sábado, 20 de março de 2010

Verdade - Resumo Semanal - 20/03/2010 a 20/03/2010

VERDADE


por Emilson dos Reis

A “verdade” é parte do fruto que se manifesta na vida de quem ama a Deus e procura agradá-Lo (Ef 5:8-10). Na língua bíblica original, o termo é alétheia, o qual aparece 110 vezes no Novo Testamento. No Antigo Testamento, o vocábulo correspondente mais empregado é emeth, que ocorre 92 vezes. Ele e seus cognatos (palavras com a mesma raiz) transmitem a ideia de firmeza, estabilidade e fidelidade, e são aplicados tanto a Deus como aos homens. Etimologicamente, alétheia sugere algo que foi revelado e que pode ser conhecido como realmente é, em contraposição com aquilo que é apenas imaginário ou falso. Tanto alétheia como emeth podem transmitir a ideia de verdade como conceito cognitivo (do conhecimento), mas sua ênfase é o aspecto moral, a integridade, o caráter digno de confiança – a verdade como virtude.2

I. Deus e a verdade


O salmista se refere ao Senhor como o “Deus da verdade” (Sl 31:5), o que significa que Ele não vive oculto, mas Se revela e O vemos como sendo absolutamente fiel e digno de toda a confiança. Em sua oração sacerdotal, às vésperas de Sua morte, Jesus Se referiu a Seu Pai como o “Deus verdadeiro”. Ele disse: “E a vida eterna é esta: Que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3). Tais palavras nos ensinam que quando conhecemos a Deus como Ele é, alcançamos a salvação, a vida eterna. Na linguagem bíblica “conhecer” alguém não é apenas uma atividade intelectual. Não basta apenas tê-lo visto poucas ou muitas vezes, saber seu nome, sua profissão, seu endereço. Conhecer implica em relacionamento. Eu conheço alguém quando, de fato, me relaciono constantemente com ele. É a mesma ideia ensinada pelo conhecido adágio: “para conhecermos alguém precisamos comer um saco de sal com ele”. Conhecer alguém leva tempo. Precisamos estar ao seu lado em diferentes situações, observando suas ações e reações. Precisamos ouvi-lo. Precisamos falar-lhe. De modo semelhante, adquirimos conhecimento de Deus. Leva tempo. Temos que falar a Ele e fazemos isto pela oração; temos que ouvi-Lo, e isto ocorre quando nos dispomos a estudar Sua Palavra, particularmente e coletivamente; precisamos observar e meditar como Ele tem agido na História, e como age atualmente na Igreja e no mundo.

Precisamos andar em Sua companhia a cada dia, o que equivale a seguir Suas orientações para nossa vida. É isto que nos leva a conhecê-Lo. O que ocorre quando conhecemos bem alguém que possui um bom caráter? Quanto mais o conhecemos, mais confiamos nele e mais o amamos; mais temos prazer em estar em sua companhia. O mesmo acontece em nosso relacionamento com Deus. Porque Ele é verdadeiro, quanto mais O conhecemos, mais confiamos nEle, mais O amamos, e maior prazer temos em estar em Sua companhia. E este conhecimento – vale dizer, relacionamento – produz em nós uma vida transformada e uma fé renovada. Busquemos, pois, conhecê-Lo, confiando em Sua promessa: “Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13).

II. A Bíblia e a verdade


A Palavra de Deus é a verdade. No Novo Testamento, na mais longa oração registrada de Cristo, Ele disse a Seu Pai: “a Tua palavra é a verdade” (Jo 17:17). O mesmo foi dito nos Salmos. Neles, a Palavra de Deus é chamada de “lei”3, e o maior de seus capítulos, o 119, trata exclusivamente dela. Apresenta sua excelência e a exalta. Nessa oração ao Senhor, o salmista declarou: “A Tua lei é a própria verdade” (v. 142; cf. os vs. 151 e 160). E é justamente por essa razão que a Escritura nos ajuda a formar um caráter verdadeiro, iluminando nosso caminho (v. 105) e nos dando entendimento (v. 130); ela nos leva a buscar a Deus de todo o coração (v. 3), a odiar e a detestar a falsidade (v. 128), a vencer o pecado (v. 11) e a usufruir de paz (v. 165) e de grande alegria (v. 162).

III. O Espírito e a verdade


No último encontro com Seus discípulos, Jesus garantiu-lhes que, enquanto Ele não retornasse a este mundo, eles não ficariam sozinhos; antes, teriam a permanente presença do Espírito Santo – que Ele chama de Espírito da verdade – o qual não apenas estaria ao lado, próximo, mas mesmo habitaria neles. “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece; vós O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14:16-18). E acrescentou: “... o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (16:13).

O Espírito Santo ensina a verdade. Ele é o mestre da verdade. Um conceito teológico importante é o de “iluminação”, que é a ação do Espírito Santo sobre um indivíduo capacitando-o a entender a mensagem (revelação) de Deus. Observe, na citação que segue, de Ellen White, os possíveis efeitos do estudo da Bíblia quando desacompanhado dessa ação do Espírito:

“Sem a ajuda do Espírito Santo, porém, estamos continuamente sujeitos a torcer as Escrituras ou a interpretá-las mal. Muitas vezes, a leitura da Bíblia fica sem proveito, e em muitos casos é mesmo nociva. Quando se abre a Palavra de Deus sem reverência nem oração; quando os pensamentos e afeições não se concentram em Deus, ou não se acham em harmonia com Sua vontade, a mente fica obscurecida por dúvidas; e o ceticismo se robustece com o próprio estudo da Bíblia.4

A Palavra de Deus é a “espada do Espírito” (Ef 6:17) e para penetrar fundo no coração humano (Hb 4:12) necessita ser manejada por Ele. É necessário que Aquele que no passado inspirou Seus servos a escrever a Bíblia nos capacite hoje para que entendamos seu significado. Como está escrito: “... as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (1Co 2:11) e “o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14:26).

O Espírito Santo aplica a verdade. O mesmo Espírito de Deus que produziu as Escrituras e a preservou através dos séculos, deve agora aplicá-las aos ouvintes. A aplicação de um texto bíblico é a lição espiritual que o texto contém para aquele que o está estudando, em meio às suas lutas e necessidades. Conquanto os princípios bíblicos não sejam alterados com o correr do tempo, sua aplicação depende da época, da cultura, das circunstâncias e das necessidades dos ouvintes. A aplicação traz a verdade do mundo bíblico para o mundo contemporâneo. Deve brotar naturalmente das ideias da mensagem bíblica e estar relacionada à vida dos leitores e ouvintes. Mostra como a verdade bíblica se relaciona à experiência deles, aos seus problemas pessoais.5 Profetas e apóstolos fizeram aplicação da mensagem de Deus, e os pregadores da atualidade devem fazer o mesmo. Todavia, todos estes são apenas instrumentos do Espírito Santo. Ele é o grande aplicador da verdade. É Sua a obra de trazer algo à memória, revelar alguma necessidade, reforçar alguma verdade, fazer alguma sugestão, despertar a consciência, vivificar o coração, mover a vontade, dar forças para mudar e restaurar o homem à imagem de Deus.6

IV. Cristo e a verdade


Depois de falar aos Seus discípulos sobre Seu retorno ao Pai e de como um dia voltaria para buscá-los de modo que estivessem juntos para sempre, Cristo lhes disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim”(Jo 14:6). Por que Cristo é a verdade? (1) Porque Ele mesmo é divino; (2) porque Ele é a perfeita e completa revelação de Deus e de Sua verdade; (3) porque Ele é o caminho pelo qual os homens podem retornar para Deus; (4) porque Ele combina em Sua pessoa tudo quanto os homens precisam saber, crer e ser; (5) porque Ele Se contrapõe à falsa religião e Se constitui na concretização de toda a verdade de Deus – ao passo que Moisés, a lei e os profetas apenas apontavam para Ele.7

Jesus Cristo era o mistério que estava oculto, mas que, no tempo aprazado por Deus, seria revelado (Ef 3:4-5; Cl 1:26; Rm 16:26). Contudo, não era totalmente desconhecido, porque já estava indicado nos escritos proféticos do Antigo Testamento.8 Quando aqui esteve, Ele disse: “Examinais as Escrituras, porque são elas que de Mim testificam" (Jo 5:39). Sua vida e obra são o centro das Escrituras. Todos os milagres e histórias, todas as profecias e parábolas giram em torno de Sua pessoa e de Seu plano para salvar. As Escrituras declaram que “havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual fez também o Universo. Ele é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu ser” (Hb 1:1-3). Assim, “a revelação começada no Antigo Testamendo se consuma no Novo Testamento” e “agora se concentra em Jesus Cristo, que é dessa vez seu autor e seu objeto.”9 Podemos percebê-Lo desde o relatório da Criação – “porque nEle foram criadas todas as coisas nos céus e na Terra, ... tudo foi criado por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, e nEle subsistem todas as coisas“ (Cl 1:16, 17) – até a promessa final: “Certamente cedo venho” (Ap 22:20).10

Deus não apenas nos concedeu uma revelação especial escrita a Seu respeito, mas também desejou que O conhecêssemos de modo mais visível e palpável e, para tanto, enviou-nos Seu Filho. Por Seu intermédio, Deus procura suprir a dupla necessidade do homem em sua condição pecaminosa: sua ignorância de Deus (e, consequentemente, de si mesmo) e sua culpa diante de Deus. Ao revelar-Se por meio de Seu Filho, Deus deseja não somente tornar-nos bem informados, mas também santos. Por esta razão, o conhecimento de Deus, através de Cristo Jesus, opera a transformação no caráter, recriando a pessoa à imagem de Deus.11

Sem Cristo, a Palavra de Deus perderia sua razão de ser. O Antigo Testamento apontava para o futuro, indicando Sua vida e missão quando aqui viesse; e o Novo Testamento aponta para o passado, revelando que Ele de fato veio e cumpriu tudo quanto a Seu respeito estava escrito. Assim, é Cristo o fundamento e o centro das Escrituras. Ao passo que elas continham a teoria da verdade, Jesus veio demonstrar na prática a espécie de vida que Deus esperava que vivêssemos. De todas as formas de revelação pelas quais Deus Se mostrou a nós, aquela que nos veio por meio de Cristo é a mais completa e perfeita. Ele próprio afirmou: “Quem Me vê a Mim, vê o Pai” (Jo 14:9) e “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30). Quando os homens O viam demonstrar misericórdia, justiça sabedoria e perdão; sim quando eles O observavam curar, ensinar, animar, fortalecer e consolar, estavam recebendo a mais clara revelação do caráter de Deus. “Cada milagre, cada ação era sinal que transcendia o seu significado imediato, para atingir um significado oculto que revelara o Pai ao povo.”12 Todo ato humano de Cristo era uma palavra que Deus dirigia aos homens.

A revelação efetuada por Jesus, inclui Sua pessoa, Seus atos e também Suas palavras. “Sem dúvida a revelação pelos atos resultaria incompreensível se Jesus não explicitasse com Suas palavras o sentido de Seus atos e de Sua vida”.13 Como exemplo disto, nós O vemos no cenáculo, ao comemorar a última Páscoa, tornando claro o significado daquilo que realizava (Jo 13:12-17). Vemos, portanto, que um dos principais motivos pelos quais o Filho de Deus veio a este mundo, foi para revelar o Pai: “ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar” (Lc 10:22 )14 – e isto Ele fez de maneira magistral. Se desejarmos conhecer a Deus, tudo que temos a fazer é olhar para Jesus.15

VI. O cristão e a verdade


Logo depois de Se apresentar como a “verdade” (Jo14:6), Jesus chamou os discípulos a um compromisso: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” e “se alguém Me ama, guardará a Minha palavra” (Jo 14:15, 23). Você não pode obedecer à Palavra de Deus e guardar Seus mandamentos apenas mentalmente, apenas crendo e concordando, ou apenas falando. Você precisa demonstrar isso também em sua conduta. “Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou”(1Jo 2:6).

O cristão é alguém que deve estar completamente identificado com a verdade. Primeiro, porque ele foi gerado, em sua condição de filho de Deus, pela Palavra da verdade (Tg 1:18). Ele tem fé na verdade (2Ts 2:13), ama a verdade (Zc 8:19), apega-se à verdade (Hb 2:1) e anda na verdade (3Jo 4). Verdadeiras são suas ações (Ef 4:15-32) bem como suas palavras (Zc 8:16; Ef 4:25). Verdadeiros são seus motivos. No Sermão da Montanha, Jesus destacou a importância da motivação correta. Citando o exemplo dos hipócritas que faziam coisas boas – oravam, jejuavam e davam esmolas – todavia com a intenção espúria de ser vistos pelos homens e não para glorificar a Deus ou abençoar os necessitados, como aparentava, Ele ensinou que fazer o que é certo com o motivo errado, está errado (Mt 6:1-18).

Ao seguir a verdade, o cristão o faz em amor e, desse modo, cresce em tudo o que Deus planejou para ele (Ef 4:15). Ele também se regozija com a verdade (1Co 13:13), orando para ser sempre guiado por ela (Sl 25:5). Para ele, a verdade lhe serve de “escudo” (Sl 91:4) e o capacita a permanecer firme em sua luta contra o mal (Ef 6:14).

Portanto, aquele que tem a verdade como fruto do Espírito relaciona-se positivamente com Deus e Seu Filho; conhece a verdade e, ainda assim, está sempre buscando mais; e está empenhado em obedecer à Palavra e em ser transformado por ela.

Emilson dos Reis atuou como pastor distrital em diversas igrejas no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Foi pastor e professor no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul e no Centro Universitário Adventista de São Paulo. É doutor em Teologia Pastoral e diretor da Faculdade Adventista de Teologia no UNASP, onde também leciona as disciplinas de Introdução Geral à Bíblia e Homilética. É autor dos livros: Introdução geral à Bíblia; Aprenda a liderar; Como preparar e apresentar sermões e O dom de profecia no púlpito.


Referências bibliográficas

2. Russell Norman Champlin e João Marques Bentes, eds., “Verdade (Na Bíblia e outras considerações)”, Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia, 6 vols., 3ª ed. (São Paulo: Candeia, 1995), 6:731-733. Ver também A. C. Thiselton, “Verdade”, Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 4 vols., editado por Colin Brown, traduzido por Gordon Chown (São Paulo: Vida Nova, 1985), 4:708-737.

3. Derek Kidner, Salmos 1-72: Introdução e comentário, 2ª ed. (São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1981), 63.

4. Ellen G. White, Caminho a Cristo, 110. Em outro de seus escritos ela declarou: “Quando o Espírito de Deus cessa de impressionar o coração humano com a verdade, todo o ouvir é vão, assim como também é vã toda a pregação”. – Idem, História da redenção, 364.

5. Jerry Stanley Key, O preparo e a pregação do sermão (Rio de janeiro: JUERP, 2001), 294.

6. James Braga, Como preparar mensagens bíblicas (Deerfield, Florida: VIDA, 1986), 191; Key, 289.

7. Champlin, 6:735.

8. Dicionario enciclopédico da Bíblia, editado por A. Van Den Born (Petrópolis: Vozes, 1971), 1322.

9. Xavier Léon-Dufour, Vocabulário de teologia bíblica (Barcelona: Herder, 1967), 698.

10. White, Caminho a Cristo, 75.

11. White, A ciência do bom viver, 425.

12. Pedro Gilberto Gomes, ... e Deus rompeu o silêncio! (São Paulo: Paulinas, 1980), 25.

13. Léon-Dufour, 699.

14. "Por outro lado, o mistério de sua pessoa é inacessível 'à carne e ao sangue': Impossível de penetrá-lo sem uma revelação do Pai (Mt 16:17), que se nega aos sábios e prudentes, mas se outorga aos pequeninos (Mt 11:25). Estas relações íntimas do Filho e do Pai, de que não tinha conhecimento o AT, constituem o ponto culminante da revelação que viera por Jesus." – Ibid.

15. Emilson dos Reis, Introdução geral à Bíblia: Como a bíblia foi escrita e chegou até nós, 3ª ed. (Artur Nogueira: Gráfica Nogueirense, 2007), 41-43.

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Verdade - 19/03/2010 a 20/03/2010

Sexta, 19 de março

Opinião
Você é um cristão secreto?

Você já se surpreendeu dizendo uma assim chamada “mentira branca”? Talvez para tentar causar uma boa impressão ou evitar uma punição, pareceu mais importante naquele momento. E que dizer daquele querido amigo ou parente que consistentemente fabrica mentiras para satisfazer seus delírios de grandeza? Como isso é desapontador e prejudicial, à medida que, diariamente, mentira após mentira continua a se revelar. É prejudicial porque as mentiras têm o poder de destruir um relacionamento. É desapontador porque a condição espiritual dessa pessoa é revelada.

Enquanto pondero sobre a palavra “verdade”, compreendo que conhecer a verdade não é benéfico, a menos que a verdade seja aplicada de maneira pessoal. No Jardim do Éden, Deus disse ao primeiro casal a verdade quanto a comer do fruto proibido. Contudo, eles escolheram acreditar nas mentiras de Satanás, e conhecemos o resultado – dor, destruição e morte que continuarão até o fim dos tempos.

Em Sua sabedoria, e em Seu amor por nós, Deus planejou uma forma de transmitir a verdade de geração para geração. Como cristãos que estão se preparando para a eternidade, aplicar a verdade em nossa vida diária é tão importante quanto conhecer a verdade. A fim de sermos verazes, precisamos ter Jesus no coração. Ele nos dará a capacidade de sermos verazes. “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (Jo 8:32). “Toda pessoa que se recusa a entregar-se a Deus, acha-se sob o domínio de outro poder. ... Não lhe é permitido ver a beleza da verdade, pois sua mente se encontra sob o poder de Satanás” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 466).

Quão importante é, então, estabelecer e manter um relacionamento pessoal com Deus que inclui a entrega total e diária a Ele. Nosso andar, nosso falar, nosso vestuário, nossa atitude, e todas as fibras de nosso ser irão assim refletir a Cristo.

Jesus disse a Seus discípulos: “Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem está unido comigo e Eu com ele, esse dá muito fruto; porque sem Mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15:5). Quando o fluxo de nutrição de Deus for contínuo e desobstruído, ceifaremos uma colheita plena de verdade.

Mãos à obra


1. Examine e compare uma flor natural com uma flor artificial da mesma espécie. O que torna a flor real diferente da flor artificial ou superior a ela? Faça uma relação disso com a diferença entre pessoas que exibem integridade e aquelas que nem sempre o fazem. Qual você deseja como amigo? Por quê?
2. Faça as seguintes perguntas a alguns de seus amigos: O que você acha que significa integridade? Como isso se aplica a você? Por que você desejaria que seu melhor amigo fosse uma pessoa íntegra?
3. Reflita sobre a semana que passou, fazendo a si mesmo estas perguntas: Sempre fui completamente veraz? Por que sim, ou por que não? Esse é um problema com o qual preciso que Jesus me ajude?

Kathleen Nelson | Altamonte Springs, EUA

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Verdade - 18/03/2010 a 20/03/2010

Quinta, 18 de março

Aplicação
Cristo em nós, fiel e verdadeiro

A fim de sermos semelhantes a Cristo, precisamos buscar a verdade, obedecer a ela e crer em seu poder. A Bíblia abrange toda a verdade. Ao longo dos séculos, a Palavra já provou estarem errados seus muitos críticos, pois suas profecias se cumpriram e continuam a se cumprir até hoje.

João 1 nos diz que no princípio a Palavra estava com Deus, a Palavra era Deus, e “a Palavra tornou-Se carne e viveu entre nós” (Jo 1:14, NVI). O Espírito Santo de Deus cobriu com Sua sombra uma virgem, e deu poder à palavra que Ele dera ao profeta Isaías (ver Is 7:14 e Mt 1:18-23). Então, Jesus, cuja mãe é de carne humana e cujo Pai é Deus, manifestou características da Palavra de Seu Pai. João revela o nome de Jesus como Fiel e Verdadeiro. Através de experiência pessoal, muitos cristãos descobriram que Jesus é exatamente isso. Além do mais, essas são as mesmas características das palavras da Bíblia. Jesus, como a Palavra de Deus, é fiel e verdadeiro (Ap 3:14; 19:11; 21:5; 22:6).

Uma vez que somos filhos de Deus, também devemos ser fiéis e verdadeiros (1Jo 3:1-3, 18, 19). Estas são maneiras pelas quais podemos mostrar o caráter de nosso Pai e adorá-Lo em espírito e em verdade:

Confesse. Tiago 5:16 diz que devemos confessar nossos pecados uns aos outros a fim de podermos orar uns pelos outros. É bom termos amigos de confiança com quem possamos fazer isso. Contudo, há algumas pessoas em quem não podemos confiar, e há alguns pecados que seria sábio confessarmos somente a Deus. Ele está sempre disposto a nos perdoar, a purificar-nos do pecado e a ajudar-nos a não pecar novamente. Leia Salmo 32:5 e 1 João 1:9.

Aceite o perdão de Deus.
Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e o Espírito Santo tem o poder de purificar-nos de toda injustiça (1Jo 1:9).

Diga a verdade.
Toda vez que formos tentados a dizer uma mentira (não importa quão pequena seja), lembremo-nos de quem é nosso Pai, e depois escolhamos dizer a verdade. Deus operará o restante Se confiarmos que Ele o fará. Leia Colossenses 3:8, 9 e Apocalipse 22:14, 15.

Mãos à Bíblia

7. Leia 2 João 4 e 1 João 1:6. Que importante lição é ensinada nesses textos a respeito do que significa ter um relacionamento salvífico com Jesus?

A verdade, como fruto do Espírito, não é só o que sabemos – é o que fazemos. Viver na luz de Deus significa mais que conhecimento, apenas.

Stacey-Ann Montañez | Orlando, EUA

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quarta-feira, 17 de março de 2010

Verdade - 17/03/2010 a 20/03/2010

Quarta, 17 de março

Testemunho

A verdade que transforma


Cresci num lar adventista em que o estudo da Bíblia e o conhecimento das doutrinas da igreja eram exigidos. Essas exigências eram cumpridas por obrigação, e não por desejo sincero. Como resultado, quando fiquei mais velho, acabei saindo da igreja. Contudo, com a idade de 25 anos aceitei a Cristo como meu Senhor e Salvador. Pouco depois disso, alguém me trouxe a Bíblia em CDs. Raras vezes eu deixava passar um dia sem ouvi-los. Foi somente depois de eu ter ouvido a Palavra de Deus com desejo sincero que ocorreu uma transformação em minha vida.

Minha esposa foi criada num lar católico. Quando ela estava com seus vinte e poucos anos, algumas situações fizeram com que ela buscasse o Senhor além do âmbito dessa denominação. Assim, ela começou a ler a Bíblia. Por achar que estava faltando algo em sua igreja, ela começou a frequentar uma igreja pentecostal. Depois de ter frequentado aquela igreja por três anos, ela ainda achava que algo estava faltando. Assim, começou a orar a Deus sobre isso. Pouco depois, ouviu a mensagem adventista. Durante três meses estudou por conta própria, com a ajuda do Espírito Santo. A verdade pela qual ela ansiava finalmente lhe foi revelada.

“É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, as verdades de Sua Palavra se vão sempre desdobrando perante Seu povo. Só há um meio de obter esse conhecimento. Só nos é possível chegar a compreender a Palavra de Deus mediante a iluminação do Espírito pelo qual ela foi dada. ‘Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus’ (1 Co 2:11, 10). E a promessa do Salvador a Seus seguidores foi: ‘Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade... porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar’ (João 16:13 e 14; Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 109).

Mãos à Bíblia

Jesus tinha palavras duras para a falsa “justiça” dos escribas e fariseus (veja Mt 23:27), chamando-os de “hipócritas”. A palavra hipócrita (na língua original, hupokrites) significa “ator”. Jesus estava deixando que eles soubessem que Ele podia discernir seus sentimentos interiores e pecados secretos. Era como se Ele estivesse lhes dizendo: “Vocês agem de uma maneira, mas por dentro são outros, como se estivessem atuando em uma peça de teatro. Vocês não podem ser verdadeiros?”

5. Qual é o grande perigo de agir com hipocrisia? 1Tm 4:2; Tt 1:15. O Espírito Santo faz contato conosco através de nossa consciência. Então, que pode nos acontecer se constantemente estivermos agindo de maneira errada?

6. Qual é a relação entre a verdade e o fruto do Espírito? Jo 7:16, 17; Hb 5:14

Neville e Keisher Peter | Orlando, EUA

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terça-feira, 16 de março de 2010

Verdade - 16/03/2010 a 20/03/2010

Terça, 16 de março

Exposição
Você pode lidar com isso?


A religião pode ser assustadora. Todos os grupos religiosos reivindicam ter a verdade. Muitas pessoas ficam confusas e decidem seguir qualquer verdade que lhes pareça certa. Daí o crescimento e popularidade do espiritualismo e ocultismo. O conhecimento, as tradições e as experiências de vida desempenham importante papel no que consideramos como verdade. Como cristãos, que verdade defendemos, e como devemos reagir a ela?

Cristo, a Verdade (Jo 14:6). A melhor maneira de encontrar a verdade é através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Tomé descobriu isso quando perguntou a Jesus sobre o caminho para onde Ele iria (Jo 14:6). A resposta de Jesus revelou algumas coisas sobre Si mesmo. A fim de Tomé obter acesso ao local para onde seu Mestre estava indo, teve que saber que Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6). A única maneira de obter acesso ao Pai é por meio de Seu Filho.

A verdadeira prova (Jo 7:16, 17; 2Cr 25:2). Ao longo de toda a Bíblia, Deus validou Sua palavra por meio de Seus atos. Deus é justo e não deseja que creiamos nEle sem tomar uma decisão bem informada. Todos os milagres bíblicos realizados por Deus e Jesus mostram que eles são a verdade. Jesus demonstrou essa característica na Terra. Quando foi ao templo ensinar durante uma festa em Jerusalém, as pessoas perguntaram onde Ele havia adquirido conhecimento das coisas que ensinava (Jo 7:14, 15). A resposta de Jesus foi notável. Ele disse às pessoas que elas teriam que viver o que Ele ensinava a fim de descobrir se a doutrina que Ele pregava era verdadeira ou falsa (Jo 7:16, 17).

Imagine que, como cristãos, todos nós vivêssemos os ensinos de Cristo. Muitas pessoas seriam então abençoadas por nossa vida, e a verdade seria estampada e selada na mente das pessoas que estão sendo abençoadas. Mesmo tendo a verdade como ela é em Deus, às vezes ficamos anestesiados por nossas rotinas e tradições espirituais. É possível conhecer a verdade de Deus e cumpri-la de má vontade. 2 Crônicas 25:2 diz: “Ele fez o que o Senhor aprova, mas não de todo o coração.” Esse texto está falando do rei Amazias de Judá, que executou a Lei sem que seu coração estivesse nela. Se estivermos dispostos, o Espírito Santo é capaz de tornar maleável nosso coração de ferro.

Troca (Sl 51:17; Jr 29:13). A fim de aprender algo novo, temos que renunciar a algo em troca. A fim de obter o conhecimento de um engenheiro mecânico, é necessário que a pessoa renuncie a seu tempo pessoal a fim de estudar uma variedade de conceitos matemáticos e científicos. Também terá que investir dinheiro numa instituição de ensino para adquirir treinamento. A que temos de renunciar para conhecer a Cristo? Precisamos renunciar a nossos caminhos egoístas, humilhar-nos e entristecer-nos. “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Sl 51:17, NVI). Então, buscaremos a Deus e O encontraremos (Jr 29:13).

Como um bebê (Hb 5:14).
Geralmente, os bebês nascem sem dentes. A variedade de alimentos que eles podem comer aumenta à medida que crescem – primeiro líquidos, depois papinhas, e quando nascem os dentes, comida sólida. Quando recebemos pela primeira vez o conhecimento da verdade, somos como um bebê. Pode levar tempo e maturidade espiritual para aprendermos tudo o que Cristo deseja ensinar-nos. Às vezes, temos de esperar que nossos dentes espirituais nasçam para que possamos comer o alimento sólido da verdade de Deus. Com a maturidade, podemos ser capazes de discernir a verdade e, portanto, distinguir o bem do mal (Hb 5:14). Paulo explicou esse conceito para que pudéssemos pregar a verdade aos que estão ao nosso redor sem bombardeá-los com coisas espirituais que eles não são capazes de entender. Não é seguro construir uma casa sem alicerce, porque sem o alicerce as paredes irão rachar e a casa pode cair. O mesmo ocorre quando vamos ensinar a verdade a outros.

A vida eterna (Lc 4:18; Jo 17:3). Quando nosso Salvador veio à Terra para nela habitar como ser humano, devotou a vida a realizar Sua missão – curar os doentes e quebrantados de coração e pregar o evangelho (Lc 4:18). Sobretudo, Ele veio dar a vida por todos a fim de que possamos viver eternamente com Ele. A vida eterna parece maravilhosa para nós que estamos sujeitos à dor, sofrimento e morte. Jesus revelou a verdade sobre a vida eterna quando olhou para o Céu e pronunciou estas palavras: “Esta é a vida eterna: que Te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3, NVI). Esse texto diz muito. Declara que a vida eterna consiste em conhecer a verdade sobre o Pai por meio de Seu Filho Jesus Cristo, que é o Caminho.

Mãos à Bíblia

“Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13). “De todo o coração” significa sinceramente verdadeiro, em palavras e atos. A palavra sincero vem de duas palavras latinas: seno (sem) e cera (cera). Aparentemente, no passado, escultores menos escrupulosos disfarçavam secretamente as falhas e rachaduras em seu trabalho tampando-as com cera, que, evidentemente, não dura muito tempo. Consequentemente, sinceridade significa ser real e genuíno, não artificial.

4. Como essas duas atitudes se evidenciaram no reinado de Amazias? 2Cr 25:2

Temos aqui um rei que fez a coisa certa, mas com um coração que não estava no lugar certo. Esse fato mostra a possibilidade de a pessoa fazer coisas certas pelos motivos errados.

Jason Gibson | Orlando, EUA

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segunda-feira, 15 de março de 2010

Verdade - 15/03/2010 a 20/03/2010

Segunda, 15 de março

Evidência

Pratique a verdade para revelar os frutos


Jesus proclamou que Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6). Também pediu ao Pai que nos enviasse o Espírito Santo (o Consolador), que é o Espírito da verdade (verso 17). Uma vez que somos incapazes de ver fisicamente a Cristo ou falar com Ele como os discípulos faziam, o Espírito Santo vem para habitar em nós e guiar-nos à verdade que Cristo revelou enquanto esteve na Terra. A História nos tem ensinado que conhecer a verdade é bom. Contudo, precisamos aplicá-la a nossa vida. Como fazemos isso? João 17:17 diz: “A Tua Palavra é a verdade.” “Declara-se que a Palavra de Deus é a ‘verdade’. As Escrituras nos revelam o caráter de Deus através de Jesus Cristo. Tornamo-nos novas criaturas ao fazermos das verdades da Palavra de Deus uma parte da vida.”*

Uma vez que a Palavra de Deus é a verdade, e uma vez que Sua Palavra engloba os Dez Mandamentos, podemos concluir que a verdade é demonstrada pela guarda da Lei. Jesus diz: “Vocês os reconhecerão por seus frutos” (Mt 7:16, NVI). Os frutos formam o caráter de uma pessoa. Eles são o que uma pessoa faz. Assim, nossa transformação de caráter quando vivemos pela Lei de Deus torna evidentes os frutos do Espírito. Esses frutos são vistos quando colocamos a Palavra/Lei de Deus em ação. O exemplo de Cristo nos ensina como guardar a Lei. Não sejamos como os fariseus, que conheciam a verdade, mas a aplicavam mal. Precisamos, assim, pedir que o Espírito Santo nos ajude a entender a Palavra de Deus, bem como aplicá-la corretamente a nossa vida diária.

Se permanecermos na Palavra de Deus e guardarmos Seus mandamentos, seremos Seus discípulos, conheceremos a verdade e seremos livres (Jo 8:31, 32). Obedecer à Palavra de Deus nos liberta da culpa, da condenação e da dor, porque Jesus substituirá o vazio por Seu fruto (caráter) que é constituído de amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22, 23).

* The SDA Bible Commentary, v. 5, p. 1053.

Mãos à Bíblia

“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade” (Jo 16:13). Devido ao que aprendemos ontem, é óbvio que a obra do Espírito Santo é apontar-nos o caminho a Cristo e nos ajudar a permanecer nEle. Veja esta poderosa declaração: “A pregação da Palavra não será de nenhum proveito sem a contínua presença e ajuda do Espírito Santo. Este é o único Mestre eficaz da verdade divina. Unicamente quando a verdade chega ao coração acompanhada pelo Espírito, ela vivifica a consciência e transforma a vida. Uma pessoa pode ser capaz de apresentar a letra da Palavra de Deus, pode estar familiarizada com todos os seus mandamentos e promessas; mas, a menos que o Espírito Santo impressione o coração com a verdade, ninguém cairá sobre a Rocha e se despedaçará” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 671, 672).

3. Qual é o papel do Espírito Santo, descrito por Ellen G. White, na declaração acima?

Kimberly A. Hudgens | Orlando, EUA

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domingo, 14 de março de 2010

Verdade - 14/03/2010 a 20/03/2010

VERDADE


“Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração” (Jr 29:13, NVI).

Prévia da semana: As Escrituras são a verdade revelada como é definida por Jesus e entendida pela submissão à direção do Espírito Santo; são o guia para toda a vida.

Leitura adicional: Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 437, 438

Domingo, 14 de março

Introdução

Fazer a coisa certa?


William, o Gênio. Era assim que o chamavam antes. Há não muitos anos, ele havia se formado como o primeiro da classe em Harvard. Imediatamente, havia arrumado emprego com um salário de seis dígitos. Foi em Wall Street que lhe deram o apelido de o rapaz-gênio, o mago das finanças. William estava vivendo o sonho americano – um ótimo emprego, uma casa exclusiva, uma esposa amorosa. Mas então as coisas desmoronaram. A empresa em que ele trabalhava faliu. Ele perdeu todo o dinheiro, investimentos e a custosa casa que ele e a esposa amavam.

Esses pensamentos giravam rapidamente na mente de William quando ele desceu do trem e foi andando até a casa que logo teria que deixar. Ele clamou: “Oh, Deus! Por favor, me ajude! Tenho sido um cristão fiel, e o Senhor sempre me abençoou com mais do que eu precisava. Faz algum tempo que não oro, mas o Senhor conhece meu coração.” Aquele que começara como um dia comum no mundo de William havia se tornado seu pior pesadelo. Enquanto passava por uma área arborizada a caminho de casa, descobriu um carro blindado que havia caído numa pequena ribanceira. Os ocupantes, que não podiam ser vistos em parte alguma, aparentemente haviam saído em busca de ajuda. A cerca de cinco passos de William havia duas sacolas, cada uma estampada com estas palavras: “um milhão”.

William pensou consigo mesmo: “Será que essa é a resposta a minhas orações? Ninguém nunca vai saber se eu pegar essas bolsas. Eu podia acabar de pagar minha casa e sair da dívida.” Ele ficou parado ali pelo que pareceu uma eternidade, analisando seu dilema peculiar.

“Alô, emergência? Estou ligando para relatar um acidente. Vou ficar esperando pelas autoridades.” Enquanto William fechava o telefone celular, um texto bíblico lhe veio à mente, que ele repetiu em voz alta: “Fez ele o que era reto perante o Senhor; não, porém, com inteireza de coração” (2 Crônicas 25:2). Embora tivesse sido severamente tentado a pegar o dinheiro, sabia que, como professo cristão, havia feito a coisa certa.

Nesta semana, de que forma o fruto da verdade irá brotar em sua vida, assim como brotou na de William no dia em que as coisas desmoronaram?

Mãos à Bíblia

1. Leia João 14:6. O que significa esse texto?

As palavras de Jesus não deixam ambiguidade: Não é verdade que “cada um acha seu próprio caminho para Deus”. Poucos versículos da Bíblia inteira são mais contrários ao sentimento de relativismo do que esse. Ao mesmo tempo, também existe outro elemento inteiramente novo. A verdade é uma Pessoa. Se quiser conhecer a verdade, você precisa primeiramente conhecer Jesus.

2. Como o que está escrito acima nos ajuda a entender as palavras de Cristo em João 17:3?

O evangelho não é somente um chamado para manter um relacionamento com Jesus, mas para fazer um compromisso com Ele.

Daniel Smith | Orlando, EUA

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