sábado, 20 de novembro de 2010

Joabe - Resumo Semanal - 20/11/2010 a 20/11/2010

JOABE – O FRACO VALENTE DE DAVI
Resumo Semanal - 14/11/2010 a 20/11/2010

Ivanaudo Barbosa


Objetivo desta lição – Mostrar que, por trás de cada valente, há um homem fraco.


Verdade central – Descobrir nossas fraquezas e olhar para Cristo – eis o remédio.



INTRODUÇÃO
A biografia de Joabe fala da política do poder, intriga, lealdade equivocada, ciúme e teimosia. Na sociedade machista de Joabe, os fracos desapareciam e os fortes venciam. Conhecedor da sociologia de seus dias, ele estava determinado a ser um forte vencedor. Os dias de Joabe foram marcados por UM CONTRASTE: vitórias militares e derrotas pes-soais. Quanto mais Joabe conquistava e se envolvia no poder, podemos vê-lo mais claramente por dentro. Ele fazia parte da linha dura do governo de Davi. Venceu muitas batalhas, matou muita gente, conquistou muitas terras. Mas jamais conseguiu conquistar seu gênio perverso. O guerreiro “invencível”, duro, frio e forte, foi morto pela espada agarrado, às pontas do altar, como se estivesse expressando um grito de misericórdia. Mas a quem jamais teve misericórdia em vida, na morte não lhe foi facultado esse direito.


I – UMA APRESENTAÇÃO DE JOABE

Joabe era filho de Zeruia, irmã do rei Davi, uma importante mulher. Tinha mais dois irmãos, Abisaí e Asael. Esses três valentes guerreiros tiveram um papel importante na expansão, ascensão e solidificação do reinado de Davi. Joabe era primo de Davi e de Amasa (O comandante das forças militares de Absalão e futuro comandante do exército de Davi por um curtíssimo espaço de tempo. Veja 1Cr 2:13-17). Seu nome significa “Jeová é Pai”. A vida de Joabe é um exemplo claro do desenrolar do grande conflito na vida de cada um de nós. Talvez o grande aprendizado e a maior lição que alguém pode tirar do estudo da biografia de Joabe seja ver a atuação de Satanás por trás de tudo que fazemos. Muitas vezes, atrás de um homem valente, leal, capaz e defensor da causa de Deus, descobrimos um homem traidor, manipulador, frio, egoísta e desalmado. Joabe estava pronto a usar a força, Deus, a religião e qualquer outra coisa para alcançar seus objetivos. Para ele, nada importava, desde que alcançasse o que queria: poder e posição. Aqui vem o ponto central deste estudo – descobrir o desenrolar do grande conflito dentro de nossa própria vida.


COMENTÁRIO: Quando Joabe matou Absalão, estaria ele defendendo Davi ou a si mesmo? Pense nisto: Se Absalão sobrevivesse, Joabe teria sobrevivido?



II – O LADO BOM DE JOABE

O ser humano é uma mistura do bom e do mau. As melhores pessoas abrigam traços desagradáveis, que precisam ser trabalhados pelo poder de Deus. E as piores pessoas têm escondido em algum canto de seu ser algo de bom. Joabe tinha algumas características espetaculares. Podemos mencionar algumas:


1. Fiel companheiro e amigo de Davi. Joabe fazia parte do bando de Davi, desde os tempos em que, perseguido por Saul, Davi vivia refu-giado nos desertos.
2. Era um gênio militar. Os jebuseus, antigos moradores de Jerusalém, foram atacados e expulsos dali por Joabe e seus homens. Após essa vitória, Jerusalém se tornou a capital do reino, e Joabe se tornou o comandante supremo das forças militares da Davi (1Cr 11: 6-8).
3. Valente conquistador que impôs medo e respeito a todas as nações vizinhas. O reinado de Davi não foi marcado por grandes construções e monumentos. A marca registrada do período de Davi foi a expansão geográfica do reino e o respeito e temor imposto a todos os vizinhos – incluindo os arqui-inimigos filisteus. E Joabe foi figura central em todo o período do reinado de Davi, que durou, ao todo, 40 anos.
4. Homem leal a Davi. Embora sua lealdade estivesse mesclada por egoísmo, desejo de promoção e posição, ele foi leal a Davi em meio a todas as tempestades pelas quais Davi passou. A lealdade de Joabe a Davi era tão grande que, para obedecer ao chefe, ele não se importava em quebrar os claros mandamentos de Deus nem os princípios éticos.
5. Conselheiro com brilho de humildade. Joabe é destacado como um dos conselheiros do círculo íntimo da vida de Davi. Na conquista de Rabá, podemos ver brotando do peito de Joabe um insight de humildade. Após a conquista, ele chamou Davi a vir e SIMPLESMENTE tomar posse e ser coroado. Às vezes, seus conselhos foram QUASE uma imposição. No caso da vitória sobre as forças de Absalão, quando Davi fez pouco caso da arriscada missão de seus valentes em lhe recuperar o reino, o conselheiro Joabe foi DURO com Davi e o levou a usar a razão. Na oca-sião em que Davi, por inspiração Satânica e engrandecimento pessoal, mandou fazer o censo de Israel, Joabe foi contra, embora obedecesse ao chefe (2Sm 24:3).


PARA DISCUSSÃO NA CLASSE
Quase todos os atos bons de Joabe foram praticados por MOTIVOS errados. Pergunto: Se você fizer algo certo mas pelo MOTIVO errado, será que Deus aceita isso?



III – O LADO RUIM DE JOABE

“A vida de Joabe, descrita na Bíblia, foi desfigurada por guerras, intrigas e até genocídio.” Embora Joabe fosse um grande guerreiro, tinha algumas características perversas que manchavam seu caráter. As principais são:


1. Vingança
Abner, comandante das forças de Isbosete (o quarto filho de Saul que reinou em seu lugar) matou em defesa própria Asael, irmão mais novo de Joabe, depois de adverti-lo várias vezes a que não o perseguisse. Joabe nunca se esqueceu desse evento e, na primeira oportunidade que teve, vingou fria e covardemente a morte de seu irmão, matando Abner.
2. Prática de atos sujos
“A fim de evitar represálias futuras, Joabe tentou agradar Davi tanto quanto possível. Ele começou a se mostrar indispensável”. Joabe sabia que estava praticando ações sujas, mas, para permanecer no cargo, estava disposto a praticar qualquer coisa, a qualquer custo, inclusive a violação de sua própria consciência. Veja o exemplo da morte de Urias. Joabe sabia que estava praticando um ato sujo. Mas, para agradar o chefe, estava disposto a cooperar para a morte de um dos seus melhores soldados. Além de Urias, outros soldados também morreram na emboscada arquitetada por Joabe (2Sm 11:17).
3. Astúcia
Depois que Absalão matou seu meio-irmão Amnon, por ter tirado a honra de sua irmã Tamar, teve que fugir para a casa dos seus familiares, por parte da esposa. Sendo ele o segundo filho, era o herdeiro natural. Mas Davi não mostrava nenhum interesse em trazê-lo de volta. Joabe, sabendo disso, idealizou um plano astuto para enganar Davi e trazer Absalão de volta. O plano foi um sucesso. Davi não percebeu a manipulação concebida por Joabe e deu sentença favorável ao regresso de Absalão (Leia o plano de Joabe em 2 Samuel 14).
4. Uso de política suja
O autor da lição afirma: “Para ele, tudo, até mesmo a religião, tinha um objetivo político e podia ser usado em proveito próprio. Ele reconhecia o potencial de Absalão e queria começar a conquistar o favor do futuro rei. Este lado sujo de Joabe – manipulação do uso da política suja – era usado mesmo que isso implicasse em quebra de princípios éticos, morais e legais. Sua astúcia foi tão bem montada (No caso da mulher de Tecoa), que levou Davi a tomar decisões que infringiram estes princípios.
5. Frieza e traição
Após Joabe ter matado Absalão sem dó e sem piedade, Davi tomou duas medidas misturando administração e política: a) Tirou Joabe do comando das forças militares. Essa era uma decisão administrativa, motivada pela desobediência explícita de Joabe por ter matado Absalão contrariando as ordens expressas de Davi. b) Em lugar de Joabe, colocou Amasa (que era primo de Joabe) para ser o comandante das forças militares. Essa era uma decisão política. Como Amasa tinha sido o comandante das forças militares de Absalão, Davi o favoreceu com o posto mais elevado do exército para agradá-lo e trazê-lo para junto de si. Mas Amasa durou pouco. Joabe, com seu irmão Abisaí, o encontrou, e Joabe o matou fria e traiçoeiramente.



LEIA 2 SAMUEL 3:24, 25 e 30 e PERGUNTE A SEUS ALUNOS:
Joabe apresentou a Davi a razão por que matou Abner (Preocupação com a segurança do reino). Mas o verso 30 esclarece o verdadeiro motivo. Mencione exemplos de atos que temos praticado e tentamos explicar, quando na verdade as razões são outras.



IV – A FIGURA DE JOABE EM NÓS

Vivemos no século da produtividade. Tudo tem que render mais, todos têm que produzir mais, tudo tem que apresentar resultados imediatos. A biologia, a zootecnia, os experimentos e as técnicas são usados para que a terra produza mais frutas e cereais, os animais rendam mais leite e carne, as máquinas produzam mais, etc. Os executivos cruzam os céus na velocidade do som para produzir resultados às suas companhias. E nesse afã, a pessoa humana parece ter pouco valor. O que importa são os resultados imediatos. Ah! Isso é do século XXI, verdade? Não. Já nos dias de Joabe, ele se portou exatamente dessa maneira. Ele queria resultados. Para ele, um frio executivo de seus dias, os fins justificavam os meios. A religião, a política, as manobras, as manipulações, quebra de regras e princípios morais e éticos eram usados para alcançar seus objetivos. Se, para alcançá-los, tivesse que matar, enganar e desobedecer, ele assim faria.


Qual é seu trabalho, o que você faz? Que posição você ocupa no mundo dos negócios e na igreja? Quando você deseja alcançar algo, o que faz? Manipula, engana, desobedece, usa a religião e até mesmo o nome de Deus? Muitas vezes, até em casa usamos a religião para conseguir nossos objetivos. Olhe para você, olhe para Joabe... será que há alguma coisa de Joabe dentro de você? Se houver, leia este pensamento de Ellen White: “A religião de Jesus Cristo nunca torna um homem áspero nem rude; nunca o torna descuidado nem desumano; mas a verdade de origem celestial, que vem de Deus, eleva e santifica o cristão; torna-o cortês, bondoso, afetuoso e puro; tira seu coração duro, seu egoísmo e amor ao mundo, e o purifica do orgulho e da ambição pecaminosa” (Ellen G. White, Signs of the Times, v. 1, p. 66).


PENSE E DISCUTA: Joabe matou tanta gente INJUSTAMENTE e foi morto gritando por misericórdia. Esse foi o cumprimento da lei da se-meadura e colheita, certo? Sim. E por que muitos que foram como Joabe descansaram em paz? A lei da semeadura e da colheita nem sempre completa seu ciclo nesta vida. Mas esteja certo de uma coisa: FINALMENTE, chegará o dia em que, mesmo os que desceram em paz à sepultura serão chamados a prestar contas diante de Deus.



CONCLUSÃO

“Embora possamos não estar envolvidos no tipo de coisas com que Joabe se envolvia, como matar friamente, podemos enfrentar alguns maus traços de nosso próprio caráter quando examinamos sua história. É aqui, pelo exemplo negativo de Joabe – o fraco valente de Davi – que podemos identificar algumas de nossas falhas de caráter e buscar a única solução para elas: Jesus.” Joabe conhecia bem a religião. Teoricamente, conhecia bem a Deus. Mas sua vida mostra que ele parecia tirar Deus completamente de cena quando desejava algo. Embora pudesse ter todo o conhecimento teológico sobre Deus, este não parecia ter relevância em sua vida. A pergunta central é: Que tipo de religião tenho manifestado em minha vida?

Ivanaudo Barbosa Oliveira é Secretário e Ministerial da União Nordeste-Brasileira

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Joabe - 19/11/2010 a 20/11/2010

Sexta, 19 de novembro

Opinião

Lealdade mista


Estou tentando imaginar o que aconteceria hoje se soldados comprometessem sua lealdade como fez Joabe. O dicionário define “leal” como “permanecer fiel a alguém ou algo e apoiar essa pessoa ou coisa”.

Em virtude de sua posição, Joabe deveria obedecer às ordens de seu senhor. Contudo, sua lealdade a Davi deixou a desejar. Podemos ver que, após ter sido advertido por Davi a não matar Absalão (2Sm 18:5), Joabe mais tarde perseguiu Absalão e fez exatamente isso (2Sm 18:14). Com esse exemplo e outros, vemos Joabe como um comandante de lealdade questionável.

Ser cristãos nos coloca numa situação em que devemos levar ao resto do mundo a luz que recebemos de Cristo. Quando deixamos de passar adiante a tocha de Cristo para a próxima pessoa e quando ignoramos a obra de pregar o evangelho, nos comportamos como Joabe e desafiamos as ordens de nosso Senhor.

Para que permaneçamos com Cristo até o final, precisamos evitar tudo o que nos faça comprometer nossa integridade moral e ficar aquém das expectativas de Deus. O Espírito Santo nos dará um coração transformado e uma nova maneira de pensar.

“Ao falar Jesus do novo coração, refere-Se Ele à mente, à vida, ao ser todo. Ter uma mudança de coração é retirar as afeições do mundo e uni-las a Cristo. Ter um coração novo é possuir novo espírito, novos propósitos, motivos novos. Qual é o sinal de um coração novo? – A vida transformada. Há um morrer dia a dia, hora a hora, para o egoísmo e o orgulho” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 72).

Ore para que Deus lhe dê o poder, através de Seu Santo Espírito, para conservar um relacionamento íntimo com Ele. A lealdade não dividida deve ser parte integrante de nossa vida, e devemos ter em mente que “perfeição de caráter não pode ser alcançada sem auto-sacrifício” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 53).

Mãos à obra


1. Dê uma nota para si mesmo em relação à sua lealdade para com as seguintes pessoas:
a. Deus
b. Seus pais
c. Seu namorado ou cônjuge
d. Autoridades/amigos
2. Pense numa ocasião em que você ficou aquém das expectativas. Você permitiu que outras pessoas ajudassem você a superar aquele momento? De que forma sua capacidade de ser um exemplo para os outros ficou comprometida?
3. Ore por nossos líderes, tanto do governo quanto da igreja, que, por força da personalidade ou posição de poder podem vir a enfrentar tentações que poderiam levar a resultados desastrosos.
4. Analise o significado cristão da palavra “coração” e pense por que esse significado é dado a esse órgão em vez de a outro órgão do corpo.

Julius Nyerere | Nairóbi, Quênia

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Joabe - 18/11/2010 a 20/11/2010

Quinta, 18 de novembro

Aplicação
Brigas em casa


Brigas familiares são parte das circunstâncias que mancharam a vida de Joabe. Vemos o comandante militar em situações que deixaram Asael, Abner e Amasa mortos. Essas hostilidades giravam em torno da casa de Saul e da casa de Davi.

As desavenças familiares começaram imediatamente após o pecado (Gn 3:5-12) e perduram até hoje. Se deixadas livres, essas hostilidades facilmente servem como isca para o anzol do inimigo. Como cristãos, pertencemos à família de Deus. Em nossas igrejas, escolas, lares e contextos sociais precisamos aprender como lidar com brigas entre famílias, e, melhor ainda, a evitá-las totalmente. A seguir estão alguns princípios que irão nos ajudar.

Deixe outros participar do processo de cura. A dor da discórdia familiar se propaga, causando infelicidade a irmãos, pais, parentes e até amigos chegados. Geralmente a discórdia é acompanhada de inveja e vingança. Em tais casos, amigos e parentes têm papel ativo na cura da desavença. Eles podem ser facilitadores ou servir como mediadores entre dois grupos em discórdia. Ao fazê-lo, eles encorajam o processo de cura.

Seja um exemplo. “Nossas palavras, nossos atos, nosso traje, nosso procedimento, até a expressão fisionômica tem sua influência. Da impressão assim feita dependem consequências para bem ou para mal, que ninguém pode medir. Todo impulso assim comunicado é uma semente que produzirá sua colheita. É um elo na longa cadeia de eventos humanos que se estende não sabemos até onde. Se por nosso exemplo ajudamos a outros na formação de bons princípios, estamos lhes dando a capacidade de fazer o bem. Eles, por sua vez, exercem a mesma influência sobre outros, e estes sobre terceiros. Assim, por nossa influência inconsciente, milhares podem ser abençoados” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 339, 340).

Não busque vingança. Desavenças familiares são mais bem resolvidas amigavelmente do que empregando o princípio “olho por olho”. Toda vez que você encontrar membros de uma família brigando, chame-os ao diálogo, lembrando-se de que “a resposta calma desvia a fúria,mas a palavra ríspida desperta a ira.” (Pv 15:1).

Mãos à Bíblia

8. Qual foi a posição de Joabe em relação a Adonias? 1Reis 1

Davi já estava muito idoso. Adonias, como o filho sobrevivente mais velho, decidiu que era hora de providenciar sua coroação, com o apoio de Joabe (1 Reis 1:7). Porém, graças a Bate-Seba e ao profeta Natã, Davi declarou Salomão como co-regente. Joabe teve uma chance, porém se envolveu em uma segunda tentativa frustrada de golpe, o que o fez se agarrar ao altar do santuário. No entanto, o altar dava proteção apenas aos que matavam acidentalmente (Êx 21:14). O homem que viveu pela espada também morreu por ela (1Rs 2:28-35).

Samson Oguttu | Nairóbi, Quênia

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Joabe - 17/11/2010 a 20/11/2010

Quarta, 17 de novembro

Testemunho
Verificação da realidade


Mandar torpedos enquanto se dirige ou qualquer outra atividade que leva à perda de vidas é condenada pela Bíblia. “Todos os atos de injustiça que tendem a abreviar a vida; o espírito de ódio e vingança, ou a condescendência de qualquer paixão que leve a atos ofensivos a outrem, ou nos faça mesmo desejar-lhe mal (pois ‘qualquer que aborrece seu irmão é homicida’); uma negligência egoísta de cuidar dos necessitados e sofredores; toda a condescendência própria ou desnecessária privação, ou trabalho excessivo com a tendência de prejudicar a saúde – todas estas coisas são, em maior ou menor grau, violação do sexto mandamento” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 308).

Joabe era cheio dos vícios mencionados na citação acima. A citação a seguir nos fornece uma verificação da realidade, para que não cometamos os mesmos erros que Joabe. “Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v.1, p. 128).

“Não importa quão alta seja aquilo que dizemos que somos, se aquele cujo coração não está cheio de amor a Deus e aos semelhantes, não é verdadeiro discípulo de Cristo. Embora possua grande fé e tenha poder mesmo para operar milagres, todavia sem amor sua fé será de nenhuma valia. Poderá ostentar grande liberalidade; mas se ele por qualquer outro motivo que não o genuíno amor, entregar todos os seus bens para sustento dos pobres, o ato não o recomendará ao favor de Deus. Em seu zelo, poderia mesmo sofrer a morte de mártir, mas não sendo impulsionado por amor, seria considerado por Deus como iludido entusiasta, ou ambicioso hipócrita” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 318, 319).

Mãos à Bíblia

6. Que enviado de Davi foi morto por Joabe? Como a deslealdade de Joabe foi justificada? 2Sm 20:4-10

Amasa e Joabe eram primos (2Sm 17:25). Amasa era chefe das forças de Absalão. Depois que Joabe desobedeceu às ordens de Davi e matou Absalão (2Sm 18:5, 14), Davi desejou livrar-se dele. Então, prometeu a Amasa o alto comando de seu exército (2Sm 19:13). Porém, a exemplo do que fez com Abner, Joabe assassinou Amasa.

7. Como você vê a situação política em Israel nessa época? 2Sm 20:1, 2

O povo estava sendo levado a crer que a lealdade a Davi significava lealdade a Joabe. E ser leal a Joabe significava dar-lhe o direito de ser juiz, júri e executor.

Florence Kurema | Kakamega, Quênia

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Joabe - 16/11/2010 a 20/11/2010

Terça, 16 de novembro

Exposição
O arco-íris desagradável


Hostilidades familiares (2 Samuel 2). No quadro mais amplo do reinado de Davi e de suas tentativas de unificar um país já em ruínas, encontramos Joabe, o comandante de todas as forças armadas de Davi. Encarregado da tarefa de organizar o exército do rei e cuidar dele, Joabe usou seu poder e posição para alcançar objetivos completamente contrários às instruções de seu senhor.

Hoje em dia, Joabe provavelmente seria julgado numa corte marcial por tal abuso de autoridade. Ele se envolveu em assassinato premeditado, inveja, política de poder e lealdade mal orientada. Em 2 Samuel 2, o encontramos à frente da guerra entre as casas de Davi e Saul. O clímax dessa guerra envolveu a morte de Asael, seu irmão. Essa morte plantou uma semente de vingança no coração de Joabe – semente que germinou e se tornou em um ódio mortal contra Abner (2Sm 3:23-27).

Quantas vezes em nossos dias os cristãos se envolvem em intrigas desse tipo? A semente da vingança que criou raízes no coração de Joabe ainda pode penetrar em nosso coração hoje. É a mesma semente que levou à hostilidade no Céu, quando Satanás começou a travar o grande conflito ali (Is 14:12-14). Como cristãos, nossa ética – quer esteja ou não relacionada às dimensões social, política ou econômica da vida – deve sempre estar baseada diretamente em princípios bíblicos.

Cristo é nosso exemplo em todas as coisas. A maneira como Ele serviu a outros enquanto esteve na Terra é como nós devemos agir. O plano da salvação está baseado no amor altruísta, o tipo de amor que devemos desenvolver à medida que o Espírito Santo transforma nossa vida. Devemos nos ajudar mutuamente a levar nossos fardos, assim como Cristo levou os fardos de todos aqui na Terra.

Política de poder (1 Reis 1). A Bíblia deixa claro que Joabe estava envolvido numa política de poder divisiva – assim como os políticos fazem hoje. Ele apoia o plano secreto de Adonias para suceder seu pai Davi no trono, indo assim contra os desejos do próprio Davi. Essa política também era comum nos tempos apostólicos, como Paulo testemunhou na igreja de Corinto (1Co 1:10).

Mesmo nas igrejas de hoje, esse comportamento prevalece. É desonroso para Deus que os membros da igreja façam arranjos secretos que culminem em políticas de poder divisivas. Tudo remonta ao grande conflito entre Cristo e Satanás. “Muitos, mesmo dos professos seguidores de Cristo, estão a pensar, projetar e agir com tanta avidez pela exaltação própria que, para o fim de alcançar a simpatia e o apoio do povo, estão prontos a perverter a verdade, atraiçoando e caluniando os servos do Senhor, e mesmo acusando-os dos motivos vis e egoístas que lhes inspira o próprio coração” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 404).

Lealdade mal orientada (2Sm 11:1-25). É do conhecimento comum que os soldados devem ser leais a seus líderes e que os líderes devem ser leais a seus soldados. Urias, um dos 30 guerreiros líderes sob o comando de Davi, era um homem obediente e leal; tanto assim que não quis nem ir para casa dormir com sua esposa Bate-Seba enquanto se preparava para a batalha. Ele colocava o dever antes do conforto e do prazer. Com tamanha lealdade, nenhum rei em sã consciência desejaria dispensar um soldado assim. Contudo, esse foi o homem que o rei Davi decidiu matar, e usou Joabe para ajudá-lo. Joabe, por meio de sua lealdade mal orientada, deu ouvidos às instruções de Davi e acabou fazendo com que o inocente Urias fosse morto.

A lealdade mal orientada é uma das áreas nas quais Satanás se deleita em nos tentar. Quantas vezes as pessoas hoje em dia, e até os cristãos, são pegos na mesma teia de inveja, teimosia e de um tipo de “sobrevivência do mais apto”, e nessa teia tomamos decisões egoístas que têm efeitos desastrosos?

Cristo, nosso exemplo, viveu uma vida sem mancha na Terra. Hoje, Ele admoesta Seus seguidores a viverem de acordo com Seu exemplo. Quando isso acontece, herdamos o reino dos Céus. Quando isso acontece, “Jesus consola a vida e ilumina a senda de todo aquele que verdadeiramente O busca. Seu amor, recebido no coração, vai se expandir em boas obras para vida eterna. E não somente abençoa a alma em que ele se expande, mas a torrente viva fluirá em palavras e ações de justiça, para refrigerar os sedentos em redor daquela alma” (Idem, p. 412).

Mãos à Bíblia

2 Samuel 13 conta como Absalão assassinou premeditadamente seu meio-irmão Amnom. Absalão fugiu do país e esperou algum tempo. Uma vez mais, Davi estava em situação difícil. Amnom era culpado de estuprar sua meia-irmã Tamar, irmã de Absalão. Em meio a tudo isso, Joabe decidiu se envolver. Ele recorreu a uma mulher sábia de Tecoa.

5. Que mensagem sobre o amor e perdão de Deus traz a história contada pela mulher sábia de Tecoa? Ao mesmo tempo, o que essa passagem também nos diz sobre Joabe? 2Sm 14

A história que Joabe pôs na boca da mulher sugere que Joabe sabia sobre o grande amor de Deus para com o pecador. Sua teologia era correta. Infelizmente, para Joabe este era um conhecimento unicamente intelectual. Para ele, até mesmo a religião teve um objetivo político. Joabe reconhecia o potencial de Absalão e queria começar a conquistar o favor do futuro rei.

Saline Khavesta | Nairóbi, Quênia

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Joabe - 15/11/2010 a 20/11/2010

Segunda, 15 de novembro

Evidência
Responsabilidade moral


Em 1994, o genocídio espalhou-se rapidamente por Ruanda. Quase um milhão de pessoas perderam a vida. Depois, em 2007, após as eleições, o Quênia experimentou uma onda de violência que deixou mais de mil pessoas sem vida. Como é que as pessoas podem cometer atos tão maus contra outros? Como é que as pessoas podem matar outros que antes consideravam como amigos? Como é que membros de uma família podem se destruir uns aos outros?

Corações duros. Essa é a única explicação para pessoas não sentirem qualquer remorso em prejudicar e matar o próximo. Não resistem a pensamentos maus. Joabe, como todo líder militar, era um homem duro. A vida exigia isso dele. No entanto, em certos momentos nos quais imaginou que poderia perder sua influência e poder para outros, foi além, agindo de modo completamente imoral.

Como comandante do exército de Davi, Joabe deveria saber que a força bruta nunca é suficiente para manter um governo. Ele poderia ter contribuído para a aceitação moral do novo rei, especialmente agindo de acordo com a lei de Deus. Entretanto, não fez isso, e desagradou profundamente a Davi. Ele é prova de que, embora uma pessoa possa ter uma posição de honra e confiança, se ela não respeitar os princípios de Deus em seu coração, sua obra será vã.

Onde quer que estejamos, o que quer que façamos, nosso foco principal precisa estar em Cristo, cuja presença em nosso coração através da habitação do Espírito Santo transforma nosso caráter pecaminoso, tornando-o um reflexo de Seu caráter sem pecado. “É para nosso bem que Deus nos chamou para a prática da abnegação por amor de Cristo, para levarmos a cruz, para trabalharmos e nos sacrificarmos a fim de buscar e salvar o que se havia perdido. Este é o processo de refinação do Senhor, pelo qual Ele refina o material de má qualidade a fim de que os preciosos traços de caráter que estavam em Cristo Jesus possam aparecer no crente” (Ellen G. White, Beneficência Social, p. 301).

Mãos à Bíblia

3. Como a resposta de Joabe à ordem de Davi expõe seu caráter? 2Sm 11:15-25

4. Joabe obedeceu às ordens de Davi para matar Urias, mas em 2 Samuel 18:5-15, ele resistiu. O que verificamos sobre o caráter de Joabe nesse episódio? Como ele pode ter racionalizado também essa ação?

Por ter o sangue de Abner em suas mãos, Joabe não tinha força moral para reagir apropriadamente e ajudar a salvar a vida de Urias. Ele fez o serviço sujo. Por outro, ele poderia contar isso como um trunfo em suas mãos contra o rei – um jogo sujo que é praticado até os dias de hoje. O cristão deve aprender a ser fiel aos princípios divinos em qualquer situação.

Norbert Kurema | Thika, Quênia

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domingo, 14 de novembro de 2010

Joabe - 14/11/2010 a 20/11/2010

JOABE


“Todos os caminhos do homem lhe parecem justos, mas o Senhor pesa o coração” (Pv 21:2).

Prévia da semana: Joabe, comandante do exército de Davi, foi um homem com moral dúbia e cometeu graves pecados, visando manter sua posição. Ao rever sua história, podemos aprender muitas lições por contraste, mesmo porque os crimes dele nunca perderam a atualidade.

Leitura adicional: Patriarcas e Profetas, p. 699-702, 728-729, 742-745, 747-749.

Domingo, 14 de novembro

Introdução

Um exemplo negativo


Quando ouvi pela primeira vez a história de Kassim (nome fictício), não pude acreditar em meus ouvidos. Eu conhecia Kassim como uma boa pessoa na igreja, alguém que sempre havia cumprido com eficiência seus deveres como ancião. Pregava sermões cativantes, e seus conselhos eram sempre úteis. Eu considerava Kassim um verdadeiro seguidor de Cristo. Então um dia descobri um outro lado dele.

A história que ouvi sobre ele me deixou pasmado. Era tão difícil acreditar! Kassim havia matado várias pessoas no passado, e ainda estava tendo um comportamento baixo. Outro amigo meu sabia que Kassim havia sido contratado por uma família para se vingar de um homem que havia tido um caso com uma mulher casada que pertencia à família.

À luz dessa informação, precisamos nos perguntar por que as pessoas que afirmam seguir o verdadeiro Deus adotam um comportamento pecaminoso. Por que pessoas que afirmam seguir a Cristo continuam a desenvolver traços pecaminosos de caráter como ódio e inveja? Por que, após decidirmos aceitar a Cristo como nosso Salvador, continuamos no pecado? Será que nosso Redentor não nos dá uma solução permanente para nossas falhas de caráter?

Também precisamos considerar nossas próprias atitudes para com tais pessoas. Muitos de nós são rápidos em julgar pessoas que continuam a cometer até os menores atos de pecado depois de haver aceito a Cristo como seu Salvador. Uma palavra ríspida para com alguém que você acha que precisa de correção, um mexerico que agrada a língua, um olhar de desaprovação fixado sobre uma alma que está lutando, muitas vezes são marca registrada daqueles dentre nós que acham ser sua responsabilidade conservar a igreja pura.

Como essas pessoas teriam desaprovado o personagem que estaremos estudando esta semana – alguém que foi pego na teia dos exemplos negativos. Ao estudarmos a lição de cada dia, nosso alvo principal não será nos concentrarmos no lado negativo de Joabe, mas em como seu caráter talvez reflita nossa vida hoje. Também consideraremos a capacidade de Cristo, nosso Salvador ressurreto, de purificar e refinar nosso caráter para que, quando outros nos virem e ouvirem, estejam vendo e ouvindo a Cristo.

Mãos à Bíblia

Joabe era comandante das tropas de Davi. Quem ocupava função correspondente no exército do rei Saul era Abner. Quando Saul e seus filhos morreram em batalha contra os filisteus, Abner pôs Isbosete (v. 8, 9), o quarto filho de Saul, no trono de Israel e declarou guerra contra Judá e Davi.

1. Em que circunstâncias morreu Asael, irmão de Joabe? 2Sm 2:17-23

2. Como Joabe considerou essa mudança de que não estava a par? Compare o que Joabe disse a Davi com o verdadeiro motivo pelo qual matou Abner. O que isso revela sobre ele? 2Sm 3:23-27, 30

Rose Anyango | Nairóbi, Quênia

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