sábado, 18 de setembro de 2010

O Amor e a Lei - Resumo Semanal - 18/09/2010 a 18/09/2010

AMOR E LEI
Resumo Semanal - 12/09/2010 a 18/09/2010
José Carlos Ramos

Chegamos à última seção temática de Romanos, que se estende de 12:1 a 15:13. O restante da epístola é reservado para mensagens e recomendações pessoais, saudações, e a bênção apostólica. A lição desta semana trata especificamente dos capítulos 12 e 13.


Até aqui, Paulo descreveu o processo glorioso da salvação provida por Deus, fundamentada no dom de Seu amado Filho. Deus não negou o que de mais precioso o Céu possuía, e isso garante que, com Ele, todas as coisas são e serão outorgadas aos que creem (8:32). Digo “serão” porque a plenitude das bênçãos da redenção em Cristo aguarda pelo dia final (ver Fl 1:6), e “são” porque um antegozo dessas bênçãos pode ser desfrutado na qualidade de vida que o seguidor de Jesus vive nesse tempo intermediário, durante o qual ele já é “nova criação” (2Co 5:17, NVI).


A escatologia bíblica, de fato, é para ser entendida tanto como consumada na história (“serão”) como já realizada em Cristo (“são”), algo que se efetiva no exercício cristão autêntico. Justificação pela fé é uma experiência dinâmica, renovadora, transformadora, que revoluciona a vida do ser humano e o coloca em harmonia com o Céu. Como a lição afirma, Jesus é o elevadíssimo padrão a ser seguido.


Estimulando os leitores a seguir o exemplo máximo de Jesus, o escritor sagrado define como o verdadeiro cristão se relaciona...

1) com Deus (12:1, 2)
2) consigo mesmo e com o próximo (12:3-21)
3) com o mundo (13:1-14)
3.1) as autoridades (vv. 1-7)
3.2) o ser humano (vv. 8-10)
3.3) o pecado (vv. 11-14), e
4) com a Igreja (14:1-15:13)
4.1) os companheiros de fé (14:1-23)
4.2) o exemplo de Cristo (15:1-13)

Será que Paulo precisaria ser mais completo?



Sacrifícios vivos

Nesta abordagem, Paulo deixa de falar em termos conceituais para falar da prática vivencial da salvação. Ele expõe o resultado ético da justificação pela fé, que se traduz num comportamento moral semelhante ao de Jesus; nesse nível de espiritualidade, a obediência à lei é motivada exclusivamente pelo amor a Deus e ao próximo, como a lição desta semana pressupõe a partir do título. Ele abre suas considerações apelando aos cristãos romanos para que ofereçam a Deus seus corpos em sacrifício vivo. Que significa isso?


A lição deduz que, ao fazer seu apelo, o apóstolo tinha em mente os sacrifícios do Antigo Testamento, quando determinados animais eram escolhidos e levados ao santuário para serem imolados. A pergunta 1 inquire sobre as semelhanças e diferenças entre o sacrifício reclamado por Paulo e aqueles sacrifícios.


Naturalmente, a maior semelhança tem a ver com qualidade e intensidade: apenas animais perfeitos deveriam ser sacrificados, e eram totalmente dedicados a isso; por sua vez, é esperado que o crente, sem reservas, ofereça seu corpo em “sacrifício... santo e agradável a Deus”, na condição de um “culto racional”. Da mesma forma que a mente dirige cada parte do corpo, assim o ofertante deve estar movido por tal disposição que seja levado a uma total dedicação a Deus. Esta é a forma apropriada de adorá-Lo.


Por outro lado, a maior diferença entre uma categoria de sacrifício e outra é sem dúvida o fato de os animais, quando sacrificados, perderem a vida, enquanto o seguidor de Jesus nasce para a verdadeira vida precisamente ao se oferecer a Deus; por esta razão, Paulo conclama os crentes a que apresentem seus corpos “por sacrifício vivo”. Sobre isso, as palavras de Jesus me parecem pertinentes: “... quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por Minha causa, esse a salvará” (Lc 9:24). Sacrifício, aqui, equivale a ganho, conquista, vitalização, superação.


Mas por que Paulo diz que é o corpo que precisa ser sacrificado? Porque o pecado se radica nele e faz dele o seu domicílio. “...na minha carne não habita bem nenhum...” (Rm 7:18). Daí a necessidade de se morrer para o pecado (6:11). “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo...” (v. 12). O homem certamente viverá se mortificar “pelo Espírito... os feitos do corpo” (8:13). Isso, é claro, requer abnegação, altruísmo, desprendimento, a morte do “eu”, enfim; tal é o sacrifício do corpo reiterado pelo apóstolo. Mais uma vez, as palavras de Jesus são pertinentes: “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz [instrumento de sacrifício] e siga-Me” (Mt 16:24).


Tudo isso requer, naturalmente, o esforço humano, mas é a operação do Espírito Santo que faculta ao pecador os triunfos aqui expressos. Tal transformação é possível “pela renovação da vossa mente” (Rm 12:2), o que denota uma obra exclusiva dEle. A terceira pessoa da Divindade se apossa da “mente, espírito, coração e caráter” do pecador. E quais são os resultados? “São vencidos pecados costumeiros; maus pensamentos não são permitidos; os maus hábitos são expulsos do templo do coração. As tendências que convergiam para a direção errada se volvem para a direção certa. Propensões errôneas e maus sentimentos se modificam; são providos novos princípios de ação e há um novo padrão de caráter. Santa disposição e emoções santificadas constituem agora o fruto produzido pela árvore cristã. Uma transformação completa tomou lugar” (Ellen G. White, SDABC, v. 6, p. 1.080).



Pensando em si mesmo

A lição de hoje abrange os versos 3-21 de Romanos 12. Depois de expor em termos breves e concludentes o relacionamento do cristão com Deus, ele se refere ao trato do cristão com o próximo com base numa consciência correta de seu valor pessoal (v. 3-21). Isso está em consonância com a ética cristã fundamentada na lei de Deus, a qual implica três relacionamentos (o cristão e Deus, o cristão e o próximo, o cristão e si mesmo), quando considerada não apenas na letra, mas antes, como bem lembra a lição, no “espírito por trás dela”, o amor: “Amarás o Senhor teu Deus... e o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:37-40).


Prezar nosso semelhante como Cristo fez não é fácil porque, antes de tudo, demanda uma autoestima correta, condizente com os princípios do evangelho, exemplificados no espírito humilde e solidário de Jesus. Se exercitados, esses princípios destronarão o egocentrismo. Não é fácil, porque tais princípios se opõem aos desejos carnais que lutam por supremacia. Só o poder do Espírito Santo pode quebrar a tirania do pecado.


Entretanto, não é requerido que alguém se subestime para que tenha o próximo no devido apreço; muito ao contrário, pois não há como esperar que alguém leve em consideração o próximo quando nem a si próprio considera. De fato, Cristo jamais Se subestimou, e ninguém amou tanto como Ele! Mas também não é possível amar o próximo como deve ser amado se nos amamos com amor egoísta, o que nos torna exclusivistas e nos faz sentir acima de todos os demais.


Assim, a forma de consideração conferida ao próximo dependerá de como a pessoa considera a si mesma. É por isso que Paulo, no tratamento de tão magno assunto, intercala referências ao imperativo do amor a afirmações paralelas da maneira como seus leitores se devem conduzir na concepção de si mesmos.


Por exemplo, ao exortar cada um deles a “que não pense de si mesmo além do que convém, antes pense com moderação segundo a medida de fé que Deus repartiu” (v. 3), ele tem em vista o exercício dos dons espirituais proporcionados pelo Espírito Santo para benefício não de um, nem de alguns, mas de toda a igreja, comparada aqui a um corpo (v. 4, 5). Então, ele assinala como deve ser o desempenho desses dons para que o propósito divino seja alcançado (v. 6-8). É claro que o amor ao próximo é essencialmente o motivo dessas orientações, mesmo porque o amor deve gerir o exercício dos dons (1Co 13).


Um segundo exemplo é visto no apelo apostólico para que o cristão, em vez de amaldiçoar, abençoe até mesmo aqueles que o perseguem (v. 14); ou, em lugar de ser orgulhoso, condescenda com o humilde (v. 16). Tente encontrar até o v. 21 outras referências assim cruzadas que demonstrem a forma ponderada e sábia de Paulo instar com os crentes a que ajam de maneira cristã no trato com as pessoas.



Relacionamento com o governo

Em Romanos 13, Paulo demonstra como o cristão deve se relacionar com o mundo. Embora o crente autêntico não aprove qualquer forma de mundanismo, nem se considere “do mundo” (ver Jo 17:16), ele, entretanto, está no mundo, aqui vive, e desfruta de coisas boas, ou relativamente boas, e necessárias, que o mundo disponibiliza. Isso o conscientiza de deveres a cumprir para com o mundo.


O apóstolo começa afirmando que as autoridades governamentais foram constituídas por Deus, e devem ser tidas como tais. Romanos 13:1-7 tem suscitado a seguinte questão: até que ponto deve o seguidor de Jesus apoiar os poderes públicos? Em geral, se afirma que os bons governos devem contar com o apoio da igreja, enquanto os maus devem sentir a aversão dela. O que surpreende, porém, é que quando Paulo escreveu sua recomendação, governava o mundo um dos maiores déspotas dos registros históricos, Nero. Este se tornou imperador em 54 d.C. e dominou até 68 d.C., quando se suicidou ao perceber que uma revolta liderada por Galba, seu rival, contava com amplo apoio popular.


Alguns acreditam que, em 58, quando a epistola aos romanos foi escrita, o governo de Nero não era mau; de fato, a história confirma que, em seus primeiros anos, ele foi um grande empreendedor, agindo com bondade e justiça. A partir de 60, porém, Nero se tornou cada vez mais corrupto e sanguinário. Foi um dos poucos imperadores a perseguir os cristãos no primeiro século. Pedro e Paulo foram martirizados por ordem dele.


Devemos apoiar governos que agem dessa maneira? Bem, a recomendação apostólica não é para que apoiemos os desmandos governamentais de quem quer que seja. Tudo o que é dito é que sejamos submissos “às autoridades superiores”; e isso por pelos menos quatro razões:



– elas procedem de Deus e foram por Ele instituídas (v. 1). O próprio Jesus afirmou a Pilatos que ele não teria poder algum “se de cima não” lhe “fosse dado” (Jo 19:11);

– resistir-lhes é resistir “à ordenação de Deus”, o que pode resultar em “condenação” (Rm 13:2;). Pedro exorta seus leitores a que não sejam punidos por outro motivo que não o “nome de Cristo” (1Pe 4:14, 16). “Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócio de outrem” (v. 15);

– porque “a autoridade é ministro de Deus para o... bem” (Rm 13:4); e, finalmente,

– porque a submissão é um “dever de consciência” (v. 5).



O mau governo jamais nulifica ou altera o fato de que o princípio de autoridade é de origem divina (crê-se que foi logo após o dilúvio que esse princípio foi estabelecido, ao Deus ordenar: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu” [Gn 9:6]). Como a lição observa, “os seres humanos precisam viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.”


Paulo se refere em Romanos 13 à espécie de sujeição que a igreja deve prestar ao governo, e não à espécie de governo a que ela deve estar sujeita. O que, no contexto bíblico, significa sujeitar-se às “autoridades”? Ser cidadãos leais no cumprimento da lei e do dever (1Pe 2:12-15); orar por aqueles que governam (1Tm 2:1, 2), inclusive no interesse da liberdade de consciência; dar a devida honra e respeito às pessoas investidas de autoridade (Rm 13:7; 1Pe 2:17); estar sempre pronto e disposto a agir em favor de ideais cívicos legítimos, contribuindo para o bem (Tt 3:1); e agir com honestidade no cumprimento de obrigações civis, tal como o pagamento de impostos (Rm 13:6, 7).


A lição também nos adverte de algo fundamental: quando as exigências governamentais “se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens.” Nenhum dever cívico jamais pode ser cumprido em detrimento de compromissos espirituais, pois a lei de Deus se sobrepõe a qualquer outra lei, por mais importante que seja. O princípio geral estabelecido por Jesus a esse respeito é muito claro: dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César (Mt 22:21). Podemos até dar a Deus o que é de César, mas não é justo dar a César o que é de Deus.


Um último ponto: estamos nos aproximando de mais uma eleição, e temos o direito e o dever de votar. Por quais candidatos deveríamos optar? Alguns pioneiros, com o consenso de Ellen G. White, achavam “direito votar em favor dos homens defensores da temperança... em vez de, por seu silêncio, correr o risco de serem eleitos homens [e eu acrescentaria também mulheres] intemperantes” (Mensagens Escolhidas, p. 337).


E é de sua pena esta solene advertência: “Não podemos trabalhar para agradar a homens [e, mais uma vez, eu acrescentaria mulheres] que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa e pôr em execução medidas opressivas... O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens [e/ou mulheres] em cargos oficiais; pois, assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 475).



Relações com os outros
Nosso dever de amar a todos é claramente estipulado: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor...” (Rm 13:8; ver também 12:17). A ideia de que uma pessoa, para ser santa, precisa se tornar eremita, reclusando-se à vida monástica, é pagã, não bíblica. “Vós sois o sal da terra”, disse Jesus, e “a luz do mundo” (Mt 5:13, 14). Ora, como o sal temperará o alimento se estiver fora dele? E como a luz iluminará se estiver distante do objeto a ser iluminado? “Não devemos viver isoladamente”, diz Ellen G. White. “Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível” (Obreiros Evangélicos, p. 394).


A pergunta 4 inquire sobre o sentido das palavras de Paulo em Romanos 13:8: “Quem ama o próximo tem cumprido a lei” (e eu as ligo ao que ele afirma no final do v. 10, “o cumprimento da lei é o amor”). Em sua argumentação, ele cita quatro mandamentos da segunda tábua da lei (v. 9), a que tem a ver com o amor ao próximo. Significa isso que estamos desobrigados de guardar os demais mandamentos do decálogo?


Absolutamente, não! Para começar, Paulo nem mesmo cita todos os mandamentos que têm que ver com o amor ao próximo, embora abra espaço para “qualquer outro mandamento” (v. 9). Ele cita de passagem esses mandamentos apenas para ilustrar seu argumento, ao tratar “de relações pessoais”, como a lição afirma.


Ademais, ele não está falando de uma abstração de amor, ou, nos termos da lição, de “um padrão vago de amor”. O amor a que o apóstolo se refere é o amor colocado em prática, o amor que age! Temos que concordar que guardar a letra da lei é muito mais fácil, simples, que amar nos termos como Paulo conceitua o amor. Para tanto, basta uma reconsideração de Romanos 12:9-21, onde as qualidades do amor a que ele se refere são claramente expostas. Vejamos:



– Amar sem hipocrisia, detestando o mal e apegando-se ao bem (v. 9);

– Amar cordialmente e fraternalmente, considerando o próximo mais digno de honra (v. 10);

– Socorrer os santos em suas necessidades e praticar a hospitalidade (v. 13);

– Abençoar, e jamais amaldiçoar, nem mesmo os que perseguem (v. 14);

– Alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram (v. 15), é claro, sem hipocrisia como determina acima a primeira qualidade de amor;

– Cultivar a estima recíproca (v. 16, Bíblia de Jerusalém);

– Substituir o orgulho pela condescendência com o humilde (v. 16);

– Não presumir de si mesmo como sendo sábio (v. 16);

– Não pagar o mal com o mal, mas esforçar-se para fazer o bem a todos (v. 17);

– Fazer o possível para viver em paz com todos (v. 18);

– Não partir para a vingança, mas deixar a questão com Deus (v. 19);

– Atender às necessidades mesmo do inimigo (v. 20); e

– Triunfar sobre o mal praticando o bem (v. 21).



Convenhamos: haveria qualquer dúvida quanto à obediência aos Dez Mandamentos por alguém que ama nos termos acima? Não está aqui uma descrição da própria maneira de Jesus amar? Observando principalmente, mas não exclusivamente, a primeira e a última dessas qualidades, não vemos implícita a obediência indistinta a todos os mandamentos, inclusive o quarto? Descumpri-los não é praticar o mal, algo contra o qual Paulo insiste? (ver 12:9, 17, 21; 13:10). E cumpri-los não é praticar o bem?



Mais próxima do que quando cremos

Concluindo Romanos 13, Paulo apresenta a razão fundamental por que temos que nos relacionar corretamente com o mundo: a proximidade da volta de Jesus. E junto a essa razão, ele exorta a igreja a se opor ao pecado, e viver mais intensamente a fé (v. 12-14).
“... nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos” (v. 11).


Notemos que “salvação” aqui tem uma dimensão futura: ela alcança a plenitude com a volta de Jesus (cf. Lc 21:28; Rm 8:23), pois com ela se iniciará a última fase do processo que resulta na erradicação definitiva do pecado. A história que teve começo com a queda de Adão, e cujo transcurso é marcado por conflitos, sofrimento e morte, chegará ao fim com a restauração plena de todas as coisas. A volta de Jesus nos conduz a esse momento ideal, tão longamente almejado pelo povo de Deus, e para o qual as profecias apontam.


Ele voltará para concluir o propósito salvífico de Deus; em outras palavras, é para que o povo de Deus se aposse finalmente da vida eterna que Jesus voltará. Sem Sua volta, a salvação não se consuma. É por isso que esse evento é identificado como “a bendita esperança” (Tt 2:13), que em todos os tempos fortaleceu a Igreja.


A salvação tem, igualmente, uma dimensão passada (Tt 3:5; 2Tm 1:9), e uma dimensão presente, no sentido de que continuamos sendo salvos conforme a vida transcorre (1Co 1:18, NVI). As dimensões passada e presente se efetivam respectivamente na experiência da justificação e na da santificação; a futura se efetivará em nossa glorificação.


Não importa quanto tempo a segunda vinda demore; a cada momento estamos mais próximos dela. Na verdade, desde a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, o mundo vive seus “últimos dias”. Satanás, “o deus deste século” (2Co 4:4), sabe “que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12).


É esse fato que empresta significado à mensagem da iminência do fim, registrada repetidamente nas páginas do Novo Testamento; embora a passagem do tempo possa ser constrangedora para nós, devido à sensação de demora (e Jesus previu que ocorreria mesmo uma sensação de demora – ver Mt 24:38; 25:5, 19; Mc 13:35), devemos admitir que o plano divino está sendo cumprido e será plenamente concretizado. “... Os desígnios de Deus não conhecem adiantamento, nem tardança” (O Desejado de Todas as Nações, p. 32).
Além disso, devemos ter em mente que a volta de Jesus pode ocorrer a qualquer momento, pois, a qualquer momento, podemos “fechar os olhos”. Como a lição afirma, “a segunda vinda está tão próxima quanto o potencial de nossa própria morte. Seja na próxima semana, seja daqui a 40 anos, fecharemos os olhos na morte, e quer durmamos só quatro dias ou por 400 anos – isso não fará nenhuma diferença para nós. A próxima coisa de que teremos consciência é a volta de Jesus.” Cabe-nos, então, viver na expectativa desse grande evento. E o que significa isso?


Viver na expectativa da volta de Jesus é ter a vida inteiramente dedicada a Ele, e todos os nossos interesses voltados para o alto, “onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3:1, 2), mantendo a consciência despertada e atenta para os solenes acontecimentos que ora se processam e que logo culminarão no aparecimento do Rei da glória. É sermos estimulados em nosso preparo pessoal e cabal, e induzidos na propagação do evangelho por preceito e exemplo, para que pessoas sinceras se convertam e partilhem conosco da mesma esperança. “A si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro” (1Jo 3:3). “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade” (2Pe 3:11).


Paulo deixa um recado semelhante aos leitores de Romanos, ao instar com eles a que...



– deixem “as obras das trevas” e se revistam “da armadura da luz”;

– comportem-se “com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja”;

– “revistam-se do Senhor Jesus Cristo” e

– “não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne” (Rm 10:12-14, NVI)



Ele afirmara previamente que já era “hora de vos despertardes do sono...” (v. 11). O mundo está mais que amadurecido para o fim. No que ele poderá piorar? O que falta é a Igreja se levantar, sacudir de vez a sonolência laodiceana e assumir definitivamente seu papel de porta-voz de Deus nesses dias finalíssimos.


O mundo está pronto para o fim; mas, e a Igreja? Vivemos a verdade na mesma proporção em que o mundo vive o pecado? Quando tal acontecer, não há dúvida que a obra será concluída. De fato algumas “últimas” profecias faltam se cumprir, a mais citada entre as quais é a de Mateus 24:14. Mas estas profecias não se cumpriram ainda porque não nos dispusemos para o seu cumprimento. “Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus” (Parábolas de Jesus, p. 69).


De tal maneira Deus nos abençoe, que assumamos logo tamanho privilégio!

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Amor e a Lei - 15/09/2010 a 18/09/2010

Sexta, 17 de setembro

Opinião

A lei em ação

Você já os viu. Aqueles grandes olhos, nos outdoors, olham para você enquanto você passa de carro por eles. Os olhos perseguidores das crianças magras mostradas na televisão olham em sua direção. Você retribui o olhar? Você tenta ajudar essas crianças carentes, famintas, a obter a ajuda de que necessitam? Ou você simplesmente muda o olhar para outra direção, como está a ponto de fazer com esta página, porque estou abordando assuntos muito pessoais?

O filme Slumdog Millionaire (“Quem Quer Ser Um Milionário?”) despertou muitas pessoas para as condições crueis dos jovens em Mumbai, Índia. Após esse filme ter sido lançado, muitos dos artistas que trabalharam nele voltaram à mesma vida de pobreza que tinham conhecido antes.

Em 1999, uma enfermeira escocesa, chamada Gillie Davidson, ficou frente a frente com os jovens indianos e sua pobreza. Depois disso, ela escolheu nunca mais virar as costas para eles. Gillie foi inspirada a tomar crianças que haviam sido forçadas a praticar prostituição, mendicância e viver nas ruas, e ajudá-las a ter uma vida melhor. Ela não queria que essas crianças repetissem a vida dos pais, que haviam morrido de AIDS, sido assassinados ou cometido suicídio. Ela foi em busca daqueles que estavam nas castas sociais mais baixas e os protegeu do abuso e do preconceito.

Para ajudar a mudar a vida deles, ela proveu-lhes alimento, roupas, abrigo e educação. O nome que deu à organização que iniciou foi Amor Escocês em Ação. Aparecem na instituição dela jovens que vêm de vários pesadelos. Um dia, chegou um menino após andar quilômetros com seu irmão e irmã mais novos. A mãe deles havia morrido de um problema cardíaco, e o pai, que era policial, havia sido assassinado.

Diferentemente de nós, Gillie não pôde simplesmente virar as costas. Os olhos suplicantes do futuro da Índia penetram em sua alma, e de alguma forma ela encontra um caminho para ajudar só mais uma criança. Ela verdadeiramente cumpre a lei da qual Paulo fala em Romanos 13: “Aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei” (Rm 13:8).

Mãos à obra

1. Leia Romanos 12 e 13 e aliste as características de um cristão e de uma comunidade cristã transformados.

2. Pense, junto com um grupo de amigos, sobre as maneiras pelas quais vocês podem se apresentar a sua igreja e comunidade a fim de oferecer ajuda e esperança em locais necessitados.

Ron Reese – Canton, EUA

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Amor e a Lei - 15/09/2010 a 18/09/2010

Quinta, 16 de setembro

Aplicação
Servir, partilhar e submeter-se


Em Romanos 12, Paulo alcança o auge de sua mensagem sobre o amor, a lei e a graça. Ele faz um apelo em vista das misericórdias de Deus, para que nos apresentemos a Ele como sacrifícios vivos. Como resultado de nos oferecermos a Deus, seremos capazes de cumprir Sua boa, agradável e perfeita vontade. Vejamos as aplicações práticas dessa mensagem em nossa vida:

Sirva a comunidade dos crentes. Paulo estava escrevendo para um grupo de crentes que adoravam juntos e que, muito provavelmente, moravam perto uns dos outros. Instruiu-os a servir ao corpo, usando seus dons espirituais (Rm 12:6-8). Da mesma forma, como crentes, devemos servir à comunidade de Cristo oferecendo nossos dons espirituais, bem como nosso tempo e energia. Se você não tem certeza de quais são seus dons espirituais, faça um teste de dons, ou pense sobre as coisas que você naturalmente faz bem e gosta de fazer. Ofereça essas coisas a Deus e ao serviço da comunidade de crentes.

Partilhe sua vida com outros. Paulo encorajou seus companheiros de fé a partilhar sua vida uns com os outros. Em Romanos 12:9-16, é-nos dito que devemos sofrer e nos alegrar uns com os outros, praticar a hospitalidade, e viver em paz uns com os outros. Estas são apenas algumas das formas em que partilhamos nossa vida com outros crentes. Há uma certa vulnerabilidade ou risco em sermos parte de uma comunidade, mas esta é uma das formas de nos lembrar da obra redentora de Deus em nossa vida e na vida de outros.

Submeta-se às autoridades. Conquanto devamos nos submeter e fazer concessões uns aos outros no corpo de Cristo, Paulo também escreve em Romanos 13 que devemos nos submeter aos que exercem autoridade sobre nós. Há muitos que servem em posições de autoridade, quer em nossa igreja local, quer no governo de nosso país. Devemos respeitar os oficiais do governo, orar por eles e, o quanto nos permitir a consciência, cooperar com eles. Também devemos mostrar nossa submissão às autoridades em nossas responsabilidades fiscais de pagar nossos impostos, respeitar as leis e o governo e ser úteis à cidade e ao país em que vivemos.

Mãos à Bíblia


7. Leia Romanos 13:11-14. De que evento Paulo está falando aqui, e como devemos agir na sua expectativa?

Até onde interessa a todos, mesmo até onde vão nossas experiências pessoais, a segunda vinda de Jesus está tão próxima quanto o potencial de nossa própria morte. Seja na próxima semana, seja daqui a 40 anos, fecharemos os olhos na morte, e quer durmamos só quatro dias ou por 400 anos – não fará nenhuma diferença para nós. A próxima coisa de que teremos consciência será a segunda vinda de Jesus. Com a morte potencialmente sempre na próxima esquina para alguns de nós, o tempo é realmente breve, e nossa salvação está mais próxima do que quando cremos.

8. Você está atualmente fazendo algo em prol da igreja como comunidade? Se não, como você acha que poderia se envolver? Se sim, o que faria melhor?

Alyssa Foll – Bloomfield, EUA

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Amor e a Lei - 15/09/2010 a 18/09/2010

Quarta, 15 de setembro

Testemunho
Amando a lei


“A lei de Deus, pela sua própria natureza, é imutável. É uma revelação da vontade e caráter do Autor. Deus é amor, e Sua lei é amor. Seus dois grandes princípios são amor a Deus e amor ao homem. ‘O cumprimento da lei é o amor’ (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 467).

“Os misericordiosos são ‘participantes da natureza divina’ (2 Pe 1:4), e neles encontra expressão o compassivo amor de Deus. Todo aquele cujo coração está em harmonia com o coração do infinito amor, buscará reaver e não condenar. A presença permanente de Cristo no coração é uma fonte que jamais secará. Onde Ele habita, haverá uma torrente de beneficência.

“Ante o apelo do tentado, do errante, das míseras vítimas da necessidade e do pecado, o cristão não pergunta: São eles dignos? Mas como posso eu me beneficiar? Nos mais indignos, mais degradados, vê almas para cuja salvação Cristo morreu, e para quem Deus deu a Seus filhos o ministério da reconciliação” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 22).

Mãos à Bíblia

5. Como devemos entender Romanos 13:8? Significa que, se tivermos amor, não teremos a obrigação de obedecer à lei de Deus?

Sendo a lei uma expressão do caráter de Deus, e Deus é amor, segue-se que o amor é o cumprimento da lei. Mas Paulo não substitui um padrão vago de amor pelos preceitos detalhados com precisão pela lei, como alegam alguns cristãos. A lei moral ainda está em vigor, porque, novamente, é ela que assinala o pecado. E quem vai negar a realidade do pecado? Porém, a lei só pode ser obedecida verdadeiramente no contexto do amor. Lembre-se: alguns dos que levaram Cristo para a cruz correram em seguida para casa a fim de guardar a lei!

6. Que mandamentos Paulo cita para ilustrar o princípio do amor na guarda da lei? Por que ele menciona esses em particular? Rm 13:9, 10

Hannah Eckright e Tabitha Eckright – Castle Valley, EUA

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Amor e a Lei - 14/09/2010 a 18/09/2010

Terça, 14 de setembro

Exposição
Vida em um mundo pagão


A lição desta semana examina uma parte menor (Romanos 12, 13) de uma seção maior (Rm 12:1-15:13). Deve ser compreendido que, na seção maior, Paulo estava escrevendo sobre a atitude e conduta esperada dos cristãos na cidade de Roma. Tudo isto está relacionado à lei e ao amor. Com isso em mente, mergulhemos na Palavra e vejamos o que Paulo tem a partilhar conosco.

Consagrando o corpo e a mente (Rm 12:1, 2). Desde que o pecado entrou no mundo, sempre tem havido uma tendência de seguir a carne. A natureza humana tende a gravitar em direção ao prazer, beleza e diversão. Nesses primeiros versos, Paulo está conclamando a uma entrega completa da pessoa a Deus. Ele faz distinção entre o mundano e o celestial, o profano e o santo.

“Aqui temos o que é mais significativo. A verdadeira adoração é o oferecimento a Deus do próprio corpo e de tudo o que a pessoa faz todos os dias com ele. A verdadeira adoração não é o oferecimento de uma liturgia, por mais nobre que seja, nem de um ritual, por mais magnificente que seja. A verdadeira adoração é o oferecimento da vida diária a Ele; não algo efetuado numa igreja, mas algo que vê o mundo todo como o templo do Deus vivo.”1

Usando os dons de Deus com humildade (Rm 12:3-8). Nos 19 versos seguintes, Paulo escreveu sobre o serviço de amor a todos. Nos versos 3 a 8, vemos que todos os membros são parte de um corpo e que há muitas partes nesse corpo. Deus dá a cada membro diferentes dons, como: profecia (verso 6); ministério e ensino (verso 7); exortação, generosidade, administração e misericórdia (verso 8).

Exemplificando traços de caráter cristãos (Rm 12:9-21). Para um cristão que vivesse em Roma durante a época de Paulo, esses versos seriam um desafio. Especialmente para o novo cristão, alguns desses traços seriam motivo para séria reflexão. Tome por exemplo este: “Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo” (verso 10). Sim! É isso mesmo! Alguém acabou de roubar seu ponto favorito de comércio no mercado. Você está com esse ponto há 14 meses! Que ousadia! Mas o verso 12 diz: “sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração.”

Paulo prossegue dizendo, no verso 14: “Abençoem aqueles que os perseguem...”. A última coisa que você planeja fazer é “abençoar” esse homem! Paulo, contudo, não facilita as coisas: “Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos” (verso 17). E ele ainda tem a coragem de dizer, no verso 18: “Façam todo o possível para viver em paz com todos” . Não se esqueça: bem ao lado do seu ponto de comércio, aquele que foi seu por 14 meses, há outro ponto de comércio.

Se você puder pular para o verso 21 e praticá-lo, talvez você possa recuperar o ponto de comércio um dia. “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”. Ah, e não se esqueça daquele ensino de que a vingança pertence a Deus e de que se deve dar de comer à pessoa que roubou o que era seu (versos 19, 20). Se essa coisa de cristianismo realmente funciona, talvez seu dia no mercado corra bem.

Honrando as autoridades (Rm 13:1-7). A história prossegue, e então você vai falar com um policial. Mas lembre-se de Romanos 13:7: “Deem a cada um o que lhe é devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra”.

Andando em amor (Rm 13:8-14). Esse grupo de versos teria ajudado a vítima em nossa história. Se ele tivesse se aproximado do mercado naquela manhã compreendendo que ninguém lhe devia nada, mas que ele devia amor a todos, talvez sua manhã não tivesse sido tão tumultuada. Gosto da maneira como o verso 14 encerra essa seção: “Ao contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne.” Nesse verso, “Paulo exorta os crentes a exibir exteriormente o que já ocorreu interiormente – inclusive a prática de todas as virtudes associadas com Cristo”.2

1. William Barclay, The Daily Study Bible Series: The Letter to the Romans (Philadelphia: Westminster Press, 1975), p. 157.
2. The NIV Study Bible, Kenneth Barker (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1985), p. 1727.

Mãos à Bíblia

4. Que princípios básicos podemos tirar sobre nosso relacionamento como cristãos com o poder civil? Rm 13:1-7

Paulo escreveu nos tempos de um império pagão, brutal, corrupto, que não conhecia nada sobre o Deus verdadeiro e, dentro de alguns anos, começaria uma perseguição sangrenta contra os que quisessem adorar esse Deus. De fato, Paulo foi morto por esse governo! Mas, apesar de tudo isso, Paulo defendeu que os cristãos devem ser bons cidadãos, mesmo sob um governo assim. O conceito de governo é ordenado por Deus. Os seres humanos precisam viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. Os cristãos devem dar apoio leal ao governo, na medida em que suas reivindicações não estejam em conflito com as reivindicações de Deus.

Kevin Pires – Lexington, EUA

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Amor e a Lei - 13/09/2010 a 18/09/2010

Segunda, 13 de setembro

Evidência
Colados no bem


Como seres humanos neste mundo caído, nossa tendência natural é fazer o mal. Sem que Cristo atue por meio de nós, até nosso amor é egoísta e falso. Assim, para ajudar-nos, Deus deu algumas instruções sobre a maneira de viver e amar: “Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom. ... sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor.” (Rm 12:9, 11). Mas o que exatamente significa isso?

A palavra odiar, traduzida de apostugeo, é um verbo encontrado somente aqui. Significa “odiar violentamente”.1 Esse é um mandamento muito forte. Não é suficiente apenas ignorar o mal, ou afastar-se dele. Devemos odiá-lo ativamente! Isso está em contraste direto com a frase seguinte: “apeguem-se ao que é bom”. “Apegar-se” é tradução da palavra kollao, “um termo que significa ‘colar, soldar ou cimentar’ nós mesmos a alguma coisa”.2 Percebe-se que essa também é uma ilustração muito vívida. Você já colou acidentalmente duas coisas com supercola e depois tentou separá-las sem o solvente apropriado? Ou já tentou separar dois pedaços de metal soldados? É muito difícil, se não impossível! Da mesma forma, os cristãos devem estar tão intimamente ligados ao que é bom, que seja quase impossível separá-los dele.

O capítulo continua especificando como ser cimentados à bondade, parafraseando a regra áurea: coloque os outros em primeiro lugar, seja amável, trate a todos com o amor de Deus e sirva o Senhor. A palavra traduzida “fervorosos”, zeo, “significava literalmente ferver ou estar em ebulição”.3 Devemos estar tão entusiasmados com Cristo, tão prontos a servir e obedecer, como que estivéssemos em ebulição. O amor de Jesus deve encher nosso coração para que façamos diligentemente tudo o que Ele pede, estando mais próximos dEle cada dia.

“O amor deve ser sincero” (Rm 12:9). Os cristãos devem ser diferentes do resto do mundo. Devemos amar com um amor puro, e não um amor mesclado com egoísmo. Quando Cristo viver em nosso coração, acharemos o mal tão terrível que ele será odioso para nós, e tentaremos fazer da bondade uma parte inseparável da nossa vida. Nosso coração e mente estarão cheios do amor de Deus, e estaremos tão entusiasmados por sevi-Lo que Suas leis serão uma alegria para nós.

1. Brad Price, Living by Faith: A Commentary on the Book of Romans, p. 261, 263.
2. Ibid.
3. Ibid.


Mãos à Bíblia

2. Como devemos revelar amor aos outros? Rm 12:3-21

3. Como você está aplicando à sua própria vida a advertência de Paulo em Romanos 12:18? Você precisa de alguns ajustes de atitude a fim de fazer o que a Palavra nos diz aqui?

Amanda Ernst – Douglasville, EUA

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domingo, 12 de setembro de 2010

O Amor e a Lei - 12/09/2010 a 18/09/2010

O AMOR E A LEI


“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12:2).

Prévia da semana: Nosso modo de valorizar, nutrir e servir aos outros é um ato espiritual de adoração. Quando aceitamos pela fé o dom gracioso de Deus, estendemos Seu amor e misericórdia aos outros e cumprimos os requisitos da lei de nos amar mutuamente.

Leitura adicional: Romanos 12 e 13; Caminho a Cristo, p. 57-65.

Domingo, 12 de setembro

Introdução
“Amor legal”


“Não, por favor, não me levem! Por favor, deixem-me em paz!” gritava a mulher. Ela não imaginava que seria apanhada no ato de adultério. Fariseus e doutores da lei a agarraram e a levaram a Jesus. O coração dela batia rapidamente, enquanto aguardava um apedrejamento até a morte. Então, ela ouviu um dos doutores perguntar: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?” (Jo 8:4, 5).

O momento de silêncio antes de Jesus responder deve ter parecido à mulher uma eternidade. Ela estava envergonhada demais para olhar para cima; por isso, sem que ela o soubesse, Ele havia começado a escrever algo na poeira. À vista de todos, Ele estava escrevendo os pecados daqueles que a condenavam (leia O Desejado de Todas as Nações, p. 461). Os fariseus e doutores estavam ficando agitados, e continuaram fazendo a pergunta a Jesus, tentando obter uma resposta. Então Ele disse: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (Jo 8:7).

Quando as palavras que Jesus estava escrevendo na poeira se tornaram claras, os fariseus e doutores começaram a ir embora, cada um sabendo que também não estava livre de pecado. Após outra “eternidade”, a mulher ouviu estas suaves palavras: “‘Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou?’ ‘Ninguém, Senhor’, disse ela. Declarou Jesus: ‘Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado.’” (Jo 8:10, 11).

Que maravilhoso exemplo de amor incondicional! A mulher sabia que o que ela fez poderia custar-lhe a vida, mas o fez assim mesmo. Foi poupada da morte apenas pela misericórdia e graça de Jesus Cristo e Seu infalível amor pela humanidade. Sem condescender com seu pecado, Ele a livrou da punição segundo a lei. É de se esperar que ela tenha andado na luz do amor de Jesus pelo resto da vida.

Em nossa própria vida precisamos ser tão demorados para condenar como Jesus era. Nesta semana, estudaremos como podemos aprender a lidar ao mesmo tempo com a lei e o amor.

Mãos à Bíblia

1. Que semelhanças Paulo destaca entre os sacrifícios do Antigo Testamento e do Novo? Quais as diferenças? Rm 12:1, 2


Shellie Pires –
Loma Linda, EUA

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