sábado, 14 de novembro de 2009

Luta Pelo Poder -Resumo Semanal - 14/11/09 a 14/11/09

LUTA PELO PODER
Resumo Semanal 08/11/2009 a 14/11/2009


Zinaldo A. Santos

Editor da Revista Ministério



Introdução

Em todo agrupamento organizado ou institucionalizado, há sempre o risco de que indivíduos se levantem contra a liderança. Há sempre elementos que se deixam seduzir por algum espírito rebelde e dominador, que os arregimenta em torno do estandarte da revolta. Geralmente, os argumentos que servem como base para tal atitude gravitam em torno de direitos supostamente usurpados ou negados e que precisam ser readquiridos, acusações de supostas ações ditatoriais, absolutistas e centralizadoras, lançadas contra o líder, questionamento de sua capacidade, pretenso desejo de liberdade, reivindicação por democracia, entre outros. No fundo, o que realmente motiva muitos levantes rebeldes é a paixão exacerbada, invejosa, ciumenta, egoísta e doentia, pelo exercício do poder.

O povo de Deus não está livre desse perigo. Nunca esteve. Sua história é pontilhada de exemplos da manifestação dele. Um desses exemplos, com suas trágicas consequências, é o embate entre o grupo liderado por Coré (Datã, Abirão e Om) contra Moisés e Arão.

Os revoltosos


Em seus ataques desferidos contra a liderança estabelecida por Deus, o inimigo nem sempre se vale de qualquer instrumento humano inexpressivo. Necessita de alguém inteligente, manhoso, hábil, sutil, manipulador, às vezes enérgico, que tenha influência sobre o ânimo de seus semelhantes e uma vontade férrea para levar avante seus projetos. Foi assim que ele escolheu Coré.

Coré era descendente de Levi (Êx 6:16, 18, 21; 1Cr 6:37, 38), “da família de Coate e primo de Moisés; era homem de habilidade e influência” (EGW, Patriarcas e Profetas, p. 395). Conforme se pode ver nos Salmos 42, 44-49, 84, 85, 87 e 88, os filhos de Coré eram responsáveis pelo ministério da música nos serviços do santuário. Datã e Abirão eram filhos de Eliabe. O nome de Datã não é mencionado em nenhuma outra parte do Antigo Testamento. Há quem pense que Om se tivesse separado do grupo conspirador, pois também não volta a ser mencionado.

A rebelião (Nm 16:1-14)


Quatro argumentos específicos serviram como combustível para a conspiração. Os rebeldes procuraram dar a entender que Moisés e Arão (1) agiam como senhores sobre seus irmãos opondo-se aos seus direitos e privilégios como membros de uma santa congregação (2) no meio da qual o Senhor estava e na qual (3) cada um deles também era santo, consequentemente, (4) qualificado para o sacerdócio. Com a sutileza desses argumentos, os insurgentes conseguiram arregimentar 250 seguidores.

Nesse ponto, evidencia-se a verdadeira motivação de Coré: “Embora designado para o serviço do tabernáculo, descontentara-se com sua posição e aspirara à dignidade do sacerdócio. A concessão a Arão e sua casa do ofício sacerdotal, que anteriormente tocava ao filho primogênito de cada família, dera origem a inveja e dissabor...” (EGW, Patriarcas e Profetas, p. 305). Na verdade, uma reprise da atitude de Lúcifer, no Céu.

A egoísta pretensão do exercício de poder sobre o povo, atribuída a Moisés, não se harmoniza com o comportamento desse honrado servo de Deus. Uma análise superficial de sua história é suficiente para convencer qualquer estudioso imparcial das Escrituras, que, longe de usurpar dignidade e responsabilidade, ele tinha-se mostrado disposto a recusá-las quando lhe foram oferecidas. Aquele que tinha sido capaz de dizer a Josué: “Tens tu ciúmes por mim? Tomara todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito!” (Nm 11:29) não alimentava sentimentos de apego ao poder nem de domínio sobre o povo.

A reação do líder ao ataque a ele desferido (v. 4) revela sua profunda decepção diante da falsidade das acusações. Moisés e Arão não se impuseram como líderes do povo. Foram, isto sim, investidos nessa função pelo próprio Deus. Portanto, Coré e seus aliados estavam em desavença contra o próprio Deus. Procuravam arruinar os servos comissionados por Deus, para exaltar a si próprios. Deve ser lembrado que os sediciosos não estavam marginalizados no trabalho de Deus; receberam seu encargo no templo, porém, queriam algo mais que julgavam superior ao que haviam recebido. Talvez fossem ignorantes ou esquecidos do fato de que, na causa de Deus, não existe algo como “posição superior à outra”. Existem ministérios distribuídos a bel prazer do Espírito Santo (1Co 12:11), todos importantíssimos dentro do plano de Deus.

Comentando as acusações lideradas por Coré, escreveu R. N. Champlin: “Na verdade, eles não queriam ‘distribuir o poder’. O que eles queriam era a saída de Moisés e de Arão. [...] Não estavam querendo ser delegados. Queriam apossar-se do mando. A maioria das revoltas, dentro e fora da igreja, por algum tempo avança sob falsas alegações como essa. [...] Nem toda a congregação do povo de Israel era santa no sentido sugerido por Coré. Havia os que tinham sido consagrados para cuidar das coisas santas do tabernáculo. Eles eram santos no sentido sacerdotal; mas colocar homens comuns para cuidar de funções sagradas era um abuso contra o intuito e as instituições determinadas por Yaweh. Assim sendo, Moisés defendeu o caráter especial da casta sacerdotal (Nm 16:7)... Até hoje, no seio da igreja, embora todos os crentes sejam sacerdotes, nem todos atuam no ministério, e nem todos são ordenados para ocupar funções ministeriais. Jesus é o Cabeça da igreja; os apóstolos originais foram os Seus primeiros-ministros. O Novo Testamento ensina certa ordem de ministério e de autoridade. Não se trata de uma situação em que cada qual age como bem quiser” (O Antigo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo, v. 1, p. 666).

“O Senhor fará saber” (Nm 16:5)


Está claro que a rebeldia capitaneada por Coré, Datã e Abirão atingia, em última análise, os planos, propósitos e determinações de Deus. E os insurgentes não pouparam esforços para difundi-la entre o povo chegando às raias da insanidade, apresentando-lhe Moisés como tendo iludido a todos, tirando-os de uma suposta fácil existência no Egito. “O estado dos sentimentos entre o povo favorecia os desígnios de Coré. Na amargura de seu desapontamento, voltaram-lhes as dúvidas, inveja e ódio anteriores, e de novo dirigiram queixas contra o paciente líder. Os israelitas estavam continuamente a perder de vista que se encontravam sob guia divina. Esqueciam-se de que o Anjo do concerto era seu diretor invisível, e que, velada pela coluna de nuvem, a presença de Cristo ia adiante deles, e dEle Moisés recebia todas as instruções” (EGW, Patriarcas e Profetas, p. 395, 396).

Nesse estado, como poderia o povo decidir qual dos dois grupos estava certo? Moisés propôs o teste definitivo: “Amanhã pela manhã, o Senhor fará saber quem é dEle e quem é o santo que Ele fará chegar a Si; aquele a quem escolher fará chegar a Si” (Nm 16:5). Aqueles que apoiavam Coré levariam seus incensários cheios de incenso, assim como Moisés e Arão. Então, Deus revelaria quem era Seu escolhido.

Esse gesto de Moisés significava colocar o assunto em boas mãos. “O Senhor fará saber” – não diz uma palavra a seu respeito nem de Arão. A questão gira em torno da escolha do Senhor. Os 250 revoltosos foram postos face a face com o Deus vivo. Foram intimados a comparecer na Sua presença com seus incensários nas mãos, a fim de que todo o assunto pudesse ser inteiramente examinado e definitivamente resolvido diante desse grande tribunal. “Somente quem fosse escolhido pelo Senhor seria capaz de se aproximar dEle... Arão e seus filhos haviam sido escolhidos para o sacerdócio em Israel. A tribo de Levi se tornou uma casta sacerdotal e deveres tinham sido atribuídos aos membros daquela tribo. Yaweh tinha determinado todo aquele sistema, e nenhuma quebra seria tolerada”, diz Champlin (Op. Cit.).

O fato de Coré ter convidado o povo para testemunhar o evento indica que ele cria sinceramente na legitimidade do seu movimento e que contava com a vitória. Em lugar disso, um terremoto os tragou vivos, juntamente com familiares e os 250 aliados. Porém, o texto de Números 26:11 informa que nem todos os filhos de Coré morreram. De fato, nos tempos de Davi, são mencionados descendentes dele (1 Cr 6:22, 23, 38). Alguns salmos são atribuídos a esses descendentes.

Memoriais (Nm 26-36-40)


Diante dessa tão assombrosa manifestação divina, seria plausível supormos que a rebelião estivesse erradicada. Mas, não foi assim. Eleazar, filho de Arão, recebeu a incumbência de recolher os incensários dos rebeldes para que fossem transformados em lâminas a fim de cobrir o altar, permanecendo aí como memorial. O Antigo Testamento apresenta outros memoriais rememorativos do amor de Deus, Sua graça e as bênçãos da aliança (Gn 9:13; 17:10-17; Nm 9:1-4; 15:38-41; Js 4:3-9). Há também os memoriais do sábado e da Ceia (Êx 20:8-11; Nm 31:54; Mt 26:13; Lc 22:19). As lâminas sobre o altar eram memoriais dos resultados daquela insurreição e, consequentemente, permaneceriam como advertência para que ela não se repetisse. Apesar disso, “no dia seguinte, toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do Senhor” (Nm 16:41).

“Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então, se prostraram sobre o seu rosto” (Nm 16:44, 45). Essa foi outra oportunidade para Moisés. A congregação inteira estava outra vez ameaçada de imediata destruição. Tudo parecia irremediável. A longanimidade divina parecia ter-se esgotado, e a espada do juízo estava a ponto de cair sobre toda a assembleia. Então, julgava-se que no próprio sacerdócio que os rebeldes haviam atacado estava a única esperança para o povo; e que os mesmos homens que tinham sido acusados de matar o povo do Senhor eram os instrumentos intercessores diante de Deus em seu favor (Nm 16:45-48).

Aqui se torna bem claro que nada senão o sacerdócio podia valer a um povo rebelde e de dura cerviz. Arão, o sumo sacerdote de Deus, se ergueu entre os mortos e os vivos, e do seu incensário uma nuvem de incenso se elevou à presença de Deus. Aqui ele era figura de “Alguém” superior a ele mesmo – Jesus Cristo –, que havendo efetuado pleno e perfeito sacrifício pelos pecados do Seu povo, está sempre diante de Deus com toda a fragrância de Sua Pessoa e graça. O povo era devedor à intercessão de haver sido preservado das justas consequências da murmuração. Caso tivessem sido tratados meramente com base na justiça, tudo o que lhes restaria era a destruição. Porém, assim como na cruz, na intercessão de Arão e Moises, “a justiça e a paz de beijaram” (Sl 85:10).

Como diz o último parágrafo da parte correspondente ao estudo de quinta-feira, “só existem dois tipos de pessoas neste mundo, os vivos e os mortos, não os fisicamente mortos, mas os mortos espiritualmente. [...] Jesus Se põe entre os vivos e os mortos; Ele é a divisa, o ponto de transição de um grupo para outro. Unicamente por meio dEle podemos passar da morte para a vida.”

O bordão que floresceu


Para que não restassem dúvidas quanto à liderança sacerdotal de Arão, Deus realizou mais um feito milagroso – Números 17.

O povo reagiu positivamente, afinal, embora o preço tivesse sido demasiadamente elevado. Permanece o fato de que o Senhor não mede esforços para salvar quem quer que seja.

Certamente, nenhum líder terrestre é perfeito e infalível. Se a perfeição fosse critério para liderança, não haveria nenhum líder, a não ser Jesus. Com a falta de perfeição, todo líder está sujeito a alguma crítica. E até podemos dizer que, em alguns casos, é o próprio líder humano estabelecido em alguma função quem peca contra Deus, ao tentar manipular coisas, situações e pessoas, a fim de se manter egoísticamente no poder, esquecido de que o controle de tudo pertence a Deus. Evidentemente, líderes com essa mentalidade, necessitam beber da inesgotável fonte da humildade exemplificada em Cristo Jesus (Fp 2:1-5). Somos apenas servos, independentemente da função que ocupemos.

Finalmente, os cristãos são chamados a encorajar os líderes espirituais que, embora humanos e falíveis, ainda fazem, pela graça de Deus, seu melhor para levar avante Sua causa. Isso é não apenas um encorajamento para o instrumento humano que lidera, mas também uma expressão de confiança de que o verdadeiro Líder, aquele que faz a História, ainda está no controle.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Luta Pelo Poder - 13/11/09 a 14/11/09

Sexta, 13 de novembro

Opinião

Atravessando as ondas bravias


É fascinante observar as ondas do oceano. Elas podem ser tão bravias, e ao mesmo tempo tão calmas. A princípio, elas podem parecer estar um pouco dormentes. Na verdade, porém, há muitas correntes por baixo que estão esperando para aflorar à superfície.

Esse mesmo padrão se assemelha à jornada cristã individual e coletivamente. Assim que alguém “atinge” o topo de sua jornada cristã, a luta se torna parte inerente da descida. As lutas não levam em conta a origem, idade, ocupação, credo ou sexo da pessoa. O povo de Deus sempre passou por lutas, e como resultado, muitos deles se tornaram cristãos mais fortes.

Lutas internas dentro da igreja também podem ser muito desanimadoras. O rei Davi experimentou isso em primeira mão. Leia o Salmo 55:12-14. Ainda hoje há lutas semelhantes. Samanta é uma pessoa recém-convertida. Ela é zelosa por Deus e a única coisa que deseja é servi-Lo. A liderança da igreja notou seu entusiasmo, e dentro de pouco tempo, com treinamento adequado, ela começou a ocupar posições de destaque dentro de sua congregação. Foi desafiador, especialmente para uma aluna de faculdade, mas ela confiou em Deus e se saiu muito bem. Seus colegas, contudo, pensavam diferente. Faziam comentários e observações maliciosas sobre ela. Até zombavam dela dizendo que estava tentando chegar ao Reino por meio de boas obras. Samanta ficou desanimada e começou a questionar a Deus.

Ellen White aconselhou: “Sempre que a mensagem de verdade se apresenta às almas com especial poder, Satanás suscita seus instrumentos para disputar sobre qualquer ponto de somenos. ... Quando quer que se comece uma boa obra, há pessoas prontas a suscitar discussões sobre formas e detalhes de técnica, para desviar as mentes das realidades vivas. Quando parece que Deus está prestes a operar de maneira especial em benefício de Seu povo, não se empenhe este em disputas que só trarão ruína das pessoas” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 396).

Não devemos ficar surpresos quando as lutas partirem de dentro da igreja. As respostas à vida muitas vezes se encontram dentro das ondas bravias. Quando o mar da vida volta a ficar calmo, compreendemos que adquirimos novas perspectivas.

Mãos à obra

1. Tenha um diário para anotar textos bíblicos, conversas e experiências por meio das quais Deus parece estar guiando você ou fornecendo a resposta que você estava procurando.
2. Entreviste membros respeitados de sua igreja que impressionam você por serem humildes, apesar de talentosos. Peça-lhes que lhe contem o segredo de permanecerem assim humildes. Anote as respostas para futura referência.
3. Faça a oração “Sonda-me, ó Deus...”, encontrada no Salmo 139:23 e 24, e peça a Ele que lhe mostre se há áreas de rebelião ou orgulho em sua vida que você precisa entregar a Ele.
4. Observe na natureza a ordem em que atuam as criaturas de Deus e o mundo natural. Também note o que acontece quando eventos ou circunstâncias quebram essa ordem.

Dora Desamour | Lawrenceville, EUA

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Luta Pelo Poder - 12/11/09 a 14/11/09

Quinta, 12 de novembro

Aplicação
A arte de abrir mão


Do momento em que começamos a pedalar nosso triciclo sozinhos até a primeira volta que damos sozinhos no carro, o senso de controle e poder nos atinge, e apreciamos essa sensação. Podemos dirigir, se quisermos, mas Deus fica desejando e esperando assumir o controle. Se surgem lutas pelo poder sobre determinada questão e achamos que sabemos o melhor caminho a seguir, mas os sinais indicam outra direção, podemos lutar para nos apegar a nossos planos, quando abrir mão deles daria fim à batalha. Uma luta requer dois pontos de vista opostos. Abrindo mão das nossas próprias ideias, nos tornamos livres para ouvir e seguir a direção divina. Agarrar-nos às promessas de Deus, mas não abrir mão de nossas ideias, é como comprar um aparelho de GPS mas parar frequentemente para checar o mapa ou pedir informações. Podemos abrir mão fazendo o seguinte:

Descubra qual é a vontade de Deus por meio do estudo da Bíblia acompanhado de oração (Rm 10:17; 2Tm 2:15). Quando você abre mão, a Palavra de Deus se torna sua rede de segurança. Torne a Bíblia pessoal seguindo um plano de leitura. Comece com uma passagem favorita.

Decida seguir o caminho de Deus entregando sua vida diariamente a Ele (Sl 37:5; 1Co 15:31). A luta pelo poder é uma escolha. Sua decisão, a cada dia, a cada hora ou a cada momento pode ser a de permitir que Deus assuma o controle. “Colocar pouca confiança nas próprias ideias não significa que a pessoa precise colocar de lado a inteligência e renunciar à faculdade de escolha. É necessária inteligência para descobrir, a partir da Palavra de Deus e das providências guiadoras de Deus, qual é a vontade divina. Uma vontade fortalecida e purificada por Deus é necessária para a pessoa seguir na direção correta até o fim” (The SDA Bible Commentary, v. 3, p. 956.).

Deleite-se nas alegrias de Deus, e encontre alegria na liberdade que advém quando permitimos que Seu aparelho de GPS assuma o controle (Sl 1:2; 119:143). “O que segue a guia divina encontra a única fonte verdadeira de graça salvadora e real felicidade, e alcançou o poder de comunicar a felicidade a todos em redor de si” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 264). Demonstre sua entrega. Aja como se estivesse abrindo mão, até que realmente abra mão.

Mãos à Bíblia

9. Leia Números 17 e responda as seguintes perguntas:

a. Qual foi a razão para o teste?
b. Como esse teste deveria ser um meio de evitar mais rebelião e consequente condenação?
c. Como a reação do povo revela que, finalmente, eles parecem ter compreendido a mensagem de que só a certas pessoas seria permitido ser sacerdotes?

Gloria Bell-Eldridge | Beaufort, EUA

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Luta Pelo Poder - 11/11/09 a 14/11/09

Quarta, 11 de novembro

Evidência

A igreja laodiceana


A lição desta semana está relacionada a uma luta pelo poder, colocando Corá, Datã e Abirão contra Moisés e Arão. A luta pelo poder pode aparecer em todos os relacionamentos. Por que temos pessoas matando um grupo ou outro em nome da religião? É claramente declarado, em Êxodo 20:13, um preceito dos Dez Mandamentos: “Não matarás.” Onde há qualquer evidência de que Deus deseja que matemos em nome da religião?

Hamã não tinha nenhuma evidência contra Mordecai. Então, por que desejava executá-lo? Hamã estava cheio de ciúmes. Planejava executar Mordecai porque este não se inclinava perante ele. A Providência, contudo, interveio naquela noite. Leia Ester 6.

Até o Sinédrio procurou encontrar evidências para desacreditar a Jesus, o Filho de Deus. Leia Mateus 26:59.

Quem falará aos descrentes deste mundo? Será que os cristãos de hoje ainda estarão procurando evidências para seguir a atuação do Espírito Santo antes de sair e falar às pessoas sobre a volta de Cristo? Ou serão achados em falta, e deficientes na fé e no zelo? Virá um tempo em que o Rei do Universo mostrará todas as evidências sobre o bem e o mal. Haverá, então, luta pelo poder?

A Bíblia fala sobre a igreja laodiceana em Apocalipse 3:14-22. Ellen G. White escreveu sobre essa igreja: “Os que não querem agir quando o Senhor os chama, esperando por evidências mais certas e oportunidades mais favoráveis, andarão em trevas, pois a luz será retirada. A luz, uma vez concedida, se rejeitada, pode nunca mais ser repetida” (The Advent Review and Sabbath Herald, 16 de setembro de 1873).

Que luta pelo poder haverá quando Jesus Se levantar contra Satanás, o inimigo de nossa alma, ao ele tentar provar que merecemos condenação!

Mãos à Bíblia

7. Qual foi a reação do povo aos juízos de Deus contra os rebeldes? Nm 16:41-50. O que esse fato deve nos dizer sobre a natureza humana caída?

O que esse relato deve nos revelar é que o espírito de rebelião entre alguns do povo não terminou com Corá. Ele permaneceu no acampamento, mesmo depois de tudo o que acontecera.

8. O que significa a ideia de Arão em pé entre os vivos e os mortos? Nesta cena, como obtemos um vislumbre do que Jesus fez por nós? Nm 16:48.

Norma P. Brown | Atlanta, EUA

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Luta Pelo Poder - 10/11/09 a 14/11/09

Terça, 10 de novembro

Testemunho
Conflito no deserto


Apesar das advertências de Moisés de que Deus destruiria os rebeldes, a rebelião ainda continuou mesmo depois que 14 mil pessoas pereceram quando a terra se abriu e as tragou. Comungando com Deus, Moisés pediu aos filhos de Israel que trouxessem os bordões dos representantes das doze tribos, com o bordão de Arão entre eles, para descobrir quem foi escolhido para liderar os filhos de Israel. Mesmo quando o bordão de Arão floresceu para mostrar que ele era o líder escolhido por Deus, a rebelião continuou.

“Este prodígio decidiu finalmente a questão do sacerdócio. ... Na rebelião de Corá, vê-se, em um cenário menor, os resultados do mesmo espírito que determinou a rebelião de Satanás no Céu. Foi o orgulho e a ambição que moveram Lúcifer a se queixar do governo de Deus, e procurar subverter a ordem que fora estabelecida no Céu. Desde sua queda, seu objetivo tem sido infundir nas mentes humanas o mesmo espírito de inveja e descontentamento, a mesma ambição de posições e honras. Assim agiu ele na mente de Corá, Datã e Abirão, para suscitar o desejo de exaltação própria, e provocar inveja, falta de confiança e rebelião. Satanás, fazendo-os rejeitar os homens que Deus designara, fê-los rejeitar a Deus como seu líder. Contudo, ao mesmo tempo em que, com sua murmuração contra Moisés e Arão, blasfemavam de Deus, estavam tão iludidos que se julgavam justos, e consideravam como tendo sido dirigidos por Satanás aqueles que fielmente haviam reprovado seus pecados.

“Não existem ainda os mesmos males que jazem no fundamento da ruína de Corá? ... Semelhantes a Corá e seus companheiros, muitos, mesmo dos professos seguidores de Cristo, estão a pensar, projetar e agir com tanta avidez pela exaltação própria que, para o fim de alcançar a simpatia e o apoio do povo, estão prontos a perverter a verdade, atraiçoando e caluniando os servos do Senhor, e mesmo acusando-os dos motivos vis e egoístas que lhes inspira o próprio coração” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 403, 404).

Mãos à Bíblia

As Escrituras se referem a muitos memoriais como sinais visíveis para conservar seu significado continuamente na memória de Israel.

5. Que memorial foi criado a respeito dessa terrível rebelião contra Moisés e Arão? Nm 16:36-40. De que especialmente esse memorial deveria lembrar o povo?

As placas de bronze no altar eram um memorial preventivo com o fim de evitar que um estranho, ou não descendente de Arão, tentasse usurpar o sacerdócio. Era um memorial, advertindo o povo a não ser como Corá e seu grupo” (Nm 16:40).

6. Que outros memoriais você é capaz de achar na Bíblia, e quais são seus significados? Veja, por exemplo, Êx 20:8-11; Nm 31:54; Mt 26:13; Lc 22:19. De que maneira os sacrifícios de animais eram um tipo de memorial?

Evadne E. Ngazimbi | Orlando, EUA

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Luta Pelo Poder - 09/11/09 a 14/11/09

Segunda, 9 de novembro

Exposição

Vencendo o inimigo


Gênesis 17:10-17 dá uma breve descrição da aliança de Deus com Abraão e seus descendentes. Deus disse a Abraão que ele e seus filhos herdariam a terra prometida. O Senhor também disse que a promessa era não só para as pessoas que estavam relacionadas com Abraão por nascimento, mas também para aqueles que guardassem a aliança do Senhor. Deus disse, então, que aqueles que faziam parte da família de Abraão, mas se recusassem a fazer o que Deus ordenara não seriam considerados herdeiros da promessa. No Novo Testamento, o Senhor fala sobre aqueles que serão cortados e aqueles que serão enxertados na videira (Jesus Cristo) por causa de Sua fé na Palavra. Podemos ser herdeiros da promessa quando nos lembrarmos de Deus, de Seu Filho, e de tudo que Eles fizeram por nós.

O resultado da rebelião (Nm 16, 17). Em Números lemos sobre o inimigo que entrou no acampamento israelita através de três homens (Nm 16, 17). Pela rebelião de Corá, milhares de pessoas tiveram que ser mortas. Por meio dos eventos descritos nesses dois capítulos, aprendemos que Deus nos adverte a ser positivamente influenciados e que, por nossa vez, devemos exercer influência positiva. Ele nos adverte a sermos cuidadosos com as companhias que escolhemos. Aqui vemos claramente como milhares de pessoas foram destruídas porque permitiram que crescesse a semente do mal, plantada em seu coração através de um homem. Para salvar os israelitas que restavam, Deus destruiu os três na raiz. Ele precisava deter a disseminação da doença a fim de salvar os fiéis. Apenas uma pitada de fermento pode levedar toda a massa. Apenas um pequeno pecado pode se espalhar como uma fagulha.

“Se a rebelião de Corá tivesse sido bem-sucedida naquela ocasião, o resultado teria sido o pior tipo de caos, e o plano de Deus para Israel teria sofrido atraso através de um golpe desastroso.”1

Lembrando o livramento do Senhor (Js 4:3-9). Em Josué 4:3-9 Deus ensinou os filhos de Israel a vencer o inimigo concentrando-se nAquele que dá a vida. A fim de se lembrarem de que foi o Senhor que os tirou do Egito, Ele os fez remover doze pedras do meio do rio.

Hoje em dia, o Senhor ainda nos ensina a conservar nossos olhos nEle. O mundo fala sobre autoestima e autoaperfeiçoamento. Contudo, quando nosso principal enfoque passa a ser nosso eu, facilmente nos tornamos egoístas e egocêntricos. Deus desejava impedir que os israelitas pensassem que Josué e eles eram capazes de fazer tudo e qualquer coisa. Em vez disso, desejava que se lembrassem de que Ele era seu líder, Aquele que os tirou do Egito.

“Deus não permitirá que o passado seja esquecido. O ontem tem um significado para hoje. As nações têm força na medida em que se recordam das experiências do passado. ... O povo hebreu sempre era levado a pensar retrospectivamente através da expressão ‘Eu sou o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó’.”2

Lembrando de Jesus como o Sacrifício (Mt 26:6-13; Lc 22:19). Numa tentativa de repreender a mulher que ungiu Jesus, um dos discípulos tentou menosprezar o que ela fez. Contudo, Jesus disse que onde quer que o evangelho fosse pregado, ali seria contada a história dela.

“A oferenda de Maria havia de espalhar sua fragrância, e por sua ação espontânea seriam abençoados outros corações. Estes haveriam de se erguer e cairiam impérios; seriam esquecidos nomes de reis e conquistadores; mas o feito dessa mulher seria imortalizado nas páginas da história sagrada. Enquanto o tempo durasse, aquele partido vaso de alabastro contaria a história do abundante amor de Deus a uma raça caída” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 563).

Durante a última ceia, Jesus desejava que Seus discípulos novamente concentrassem sua atenção nEle por meio do simbolismo dos alimentos da Páscoa – o pão, Seu corpo, e o vinho, Seu sangue. Quando Seus discípulos, ao longo dos séculos, participam da Comunhão, estão lembrando Seu sacrifício de maneira muito especial. E essa lembrança ajuda a vencer nosso inimigo, Satanás.

1. The Interpreter’s Bible, v. 2. George Arthur Buttrick, ed. (Nashville, Tenn.: Abingdon Press, 1953), p. 222.
2. Ibid., p. 568, 569.


Mãos à Bíblia

Eles se rebelaram contra Moisés e Arão, como se esses dois, por si mesmos, houvessem usurpado toda a autoridade, ultrapassado os limites e se exaltado sobre todos os outros, bem como se os tivessem levado ao deserto para matá-los.

3. Na realidade, porém, contra quem eles estavam se rebelando? Nm 16:11

4. Note as palavras de Moisés em Números 16:28-30. Qual era a verdadeira questão de Corá, Datã e Abirão?

Se esses homens pudessem fomentar uma rebelião mais ampla, quem sabe quais teriam sido as terríveis consequências! Os filhos de Israel, pouco fundamentados no Senhor, como eram, poderiam facilmente ter-se perdido.

Nafeesa Alexander | Atlanta, EUA

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domingo, 8 de novembro de 2009

Luta Pelo Poder - 08/11/09 a 14/11/09

LUTA PELO PODER


“O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda” (Pv 16:18, NVI).
Prévia da semana: A rebelião contra a liderança de Deus tem conseqüências terríveis para nós e para os que nos rodeiam, mas Deus nos chama para ajudá-Lo intercedendo e oferecendo Sua graça aos pecadores.

Domingo, 8 de novembro

Introdução
Por quê? Por quê? Por quê?


As flores estavam desabrochando, os pássaros, pipilando e sua conta no banco, se avolumando. Julian refletia sobre sua vida enquanto dirigia pela estrada em seu novo Porsche Carrera GT. Ele tinha tudo: um carro luxuoso, uma casa magnífica em Hillsborough, relógios para a prática de esportes, relógios feitos por designers europeus, sem mencionar sua preciosa coleção de Rolex. Sua jovem esposa representava a própria definição de beleza.

Como um famoso advogado, possuía os mais eficientes assistentes administrativos, e colegas que achavam que ele era o melhor. Qualquer um pensaria que ele estivesse satisfeito, mas Julian estava longe disso. A única coisa que realmente o incomodava era que ele não era o chefe. Ficava fantasiando sobre as decisões estratégicas que tomaria se estivesse no poder. “Por que as pessoas não conseguem ver que eu sou a pessoa qualificada para isso? Na semana passada não concluí com sucesso uma fusão com outra empresa que nos rendeu um milhão de dólares? Eu fiz o trabalho. Por que o chefe é que deve levar a glória? Por que não posso ser o número um? Por que, por que, por quê?!” Reclamava Julian.

Gálatas 5:26 diz: “Nós não devemos ser orgulhosos, nem provocar ninguém, nem ter inveja uns dos outros.” Embora Julian tivesse muitas coisas, ainda tinha inveja do status de seu superior. Sua ganância e orgulho fizeram com que passasse por alto as bênçãos que tinha na vida e se concentrasse, em vez disso, no que os outros tinham que ele não tinha.

A situação de Julian é como a história de Corá no livro de Números. Ele estava colocado numa posição de destaque entre os israelitas. Contudo, não podia conceber que Deus apontasse Moisés e Arão como líderes. Ele achava que podia fazer um trabalho melhor. Por fim, ele e todos os que lhe pertenciam ou que estavam associados com ele sucumbiram à fome do seio da terra. A terra abriu sua boca e eles foram engolidos (Nm 16:31, 32)!

Assim como Corá, Julian perdeu tudo. Veja, ele estava tão concentrado no que não possuía, que deixou de refletir sobre as bênçãos que lhe foram concedidas.

Quantas vezes você olhou para o que os outros fazem a fim de determinar seu próprio valor? Deus detesta o orgulho e aborrece a inveja. É importante fundamentarmos nossa segurança e contentamento nas bênçãos que Ele nos concedeu. Provérbios 3:6 diz: “Lembre de Deus em tudo o que fizer, e Ele lhe mostrará o caminho certo.” Deus deseja que reflitamos sobre Ele e Sua bondade, e quando o fizermos, Ele nos mostrará o caminho especial que preparou para cada um de nós.

Mãos à Bíblia

1. Que quatro mentiras foram levantadas pelo rebelde Corá e seus cúmplices? Nm 16:1-3

2. Que mais havia por trás de sua rebelião? Por que, também, essas eram acusações totalmente falsas? Nm 16:12-14

São incríveis as palavras desses homens, chamando o Egito (o Egito!) de terra “que mana leite e mel”! É surpreendente como o pecado foi tão capaz de perverter seu julgamento a ponto de que o país de sua escravidão e servidão passasse a ser mencionado por eles como representando a Terra Prometida por Deus!

M. Ann Shillingford | Orlando, EUA

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