc 22:32, NVI).

Hoje nos lembramos de Pedro por causa de sua dedicação a Cristo, mas ele tinha problemas como nós temos. Embora ele não tenha se oferecido para lavar os pés de Jesus, não conseguiu entender por que Alguém tão poderoso desejaria lavar os seus (Jo 13:2-9). Ele estava disposto a morrer por Jesus num minuto, e no próximo jurou que não O conhecia. A vida de Pedro era uma montanha russa. Mas ele continuou em frente. Quando viu o olhar de Jesus após ter negado seu Senhor, Pedro compreendeu que não poderia magoá-Lo novamente (Lc 22:61, 62). Seu ponto de conversão havia chegado. Jesus sabia que Pedro estava sofrendo, por isso quando saiu da sepultura, mandou avisar Pedro que o havia perdoado (Mc 16:7).

Max Lucado escreveu: “É como se até os anjos estivessem dizendo: ‘Não se esqueçam de dizer a Pedro que ele não foi deixado de fora. Digam-lhe que Jesus ainda deseja vê-lo.”*

Depois desse ponto, a vida de Pedro foi de inteira consagração a Deus. Portanto, não desanime se você cair. Continue em frente – você também pode fazê-lo.

* Max Lucado, No Wonder They Call Him the Savior.

Kathy-Ann Best | Grazettes St. Michael, Barbados

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domingo, 17 de agosto de 2008

Da Insensatez à Fé: O Apóstolo Pedro - 17/08/2008 a 23/08/2008

Da Insensatez à Fé: O Apóstolo Pedro - 17/08/2008 a 23/08/2008

Simão Pedro respondeu: – Quem é que nós vamos seguir? O Senhor tem as palavras que dão vida eterna! (Jo 6:68).

Prévia da semana: Jesus aproveitou o ativismo e as boas intenções de Pedro, e o fortaleceu na fé para que fosse uma coluna importante da primeira igreja cristã.

Leitura adicional: O Desejado de Todas as Nações, cap. 73 (p. 662-680).


Domingo, 17 de agosto

Introdução
Agora consigo ver!

1. Como Pedro respondeu ao chamado de Jesus? Que significado existe no fato de que eles “deixaram as redes”? Mt 4:18-20

2. A origem de Pedro era uma humilde classe operária. Contraste essa origem com a de Paulo. At 22:3; Rm 11:1; Fp 3:5; veja também At 5:34. Que lição podemos tirar desse contraste?

Por vezes, somos extremamente bons em algumas coisas. Mas isso significaria que sabemos tudo ou que podemos fazer essas coisas completamente sozinhos?

Sam observava seu filho Jônatas fazer a planta de uma casa. Sam era bem conhecido por suas habilidades como projetista de plantas, e havia ensinado muitos dos nomes altamente respeitados nesse ramo. Jônatas havia seguido suas pegadas, e já estava começando a fazer alguns novos projetos interessantes. Enquanto Sam observava, seu olho experiente percebeu algumas falhas na nova planta que Jônatas estava fazendo.

– Jônatas, acho que não vai funcionar se você colocar isto dessa forma.

Seu comentário recebeu um duro olhar da parte de Jônatas.

– Papai, por favor. Eu sei fazer a coisa, e o senhor sabe que eu sei fazer. Sei que o senhor foi bom em sua época, mas não preciso que o senhor me aconselhe sobre como fazer isto. Suas idéias são um pouco ultrapassadas.

Embora a falha no projeto de Jônatas fosse óbvia para Sam, ele simplesmente saiu dali, deixando Jônatas a explorar suas habilidades.

Dois dias mais tarde Jônatas levou seu projeto à comissão, em que o diretor imediatamente comentou sobre o mesmo erro que Sam havia apontado. Embora explicassem a Jônatas o que era, ele ainda não conseguia vê-lo. A comissão lhe disse que só aprovariam seu projeto se ele corrigisse o erro. Ele saiu da reunião desanimado, e quando chegou em casa encontrou o pai à porta.

– Jônatas, você foi lá? Eles aprovaram seu projeto?

– Essas pessoas têm mentalidade antiga, igual à sua, pai. Estão vendo o mesmo erro. Por que não conseguem ver que é um modelo novo, perfeito?

– Filho, eu estava lhe dizendo isso três noites atrás, mas você não quis ouvir. Olhe isto...

Enquanto o pai explicava o erro, Jônatas finalmente entendeu e viu sentido no que todo mundo estava dizendo. Então, compreendeu que seu próprio orgulho o estava impedindo de ver qual era seu ponto fraco.

– Pai, o senhor pode, por favor, me ajudar com isso? Agora consigo ver o erro, mas realmente não sei como corrigi-lo.

– Claro! Com prazer, filho.

E eles trabalharam juntos. O homem de mente supostamente antiquada havia se tornado seu salvador.

Nesta semana, vamos aprender que, mesmo que tenhamos sido cristãos durante toda a vida, não podemos ser bem-sucedidos sem Deus para guiar e dirigir nossa vida.

Anicia Moise | Trinidad, Índias Ocidentais

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