sábado, 15 de novembro de 2008

Resumo Semanal - A Expiação em Símbolos (parte 2) - 15/11/2008 a 15/11/2008

Expiação em Símbolos – II


Pr. João Antonio Alves
Professor de Teologia do IAENE

Verso Para Memorizar: “Entremos na Sua morada, adoremos ante o estrado de Seus pés” (Salmo 132:7).

Pensamento-chave: Examinar a obra de expiação de Cristo, revelada particularmente no serviço do santuário no Dia da Expiação.

O Dia da Expiação era o clímax do sistema de culto do antigo Israel. Era celebrado apenas uma vez ao ano. Nos rituais prescritos por Deus, e realizados durante todo o ano, era feita provisão para os pecados cometidos pelo povo de Deus. Quando alguém incorria em algum pecado, o rito deveria ser seguido. O pecador era perdoado e restaurado em sua aliança com o Senhor. O ofensor recebia perdão por seu pecado, era purificado, e continuava como integrante do povo da aliança. Mas o resultado deste processo era a contaminação do santuário, em razão dos pecados do povo que eram simbolicamente transferidos para o santuário.

Para resolver o problema da contaminação do santuário, realizavam-se, então, os rituais do Dia da Expiação. Nesse dia acontecia a segunda fase da limpeza/purificação do santuário com respeito a todos os pecados acumulados do povo. Era a conclusão do processo da expiação. Simbolicamente, apontava também para a obra final de Cristo. Esta obra teve início com a oferta perfeita do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), seguida de Sua ressurreição, ascensão, entronização e ministério sacerdotal no santuário celestial. Ali, Ele é “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2). Ali, Ele conduz a fase final da obra iniciada na cruz do Calvário, para dar fim à grande controvérsia entre o bem e o mal. Para o povo de Israel do passado, o Dia da Expiação era um dia de juízo. Para o povo de Deus do presente, que vive no dia antitípico da Expiação, este também é um tempo de juízo. Deus nos convida a comparecer a Seu santuário, para que, através da fé em Jesus, o perfeito sacrifício, sejamos purificados e, na Sua vinda, façamos parte da comunidade dos salvos, por toda a eternidade.

Santuário e expiação

Conforme visto na Lição 5, a expiação foi anunciada de diversas formas e a distintas pessoas. A promessa da salvação foi apresentada de maneira clara quando Deus Se manifestou gloriosamente no Sinai e revelou o programa divino de redenção para o mundo. No sistema de sacrifícios do santuário terrestre, Deus tornou disponível para o pecador o método divino da redenção humana e da erradicação do pecado do Universo.

A revelação do santuário estava centralizada na pessoa de Jesus. Tudo ali apontava para Sua morte sacrifical na cruz do Calvário e Seu posterior ministério sacerdotal no santuário celestial. O santuário revelava o panorama da redenção e juízo, o amor de Deus pelos pecadores e Sua aversão ao pecado, que seria finalmente eliminado do meio de Seu povo. O santuário israelita era um centro de culto, mediação e sacrifício. Era o lugar por excelência a que os israelitas compareciam para adorar ao Senhor. E, na estrutura do santuário, o tema do sacrifício se destacava, com todos os sacrifícios de animais que ali eram realizados. O altar de sacrifícios, no pátio do santuário, estava associado com a presença do Senhor; através dele, os israelitas tinham acesso a Deus (Sl 43:4). O simbolismo é evidente: a cruz, o altar de Deus plantado neste mundo, onde foi imolado o Cordeiro de Deus, é o caminho a ser seguido por todo pecador. Não há outro. Jesus é o caminho (João 14:6). Somente encontramos a salvação no caminho da cruz, pois ali foi derramado o sangue que nos perdoa e purifica de todo pecado (1Jo 1:9).

Trabalho sacerdotal e expiação

Eram muitas as responsabilidades dos sacerdotes, mas sua principal tarefa era religiosa: servir de mediadores entre Deus e Seu povo. Na carta aos Hebreus, lemos: “Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados” (Hb 5:1).

Na pessoa do sacerdote, o povo tinha acesso à presença de Deus. A lição era clara: o pecador não podia, por si mesmo, comparecer diante de Deus. Necessitava de alguém que o representasse. O pecado exclui o ser humano do relacionamento de concerto com Deus. O mediador restaura o pacto rompido e restitui a pessoa às bênçãos do concerto. O papel de mediação do sacerdote era revelado de forma clara mediante o sistema de sacrifícios. Conforme expresso no texto de Hebreus 5:1, o sacerdote oferece “sacrifícios pelos pecados”. A tarefa do pecador era matar a vítima sacrifical, só isso. Ele não podia fazer mais nada. Havia pecado e, como conseqüência, o animal morria. A partir daí, o sacerdote assumia o ritual. Era ele quem oficiava os ritos, fosse a queima de parte da oferta, ou, especialmente, a manipulação do sangue. Somente ele tinha acesso ao interior do santuário, enquanto o sumo sacerdote tinha permissão de ir além do véu, para entrar no santo dos santos. O pecador entregava seu caso nas mãos do mediador humano, estabelecido por Deus para este fim. Devido ao seu pecado, o pecador não poderia comparecer na presença de um Deus santo, pois isto causaria sua morte. O sacerdote era a esperança de vida para o pecador.

Isto é especialmente verdadeiro quando entendemos que o sacerdote era um tipo de Cristo, do ministério que o Salvador realizaria em favor dos pecadores. Ele é o verdadeiro e único Mediador (1Tm 2:5). Ele é nosso Advogado (1Jo 2:1) e nosso Intercessor (Hb 7:25; Rm 8:34). Considerando que os escritores inspirados se referem de forma clara e repetidas vezes à obra sacerdotal de Cristo, resulta evidente que o ministério de Cristo no santuário celestial é profundamente significativo para os seres humanos, no contexto do grande conflito entre o bem e o mal. Não deveria causar estranheza, portanto, o fato de que, constantemente, alguém apresente críticas à doutrina do santuário. Trata-se do quartel-general do plano da salvação. Por isso mesmo, a verdade relativa ao santuário está continuamente sendo assaltada pelo inimigo. Quando desviamos o olhar da obra de Cristo no santuário celestial, onde Ele apresenta, em nosso favor, os méritos conquistados na cruz, ficamos sem proteção na luta contra o mal. Nossa única esperança está no que Cristo fez e faz por nós. Por isso, é importante entender a lição ensinada no sistema do santuário levítico, com seus sacerdotes levando diante de Deus os nomes dos filhos de Israel. Hoje, é Jesus quem apresenta nosso nome diante do Pai e de Seus anjos.

Dia da Expiação: I

Nos rituais estabelecidos pelo próprio Deus, o pecador era perdoado/purificado de seu pecado, mas, em contrapartida, o santuário era contaminado. Os pecados confessados sobre o animal sacrifical eram simbolicamente transferidos para o santuário, onde ficavam depositados até o Dia da Expiação, quando os rituais prescritos para esse dia purificavam o santuário de todos os pecados que se acumulavam ali durante o ano. Nesse dia, o santuário era “restaurado à sua original pureza e santidade”.

Os rituais desse dia eram a resposta final de Deus ao problema causado pelo pecado. Observe que, durante o ano, o movimento era de fora para dentro: transferência dos pecados para o animal, que era sacrificado no pátio, e o sangue era levado para o santuário, resultando na sua contaminação. No Dia da Expiação, o movimento era de dentro para fora: santuário>tenda da congregação>altar, “que está perante o Senhor” (Lv 16:16, 18, 20). No caso do bode para o Senhor, é importante destacar que não há nenhuma referência à imposição de mãos ou confissão de pecados sobre a cabeça do animal. O sangue desse bode era um agente de purificação e não de transferência de pecados. Para lidar com o problema dos pecados, transferidos simbolicamente para o santuário por meio de sangue, Deus estabeleceu que mais sangue deveria ser derramado. No primeiro caso, o sangue contaminava; no segundo, purificava.
Como Adventistas, entendemos que desde 1844 estamos vivendo no dia antitípico da expiação. Embora o espaço não nos permita uma análise detalhada dos vínculos entre Daniel 8:14 e Levítico 16, destacamos alguns pontos para consideração:

(1) os animais da visão de Daniel 8, ou seja, o carneiro e o bode, eram usados juntos somente no serviço do santuário no dia da expiação. Assim, desde o começo, a profecia já apontava para o dia da expiação.

(2) Três palavras distintas são usadas em referência ao santuário em Daniel 8 e são, obviamente, termos empregados no contexto do culto israelita:
* (2.a) Mekôn (lugar) para designar os santuários terrestre (Is 4:5) e celestial (1Rs 8:39) de Deus;
* (2.b) Miqdaš (“santuário” – Dn 8:11; Lv 26:2; Sl 68:33-35) refere-se ao santuário como um todo – Na sua maioria, o terrestre; algumas vezes, o celestial. Identifica o santuário como objeto de ataque dos inimigos de Deus (em Dn 8 é atacado pelo chifre pequeno);
* (2.c) Qodeš (qodesh - “Santuário”) – palavra hebraica para santuário usada em Dn 8:14. Esta mesma palavra é usada sete vezes em Levítico 16 (versos 2, 3, 16, 20, 23, 27, 33) para designar o lugar santíssimo do santuário israelita que era purificado no Dia da Expiação. No mesmo capítulo, o lugar santo é mencionado como “o tabernáculo da congregação”. Portanto, o uso da palavra qodesh (santuário) refere-se ao ministério especial de juízo realizado no lugar santíssimo pelo sumo-sacerdote no Dia da Expiação, o décimo dia do sétimo mês do ano religioso israelita. Considerando Daniel 8:14 como se referindo ao qodesh antitípico, i.e., o santuário celestial (comp. Hb 8:1, 2; 9:1-14), podemos concluir que Daniel estava se referindo a um juízo celestial conduzido no lugar santíssimo do santuário celestial. Da mesma forma como havia uma purificação sobre a Terra, também há uma purificação no Céu.

(3) Os seres celestiais mencionados em Dn 8:13 são chamados “santos" (qadôš - qadosh). No AT, o termo usual para “anjos” é malak. Em Daniel 8 se usa qadôš para estabelecer um vínculo com a terminologia do santuário. E onde encontramos um “santo” frente a outro “santo” no santuário? No lugar santíssimo.

(4) Na expressão “sacrifício diário” – hattamid – encontramos uma referência às atividades sacerdotais conduzidas no santuário (é importante lembrar que o substantivo sacrifício não aparece no original; o texto diz apenas que o diário, ou contínuo, isto é, o ministério sacerdotal de Cristo, foi removido pelo chifre pequeno, que estabeleceu um sistema rival de salvação).

Há outros vínculos, mas os apresentados permitem a conclusão de que Daniel 8 é uma profecia acerca do santuário que se vincula, naturalmente, com Levítico, onde se encontram as leis do santuário.

Portanto, ao fim dos 2.300 anos da profecia de Daniel 8:14, teve início o dia antitípico da expiação, a purificação do santuário. O que se esperava do israelita no ritual típico? Algumas atividades deveriam ser realizadas pelo israelita no dia da expiação, e que indicam a nós, israelitas espirituais, qual deve ser a nossa posição neste período solene da história da salvação:

1. “Tereis santa convocação” (Lv 23:27), ou seja, o israelita deveria comparecer ao santuário. Da mesma forma, o israelita espiritual, neste dia antitípico da expiação, deve comparecer, pela fé, no santuário celestial, e contemplar a Jesus, o sumo sacerdote, em Sua obra em favor dos pecadores.
2. Observar este dia como um “sábado de descanso solene” (Lv 23:32), não deveriam realizar nenhuma obra (v. 28). Isto não significa que hoje não se deve trabalhar. A idéia é de repouso em Cristo, repouso da graça, confiando na salvação que só Ele pode oferecer. Entretanto, aquele que é justificado pela fé no sacrifício de Jesus tem alegria em reparar a brecha na lei divina, restaurando a verdade do sábado, não apenas em teoria, mas de maneira prática, em sua vida, não buscando justificativas para a transgressão e, sim, maiores e melhores oportunidades para entrar em comunhão com o Salvador.
3. Afligir a alma (Lv 23:27, 32) – uma atitude que revela humilde submissão a Deus. Envolve jejum (Sl 35:13) e oração, avaliação do coração, tristeza pelo pecado e arrependimento.
4. “Trareis oferta queimada ao Senhor” (Lv 23:27) – como anteriormente visto (Lição 6), a oferta queimada simboliza a total consagração do ofertante, livre e voluntariamente se entregando ao Senhor. Nesse dia antitípico da expiação, quão importante é que todos nos consagremos inteiramente ao nosso Deus.
5. O dia da expiação era uma obra de purificação (Lv 16:30), um chamado à santidade. Para o cristão atual, enquanto o santuário celestial está sendo purificado, cada adorador neste mundo deve ser purificado em seu templo interior (ver Ml 3:1-3; Ez 36:25-28). Essa santificação não deve ser fruto de uma compreensão equivocada da salvação. O Deus que salva é o mesmo que santifica. É obra divina. É por graça. O resultado deve ser para a glória de Deus.
6. Finalmente, quem não se conduzisse convenientemente no dia da expiação seria “eliminado do seu povo” (Lv 23:29). As palavras são ainda mais fortes no v. 30: “Quem nesse dia fizer alguma obra, a esse Eu destruirei do meio do seu povo”.

Vivemos dias solenes. O dia antitípico da expiação está em andamento. Jesus está procedendo aos movimentos finais na obra da salvação. Ele ainda é nosso sumo sacerdote. Somos convidados a comparecer em Seu santuário, para ser perdoados, purificados e transformados em novas criaturas. Não é obra do homem. É obra divina. A nós compete aceitar Sua oferta de graça e redenção.

Dia da Expiação: II

No dia da expiação, três ritos se destacavam: o sacrifício do novilho e do bode para o Senhor (Lv 16), que faziam purificação e o rito do bode para Azazel, que não era sacrificado, mas levado vivo para o deserto, removendo simbolicamente para fora do arraial os pecados acumulados de Israel. Conforme destacado na Lição, este era um rito de eliminação, ou de remoção, dos pecados e impurezas, que não deviam permanecer na presença do Senhor, em Seu santuário.

Quem era representado pelo bode para Azazel? Muita discussão existe acerca deste assunto. Os argumentos apresentados na Lição destacam as razões pelas quais identificamos este bode com Satanás. Não vamos multiplicar os argumentos. Recomendamos a leitura do texto da Lição. Por outro lado, há um aspecto que merece consideração adicional, visto que poderia sugerir algo que contradiz nossa compreensão do papel do bode para Azazel no contexto geral da expiação.

Em Levítico 16:10 se lê: “Mas o bode sobre que cair a sorte para bode emissário, será apresentado vivo perante o Senhor, para fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao deserto como bode emissário”. A expressão destacada no texto requer alguma interpretação. O que significa o texto? Será que realmente o bode emissário é parte da expiação que se faz neste dia? Ou haveria outro significado presente aqui? Na verdade, o problema desaparece quando se compreende o uso da preposição hebraica presente no texto. Na interpretação de um autor (Levine, In the Presence of the Lord, 80; citado por Hasel, Redenção Divina Hoje, 33, 39), a expressão “fazer expiação por meio dele” significa “realizar ritos de expiação ao lado dele” ou em proximidade com ele. “O bode expiatório era meramente deixado próximo do altar, enquanto o sacerdote tomava algo do sangue sacrifical [do bode para o Senhor] para utilizar nos ritos expiatórios”. O v. 21 deixa claro que nenhum ritual de expiação era realizado por meio do bode emissário: o bode estava vivo quando Arão confessava os pecados sobre ele. E era assim, com vida, que ele era enviado ao deserto. Portanto, o rito do bode para Azazel era um rito de eliminação dos pecados e impurezas que se haviam acumulado no santuário.

Expiação: o que é?

Conforme destaca a Lição, o verbo hebraico kipper, traduzido em Levítico como “fazer expiação”, expressa a idéia de remoção. O que é removido? No contexto do ritual do santuário, são removidos os pecados e impurezas. No caso dos seres humanos, estes são purificados. Desta forma, os pecados são removidos do caminho, e o relacionamento com Deus é restaurado. Quando o Senhor realiza expiação por nossos pecados, Ele nos separa de nossos pecados a fim de curar nosso relacionamento com Ele. A essência do ministério de Cristo é salvar-nos de nossos pecados (Mt 1:21), não em nossos pecados. Os pecados/impurezas devem ser removidos, porque não são compatíveis com a santidade de Deus. Eles são estranhos a Deus.

Em Levítico 17:11, encontramos outra idéia relacionada ao conceito da expiação. O texto diz: “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas: porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida”. Neste verso está presente a idéia de pagar um resgate. Um pagamento é realizado, de maneira que a vida do substituto (o animal) é aceita em lugar da vida do homem pecador. O sangue do sacrifício é o pagamento pela vida do transgressor, de forma que ele possa continuar vivendo.

A lição é clara: o sangue de Cristo expia nossos pecados, reconcilia-nos com Deus, resgata nossa vida da morte e abre diante de todos as infinitas possibilidades das bênçãos celestiais. E isto é possível porque Jesus entregou Sua vida por nós. Esta é uma realidade muito séria. Não deve ser considerada levianamente. É impossível compreender plenamente o sacrifício de Jesus. Foi o sacrifício do Deus-homem. A morte que nós merecemos, Ele a sofreu para que a vida, que pertence a Ele, seja a nossa herança. Que pensamento! Que inspiração! Mas isto exige uma decisão da nossa parte: entregar nossa vida no altar do Senhor, como oferta de cheiro suave, em gratidão por Sua eterna salvação.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (parte 2) - 14/11/2008 a 15/11/2008

Sexta, 14 de novembro

Opinião
O imenso poder do sangue


Satanás pode sussurrar: “Você é pecador demais para que Cristo o salve.” Conquanto você reconheça que é realmente pecador e indigno, pode enfrentar o tentador com esta declaração: “Pela virtude da expiação, eu reclamo Cristo como meu Salvador. Não confio em meus próprios méritos, mas no precioso sangue de Jesus, o qual me limpa” (Ellen G. White, Santificação, p. 90).

A expiação de Cristo inclui toda a família humana. “Ninguém, elevado ou humilde, rico ou pobre, livre ou servo, foi deixado fora do plano de redenção. ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito.’... Esta é a grande lição prática que deve ser completa e inteligentemente aprendida” (Ellen G. White, Battle Creek Letters, p. 39).
Estamos vivendo no grande Dia da Expiação, e agora é tempo de que todos se arrependam diante de Deus, confessem seus pecados e, por fé viva, descansem sobre o mérito de um Salvador crucificado e vivo.

Jesus fez, em nosso favor, uma oferta pelo pecado. Quanta beleza essa ilustração revela no antigo serviço do santuário! A vítima era levada para ser morta. Então, o sangue era aspergido no propiciatório. O propiciatório não era nada mais do que a tampa sagrada da arca que continha as tábuas da lei e outros memoriais sagrados das antigas misericórdias de Deus. Ali estavam elas no Lugar Santíssimo, onde somente o sumo sacerdote podia entrar. E entrava uma vez por ano, no grande Dia da Expiação. Nesse dia memorável, os rituais sagrados do santuário culminavam na mais alta solenidade. Sacrificando um novilho por seus próprios pecados, o sumo sacerdote iniciava os serviços. Dois bodes eram levados à frente. Um bode era levado ao deserto para ilustrar que Deus remove nossos pecados quanto o oriente dista do ocidente. O outro bode era morto, e seu sangue era levado pelo sumo sacerdote ao Lugar Santíssimo e espargido sobre o propiciatório. Enquanto isso, a vasta congregação ficava do lado de fora, esperando receber o perdão através do sangue que simbolizava o sangue derramado do Redentor vindouro.

Era como se o mundo todo estivesse ao pé do Calvário, confessando seus pecados, enquanto Jesus levava a cruz até o topo, para ser pendurado nela, sangrar e morrer por nossos pecados.

Pense nisto
Defenda esta afirmativa: Se todo mundo na Terra tivesse rejeitado a expiação, ela ainda seria de infinito valor para o Universo como a mais gloriosa revelação do amor de Deus já feita.

Dicas

1. Faça um modelo do santuário descrito no Antigo Testamento, juntamente com os elementos especiais envolvidos no ritual do Dia da Expiação.
2. Crie uma lista de símbolos da expiação mencionados nesta lição e as coisas que eles simbolizam.
3. Separe um tempo para introspecção e exame de coração, assim como os israelitas faziam antes do Dia da Expiação (Nm 29:1-7). Peça a Deus perdão dos seus pecados e uma transformação de vida.

Shimna Benji | Puno, Índia

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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (parte 2) - 13/11/2008 a 15/11/2008

Quinta, 13 de novembro

Aplicação

A expiação e você


6. Que idéias estão associadas com o verbo “fazer expiação” nas passagens seguintes? Lv 4:31; 16:18, 19, 30; 17:11

Em Levítico, embora os sacerdotes oficiassem nas cerimônias de expiação como mediadores, não eram eles que expiavam o pecado. Depois que a cerimônia era executada, Deus concedia o perdão (Lv 4:26). Expiação (limpeza ou purificação do pecado) é algo que Deus executa por Seu povo. É Ele quem faz “expiação pela terra do Seu povo” (Dt 32:43; veja também Sl 65:3; 79:9). Pela expiação, Deus permite que Seu amor flua para os pecadores.

Como podemos experimentar um Dia da Expiação milhares de anos após os antigos hebreus o terem vivenciado? Eis aqui algumas sugestões:

1. Tire tempo para introspecção. Exatamente antes do Dia da Expiação, os judeus tinham dez dias para intenso auto-exame e arrependimento, a partir da Festa das Trombetas. Esses dias eram conhecidos como “Dias de Reverência” ou “Dias de Arrependimento”. Eram dias santos, uma temporada em que as pessoas avaliavam cuidadosamente sua vida, a fim de verificar se os pecados que haviam sido confessados e expiados durante o ano anterior haviam também sido abandonados. Se não, Deus concedia esses dez dias como última oportunidade para confessar e abandonar qualquer pecado que restasse. Da mesma forma, também precisamos examinar nossa vida antes do término do tempo da graça.

2. Suplique misericórdia pelo sangue de Jesus. O pecado desqualificava a congregação para se aproximar do Lugar Santíssimo, exceto por meio de um intermediário, o sumo sacerdote, que tipificava Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote. O único requisito do sacerdote à santidade estava no sangue da vítima inocente que devia ser aplicado ao propiciatório. Da mesma forma, o sangue de Jesus é nosso único requisito para o perdão (Hb 9:22). Séculos mais tarde, ainda podemos experimentar o poder purificador de Seu sangue e misericórdia.

3. Fique constantemente alerta contra o maligno. Nosso Sumo Sacerdote Jesus é também a vítima sacrifical. Ele foi morto desde a fundação do mundo, e Se ofereceu por nossos pecados uma vez por todas (Hb 4:14; 7:27; 8:1; 9:12-15, 25, 26, 28; 10:10), tornando assim obsoleta a sombra – o sacrifício cerimonial anual – e dando-nos “confiança para entrar no santo dos santos ... por meio do véu, isto é, do Seu corpo” (Hb 10:19-22, NVI).

Um dos aspectos mais interessantes do Yom Kippur era o lançamento de sortes que selecionava dois bodes – um simbolizando o Senhor e o outro simbolizando Satanás, que, por ser a raiz de todo mal, carregava toda a culpa do povo. Esse bode era levado ao deserto, onde era abandonado. Da mesma forma, precisamos estar constantemente alerta contra o maligno, afastar-nos dele e abandoná-lo completamente.

T. I. Varghese | Puno, Índia

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (parte 2) - 12/11/2008 a 15/11/2008

Quarta, 12 de novembro

Evidência

Sacerdócio todo-Inclusivo


5. Como era tratado o bode vivo no Dia da Expiação? Que destino se dava a esse animal, em comparação com todos os outros usados no serviço do santuário? Lv 16:20-22

O “bode vivo” (Azazel) não era um meio de expiação, mas um veículo pelo qual o pecado e as impurezas eram levados ao deserto. Como sabemos isso?

Primeiro, a transferência do pecado e da impureza para esse animal ocorria depois que o sumo sacerdote terminava o trabalho da expiação no santuário. Segundo, o bode não era oferecido como sacrifício, nem seu sangue era derramado para fazer expiação. Terceiro, embora ele “levasse” os pecados do povo, isso não significava que os levasse vicariamente, no sentido de um substituto, como Jesus. Nesse caso, o contexto mostra que o verbo significa “levar” para outro lugar, isto é, para “o deserto” (Lv 16:22). O bode para Azazel representava o poder adversário, um demônio, a fonte original do pecado e da impureza.

Se acontecer de você visitar uma igreja adventista numa aldeia indiana, você provavelmente encontrará os calçados colocados do lado de fora da entrada da igreja. Isso se deve a conceitos que envolvem a santidade de um edifício de igreja. Leia Mateus 18:20. Porque o Senhor está no meio delas, as pessoas que moram na parte rural da Índia retiram os sapatos antes de entrar na igreja como sinal de respeito por Deus.

Havia uma expectativa singular ligada a qualquer sacerdote que entrasse no Lugar Santíssimo no Dia da Expiação. Era ali que Deus colocava Sua santidade especial, e as pessoas se preocupavam para que nada fosse feito incorretamente toda vez que um sacerdote entrasse nele. Nesse dia santíssimo, o sumo sacerdote, após oferecer incenso no Lugar Santíssimo, parava por um momento para fazer uma curta oração antes de voltar ao pátio onde as pessoas estavam esperando. O Mishna declara: “Ele não tornava a oração longa para não assustar Israel” (Yoma 5:1).

O santuário era considerado santo por causa da presença de Deus nele e porque ele representava Cristo e Sua salvação. Da mesma forma, Jesus veio habitar entre nós. “A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e Lhe chamarão Emanuel’, que significa ‘Deus conosco’” (Mt 1:23, NVI).

Como crentes, muitas vezes duvidamos da fidelidade das pessoas que participam dos serviços de adoração. Isso ocorre porque esperamos que elas sejam santas. Devido a essa maneira de pensar, muitos membros de igreja ao redor do mundo estão em desavença uns com os outros. Devemos nos lembrar, porém, de que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3:23, NVI).

Mas a boa notícia é que somos “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas dAquele que ... [nos] chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9).

Gauri Joy | Puno, Índia

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (parte 2) - 11/11/2008 a 15/11/2008

Terça, 11 de novembro

Testemunho
A Trindade na expiação


3. Leia Levítico 16:16, 17, 21, 30, 33, 34. Que ênfase específica você encontra nesses versos? Os pecados de quem estavam sendo expiados naquele dia, em contraste com o ritual diário (Lv 1:1-4)?

Os textos indicam a natureza abrangente da purificação porque o ritual estava lidando com todos os pecados de todo o povo.

4. O que Deus esperava de Seu povo naquele dia? Lv 23:26-31

Por mais que o Dia da Expiação fosse um evento corporativo, envolvendo toda a nação, cada indivíduo tinha um papel a desempenhar em humilhar-se diante de Deus e entregar-se completamente a Ele.

Se Cristo é uma verdadeira revelação do caráter de Deus, e se o plano da redenção de Deus em Cristo verdadeiramente consiste de nossa salvação, então precisamos responder corretamente à pergunta: Quem são Deus e Cristo a fim de serem capazes de conseguir a salvação para os seres humanos pecadores?

As seguintes conotações nos ajudam na compreensão da expiação como meio de estabelecer a salvação.

Primeiro, precisamos compreender a identidade do Senhor Jesus Cristo encarnado, crucificado e ressurreto como a segunda pessoa da Trindade.

Segundo, a crucifixão de Jesus não é primariamente a punição pelo pecado, mas a remoção do pecado para sua conclusão lógica. Da mesma forma, a ressurreição e ascensão de Jesus são essenciais para a expiação porque é a intenção de Deus em Cristo transformar e recriar nossa natureza humana caída, permitindo assim que participemos da vida ressurreta de Seu Filho.

Terceiro, a graça é mediada para os seres humanos redimidos de maneira trinitária: do Pai, através da intercessão do Cristo ressurreto, e por meio do Espírito Santo. O Espírito que torna presente para nós a humanidade do Cristo ressurreto recria nossa humanidade à imagem divina.

“Aqueles que têm Cristo habitando no coração farão as obras de Cristo. Estes têm direito a todas as promessas de Sua Palavra. Tornando-se um com Cristo, realizam a vontade de Deus e exibem as riquezas de Sua graça. ... Os servos de Deus cantarão: ‘Render-Te-ei graças, Senhor, de todo o meu coração; na presença dos poderosos Te cantarei louvores. Prostrar-me-ei para o Teu santo templo e louvarei o Teu nome, por causa da Tua misericórdia e da Tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o Teu nome e a Tua palavra’ (Sl 138:1, 2). Portanto, não seja cultivada nenhuma aparência de orgulho ou importância própria, pois isto expulsará Jesus do coração, e o vácuo será preenchido com os atributos de Satanás” (Ellen G. White, Review and Herald, 1º de maio de 1913).

Benji Stephen | Puno, Índia

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (parte 2) - 10/11/2008 a 15/11/2008

Segunda, 10 de novembro

Exposição
Dia de reconciliação

2. Por que era necessário haver um sacerdócio operando no templo? Nm 18:1-8

O papel fundamental dos sacerdotes era o de ser mediadores entre Deus e o povo. Em seu ministério de ensino, os sacerdotes representavam Deus diante do povo (Dt 33:10). Muito relacionado com esse papel estava o dever sacerdotal de esclarecer a vontade de Deus aos que buscavam a direção divina (Nm 27:21). Os sacerdotes também agiam como juízes no santuário. De fato, o mais elevado tribunal da Terra funcionava no santuário central (Dt 17:8-13; 21:5). Eles eram especialmente responsáveis por abençoar o povo (Dt 10:8; 21:5) e representá-lo diante de Deus. Em seu papel representativo, eles levavam consigo o povo à presença do Senhor (Êx 28:9-12, 29).

O propósito do Dia da Expiação era remover do santuário os pecados que haviam sido colocados ali durante o ano. Essa obra era feita uma vez por ano – no décimo dia do sétimo mês. Levítico 16 ilumina esse evento especial:

O preparo do sumo sacerdote (Lv 16:1-4; Nm 18:1-8). O preparo do sumo sacerdote para o Dia da Expiação era intenso. Ele tinha que lavar não só as mãos e os pés, mas todo o corpo, para estar pessoalmente puro ao interceder pelo povo (Lv 16:4). Além disso, devia usar roupas específicas feitas de linho puro. “Como no cerimonial típico o sumo sacerdote despia suas vestes pontificais e oficiava vestido de linho branco dos sacerdotes comuns, assim Cristo abandonou Suas vestes reais e Se vestiu de humanidade, oferecendo-Se em sacrifício, sendo Ele mesmo o sacerdote, Ele mesmo a vítima. Como o sumo sacerdote depois de realizar essa cerimônia no santo dos santos, deixava este lugar e se apresentava ante a expectante multidão, em suas roupas pontificais, assim Cristo virá a segunda vez, trajando os mais alvos vestidos, ‘como nenhum lavadeiro sobre a Terra os poderia branquear’. Mc 9:3(Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 33).

A ordem do serviço (Lv 16:5-22). Os dois bodes eram trazidos para a entrada do santuário no Dia da Expiação. Eram lançadas sortes “usando duas pedras, uma com o nome do Senhor, e a outra com o nome de Azazel” (Lv 16:8). O bode escolhido para o Senhor era morto como oferta pelo pecado. Depois disso, e para completar a expiação, seu sangue era espargido no propiciatório do Lugar Santíssimo, no altar de incenso do Lugar Santo, e no pátio.
O segundo animal era chamado bode emissário, e era trazido ao ritual após ter sido completada a expiação pelo santuário. O sumo sacerdote, então, colocava as mãos sobre a cabeça desse bode e confessava os pecados de todo o Israel; assim “passará para a cabeça do bode os pecados do povo” (Lv 16:21), era a instrução. Depois disso, o bode era levado ao deserto, onde era solto (v. 21, 22).

O significado do bode emissário (Lv 16:10). Não há unanimidade entre os teólogos quanto ao significado do bode emissário, principalmente porque “a maioria das versões deixam sem ser traduzida a palavra hebraica para bode emissário, ‘azazel’. ... Mas muitos eruditos modernos, juntamente com os judeus, afirmam que Azazel denota um espírito pessoal, ímpio, sobre-humano, e quase todos concordam que o significado de sua raiz é ‘alguém que remove’, ‘um removedor’, especificamente alguém que remove ‘por uma série de atos’”.1

“Aquele bode [emissário] levará sobre si todas as iniqüidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto” (Lv 16:22). Enquanto os israelitas assistiam o bode emissário partir, testemunhavam o último ato do drama – Satanás, com todos os pecados que havia instigado colocados “sobre a [sua] cabeça” (Sl 7:16), enviado para enfrentar sua sorte.2

O simbolismo do Dia da Expiação (Sl 28:2; 132:7; 138:2). No primeiro dia do sétimo mês ocorria o toque de trombetas, que devia chamar Israel para o Dia da Expiação dez dias depois (Nm 29:1). Os nove dias intermediários se tornavam dias de exame de coração, de preparo para o Dia da Expiação – o Dia do Juízo que selava seu destino. Eles criam que naquele dia era selado quem iria viver e quem iria morrer. Assim, para todos os propósitos práticos, era um dia de julgamento: “Porque toda alma que, nesse dia, se não afligir será eliminada do seu povo” (Lv 23:29). Deus destruiria qualquer pessoa que fizesse alguma obra naquele dia (Lv 23:30).

O Dia da Expiação representava as três fases do juízo final:

1. A fase investigativa do juízo é prefigurada na remoção dos pecados do santuário. Ela se concentra nos nomes mencionados no Livro da Vida assim como o Dia da Expiação se concentrava na remoção dos pecados daqueles que iam à casa de Deus (Sl 132:7) e erguiam as mãos para o Seu santuário (Sl 28:2). Assim, a fé dos verdadeiros crentes e sua união com Cristo será reafirmada diante do universo leal.

2. A expulsão do bode emissário para o deserto simboliza a prisão milenar de Satanás neste planeta desolado, que começa no segundo advento e coincide com a segunda fase do juízo final, que ocorre no Céu (Ap 20:4; 1Co 6:1-3).

3. O acampamento limpo simboliza os resultados da terceira fase, ou fase executiva do juízo, quando o fogo destruir os ímpios e purificar a Terra (Ap 20:11-15; Mt 25:31-46; 2Pe 3:7-13).3

Após o juízo ter finalizado, o nome de Deus, Sua misericórdia e Sua verdade (Sl 138:2) serão revelados de forma plena.

Pense nisto

1. Descreva o Dia da Expiação em palavras simples.
2. Como o estudo do significado do Dia da Expiação afeta sua vida diária e sua compreensão da obra de Deus em seu favor?
3. Como você poderia usar os serviços do santuário, especialmente o Dia da Expiação, como ponto de partida para partilhar o plano da salvação com alguém que não pertence à igreja?

1. The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 775.
2. Ibid., p. 778.
3. Adaptado de Nisto Cremos, p. 416.

Joy Kuttappan | Puno, Índia

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domingo, 9 de novembro de 2008

A Expiação em Símbolos (parte 2) - 09/11/2008 a 15/11/2008

A Expiação em Símbolos – Parte 2


“Então dissemos: ‘Vamos à casa de Deus, o Senhor; vamos adorá-Lo diante do Seu trono’” (Sl 132:7).

Prévia da semana: O Dia da Expiação é algo positivo. É o início de uma eternidade com Deus.

Leitura adicional: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 1, p. 19-26


Domingo, 9 de novembro

Introdução
Enviar/Apagar!

1. Qual era o papel do santuário na experiência e na vida dos israelitas? Êx 25:8, 22; 29:42, 43; Sl 28:2; 132:7; 138:2

O sistema israelita de sacrifícios tinha seu centro e operação dentro do santuário, a habitação terrestre de Deus. O sangue, como expressão tangível de vida, pertencia a Deus, e deveria ser devolvido a Ele sobre o altar. No plano de salvação, a vida do animal representava a vida do pecador arrependido, e Deus aceitava a morte do animal inocente em lugar da morte do pecador. Tudo isso simbolizava a obra de Jesus, nosso Sumo Sacerdote real.

Telefones celulares e salvação. Você pode ver qualquer conexão entre eles? Abhilasha, uma jovem índia universitária viu. No passado, ela zombava quando as pessoas lhe diziam que até uma oração sussurrada pode alcançar a Deus num instante. Ela descartava a oração como instrumento psicológico que tem o objetivo de acalmar nervos desgastados e não-educados. Então, o telefone celular chegou à Índia, e ela viu quão fácil era, para ela, falar com sua irmã nos Estados Unidos simplesmente apertando alguns botões. Isso a fez pensar. Se um telefone móvel pode ser tão eficaz, que dizer da tecnologia de Deus? Afinal de contas, o celular funciona com a energia de rádio criada por Deus. Se Deus alterasse as leis da energia de rádio, todos os celulares parariam de funcionar, ela pensou.

Você acha que é mais fácil hoje entender a expiação do que em qualquer tempo no passado? Ou mais difícil? Deus tem uma “tecnologia” maravilhosa para transferir nossa pecaminosidade para o santuário celestial. Isso pode ser feito apenas pelos méritos do sangue derramado de Cristo. Durante séculos, Deus tem transferido para o santuário celestial os pecados das pessoas.

Contudo, Deus tem um método maravilhoso pelo qual, no dia da expiação, Ele esvaziará o santuário de todos os pecados e os colocará sobre o diabo, o originador do pecado. Em outras palavras, Deus apagará inteiramente o problema do pecado. Nós, que pertencemos à geração dos computadores, devemos lembrar que isso se refere não meramente ao fato de o registro do pecado ser transferido. O que está sendo tirado, ou transferido, é a pecaminosidade em si, a doença que causou o pecado, a raiz.

Em termos simples, expiação significa reconciliação. O problema do pecado causou divisão entre Deus e os seres humanos. Então, ambos se tornaram incompatíveis. Reuni-los novamente é o propósito básico da expiação. Deus declarou esta idéia dizendo: “E farão um santuário para Mim, e Eu habitarei no meio deles” (Ex 25:8).

No Antigo Testamento, Deus nos deu vários símbolos para nos ajudar a compreender a expiação. Esses símbolos já passaram, mas seu valor educativo permanece. O pecado é um problema muito complexo e profundamente enraizado, para o qual os seres humanos não podem encontrar solução. Somente Deus pode. O santuário simboliza Sua maneira de dar fim ao problema do pecado. O serviço do santuário no Antigo Testamento apontava para o verdadeiro santuário no Céu onde Jesus está pleiteando em nosso favor para apagar nosso problema do pecado. O preço pago para apagar nossos pecados foi a crucifixão, o sangue, a vida de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Parackal Placidus | Puno, Índia

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