sábado, 25 de julho de 2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - Resumo Semanal - 25/07/2009 a 25/07/2009

Andando na luz – Guardando Seus Mandamentos
Resumo Semanal - 19/07/2009 a 25/07/2009



José Carlos Ramos – D. Min

Novamente, o título da lição é duplo, e aponta para uma única experiência. Andar na luz coincide com a obediência aos mandamentos de Deus, isto é, quem anda na luz guarda os mandamentos divinos. Todavia, nesse caso não posso dizer “e vice-versa”, como o fiz na introdução do comentário à lição anterior. Andar na luz e guardar os mandamentos de Deus se equivalem. Não é possível uma coisa sem a outra. Mas guardar os mandamentos nem sempre equivale a andar na luz, quando, por exemplo, alguém os guarda por motivo incorreto. Antes de se converter, Paulo era irrepreensível “quanto à justiça que há na lei” (Fp 3:6), mas estava em trevas. De fato, o legalismo não reconhece o plano salvífico de Deus, pois o legalista estabeleceu o seu próprio plano (veja Rm 10:3).

Devemos ser obedientes não para andar na luz (o que cheira a legalismo), mas porque andamos na luz. Obediência não é causa, é efeito. Andar na luz de Deus é conhecê-Lo; e conhecer a Deus é amá-Lo; e amar a Deus implica a guarda de Seus mandamentos (Jo 14:15, 21; 15:10; 1Jo 5:2, 3; 2Jo 6).

Além do legalismo, há ainda outra forma de guardar os mandamentos inutilmente: é quando o fazemos não por amor mas por mera obrigação. Diz Ellen G. White a esse respeito: “Aquele que tenta observar os mandamentos de Deus por um senso de obrigação apenas – porque é requerido que assim faça – jamais entrará no gozo da obediência. Não obedece. Quando, por contrariarem a inclinação humana, os reclamos de Deus são considerados um fardo, podemos saber que não se trata de uma vida cristã. A verdadeira obediência é a expressão de um princípio interior. Origina-se do amor à justiça, o amor à lei de Deus” (Parábolas de Jesus, p. 97; grifos supridos).

Assim, a guarda dos mandamentos de Deus é a evidência de que alguém anda em Sua luz, que O conhece e O ama, pois é o que esta tríplice experiência gera na vida do crente. É verdade que nem todos os que guardam os mandamentos andam na luz, mas é verdade também que todos os que andam na luz guardam os mandamentos. Não importa quão elevada seja a profissão de fé, se não for consolidada pela obediência, não será mais que mero pietismo inócuo e inconsequente, o que significa desconhecimento de Deus; trevas e não luz.

Domingo, 19 de julho
O que conhecemos? (1Jo 2:3-5)

Esta é uma questão crucial porque, dependendo do que conhecemos, de que forma conhecemos, e de como respondemos ao que conhecemos, poderemos nos salvar ou nos perder. O grande equívoco dos dissidentes era a crença de que o conhecimento (gnōsis) salvava, isto é, o simples conhecimento especulativo de Deus, o conhecimento ao modo deles. Como diz a lição, “a ênfase estava na experiência mística e mitos fantasiosos sobre Deus e a natureza da humanidade. A salvação era obtida, [assim se acreditava] através desse conhecimento secreto, e não através de um relacionamento de fé com o Senhor”. Quanto a isso, remetemos o leitor ao comentário de 13 de julho para um esclarecimento adicional.

Não é o conhecimento que salva, pois ele pode se limitar à teoria, e, então, não passar, eventualmente, de “letra morta”. Já dizia George Herbert: “O conhecimento não passa de tolice, se não for guiado pela graça.”

Todavia, a falta de conhecimento é, admitidamente, fator de destruição (veja Os 4:6). Conhecimento da verdade é luz, e quem a rejeita andará nas trevas – portanto, estará perdido! Considerando que a verdade é, antes de tudo, uma identificação de Deus (veja Jo 14:6; 1Jo 5:6), e que a vida eterna reside em conhecê-Lo (Jo 17:3), parece-me bastante próprio que o conhecimento que resulta em salvação é aquele que a Bíblia normatiza como conhecimento empírico, prático; não meramente conceitual ou teórico.

Chego a dizer que, exceto se secundado pelo temor de Deus e amor a Ele, mesmo o conhecimento teológico está longe de ser o conhecimento de que João aqui fala. Não é por mero acaso que muitos teólogos (não ASDs, por certo!) estão mais nas trevas que na luz. De fato, o mero conhecimento da Bíblia será de pouco valor. Os judeus contemporâneos de Jesus nos legaram uma trágica evidência desse fato. Eram o povo da Bíblia na época, alegavam fazer dela o centro de suas atenções, e acabaram crucificando Aquele para quem as Escrituras apontavam. Esta é uma séria advertência para nós. A Bíblia nos será de genuíno proveito na medida em que, estudando-a, venhamos a intensificar nosso relacionamento com Jesus.

E assim, descobrimos que o conhecimento que salva é aquele que conduz seu possuidor a um verdadeiro relacionamento com Deus; é sentir Seu amor e responder-Lhe também com amor. É deixar-se cativar por Seu amor e render-Lhe a vida num veemente anseio de que Ele opere nela. É ter o anseio de ser transformado numa nova criatura, gerada pelo Espírito Santo para uma vida de justiça e santidade, que se desenvolve com uma aprofundada comunhão com Deus. Então, sendo membro do corpo de Cristo, que é a Igreja, ele desfruta sadio companheirismo com seus “irmãos” (1Jo 2:10), o que não ocorria com os dissidentes gnósticos (v. 9, 11), com toda a pretensão de conhecimento que tinham.

Com novo senso de valor e missão, ele se torna uma bênção para a família, os vizinhos, sua comunidade, a Igreja e o próprio mundo; e a vida do reino divino se torna sua vida, seu estilo de vida sob a soberania do amor. Em outros termos, seu amor a Deus o leva a expandir esse amor em direção aos seus semelhantes. Que experiência!

Através dela, o pecador tem mudados suas predileções, seus gostos, suas prioridades, seus anseios, seu foco de atenção, o próprio centro motor da existência; enfim, como diz Champlin, “que os crentes se apropriem da posição que possuem em Cristo, mediante ações espirituais certas, que se refletem na conduta diária...” (R. N. Champlin, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo,v. 3, p. 672).

Os projetos e alvos da nova vida estarão voltados para os interesses divinos, e ele aplicará todo o seu empenho em se conformar cada vez mais com os princípios da justiça; estará determinado a avançar nessa direção, sempre se dispondo a se submeter à vontade de Deus. Tudo isso é fruto do verdadeiro conhecimento.

Segunda, 20 de julho
Guardando os mandamentos (1Jo 2:3-5)

Enquanto 1 João 2:3 reafirma que a guarda dos mandamentos de Deus é uma inequívoca evidência de a pessoa O conhece, temos no verso 4 uma das mais duras denúncias da Palavra de Deus: quem diz que conhece a Deus “e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.”

Professar conhecer a Deus e, ao tempo, desrespeitar a Sua Lei não passa de crassa hipocrisia, contra a qual Jesus foi enérgico em Seu pronunciamento. Ele proferiu vários ais sobre os hipócritas (veja Mt 23). O mais impressionante é que Ele não disse “ai dos homicidas”, ou “ai das meretrizes e dos homossexuais”; mas disse, mais de uma vez: “ai dos hipócritas”. Não que Ele fosse favorável ao homicídio, etc.; muito ao contrário! Mas, sem dúvida, porque considerava a piedade apenas de fachada o maior insulto a Deus. “A apostasia declarada não seria mais ofensiva a Deus do que a hipocrisia...” (Patriarcas e Profetas, p. 555). Realmente, o hipócrita é o pecador para quem menos esperança existe. “Há mais esperança para o pecador aberto, do que para essa classe” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 144).

“Quando conhecermos a Deus, como nos é dado o privilégio de conhecer, nossa vida será de contínua obediência” (O Desejado de Todas as Nações, p. 668). Isso porque o verdadeiro conhecimento de Deus é aquele que, segundo a lição, “forma a base de uma relação de amor”; quando se fala em “relação de amor”, é o amor recíproco que se tem em vista. Conhecer a Deus é reconhecer Seu amor, o quanto nos ama demonstrado pelo quanto tem feito por nós; e aí não há como responder a tudo isso senão dedicando a Ele nosso amor, que, semelhante ao dEle, será evidenciado por atos. Por isso se diz que quem, de fato, conhece a Deus, O ama; e que quem O ama, como já notado, guarda Seus mandamentos. João toca esse ponto quando diz: “Aquele, entretanto, que guarda a Sua palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nEle” (1Jo 2:5).

Terça, 21 de julho
Que faria Jesus? (1Jo 2:6-8)

Embora a lição de hoje envolva os versos 6 a 8 de 1 João 2, ela se restringe ao verso 6, ficando 7 e 8 para amanhã. A pergunta que serve de título implica o fato de que Jesus é nosso modelo em todos os aspectos e afazeres da vida. Não se conhece a Deus senão conhecendo a Jesus, e não se conhece a Jesus senão conhecendo como Ele viveu e agiu, e, então, vivendo e agindo como Ele o fez.

O escritor acabara de realçar a necessidade de se guardar os mandamentos de Deus (2:3-5); então, no verso 6, ele apresenta o padrão de obediência. Não se obedece aos mandamentos de Deus meramente cumprindo a letra da Lei. Espera-se mais daquele que conhece a Deus. Ele a irá cumprir como Jesus a cumpriu. “Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou.”

Por exemplo, tomando em conta Sua obediência ao quarto mandamento, pergunto: como foi que Jesus guardou o sábado? Congregando nesse dia, diríamos, nos lembrando de Lucas 4:16. Mas será que Seus atos de bondade e benevolência no sábado, principalmente aliviando a dor e o sofrimento humanos, também não contam? Não estaria Ele, pelos milagres operados nesse dia, alertando-nos de que a simpatia pelos seres humanos em suas necessidades é parte preponderante da santificação sabática? Não estaria Ele, nesse aspecto, sendo também um exemplo para nós?

“Aquele que diz que permanece nEle, esse deve andar como Ele andou.” E andar como Ele andou alcança o ponto culminante em amar como Ele amou. Essa é a essência do “novo mandamento”, do que trata a lição de amanhã. Faz-nos lembrar as palavras de Paulo em Romanos 13:8: “...quem ama ao próximo tem cumprido a Lei.” Mas temos que amar como Jesus amou.

Quarta, 22 de julho
O Novo Mandamento (1Jo 2:7, 8)

Aqui, João faz referência ao novo mandamento de Jesus, mencionado em João 13:34: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” Em que sentido esse mandamento é novo?

Bem, lembramos que há dois termos gregos principais vertidos “novo” em nossas Bíblias: néos e kainós. Os termos se distinguem um do outro em sua principal acepção: o primeiro, significando novo com respeito ao tempo, isto é, recente, que não existia antes, ou novo em contraste com o velho que o novo substitui; e o segundo termo se prendendo mais à qualidade, ou forma, ou sentido daquilo que se diz novo. Em outras palavras, algo que é dito ser kainós não significa absolutamente que não existia antes, mas que agora se projeta numa nova feição, ou dimensão.

Em João 13:34 é empregado o termo kainós, pois o imperativo do amor antecede ao que Jesus falou; ele nos vem das páginas do Antigo Testamento (veja Lv 19:18). Mas o mandamento é novo no sentido de tomar a forma de Jesus amar como padrão do amor a ser cultivado entre Seus discípulos. Jesus confere novo significado a um mandamento já existente que tem por base o exemplo supremo de amor visto nEle mesmo. Com efeito, Ele é a mais clara e altissonante demonstração de amor dada a todo o Universo.

Ele agora estabeleceu que essa forma de amor, ou melhor, essa forma de amar, deveria continuar entre Seus seguidores; não que Ele não mais amasse daquele modo e naquela medida, mas porque Seu amor, ou forma de amar, deveria se manifestar em seus seguidores, para conhecimento do mundo. É por isso que, logo após expressar o “novo mandamento”, Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). Esta é a característica número 1 da igreja verdadeira.

Certamente, o conteúdo do quarto Evangelho (incluindo, é claro, as palavras de 13:34) era familiar aos destinatários das epístolas joaninas. Assim, o escritor lhes lembrou a necessidade de se amarem uns aos outros, e lhes disse que isso era ao mesmo tempo um mandamento “antigo” (isto é, não do desconhecimento deles) e “novo (kainós)” (isto é, para ser entendido na extensão do amor de Cristo). Ele estava lhes avivando a memória e a consciência para o fato de que Jesus, dezenas de anos antes, já havia expressado esse mandamento, de maneira que amar-se uns aos outros era um dever e mais que dever, era privilégio deles. Agora, não deveriam se deixar levar pelas falsas ideias que estavam sendo veiculadas, as quais, uma vez aceitas, os afastariam desta comunhão de amor.

João lhes disse que este mandamento não lhes era novo precisamente porque o haviam recebido desde o princípio. A palavra tem dois sentidos possíveis, aqui: faz referência ao momento em que Jesus Se manifestou ao mundo, ou ao momento em que os destinatários ouviram e aceitaram a mensagem do evangelho. Talvez, a segunda hipótese seja mais provável, face ao que o escritor diz ao encerrar o verso 7: “Esse mandamento antigo [pois procede da instituição da santa-ceia, quando Jesus o proferiu] é a palavra que ouvistes.” Se assim é, podemos estar certos de que a pregação apostólica de João, principalmente em seus últimos anos, foi feita com ênfase no amor de Jesus. Afirma-se que, estando o apóstolo para morrer, perguntaram-lhe se tinha uma última mensagem a dar. “Amai-vos uns aos outros”, disse, e expirou.

Quinta, 23 de julho
Amando os outros (1Jo 2:9-11)

O título da lição de hoje aparentemente toca o amor do cristão a todas as pessoas. Afinal, Cristo morreu pelo “mundo inteiro” (2:2), e é nosso dever amar a todos. Todavia, João continua, nos versos 9 a 11, a exortar seus leitores quanto ao amor fraternal, o amor mútuo a ser exercitado entre os domésticos da fé. Como a lição afirma, “em sua epístola, João estava interessado principalmente na comunidade cristã. Isso não significa que ele negava o fato de que os cristãos são chamados a amar seus vizinhos e até os inimigos; mas não era essa sua preocupação aqui. Ele tinha outros problemas para resolver.”

Certamente, esses problemas tinham que ver com os conflitos entre membros da igreja, para o que concorriam os elementos dissidentes citados. João expôs de maneira severa sua reprovação a esse estado de coisas, sendo bastante incisivo em suas declarações, novamente empregando o dualismo luz X trevas, do qual se valeu no início da epístola.

Por exemplo: em 1:6 ele declarou ser falsa a reivindicação de estar em comunhão com Deus feita por aquele que anda nas trevas; depois, ele afirmou que aquele que não ama seu irmão continua nas trevas, mesmo professando estar na luz. Aqui se nota um estreito relacionamento entre estar em comunhão com Deus e amar o companheiro de fé.

Outro exemplo: ele disse que, “se andarmos na luz”, manteremos “comunhão uns com os outros”(1:7); então, ele praticamente repetiu essa asserção com as palavras de 2:10: “Aquele que ama a seu irmão permanece na luz...”. Combinando os dois textos, vê-se que “andar na luz” corresponde a “permanecer na luz”, e “manter comunhão uns com os outros”, a “amar seu irmão”. Não há dúvida de que o amor fraternal envolve, como ingrediente básico, a comunhão de uns com os outros na igreja.

Bem, João realmente disse: “Aquele que odeia seu irmão”, em lugar de “aquele que não ama a seu irmão”. Meu intuito não foi alterar o que está na Bíblia (Deus me livre de tal sacrilégio!), substituindo “odiar” por “não amar”. Quis apenas ressaltar que, segundo o Evangelho, não amar equivale a odiar. Normalmente, não pensamos assim, pois se A não ama B não significa necessariamente que A odeie B; pode ser que simplesmente não o aprecie, não se simpatize com ele, etc. Há alguns que até afirmam que o contrário de amar não é odiar; é ser indiferente.

Não é assim para João em suas ponderações. Para ele, falta de amor é presença de ódio e vice-versa. Para que alguém odeie, não é necessário que se manifestem os sentimentos próprios do ódio (execração, malquerença, rancor, aversão, etc.); basta que não ame. João continua no contexto do “novo mandamento” e, numa comunidade em que a ordem “amai-vos uns aos outros” é soberana, não haverá indiferença em relação a quem quer que seja, nem esse negócio de dizer: “não vou com a cara de fulano”, ou coisa parecida. Até certo ponto, é natural que existam pessoas de nossa predileção, aqueles de quem nos aproximamos mais, que se tornam mais íntimos nossos. Isso é próprio no processo da amizade, pois até Jesus teve discípulos mais chegados.

Isso, todavia, jamais pode ser feito em detrimento de quem quer que seja. Segundo a lição, ódio, na Bíblia, se aplica também “a dar preferência a uma pessoa e não a outra ou a negligência de alguém”. Nosso convívio jamais deve chegar às raias do favoritismo indevido, ou da segregação degradante. Quando recebido plenamente no coração, o amor de Jesus derriba as barreiras sociais de qualquer natureza, de maneira que não haja limites ou fronteiras para o amor fraternal. Ele se estende incondicionalmente em todas as direções, e envolve indistintamente a todos. E não pode ser diferente, pois aquele que promulgou o novo mandamento, também ordenou que amássemos até mesmo os inimigos (Mt 5:44).

Então, se alguém não age desta forma, é porque não permitiu ainda que o amor de Jesus se apodere totalmente dele. E se isso não ocorreu, ele ainda está em trevas, com duas inevitáveis consequências: estar sujeito a tropeços e andar sem saber para onde ir; tudo devido à cegueira espiritual. Em outras palavras, está perdido sem ter consciência desse triste fato.

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Andando na Luz: Renunciando ao Mundanismo - 26/07/2009 a 01/08/2009

Andando na Luz: Renunciando ao Mundanismo


“Não amem o mundo, nem as coisas que há nele. Se vocês amam o mundo, não amam a Deus, o Pai” (1Jo 2:15).
Prévia da semana: Parte do que significa andar na luz é abandonar as coisas passageiras deste mundo. Isso deve ser fácil, em comparação com o que nos é oferecido: a vida eterna.
Leitura adicional: O Maior Discurso de Cristo; Ben Carson, Sonhe Alto (Tatuí, CPB, 1999); Jim Hohnberger, Fuga Para Deus (Tatuí, CPB, 2003)
Domingo, 26 de julho

Introdução
Fazer uma visita ou habitar?


Na Divisão Inter-Americana (uma das divisões mundiais da Igreja Adventista), em 2008, a Meditação Matinal dos adultos, de Israel Leito, teve como título Todos os Dias Com Minha Bíblia. Além do texto para cada dia e da leitura devocional baseada naquele texto, a pessoa tinha que ler entre três e quatro capítulos da Bíblia por dia, para lê-la inteiramente durante aquele ano. Para alguns de nós foi difícil manter-se em dia com essas leituras bíblicas diárias. Afinal de contas, muitas coisas exigem nosso tempo. Temos que trabalhar, descansar, e também comungar com nosso Criador. Alguns dos capítulos são tão longos...

Mas espere um minuto. O Salmo 91:1 nos diz que os cristãos habitam no esconderijo de Deus. Isso significa que não fazemos só uma visita. Significa que não só beliscamos, mas que nos banqueteamos com Sua Palavra. O Salmo 1 reitera que uma pessoa abençoada medita dia e noite na Palavra de Deus. Portanto, a fim de renunciar à mundanidade e andar na luz, temos que colocar Deus em primeiro lugar e acertar nossas prioridades. Temos que passar quantidade e qualidade de tempo com a Palavra de Deus.

Colossenses 2:8 definitivamente fala de ser desviado por falsas teorias. Nossa única defesa é a Palavra de Deus. Nosso fervoroso desejo deve ser assimilar essa Palavra. Devemos suspirar por ela, como “o corço deseja as águas do ribeirão” (Sl 42:1). O maior anseio de nossa vida deve ser conhecer a Jesus intimamente por meio de Sua Palavra. Isso deve eclipsar qualquer outro desejo ardente de nossa vida. Dessa forma, tudo o mais se encaixará no devido lugar. Perderemos nosso amor pelas coisas terrenas que não agradam a Deus, e nos tornaremos mais semelhantes a Jesus. Nossa vida será um brilhante testemunho da grandeza de nosso Criador e Redentor, de forma que todos com quem nos encontrarmos ficarão curiosos para conhecer sobre Jesus por si mesmos.

Ao nos concentrarmos no estudo desta semana, que a experiência de habitarmos no esconderijo do Altíssimo nos ensine as respostas para as perguntas seguintes.

Mãos à Bíblia

“Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do Seu nome” (1Jo 2:12). O que João tinha em mente ao empregar o termo “filhinhos”? Cremos que o termo se refere a todos os membros da igreja, porque, em sua epístola, João usa filhinhos nesse sentido (1Jo 2:1, 12, 28; 3:7; 4:4; 5:21). Os “pais” representariam os membros mais idosos da igreja, e os “jovens”, os membros mais jovens. Em resumo, ele escreveu para todos.

1. Em 1 João 2:12, ele diz a todos que seus pecados estão perdoados. Em que base esse perdão é obtido? Por que é tão importante para os cristãos saber que seus pecados estão perdoados? Veja também At 5:31; Rm 4:7; Ef 4:32; Cl 1:14; 2:13.

Ser cristão significa ter o perdão divino. Os cristãos não negam sua pecaminosidade, mas aceitam a salvação por meio de Jesus Cristo e, então, vivem com a certeza de terem sido perdoados.

Anita James | Castries, Santa Lúcia, Antilhas

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Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - 24/07/2009 a 25/07/2009

Sexta, 24 de julho

Opinião

Crescimento em Deus


Quer tenhamos nascido numa família cristã praticante ou tenhamos nos tornado cristãos mais tarde, todos começamos a vida espiritual como bebês em Cristo. Portanto, fico confuso quando cristãos “maduros” repreendem severamente cristãos que ainda são “novos”. Por que não abordá-los com compreensão e genuíno desejo de guiá-los, em vez de condená-los?

A existência desses cristãos “maduros” antagônicos não é nova. No tempo em que Cristo estava na Terra, os fariseus e saduceus se gabavam de sua dedicação em exaltar as tradições dos profetas e sacerdotes do Antigo Testamento. Assim, consideravam-se melhores do que os crentes comuns. Os fariseus, em particular, se achavam tão bons que detestavam se associar com “pecadores comuns”. Essas atitudes espirituais de superioridade parecem contrastar grandemente com o conselho de 2 Pedro 3:18, do qual podemos deduzir que o crescimento na graça e conhecimento de Deus é contínuo, e não um ato a ser realizado até que seja alcançado um nível suficiente para garantir a complacência espiritual.

Os perigos da complacência no crescimento espiritual de alguém são abordados em Lucas 7:36-50. Nesses versos, uma mulher pecadora decidiu visitar Jesus quando ficou sabendo que Ele estava num jantar na casa de um fariseu local. Quando chegou, ela chorou aos pés de Jesus, lavou-Lhe os pés com lágrimas e os ungiu com unguento de um vaso de alabastro que havia trazido consigo. O fariseu ficou contrariado com o fato de uma tão grande pecadora como aquela tocar em alguém como Jesus, que as pessoas criam que poderia ser um profeta. Conhecendo os pensamentos do fariseu, Jesus declarou que a sinceridade da mulher para com Ele era maior que a sinceridade do fariseu. Ele se contentou em apenas convidar Cristo para uma refeição em sua casa, mas a mulher pecadora esteve disposta a se humilhar e derramar seu coração perante Ele. Ficou evidente quem foi o crente imaturo naquele dia.

Portanto, não nos tornemos estagnados em nosso crescimento espiritual. Ao contrário, tenhamos sempre um coração humilde e uma mente receptiva, a despeito do ponto em que estejamos em nossa caminhada com Cristo.

Mãos à obra


1. Discuta a noção de que o caminho do cristão devia ser menos desafiador. Por que devemos trabalhar tão duro para obter a perfeição que Deus deseja para nós?
2. Reformule os Dez Mandamentos como declarações positivas em vez de negativas. Modernize a linguagem, pensando na aplicação de cada um dos mandamentos à sua vida.
3. Faça uma peça baseada numa pessoa da Bíblia que enfrentou adversidades, mas permaneceu leal às leis de Deus. Demonstre a relevância da história que você escolheu para hoje. A peça poderá ser usada no culto jovem.
4. Recapitule Eclesiastes 12:13 e 14 à luz do significado da vida.
5. Observe uma flor ou os intrincados desenhos da plumagem de um pássaro. Pense sobre o cuidado de Deus em criar os menores detalhes. Quanto mais cuidado Ele teve em nos dar Seus mandamentos?

Daniel Alexander Granderson | Gaithersburg, EUA

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - 23/07/2009 a 25/07/2009

Quinta, 23 de julho

Aplicação
Como se manter na Luz


A Bíblia é cheia de histórias e exemplos de pessoas que enfrentaram dificuldades, mas que ainda assim permaneceram fiéis aos mandamentos de Deus. Alguns de nós podemos cair na armadilha de descartar essas histórias como não sendo aplicáveis aos tempos modernos. No entanto, Deus inspirou pessoas a escrever essas histórias por alguma razão. Cabe a nós aprendermos delas e aplicá-las a nossa caminhada diária com Deus.

Então, o que você está esperando? “O propósito da vida é uma vida de propósito.”* Inicie sua caminhada com Deus da maneira certa, ao seguir os seguintes passos:

Trace um plano de ação. Para ser bem-sucedido em qualquer coisa, você precisa ter um plano. Decida o que você quer alcançar em seu relacionamento com Deus e determine o que irá ajudá-lo a chegar lá.

Crie um bom ambiente. Embora vivamos num mundo de pecado, ainda podemos controlar como nosso ambiente nos afeta. Fique longe da multidão secular. O rádio, a TV e mesmo os amigos podem nos distrair muito de andar na luz. Como você espera seguir uma dieta se constantemente passa pelo drive-thru do McDonald’s? Se fizermos um esforço, Deus nos conduzirá pelo resto do caminho.

Comunique-se. Comunique-se. Comunique-se. Lembre-se de que isso não é só uma viagem, é um relacionamento! E todos os relacionamentos requerem constante comunicação saudável. Nosso bom amigo Daniel tinha um regime saudável que lhe permitiu construir um forte laço com Deus. Daniel 9 ilustra como essas habilidades de comunicação se fortaleceram como resultado das práticas saudáveis.

Não se preocupe com questões sem importância. Deixe o Espírito Santo acalmar você e enchê-lo(a) com a paz e felicidade que você precisa. Como Ele pode fazer isso? Não permitindo que a tensão nos vença. Deus só pode ajudá-lo(a) se você deixar. Essa é uma regra difícil de aplicar, mas os resultados finais valem a pena para ser comemorados por toda a eternidade!

Mãos à Bíblia

6. Resuma o que João diz nestes versos: 1Jo 2:9-11

7. O ódio a um irmão é uma declaração forte. Preferimos dizer que estamos irritados ou ofendidos; mas as Escrituras aplicam o verbo odiar a situações que não usaríamos comumente hoje. Como é usado o verbo odiar, e como deve ser entendido nos textos a seguir? Mt 6:24; 24:9, 10; Lc 14:26; Jo 3:20

Na Bíblia, ódio não se aplica apenas ao que hoje podemos chamar de ódio, mas também a dar preferência a uma pessoa e não a outra ou a negligência de alguém. Em outras palavras, você não precisa menosprezar alguém para revelar “ódio”, como às vezes é entendido na Bíblia.

* www.followyourdreams.com/purpose.html (extraído em 1o de maio de 2008)


Erica Aranda | Beltsville, EUA

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - 22/07/2009 a 25/07/2009

Quarta, 22 de julho

Testemunho
A extensão da obediência


Andar na luz tem muito a ver com o amor que demonstramos uns pelos outros. O amor é uma ação que é resultado de nossa obediência a Deus.

“Supremo amor por Deus e desinteressado amor mútuo – eis o melhor dom que nosso Pai celestial pode conceder. Este amor não é um impulso, mas um princípio divino, um poder permanente. O coração não consagrado não o pode criar ou produzir. Ele somente é achado no coração em que Jesus reina. ‘Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro.’ 1Jo 4:19. No coração renovado pela graça divina, o amor é o princípio que regula a ação. Ele modifica o caráter, governa os impulsos, controla as paixões e enobrece as afeições. Este amor, acariciado na alma, ameniza a vida e derrama influência enobrecedora ao redor” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 551).

Tentar amar através de nossos próprios esforços abre a porta ao perigo. “Há os que professam possuir santidade, que se declaram santos do Senhor, que reclamam como um direito a promessa de Deus, ao mesmo tempo que recusam obediência aos mandamentos de Deus. Esses transgressores da lei reclamam tudo quanto é prometido aos filhos de Deus; mas isto é presunção da parte deles, pois João nos diz que o verdadeiro amor a Deus se revelará na obediência a todos os Seus mandamentos” (Ibid., p. 562, 563).

Como cristãos, devemos ser cuidadosos em não só “professar” nossa obediência aos mandamentos de Deus, porque a Bíblia nos diz que há apenas um caminho para saber se você está em harmonia com Deus: “Aquele, entretanto, que guarda a Sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nEle: aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou” (1Jo 2:5, 6).

Em última análise, o verdadeiro amor por Deus se revelará no caminho em que você escolher andar. “Se estivermos em Cristo, se o amor de Deus estiver no coração, nossos sentimentos, pensamentos e ações estarão em harmonia com a vontade de Deus. O coração santificado está em harmonia com os preceitos da lei de Deus” (Ibid., p. 563).

A obediência e o amor se unem de maneira bela quando nos lembramos de conservar Cristo no centro de nossa vida!

Mãos à Bíblia

Depois de destacar a importância da obediência aos mandamentos (1Jo 2:3, 4), João introduz, nos versos 7 e 8, a ideia de um “novo mandamento”. Qual é ele? A resposta se encontra em João 13:34, em que aparece a mesma expressão: “novo mandamento”.

5. Procure entender no capítulo 13 de João o que é esse “novo mandamento”.

Depois de ter mostrado aos discípulos o que significa servir, isto é, executar a humilde tarefa de lavar os pés de alguém, Jesus deu Seu “novo mandamento”. Seus discípulos deviam amar uns aos outros assim como Jesus os amava.

Makeeya Hazelton | Takoma Park, EUA

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - 21/07/2009 a 25/07/2009

Terça, 21 de julho

Exposição
Sinal de boa saúde


Necessidade urgente (1Jo 1:1-7). O princípio de 1 João ecoa o princípio do evangelho de João. Ambos os livros começam com a Encarnação. A Palavra evangélica (Jo 1:1) que se tornou carne (Jo 1:14) é uma referência óbvia a Jesus Cristo. A Palavra da vida em 1 João Se tornou audível, visível e tangível. Jesus Se tornou ser humano e nos revelou a vida divina. A Palavra da vida encarnada deixou uma impressão tão profunda em João e seus associados que eles não puderam deixar de proclamar alegremente essa vida (1Jo 1:4). Essa vida – a vida eterna escondida em Jesus – é tão potente que cria comunhão com Deus o Pai, com Seu Filho Jesus Cristo e com outros cristãos (verso 3).

A Palavra da vida revela que Deus é luz e que não há nEle qualquer vestígio de escuridão (1Jo 1:5). Assim, se procurarmos comunhão com Deus e com outros cristãos, precisamos deixar para trás a vida de escuridão e andar na luz. Note como o texto não aconselha ficar parado na luz, mas, sim, andar na luz, prosseguindo com a vida sob os raios iluminadores e restauradores da luz. Se andarmos na luz, nos valemos do poder purificador (justificador e santificador) do sangue de Jesus (verso 7). Não há necessidade mais urgente que um ser humano tenha do que ser libertado da condenação e do poder do pecado. Quando nossos pecados estão perdoados, estamos prontos a receber tudo o mais que Deus tem a oferecer.

Um teste (1Jo 2:3-6). Depois que ficamos sabendo como Deus perdoa nossos pecados, é-nos apresentado um teste. Esse teste envolve a obediência aos mandamentos de Deus. As pessoas que conhecem a Deus e têm comunhão com Ele confirmam esse conhecimento e comunhão por meio da obediência. Essa declaração aparentemente simples de 1 João 2:3 é cuidadosamente desenvolvida nos versos 3 a 6. Aqui, João enfatiza que a obediência aos mandamentos de Deus é um sinal de nosso relacionamento com Cristo.

A comunhão com Deus afeta o coração de diferentes maneiras. O coração de um cristão chega a conhecer a Deus (verso 3) por meio de uma comunhão de coração para coração. O coração do cristão acolhe a Deus e tudo o que é real aos olhos de Deus (verso 4). O coração do cristão é empregado no aperfeiçoamento do amor de Deus (verso 5). A expressão “o amor de Deus” é ambígua. Pode se referir tanto ao amor que Deus tem por nós quanto ao amor que temos por Deus. Finalmente, o coração de um cristão permanece em Deus (verso 5). Todas essas realidades espirituais formam o alicerce da vida interior de um cristão e produzem obediência. Portanto, precisamos conservar em mente que a obediência aos mandamentos de Deus não é algo que fazemos por nós mesmos. Não guardamos os mandamentos meramente porque queremos. A obediência é sinal de uma nova realidade espiritual dentro de nós. É sinal de que Deus reina em nosso coração. É sinal de saúde.

A resposta ao teste (1Jo 2:5-11). A seguir, João enfatiza que a obediência em si é também complexa e multifacetada. Ele deseja que pensemos na obediência de formas mais abrangentes e cristocêntricas. Os que guardam os mandamentos não devem se concentrar exclusivamente nos Dez Mandamentos ou outros imperativos explícitos da Bíblia. Ao contrário, devem guardar toda a Palavra de Deus (1Jo 2:5). Quando quer e onde quer que chegue a Palavra de Deus, um cristão deve acolhê-la. Assim, todos os que desejam obedecer a Deus devem desenvolver uma atitude de abertura e humilde atenção à Palavra de Deus (Mt 4:4).

Contudo, João levanta ainda mais o padrão ao declarar que obediência é andar como Jesus andou (1Jo 2:6). A resposta à pergunta: “Que tipo de vida obediente confirma que estamos andando na luz?” sempre deve ser esta: “O tipo de vida obediente que reproduz a obediência de Cristo.”

1 João 2:7-11 menciona um exemplo específico dos mandamentos que indica se temos comunhão com Deus e andamos na luz – o antigo/novo mandamento para amarmos nosso próximo. João afirma que o cristão que não ama seus irmãos está numa situação grave. Apesar das aparências e da profissão de fé, essa pessoa não só ainda está andando na escuridão, mas essa escuridão se traduziu em cegueira (verso 11). Quem quer que odeie seu irmão e irmã não pode ver e não pode encontrar o caminho para a luz. A vida de ódio é de fato uma vida perigosa. Mas não devemos nos resignar a viver dessa forma, porque “a escuridão está passando, e já está brilhando a verdadeira luz” (verso 8). Já somos imensamente abençoados porque “o Deus que disse: ‘Que da escuridão brilhe a luz’ é o mesmo que fez a luz brilhar no nosso coração. E isso para nos trazer a luz do conhecimento da glória de Deus, que brilha no rosto de Jesus Cristo” (2Co 4:6).

Mãos à Bíblia

Quando enfrentamos determinadas situações, devemos pensar no que faria Jesus e tentar fazer o mesmo. Precisamos descobrir como Jesus viveu e, diariamente, devemos comparar nossa conduta com a dEle.

4. Quais são algumas de suas histórias favoritas sobre Jesus? Isto é, que histórias realmente falam ao seu coração sobre o tipo de pessoa que era Jesus? Até que ponto você se assemelha a Ele nessas áreas?

Às vezes, as pessoas pensam em Jesus como Salvador e Substituto, apenas, e não em Jesus como seu Senhor e exemplo. João aceitava Jesus tanto como Salvador quanto como exemplo. Em 1 João 1:7, é mencionado o sangue purificador de Cristo, que aponta para Sua morte na cruz em nosso lugar. De acordo com 1 João 2:2, Jesus é o sacrifício pelos nossos pecados. Ele foi nosso substituto. Mas, nos versos que estamos estudando nesta semana, surge o outro aspecto – Jesus viveu uma vida exemplar. Devemos seguir Seus passos.

Bogdan Scur | Takoma Park, EUA

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - 20/07/2009 a 25/07/2009

Segunda, 20 de julho

Evidência
Odiar a família?


Lucas afirma que seu livro é um “relato ordenado” que ele mesmo investigou cuidadosamente (Lc 1:3, NVI). Mas qualquer leitor comum pode achar que a linguagem áspera de Jesus em Lucas 14:26 é qualquer coisa, menos algo cuidadosamente investigado e coerente com o resto de Seus ensinos. A palavra que pode causar essa aparente contradição é “odeia” ou “aborrece” (ARA). Por que o mesmo Jesus que ensinou Seus discípulos a amar até seus inimigos Se contradiria pedindo-lhes que odiassem seus parentes mais próximos a fim de segui-Lo?

A palavra grega miso, traduzida como “odiar” ou “aborrecer”, não deve ser interpretada no sentido comum. Essa palavra remonta a uma palavra aramaica que significa “amar menos”. Esse texto também pode ser entendido à luz de Mateus 10:37, em que Jesus diz: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a Mim, não é digno de Mim” (NVI).

J. Willcock acrescenta uma nova nuança à interpretação desse texto quando declara que odiar ou aborrecer, em Lucas 14:26, não pode significar que devemos amar nossos parentes e amigos com menos afeição. Isso também seria oposto aos ensinos de Jesus. Ele alude ao ponto de que não pode haver limites ao amor ágape que Jesus chama Seus seguidores a dedicarem ao próximo. Willcock acredita que a chave para se compreender esse texto está na frase “[aborrece] ainda a sua própria vida”. Para ele, não devemos “odiar” a nós mesmos no sentido literal da palavra, mas odiar o fato de estarmos em rebelião contra Deus e Sua vontade. Assim, os discípulos de Cristo podem amar seus parentes e desejar-lhes todas as boas coisas da vida, mas odiar o que é egocêntrico neles, que os afasta de Cristo e da vontade de Deus.

Deus revelou Sua vontade geral a nós através de Seus mandamentos. Ele também dirige nossos caminhos de acordo com Sua vontade específica em situações particulares da vida diária. O ódio ao eu e a preferência de Cristo acima de tudo o mais têm que começar com a obediência a Seus mandamentos, e depois com a busca de Sua vontade específica. Não há atalhos. O jovem rico (Lucas 18) guardava os mandamentos, mas deixou de obedecer à vontade específica de Deus. Vem a nós a pergunta: “Estamos guardando os mandamentos de Deus, mas deixando de perguntar Sua vontade específica a ser cumprida em nossa vida?”

Mãos à Bíblia

2. Para João, qual era a evidência externa de que uma pessoa conhece a Deus? Que mais João diz sobre esse assunto? Jo 14:15, 21; Jo 15:10; 1Jo 3:22, 24; 5:3; Ap 12:17; 14:12

3. Como o ato de guardar a lei revela a realidade do conhecimento que temos de Deus? Como uma coisa se relaciona com a outra?

Se você ama alguém, vai agir da maneira apropriada. Um homem que ama verdadeiramente a esposa não vai enganá-la. Ele pode professar dia e noite seu amor, mas se seus atos não revelam esse amor, empregando as palavras de João, ele é “um mentiroso”.

Sylvester Paulasir | Beltsville, EUA

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domingo, 19 de julho de 2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - 19/07/2009 a 25/07/2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos


“Se obedecemos aos mandamentos de Deus, então temos certeza de que O conhecemos” (1Jo 2:3).

Prévia da semana: O verdadeiro conhecimento de Deus traz como resultado comunhão viva com o Senhor e relacionamentos amorosos dentro do contexto dos mandamentos divinos.

Leitura adicional: Marcos 12:28-34; John Bunyan, O Peregrino

Domingo, 19 de julho

Introdução
O lado mais brilhante


Nem sempre é fácil fazer a coisa certa. O mundo de hoje oferece tantas opções para nos desviar do plano de Deus, fazendo com que cogitemos e até questionemos se o que estamos fazendo é necessário para nossa salvação. O maligno busca nossos pontos vulneráveis e tira vantagem de nossas falhas humanas ao trabalhar nossa mente para que se afaste cada vez mais da luz de Deus. Felizmente, servimos a um Deus que está bem ciente dos fardos que enfrentamos e que promete não colocar sobre nós mais do que podemos suportar. Leia 1 Coríntios 10:13.

Os cuidados deste mundo podem nos impedir de ver o que Deus tem reservado para nós. Eles podem nos deixar sentindo-nos esgotados e cheios de dúvidas. Com essa dúvida vem um sentimento de solidão e desigualdade, levando-nos a um caminho escuro. É nessa encruzilhada que temos de decidir que caminho tomaremos. A estrada que parece difícil e cheia de obstáculos não nos atrai em nosso estado de confusão e fadiga. Nossa mente, submissa à vontade de Satanás, faz com que temamos o pensamento de mais dificuldades, mais dor, mais tumulto e luta. Portanto, com pensamentos cansados e a alma derrotada, tomamos a estrada que oferece mais deleites e prazeres mundanos (uma estrada que requer pouco de nossa devoção, mas tudo de nossa mente e espírito), não sabendo que no fim dela há um abismo de lamentação e uma vida inteira de tristeza, um fim que não promete nada senão destruição e total separação de nosso Senhor e Salvador. “Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte” (Pv 14:12).

A estrada menos viajada é a estrada que devemos tomar, a estrada que purifica e nos torna prontos para a salvação. As provas pelas quais passamos, os obstáculos que vencemos, a solidão que suportamos, tudo é um processo no qual nosso coração, mente e espírito é refinado para o Mestre. Deus prometeu nunca nos deixar sozinhos; e Ele deseja que a amizade seja um apoio em nossa caminhada cristã. “Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1:7).

Mãos à Bíblia

“Conhecimento” (gnosis) era uma palavra muito importante na religião dos primeiros séculos depois de Cristo. Provavelmente, no segundo século, foi transformado em uma heresia chamada gnosticismo. No gnosticismo, havia pouca preocupação com o comportamento moral. A ênfase estava na experiência mística e mitos fantasiosos sobre Deus e a natureza da humanidade. A salvação era obtida através desse conhecimento secreto, e não por um relacionamento de fé com o Senhor.

1. Qual é o conceito do Novo Testamento sobre o conhecimento? Mt 13:11; Jo 17:3; Rm 3:20; 1Co 8:1; 1Jo 4:8

No Novo Testamento, conhecer ou conhecimento tem um significado teórico e teológico. Porém, também descreve relacionamentos. Conhecer a Deus significa manter um relacionamento íntimo com Ele. A obediência, o amor e o afastamento do pecado apontam para a existência desse relacionamento.

Michael Martell | Silver Spring, EUA

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