sábado, 14 de agosto de 2010

Vitória sobre o pecado - Resumo Semanal - 14/08/2010 a 14/08/2010

VITÓRIA SOBRE O PECADO
Resumo Semanal - 08/08/2010 a 14/08/2010


José Carlos Ramos


Se o leitor retornar à introdução do comentário da lição 3 e observar a estrutura de Romanos ali inserida, notará que a santificação, como ingrediente natural do processo da salvação executado por Deus, é o assunto do capítulo 6, o texto de estudo da presente lição. O assunto prossegue até 8:17, com uma referência ao resultado natural de nossa filiação divina: somos herdeiros de Deus, co-herdeiros com Cristo, e nos aguarda nada menos que nossa glorificação.


Não devemos supor, todavia, que, ao tratar da santificação, o assunto da justificação pela fé foi deixado de lado. A justificação pela fé é o tema de toda a epístola, e não de apenas parte dela. A presente santificação, tanto quanto a futura glorificação, integram-na. Isso Paulo já deixa entrever em 1:7 quando afirma que os crentes romanos haviam sido chamados por Deus para ser santos, e no capítulo 5 onde ele fala da “atual” glorificação (v. 2, 3, 11). Na estrutura da epístola, justificação pela fé equivale a “meio divino de salvação.”


Paulo emprega a palavra santificação, hagiasmós, duas vezes neste capítulo (v. 19, 22). O termo indica condição e processo. Como processo, a santificação aponta para uma progressiva transformação (ver 2Co 3:18); o cristão avança pelo poder divino e se aprofunda cada vez mais em sua experiência cristã. Como condição, ela define o cristão como santo enquanto o processo se desenvolve. Não há dúvida a esse respeito, pois o apóstolo chama de santos aqueles que estão em Cristo (8:27; 12:13; 15:25, 26, 31; 16:2, 15, só para citar Romanos).


Com base em 2 Coríntios 3:18, notamos que, no processo da santificação, o cristão avança “de glória em glória”, de um estado de santidade para outro ainda mais evoluído. Penso que uma progressiva semelhança com Cristo é o que melhor define o assunto da santificação não somente em Paulo, mas em toda a Bíblia. Esse é o grande ideal de Deus para os fiéis, e em Romanos 6 o apóstolo apresenta os fundamentos do processo, enquanto em 12:1-15:13 ele o expõe em seu aspecto prático.


Assim, a exposição apostólica deixa claro que justificação pela fé não é uma questão de mera aquiescência ao que Deus oferece: “aceito Tua justiça e assunto encerrado”. É antes um compromisso assumido com Cristo de recebermos Sua justiça e vivermos essa justiça, não por nossas forças, mas pelo poder que Ele coloca a nosso dispor, o que finalmente se traduz em termos de Sua própria vida sendo vivida em nós (Gl 2:20). Em que pese o fato de sermos beneficiários passivos de Sua obra salvífica, a experiência da justificação pela fé é tremendamente dinâmica, santificando a vida do cristão. Observemos esse fato no estudo da lição.



I. Graça abundante


“...Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça ” (Rm 5:20, NVI), é certamente o ponto culminante na argumentação paulina realçando a magnitude da obra de Deus em comparação com a obra do pecado.


O advérbio “onde” não indica apenas espaço, mas abrange qualquer circunstância em que o pecado se faça presente. Não importa o tempo, o local nem outra qualquer situação em que houver um pecador. Por mais perdido que esteja, haverá salvação a seu dispor. Isso, todavia, não contraria certos eventos e condições, como o fechamento da porta da graça (a partir do que não haverá mais salvação disponível), ou o pecado contra o Espírito Santo (para o qual não existe perdão) consumado por aqueles que insistem na incredulidade.


“Transbordou” é a versão de um verbo grego muito significativo: hyperperisseúo. Possivelmente, não havia um verbo que comunicasse de forma mais expressiva o que o apóstolo desejava afirmar. Trata-se do verbo perisseúo, existir em quantidade plena, ser abundante, etc., prefixado com a preposição hypér, sobre, acima de, além de, etc. Transbordar aqui é ocorrer em medida muito mais que suficiente.
“Graça”, cháris, é a favorável disposição de Deus para salvar. Esse é, indubitavelmente, um dos mais eloquentes textos da Bíblia que confirmam o amor de Deus e Seu desejo de que todos se salvem. “Não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei” (Ez 18:32).


Em seguida (Rm 6), Paulo desmonta o argumento antinomista, levantado contra ele por ensinar a doutrina da justificação pela fé. Se lemos esse capítulo com atenção, constatamos pelo menos duas coisas: (1) Paulo afirma que o justificado pela fé detesta o pecado e luta contra ele, isto é, o crente se esforça por fazer a vontade de Deus; e (2) justificação pela fé é o único meio pelo qual se vence o pecado (v. 11, 14, 17, 18). Para tanto, é decisiva a determinação humana conjugada à força divina (v. 12, 13, 19, 22).


Como diz a lição, “não viver sob o domínio do pecado não é o mesmo que não ter que batalhar contra ele. Temos uma batalha diária, momento a momento, para nos manter mortos para o pecado e vivos para Cristo.” E a lição de amanhã também diz: “O pecado pode ser um tirano cruel, que nunca se satisfaz, mas sempre volta desejando mais. Somente pela fé, unicamente buscando as promessas de vitória é que podemos subverter esse senhor inflexível.” E ainda a lição de quarta-feira: “Unicamente através da fé podemos ter a vitória que nos é prometida.” É assim que se cresce em santificação.



II. O pecado personificado


Para entendermos o que é a personificação do pecado tecida por Paulo em Romanos 6, temos que voltar a atenção ao capítulo 5. No verso 14, ele afirma que a morte reina (o que também significa uma personificação da morte). No verso 17, são os que recebem a graça que reinam em vida; mas então Paulo afirma essa questão de reino e domínio em termos mais definidos: é o pecado, por um lado, e a graça, por outro, que realmente reinam. Assim, tanto pecado como graça são personificados.


A personificação do pecado e da graça indica, todavia, que, em última instância, quem reina é, respectivamente, Satanás ou Deus, cabendo ao homem decidir a que domínio se submeterá (6:12, 13). E é claro que a decisão sendo por Deus, o resultado será vida em todos os sentidos positivos e verdadeiros, tanto agora como na eternidade.


Em Romanos 6–8, em sua abordagem da santificação, Paulo apela aos leitores que se submetam a Deus. Submeter-se ao reino do pecado é dar vazão à natureza carnal, com todas as suas inclinações. Isso tudo caracteriza o domínio do pecado porque resulta em morte, e o pecado reina “pela morte” (5:21). Submeter-se ao reino da graça é resistir aos apelos dessa natureza, dando total soberania ao controle do Espírito de Deus. Isso tudo caracteriza o domínio da graça porque resulta em vida eterna como fruto da justiça, e precisamente a graça reina “pela justiça para a vida eterna” (5:21).


Então, em 6:12, ele interpela os leitores a não permitir que o “pecado reine”. Em Romanos 6, este é o segundo imperativo apostólico (o primeiro vem imediatamente antes), expresso em decorrência do indicativo subtendido no verso 11: os cristãos estão mortos para o pecado e vivos para a justiça, “portanto” não devem permitir o domínio dele. Com efeito, os imperativos divinos sempre são apresentados como provenientes do indicativo, o modo verbal da ação definida, no caso a operação divina em favor do pecador. Nunca Deus requer de nós algo para o que ele já não tenha providenciado um meio de cumprimento.


Pecado é a versão do termo hamartía, o pecado tomado como princípio operativo no mundo. O empenho do apóstolo para que o pecado não reine nos crentes não significa que ele espera que estejam agora isentos do pecado, ou sem presença do pecado. O cristão continua a ser pecador, mesmo porque continua vivendo num “corpo mortal”, como Paulo reconhece.


O ideal, todavia, é que o pecador, uma vez justificado pela fé, não mais peque; mas Deus sabe que a impecabilidade será um traço distintivo do homem somente a partir da volta de Jesus. Por isso é dito: “Estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo” (1Jo 2:1). Pecados ocasionais poderão ocorrer, e de fato ocorrem, na vida do cristão. O que não pode acontecer, entretanto, é que o pecado exerça domínio sobre ele. Este domínio está subentendido na palavra “reine”, e é confirmado na continuação do apelo apostólico.



III. Debaixo da lei?


Rm 6:14 é outro texto mal interpretado por aqueles que negam a validade da lei de Deus para o cristão. Para eles, dizer que o cristão não está “debaixo da lei” equivale a dizer que ele não tem a obrigação de guardá-la. Afirmasse Paulo isso, e simplesmente estaria dando força à argumentação de seus adversários que, distorcendo o seu ensino, o caluniavam dizendo que ele incentivava a liberdade para pecar.


Antes de uma consideração ao texto, notemos o seguinte: quando entramos num ônibus, deparamos com uma lei: Proibido Fumar – lei tal, n◦ tal, de tal data, etc. Pergunto: quem é que está debaixo daquela lei? Quem não fuma, ou quem acende um cigarro e começa a fumar? De igual forma pergunto: quem está debaixo da lei de Deus? Quem a obedece ou quem peca? Bem, nesse sentido todos estamos debaixo da lei, pois não há quem “não peque” (Ec 7:20). Essa maneira de entender o texto faz com que Paulo, ao afirmar “não estais debaixo da lei”, estivesse significando “não estais debaixo da condenação da lei”. Nesse caso, Jesus, o único que não transgrediu a lei, nasceu “sob [ou debaixo da lei” (Gl 4:43) exclusivamente porque assumiu nossos pecados, fazendo-Se assim condenado em nosso lugar (3:13).


Embora isso esteja indiretamente envolvido no que o apóstolo disse, não é esse o sentido principal do texto. Por “lei” Paulo se refere ao sistema judaico de salvação, justificação “por obras da lei”, ou através do legalismo. Então, aqueles que estão “debaixo da lei” estão, de qualquer forma, debaixo da condenação da lei, pois o legalismo jamais confere poder para a vitória sobre o pecado. Em contrapartida, Paulo afirma que os verdadeiros cristãos estão debaixo da graça, ou seja, eles foram envolvidos pelo plano salvífico de Deus. Esta é a razão por que o pecado não exerce domínio sobre eles, e eles não são condenados (8:1).


Reforçando o que estou declarando, aqui há uma antítese: estar debaixo da lei (isto é, submetido a um sistema legalista de salvação, o que resulta na própria condenação da lei) X estar debaixo da graça (ou seja, submetido ao plano divino de salvação, o que resulta em obediência a Deus). A primeira situação faz com que o domínio do pecado continue, e o pecador continue condenado. O legalismo jamais salva, mesmo porque, segundo Paulo, a lei, ao ser outorgada, acabou causando o efeito contrário daquilo que poderia ser esperado: ela se tornou a força do pecado (1Co 15:56), incrementando a culpa. A segunda situação, entretanto, faz com que a força do pecado seja quebrada, e o pecador seja empossado da salvação, e assim prossiga até se ver finalmente no reino de Deus.



IV. Dois senhores em guerra


A lição de hoje traz um sabor de guerra. No processo da salvação humana está envolvido o grande conflito. Em geral, ao se falar no grande conflito, quase sempre se pensa na rebelião de Satanás contra Deus e a vitória dEste no desfecho da história. Mas não podemos esquecer que o grande conflito nos envolve a todos, e que cada um deverá definir qual posição decidiu: ao lado de Deus, com suas consequências, ou ao lado do inimigo de Deus, também com suas consequências (a lição nos lembra que não há uma terceira posição). Por isso, considera-se a mente humana um campo de batalha desse conflito.


Paulo toca esse ponto ao afirmar que tanto a graça como o pecado intentam o domínio do ser humano; e alguém se deixa dominar em nível de concessão mental. Se alguém submeter sua mente ao domínio de Deus, Este dominará sobre a totalidade do seu ser. O mesmo ocorrerá em relação ao inimigo de Deus. Um endemoninhado não é senão alguém cuja mente está sob o total controle do demônio.
Mas não nos enganemos: nem todo endemoninhado se porta como um endemoninhado declarado; essa é uma tática do próprio inimigo. Tem muita gente por aí em são juízo, pelo menos aparentemente, cuja mente está voltada e votada totalmente a ele e a serviço dele. O que não poderá continuar para sempre é uma mente dividida, ora um pouco para Deus, ora outro pouco (senão muito) para o inimigo de Deus. Antes que a porta da graça se feche, cada membro da humanidade terá tomado sua posição.


Sobre Romanos 6:16, o texto da pergunta 4, acrescento: Quem peca é escravo do pecado. Não há possibilidade de pecar meramente porque decidimos pecar; se a pessoa ainda vive no pecado, é sinal de que ainda não está debaixo da graça, e que, portanto, é escrava do pecado. Isto não significa que o justificado pela fé seja plenamente santo e não peque. Não há nenhum sentido de perfeccionismo absoluto em Paulo. Mas, como estamos vendo, o apóstolo faz seu depoimento contra o antinomismo que nega a necessidade da obediência. Somos livres, mediante a graça, para escolher a quem obedeceremos. Mas a obediência ao senhor escolhido inevitavelmente terá de ocorrer.


No verso 17, Paulo agradece a Deus pelo fato de os cristãos de Roma, antes escravizados pelo pecado, terem abandonado a este e dedicado a vida para obedecer “de coração a forma de doutrina a que [foram] entregues.” O cristianismo é fundamentado, antes de tudo, numa Pessoa. Entretanto, ele possui doutrinas que são, na realidade, a própria expressão dessa Pessoa, a saber, Jesus. Por isso a obediência do cristão é incontestável, e não será apenas uma atitude externa, uma questão de simples comportamento. Ela partirá do coração e envolverá todo o ser, seus pensamentos, palavras e ações; em outras palavras, sua mente está sujeita à direção do Espírito Santo.



V. Fruto para santificação


Em Romanos 6:21 e 22, Paulo fala de duas qualidade de fruto, decorrentes das duas espécies de senhores que reivindicam nossa subserviência: um fruto de morte e um fruto de vida. No original grego, o termo fruto é inserido duas vezes, embora a Versão Almeida Revista e Atualizada o registre apenas no verso 22.


O fruto referido no verso 21 se aplica às coisas que os cristãos romanos praticavam antes da conversão, das quais agora se envergonhavam; coisas que, no fim, resultariam em “morte”. Não estar comprometido com a justiça leva a uma colheita inglória e vergonhosa, que acarreta finalmente a morte. Os verdadeiros cristãos se envergonham de seu passado e se horrorizam com a simples ideia de um retorno a ele.


Paulo não relaciona os frutos que antes envergonharam os cristãos romanos, mas podemos supor que seriam as “obras da carne” mencionadas em Gálatas 5:19-21, obras que igualmente resultam em morte (v. 21); a exemplo de Romanos, esta epístola também trata da justificação pela fé.


Se as obras da carne são a qualidade de fruto produzida por aquele que vive no pecado, entendemos que o “fruto para a santificação”, mencionado em seguida e colhido por aqueles que foram “libertados do pecado” e “transformados em servos de Deus”, coincide com o fruto do Espírito, também mencionado em Gálatas 5 (ver os versos 22 e 23). No primeiro trimestre deste ano, estudamos o fruto do Espírito, e percebemos como é maravilhoso ter a vida conduzida por esse Ser igualmente maravilhoso.


Termino este comentário com a seguinte nota: a maior tragédia na vida cristã é a suposição de que o cristão é livre para viver o estilo de vida que bem lhe parecer, sem levar em consideração o que Deus espera dele; sem se importar com a ética do que é correto e do que é errado. Esta é a fantasia com que o antinomismo, ou liberalismo, embala a muitos no engano. Ser livre da justiça, entretanto, é ser escravo do pecado, e vice-versa. Não há uma terceira alternativa. O evangelho não torna o homem livre para escolher não ser escravo. Torna-o livre para escolher de quem será escravo, a quem obedecerá (Rm 6:16).Contudo, ser escravo de Cristo é o verdadeiro segredo da liberdade, expressa nos termos da filiação divina (8:15).



Pastor e professor do SALT ora jubilado. Engenheiro Coelho, SP

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Vitória sobre o pecado - 13/08/2010 a 14/08/2010

Sexta, 13 de agosto

Opinião
A bela conjunção

A palavra “mas” é uma conjunção. Falando de maneira geral, qualquer termo que venha após a palavra “mas” nega o que foi dito antes dela. “Essa foi uma bela tentativa, mas você devia ver como meu filho faz isso”. Ela também funciona de outra forma, e essa é a maneira em que ela funciona no último verso de nosso capítulo de estudo para esta semana. Se fôssemos ler a primeira parte deste verso sozinha, ficaríamos desesperados. “Pois o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Mas então vem a bela conjunção: “mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23).

Como seres caídos, somos circundados pelo pecado e seus efeitos. Por nós mesmos, não há maneira de evitá-lo, e a Bíblia nos diz que todos sucumbiram à tentação (Rm 3:23; 5:12). A boa notícia é que Jesus venceu a morte e o pecado e nos oferece essa mesma vitória. Simplesmente, temos de saber como ter acesso a ela.

A escritora Shelly Quinn escreveu: “Preciso reconhecer minha dependência absoluta e total de Jesus Cristo para que Ele realize em mim uma obra que me capacite a andar nos mandamentos de Deus.”1 Nosso papel é deixar as coisas acontecerem e permitir Deus agir. Não há nada tão simples e ao mesmo tempo tão difícil! Nós nos vemos tentando valentemente alcançar nossa própria vitória sobre o pecado tentando ser bons.

Entrega é a chave para a vitória. “A entrega constante dos pensamentos, sentimentos e ações significa liberdade na vida cristã.”2 A vitória é nossa se desejarmos reivindicá-la. Ao refletirmos sobre o estudo desta semana, que nosso cântico seja: “Vitória em Cristo, eterna vitória!”3

1. Shelley Quinn, Exalting His Word (Nampa: Pacific Press, 2006), p. 50.
2.
Jim Hohnberger, Vida Plena de Poder (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2006), p. 30.
3.
Letra de Eugene Monroe Bartlett, Hinário Adventista do Sétimo Dia, hino n° 437.


Mãos à obra

1. Reúna-se com alguns amigos ou familiares num culto de pôr do sol para compartilhar vitórias que cada um de vocês experimentou pessoalmente em sua experiência com Deus. Participem de uma refeição leve, cantem alguns hinos e desfrutem a companhia mútua.

2. Reflita sobre um ou dois comportamentos pessoais que possam estar impedindo você de ter um relacionamento mais profundo com Deus. Imagine sua vida sem esses comportamentos. Considere algumas coisas que você pode fazer que o(a) ajudarão a mudar, e peça diariamente a Deus que lhe dê a vitória.

Abigail Parchment – Newlands, Ilhas Cayman

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Vitória sobre o pecado - 12/08/2010 a 14/08/2010

Quinta, 12 de agosto

Aplicação
Obtendo a vitória

Nosso mundo hoje é cheio de mal e dor. Ninguém está isento dos ataques do diabo. Ele tem todas as armadilhas para fazer você sucumbir às tentações deste mundo. Muitas vezes, as pessoas se afundam tanto no pecado que não têm nenhuma esperança de vitória. Elas desistem sem lutar. Mas há esperança. Deus fez provisão para que todos tenham vitória sobre o pecado. A seguir estão alguns passos para alcançar essa vitória:

Reconheça que você pecou. “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3:23). Admita sua culpa e reconheça que Deus não nos leva ao pecado.

Confesse seus pecados. Deus sabe que você pecou. Então, por que você deve confessar? Quando você confessa, está mostrando a Deus que está consciente de seus pecados, se entristece por eles, e não mais deseja viver no pecado.

Ore e peça perdão. Não é suficiente simplesmente confessar seus pecados. Você precisa pedir perdão. Deus é justo, por isso está disposto a nos perdoar se Lhe pedirmos. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9). Ore para que você não caia em tentação.

Aceite o perdão de Deus. Quando você orar por perdão, deixe seu pedido e seus fardos aos pés da cruz. Quando Deus perdoa seus pecados, Ele os joga nas profundezas do oceano e não Se lembra mais deles; por isso, não procure por eles e não continue pensando neles.

Vá e não peque mais. A fim de resistir à tentação, você precisa guardar a Palavra de Deus em seu coração. “Guardo a Tua Palavra no meu coração para não pecar contra Ti” (Sl 119:11). Quando a Palavra de Deus se torna parte de sua vida, ela lhe dá a força e o vigor de que você precisa para vencer a tentação e o pecado.

Mãos à Bíblia

11. Que dois tipos de frutos diz Paulo que é possível que todos colham? Rm 6:19-23. Como você pode tornar uma realidade em sua vida as importantes verdades que Paulo diz?

As palavras de Paulo aqui mostram que ele entendia perfeitamente a natureza caída da humanidade. Ele fala sobre a “fraqueza da carne”. Ele sabia do que a natureza humana caída, deixada sozinha, é capaz. Assim, novamente, ele apela para o poder da escolha – o poder que temos de escolher submeter a nós e nossa carne fraca a um novo Senhor, Jesus, que nos capacitará a viver de forma justa.

Jodian McLeod – West Bay, Ilhas Cayman

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Vitória sobre o pecado - 11/08/2010 a 14/08/2010

Quarta, 11 de agosto

Evidência

O que devo fazer?


Muitas pessoas hoje creem que, uma vez que alguém aceite a Cristo, não há problema em continuar a pecar, porque já não estão sob a lei, mas sob a graça. O que é graça, senão favor imerecido de Deus? Se abolirmos os mandamentos, como podemos saber o que é pecado? Pecado é a transgressão da lei. Se não há lei, não há transgressão (Rm 4:15). Se não há nada para transgredir, não há pecado. Se não há pecado, não há necessidade de um Salvador. E se não há Salvador, não há graça.

Em sua carta aos cristãos de Roma, Paulo tentou deixar clara a ideia de que a graça não era licença para continuar a pecar. O objetivo da carta de Paulo era ensinar como podemos ser tornados justos pelo sangue de Cristo. Muito embora Paulo estivesse se dirigindo à igreja cristã de Roma daquele tempo, suas palavras soam verdadeiras para nós.

A vitória sobre o pecado vem ao sabermos que Cristo nos deu poder para vencê-lo (Rm 6:6). Esse poder vem através da graça de Deus que reside em nosso coração através da habitação do Espírito Santo.

“Aqueles que se revestiram de Cristo pelo batismo, mostrando por esse passo sua separação do mundo e que prometeram andar em novidade de vida não devem erguer ídolos no coração. Os que uma vez se regozijaram na evidência dos pecados perdoados, que experimentaram o amor do Salvador, e que depois persistem em se unir aos inimigos de Cristo, rejeitando a perfeita justiça que Jesus lhes oferece, escolhendo os caminhos condenados por Ele, serão mais severamente julgados do que os pagãos que nunca tiveram luz e nunca conheceram Deus nem Sua lei” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 365, 366).

Mãos à Bíblia

9. Quais são os dois senhores referidos por Paulo? Rm 6:16. É possível haver terreno intermediário?

Paulo volta ao ponto de que a nova vida de fé não dá liberdade para pecar. A vida de fé torna possível a vitória sobre o pecado; de fato, unicamente através da fé podemos ter a vitória que nos é prometida

10. Qual é o motivo pelo qual Paulo dá graças a Deus? Rm 6:17

Note como a obediência é ligada à doutrina correta. A palavra grega traduzida como doutrina significa “ensino”. Os cristãos romanos tinham sido ensinados nos princípios da fé cristã, a que agora obedeciam.

Katie Euter – Grand Cayman, Ilhas Cayman

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vitória sobre o pecado - 10/08/2010 a 14/08/2010

Terça, 10 de agosto

Testemunho
Triunfo sobre o pecado


“Há esperança para o homem. Cristo diz: ‘Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono.’” (Ap 3:21). Nunca nos esqueçamos, porém, de que os esforços que fazemos em nosso próprio poder são completamente sem valor. Nossa força é fraqueza, loucura é nosso juízo. Só podemos vencer no nome e poder do Vencedor. Quando somos pressionados pela tentação, quando desejos indignos de um cristão clamam pela soberania, façamos fervorosa e insistente oração ao Pai celestial, em nome de Cristo. Isso trará auxílio divino. Em nome do Redentor podemos obter a vitória” (Ellen G. White, E Recebereis Poder, MM 1999, p. 358).

“Cristo prometeu que o Espírito Santo habitaria naqueles que lutam pela vitória sobre o pecado, para demonstrar o poder da força divina, dotando o instrumento humano de poder sobrenatural, e instruindo o ignorante nos mistérios do reino de Deus. ... “Quando uma pessoa está inteiramente vazia do próprio eu, quando todo falso deus é expulso do coração, o vazio é preenchido com a comunicação do Espírito de Cristo. Essa pessoa possui a fé que purifica a alma de contaminação. Está em conformidade com o Espírito e pensa nas coisas do Espírito. Não confia em si mesma. Cristo é tudo em todos” (Ellen G. White, Maravilhosa Graça, MM 1974, p. 210).

Mãos à Bíblia

6.
Leia Romanos 6:14. Como devemos entender este texto? Significa que os Dez Mandamentos já não mais são obrigatórios para nós? Por quê?

Romanos 6:14 é uma das declarações-chave em Romanos. Geralmente, pessoas que dizem a nós, adventistas, que o Sábado foi revogado usam esse verso. Porém, não é isso o que texto diz. O contexto de Romanos 6:14 indica que os crentes em Cristo não estão debaixo da condenação da lei, mas sujeitos a ela como todo ser humano, e por isso não vão pecar só porque estão debaixo da graça (Rm 6:15). Em outras palavras, a graça de Cristo não é um cartão verde para praticarmos o pecado. Sobre esse assunto, devemos levar em conta Romanos 3:31: “Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a lei.”.

7. Que pecados estão “reinando” em seu corpo?

8. Quais são algumas formas em que podemos nos guardar contra o pecado?

Trisha Long – West Bay, Ilhas Cayman

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vitória sobre o pecado - 09/08/2010 a 14/08/2010

Segunda, 9 de agosto

Exposição
Vencendo o pecado


O símbolo da vitória sobre o pecado (Rm 6:1-11). Não há nenhum outro símbolo que descreva melhor a morte e sepultamento da velha vida pecaminosa do que o rito do batismo. A vida cristã consiste em morrer, pois em morrer há vida. Morrer para o velho eu pecaminoso resultará numa atitude transformada em relação à vida. Através da morte do velho eu, somos libertados do pecado para andar em novidade de vida, porque já não somos escravos do pecado. Portanto, o batismo não é o fim. É apenas o começo de nosso crescente relacionamento com Cristo. Em Romanos 6:1-11, Paulo menciona repetidamente a frase “com Cristo”. “Fomos sepultados com Ele” (verso 4), “morremos com Cristo” (verso 8), “viveremos com Ele” (verso 8). Isto sugere que a vitória sobre o pecado é um processo contínuo e pode ser alcançado somente através de Cristo.

A demonstração de vitória sobre o pecado (Rm 6:12-14).Uma vez que a vitória sobre o pecado é um processo contínuo, ela deve ser demonstrada de maneira concreta. Um exemplo mencionado no texto desta seção se relaciona ao nosso corpo. Somos encorajados a não pecar com nosso corpo. Paulo nos exorta a usá-lo total e completamente para a glória de Deus. Após termos a certeza de nossa salvação, podemos estar inclinados a abusar da graça de Deus. Talvez paremos de crescer em Cristo, ou talvez fiquemos desanimados, mas Deus promete que podemos perseverar através de Sua graça. Devemos obedecer-Lhe não por medo, mas por amor. E quando o amor é o princípio governante de nossa obediência, é fácil usarmos nosso corpo para a glória de Deus.

Outra analogia da vitória sobre o pecado (Rm 6:15-23). No texto desta seção, lemos a respeito da vitória sobre o pecado em termos do relacionamento entre um escravo e seu senhor. Ser liberto do pecado equivale a ser escravo da justiça. Os vencedores sobre o pecado são considerados escravos de Deus. Os escravos estão à disposição de seus senhores. O processo de sermos escravos de Deus leva à santificação (verso 19). E a santificação, em última análise, nos leva à vida eterna (verso 22) em Cristo Jesus. Não há outra maneira de recebermos a vida eterna exceto através dos méritos de Sua morte e graça. Precisamos estar ligados a Jesus Cristo. NEle, o dom da vida eterna é certo (verso 23). Ser escravo de Deus também significa ser liberto do pecado (verso 22). Esta ideia parece ser contraditória, porque ser um escravo subentende uma perda de liberdade. Mas o tipo de liberdade prometida é a liberdade para obedecer a Deus de coração (verso 17). É uma experiência libertadora obedecer a alguém, não porque somos forçados a fazê-lo, mas porque gostamos de fazê-lo. Isso também é uma experiência que liberta, em contraste com a vida desanimadora de sermos escravos do pecado. Essa vida só leva de um pecado a outro (verso 19). Assim, é muito melhor ser escravo de Deus.

O papel de Cristo em nossa vitória sobre o pecado (1Jo 1:8-2:10). O pecado é universal (Rm 3:23; 5:12). Todo ser humano é pecador. Isso pode pintar um quadro negativo de nossa capacidade para vencer o pecado. Contudo, há boas notícias. 1 João 1:8–2:10 descreve o caráter de Cristo – quem Ele é em relação ao pecado e aos pecadores. Também nos diz como Cristo lida com o pecado. Mas, como pecadores, também temos uma parte a desempenhar. Precisamos confessar nossos pecados a Cristo. Confessar não é apenas pedir o perdão de Deus em geral. Também envolve reconhecer diante dEle os pecados específicos que cometemos. Então, porque Jesus é fiel e justo, Ele pode cumprir fielmente Sua promessa de perdão a nós.

Quando pecamos, Jesus não passa a nos amar menos. Seu perdão ainda está disponível, pois Seu desejo é de purificar-nos. Quando pedimos perdão, Jesus suplica ao Pai em nosso favor. Esse é o significado de Sua obra no santuário celestial. Com fé nEle como nosso Sumo Sacerdote no Céu, o perdão dos pecados é garantido. Às vezes, podemos ficar desanimados porque, por nós mesmos, não podemos guardar a lei e porque nosso pecado é tão profundo. Porém, nosso Deus nos deu um Salvador que pode não somente nos salvar da culpa do pecado, mas também capacitar-nos a vencer o pecado. Que grande Salvador e Redentor!

Mãos à Bíblia

3. Que advertência é dada em Romanos 6:12?

O pecado é representado nesse verso como um rei. O pecado está sempre disposto a assumir o governo de nosso corpo mortal e determinar nosso comportamento. Quando Paulo afirmou “não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais”, disse que aqueles que são justificados podem evitar a entronização do pecado como rei sobre sua vida. É aí que entra a nossa parte com a decisão, influenciada pelo Espírito Santo, assim como o poder para concretizar essa decisão.

4. É um abuso da graça de Deus quando uma pessoa repetidamente comete um pecado específico, mas sempre pede perdão? Por que sim ou por que não?

5. Explique como o pecado não tem domínio sobre nós porque não estamos debaixo da lei mas da graça (Rm 6:14).

Ferdinand O. Regalado – Montemorelos, México

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domingo, 8 de agosto de 2010

Vitória sobre o pecado - 08/08/2010 a 14/08/2010

VITÓRIA SOBRE O PECADO


“Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6:14).

Prévia da semana: A morte de Cristo na cruz não somente perdoa, mas nos concede poder para não sermos escravos do pecado. O Espírito Santo atua em nossa vida para termos um caráter cada vez mais semelhante ao de Cristo. Isso não significa perfeccionismo, mas crescimento na graça.

Leitura adicional: Romanos 6; Caminho a Cristo, p. 98-104.

Domingo, 8 de agosto

Introdução
Por que não abandonar o pecado?


Ainda é tão real como se tivesse acontecido ontem. Quando eu era pequena, em minha escola, uma das atividades extraclasse era fazer trilhas. Eu treinava bastante até o dia do grande evento. O evento era o momento em que precisava provar minha competência para minha escola e meus amigos. Eu colocava naquilo toda a energia que tinha. Tudo aquilo compensava. Eu ficava orgulhoso de mim mesmo por causa do que conseguia realizar.

Jesus deseja que concentremos todos os nossos esforços em ser totalmente dedicados a Ele. Jesus Se sente orgulhoso quando vencemos o pecado com a ajuda do Espírito Santo. Pecado é uma ofensa cometida contra Deus, e há um preço a pagar por ele se continuarmos a viver em pecado. É por isso que Jesus foi à nossa frente, em forma humana, para nos mostrar que há esperança. Ele não consentia em pecar, nem mesmo por pensamento ou tentação. Ele veio nos mostrar como viver, e não apenas isso. Além de ser nosso exemplo, Sua morte na cruz nos dá poder para uma vida vitoriosa sobre o pecado. Logicamente, ainda vamos pecar, mas estaremos nos tornando cada vez mais semelhantes a Cristo. Se colocarmos nossa fé nEle, coisas maravilhosas acontecerão.

Romanos 6:4 nos ensina que parte do processo de dar nosso coração totalmente a Deus é morrer com Ele por ocasião do batismo. Isso simboliza a purificação do pecado e nosso desejo de andar com Ele. Além disso, Romanos 6:5 promete que “Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição.”.

Nesta semana estudaremos profundamente como podemos ter vitória sobre o pecado. Que diferença essa vitória faz em sua vida?

Mãos à Bíblia


1. Qual é a resposta de Paulo aos que argumentam que podemos viver “em pecado”? Rm 6:1-11

Apesar de, mesmo salvos por Jesus, ainda sermos pecadores, não devemos viver pecando como antes de conhecê-Lo, pois morremos para o pecado e o “velho homem” é sepultado, no batismo.

2. Por outro lado, podemos viver sem pecar? Como entender isso? Rm 3:23; 1Jo 1:10; 2:1

É impossível chegar a um estágio em que possamos dizer: “Não peco mais”. Isso seria uma mentira. Em vez de pensar em impecabilidade, deveríamos pensar em crescimento. E, quando errarmos em algum ponto, devemos nos levantar, sacudir a poeira e nunca deixar de seguir a Jesus (Pv 24:16).

Audia Johnson – West Bay, Ilhas Cayman

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