sábado, 10 de outubro de 2009

Preparando um Povo - 10/10/09 a 10/10/09

Preparando um povo
Resumo Semanal - 04/10/09 a 10/10/09

Ozeas Caldas Moura – ThD

Nesta semana, estudaremos algumas das providências que o Senhor instituiu para Seu povo antigo de como lidar com as enfermidades, como a infidelidade matrimonial (ou o medo dela), como lidar com os conflitos pessoais que surgem inevitavelmente quando as pessoas vivem juntas.

I. Controle da doença


Hoje, a medicina evoluiu muito quanto aos cuidados para se evitar o contágio de certas doenças e epidemias. Mas, no passado, a situação era bem diferente. Milhares e até milhões morriam vitimados por pestes, as quais poderiam ser evitadas com medidas simples de higiene e isolamento dos doentes.

Deus, que está sempre interessado na saúde e bem-estar de Seu povo, deu ordens a Moisés no sentido de controlar a propagação de certas doenças. Assim, o leproso (qualquer doença de pele, incluindo a Hanseníase era considerada “lepra”), quem tivesse algum corrimento, ou quem tivesse tocado num cadáver deveriam ficar fora do acampamento, numa espécie de quarentena. Quando estivessem curados das doenças de pele e o corrimento cessasse poderiam retornar ao acampamento.

Veja como o povo israelita estava à frente dos demais povos ao seu redor quanto à prevenção de doenças! E isso graças às orientações divinas.

E que dizer do interesse de Deus pela saúde de Seus filhos hoje? O isolamento de alguém infectado ainda é válido nos dias atuais, mas podemos controlar e prevenir as doenças também através de um bom estilo de vida, seguindo as leis de saúde encontradas na Bíblia e no Espírito de Profecia. Tem você atentado para elas?

II. Controle social


Imagine a dificuldade de convivência entre alguns milhões de pessoas, acampadas em pleno deserto! (Só de homens, de vinte anos para cima, havia mais de 600 mil.) Era fácil começar uma briga, por motivos sérios ou não.

Deus, então, pediu que Moisés orientasse o povo quanto ao relacionamento que deveriam ter uns para com os outros. Primeiramente, deviam saber que pecar contra o próximo é pecar contra Deus (Nm 5:6). Por quê? A verdade é que quando pecamos contra outra pessoa, pecamos contra Aquele que a criou, e que, na cruz, a readquiriu com Seu próprio sangue. Não devemos nos admirar, portanto, que a Bíblia expresse essa ideia de que, ao pecar contra outros, estamos pecando contra o próprio ­Deus. Depois, deveriam confessar o pecado cometido contra o próximo e fazer “plena restituição” (5:7), ou seja, confessar e procurar reparar o dano, acrescentando um quinto do valor do objeto danificado ou roubado. Tais medidas visavam não somente desestimular a prática do mal, mas também estimular o amor ao próximo. O interessante é que o mandamento de amar o próximo já era conhecido dos israelitas desde os tempos do Antigo Testamento: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu Sou o Senhor” (Lv 19:18). No Novo Testamento ele seria apenas reafirmado por Jesus (Mt 22:37-39).

III. Fidelidade matrimonial


Dois preceitos do Decálogo, o sétimo e o décimo, protegem a instituição do casamento. Na teocracia, a infidelidade era punida pela morte de ambas as partes (Lv 20:10).

Mas, e se houvesse apenas suspeita de que alguma mulher havia cometido adultério? A suspeita não resolvida poderia minar a felicidade do casal, tornando a mulher vítima dos ciúmes do marido. Deus, então, orientou Moisés a tratar a situação de uma maneira bastante estranha para os dias de hoje: a ingestão por parte da mulher suspeita de adultério de certa porção de “água santa” (água + pó “santo” do chão do Santuário). Caso a mulher fosse culpada, seu ventre inchava e sua coxa descaía. Se ela fosse inocente, tal água nenhum dano lhe causaria.

Mesmo que não entendamos todos os detalhes desse ritual, nem por que ele (aparentemente) não era aplicado a um homem suspeito de adultério, a lição é clara: Deus, que instituiu o matrimônio, espera fidelidade mútua entre os cônjuges. Se isso era verdade no passado, muito mais o é agora, devido ao fato de vivermos em dias de grande descalabro moral, quando a fidelidade entre os cônjuges é vista como algo ultrapassado, arcaico e cerceador da liberdade. Face às grandes tentações na área sexual em nossos dias, a oração de cada cristão deve ser a mesma feita por Davi: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Sl 51:10). Uma pergunta para reflexão: Se ainda hoje existisse a “prova da água santa”, você a beberia sem nenhum receio?

IV. Cidadãos consagrados


Nazireu era uma pessoa “consagrada” que se dedicava ao Senhor por tempo determinado. Um filho poderia ser dedicado nazireu por toda a vida. Tal foi o caso de Sansão.

Além de deixar o cabelo crescer, o nazireu não devia tomar vinho nem consumir produto algum da videira. Suco, vinho e uvas representavam para a mente antiga uma terra cultivada de fazendas e domicílios. Quando o nazireu não bebia vinho, ele expressava concretamente sua convicção de que estava a caminho de uma terra melhor.

Ao se privar das coisas boas desta vida, os nazireus passavam a mensagem de que estavam aqui apenas de passagem, que fazer a vontade de Deus era coisa mais importante do que comer e beber. Pelo estilo frugal de vida e despojamento das coisas materiais, os nazireus deviam chamar a atenção para os valores e bens eternos.

Em certo sentido, devemos todos ser “nazireus” de Deus. Ou seja, buscar “em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça” (Mt 6:33); estar neste mundo, mas não ser deste mundo.

V. A bênção araônica


Yahweh te abençoe e te guarde;
Yahweh brilhe Seu rosto sobre ti e te seja gracioso;
Yahweh levante Seu rosto sobre ti e te dê paz.
(Números 6:24-26 – tradução própria)

Vê-se que esse texto bíblico repete o nome divino, Yahweh (o Eterno) três vezes. Isso ocorre na escrita hebraica para dar ênfase a algum vocábulo ou ideia. Três vezes somos lembrados da eternidade e confiabilidade de Deus. Ele é sempre o mesmo, e podemos contar com Ele sempre.

Nessa bênção se encontra tudo o que alguém precisa para ser feliz e ter êxito em qualquer área da vida, material ou espiritual: bênção nos empreendimentos, proteção dos males físicos e espirituais, iluminação divina para se tomar decisões corretas, ser alcançado pela graça divina, ser tratado com aprovação por Deus e ter paz (com Deus e o semelhante).

Longe de ser um Deus sanguinário e tirânico, essa oração araônica O apresenta como Alguém terno, amoroso, misericordioso e desejoso de que Suas criaturas tenham boa qualidade de vida e vivam felizes. O desejo do apóstolo João para com Gaio é o mesmo de Deus para cada um de Seus filhos: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (3Jo 2).

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Preparando um Povo - 09/10/09 a 10/10/09

Sexta, 9 de outubro

Opinião
Giro de 180 graus


Deus estava interessado na saúde física e espiritual dos filhos de Israel (Números 5, 6). E Ele está interessado da mesma forma em nosso bem-estar hoje. As ordens que deu a Israel por meio de Moisés criaram um meio de assegurar uma nação sadia que viveria vida santa. Tudo se reduz a nosso amor por Deus e por nosso próximo. Assim como os antigos israelitas, precisamos fazer esse giro de 180 graus dos nossos caminhos para os caminhos de Deus, e então permanecer no trilho dEle para sempre. Nosso lema deve ser o de Filipenses 4:8 (leia).

Quando amamos a Deus, não contaminamos o corpo com alimentos impuros e substâncias abusivas; vivemos em conformidade com as leis bíblicas de saúde. O pastor J. N. Andrews* sugeriu que “abandonar todo artigo prejudicial de alimentação, e viver uma vida de temperança sob a influência da boa instrução e da consciência para com Deus, estão entre as coisas mais importantes e mais essenciais para a boa saúde. Nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Para que possamos verdadeiramente glorificá-Lo em nosso corpo e em nosso espírito, quão necessário é que possuamos todas as faculdades de nosso ser físico em pleno vigor!” Enquanto nos preparamos para a segunda vinda de Jesus, e enquanto pregamos o evangelho, devemos nos lembrar de que a força física e o vigor espiritual são essenciais para enfrentar o fim dos tempos.

Quando colocamos Jesus em primeiro lugar, nossa recompensa é a vida eterna. Como Zaqueu, devemos corrigir nosso procedimento passado (Lc 19:8, 9). Leia Mateus 16-24. Se escolhemos seguir a Cristo, somos “descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3:29, NVI). A humildade deve estar na ordem do dia. O resultado final é participarmos apenas de atividades piedosas. Isso não envolve uma lista de coisas que devemos fazer; consiste, sim, na entrega de nosso egocentrismo a Deus.

Ele nos ordena amá-Lo e amar a outros (Mt 22:34-40). Está disposto a perdoar-nos se abandonarmos nossos caminhos injustos e endireitarmos nossos erros (Ez 33:15). Se Deus perdoa, por que não podemos fazer o mesmo? Amamos somente os que são amáveis?

Deus deseja que estejamos em harmonia com Ele espiritual e fisicamente. É necessário que mantenhamos a chama de Jesus ardendo dentro de nós.

*Advent Review and Sabbath Herald, 25 de outubro de 1864.


Mãos à obra

1. Compare e contraste os desafios físicos que os israelitas enfrentaram no exílio com os que enfrentamos hoje.
2. Leia Números 6:1-21, depois faça um resumo sobre como um nazireu viveria hoje.
3. Exercite-se regularmente para que isso o ajude a se preparar para o Céu. Estabeleça alvos para si mesmo que o capacitem a estar pronto para a segunda vinda de Cristo.
4. Apresente-se como voluntário para ajudar num abrigo para pessoas sem-teto, asilo, orfanato ou programa semelhante. Como declara a lição de quinta-feira, ajudar os outros é uma boa forma de deixar Deus nos ajudar a enfrentar as tempestades.
5. Anote as medidas concretas que você poderá tomar para mudar sua vida, como Zaqueu fez depois de se encontrar com Jesus.

Raul M. Peters | Fort Worth, EUA

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Preparando um Povo - 08/10/09 a 10/10/09

Quinta, 8 de outubro

Aplicação

Como enfrentar tempestades


“A previsão do tempo para hoje é de céu claro e ventos leves.” Ironicamente, nesse dia o céu se desfaz em chuva; relâmpagos e trovões estrondam pelo céu; e você é apanhado de surpresa sem um guarda-chuva. Se você tem alguma semelhança comigo, na sua jornada rumo ao reino você já teve seu quinhão de tempestades na vida. Algumas foram pesadas e rápidas e vieram de forma totalmente inesperada, enquanto entramos direto em outras, sem prestar atenção à escuridão que estava à frente. Deus nunca prometeu uma vida livre de tempestades. Contudo, prometeu atravessá-las conosco e levar-nos a salvo para o reino. Como podemos enfrentar as tempestades quando elas surgem, e ainda continuar seguindo em frente?

Ore e estude a Bíblia. Entregue-se ao cuidado de Deus cada dia. Leia 1 Pedro 5:7. Porque Ele tem cuidado de nós, contou-nos na Bíblia como devemos nos preparar para Seu reino e como devemos trabalhar para Ele.

Dê graças. Sempre seja agradecido (Ef 5:20). Às vezes, é mais fácil dizer isso do que praticar; mas descobri que sempre se pode achar um arco-íris após toda tempestade (1Ts 5:18). Agradeça a Deus por ajudar você a vencer as tentações e por restaurar você novamente para Ele. Agradeça a Ele por apontar a você o caminho de volta quando você se desvia (Números 5). Agradeça a Ele por ser seu guia e bússola enquanto você se prepara para encontrá-Lo.

Chore. Grite. “Eu grito bem alto para Deus; grito, e Ele me ouve” (Sl 77:1). Creio que Deus criou as lágrimas por duas razões: para aliviar nossas frustrações e para purificar nossa alma. Quando parecer que seu preparo está diminuindo o ritmo ou parou, estenda a mão para Ele. Clame a Ele por ajuda. Quando parecer que você está no caminho certo, grite de alegria. Não tenha medo de dar vazão às suas emoções durante a jornada.

Ajude os outros. Estenda a mão para ajudar alguma pessoa em necessidade. Descobri que, enquanto ajudamos os outros, damos a Deus tempo para acalmar nossos furiosos ventos e chuvas. Também podemos fortalecer os outros na jornada se nos encorajarmos e estimularmos mutuamente. Somos seres sociais e 1 Tessalonicenses 5:11 nos admoesta a nos encorajarmos e edificarmos uns aos outros.

Mãos à Bíblia

7. Leia Números 6:24-26 e responda: Como a natureza da Divindade é sugerida por esses versos? Mt 28:19

8. Como essa oração revela a total dependência de Israel em relação a Deus? Jo 15:5

9. Que significado existe no fato de que os próprios sacerdotes deveriam fazer essa oração em benefício do povo? Hb 7:25

Aqui está uma clara evidência de que a religião do Antigo Testamento era relacionada à graça (Gl 3:7-14; Hb 4:1, 2). A terceira linha assegura ao crente o sorriso e a paz de Deus (veja Mt 11:28-30).

Arlette Wildman | Grenada, Antilhas

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Preparando um Povo - 07/10/09 a 10/10/09

Quarta, 7 de outubro

Testemunho

Preparando-se para a missão

Ellen G. White forneceu algumas ideias sobre a maneira de nos prepararmos para a missão e para o reino de Deus. Seus escritos ensinam que o preparo envolve mais do que nos banquetearmos com a Palavra de Deus. Ela nos admoesta a estabelecer padrões elevados. “A vida cristã é mais importante do que muitos creem. Não consiste somente em delicadeza, paciência, doçura e bondade. São essenciais estas graças; mas há também necessidade de coragem, força, energia e perseverança. O caminho que Cristo nos traçou é estreito e exige abnegação. Para entrar nesse caminho, e passar pelas dificuldades e desânimos, requer homens fortes” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 497).

Ao recapitularmos Números 5 e 6 nesta semana, podemos ver que o preparo para o reino se estende ao nosso bem-estar físico e emocional, bem como nossa saúde espiritual. “A saúde é uma bênção da qual poucos apreciam o valor; todavia, dela depende grandemente a eficiência de nossas faculdades físicas e mentais. Nossos impulsos e paixões têm no corpo sua sede, e o mesmo deve ser conservado nas melhores condições físicas e sob as mais espirituais influências, a fim de que nossos talentos sejam empregados para os mais elevados fins. Tudo quanto diminui a resistência física enfraquece a mente, tornando-a menos capaz de discernir entre a verdade e o erro” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 235).

Também somos chamados a ter firmeza de caráter. “Deus deseja que aproveitemos todas as oportunidades de assegurar uma preparação para a Sua obra. Espera que Lhe submetamos todas as nossas energias, e conservemos o coração atento à Sua santidade e responsabilidades terríveis. ... Não devemos contentar-nos em atingir um ideal baixo. Não somos o que poderíamos ser e o que Deus quer que sejamos. Deus nos concedeu faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e empregadas no avanço dos interesses de Seu reino” (A Ciência do Bom Viver, p. 498, 499).

Mãos à Bíblia

6. Que voto um cidadão (mulher ou homem) podia fazer para dedicar um tempo específico para o Senhor? Nm 6:1-21. Que lições espirituais podemos tirar para nós?

Nazireu era uma pessoa “consagrada” que se dedicava ao Senhor por tempo determinado. Um pai podia dedicar o filho para ser nazireu por toda a vida. Por exemplo, a mãe de Sansão dedicou o filho de acordo com a instrução de um anjo, com a intenção de que ele começaria a livrar Israel dos filisteus (Jz 13:2-5; 16:17). Da mesma forma, o anjo Gabriel instruiu Zacarias a criar João Batista como nazireu para o serviço como precursor do Messias (Lc 1:15). Ana também votou que Samuel seria nazireu vitalício (1Sm 1:10, 11).

Celia Griffith | Dallas, EUA

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Preparando um Povo - 06/10/09 a 10/10/09

Terça, 6 de outubro

Exposição
Você está pronto?


Purifique seus atos (Números 5, 6). Os israelitas estavam a caminho da terra que Deus lhes havia prometido por meio de seu pai Abraão. Mas antes que continuassem sua viagem, precisavam examinar a si mesmos e obedecer às ordens de Deus. Em Números 5, lemos que os impuros eram removidos do acampamento e que a confissão de pecados era altamente encorajada. Além disso, Deus lembrou o povo sobre os primeiros frutos e outras ofertas pertencentes aos sacerdotes, e que era preciso fazer restituição por ofensas. Ele ordenou que, se uma pessoa pecar contra outra, “terá de confessar o pecado, devolver tudo e pagar mais um quinto para a pessoa que foi prejudicada” (Nm 5:7). O livro de Números alista diretrizes sob as quais Israel devia viver. Na verdade, o Senhor ordenou que todas as pessoas cerimonialmente imundas deviam ser removidas das cercanias do acampamento. Procedimentos definidos deviam ser seguidos ao lidar com a infidelidade matrimonial. Contudo, os filhos de Israel não eram consistentes com o que o Senhor desejava que fizessem, e assim foram provados pelas leis que lhes foram dadas. Não deviam fazer o que bem entendessem. Deus é zeloso quanto a Suas leis e ordens.

O voto de nazireu (Números 6; 1Co 6:19, 20). A palavra “nazireu” significa “separado”. Alguns nazireus, como João Batista, foram apontados por Deus mesmo antes de seu nascimento e deviam servir a Deus por toda a vida. Contudo, outros homens e mulheres voluntariamente se tornavam nazireus e serviam por um período específico de tempo.1

Ao nos prepararmos para o reino, também precisamos seguir certas regras. Por exemplo, leia 1 Coríntios 6:19 e 20. A admoestação dada nesse texto complementa os princípios de Números 6. Por exemplo, os nazireus “não deviam comer nada que viesse da videira, para ensinar-nos com o máximo cuidado e cautela a evitar o pecado e tudo que se aproxima dele e leva a ele, ou que talvez seja uma tentação para nós.”2 Assim como os nazireus faziam, precisamos negar nossos desejos egoístas e separar-nos, ao nos prepararmos para a segunda vinda de Jesus.

Restituição (Lc 19:8, 9). Zaqueu tinha má reputação. Como coletor de impostos, cobrava somas mais altas do que devia e guardava o lucro para si. Dessa forma, tornou-se rico às expensas de seus patrícios, e as pessoas o odiavam por isso.

Leia Ezequiel 33:15 e 16. Talvez Zaqueu conhecesse esses versos, pois quando se encontrou com Jesus, disse: “Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais” (Lc 19:8).

A restauração foi voluntária, pois a lei de Moisés requeria simplesmente a devolução da quantia tirada. A restituição de quatro vezes mais era uma das penalidades extremas para roubo seguido pela perda dos bens (ver Êx 22:1). Geralmente, a quantia devolvida era o dobro da tirada, se a propriedade ou o dinheiro originais também fossem recuperados (Êx 22:4, 7). A quantia que Zaqueu prometeu restituir era evidência de que ele havia experimentado uma mudança de coração.3 Quando Cristo está no coração, Sua presença se manifesta no comportamento do cristão. A Bíblia diz: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2Co 5:17, NVI).

Completa renovação (Números 5, 6; At 17:28; 1Co 6:19, 20). Gosto de observar as mudanças nas casas que aparecem no programa de televisão “Reforma Total”. Às vezes, as casas têm a aparência de abandonadas e dilapidadas; mas que transformação acontece no fim do programa! Ao nos prepararmos para servir a Deus, precisamos passar por uma transformação. Quando Cristo muda o coração, isso precisa ser visível no comportamento. Todas as nossas atividades – quer mentais, físicas ou espirituais – revelarão que Cristo está vivendo em nós. A Bíblia nos diz que, ao nos prepararmos para a missão e para o reino de Deus, precisamos preparar o coração e obedecer às leis que governam nosso corpo. Deve haver em nossa experiência aquele ponto em que precisamos separar a nós mesmos para o Senhor (Nm 6:1-8).
Estamos a caminho da Terra Prometida. A grande pergunta é: Estou sendo transformado, ou ainda estou preso a meus próprios caminhos? A quem preciso perdoar? Que hábitos necessito romper? Aprendamos com o exemplo de Zaqueu.

1. The SDA Bible Dictionary, p. 781. 2. Matthew Henry’s Commentary (New York: Fleming H. Revell Company, n.d.), p. 586. 3. The SDA Bible Commentary, v. 5, p. 853.

Mãos à Bíblia

O Criador estabeleceu os laços matrimoniais e celebrou a primeira união (Gn 1:26-28, 2:21-24). Dois preceitos do Decálogo, o sétimo e o décimo, protegem a instituição do casamento. Na teocracia, a infidelidade era punida pela morte de ambas as partes (Lv 20:10).

5. Como devemos entender as normas em Números 5:11-31?

Esse procedimento não era um exemplo de magia. Era um recurso visual concreto que os ex-escravos podiam entender. Não era a água, mas o Senhor que lia o coração da esposa, que a castigava ou inocentava. Esse procedimento também protegia a mulher, que podia ser vítima de ciúmes não comprovados do marido.

Shirley J. Roberts | Grenada, Antilhas

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Preparando um Povo - 05/10/09 a 10/10/09

Segunda, 5 de outubro

Evidência

Maçãs saudáveis


Após ter tirado os israelitas do Egito, Deus começou a tornar Seu povo livre, mas fragmentado, numa nação de testemunhas que tinha um só coração (Êxodo 13 a 17). De Êxodo a Deuteronômio, Ele ensinou aos israelitas exatamente como ordenar sua nova sociedade. Cada lei cerimonial e social os lembrava de suas responsabilidades para com Deus e cimentava a ligação de uns com os outros. Aplicando os princípios divinos a cada aspecto de sua vida, o povo aprendia como honrar a Deus, tornar sadia sua comunidade e manter puro seu testemunho vivo.

As leis que Deus deu a Moisés mostravam Sua profunda preocupação com os israelitas, com sua saúde, seus relacionamentos sociais, sua fidelidade matrimonial, e com os votos especiais que haviam feito a Ele. Em Números 5, Deus ensinou Moisés a impedir que doenças perigosas se espalhassem, ao colocar as pessoas infectadas em quarentena. Deus, então, estabeleceu uma regra social ainda mais estrita para a resolução de conflitos.

As regras dos israelitas com respeito à quarentena impediam que doenças físicas se alastrassem, mas as regras deles com respeito à restituição tinham o objetivo de exterminar parasitas ainda mais mortais. Ciúme, ira, malícia e rancor, se deixados a inflamar, corromperiam totalmente o povo. É por isso que cada membro da comunidade tinha que cooperar com as regras que Deus estabelecera. As regras davam suporte à saúde coletiva da comunidade. Se cada maçã do cesto permanecer sadia, todas as maçãs do cesto permanecerão sadias. Mas se os israelitas desconsiderassem os princípios de Deus, a podridão se espalharia de pessoa para pessoa e o testemunho da nação sobre Deus seria prejudicado.

Diferentemente dos podres das maçãs, contudo, nossos podres sociais e espirituais podem ser curados. Tendo recebido Jesus “com alegria”, Zaqueu começou a cuidar de seus vizinhos, dos pobres e daqueles a quem havia prejudicado (Lc 19:1-10). Da mesma forma, quando Deus nos cura, somos inspirados a curar nossa comunidade, confessar nossos erros, fazer restituição por eles a ajudar a reconstruir o que estiver quebrado. Os israelitas não podiam testemunhar fielmente de Deus enquanto não estivessem em amorosa comunhão uns com os outros, e o mesmo é verdade quanto a nós. A oração de Jesus por nós foi que fôssemos um, e que nossa comunhão testificasse que Deus O enviara (João 17). Se realmente formos testemunhas dEle, nossa comunidade social e espiritual vai mostrar isso.

Mãos à Bíblia

3. Quando um israelita pecava contra alguém no acampamento, contra quem ele pecava, realmente? Nm 5:6; veja também Sl 51:3, 4. Como devemos entender esse conceito?

Ofender o próximo é pecar contra o próprio Deus. Em certo sentido, isso não deve ser tão difícil de entender. Todos nós pertencemos a Deus; somos Sua propriedade, tanto por criação como por redenção (1Co 6:19, 20; At 17:28). Se alguém danificasse sua propriedade, o pecado não seria só contra a propriedade, em si, mas contra você, seu proprietário.

4. O que o culpado deveria fazer? Nm 5:6-8; veja também Ez 33:15; Lc 19:8, 9.

Keisha McKenzie | Lubbock, EUA

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domingo, 4 de outubro de 2009

Preparando um Povo - 04/10/09 a 10/10/09

PREPARANDO UM POVO


“Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma” (3Jo 2, NVI).

Prévia da semana: A fim de nos abençoar, Deus busca nos colocar em harmonia com Seu projeto de vida.

Domingo, 4 de outubro

Introdução
Preparando-nos para a viagem


Quantas vezes seus pais, professores ou os líderes de sua igreja insistiram com você para que se preparasse para um evento especial? Todos podemos concordar que, para qualquer alvo importante que estabeleçamos, é necessário algum nível de preparo. Preparamo-nos para a faculdade, e nos preparamos até para casamentos e comemoração de vários feriados. Trabalhamos incansavelmente quando um grande evento está para ocorrer, ou mesmo para eventos regulares do dia-a-dia. Não deveríamos também nos preparar para nos encontrarmos com Deus?

Nesta semana, estudaremos algumas passagens da Bíblia que nos desafiam a nos prepararmos para a vinda do reino de Deus. Como nosso alvo supremo é entrar nesse reino, foi-nos fornecida uma bússola moral e espiritual para guiar-nos nesse preparo. Números, capítulos 5 e 6, contém alguns códigos morais e éticos dos quais podemos aprender.

Eventos importantes exigem preparo! Nossa primeira responsabilidade é nos certificarmos de que estamos espiritualmente em dia com Deus. Portanto, precisamos nos livrar da imoralidade, de um coração não perdoador, da infidelidade, etc. Ao nos prepararmos, somos chamados a obedecer ao sinal de “Alto!” e a dar meia-volta em direção a Deus.

Nesta semana, precisamos pensar sobre o preparo físico e mental exigido para entrarmos no reino de Deus. Se negligenciarmos nutrir o corpo e a mente, perderemos a batalha contra o pecado.

Assim como muitos dos momentos especiais para os quais nos preparamos têm temas especiais (como as festas, casamentos, etc.) e atributos que desejamos incluir, o mesmo se dá com o preparo para o reino de Deus. Leia Gálatas 5:22-24. Preparemo-nos para nosso dia especial com Jesus enchendo nossa vida desses maravilhosos atributos.

Agora que estamos avançando rumo ao maior preparo de nossa vida, pergunte nesta semana o que, em sua vida, está impedindo seu preparo para o reino. Peça que Deus lhe mostre mais maneiras pelas quais você pode se preparar.

Mãos à Bíblia

1. Que três classes de pessoas o Senhor ordenou que Moisés lançasse “fora do arraial”? Nm 5:1-4

Qualquer pessoa com uma séria doença de pele poderia ser considerada leprosa. A verdadeira lepra (agora chamada de mal de Hansen) também estava incluída nessa classe. Qualquer infecção séria de pele seria considerada um perigo para a comunidade. O mesmo também ocorria com uma hemorragia ou fluxo de sangue ou a manipulação de um cadáver em decomposição no calor do deserto, que pode espalhar doenças de proporções epidêmicas por todo o acampamento. Tanto os homens quanto as mulheres deveriam se removidos até que, se possível, sua saúde melhorasse.

2. Por qual razão teológica essas pessoas prejudicadas eram removidas por um tempo do acampamento da nação? Nm 5:3, última frase. Que mensagem espiritual podemos tirar disso para nós mesmos?

Helyne Frederick | Lubbock, EUA

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