sábado, 11 de junho de 2011

A veste nupcial - Resumo Semanal - 11/06/2011 a 11/06/2011

A Veste Nupcial
Resumo Semanal - 05/06/2011 a 11/06/2011

Zinaldo A. Santos

editor da revista Ministério

Introdução

Numa terça-feira, três dias antes de ser crucificado, Jesus Cristo visitou mais uma vez o templo. Encontrou sacerdotes e anciãos, ainda aborrecidos com acontecimentos recentes, como a entrada triunfal em Jerusalém e a firme ação de purificar o templo, interrompendo o comércio local. Enquanto passeava no pátio, ensinando e conversando com as pessoas, o Mestre foi abordado por esses “principais sacerdotes e anciãos”, que Lhe fizeram a seguinte pergunta: “Com que autoridade fazes estas coisas? E quem Te deu essa autoridade?” (Mt 21:23).

A “resposta” foi dada indiretamente, em forma de outra pergunta: “De onde era o batismo de João, do Céu ou dos homens?” Se respondessem: “dos homens”, estariam se posicionando contrários à crença em João como profeta de Deus. Se respondessem: “do Céu”, obrigatoriamente reconheceriam a autoridade de Jesus como sendo divina. E capitularam, dizendo: “Não sabemos” (Mt 21:24-27).

Estava aberta a possibilidade para que Jesus continuasse ensinando no templo, e Ele a aproveitou, apresentando três parábolas: a dos dois filhos, a dos lavradores maus e a parábola das bodas. Como toda parábola, os detalhes dessas também comparavam simbolicamente situações comuns ao povo.

A parábola dos dois filhos expunha a descrença da liderança judaica no apelo de Deus ao arrependimento, quando João Batista anunciou o aparecimento do Messias. Na parábola dos lavradores maus, eles viram suas mãos levantadas para assassinar o Messias. Finalmente, na parábola das bodas, perceberam sua rejeição da graça salvadora de Deus que se tornou disponível através desse mesmo Messias.

A parábola das bodas

“O Reino dos Céus”, disse Jesus, “é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho” (Mt 22:2). “Festas de bodas eram comuns em Israel, ocasiões de muita alegria e felicidade. As pessoas comuns as desfrutavam por uma semana inteira. Aconteciam normalmente ao finalizar a última colheita de outono ou pouco depois. Mas o programa de vida de um rei não estava vinculado ao calendário agrícola. Seus filhos podiam casar-se em qualquer tempo que o rei determinasse. O rei da parábola preparou um grande banquete para as bodas de seu filho e esperava que todos os participantes sentissem a plena felicidade da ocasião. Mas não seria assim. Alguns sofreriam por causa de seus próprios desejos e de suas decisões próprias” (Mário Veloso, Mateus – Comentário Homilético, p. 277).

Enquanto o preparo da festa está em andamento, mensageiros enviados pelo rei notificam os convidados. Aqui, o rei representa Deus. O filho representa o Messias. As bodas ou o casamento representam a encarnação de Deus em Cristo Jesus. A união das naturezas divina e humana em uma Pessoa, Jesus Cristo, torna possível a festa de casamento. Essa encarnação é a pedra angular do edifício da salvação. Porém, sendo que a encarnação é um mistério além da compreensão humana, a ênfase de Jesus é sobre o banquete ou a festa das bodas – os benefícios do evangelho que ela nos trouxe. O convite é a proclamação do evangelho. As bodas da parábola são as bodas messiânicas e representam o encontro do Messias com Seu povo.

Primeiros convites

João Batista, os doze e os setenta, bem como Jesus, foram os mensageiros que transmitiram o primeiro convite a Israel. Multidões ouviram o convite feito por esses mensageiros, mas, como disse o próprio Jesus, “não quiseram vir” (Mt 22:3).

Mas o Rei, em amorosa insistência, envia um segundo convite; dessa vez, por meio dos doze cheios do Espírito Santo e seus irmãos de fé cristã, depois da ressurreição de Jesus. O anúncio enfatiza que o banquete se acha em fase de preparo: “os Meus bois e cevados já foram abatidos” (Mt 22:4), numa possível referência ao Calvário. A morte de Cristo confirmou todas as promessas do concerto da graça, mudando a simples promessa da salvação em realidade. “Os enviados de Jesus ainda proclamavam o evangelho somente à nação israelita que, segundo as profecias de Daniel, continuaria sendo a nação peculiar de Deus até o fim da semana de anos, que concluiria no ano 34 d.C., na metade da qual, no ano 31 d.C., o Messias seria crucificado e cessaria o valor simbólico dos sacrifícios” (Ibid., p. 278).

“Eles, porém, não se importaram” e muitos judeus rejeitaram a grande oportunidade de salvação, estando preocupados com os cuidados da vida (Mt 22:5). “Enquanto os servos do Rei anunciavam a ressurreição de Jesus e as boas-novas do reino para arrependimento e remissão de pecados (At 2:22-24, 32, 36 e 38), os líderes de Israel implementaram uma grande perseguição (At 8:1), que levou alguns ao cárcere (At 3:1-3), outros à morte (At 7:58) e muitos ao exílio (At 11:19). Embora um grupo numeroso do povo e dos dirigentes aceitasse Jesus, nesse tempo, a maioria O rejeitou de maneira depreciativa e arrogante” (Ibid.).

A rejeição desses convites resultou na destruição da nação. Tal destruição é simbolizada pela ordem do Rei para incendiar a cidade e exterminar os assassinos (Mt 22:6, 7). O judaísmo perdeu sua condição de agência escolhida de Deus. A oportunidade foi ampliada ou transferida para outro grupo: a igreja cristã, o Israel espiritual, composto de judeus individuais e de gentios crentes em Jesus. Assim, os convidados iniciais foram declarados indignos das bodas (Mt 22:8). Primeiramente, porque recusaram o convite. Em segundo lugar, porque, com isso, ofenderam o Rei que os havia convidado, menosprezando Sua autoridade. Também eram egoístas, autossuficientes, gananciosos, obstinados, violentos e assassinos.

O último convite

Sendo que o banquete continua em preparo, o Rei publica nova série de ordens. Seus servos devem sair em busca de pessoas que vivem fora dos limites da cidade, nas “encruzilhadas dos caminhos” e “pelas estradas”, e convidá-las para o banquete (Mt 22:9, 10). Esses convidados são os gentios, que também são súditos do Reino, mas desconhecem o Messias prometido e as provisões do evangelho. “O convite do evangelho que, a princípio, era exclusivamente para os judeus, fez-se geograficamente universal e etnicamente geral” (Ibid., p. 279). Dessa vez, os mensageiros obtêm sucesso, pois muitos convidados aceitam o convite do Rei.

Esse último convite é uma comissão evangélica, que originalmente implica em sair muitas vezes, até que a sala do banquete – a igreja ou a comunidade dos crentes – fique cheia. Até o fechamento da porta da graça, a ordem do Rei aos servos é: “Ide, pregai, fazei discípulos”.

Vestimenta adequada

A resposta dada ao último convite do Rei não proveio de um grupo especial. Na verdade, “maus e bons” o atenderam. Nesse ponto, Jesus realça o fato de que a igreja é composta de indivíduos bons e maus, genuínos e insinceros. E isso demanda um processo de separação. A parábola indica a necessidade de um preparo indispensável para entrar nas bodas, e o rei estabeleceu que isso fosse cumprido imediatamente. Todos os hóspedes se encontravam sentados, esperando que o rei tomasse seu lugar para o início do banquete. Uma porta se abriu e, como um general que avalia suas tropas, ele entrou “para ver [inspecionar, verificar, revistar, investigar] os que estavam à mesa”. Um convidado foi achado indevidamente vestido e, em decorrência disso, foi expulso do banquete (Mt 22:10-13).

Esses termos descrevem o cenário de um juízo celestial pré-advento, por meio do qual é verificado se todos os que aceitaram o convite fizeram a devida preparação para as bodas. “O exame dos convidados pelo rei representa uma cena de julgamento. Os convidados à ceia do evangelho são os que professam servir a Deus, cujos nomes estão escritos no livro da vida. Nem todos, porém, que professam ser cristãos, são discípulos verdadeiros. Antes que seja dada a recompensa final, precisa ser decidido quem está apto para participar da herança dos justos. Essa decisão deve ser feita antes da segunda vinda de Cristo, nas nuvens do céu; porque quando Ele vier, o galardão estará com Ele ‘para dar a cada um segundo a sua obra’. Antes de Sua vinda, o caráter da obra de cada um terá sido determinado, e a cada seguidor de Cristo o galardão será concedido segundo seus atos.

“Enquanto os homens ainda estão sobre a Terra, é que a obra do juízo investigativo se efetua nas cortes celestiais. A vida de todos os Seus professos seguidores é passada em revista perante Deus; todos são examinados de conformidade com os relatórios nos livros do Céu, e o destino de cada um é fixado para sempre de acordo com seus atos” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 310).

E em que consiste essa preparação? Simplesmente em usar as vestes de bodas providas pelo Rei a cada convidado.

“Pela veste nupcial da parábola é representado o caráter puro e imaculado, que os verdadeiros seguidores de Cristo possuirão. Foi dado à igreja ‘que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente’, ‘sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante’. O linho fino, diz a Escritura, ‘é a justiça dos santos’ (Ap 19:8). A justiça de Cristo e Seu caráter imaculado é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pessoal.

“A veste branca de inocência foi usada por nossos primeiros pais, quando foram postos por Deus no santo Éden. Eles viviam em perfeita conformidade com a vontade de Deus. Todas as suas afeições eram devotadas ao Pai celestial. Luz bela e suave, luz de Deus, envolvia o santo par. Esse vestido de luz era um símbolo de suas vestes espirituais de celestial inocência. Se permanecessem leais a Deus, continuaria sempre a envolvê-los. Ao entrar o pecado, porém, cortaram sua ligação com Deus, e desapareceu a luz que os cingia. Nus e envergonhados, procuraram suprir os vestidos celestiais, cosendo folhas de figueira para uma cobertura.

“Isto fizeram os transgressores da lei de Deus desde o dia em que Adão e Eva desobedeceram. Coseram folhas de figueira para cobrir a nudez causada pela transgressão. Cobriram-se com vestidos que eles mesmos fizeram; por suas próprias obras procuraram encobrir os pecados e tornar-se aceitáveis a Deus.

“Isto jamais pode ser feito, porém. O homem nada pode idealizar para suprir as perdidas vestes de inocência. Nenhuma vestimenta de folhas de figueira, nenhum traje mundano, pode ser usado por quem se assentar com Cristo e os anjos na ceia das bodas do Cordeiro.

“Somente as vestes que Cristo proveu podem nos habilitar a comparecer diante de Deus. Estas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se arrependerem e crerem. ‘Aconselho-te’, diz Ele, ‘que de Mim compres... vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez.’

“Esse vestido tecido nos teares do Céu não tem um fio de origem humana” (Ibid., p. 310, 311).

As bodas do Cordeiro

No fim do tempo, as bodas do Cordeiro serão a vinda do Messias como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Para esse banquete, há também um processo duplo de preparo, requerido de cada convidado: despir-se do “velho homem” e revestir-se do “novo homem”. Essa mudança é possível exclusivamente pela ação da justiça de Cristo, outorgada como um dom, ou comunicada por Sua graça transformadora. Quando o pecador vai a Deus, arrependendo-se e confessando seus pecados, e pela fé aceita Cristo como Salvador e Senhor, ele é perdoado e vestido em Cristo – Sua justiça. Nessa veste, tem continuidade o processo transformador da graça.

Ficarão de fora das bodas do Cordeiro todos os que rejeitarem o convite e os que tentarem participar com suas próprias vestes de justiça própria, suas boas obras, seus pretensos méritos, sua suposta santidade, avaliada por si mesmos. Esses se encontram entre os muitos que são chamados, mas ficam fora do grupo dos poucos escolhidos (Mt 22:14). Não se renderam inteiramente a Cristo. Precisam aprender a viver em total dependência dEle. Precisam Lhe entregar a vida sem reserva de domínio. Ele é quem começa em nós a obra de transformação; sendo o único capaz de completá-la. Nossa melhor vestimenta de justiça própria não passa de trapo imundo (Is 64:6). Mas todos podemos trocá-la pela veste que Jesus providenciou gratuitamente, e ocupar nosso lugar de honra no banquete celestial.

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

A veste nupcial - 10/06/2011 a 11/06/2011

Sexta, 10 de junho

Opinião
O traje de um verdadeiro cristão


Minha irmã ama a cor laranja. Sua mochila escolar, camisas, roupas de ginástica, jaqueta, chinelos, lençóis, até mesmo sua moto são laranjas. Por isso, eu não fiquei surpresa quando a cor que ela escolheu para seu casamento foi tangerina – uma brilhante tonalidade de laranja. Pensei duas vezes antes de usar um vestido de cor tangerina. Realmente prefiro usar rosa. Então eu falei com minha irmã sobre isso. Não pretendia depreciar a escolha dela. Mas foi exatamente o que fiz. Seus olhos se arregalaram quando ela ouviu meu pedido – confusa se eu estava falando sério ou não. Então rapidamente eu disse que ela esquecesse meu desejo. Eu não queria arruinar seu dia especial. Nem queria que as pessoas achassem que sou tão egoísta.

Essa experiência me ajudou a compreender a parábola da veste nupcial. Muitas pessoas declaram estar do lado de Deus, mas suas ações demonstram o contrário. Naturalmente a vida cristã precisa levar ao desenvolvimento de um caráter como o de Cristo. A veste nupcial representa a justiça de Deus. Então, quando aceitamos Sua justiça, Ele nos dá Seu poder para sermos transformados. Muitos têm tentado se justificar, acreditando que, porque Deus é amoroso e misericordioso, Ele compreenderá e aceitará suas imperfeições pecaminosas. No entanto, isso está longe da verdade.

A veste da justiça é algo que as pessoas têm o privilégio de receber. É como um uniforme que é facilmente identificado. E, assim como os convidados de um casamento esperam que a noiva use um vestido de noiva, as pessoas esperam que os cristãos sejam como o Salvador deles – amorosos, bondosos, ajudadores e obedientes à Sua Palavra. O próprio ato de usar a veste significa submissão a Ele. Podemos preferir outra roupa e usar uma diferente por um tempo. Mas estaríamos fazendo em desacato ao desejo de Cristo para nós. Em nossa vida cristã, vestir Sua justiça é igual a obedecê-Lo.

Mãos à obra

1. Convide a um amigo para ir a igreja ou a um estudo bíblico/pequeno grupo, ou planeje uma refeição e convide pessoas com quem você normalmente não se socializa.
2. Pegue um pano ou peça velha de roupa e escreva nela todas as coisas que podem impedi-lo de aceitar a oferta de Jesus de um manto de justiça. Ore e peça a Deus para trocar este trapo por Seu manto de justiça.
3. Parafraseie a história da veste nupcial usando elementos modernos. Esteja preparado para compartilhá-la durante a Escola Sabatina.


Richelle L. Elisan – Las Pinas, Filipinas

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

A veste nupcial - 09/06/2011 a 11/06/2011

Quinta, 9 de junho

Aplicação
O vestido perfeito


Planejar um casamento e fazer planos para comparecer à boda nupcial de Deus no Céu têm alguns pontos em comum. Vejamos:

Defina seu casamento. Será formal, semiformal ou informal? Seu vestido precisa combinar com o tipo de casamento que você está tendo. A parábola sobre a festa nupcial de Deus mostra que também precisamos nos preparar para aquele evento, especialmente quando o assunto é o que usar.

Determine a época do ano e o dia no qual o casamento se realizará. Ninguém sabe exatamente quando Jesus voltará. Todavia, Sua Palavra fielmente nos relembra que Ele voltará e que nós devemos esperar por Ele com esperança, enquanto realizamos Suas boas obras.

Três a doze meses é tempo suficiente para ter certeza de que a roupa servirá apropriadamente e para escolher acessórios e cores para complementar o vestido. Isso dará tempo para que a costureira faça alterações. Um vestido de noiva pode exigir cerca de cinco provas. E se você ganhar peso ou perder alguns quilos? Você também vai querer escolher flores e sapatos, vestidos para as daminhas e acessórios para o noivo e para aqueles que estarão com ele. Quando Deus disser que o tempo para o casamento celestial chegou, Jesus virá para buscar aqueles que estiverem vestidos em Sua justiça, representando Sua noiva.

Descubra se há algum requerimento que limite a seleção dos trajes. Algumas igrejas requerem que as vestes nupciais sejam modestas. Lembre-se de que modéstia não exclui a beleza. Para comparecer à festa nupcial celestial, não devemos vestir nossas esfarrapadas tentativas de justiça própria, mas o completo manto da justiça de Cristo, o qual Ele graciosamente nos oferece.

Seu vestido pode ser branco, não importa o que você tenha feito no passado. Da mesma forma, todas as boas coisas que nós fizemos não nos tornam dignos do altar quando se trata do casamento celestial. Não podemos produzir nossa própria cura para o pecado. Ao contrário, Deus nos aconselha a comprar dEle vestes brancas (Ap 3:18) que representam a justiça de Jesus – o único remédio para o pecado. Ela é à prova de mancha pecaminosa, pois é lavada em Seu sangue. Quando você se ferir em sua luta com o pecado, peça a Deus para curá-lo. Quando Satanás aponta nossa indignidade, olhe para Jesus e Sua justiça.

Mãos à Bíblia

5. Leia Eclesiastes 12:14 e 1 Coríntios 4:5 à luz de Mateus 22:11. O que será revelado pelo juízo?

Jeneva Dalida-Genebago – Caloocan, Filipinas

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

A veste nupcial - 08/06/2011 a 11/06/2011

Quarta, 8 de junho

Evidência
A veste nupcial


O Instituto de Tecnologia de Massachusetts tem o lema Mens et manus, que significa “Mente e mão”. A parábola das vestes nupciais considera a mesma ideia. O chamado do rei para a festa é feito a todos. Qualquer um que escolha aceitar o convite deve ter uma atitude dupla:

1. Propósito (mente). O convite do rei para a boda está aberto a todos. Aqueles que aceitam têm razões específicas para isso. Sua aceitação vem do coração.

2. Preparação. As pessoas que planejam comparecer precisam fazer os arranjos necessários. Essas preparações requerem propósito. As razões por que pessoas escolhem comparecer definem a forma em que elas se prepararão.

Nossa mente nos dá propósito, por aceitar o convite do rei. Nossas mãos traduzem esse propósito em ações (preparação). Os resultados de nossa “mente e mão” combinados nos definirão – não somente para outras pessoas, mas, o mais importante, para o rei. O convite e nossa aceitação dele não se destinam a residir apenas em nossa mente. Eles também devem alcançar nossas mãos. Apenas saber não é suficiente. Fazer, preparar-se para a festa é uma parte integral de nossa jornada até lá.

O convite de Deus para o Céu está aberto a todos. Ainda assim, não chegaremos ao Céu sem nos prepararmos para ele. O conhecimento de Seu convite precisa ser traduzido em ações – ações que Deus mesmo definiu e nos mostrou através de Cristo.

Uma amiga me convidou para ser sua dama de honra. Vindo de uma família filipina-chinesa, ela desejava agir de acordo com as práticas culturais chinesas para o almoço de noivado e a cerimônia de casamento. Sendo a única filipina em sua festa de casamento, ela me instruiu sobre esses costumes. Por exemplo, um vestido de cor escura precisa ser usado no almoço. Sabendo a regra (propósito/vontade), eu planejo me vestir de acordo (propósito/mão). Porque sou amiga dela, eu desejo me vestir apropriadamente. Esse desejo se traduz em preparações de minha parte. Então, o lema Mens et manus define nossa amizade, mostrando a profundidade de nosso relacionamento.

Mãos à Bíblia

4. O que a veste nupcial representa na parábola de Mateus 22:1-14? Por que a rejeição dela deveria ser, literalmente, uma questão de vida ou morte eterna?

Em algum momento da história, Deus finalmente irá separar Seus seguidores declarados. Nessa ocasião, distinguirá o trigo do joio (Mt 13:24-30), o sábio do insensato (Mt 25:1-13), o fiel do infiel (Mt 25:14-30) e os que estão verdadeiramente cobertos com o manto de Sua justiça dos que não estão (Mt 22:1-14).

Kristine Sarah Poblete – Tarlac, Filipinas

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terça-feira, 7 de junho de 2011

A veste nupcial - 07/06/2011 a 11/06/2011

Terça, 7 de junho

Testemunho
Sem mancha ou ruga


Sempre acreditei que decência é importante – em todo lugar e em todas as ocasiões. Mas, à vista de um Deus misericordioso, tenho algumas vezes me perguntado porque meramente atender à festa de casamento não é suficiente. A seguir, está a resposta à minha pergunta.

“Pela veste nupcial da parábola é representado o caráter puro e imaculado que os verdadeiros seguidores de Cristo possuirão. Foi dado à igreja ‘que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente’ (Ap 19:8), ‘sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante’ (Ef 5:27). O linho fino, diz a Escritura, ‘é a justiça dos santos’ (Ap 19:8). A justiça de Cristo e Seu caráter imaculado, é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pessoal” (Parábolas de Jesus, p. 310).

“Não é bastante crermos que Jesus não é um impostor e que a religião da Bíblia não é uma fábula artificialmente composta. Podemos crer que o nome de Jesus é o único debaixo dos Céus pelo qual devemos ser salvos, e contudo podemos não torná-Lo pela fé nosso Salvador pessoal. Não é bastante crer na teoria da verdade. Não é bastante fazer profissão de fé em Cristo, e ter nosso nome registrado no rol da igreja” (Ibid, p. 312).

“O homem que foi à ceia sem a veste de bodas representa a condição de muitos hoje em dia. Professam ser cristãos e reclamam as bênçãos e privilégios do evangelho; contudo não sentem a necessidade de transformação de caráter. [...] Não venceram suas inclinações para a injustiça, herdadas e cultivadas. Contudo pensam ser bastante bons em si mesmos e confiam em seus próprios méritos em vez de nos de Cristo” (Ibid., p. 315).

“A verdade deve estar plantada no coração. Deve dirigir o espírito e regular as afeições. Todo o caráter deve ser estampado com a expressão divina. Cada jota e til da Palavra de Deus deve ser introduzido na vida diária” (Ibid., p. 313, 314).

Mãos à Bíblia

3. Leia o restante da parábola (Mt 22:9-14). Quem eram os que foram à festa do casamento? O que significa o fato de que, entre os que foram, havia “maus e bons”?

Você já percebeu que algumas das piores pessoas são cristãos declarados? Já notou que pessoas hipócritas ou más também vão à igreja, reivindicam as promessas bíblicas e dizem ter certeza da salvação? Não devemos julgar ninguém. Mas Deus deve julgar e julgará (Rm 14:10; Hb 10:30; Ec 12:14; Dn 7:9, 10). Os adventistas do sétimo dia chamam isso de “juízo investigativo”, que é revelado nessa parábola.

Sheryll Ann F. Manese – Silang, Cavite, Filipinas

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

A veste nupcial - 06/06/2011 a 11/06/2011

Segunda, 6 de junho

Exposição
Parábolas, vestes e ir para o Céu

Resultados nus (Gn 3:9-19). Quando Adão e Eva desobedeceram uma ordem direta de Deus, suas vestes espirituais de inocência foram retiradas deles. Então fizeram suas próprias vestes de folhas de figueira para cobrirem sua nudez. Desafortunadamente, para Adão e Eva e para o resto da humanidade, o pecado tem feito a todos nós espiritualmente desgraçados aos santos olhos de Deus. E nada do que tentemos fazer pode nos tornar dignos de entrar em Seu reino e participar da celebração nupcial do Noivo e Sua Noiva.

Julgamento (Ec 12:14; Dn 7:10; Mt 22:1-8). Deus não tolerará para sempre a quantidade de erros que continuam a fluir como um rio caudaloso desde o primeiro pecado até agora. Um tempo está chegando quando cada um será julgado e o pecado será removido do planeta por toda a eternidade. Os livros do juízo serão abertos e mesmo os motivos por trás das ações de cada um se tornarão conhecidos a todos. No entanto, agora já podemos ter certeza do resultado – mas não porque o resultado seja manipulado ou o júri subornado. Podemos saber o resultado por causa do que Ele revelou a nós através da parábola das vestes nupciais. Ele estende a todos a escolha de aceitar a veste nupcial – as roupas de Sua justiça.

“Todas as pessoas terão que se pôr em pé diante de Deus e ser julgadas pelo que fizeram nesta vida. Não poderemos usar as inconsistências da vida como desculpas por termos falhado em viver propriamente. Para viver corretamente, precisamos (1) reconhecer que os esforços humanos à parte de Deus são fúteis; (2) colocar Deus em primeiro – agora; (3) receber todas as coisas boas como um presente de Deus; (4) ter consciência de que Deus julgará tanto os maus quanto os bons; (5) saber que Deus julgará a qualidade de vida de cada pessoa.”1

O convite do evangelho (Mt 22:1-8). O convite para participar da festa de casamento do Rei foi estendido primeiramente ao povo judeu. Eles foram os que Deus originalmente escolheu para convidar o mundo a aceitar a salvação. Mas, sem dar muita atenção aos esforços feitos pelo Rei e Seus servos e para o amor que Ele expressou ao estender o convite a eles, por fim, O rejeitaram. O Rei, ainda os amando, deu-lhes outra chance. Novamente Ele os convidou. Uma vez mais, eles demonstraram nada mais que desprezo por Ele e Seu convite. E, a esse tempo, não somente recusaram Seu convite, mas também mataram Seus mensageiros. Como nação, o povo rejeitou a Jesus como seu Rei. Eles rejeitaram a veste da justiça que Ele ofereceu para que cobrissem o pecado e os tornassem aptos a participar da última festa de casamento. Em vez disso, o juízo veio através da destruição de Jerusalém.

Gentios convidados (Mt 22:9-14; Ap 21:2, 9). Após a nação judaica rejeitar a mensagem do evangelho, o convite foi aberto aos gentios – ou seja, a todos os que não eram judeus. Se queremos entrar no reino e comparecer à festa de casamento preparada pelo Rei, precisamos nos humilhar e aceitar não somente o convite do Rei, mas também a roupa de casamento determinada por Ele. Para entrar, precisamos usar o manto da justiça que o Rei dá a todos os que professam fé nEle como seu Salvador. É somente a justiça de Cristo, que a veste nupcial representa, que nos permitirá entrada no Seu reino.

Se as vestes nupciais refletem a justiça de Cristo, “a rejeição da veste representa a rejeição daqueles traços de caráter que qualificam os homens a se tornarem filhos e filhas de Deus. Como os convidados na parábola, não possuímos algo apropriado para vestir. Somos aceitos na presença do grande Deus somente quando cobertos na perfeita justiça de Jesus Cristo, pelos Seus méritos. Essas são as ‘roupas brancas’ que os cristãos são aconselhados a comprar (Ap 3:18; cf. cap. 19:8).”2

Somente um caráter que reflita a Jesus e que é desenvolvido através de Seu poder nos adequará para o Reino. Hoje, Cristo continua a enviar Seu convite para o casamento e a festa. Ele ainda oferece vestes nupciais para aqueles que aceitam o convite. Se aceitarmos a veste de Sua justiça, permitindo que cubra nossos pecados, Ele nos deixará entrar na festa celestial de casamento que Deus está preparando.

1. Life Application Study Bible. p. 1150, 1151.
2. The SDA Bible Commentary, v. 5, p. 480.


Pense nisto


1. Você aceitou a roupa que Jesus Cristo oferece? Por que sim ou por que não?
2. Por que nossas ações serão julgadas, sendo que seremos salvos pela graça através da fé em Jesus, nosso Senhor e Salvador?
3. O que a perfeição cristã significa? Que traços de caráter nos qualificam a sermos filhos de Deus e como podemos desenvolver esses traços?
4. Os seguintes versos também envolvem metáforas de vestuário relacionados à justiça e salvação. Qual desses versos fala mais a você e por quê? Sl 132:16; Is 61:10; Ap 3:4, 5; 19:7, 8.
5. Leia sobre outro conjunto de roupas em Apocalipse 17:4 e 18:16. Como essa roupa se contrasta com a que estamos estudando nesta semana?

Mãos à Bíblia

2. Leia Mateus 22:1-8. Como essa parte da parábola se relaciona ao que vimos no capítulo anterior? Que tema idêntico aparece?

Todos os preparativos foram feitos pelo rei. Tudo que o povo tinha a fazer era aceitar o que lhes era oferecido. Porém, alguns simplesmente ignoraram o convite. Outros perseguiram os mensageiros. Nas palavras do rei, os que rejeitaram o convite “não eram dignos”. Porém, à luz da universalidade de todo o pecado humano, quem é realmente digno de ser convidado para a festa do Rei? No fim, como veremos, “dignidade” no sentido bíblico, vem do que Cristo faz por nós. Nossa dignidade não está em nós mesmos, mas no que permitimos que Deus faça por nós e em nós.

Malou Escasa – Baler, Filipinas

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domingo, 5 de junho de 2011

A veste nupcial - 05/06/2011 a 11/06/2011

A veste nupcial


“Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

Prévia da semana: Todos somos convidados para o banquete do casamento do rei, mas nem todos aceitam o convite. Entre os que realmente decidem comparecer à festa, alguns optam por não usar as roupas fornecidas pelo rei: as vestes de justiça de Cristo. Não é suficiente aceitar o convite; precisamos ter as roupas adequadas.

Leitura adicional: Gn 3:7, 21; Ap 3:18. Leia também Como Jesus Tratava as Pessoas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira).

Domingo, 5 de junho

Introdução
Extravagância


Como você se sentiria se todas suas roupas preferidas fossem queimadas diante dos seus olhos? Foi exatamente isso o que aconteceu a Xaio Baoujuan, um súdito corrupto sob o poder do Imperador Liangwu, da China. Baoujuan era conhecido por suas atividades noturnas boêmias e seus muitos chapéus e vestes com cinco cores. Quando o Imperador Liangwu removeu Baoujuan do poder, ele queimou suas roupas extravagantes na avenida imperial para todos verem. Após isso, muitas pessoas desistiram de sua tendência à extravagância.1

Deve ter sido doloroso a Baoujuan ser despido de suas finas vestes e assisti-las serem queimadas. Espectadores riam enquanto as chamas destruíam suas magníficas roupas. De certa forma, ele teve sorte. Foi-lhe dada a chance de ver quão arrogante ele vinha sendo e quão insignificantes tais roupas realmente eram.

Com certeza, muitos espectadores achavam que Baoujuan mereceu ter suas roupas confiscadas e destruídas. Eles provavelmente envolveram seus “mantos de justiça” bem apertados em volta deles, ao contrastarem sua melhor moral com a que levou Baoujuan à queda. Ao apontarem seu dedo para ele, estavam, na verdade, apontando outros três para si mesmos. Abriram bem seus olhos para o erro de seu irmão, enquanto eles próprios eram culpados de um mal muito maior – pensar que eram muito melhores do que Baoujuan (Mt 7:3).

A parábola de Mateus 22:1-14 ajuda a melhor compreendermos esse tipo de pensamento, também conhecido como justiça própria. Após o terceiro convite, todos aqueles que foram convidados para a festa de casamento foram. Contudo, todos exceto um, usaram a veste nupcial que costumeiramente era oferecida aos convidados. Todos os que usaram a veste representam os verdadeiros seguidores de Cristo – aqueles que aceitam Sua roupa de justiça. A pessoa que se vestiu em suas próprias roupas representa os que se chamam de cristãos, mas usam suas próprias vestes de justiça própria. Deus oferece Sua justiça a todos, porém nem todos a aceitam. Nesta semana, estudaremos essa parábola e a dolorosa verdade que ela revela – nem todos os que professam ser seguidores de Cristo o são realmente. Ao estudar, se lembre de que não cabe a nós fazer julgamento entre o fiel e o infiel (Mt 7:3). Somente Deus está qualificado para fazer isso.

1. Imperador Liangwu e Fenyi (Burning-Garment Street). Disponível em: http://www.njfzm.net /language/english/shownews.asp?id=33

Mãos à Bíblia

1. O pano de fundo para a parábola de Mateus 22 está em Mateus 21. Entre tantas coisas que acontecem ali, qual é o tema básico? Que lições espirituais podemos tirar desse trecho?

Laida Lou Fajardo Laude – Atimonan, Filipinas

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