sábado, 26 de fevereiro de 2011

Autoestima - Resumo Semanal - 26/02/2011 a 26/02/2011

AUTOESTIMA
Resumo Semanal - 20/02/2011 a 26/02/2011


Noel José Dias da Costa


Objetivo deste estudo:
Compreender como o conhecimento de nossa origem divina e do sacrifício de Jesus afeta nossa autoestima e nossa perspectiva de vida.

Verdade central:
Criados de forma especial conforme a imagem de Deus e comprados por preço infinitamente valioso, somos impactados pelo amor de Deus, que equilibra nossa autoestima e fornece recursos para eliminar os excessos de uma autoavaliação equivocada.


Introdução
No contexto do pecado em que crescemos, cercados pelas constantes avaliações negativas que pais, familiares, educadores e amigos fazem de nós, é muito comum desenvolver uma autoestima baixa. Os efeitos dela são a perda da autoconfiança e da qualidade nas relações sociais; a dúvida, a tristeza e o desânimo. Quando a autoestima é preservada, a pessoa alcança melhor desempenho em suas relações familiares, sociais e até no aspecto profissional e acadêmico.

Consideraremos neste estudo três pontos básicos sobre a autoestima:

– As concepções sobre nossa origem e a autoestima

– A autopercepção e o julgamento dos outros

– Nosso valor aos olhos de Deus


I. As concepções sobre nossa origem e a autoestima

Ao aceitar a criação como um fato, a pessoa é levada a refletir sobre sua origem superior, com propósito, e não de maneira acidental. Ao conceber-se como filho de Deus, o senso de dignidade pessoal é enobrecido, e a autoestima, fortalecida. A Bíblia diz que o homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1:26, 27) e um pouco menor do que os anjos (Sl 8:5). Somos considerados sacerdócio real, nação santa, povo escolhido de Deus (1Pe 2:9). A compreensão desse privilégio é um fator eficiente da autoestima positiva.

A implicação natural da evolução darwinista é a ausência de um referencial objetivo para a vida e conduta humanas. Os processos naturais e o próprio homem são os referenciais. Nesse vazio, o homem encontra apenas o “acaso” como seu originador. Não bastasse isso, o conceito da sobrevivência do mais apto, da raça superior (eugenia) que influenciou as desigualdades históricas, levam as pessoas a experimentar maior angústia e desamparo, ferindo frontalmente sua dignidade e autoestima.

Para refletir:

Leia João 3:16 e coloque seu nome no texto, no lugar das expressões “mundo” e “todo o que nEle crê”. Após aplicar a si mesmo, o que este verso lhe diz sobre seu valor diante do que Deus pagou pela sua salvação?


II. A autopercepção e o julgamento dos outros

A construção de nossa identidade está diretamente ligada às percepções das pessoas que são significativas para nós. Apesar de mudarem com o tempo, na maioria dos casos, desde a infância, até o fim da vida elas estão presentes, podendo ser pais, familiares, amigos ou irmãos de fé. A opinião delas a nosso respeito se torna relevante, fazendo com que nossa autopercepção e humor sejam muito afetados, às vezes, até demais. É como se elas fossem uma espécie de “caixa de ressonância”, da qual esperamos aprovação e aceitação.



Deus nos dá diretrizes seguras sobre as quais podemos construir julgamentos sobre nós e sobre os outros. Jesus disse: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:39). Isso significa que devemos nos amar, e na mesma proporção, amar o próximo – nem mais, nem menos, mas da mesma forma que amamos a nós mesmos. Com essa orientação, Jesus preveniu dois graves problemas: a subserviência, resultante da autoestima baixa, e a arrogância, fruto do orgulho (Rm 12:3). Ele colocou todos no mesmo nível ao dizer: “como a ti mesmo”. Mas isso somente seria possível ao cumprir-se o primeiro: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt 22:37).

Para refletir:

Você é capaz de identificar seus pontos fortes e suas fraquezas?

Que coisas são valorizadas pela nossa sociedade e qual é a opinião de Deus sobre isso?

De onde vem o preconceito? Como ele pode ser superado?

Como a contemplação do sacrifício de Cristo na cruz lhe assegura confiança e humildade?


III. Nosso valor aos olhos de Deus

Jesus apresentou, em Lucas 15, três parábolas que ilustram o valor que Deus atribui ao ser humano. Observe as expressões usadas por Ele para enfatizar como o Pai nos ama:

– A ovelha perdida (v. 3-7): O pastor “deixa... as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la.” “Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo...”

– A dracma perdida (v. 8-10): A mulher “varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la... E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido”. “...Há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”

– O filho pródigo (v. 11-24): “Seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou... Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés... este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”

Jesus utilizou figuras muito concretas para ilustrar o amor do Pai para conosco, Seus filhos. Por mais distante que esteja um pecador, pois mais indigno que pareça aos seus próprios olhos, Deus o tem como o alvo primordial de Seu amor e cuidado. Ellen G. White afirma que “na cruz do Calvário, Ele pagou o preço do resgate de um mundo perdido. Ele amou o mundo, a ovelha perdida que traria de volta para Seu rebanho. A cruz do Calvário fala do amor maravilhoso de Deus pelo pecador. Ele o valorizou a um preço infinito, dando Seu Filho Unigênito, “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha vida eterna” (Jo 3:16; Ez 33:11; The Messenger, 26.04.1893).

Para refletir:

– Como podemos nos revestir do novo homem?

– Que atitudes caracterizam esse novo homem?

– Como o hábito de ajudar alguém pode ser benéfico para a autoestima?


Conclusão
Deus nos convida a aceitar Sua graça e poder para que sejamos revestidos de um novo caráter, que reflita Sua imagem. Ao nos humilharmos ante o sacrifício de Jesus na cruz e contemplarmos Seu grande amor, teremos uma visão clara do alto valor que Ele nos atribui, e assim seremos libertos da escravidão da incredulidade e do pecado. A comunhão diária com Jesus assegura uma autopercepção realista e uma compreensão mais justa de Deus, de nós mesmos e dos outros.


Noel José Dias da Costa é psicólogo e pastor, mestre e doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Teologia pelo SALT-UNASP-EC. Atua como professor, psicólogo e auxiliar da Associação Ministerial no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP). É casado com a pedagoga Erenita M. S. da Costa, e pai de Tiago e Ana Cristina.

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Autoestima - 25/02/2011 a 26/02/2011

Sexta, 25 de fevereiro

Opinião

A casa é sua


Muitas vezes, em nossa casa, Rachel está na cozinha preparando o jantar. A máquina de lavar louças já fez sua parte e precisa ser esvaziada. Rachel começa a fazer isso, e, quando já está quase terminando, Gary entra na cozinha e diz: “Eu ia esvaziar a lava-louças”, ao que Rachel responde: “Sei que você iria, mas eu fiz isso porque tenho que fazer jus ao direito de morar aqui!” Gary sorri e diz: “Não, Rachel, você não tem que fazer jus ao direito de morar aqui, você pertence a esta família!”

Indescritível a onda de alegria que me invade o coração quando ouço as palavras “você pertence a esta família”. Eu me sinto tão querida e amada! Não há um modo mais forte de construir o senso de valor próprio das pessoas do que lhes comunicar que são parte do grupo, que têm uma contribuição a fazer, que são desejadas e queridas!

Jesus partilhou esses mesmos sentimentos quando falou sobre o valor dos pardais e a beleza dos lírios. Ele disse que as pessoas são mais valiosas que essas coisas. Ele nos deu valor! Quando convidou as crianças a virem a Ele depois de elas terem sido mandadas embora, indicou que elas eram valiosas. Falou sobre moedas, ovelhas e filho perdidos, terminando cada história com a descrição da alegria e comemoração que acontecia quando cada um era achado. Essas histórias falam do valor de pertencer a alguém. Jesus estava comunicando que somos queridos, amados e necessários!

E o melhor é ouvir as próprias palavras de Deus nos assegurando Seu amor e cuidado. Ouça a voz dEle ao ler estas palavras registradas em Isaías 43:1-3, e insira seu nome no lugar de “Jacó”.

Mãos à obra

1. Faça uma descrição de si mesmo da forma como você vê atualmente sua própria personalidade. Depois acrescente uma lista de encontros que você teve com Deus e compare isso com sua autoimagem.
2. Desenhe seu autorretrato com diferentes símbolos ao redor, que mostrem quem você é. Peça que seus amigos o analisem, dizendo se eles veem você da mesma maneira que você se vê.
3. Peça a amigos que alistem três das piores qualidades que há em você e três de suas melhores qualidades. Você acha que eles estão certos/errados? Por quê?
4. Retrate com mímica a história de Jesus e a mulher apanhada em adultério (Jo 8:1-11) e a apresente na igreja.

Rachel Busby Kinne – Rutland, EUA

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Autoestima - 24/02/2011 a 26/02/2011

Quinta, 24 de fevereiro

Aplicação
Autoestima cristã

Como obtenho uma autoestima cristã? Primeiro, compreendendo e aceitando o valor que Deus dá a nós. Em Romanos 5:8 lemos que Cristo morreu por nós enquanto ainda éramos pecadores. Quando escolhemos acreditar em nosso valor próprio com base no conceito que Deus tem de nós, em vez de nas mensagens distorcidas que outros pecadores aqui da Terra podem projetar sobre nossa autoimagem, começamos a obter a verdadeira autoestima cristã!

Como posso manter uma autoestima cristã? Depois de termos um vislumbre de nós mesmos através dos olhos de Cristo, precisamos resistir ao impulso de criticar aquilo que Deus valoriza tanto. Desprezando a nós mesmos ou a outros, estamos criticando Aquele que nos criou. Paulo fala sobre uma renovação de nossa mente como uma forma de lidar com esse modo insano de pensar. “Você precisa se tornar um sócio de Deus neste processo de reprogramação e renovação. Essa obra é um processo contínuo, não uma crise repentina. Não conheço uma única experiência cristã que irá mudar sua autoimagem da noite para o dia. Você precisa ser ‘transformado pela renovação da ... sua mente’ (adaptação de Rom. 12:2). Os verbos nesse verso representam ação contínua, e a palavra ‘mente’ descreve a maneira com que você pensa e olha para a vida como um processo diário.”*

De que maneira posso ajudar outros a terem uma autoestima cristã? Se tivemos sucesso nos dois primeiros passos, conseguiremos ajudar outros a desenvolver uma autoimagem saudável. Jesus nos admoesta a amar nosso próximo como a nós mesmos, e só podemos fazer isso quando chegamos a um ponto em que não esperamos que os outros nos tranquilizem quanto a quem somos. Quando nos enxergarmos como filhos do Pai celestial, nos trataremos uns aos outros de maneira diferente. Estar num relacionamento de amor com nosso Pai celeste pode nos dar a capacidade de abençoar todos os Seus filhos com o transbordamento do amor e graça que recebemos dEle. Procuraremos ativamente outros filhos e filhas de Deus para o propósito claro de abençoá-los, porque amamos nosso Pai.

*David A. Seamands, Healing for Damaged Emotions (SP Publications, 1991), p. 74.

Mãos à Bíblia

7. O que Paulo quer dizer ao afirmar que devemos nos “revestir do novo homem”? Qual é a natureza desse novo homem? Ef 4:23, 24

8. Resuma as atitudes e comportamentos do novo homem. Ef 4:25-32

Amy and David Campbell – North Clarendon, EUA

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Autoestima - 23/02/2011 a 26/02/2011

Quarta, 23 de fevereiro

Evidência
Os escolhidos

Autoestima é como você se sente com relação a si mesmo(a), algo tão simples, mas que as pessoas têm dificuldade de alcançar. Tanto que, em muitos países, os antidepressivos estão entre as drogas mais consumidas. Muitos gurus da autoajuda têm dogmaticamente apontado maneiras de aumentar a autoestima para garantir felicidade e sucesso. Será que a resposta para a baixa autoestima e o descontentamento precisa ser encontrada em algum mantra especial de autoafirmação que deve ser repetido diariamente em frente a um espelho?

Há mais de dez anos, li um desses artigos sobre as misérias do sistema educacional americano. Após citar as péssimas colocações dos estudantes em matemática e ciências, o artigo dizia que os alunos americanos na verdade ficaram acima de todos os outros países em uma categoria – autoestima. Os professores fizeram piada dizendo que talvez nossos alunos não fossem os melhores e mais brilhantes, mas pelo menos nos sentíamos bem com nossos fracassos.

Autoestima é respeito próprio. Sendo uma especialista em leitura, trabalho com estudantes de risco que estudam numa escola pública. Por mais que eu encoraje meus alunos a pensar positivamente sobre si mesmos, a melhor injeção de autoestima vem dos próprios atos deles. A melhor maneira de você se sentir bem consigo mesmo é realmente fazer algo bom!

Em Efésios 4:22-32, Paulo nos deu a estratégia para termos uma autoestima saudável. Parece que amabilidade, prestatividade, consideração, honestidade e trabalho são as peças que constroem o respeito próprio. E ninguém nunca fez isso melhor do que Jesus. Sua vida dedicada a construir relacionamentos e servir a outros é nosso modelo, não apenas de estilo de vida e desenvolvimento de caráter, mas também de autoestima.

Como cristãos, crescemos ouvindo que somos os escolhidos de Deus. Ele nos escolheu para ser Sua equipe de portadores de luz (1 Pedro 2:9). Essa afirmação de nosso valor contraria o discurso da sociedade sobre as maneiras de se alcançar o sucesso e a felicidade. Fomos escolhidos como a equipe de Deus, e escolhemos seguir Sua estratégia bíblica.

Mãos à Bíblia

6. De acordo com as três parábolas de Jesus em Lucas 15, qual é nosso valor diante de Deus? O que Deus pensa sobre nós? Por que é tão importante conhecer esse conceito e mantê-lo em mente?

Debra Gardner-Baasch – Wallingford, EUA

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Autoestima - 22/02/2011 a 26/02/2011

Terça, 22 de fevereiro

Testemunho
Ele nos exaltará

“Na sexta-feira eu tinha escrito cerca de quarenta páginas, e no sábado pela manhã eu estava cansada, mas isso não me desanimou. Sei no braço de quem estou me apoiando, e o Senhor não me desapontou. Ao meditar sobre a bondade, misericórdia e amor de Deus, a única coisa que posso fazer é louvar Seu santo nome. ‘Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’

“Se essas palavras não emocionarem completamente toda alma que as contemplar, o que o fará? Este é o preço de nossa salvação – a morte mais humilhante e agonizante que um ser humano poderia sofrer. E o Filho de Deus suportou essa vergonha como a penalidade pela culpa, a fim de que o pecador possa ficar sem culpa e inocente diante do trono de Deus. Veja o que pode surgir da grande exaltação da qual nosso Salvador veio, e da profunda humilhação à qual Ele foi a fim de tomar o pecador e elevá-lo para que se torne participante de Sua natureza divina, e una sua vida, sua alma, com o Infinito Deus. Quando obtemos uma visão dessa cruz, quando aquele sofredor e agonizante brado, ‘Está consumado’, penetra nossos ouvidos, o sacrifício está completo. Seu amor gravou o nome de todo santo sobre as palmas de Suas mãos.

“Oh, graça ilimitada! Que expressão de amor! Não expulsaremos o orgulho da mente? Podemos acariciar o amor próprio e abrigar obstinação de pensamentos quando vemos e compreendemos o que nossa redenção custou? Uma visão da cruz não fará com que nos humilhemos à vista de Deus, a fim de que Ele possa nos exaltar?

“Mas conquanto devamos humilhar a nós mesmos, devemos ter um verdadeiro senso de nosso valor na forma como Deus nos avaliou, no preço pago por nossa redenção. Devemos valorizar toda habilidade, todo talento a nós confiado, como a mais preciosa dotação do Senhor, a fim de que possamos usá-los para a glória do Seu nome.

(Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 18, p. 19, 20).

Mãos à Bíblia

4. Quais são as coisas que nossa sociedade e cultura valorizam? Qual é a importância dessas coisas para Deus?

5. Como o preconceito de gênero, classe ou nacionalidade afeta a autoestima das pessoas? Como o cristão deve lidar com o preconceito e a discriminação? Gl 3:28

Stuart Griffin – Mount Holly, EUA

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Autoestima - 21/02/2011 a 26/02/2011

Segunda, 21 de fevereiro

Exposição
De pária a príncipe

Valorizado pelo rei (2Sm 9:1-5; Lc 15:1-10). Por causa de seu amor por Jônatas, Davi desejou tratar amavelmente qualquer pessoa que tivesse restado da casa de Saul. Mesmo após Saul ter-se tornado inimigo de Davi, a lealdade de Davi para com Saul e sua casa nunca faltou (1Sm 24 e 26). Assim, ele iniciou uma procura por qualquer pessoa da “casa de Saul” que havia restado, a quem ele pudesse usar “da bondade de Deus para com ele” (2Sm 9:3).

João declara: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4:10). Com as histórias da ovelha e da moeda perdidas, Jesus reafirma as boas intenções do coração de Deus que O fazem nos buscar. A ovelha está irremediavelmente perdida no deserto da vontade própria (Is 53:6), incapaz de encontrar o caminho para casa. O pastor a busca até encontrá-la (Lc 15:1-7). A moeda nem mesmo sabe que está perdida, mas a mulher ainda vê valor nela e a busca até encontrá-la (Lc 15:8-10).

Valor aos olhos de quem procura (2Sm 9:6-8; Lc 15:18, 19; At 17:24-28). Mefibosete sabia por que Davi deveria desprezá-lo. Ele era de uma dinastia rival. Seus pés coxos limitavam severamente sua utilidade e eram uma lembrança constante da noite aterradora em que ele ficou sabendo da morte de Saul e Jônatas (2Sm 4:4). Davi, o homem que seu avô Saul e seu tio Is-Bosete haviam perseguido, afirmou que desejava usar “da bondade de Deus” para com ele. Mefibosete exclamou: “Quem é o teu servo, para que te preocupes com um cão morto como eu?” (2Sm 9:8).

Quando olhamos honestamente para nós mesmos, não vemos razão para Deus nos amar ou nos dedicar afeição (comparar com Lc 15:18, 19), mas Ele deseja que nos encontremos nEle (At 17:28). Embora Deus não precise de nossa ajuda de maneira alguma (At 17:24, 25), Ele nos criou para desejá-Lo (At 17:27). Longe de ser forçado a nos tolerar, Ele nos sustenta. “NEle vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28). Nossa linhagem retrocede até “Adão, filho de Deus” (Lc 3:38).

Restaurado o valor perdido (2Sm 9:9, 10; Lc 15:11, 32). O filho pródigo, havendo desperdiçado sua parte nas posses da família (Lc 15:11-19), é recebido em casa como um filho com todos os direitos em que isso implica – o amor do pai, a honra dos trajes da família (o manto), o acesso ao talão de cheques da família (o anel de selar) e comida apropriada para uma comemoração (Lc 15:20-24). “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3).

Gratidão e humildade para com o restaurador do valor (Rm 12:3; Sl 100:3). Leia 2 Samuel 19:24. A “bondade de Deus” que Davi havia mostrado a Mefibosete ganhou sua eterna gratidão. Reconhecer algo da grandeza da misericórdia e graça de Deus em nos restaurar à honra e dignidade nos dá uma compreensão saudável de nosso valor. Por outro lado, compreendemos que só pela graça de Deus exercida em Seu poder criador é que somos alguma coisa. “Reconheçam que o Senhor é o nosso Deus. Ele nos fez e somos dEle. Somos o Seu povo, e rebanho do Seu pastoreio” (Sl 100:3). Por outro lado, aquilo em que Ele nos tornou nos dá valor, honra, dignidade e Sua proteção. Quando compreendemos isso, nossa mente fica clara para entender quem somos (Rm 12:3). Tornamo-nos humildes, pois vemos nossa dependência de Deus. A gratidão e o amor transbordam, porque experimentamos Seu imerecido amor para conosco.

Valorizados como da família real (2Sm 9:10-13; Mt 22:36-39; Ef 4:23-32). Mefibosete “passou a comer à mesa de Davi como se fosse um dos seus filhos” (2Sm 9:11). Assim, o deserdado filho do rei é restaurado à honra social. Essa é a “bondade de Deus” para com cada arrependido filho de Adão que recebe o Filho de Davi pela fé (Jo 1:12, 13; 1Pe 2:9, 10). Talvez você não se sinta digno, mas se Deus diz que você pertence à realeza, quem é você para discordar dEle? Se Deus honra, valoriza e ama você, então você certamente tem Sua permissão para honrar, valorizar e amar a si mesmo(a). A profunda cura que existe ao aprendermos a amar a nós mesmos como Deus nos ama nos faz mostrar “a bondade de Deus” às pessoas que nos cercam (Mt 22:39; Ef 4:23-32).

Pense nisto


1. Que evidências Deus lhe deu do valor que Ele te dá?
2. Como seria amar ao seu próximo do modo que Deus ensina você a se amar?

3. Como você pode realmente se sentir bem consigo mesmo, se pensa que nunca será tão bom fomo "Fulano de tal"?

4. Pense sobre uma ocasião em que você não foi escolhido(a). Depois reflita sobre qual é a sensação de saber que você foi escolhido(a) para fazer parte da família de Deus.

Mãos à Bíblia

2. Leia cuidadosamente e com oração Mateus 22:39. O que está implícito nesse texto a respeito de como devemos nos enxergar?

O texto sugere que uma quantidade razoável de amor deve ir para si mesmo, embora não seja esse seu foco principal. Deve existir um orgulho saudável pelas coisas benfeitas, nas tarefas bem realizadas e nas boas características e traços de caráter que alguém tem. Espera-se uma atitude de proteção própria e cuidado de si mesmo. O problema surge quando a pessoa não dá crédito a Deus, o Criador de todas as boas coisas em nós.

3.
Como devemos entender Romanos 12:3, levando em conta o que vimos até agora?

Existe uma área mediana desejável entre a baixa autoestima e a arrogância. E Paulo nos adverte contra a última.

Arnet Mathers – Bennington, EUA

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Autoestima - 20/02/2011 a 26/02/2011

Autoestima


“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9).

Prévia da semana: Autoestima é uma necessidade básica da mente humana. O valor que Deus nos dá como pessoas únicas nos ajuda a ter mais amor próprio.

Leitura adicional: Sl 100:3; At 17:24-28; Rm 12:3; Mt 22:39, 2Sm 9; Lc 15; Ef 4:23-32

Domingo, 20 de fevereiro

Introdução
Signora bella


Signora Bella, a grande equilibrista italiana, atrai grandes públicos para seu número, prometendo que eles verão uma “bela senhora” andar sobre uma corda bamba. Ela não só anda na tal corda, mas o faz vestida em roupas de época, com malabarismos, afiadas espadas turcas e tochas de fogo. Ela também fica dizendo coisas engraçadas o tempo todo.

A autoestima, como o equilíbrio na corda bamba, é uma coisa difícil. Se você cair para um lado, aterrissa na arrogância, alienando as pessoas e machucando descuidadamente os que estão ao seu redor. Se cair para o outro, acaba nas regiões do baixo valor próprio, incapaz de seguir confiantemente ao longo da vida e deixando os outros tirarem vantagem de você.

Andar com sucesso na corda bamba da autoestima não exige prática, como é o caso da Signora Bella. Para o cristão, exige entrega e aceitação. Entrega, porque tudo o que temos e somos vem de Deus e pertence a Ele (Rm 6:13). Aceitação, porque Deus nos ama, criou, redimiu e anda conosco a cada momento. Ele é nossa força e conforto. Sendo assim, precisamos somente aceitar esse fato – é daí que vem nossa autoestima, nosso valor próprio.

“Em” e “por” nós mesmos, não temos nem somos nada. Somos estrangeiros e peregrinos neste planeta. Tudo, desde a próxima inspiração de ar até a comida que comermos, vem das mãos de Deus. Ele até permite que provações ajudem a moldar nosso caráter e nos preparem para o Céu. Nosso valor próprio vem do fato de que Deus Se importa com todas as minúsculas coisas que pensamos, sentimos ou tememos. Jesus renunciou ao Seu lugar no Céu, tomou nossa forma e morreu a fim de que estivéssemos com Deus no Céu por toda a eternidade. Pode haver maior demonstração da estima que Deus sente em relação a cada um dos filhos que Ele criou?

Deus fez tudo o que era possível e imaginável para nos mostrar o valor que Ele dá a cada um de nós. E essa é a medida completa de nossa autoestima e valor. Quando internalizarmos plenamente essa verdade, a corda bamba da autoestima se transformará numa ampla estrada. Ao estudar a lição desta semana, que sua autoestima possa se fortalecer no Deus que criou você.

Mãos à Bíblia

1. Como o criacionismo e o evolucionismo afetam nosso senso de valor próprio e de autoestima? Gn 1:26, 27; Sl 8:5, 100:3; At 17:24-28

Deus nos criou com um propósito. Ele também criou outros maravilhosos seres vivos, e a humanidade foi colocada acima de todos eles com domínio e autoridade. A Bíblia ensina que Deus escolheu partilhar “Sua imagem” com a família humana.

Celeste Perrino-Walker – Rutland, EUA

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