sábado, 17 de outubro de 2009

Adoração e Dedicação- Resumo Semanal - 17/10/09 a 17/10/09

ADORAÇÃO E DEDICAÇÃO
Resumo Semanal - 11/10/2009 a 17/10/2009



Márcio Dias Guarda

Editor de Livros

Casa Publicadora Brasileira


Introdução


Não são muitas as pessoas que gostam de números, por isso, quando olham para o título do livro que estamos estudando neste trimestre, e julgam que ele tenha 36 capítulos recheados de cifras ou estatísticas, podem se sentir tentadas a não dar a devida atenção ao estudo dessa importante parte da Bíblia.

Quem ultrapassa esse preconceito inicial e começa a estudar o livro de Números percebe que ele nem tem tantas estatísticas, mas se compõe de uma mistura de leis com narrativas. As narrativas são em geral movimentadas e curiosas, mas a transcrição de diversas leis, regras e rituais pode se constituir numa parte difícil e cansativa para as mentes que tanto prezam a liberdade, a espontaneidade e a criatividade características dos tempos atuais.

O desafio proposto neste trimestre é entender como a regra, a ordem e a estrutura facilitam o relacionamento com Deus, ajudam no progresso espiritual, revelam importantes lições do plano da salvação e não necessariamente aprisionam numa rotina insossa.

Quando Deus estabeleceu as regras e rituais para o povo de Israel, logo depois de sair do Egito, Ele estava mais do que colocando ordem e transformando uma multidão em nação. Ele estava propondo um sentido de direção, um progresso, um caminhar, que havia começado na escravidão e caos do Egito e deveria terminar na Terra Prometida.

Para quem havia passado séculos imerso numa cultura adversa, desagregadora e politeísta, os rituais expressavam a verdade religiosa de maneira visual (equivalente à TV, em nossa cultura!) e não de maneira verbal (equivalente ao rádio). Por isso, eles têm muito a dizer a uma geração como a nossa, individualizada, e perigosamente informal.

Através das cerimônias, tanto o ser humano se comunicava com Deus pedindo perdão, purificação, poder, vitória, salvação, quanto Deus falava ao adorador que ele fora aceito, purificado, perdoado, etc. Elas estabeleciam formas, parâmetros, canais de comunicação, e oportunidades frequentes e repetidas para facilitar nossa aproximação de Deus.

Além de lições diárias sobre o interesse de Deus por Seu povo e de Sua presença contínua, serviam ainda como fator de identidade do povo de Deus: quem os praticava estava dentro, era companheiro de jornada, era mais confiável; quem não os praticava era gentio, não andava na mesma direção, e podia ser até um inimigo.

Tenha tudo isso em mente, não só ao estudar e ao apresentar a lição desta semana, mas sempre que se aproximar do livro de Números, que fornece importantes revelações do caráter de Deus e também da pecaminosidade humana, enquanto Deus conduzia Seu povo, desde o Egito ao Sinai, do Sinai a Cades, e finalmente às planícies de Moabe.

I. Dedicação do altar


Nesta parte de domingo, a lição nos coloca diante do capítulo mais longo do Pentateuco (89 versículos) e, à primeira vista, um dos mais cansativos, pois repete os procedimentos e as ofertas dos 12 príncipes, líderes de cada uma da 12 tribos de Israel, os quais trouxeram os mesmos objetos e animais para oferecer na cerimônia de inauguração do santuário portátil, que deveria acompanhar o povo de Israel em sua jornada até Canaã.

Esse evento ocorreu entre os dias 1 e 12 do primeiro mês, do segundo ano depois da saída do Egito, portanto, cronologicamente vem depois de Lv 8:10.

Cada príncipe trouxe:

* um prato de prata (servia para misturar massas ou cereais) com peso aproximado de 1.400g.
* uma bacia de prata (serviria para recolher o sangue dos sacrifícios) com peso aproximado de 840g.
* uma colher de ouro (provavelmente utilizada para recolher as cinzas) com peso aproximado de 120 g.
* todos esses recipientes foram oferecidos cheios de azeite, farinha e incenso.
* um novilho + um carneiro + um cordeiro (todos com um ano de idade), portanto adequados para os holocaustos.
* um bode, para oferta pelo pecado.
* vários outros animais (2 bois + 5 carneiros + 5 bodes + 5 cordeiros), como ofertas pacíficas.
* cada 2 príncipes se uniram para ofertar ainda um carro + uma junta de bois.

Algumas lições que podemos extrair:



1. Todas as tribos tinham posição igual diante de Deus.
2. Todas participavam igualmente do sustento do sacerdócio.
3. Ninguém se isentou da adoração a Deus. De forma solene e participativa, cada um reconheceu que tinha de se integrar ao plano da salvação.
4. As ofertas de adoração tinham valor prático, eram equipamentos e materiais essenciais que os sacerdotes e levitas passariam a usar para desempenhar suas funções.
5. Eram presentes especiais, valiosos e caros, que representavam bem o esforço de oferecer, com sacrifício, o melhor para Deus. Uma lição de generosidade e desprendimento, portanto.
6. A repetição meticulosa e detalhada de cada dádiva individual, com o devido crédito, nome por nome, tribo por tribo, sem resumo nem massificação, mostra como Deus valoriza cada indivíduo como se ele fosse o único, não importa o espaço nem o tempo que isso requeira. Lembra-nos também que os registros celestiais são individuais e absolutamente detalhados.

II. Comunhão com Deus


Na parte de segunda-feira, a lição destaca o último verso, 89, desse memorável capítulo da dedicação do altar e do santuário, para mostrar a reação de Deus, a forma maravilhosa como Deus respondeu. Adoração e sacrifício nos aproximam de Deus e nos preparam para ouvir Sua mensagem.

Esse verso diz que Moisés entrou no santuário, foi ao encontro de Deus, no local previamente combinado, e Deus foi ao seu encontro, de forma gloriosa, solene, mas também apresentando uma mensagem audível e clara. Comunhão com Deus é isso: uma comunicação nos dois sentidos, Deus nos ouve e nós atendemos e obedecemos.

Afinal, como disse Gordon Whenham: “O tabernáculo não era um santuário vazio, mas o palácio do Deus vivo.”

Tanto ao estudar quanto ao expor esta parte, sugiro relembrar os conceitos de transcendência e imanência (que foram estudados na parte de segunda-feira da lição 1), pois são muito bem ilustrados pelos textos bíblicos das perguntas 2 e 3 desta lição.

A pergunta 3 deve levar a uma reflexão sobre nossos privilégios (e correspondentes responsabilidades), pois hoje podemos ir até a presença de Deus diretamente, pelos méritos de Cristo, e não temos que parar na porta do santuário e ficar dependendo do sumo sacerdote ou de Moisés para ter acesso ao Lugar Santíssimo ou Santo.

Com que frequência e com que espírito temos exercido essa vantagem, e quais os resultados evidentes de nossos colóquios com a Divindade?

III. Luz no santuário


O capítulo 8 de Números descreve o cerimonial da inauguração do altar de sacrifícios, a partir da qual o fogo jamais deveria ser apagado e termina relatando como o shekiná, a glória de Deus se manifestava sobre o propiciatório, no Lugar Santíssimo. Isso ocorria quando Moisés entrava no tabernáculo. O autor de Números encaixou na passagem seguinte o relato de como foi acesso (e deveria ser assim mantido) o fogo das lâmpadas do Lugar Santo. Assim se completou a relação: havia fogo contínuo no pátio, haveria luz contínua (menorá) no Lugar Santo e a manifestação da glória divina (shekiná) no Santíssimo.

Luz e fogo representam a presença e bênção vivificadoras de Deus.

A localização do candelabro (menorá) projetando sua luz sobre a mesa dos pães asmos (que representava o povo de Deus sendo continuamente iluminado e assistido pelo Espírito Santo), conforme se depreende do verso 2, essa é outra lição para ser explorada.

A lição descreve muito bem como era o menorá (com suas 7 lâmpadas a óleo) estabelece o simbolismo desse óleo como sendo o Espírito Santo, através das passagens de Zacarias e Apocalipse.

IV. Dedicação dos levitas


Nas partes de quarta e quinta-feira, a lição aborda a parte principal do capítulo 8, que trata da consagração dos levitas.

Talvez seja bom relembrar alguns fatos que foram apresentados na parte de quarta-feira da lição 1 e também as informações que estão no quadro abaixo, para entender os seguintes aspectos:

1. Os levitas ficaram de fora do censo dos israelitas, quando foram contados todos os homens de 20 anos para cima, capazes de ajudar nas guerras.
2. Isso foi determinado porque essa tribo foi escolhida por Deus para oficiar em favor do povo, ajudando os sacerdotes, dando manutenção e transportando e montando o tabernáculo, além de cuidarem da segurança das instalações. Assim, os levitas foram os precursores dos diáconos.
3. Veja no esquema abaixo como as 3 famílias dos levitas se acampavam em volta do tabernáculo (meraritas, ao norte; coatitas, ao sul; gersonitas, a oeste; e Moisés, Arão e seus filhos, os sacerdotes, acampavam a leste, na entrada do tabernáculo). Esse esquema mostra ainda a posição de cada uma das 12 tribos de Israel no acampamento, o estandarte que caracterizava cada ala, e o número indica a ordem nos deslocamentos.
4. Os meraritas eram os responsáveis pelo transporte, montagem e conservação das peças mais pesadas, estruturais, do tabernáculo (colunas, bases, tábuas e varais). Por isso, da oferta dos príncipes, eles receberam 4 carros e 4 juntas de bois.
5. Os gersonitas eram responsáveis pelas cortinas, coberturas, tecidos e outras peças mais leves, por isso receberam 2 carros e 2 juntas de bois.
6. Os coatitas tiveram o privilégio de cuidar dos objetos mais sagrados (arca, candelabro, mesa e altares), os quais deviam ser transportados nos ombros e tratados com muita reverência, razão porque não tiveram que contar com nenhum veículo para transporte.
7. Os últimos versos do capítulo 8 informam que os levitas começavam em seu ofício aos 25 anos de idade e eram aposentados aos 50. A partir dessa idade, ainda podiam prestar serviço voluntário. Como o texto de Número 4:3 menciona 30 anos de idade para o começo efetivo do trabalho, conclui-se que dos 25 aos 30 passavam por um período de treinamento.
8. Sendo que Arão e seus filhos foram escolhidos para formar o “clero oficial”, todos os demais levitas passaram a ser considerados “leigos consagrados”, o que justifica toda a cerimônia de consagração relatada no capítulo 8 e objeto de estudo da lição na quarta-feira.

A cerimônia de consagração incluiu:

1. Aspersão da água da expiação. O significado certamente era cerimonial; não havia mérito na água, mas representava a purificação de todo pecado.
2. Raspar os pelos do corpo. Outra forma de mostrar limpeza, também uma distinção exterior, visível, separando os levitas dos sacerdotes e nazireus.
3. Lavar as vestes. Os sacerdotes ganhavam roupa especial para executar suas funções, mas os levitas deviam lavar e preparar suas melhores vestes para usar quando estivessem no serviço.
4. A purificação também incluía a mente e o coração. Nenhuma mácula, culpa ou pesar deveria interferir na hora ou na atividade de um levita.
5. Os versos 8 a 13 descrevem uma tocante cerimônia na qual os levitas impuseram as mãos sobre os novilhos e através do sacrifício dos animais foi feita simbólica a expiação por eles. Ou seja, os animais foram mortos para que os levitas prosseguissem sendo uma oferta viva para o serviço.
6. Por sua vez, os levitas receberam a imposição das mãos por parte dos representantes de todas as tribos, colocando sobre eles a responsabilidade de guardiães da espiritualidade e responsáveis pelo ministério especial no santuário, em lugar dos primogênitos de Israel. Veja, no Estudo Adicional (na parte de sexta-feira) uma boa explicação sobre o rito da ordenação pela imposição das mãos.
7. O verso 15 diz ainda que foram apresentados como “oferta movida”, o que pode significar que a cerimônia deve ter incluído deslocamento de cada um dos levitas até as proximidades da entrada do santuário, num movimento orientado na direção para onde eles deveriam, por seu ofício, gestos, palavras e exemplo de vida, ajudar a conduzir o povo: em direção ao santuário, ao encontro com Deus.

Na parte de quinta-feira, a lição destaca o momento mais profundamente significativo da dedicação dos levitas, quando se menciona que eles foram separados “para fazerem expiação pelos filhos de Israel”, ou seja foram colocados como “para-raios”, protegendo o povo para que não fossem atingidos pela ira divina. Mais do que auxiliar, ensinar e guiar, os levitas deveriam proteger o povo sob todos os aspectos. Pensemos nisso, você e eu que somos os levitas modernos!

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Adoração e Dedicação - 16/10/09 a 17/10/09

Sexta, 16 de outubro

Opinião

Adoração: um modo de vida


Um amigo meu costumava adorar o principal cantor de uma banda de rock. Ele se vestia de maneira idêntica à do cantor, tinha o mesmo estilo de cabelo, e chegou até a acrescentar o sobrenome do cantor ao seu. Por que parece tão fácil ser devotado a um ser humano cheio de falhas, mas difícil devotar-nos Àquele que é o único Ser digno de tão completa devoção?

Deus deu instruções específicas quanto ao tabernáculo e seus serviços e como Ele desejava que fossem. Essas instruções detalhadas deviam impressionar os israelitas, e a nós, com a importância e especialidade da adoração.

O livro de Números conta a história de um grupo de pessoas numa jornada, não apenas para descobrir Deus, mas para descobrir também a si mesmas. O tabernáculo lhes deu um senso de família e de pertencer. Através do simbolismo de tudo o que havia no tabernáculo, eles podiam aprender sobre o tipo de família que Deus desejava e precisava que eles fossem.

Nossa adoração hoje não tem que ver apenas com o ato de nos reunirmos para cantar louvores. Precisa também ser pessoal. Precisamos reconhecer que todo aspecto de nossa vida pertence a Deus. Devemos viver nossa vida como uma constante resposta a Deus e a tudo o que Ele nos deu. Nossa vida será então de constante adoração.

Infelizmente, para muitos de nós, aprendemos a compartimentalizar nossa vida de forma a colocar a adoração num desses compartimentos, separado dos outros. Mas Colossenses 1:16 diz: “Pois nEle foram criadas todas as coisas nos céus e na Terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades, todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele” (NVI). Deus não pretendia que parte da vida fosse secular e outra parte fosse religiosa. Ele criou tudo na vida para ser para Ele. Tendemos a nos esquecer de que Deus é a própria razão pela qual existimos, e que Ele está preocupado com todos os aspectos de nossa vida. Devemos nos lembrar de que tudo vem dEle. É aí que começa a verdadeira adoração.

Mãos à obra

1. Compare uma planta sadia com uma que está morrendo ou já morreu. Imagine a vida num ambiente perfeito.
2. Encontre um local agradável, fora, onde você possa memorizar ou recitar o Salmo 23.
3. Dê uma volta e louve a Deus por tudo o que você vê e ouve que proclame a bondade dEle.
4. Comemore o aniversário ou batismo de um amigo. Peça a ele ou ela que dê seu testemunho com respeito ao ano passado.
5. Documente a mudança das estações, notando especialmente a regeneração do mundo vegetal e animal e a digital de Deus em todos os detalhes.

Naphirisa Christo | Tokuyama, Japão

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Adoração e Dedicação - 15/10/09 a 17/10/09

Quinta, 15 de outubro

Aplicação

Quando você quer dar mais


Aprender sobre a dedicação do tabernáculo nos ajuda a compreender o quanto Deus deseja nossa lealdade e dedicação. Também nos ajuda a compreender o que é requerido de nós para ter um relacionamento com Ele, e a captar o significado e a importância de nos entregarmos a Ele. Antigamente, quando o coração dos israelitas estava cheio de gratidão a Deus, suas ofertas até excediam a quantia requerida. O que eles queriam era continuar ofertando (Êx 36:3-7)! A cruz de Jesus Cristo mostra o quanto Deus deseja nos dar. Como podemos aplicar esses conceitos de doação a nossa vida?

Tire tempo para compreender seu propósito. Isso nem sempre é uma tarefa fácil, mas ao pedirmos a Deus que nos guie, prepare e use, Ele nos revelará Seu propósito para nós (Jr 29:11-13). Passe alguns momentos cada dia reafirmando seu propósito e seus alvos, não só para aquele dia, mas também para a vida.

Tire tempo para considerar seu empenho. Sua dedicação a Deus é algo comum, que ocorreu uma única vez? Ou é uma proximidade contínua, dinâmica e crescente com Ele? Ao buscarmos a Deus de todo o coração (Jr 29:13), nossa dedicação a Ele se aprofundará, nossa confiança nEle se fortalecerá, e nosso desejo de partilhar Sua mensagem de esperança crescerá.

Tire tempo para conhecer a bondade de Deus. Se você realmente ama alguém, desejará dar cada vez mais. Ao tirar tempo para considerar e experimentar o que Deus nos oferece – vida abundante (Jo 10:10) e vida eterna (Jo 3:16) – seu coração distribuirá dádivas de gratidão a Ele.

O essencial de tudo é que precisamos tirar tempo para Deus. Quando o fizermos, a alegria, a paz e a confiança que obtemos desse relacionamento íntimo com Ele serão nossas.

Mãos à Bíblia

“Eles são os israelitas que deverão ser inteiramente dedicados a Mim. Eu os separei para serem Meus em lugar dos primogênitos, do primeiro filho homem de cada mulher israelita” (Nm 8:16, NVI).

6. Números 8:19 diz que Deus chamou os levitas para “fazerem expiação por eles [os filhos de Israel]”. O que significa isso? Como devemos entender essa expiação, tendo em conta a cruz? Rm 5:11; Hb 9:25-28

Ao fazerem seu serviço em favor dos israelitas, os livrariam da praga. Isto é, em seu ministério, eles ajudavam a proteger os filhos de Israel da ira divina que enfrentariam caso se chegassem “ao santuário” (Nm 8:19).

Brad Warden | Hiroshima, Japão

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Adoração e Dedicação - 14/10/09 a 17/10/09

Quarta, 14 de outubro

Evidência
Venha ao propiciatório


Após livrar Seu povo da escravidão a fim de levá-lo à Terra Prometida, Deus Se manifestou mais plenamente a eles. Sim. Sua presença estava com eles diariamente na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13:22). Contudo, Ele estava pronto a instruí-los nos caminhos da adoração.

Isso Ele fez instruindo Moisés a dizer aos israelitas: “E farão um santuário para Mim, e Eu habitarei no meio deles” (Êx 25:8, NVI). Chegaria o dia em que o povo escolhido de Deus – todos aqueles que criam nEle – poderia chegar a Sua presença a qualquer momento, em qualquer lugar. Por enquanto, porém, devia ser construído um santuário onde Ele pudesse habitar com eles.

Com detalhes explícitos, Deus instruiu Moisés sobre a maneira pela qual esse santuário devia ser construído. Dentro do santuário, colocada no Lugar Santíssimo, estava a arca do testemunho. Sobre essa arca estava o propiciatório, feito de ouro puro, com dois querubins de ouro colocados de cada lado, um de frente para o outro, com as asas estendidas de modo a cobrir a peça. O propiciatório era colocado em cima da arca do testemunho que continha os Dez Mandamentos (Êx 25:17-22). Primeiro Samuel 4:4 declara que Deus habitava entre esses dois querubins. Além disso, no Dia da Expiação anual, o sacerdote entrava na presença de Deus e, diante do propiciatório, fazia expiação pelos pecados do povo (Lv 16:1-22).

Dentro da arca estavam as leis do testemunho (Êx 25:16), um pote de maná (Êx 16:32-34) e o bordão de Arão (Nm 17:10); todos esses itens eram lembretes da rebelião de Israel em algum ponto de sua jornada. Em nosso tempo, o propiciatório não mais está sobre a arca da aliança. Hoje em dia, o propiciatório pode ser achado ao lado da cama, na pia cheia de louças, num carro preso no trânsito, numa igreja, num parque, em qualquer lugar onde seja sentida a necessidade de adorar a Deus ou de pedir perdão. Deus está sempre perto. O sangue do Cordeiro – Jesus Cristo – tornou isso possível.

Mãos à Bíblia

5. Que cuidados eram tomados em respeito à purificação dos levitas? O que isso nos ensina sobre a santidade, o pecado, a purificação e a dedicação a Deus? Nm 8:6-26

O fascinante aqui é a ideia de que os levitas, depois de serem purificados e barbeados, e depois de terem oferecido uma oferta pelo pecado (Nm 8:7, 8) – eles mesmos eram chamados de “oferta” ou “oferta movida” (v. 11). Certamente, não havia qualquer coisa relacionada a sacrifício humano. Dava, sim, a ideia de dedicação, consagração e reconhecimento de que esses levitas iriam fazer um trabalho no interesse de Israel, fazendo por todos o que não podiam fazer por si mesmos.

Calene Williams | Kanagawa, Japão

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Adoração e Dedicação - 13/10/09 a 17/10/09

Terça, 13 de outubro

Testemunho
Amar, honrar e apreciar


“Era desígnio do Senhor que, pela fiel observância do mandamento do sábado, Israel fosse continuamente lembrado de sua responsabilidade perante Ele como Seu Criador e seu Redentor. Enquanto guardassem o sábado no devido espírito, a idolatria não poderia existir; mas fossem as exigências deste preceito do decálogo postas de lado como não mais vigentes, o Criador seria esquecido, e os homens adorariam a outros deuses” (Ellen G. White, Exaltai-O, p. 138). A verdadeira adoração é seguida por uma dedicação a Deus incondicional e não dividida. Ao criar o sábado, Deus tinha esperado garantir uma aliança inquebrantável. Idealmente, fomos criados para ser um povo de profunda espiritualidade e indômita devoção.

“Os israelitas, em sua adoração ao bezerro de ouro, professavam estar adorando a Deus. Assim, Arão, dando início ao culto ao ídolo, proclamou: ‘Amanhã será festa ao Senhor’(Êx 32:5). Eles se propunham adorar a Deus, como os egípcios adoravam Osíris, na semelhança da imagem. Deus não poderia, porém, aceitar esse culto. Embora oferecido em Seu nome, o objeto real de sua adoração era o deus-sol, e não Jeová” (Patriarcas e Profetas, p. 360 [explicação adicional sobre a p. 316]).

“Os israelitas sabiam bem que seus ídolos eram impotentes para salvar ou destruir. Sabiam que a adoração pagã era contrária à razão e ao são juízo. Mas haviam gradualmente se afastado de Deus, e haviam condescendido com o pecado até que suas percepções morais se obscureceram e eles foram enganados por Satanás” (Ellen G. White, The Signs of the Times, 18 de agosto de 1881).

A verdadeira atitude de amar, honrar e apreciar o tempo com Deus é revelada pela qualidade e quantidade de tempo passados na “adoração” de nossos “ídolos”, ou nas circunstâncias seculares que consomem nossa vida. A genuína adoração leva nossa atenção a Jesus e a desvia de nosso próprio ser desamparado. Temos tanta coisa mais para esperar quando nossos olhos são treinados a se dirigir para a frente!

Mãos à Bíblia

4. Que ideia nos dão os textos seguintes sobre o significado do menorah? Zc 4:1-6, 11-14; Ap 4:2, 5; 11:4

A visão de Zacarias sugere que o óleo que escorria para as lâmpadas do menorah, capacitando-as a queimar, é o Espírito de Deus (v. 5, 6). A palavra hebraica “amêndoa” (Jr 1:11, 12) significa “vigiar” ou “despertar”. A amendoeira era chamada literalmente de “árvore despertadora” ou “árvore vigia” porque era a primeira árvore a “acordar” e florescer. João viu na representação celestial do santuário um menorah de sete lâmpadas ardendo diante do trono, que são identificadas como “os sete Espíritos de Deus” – a maneira de João se referir ao Espírito Santo em Suas múltiplas operações.

Tamar Paul | Hiroshima, Japão

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Adoração e Dedicação - 12/10/09 a 17/10/09

Segunda, 12 de outubro

Exposição
Chamados para adorar


Com a construção do tabernáculo, Deus deixou claro Seu intento de estar ativamente envolvido no desenvolvimento e crescimento dos israelitas. Embora Ele houvesse conversado com Moisés antes de manifestar Sua presença no tabernáculo, talvez desejasse um lugar de encontro para que pudesse sempre ser “encontrado” por todos. Ele desejava um relacionamento, não só com Moisés, mas com todo o povo de Israel. E esse relacionamento devia ser especial.

Lealdade e dedicação (Nm 7). Na dedicação do altar, o líder de cada tribo trouxe uma oferta. Cada um dos 12 líderes trouxe exatamente a mesma dádiva, o que torna o livro de Números um pouco maçante de se ler. Para Deus, contudo, cada dádiva de adoração é especial e é notada, mesmo que sejam apenas duas moedinhas (Leia Mc 12:42-44). Deus não exige mais adoração de uma pessoa que de outra. O valor de nossas dádivas para Deus é determinado não pelo valor que a sociedade dá a elas, mas pelo grau em que elas representam o sacrifício próprio.

Essa litania de ofertas em Números 7 também nos lembra a importância de darmos, e de demonstrarmos, de maneiras tangíveis, nossa lealdade e dedicação a nosso Criador e Salvador.

Partilhando do trabalho (Nm 7:1-10). Após a unção e consagração do tabernáculo, os líderes das 12 tribos voluntariamente trouxeram bois e carroças para o tabernáculo. As famílias de Gérson, Merari e Coate eram responsáveis pelo transporte do tabernáculo (Nm 4). Essa não era uma tarefa fácil, mas os bois e carroças ajudariam nesse trabalho.

Pelas ofertas levadas para o novo santuário, aprendemos que todo o povo participou de alguma forma. Isso nos mostra que aquele era realmente um santuário para eles.

Adoração conjunta (Nm 8:5-13, 19). Em Números 8:5-13, lemos sobre a dedicação dos levitas. No verso 10, os filhos de Israel deviam impor as mãos sobre a cabeça dos levitas. “Este era um ato representativo. Alguns comentaristas acham que talvez tenha sido realizado pelos príncipes, transferindo para os levitas as obrigações da congregação ligadas aos serviços do tabernáculo. Os levitas foram dedicados a Deus em lugar dos primogênitos; e como toda a família era santificada através do primogênito, também toda a congregação se beneficiou.”1

Os levitas eram responsáveis pelos serviços do santuário. Contudo, isso não significava que o restante de Israel não mais precisava render adoração. Ao contrário, isso era para que a comunidade de Israel pudesse adorar mais. Um dos principais deveres dos levitas era fazer expiação pelos pecados que os israelitas cometiam, permitindo assim que o povo se aproximasse do santuário em segurança (v. 19) para adorar a Deus. Separando os levitas para o serviço do santuário, Deus estava dando à comunidade de Israel a liberdade de adorá-Lo sem medo ou reservas.

As lâmpadas (Nm 8:1-3). Parece ter sido de conhecimento comum que as lâmpadas seriam usadas para iluminar o interior do tabernáculo, a fim de ajudar os sacerdotes a fazer seu trabalho lá dentro. Dos móveis do tabernáculo, as lâmpadas são a única coisa mencionada nessa seção de Números. As instruções dadas aqui quase parecem fora de lugar em meio a todas as ofertas, a dedicação e os sacrifícios que estavam acontecendo. A importância das lâmpadas, interiores ou exteriores, não pode ser contestada. E Deus desejava Se certificar de que os levitas conseguiriam cumprir bem seus deveres enquanto estivessem no Lugar Santo.

Em visões mostradas a João, vemos candeeiros em torno de Jesus, e nos é dito que esses candeeiros representam a igreja (Ap 1:20). Essa não é a primeira vez em que a igreja é comparada a um candeeiro. Jesus também nos disse que devíamos servir de luz para o mundo (Mt 5:14-16). Nossa adoração consiste em levar outros a glorificar a Deus. Se nossa vida não levar outros a Deus, somos como uma vela debaixo de um cesto. “Cristo veio para dispersar as trevas e revelar o Pai. Essa mesma obra confiou Cristo a Seus discípulos. A luz brilha, não tanto para que os homens possam ver a luz, como para que possam ver outras coisas por causa da luz. Nossa luz deve brilhar, não para que os homens sejam atraídos a nós, mas para que possam ser atraídos a Cristo, a luz da vida, e às coisas importantes (Mt 6:31-34; Jo 6:27; cf. Is 55:1, 2).”2

Em Êxodo 19:6, Deus disse a Moisés que o povo de Israel foi chamado para ser uma nação de sacerdotes. E assim como o trabalho de um sacerdote é levar outros a adorar a Deus, a nação de Israel devia ajudar as nações da Terra a se aproximarem de Deus em adoração. Hoje em dia, esse é nosso dever também. Somos chamados a adorar, mas não devemos parar aí, pois a verdadeira adoração também envolve a ajuda às pessoas ao nosso redor para que desenvolvam seu relacionamento com Deus.

1. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 1, p. 852.
2. Ibid., v. 5, p. 331.


Mãos à Bíblia

No Santíssimo, a glória visível do Shekiná, pairando entre os querubins, representava a presença do Senhor. Os Dez Mandamentos embaixo do trono dos querubins atestavam a vontade divina, o fundamento da aliança entre Deus e Seu povo – e a base moral de Seu governo universal.

2. Leia Êxodo 25:22 e Números 7:89. Tente imaginar como seria essa experiência. Você gostaria de ter esse encontro íntimo com Deus? O que faz você pensar que não seria completamente destruído se chegasse muito perto dEle? Veja Êx 20:19.

3. Em que sentido você pode hoje chegar ainda mais perto da presença de Deus? Veja Hb 4:14-16. Como Jesus tornou possível essa aproximação?

Gerald Christo II | Tokuyama, Japão

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domingo, 11 de outubro de 2009

Adoração e Dedicação - 11/10/09 a 17/10/09

ADORAÇÃO E DEDICAÇÃO

Justificar

“Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração, não com tristeza nem por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Co 9:7).

Prévia da semana: Deus, o originador da luz, da vida e da intimidade, busca nossa face quando nós, em adoração, buscamos a dEle.

Leitura adicional: Romanos 12:1, 2

Domingo, 11 de outubro

Introdução
Atenção, todos os compradores!


Quando eu era adolescente, toda manhã de sábado tinha uma decisão a tomar. Há 72 igrejas adventistas num raio de 48 km de minha cidade natal. Assim, a questão não era ir ou não à igreja, mas, sim, a qual igreja ir.

Com tal abundância de igrejas próximas, às vezes, é difícil não se sentir como se você estivesse num shopping center. Muitas pessoas gastam bastante tempo e esforço para “comprar” a igreja certa. Que igreja tem o grupo de jovens mais atrativo? Os sermões são relevantes para minha vida? O estilo de música dessa igreja combina comigo? Ele abastece minha vida?

Alguns são ainda mais minuciosos. Assistem à escola sabatina numa igreja, depois partem para outra a fim de ouvir um incrível grupo musical, e depois ainda vão para outra a fim de ouvir um pastor famoso pregar a Palavra de Deus. E não se esqueça de que ainda tem outra igreja onde o almoço é melhor! No fim do dia, você foi abençoado com ótima música, um poderoso sermão, e nutrição física. Mas o que você deu de si mesmo?

Conquanto não haja absolutamente nada de errado em explorar as opções para encontrar a “melhor” igreja, precisamos nos lembrar do que a adoração envolve. Como seres humanos, é natural que busquemos o que satisfaz nossas necessidades. Mas quando adoramos, o foco não está nem em nós nem no que podemos “obter da igreja”. Ao contrário, a adoração tem que ver com Deus. Tem que ver com venerar o único Ser digno de louvor – o Deus Onipotente que cuida de nós.

Quando adoramos o Senhor, estamos simplesmente devolvendo o tempo e os talentos com os quais Ele nos abençoou. É nosso dever e privilégio usar o que Deus nos deu para servi-Lo, honrá-Lo e louvá-Lo. Ele nunca Se esqueceu de nós, portanto, não podemos nos esquecer dEle em nossa adoração.

Ao estudar a lição desta semana sobre adoração e dedicação em Números 7 e 8, lembre-se de Quem é o seu foco.

Mãos à Bíblia

No santuário do deserto, os sacrifícios se concentravam no altar de ofertas queimadas. Construído de madeira de acácia revestida de bronze, o altar ficava dentro do pátio, próximo à entrada do santuário de dois compartimentos.

1. Leia Números 7. Que pensamentos vêm à sua mente ao ler sobre as ofertas dadas durante essa cerimônia solene? Que lição espirituais desse relato podem ser aplicadas a nós? Por exemplo, onde você vê representada a cruz?

“Os sacrifícios foram explicitamente planejados pelo próprio Deus a fim de ensinar essa grande e importante verdade de que só pelo sangue de Cristo há perdão de pecados” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 107).

Lisa Takahashi | Hiroshima, Japão

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