sábado, 16 de outubro de 2010

JÔNATAS


“E Jônatas disse a seu escudeiro: ‘Vamos ao destacamento daqueles incircuncisos. Talvez o Senhor aja em nosso favor, pois nada pode impedir o Senhor de salvar, seja com muitos ou com poucos’” (1Sm 14:6).

Prévia da semana: A amizade e o desprendimento de Jônatas são um exemplo raro de altruísmo e amor cristãos.

Leitura adicional: Patriarcas e Profetas, p. 649, 652–660, 713.

Domingo, 17 de outubro

Introdução
Quem está tocando o segundo violino?

Na indústria dos filmes, já foram travados e perdidos muitos casos no tribunal sobre que nome deve ser colocado em primeiro lugar nos créditos. O que isso diz sobre a natureza humana? Batman e Robin, o Presidente e a Primeira Dama, Josué e Calebe, Paulo e Silas, Pedro e João. Quem é o principal e quem é o que apoia?

O incrível relacionamento que existia entre o filho de um rei e o futuro rei ungido tem intrigado a mente das pessoas por séculos. Enquanto um estava sendo elevado à realeza e honra, o outro era lembrado de que o trono nunca seria seu. Contudo, a amizade deles era maior. Davi e Jônatas se uniram num momento crucial de suas vidas. Eles precisavam um do outro.

Na natureza, também existem relações que trazem benefício mútuo. Para que algumas variedades de orquídeas sejam fertilizadas, uma abelha tem de entrar na flor e caminhar até o topo para obter o pólen e o néctar. Depois, ela sai por outra abertura. O pólen se gruda às patas da abelha, que poliniza outras flores. Assim, tanto as necessidades da flor quanto as da abelha são satisfeitas.

A maioria das pessoas tem apenas um – talvez dois – amigos íntimos durante sua vida toda. Contudo, na vida de toda pessoa há uma necessidade de poder partilhar pensamentos íntimos. Todos precisamos de alguém que nos conheça, com todos os nossos defeitos, mas nos ame da mesma forma.

Há quatro características de um amigo íntimo: abnegação, lealdade, aceitação incondicional e encorajamento. O egoísmo, porém, não é parte de uma verdadeira amizade. Você não pode se aproveitar de um amigo, nem pode manipulá-lo. Tem de ser uma partilha equitativa. Um amigo não abandona o outro quando as coisas ficam difíceis. Quando as coisas começam a se amontoar contra seu amigo, você está lá para apoiá-lo. Na verdade, você estará lá para encorajá-lo e animá-lo para que ele possa ser vencedor. Seu amigo pode ser ele mesmo quando está com você. Pode chorar e derramar o coração, e você irá ouvi-lo. Pode até agir como bobo, e não irão cair no seu conceito por causa disso.

Como é uma amizade íntima através dos seus olhos? Em sua amizade, um é mais dominante que o outro? Um de vocês está fazendo mais esforços para a amizade funcionar? Se sim, o outro está num papel de apoio?

Em nosso estudo esta semana, examinaremos algumas características cruciais de uma amizade incrível que pode estabelecer um padrão para sua vida, mas, o mais importante, que reflete a amizade que Jesus deseja ter com você.

Mãos à Bíblia

1. Que características da amizade são destacadas nos seguintes textos? Êx 33:11; Jó 16:20, 21; Pv 17:17; 27:9; Ec 4:10; e Jo 15:13-15


Kevin Gredig – Palmerston North, Nova Zelândia

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Ana - Resumo Semanal - 16/10/2010 a 16/10/2010

APRENDENDO A SER ALGUÉM
Resumo Semanal - 10/10/2010 a 16/10/2010
Ivanaudo Barbosa

Objetivo deste estudo: Mostrar que, através da oração, a visão de Ana foi aberta.
Verdade central: A visão de uma mulher que orava.

INTRODUÇÃO

Vamos estudar nesta semana, a vida de mais um personagem que, diante da sociedade, tinha aparentemente pouco valor. Vamos apresentá-la: Ana. Quem era esta senhora? Era esposa de Elcana, um sitiante da tribo de Levi que vivia nas montanhas de Efraim. Uma mulher estéril, portanto até aquele momento não tinha filhos e dividia com outra mulher o carinho e a atenção do marido . Cercada por estas circunstâncias, ela vivia triste, era provocada com freqüência pela rival, tinha baixa auto estima, sentia-se preterida, não se sentia segura quanto ao futuro. Elcana a amava, mas ela era muito infeliz porque não tinha nenhum filho. E pela força cultural e religiosa, sentia-se mesmo amaldiçoada por Deus pelo fato de não ter filhos. Eis alguns aspectos que podemos considerar sobre a vida de Ana:

1. Ana orou a Deus pedindo um filho varão.
2. Ela disse que, se Deus a atendesse, ela devolveria o filho a Deus.
3. Ana entendia que um filho varão resolveria seu problema, o da Igreja e o da nação.
4. Deus atendeu sua oração e lhe deu o filho. Por isso, o nome de Samuel significa “Ouvido pelo Senhor”.
5. Ana cumpriu sua promessa e, assim que o menino foi desmamado, ela o levou ao templo.
6. Ana foi grata a Deus e pronunciou um cântico profético (1Sm 2).
7. Após o nascimento de Samuel, Ana teve mais cinco filhos.
8. Samuel se tornou juiz, profeta, sacerdote e administrador do povo de Deus.
9. Samuel trouxe alegria para sua mãe.
10. Samuel resolveu o problema da Igreja e da nação.

I. A SITUAÇÃO REINANTE

A situação da nação
Estamos partindo do pressuposto de que Ana tinha uma visão correta do futuro e do que resolveria a situação tanto da Igreja, como da nação. Consideremos a situação da nação em primeiro lugar. Naquele tempo, a nação israelita não estava organizada politicamente. Era uma situação tribal, sem uma sólida conexão governamental. Pela irregularidade da vida religiosa deles, Deus os entregou à sua própria sorte. Sem a proteção direta de Deus, foram invadidos e escravizados por diversas vezes e por vários povos. Veja alguns exemplos:

1. Foram escravizados por Eglon (Jz 3:12).
2. Foram entregues a Jabim, rei de Canaã (Jz 4: 1, 2).
3. Foram escravizados pelos midianitas (Jz 6:1).
4. Foram invadidos pelos filisteus (Jz 13:1).
5. Em resumo, a Bíblia diz que, nessa situação caótica, “cada um fazia o que achava melhor aos seus olhos”(Jz 21:25).

Naquele quadro sombrio e desolador, Ana viu que um homem dirigido por Deus poderia ser a solução. Com isso em mente, ela acreditava que sua petição por um filho homem seria a solução adequada.

A situação da Igreja

Como a Igreja e a nação eram uma e a mesma coisa, estando a nação escravizada e longe de Deus, a Igreja refletia a mesma situação. Como a nação estava vivendo uma situação difícil, a Igreja seguia o mesmo caminho. Como faltava liderança para a nação, a Igreja também não tinha líderes que a conduzissem como Deus desejava. Vejamos um quadro da Igreja.

Após a morte de Josué, o relato bíblico diz que eles se esqueceram de Deus e passaram a servir os deuses Baal e Astarote (Jz 2:13).

Outro texto também diz que eles se esqueceram de Deus e passaram a servir aos deuses Baal e Aserote (Jz 3:7).

Anos mais tarde, o sacerdócio foi parcialmente organizado em Siló. Eli era o sumo sacerdote e seus filhos Hofni e Fineias eram sacerdotes. Mas a conduta espiritual desses dois sacerdotes era inaceitável. Eles eram irreverentes para com Deus, com as ofertas trazidas e com os adoradores. Eram glutões, intemperantes e egoístas (1Sm 2:12-17) - Ellen G. White diz que eles eram irreverentes e haviam perdido toda a intuição da santidade e significação do ofício sacerdotal (Patriarcas e Profetas, p. 575).

O próprio pai reconhecia que seus filhos faziam coisas inaceitáveis diante de Deus e dos fiéis (1Sm 2:23). Ellen G. White diz de Eli, o pai, enchia-se de “ansiedades e remorsos pelo procedimento dissoluto de seus filhos” (Patriarcas e Profetas, p. 573).

Em 1 Samuel 1:1 é dito que Elcana era efraimita. Na verdade, ele era descendente de Levi. Mas, como a situação do sacerdócio estava em decadência e não havia organização, esse homem tinha ido morar na região montanhosa de Efraim, tornando-se um sitiante bem sucedido. Abandonou completamente sua função na linhagem sacerdotal, embora permanecesse fiel a Deus. Ellen G. White diz: “Elcana, levita do Monte Efraim, era homem de riqueza e influência, e um dos que amavam e temiam ao Senhor” (Patriarcas e Profetas, p. 569).

Situação de Ana

Como foi mencionado acima, a nação vivia uma situação difícil, a Igreja estava desordenada e o lar de Ana refletia situação similar. Comecemos por Elcana. Ele tomou para si uma segunda esposa, por ser Ana estéril. Isso estava de acordo com o padrão cultural de seus dias, mas contrariava o princípio divino (Gn 2:24). Sua escolha, à semelhança do que havia acontecido com Abraão, Jacó e outros, era a responsável pela discórdia em seu lar. Na introdução, está delineada a condição de Ana. Ela vivia amargurada, chorava muito, sentia-se inferiorizada, com baixa autoestima e, segundo a visão popular, era amaldiçoada por Deus, porque não tinha um filho. Então, o lar de Ana era um lar de discórdia. O autor da lição diz que, porque Ana vivia sem filhos, a vida não tinha para ela nenhum significado real. E para piorar a situação, conforme o relato da Bíblia, sua rival a provocava e a insultava.

II. A SOLUÇÃO


Ana

Vamos agora, prezado leitor, pelo caminho das soluções. Tudo começa com Ana orando ao Senhor (1Sm 1:11). Ali no templo, ela derrama seu coração diante do Senhor. O autor da lição diz que o verbo “derramar” indica que sua oração não foi uma oração comum. “O verbo derramar normalmente é associado ao despejo de líquidos, particularmente sangue e água com relação aos sacrifícios (cf. Lv 4:7, 12, 18, 25, etc.)”. “É um verbo usado em relação a orações profundas (Sl 42:4, 5). Essa oração derramada é talvez o tipo mais íntimo de oração. Ela expressa a dor e os temores mais profundos”. Então, Deus atendeu a oração de Ana e, no tempo determinado o menino nasceu (1Sm 1:20). A Bíblia diz que, quando o menino nasceu Ana sorriu (1Sm 2:1). Ellen G. White acrescenta: “O coração da mãe se encheu de alegria e louvor. “O meu coração exulta ao Senhor…” (Patriarcas e Profetas, p. 571). O quadro começou a mudar. O lar da Ana, que era um lugar de amargura, dor e tristeza, passou a ser um lugar de alegria. Ana sabia que “Deus é completamente capaz de controlar as circunstâncias da história, bem como a própria experiência pessoal. Ela passou a ver a vida de uma perspectiva totalmente nova.”

Igreja

Na Igreja, a situação também começou a mudar. Note que, ao ser desmamado, o menino foi levado para viver no templo. Ele tinha sido dedicado ao Senhor. Ali no templo, Samuel teve sua primeira visão. Deus falou com ele. Naqueles dias sombrios, havia silêncio na comunicação entre o Céu e a Terra. Esse silêncio foi quebrado. Era Deus vindo em direção à Igreja para solucionar seus problemas. Que quadro bonito!

A Bíblia diz que Samuel crescia em estatura e em favor diante de Deus e dos homens.

O relato histórico dos fatos a seguir é triste, mas era a lei da semeadura e colheita produzindo sua messe. Durante a guerra com os filisteus, os filhos de Eli, Hofni e Fineia foram mortos (1Sm:17).

Para completar o quadro, ao chegarem as notícias da morte de seus filhos e da tomada da arca de Deus, o velho sumo sacerdote, caiu da cadeira e morreu (1Sm 4:18).

Tendo morrido Eli e seus filhos, Samuel assumiu a liderança da Igreja. Ele fez uma solene convocação e apelou para que eles abandonassem seus deuses e se voltassem para Deus. Isso foi feito (1Sm 7:7:3 e 4). Houve uma mudança de rumo, e a Igreja começou a ter uma nova experiência com Deus.

Nação

Ana agora estava feliz. Ela era “alguém”, segundo o título da lição. A Igreja havia se voltado para Deus. Então, o Senhor pediu que Samuel ungisse Saul para ser o rei de Israel. Samuel ficou triste porque se sentiu rejeitado, mas Deus o animou a fazer o serviço. Ele cumpriu o mandado divino e ungiu Saul. Mas Saul era irreverente, egoísta e desobediente. Pori sso, Deus o rejeitou. Então, Samuel foi chamado para ungir Davi. Ele o fez. Davi, chamado o “homem segundo o coração de Deus, estendeu as fronteiras de Israel, providenciou material para a construção do templo, organizou os cantores para a liturgia da adoração, trouxe a arca de Deus para Jerusalém, subjugou reinos e nações e fez de Israel a maior potência da época. Deus foi honrado. A nação estava bem.

CONCLUSÃO


A lição fala do desafio de “Ser Alguém”. Ana nos indica o caminho:

1. Ter a certeza de que Deus é soberano e Senhor dos acontecimentos.
2. Ter disposição para cooperar com Deus. Ana estava tão disposta que prometeu devolver a Deus aquilo que estava pedindo para si.
3. Saber que Deus nos ama individualmente.
4. Quando você não conseguir ver solução, busque a Deus de modo diferente: Ele terá resposta diferente para você.

Agora, podemos construir o quadro completo. Num lar amargurado, numa Igreja apostatada e numa nação sem rumo, Ana viu que um homem nas mãos de Deus seria a solução. Então, ela orou por isso. Ela estava disposta a receber para dar. Deus a atendeu, e ela cumpriu sua promessa. Os resultados vieram. Ana finalmente era “alguém”.

PARA DISCUSSÃO COM SUA CLASSE
1. Em sua igreja, quem está passando por dificuldades em casa ou na vida pessoal? Como vocês, como grupo, ou você, pessoalmente, podem ajudar e apoiar essas pessoas? Quanto você está disposto a sacrificar a fim de ajudar?
2. Quais são alguns dos estigmas culturais mais presentes em nossa sociedade; isto é, que coisas são consideradas terríveis em nossa cultura? Pergunte a si mesmo: estas são as coisas que o próprio Deus considera más? Como povo, corremos o perigo de estigmatizar, por causa da cultura, coisas que Deus não considera más?
3. Que exemplos você pode dar em que podemos ter feito isso? Como podemos saber a diferença entre o que é cultural e o que é bíblico?
4. Ao ver problemas e nossa casa, na igreja ou mesmo na nação, geralmente apontamos os culpados pela situação. Pergunte à sua classe: Com base no que estudamos, que tipo de solução diferente eu posso propor, para melhorar isso?
5. Tendo como base a história de Ana, se você se sente humilhado, preterido, sem valor e mesmo abandonado por Deus, o que você pode fazer para mudar a sua situação?


Ivanaudo Barbosa Oliveira, nascido em Jacobina/BA e casado com Magali Barbosa de Oliveira, tem dois filhos: Audrey e Edrey. Na União Sul-Brasileira foi pastor distrital, departamental, secretário, presidente de associação e secretário da União. Em 2004, passou a ser Secretário e Ministerial da União Nordeste-Brasileira, onde atua até o presente.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ana - 15/10/2010 a 16/10/2010

Sexta, 15 de outubro

Opinião
Brilhando nos bastidores


Quando era um garoto de 10 ou 11 anos, Joel não sabia o que o futuro lhe reservava. Ele só sabia que amava máquinas fotográficas, e por isso passava a maior parte dos fins de semana aprontando os equipamentos para o culto na igreja. Ao entrar na adolescência, Joel trabalhava atrás de uma câmera durante os cultos. Podia não ter sido aparente para ele naquela idade, mas um dia ele estaria em frente de uma câmera, pregando a mensagem do maravilhoso amor de Deus, não apenas para a congregação da Igreja de Lakewood, mas para o mundo todo.*

Às vezes é fácil nos esquecermos dos que trabalham atrás dos bastidores. Contudo, seu trabalho é tão importante como o dos que se encontram no foco de atenção. Poderia um musical premiado ter a atuação de um astro sem que houvesse os ajudantes de teatro? Poderia um grande cantor se apresentar sem os cantores que fazem o vocal de apoio, ou sem a orquestra?

Deus ainda reconhece as pessoas que ficam nos bastidores, assim como reconheceu Ana. Talvez ela muitas vezes tenha ficado à sombra de Penina, porque não tinha filhos. Conquanto talvez tenha se sentido negligenciada e esquecida, Deus não a esqueceu. Ela tinha fé e coragem, sabendo em seu coração que Deus tinha um plano para ela.

A igreja tem muitos papéis nos quais os cristãos devem tomar parte. Muitas vezes ficamos tão envolvidos com o sermão ou a música especial que nos esquecemos de que a participação não tem a ver com o estar no foco de atenção. “A cada um foi distribuída sua obra, e ninguém pode substituir a outro” (Ellen G. White, Serviço Cristão, p. 10). Todos temos diferentes lugares onde prestamos um bom trabalho. Às vezes Deus está nos usando bem onde estamos. Embora outros talvez não reconheçam o trabalho que estamos fazendo, Deus o vê; e Sua recompensa é maior que qualquer coisa que qualquer pessoa aqui na Terra pudesse lhe dar.

Quando usados, os talentos que Deus concedeu a cada um de nós ajudam a fazer a igreja funcionar eficientemente. Cada um de nós tem um chamado na vida. Quer você esteja à frente cantando ou sentado no banco dando um encorajador aperto de mão ao visitante que está ao seu lado, você está fazendo a obra de Deus, e vai emanar luz de dentro de você. Você brilhará para que o mundo inteiro veja.

* Joel Osteen, Become a Better You (New York: Simon and Schuster, 2007), p. 72, 73.

Mãos à obra

1. Como você pode servir a outros enquanto trabalha nos bastidores?
2. Como você pode usar os talentos que possui para glorificar a Deus?
3. Mande um e-mail ou telefone para alguém que talvez esteja lutando com um problema. Encontre uma forma de partilhar a promessa de Deus de estar conosco em tempos de dificuldade.

Alexandra Yeboah – Brampton, Canadá

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ana - 14/10/2010 a 16/10/2010

Quinta, 14 de outubro

Aplicação
O modelo de Ana


Hoje, examinaremos em partes como lidar com momentos difíceis, de acordo com o modelo que Ana nos deu.

O problema. Elcana tinha duas esposas, Ana e Penina. Penina tinha filhos, mas Ana, não. Naquele tempo, era vergonhoso para uma mulher não ter um filho; quanto mais, não ter filho nenhum! Portanto, Ana se sentia sem valor.

A solução de Ana. Ela reconheceu que a autopiedade não resolveria seu problema. Então, decidiu falar com Deus sobre a questão. Fez uma aliança com Ele, dizendo-Lhe que se Ele a abençoasse com um filho, ela o dedicaria ao Senhor.

O resultado. Deus ouviu a oração de Ana e a abençoou com um filho, a quem ela deu o nome de Samuel.

A resposta. Ana trouxe Samuel ao santuário e o dedicou ao Senhor. Agradeceu-O através da oração. Esta oração salienta aspectos-chave sobre Deus: (1) Ele merece todo o nosso louvor. (2) Não podemos fazer nada sem Ele. (3) Deus responde àqueles que são fiéis a Ele. (4) O Senhor conhece o fim desde o princípio. Ele sabe o que é melhor para nós. (5) Ele dá felicidade e força aos que estão dispostos a recebê-Lo. (6) Nossos maiores inimigos e lutas não têm poder sobre nós, se confiarmos em Deus. (7) Deus nunca prometeu que a vida seria fácil. Contudo, Ele prometeu que sempre estaria ao nosso alcance se clamássemos por Ele. Como ocorreu com Ana, a vida pode fazer com que nos sintamos incapacitados, inúteis, cansados, fracos e deprimidos. Em vez de deixar que nossos problemas consumam nossa vida, precisamos pedir a Deus que nos livre de nossa situação. Deus sempre proverá um caminho para que vivamos em paz. Tudo o que Ele pede de nós em troca é que vivamos nossa vida de maneira agradecida, como um testemunho de Seu poder.

Faça. Ore cada manhã por livramento de sua situação e dedique sua vida a Deus.

Mãos à Bíblia

8. Como Deus honrou a expressão de fé e amor de Ana? 1Sm 2:21

Você pode imaginar os sentimentos dessa mãe durante a despedida de seu filho? Ana poderia ter se recusado a dar seu menino ao Senhor e se agarrado a ele como sua única segurança. Porém, dando-o a Deus, ela recebeu mais cinco filhos. Sua atitude teve também uma influência profunda no próprio filho. Ele se tornou o porta-voz especial de Deus e um dos maiores líderes de Israel.

9. Ana devolveu ao Senhor a melhor bênção que tinha recebido em sua vida. Às vezes, ficamos mesquinhos quando bênçãos de Deus, especialmente, em relação ao dinheiro. Que perigos enfrentamos quando acumulamos riquezas? Mt 6:19, 20; Lc 12:16-21

Kymberly Tolson – Brampton, Canadá

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ana - 13/10/2010 a 16/10/2010

Quarta, 13 de outubro

Evidência

Pecado e louvor


A história de Ana ocorreu algum tempo depois do livro de Juízes, quando “não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo” (Jz 21:25). A sociedade naquele tempo considerava a poligamia aceitável – especialmente quando o homem era suficientemente rico para ter várias esposas. Israel também adotou essa prática. Chegou ao ponto em que até Elcana, um levita, tinha duas mulheres. Embora Ana não pudesse ter filhos, era a esposa favorita. Assim, era ridicularizada por Penina, a segunda esposa. Quando Elcana mostrou a Ana mais consideração e afeição, a zombaria se tornou pior, até que um dia estragou até a festa da Páscoa da família.

Embora Elcana não tenha seguido a instrução ideal de Deus em relação ao casamento, era um levita fiel e um homem espiritual. Num clima de maldade e corrupção, levava sua posição a sério e vivia para interceder em favor das pessoas. O mesmo não podia ser dito de Hofni e Finéias. Esses filhos do sumo sacerdote Eli eram reconhecidamente corruptos. Enganavam o povo e praticavam imoralidade sexual dentro do tabernáculo (1Sm 2:11-25). Hofni e Finéias não eram adequados para ser intercessores de Israel.

“Desde a infância haviam se acostumado ao santuário e aos seus serviços; mas, em vez de se tornarem mais reverentes, perderam toda a intuição da santidade e significação do mesmo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 575, 576).

Diferentemente dos filhos maldosos de Eli, Ana mantinha uma atitude de louvor ao Deus do céu. Quando recebeu a bênção, não esqueceu de agradecer e cumprir o que tinha votado em seu coração.

Mãos à Bíblia

Você é alguém que canta quando está feliz? A Bíblia registra frequentemente pessoas irrompendo em cânticos em momentos-chave de sua vida.

7. Qual é o tema principal da canção de Ana? 1Sm 2:1-11

Em sua canção, Ana faz surpreendentes contrastes para destacar o fato de que as circunstâncias da vida nem sempre são como parecem. O arco dos fortes é quebrado, enquanto os fracos são “cingidos de força” (1Sm 2:4). As coisas a que damos valor frequentemente não são assim tão permanentes quanto parecem. Ana acreditava que a verdadeira segurança não depende de circunstâncias, mas de conhecer a Deus. É Ele Quem nos dá valor.

Geddes Stewart – Pickering, Canadá

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ana - 12/10/2010 a 16/10/2010

Terça, 12 de outubro

Testemunho
Compreendendo Ana

“O fardo que ela não podia repartir com amigo algum terrestre, lançou-o sobre Deus. Ansiosamente rogou que lhe tirasse a vergonha e lhe concedesse o precioso dom de um filho para o criar e educar para Ele. E fez um voto solene de que, se seu pedido fosse satisfeito, dedicaria o filho a Deus, mesmo desde o seu nascimento. Ana tinha se aproximado da entrada do tabernáculo, e na angústia de seu espírito ‘orou, e chorou abundantemente’. Contudo, entretinha comunhão com Deus em silêncio, não proferindo nenhuma palavra. Naqueles tempos ruins, tais cenas de adoração eram raramente testemunhadas. Festins irreverentes e embriaguez eram coisas comuns, mesmo nas festas religiosas; e Eli, o sumo sacerdote, observando Ana, supôs que estivesse dominada pelo vinho. Julgando administrar uma repreensão merecida, disse com severidade: ‘Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho.’

“Condoída e surpresa, Ana respondeu brandamente: ‘Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido, porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora.’

“O sumo sacerdote ficou profundamente comovido, pois era homem de Deus; e em lugar de repreensão proferiu uma bênção: ‘Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a tua petição que Lhe pediste.’

“A oração de Ana foi atendida; recebeu a dádiva pela qual tão fervorosamente havia rogado. Olhando para o filho, chamou-o Samuel – ‘pedido a Deus’ (1Sm. 1:8, 10, 14-16 e 20). Logo que o pequeno teve idade suficiente para separar-se de sua mãe, ela cumpriu seu voto” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 569-571).

Mãos à Bíblia

5. Como Ana lidou com a própria dor? 1Sm 1:9-16

Sua oração não foi uma oração geral do tipo “por favor, ajuda-me”. O autor bíblico descreve Ana como que “derramando a alma perante o Senhor” (1Sm 1:15, ARA). A oração “derramada” é o tipo mais íntimo de oração. Representa uma honestidade absoluta para com Deus, que expressa a dor e os temores do coração.

6. Descreva os resultados imediatos da oração de Ana. 1Sm 1:17, 18

Embora nem sempre Deus responda às nossas orações imediatamente, podemos estar seguros de que Ele nos ouve e nos responde (Sl 37:4). Isso pode nos dar esperança e confiança enquanto esperamos para ver a guia de Deus em nosso futuro.

Jeff Jackson – Bishop, EUA

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ana - 11/10/2010 a 16/10/2010

Segunda, 11 de outubro

Exposição
Devolvendo o presente


Confiança e dedicação (1Sm 1; 2:1-11, 21). Você poderia considerar esta família comum para sua época. Um homem, Elcana, com suas duas esposas, Penina e Ana. A Bíblia parece indicar que Elcana tolerava Penina, talvez porque ela lhe desse filhos, mas que ele amava Ana, que não lhe havia dado nenhum filho.

A figura central nesta parte da história é Ana, que era constantemente zombada por Penina de sua esterilidade. Esta história não é tanto sobre os perigos desse tipo de estrutura familiar. É sobre a fé que Ana tinha em Deus. Sua história nos lembra dAquele a quem podemos recorrer quando ninguém mais pode ajudar. Ensina-nos a importância de honrarmos os votos que fazemos a Deus. E nos mostra como devemos estar dispostos a dedicar tudo o que temos Àquele que nos deu tudo o que temos.

O melhor Amigo (1Sm 2:12, 13; Sl 46:1,10). Há ocasiões em que nossos melhores amigos, irmãs, irmãos, filhos, pais, cônjuges não podem nos dar as palavras de conforto de que precisamos. Em muitos casos, a palavra de conforto de um amigo pode aumentar nossa angústia. Em situações angustiosas, às vezes a melhor coisa que os amigos podem fazer por nós é permanecer em silêncio.

Os amigos de Jó reconheceram e permaneceram calados durante uma semana. Mas, após ouvir o clamor de Jó, finalmente lhe falaram palavras que só o angustiaram ainda mais. Elcana também não entendia o que Ana estava passando, quando lhe perguntou: “Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos?” (1Sm 1:8). A resposta de Ana foi conversar com o Único que realmente a estava ouvindo.

Nem mesmo Eli podia reconhecer o derramamento de um coração ferido. Como os amigos de Jó, ele censurou Ana como uma pecadora indigna de se apresentar diante de Deus. Porém, com um espírito calmo e gentil, Ana respondeu ao sumo sacerdote que, movido pelo Espírito Santo, confirmou que Deus havia aprovado o pedido dela.

Leia o Salmo 46:1. Em nossos momentos mais escuros, o melhor amigo que podemos ter é Jesus. Só Ele pode dar as respostas e a cura pelas quais um coração sofredor anseia. Tudo o que precisamos fazer é tirar o problema de nossas mãos e deixar Deus resolvê-lo.

Apegando-se ao que importa (Mt 6:19, 20). Os filantropos o chamam de “doações” ou “caridade”. Os cristãos o entendem como “devolver”. Reconhecemos que Deus é Quem nos deu tudo o que dedicamos e devolvemos a Ele. O cristão sincero experimenta mais alegria em dar do que em receber. Ana ficou feliz quando deu à luz um filho. Mas isso não se comparou à alegria que ela expressou quando deu Samuel a Eli para que seu filho pudesse ministrar diante do Senhor. Leia 1 Samuel 2:1.

Deus não fica mais rico com nossos dons. Ao contrário, é o dar desprendidamente que nos leva para mais perto do Doador. É nossa disposição de continuar a devolver as bênçãos de Deus que ajuda a aperfeiçoar o caráter de Cristo em nós. “Entesourar no Céu dará nobreza ao caráter; fortalecerá a beneficência, estimulará a misericórdia; cultivará o compassivo interesse, a bondade fraternal e a caridade” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 193).

O dar que Deus requer não é o dinheiro que nos sobra ou o tempo que não usamos. É entregar como Ana, que voluntariamente devolveu ao Senhor o que ela mais desejava nesta Terra.

Não seja avarento (Lc 12:15-21; 21:1, 2). Deus permite que alguns acumulem muito e outros ganhem pouco. Não importa o muito ou o pouco que tenhamos acumulado, todos temos a mesma responsabilidade.

Um dia, quando Jesus estava assentado no templo, observou os judeus que vieram depositar suas doações no tesouro do templo. Primeiro vieram os ricos, que depositaram suas custosas ofertas. Depois chegou uma viúva, que depositou apenas duas moedinhas. Leia o que Jesus disse sobre esses dois tipos de oferta (Lucas 21:1, 2). Jesus desejava que Seus discípulos compreendessem que não é o valor terreno de nossas ofertas que mostra nosso amor por Deus. Em vez disso, é nossa disposição de devolver tudo que Ele nos deu que O torna feliz.

Em contraste com a viúva, Jesus contou a história do tico tolo que foi extraordinariamente abençoado, e, em vez de devolver a Deus nem que fosse uma pequena porção, escolheu construir celeiros maiores para abrigar sua riqueza, a fim de que todos pudessem ver quão bem sucedido ele era. “‘Contudo, Deus lhe disse: “Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’” (Lc 12:20). A ideia principal de Jesus é esta: as pessoas que acumulam tudo para si mesmas não terão parte em Seu reino.

Penina era como esse rico. Ela foi abençoada com muitos filhos. Contudo, em vez de dedicar seus filhos ao serviço do Senhor, escolheu usá-los para humilhar Ana. Por outro lado, Ana é como a viúva de Lucas 12. Ela escolheu devolver tudo o que Deus havia dado. Este espírito abnegado tornou-a grande aos olhos de Deus.

Mãos à Bíblia

3. Além do sentimento de ser amaldiçoada e de não ter propósito para viver, que problema adicional Ana enfrentava? 1Sm 1:6, 7

Com as constantes provocações de Penina, não é de surpreender que a vida de Ana tenha se tornado difícil. Embora os insultos de Penina pretendessem ferir, talvez as piores feridas tenham vindo daqueles que não queriam magoá-la. Quem, em meio à dor, não se sentiu pior, por manifestações infelizes de pessoas bem-intencionadas?

4. Os amigos de Jó ficaram verdadeiramente tristes pelo que ele experimentava, mas tornaram o problema ainda pior. Como se deve reagir ao sofrimento dos outros? Jó 2:12, 13; Rm 12:15

As coisas vão de mal a pior quando temos que enfrentar não só profundas dores ou circunstâncias ruins, mas também pessoas que parecem especialistas em tornar a vida insuportável. Diante disso, precisamos apresentar persistentemente nossas dores e frustrações a Deus.

Melvin Tolson – Brampton, Canadá

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domingo, 10 de outubro de 2010

Ana - 10/10/2010 a 16/10/2010

ANA


“Então Ana orou assim: ‘Meu coração exulta no Senhor; no Senhor minha força é exaltada. Minha boca se exalta sobre os meus inimigos, pois me alegro em Tua libertação. Não há ninguém santo como o Senhor; não há outro além de Ti; não há rocha alguma como o nosso Deus’” (1Sm 2:1, 2).

Prévia da semana: Ana, mãe de Samuel, passou por uma grande experiência de fé que serve para nós como um exemplo de entrega e dedicação a Deus.

Leitura adicional: Patriarcas e Profetas, capítulo 55, p. 569-574.

Domingo, 10 de outubro

Introdução
O espelho de Deus


Até onde sua fé vai ser testada? Será que será pedido a você, como a Abraão, que sacrifique seu único filho? Será que, como Jó, terá todas as suas propriedades e filhos tirados de você? Ou você será como Ana? Ela era uma boa pessoa e acreditava no único Deus verdadeiro. Era também uma pessoa que não sentia que valia muito, porque não tinha filhos. Enquanto orava no templo por um filho, lágrimas lhe corriam pelo rosto. Ela soluçava. Embora seus lábios se movessem, não saía deles nenhuma palavra. Na verdade, o sacerdote Eli pressupôs que ela estivesse embriagada. Quando ela explicou a Eli pelo que estava orando, ele respondeu dizendo: “Vá em paz. Que o Deus de Israel lhe dê o que você pediu!” (1Sm 1:17). Imediatamente, Ana soube que Deus a tinha ouvido.

Uma coisa que torna a história de Ana diferente da de Abraão e Jó é que ela contou a Deus o sacrifício que estava disposta a fazer. No caso de Abraão, Deus lhe disse que sacrificasse seu filho. Na situação de Jó, Deus permitiu que suas posses e filhos fossem tirados. Ana, porém, se ofereceu para devolver seu filho a Deus. Outra coisa interessante sobre Ana é que, após Eli haver-lhe dito que fosse em paz, ela imediatamente se descontraiu e creu. Ela não questionou Eli, nem pediu detalhes. Simplesmente foi para casa e já não mais estava triste. Sua fé foi recompensada pelo nascimento de Samuel, e ela cumpriu a palavra que havia dado a Deus. Logo que Samuel teve idade suficiente para ficar longe dela, ela o levou ao templo. Depois de Samuel, Deus a abençoou com vários outros filhos mais.

Ao estudar a história de Ana nesta semana, reflita sobre como definir a si mesmo através do ponto de vista de Deus.

Mãos à Bíblia

1. Por que Ana estava tão impressionada por não ter filhos, embora soubesse que seu marido a amava? 1Sm 1:1-16

Os sentimentos de Ana não devem ser difíceis de entender, em uma cultura em que não ter filho homem significava não ter nenhuma segurança na velhice. Não ter nenhum filho era entendido como maldição divina. Esse fato afetava seu valor aos olhos da sociedade, sua própria autoestima e seu relacionamento com Deus.

2. Qual era o desespero que a esterilidade trazia às mulheres no mundo do Antigo Testamento? Gn 16:1, 2; 30:1

Andrea Jackson – Bishop, EUA

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