sábado, 21 de maio de 2011

Roupas de esplendor - Resumo Semanal - 21/05/2011 a 21/05/2011

Vestes de esplendor
Resumo semanal - 15/05/2011 a 21/05/2011


Michelson Borges
Jornalista, mestre em Teologia
Editor de livros na Casa Publicadora Brasileira



Richard Davidson escreveu o artigo “The good News of Yom Kippur” (disponível aqui: http://www.andrews.edu/~davidson/Publications/Sanctuary/good_news_of_yom_kippur.pdf). No texto, ele argumenta que, no Dia da Expiação ou de um grande reavivamento nacional, os judeus trocavam as vestes e não usavam joias. Referindo-se a esses eventos importantes, o livro de Levítico usa a expressão “afligir a alma”, com o sentido de se humilhar. Esse ato era posto em prática por meio da mudança de vestes, do jejum e da retirada dos adornos. Estamos vivendo, desde 1844, o Dia da Expiação antitípico. Como devemos demonstrar nossa humildade perante Deus? Como devemos “afligir a alma” nestes dias solenes? Tenha isso em mente enquanto avançamos no estudo da lição desta semana.



O verso para memorizar revela a fonte do verdadeiro prazer e da alegria, mesmo deste lado da eternidade: “É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu Deus! Pois Ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça, qual noivo que adorna a cabeça como um sacerdote, qual noiva que se enfeita com joias” (Is 61:10, NVI).



O ser humano encontra verdadeiro e duradouro prazer somente quando vive ligado à fonte da alegria: Deus. Note que, em Gálatas 5:22, Paulo afirma que a alegria (e os demais gomos do fruto) pertence ao Espírito Santo. Portanto, somente quando permitimos que Ele habite em nós é que temos verdadeira alegria.



No livro Deus em Questão – C.S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida, o psiquiatra e professor de medicina em Harvard Armand M. Nicholi Jr. contrapõe as ideias de dois gigantes intelectuais do século 20, Freud e Lewis. No capítulo “Felicidade: qual é a fonte dos maiores prazeres da nossa vida?”, ele diz que, segundo Lewis, o propósito primeiro da nossa vida – razão da nossa existência neste planeta – é restabelecer o relacionamento com a Pessoa que nos colocou aqui. “Enquanto esse relacionamento não for restabelecido, todas as nossas tentativas de conquistar a felicidade – nossa luta por reconhecimento, por dinheiro, pelo poder, pelo casamento perfeito ou pela amizade ideal, tudo que buscamos por toda a nossa vida – jamais serão suficientes, nunca podendo satisfazer inteiramente o desejo, nem preencher o vazio, acalmar a ansiedade, ou nos fazer felizes. Lewis explica que ‘Deus designou a máquina humana para funcionar movida por Ele mesmo. [...] Deus não pode nos dar felicidade e paz à parte de Si mesmo, porque ela não está aí’” (p. 117).



Isaías foi um dos muitos instrumentos que Deus usou na história para dizer aos seres humanos que a vida sem Ele não é vida. Por mais de quatro décadas o profeta pregou e escreveu sobre os planos do Criador e transmitiu sérias advertências a uma geração que se corrompia, a começar por seus reis. Assim, em meio a duras repreensões de um Deus “desesperado” para salvar, encontramos também textos como este: “Sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil e te guia pelo caminho em que deves andar” (Is 48:17).



Mas o que fazer para andar nos caminhos de Deus? Como alcançar a salvação? Esse é o ponto. Primeiramente, é preciso reconhecer que somos pecadores carentes da graça de Deus; que sem Ele nada podemos fazer. Estamos despidos – ou, no máximo, trajando trapos imundos – e chafurdando na lama do pecado e da vergonha. É nessa condição miserável que precisamos aceitar o oferecimento das vestes gloriosas da justiça, as quais não contêm um fio sequer de tessitura humana. São vestes providas por Jesus, alvejadas em Seu sangue remidor. Você aceita essa roupa? Você quer ser feliz?



Não tragam mais sacrifícios inúteis


A lição de hoje chama a atenção para o perigo de nos acostumarmos à religião ou de adotarmos uma prática religiosa tradicionalista, formal. A geração de Isaías tinha ouvido falar das maravilhas operadas por Deus na vida de seus antepassados. Eram geneticamente judeus, mas onde estava a experiência deles com o Senhor? Não basta pertencer a um povo, a uma igreja e professar a mesma fé dos antepassados. Cada um precisa ter sua experiência pessoal com Deus, do contrário, a religião degenerará em práticas vazias e, pior, constituirá um testemunho negativo para aqueles que observam e estão na fase da decisão.



Nos capítulos 1 a 5 de seu livro, Isaías descreve em tintas vivas a situação do povo que se afastou de Deus. Os versos 5 e 6 do capítulo 1 talvez sejam a descrição mais evidente (e nojenta!) da situação a que pode chegar um ser humano afundado no pecado: ele se torna uma ferida viva e purulenta. A certa altura, o profeta compara a nação a Sodoma e Gomorra, aquelas cidades que, segundo historiadores, mantinham a tradição de aprisionar os forasteiros e praticar estupro coletivo em praça pública. Se esses viajantes incautos não morressem violentados, poderiam sair livres. De que valiam os sacrifícios oferecidos por um povo como esse? De que valiam as práticas religiosas, se o coração estava tão longe de Deus? É mais ou menos como boa parcela do povo brasileiro que, no Carnaval, pratica todo tipo de perversidades e, depois, tenta se “santificar” frequentando serviços religiosos ou se penitenciando.



A solução está no arrependimento e na confissão seguida da disposição de mudar de vida (conversão). “Cessai de praticar o mal, aprendei a fazer o bem! [...] Mesmo que os vossos pecados sejam como escarlate, tornar-se-ão alvos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã” (Is 1:16, 18, BJ).



No capítulo 3, Isaías desfere um golpe na vaidade e frivolidade daquelas mulheres judias: “Naquele dia o Senhor arrancará os enfeites delas: as pulseiras, as testeiras e os colares; os pendentes, os braceletes e os véus, os enfeites de cabeça, as correntinhas de tornozelo, os cintos, os talismãs [caixinhas de perfume] e os amuletos; os anéis e os enfeites para o nariz; as roupas caras, as capas, as mantilhas, e as bolsas; os espelhos, as roupas de linho, as tiaras e os xales” (Is 3:18-23, NVI).



De fato, a vaidade doentia e a preocupação excessiva com a beleza exterior não combinam com aqueles que estão caminhando para outra pátria e que pertencem a um reino em que se valoriza mais o ser do que o ter. No artigo “Importa realmente o que vestimos?” (disponível aqui: http://michelsonperguntas.blogspot.com/2010/10/importa-realmente-o-que-vestimos.html), a pedagoga Débora Tatiane Borges cita a recomendação paulina: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31), e acrescenta: “Esse deve ser o princípio áureo de quem quer agradar a Deus. Tudo o que fizermos – inclusive o vestuário que usamos – deve glorificar a Deus. Na Bíblia, encontramos ainda outras preciosas orientações com relação à roupa que glorifica ao Criador: ‘As mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro ou pérolas, ou vestuário dispendioso’ (1Tm 2:9). ‘Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário’ (1Pe 3:3). Deus é glorificado quando nossa roupa não chama a atenção para nós mesmas(os) e nos apresenta apenas como vasos de barro, contendo valioso tesouro. É claro que isso não é válido somente para as mulheres. Foi o contexto da época que fez com que os apóstolos Pedro e Paulo assim escrevessem. Já ouvi muitos dizerem que não importa o que vestimos, o importante é o que vai no coração. Mas, com certeza, o que vai no coração também se revela em nosso exterior. Até nossa personalidade pode ser avaliada, em parte, através daquilo que vestimos. A roupa que usamos demonstra a forma pela qual queremos que os outros nos vejam. E esta é a questão crucial. Se já não sou mais eu quem vive e Cristo vive em mim, como será minha roupa? Quero que me apreciem e me achem atraente, bonita(o), sedutora(o), ou quero que, ao me olharem, vejam a simplicidade, modéstia, decência, asseio e bom gosto que eram vistos em Jesus?”



Em resumo, falando por intermédio de Seu profeta, Deus condena a religiosidade vazia, superficial e a futilidade de uma vida centrada em si mesma, guiada pelas condescendências pecaminosas. A solução para isso é o reavivamento e a reforma produzidos pela oração e pela leitura devocional da Palavra de Deus. Somente assim nossos “óculos espirituais” serão ajustados e seremos capazes de ver nossa situação de desamparo e a mão do Pai estendida em nossa direção.


Lábios impuros


Para compreender quem e como é Deus teríamos que ser capazes de compreender o Criador e de oferecer uma explicação satisfatória do Seu Ser Divino, e isso é completamente impossível. O finito não pode compreender o Infinito. “Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-poderoso?” (Jó 11:7) Essa pergunta de Zofar tem a força de uma vigorosa negativa. Fora da revelação de Deus em Seus atributos, não temos absolutamente nenhum conhecimento do Seu Ser Divino e ainda assim nosso conhecimento está sujeito às limitações humanas.



Em 1997 foi publicado no Brasil um livro do jornalista Jack Miles: Deus, Uma Biografia. Nele, o autor analisa Deus como personagem literário, evitando as questões de fé. É exatamente aí que Deus, Uma Biografia encontra suas limitações. À página 25, Miles diz: “Os leitores céticos poderão perguntar, evidentemente, se não haverá, mesmo numa época secular, alguma distorção em tentar compreender Deus nos termos que utilizamos para compreender seres humanos. Robert Alter escreveu a esse respeito: ‘Pouco se ganha, acredito, ao conceber o Deus bíblico [...] como um personagem humano – petulante, teimoso, arbitrário, impulsivo ou o que seja. O que os autores bíblicos repetem todo o tempo é que não se pode entender Deus em termos humanos’.” “Mas Alter exagera”, continua Miles. “Uma das primeiras afirmações que todo escritor bíblico faz sobre Deus é que a humanidade é a imagem de Deus – um inconfundível convite a atribuir algum sentido a Deus em termos humanos.”



De fato, o homem é a “imagem e semelhança” de Deus. No entanto, essa imagem e semelhança acabaram sendo desfiguradas pelo pecado. Portanto, é impossível estudar a Bíblia e Deus sem levar em conta o pano de fundo do grande conflito cósmico entre o bem e o mal e a consequente queda do homem. Em toda a Escritura vemos um Deus de amor em busca de Seus filhos errantes. Uma busca que não mede esforços. Por vezes, Deus Se vê “obrigado” a utilizar a própria linguagem humana (até a da violência) a fim de Se fazer entender, mesmo correndo o risco de ser mal-entendido (como efetivamente o foi e continua sendo, muitas vezes).



Utilizando-Se de homens e mulheres santos, Deus concedeu à humanidade vislumbres de Sua pessoa e caráter. O suficiente, pelo menos, para que pudéssemos entender e compreender Seu plano para o Universo e para nossa vida. Vários personagens bíblicos tiveram a chance de vislumbrar Deus. Alguns até tentaram descrevê-Lo, embora fique claro, pela leitura dos textos, que a linguagem humana frequentemente encontra limites nesses casos. Consideremos os exemplos de Isaías (6:17), Ezequiel (1:26-28; 2:1), Daniel (7:9 e 10) e João (Ap 1:12-17). Além da linguagem profundamente simbólica, esses quatro textos têm outros elementos em comum: (1) Deus é, sem sombra de dúvida, um Ser pessoal. (2) Seu aspecto é glorioso, resplandecente. (3) Diante de Sua majestosa e pura presença, o homem percebe toda a sua pecaminosidade e impureza. (4) Em Seu amor e carinho, Deus perdoa e restabelece as forças dos profetas.



No caso específico de Isaías, por fazer parte de um contexto tão pecaminoso (como vimos na lição de ontem), o profeta se sentiu impuro diante do Puro. “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios” (Is 6:5). Assim se sente (e deve se sentir) todo ser humano que se aproxima de Deus. Leia o livro Santificação, de Ellen G. White, para perceber que, de fato, quanto mais próximos estamos de Deus, mas carentes de Sua graça nos sentimos. Deus pode encher somente o copo que está vazio – vazio de si mesmo, vazio de orgulho e de justiça própria. A esses humildes e contritos Deus concede poder e transforma em instrumentos de salvação.



Quando os lábios de Isaías foram simbolicamente tocados pelo fogo purificador do altar, seus pecados foram perdoados e ele foi habilitado a ser a “boca” do Senhor. O mesmo aconteceu com Jeremias (Jr 1:9). Depois desse encontro com Deus; desse encontro purificador com a fonte da alegria, Isaías se ofereceu: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8). A conversão leva ao desejo de testemunhar. A pessoa que recebe Cristo na vida e encontra a paz do perdão não consegue guardar isso somente para si.



Você sente prazer em falar de Jesus a outras pessoas? Sente-se indigno para isso? Que tal pedir que o Senhor o purifique com o fogo do altar? Depois dessa experiência, tenho certeza de que você não mais conseguirá ficar calado.



Vestes que não duram

Roupa spray, já ouviu falar disso? O Fabrican (“tecido em lata”) foi invenção do designer espanhol Manel Torres com a colaboração técnica e científica do Imperial College e do Royal College of Art de Londres. Segundo a revista Galileu, o material dentro da lata é formado por fibras de algodão, polímeros (substâncias plásticas para dar liga e “colar” as fibras) e solventes que mantêm tudo em estado líquido para ser espirrado no corpo. Depois que a mistura atinge o corpo e ganha sua forma, começa a secar rapidamente. Em cerca de 15 minutos, a nova roupa está pronta. Prática, mas será que é resistente?



Os esforços humanos em busca da perfeição sem Deus parecem práticos e lógicos à primeira vista: não faça isso, faça aquilo; não coma isso, coma aquilo; não vista isso, vista aquilo; etc. Fazer, comer e vestir são, sim, aspectos importantes de nossa vida cristã. Mas devem ser o resultado de já estarmos vestidos com o manto da graça de Cristo. Devem ser consequência e não causa da nossa justificação/santificação. Não podemos “maquiar” nossa situação com um tipo de cobertura spray instantânea. Precisamos reconhecer que o manto da justiça divina vem do alto e não de dentro de uma lata que carregamos na bolsa da justiça própria.



Em Isaías 51:6-8 é dito que a Terra “se desgastará como uma veste” (BJ) e que a traça devorará os homens maus. Novamente a figura das vestes é invocada para contrastar a solução de Deus (“a Minha salvação será eterna” e a “Minha justiça durará para sempre”) com os remendos humanos, roupas instantâneas que cobrem apenas o exterior, mas não refletem a condição interior.



“O Senhor está nos mostrando as duas únicas opções dos seres humanos: destruição e morte eterna, ou vida eterna na nova Terra, que não ‘envelhecerá como um vestido’ (v. 6), mas permanecerá para sempre. De Adão e Eva no Éden até o dia da vinda de Cristo, esses têm sido e permanecem como os dois destinos finais de toda a humanidade. Eles também são mutuamente exclusivos, o que significa que só se pode ter um ou outro. Somente nós, como indivíduos, podemos tomar uma decisão a respeito de qual desses destinos será nosso”, diz a lição.



O que você prefere? A capa eterna da justiça de Deus e a promessa de viver para sempre, ou os esforços humanos e suas frágeis roupas spray, que finalmente se mostrarão inúteis e serão descartados?



Em seu livro Deus em Questão, o psiquiatra Nicholi registra o seguinte pensamento do ex-ateu C. S. Lewis: “‘Nós temos muita diversão e algum êxtase’, mas eles jamais chegam a satisfazer completamente nossa nostalgia. Deus reserva para nós ‘a felicidade definitiva e a segurança que todos nós desejamos’. Do contrário, diz Lewis, ‘pensaríamos que este mundo é nosso lar, e não um lugar em que nos encontramos de passagem’” (p. 117).



Vista sua capa de peregrino (nada de pijama) porque seu lar não é aqui!



Vestes de esplendor


Em seu polêmico livro Deus, um Delírio, o biólogo ateu Richard Dawkins chama o Deus bíblico de “misógino”, “homofóbico”, “racista”, “infanticida”, “genocida”, “filicida”, “pestilento”, “megalomaníaco”, “sadomasoquista” e “valentão caprichosamente malévolo”. O mesmo Dawkins afirma que os homens inventaram Deus e a Bíblia. Ele afirma também que a humanidade é inerentemente boa. Portanto, quem criou o deus de Dawkins?



Ao ler o Antigo Testamento, Dawkins comete o mesmo erro de muita gente: prende-se apenas às advertências divinas de destruição iminente e às ações drásticas de Deus, que frequentemente intervém para salvar o que resta de uma humanidade corrompida. Mas leitores apressados como ele se esquecem das muitas chances concedidas por Deus e das grandes manifestações de perdão (como ocorreu com Nínive, por exemplo). A lição chama isso de “leitura seletiva”. “Repetidas vezes, em meio a advertências, o Senhor oferece uma saída para escapar da destruição. Sim, rebelião e desobediência trazem os frutos da destruição. Mas o Senhor sempre apela ao Seu povo, dizendo que isso não precisa acontecer, porque à nossa disposição estão salvação, justiça e segurança. Só precisamos suplicá-las em nome do Senhor.”



No capítulo 52 de Isaías, há o convite de Deus para o arrependimento do povo. Ali Ele os orienta a vestir “roupas de esplendor” (v. 1, NVI). Segundo a lição, “as ‘roupas de esplendor’ são as vestes de justiça, a cobertura concedida a todos que se renderam ao Senhor e que vivem pela fé e obediência aos Seus mandamentos. Isso nunca foi complicado: desde o Éden, tudo o que Deus pede de Seu povo é que viva pela fé, em obediência a Ele”.



E mais: “O que é fascinante sobre Isaías 52 é como ele termina e o que vem a seguir. Não é coincidência que, logo depois de chamar o povo a colocar as ‘roupas de esplendor’, Isaías entra na maior descrição profética do Antigo Testamento sobre a morte substitutiva de Jesus, o próprio ato que tornou as ‘roupas de esplendor’ disponíveis para todos os que as procuram. Somente através da vida e morte de Cristo, e tudo o que isso envolve, a humanidade poderia ser salva da ruína que o pecado trouxe.”



O deus de Dawkins é um personagem fictício nascido do ódio que ele nutre contra qualquer tipo de religião. O Deus da Bíblia é um Ser de amor; o único Deus que tem cicatrizes; o único Deus que caminhou com Seus filhos, no jardim do Éden, antes do pecado, e nas estradas empoeiradas da Palestina. O Deus da Bíblia é transcendente e imanente – é Jesus Cristo, aquele que foi despido para nos vestir, e morreu na cruz para nos dar vida eterna.



As vestes da salvação

Chega a ser emocionante ver Jesus na sinagoga, lendo Isaías 61 e aplicando o texto a Si mesmo, conforme o relato de Lucas 4:16-21. Ellen White comenta: “A providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é colocada ao crédito de toda pessoa crente. As vestes, preciosas e sem mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e crente, e ele poderá dizer: ‘É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu Deus! Pois Ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça, qual noivo que adorna a cabeça como um sacerdote, qual noiva que se enfeita com joias’” (Is 61:10; Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 394).



A lição explica que “o verbo traduzido por ‘se adorna’ vem de uma palavra hebraica que significa ‘fazer o trabalho de um sacerdote’, uma profecia da compreensão da Nova Aliança, de todo o povo de Deus, vestido com as vestes da salvação, atuando como ‘sacerdotes’. Eles atuam, não como mediadores como foram os sacerdotes do Antigo Testamento, nem como Jesus, porém, mais no sentido de testemunhar aos outros sobre a misericórdia, graça e salvação de Deus.”



No ano passado, tive o prazer de pregar a Palavra e apresentar uma palestra na Igreja Adventista de Itapira, SP. Depois do culto, minha família e eu participamos com os irmãos do tradicional “junta-panelas” ou almoço em comunidade. Por alguns minutos, mantive agradável conversa com o senhor Kaoro Fujihira, de quase 90 anos. Kaoro veio do Japão para o Brasil quando tinha seis anos de idade, em 1928. A família dele se estabeleceu em Sete Barras, no Vale do Ribeira, e, em 1960, mudou-se para Itapira. Em 1965, Kaoro recebeu um folheto que tratava da profecia de Daniel 8:14, e o texto lhe chamou a atenção. Ele procurou os adventistas na cidade e eles o puseram em contato com o pastor Tosaku Kanada, de São Paulo. O pastor Kanada passou a visitar os Fujihira com frequência e a ministrar estudos bíblicos para a família. Da Capital até Itapira, eram cerca de 190 km de ônibus e até a chácara em que a família morava eram mais cinco quilômetros a pé, que o pastor Kanada percorria animado. Depois de alguns meses de estudos bíblicos, Kaoro foi batizado. Em seguida, foi a vez do filho, Gentil Massanaho (hoje ancião da igreja de Itapira). A esposa de Kaoro, Yasuko (atualmente com 83 anos), levou algum tempo mais para abandonar o Budismo, mas finalmente aceitou Jesus como seu Salvador.



Com voz firme e olhar seguro – sem contar a vitalidade e a mente perfeitamente lúcida –, o senhor Kaoro me disse que é muito feliz por ter encontrado a mensagem adventista e as verdades bíblicas. Ele atribui muito do vigor físico de que desfruta ao vegetarianismo que adotou logo após a conversão.



Em 1994, ele visitou Tóquio, no Japão. Além de conhecer outros parentes, teve a alegria de pregar na igreja adventista central de lá e contar sua história de conversão.



Carla Naomi é neta de Kaoro, tem 19 anos e estudou no Unasp durante os ensinos fundamental e médio. Para ela, é “um privilégio ter nascido adventista”. O irmão de Carla se chama Ricardo Tamotsu Ogawa e nasceu em 8 de fevereiro de 1989.



Enquanto eu me despedia dos irmãos de Itapira, após a palestra da tarde, o irmão Kaoro veio até mim, segurou firmemente minha mão, olhou-me nos olhos e, com um sorriso, disse: “Vamos continuar sendo crentes de verdade, na Verdade.” Devolvi o sorriso e disse: “Amém!”



O que Deus tem feito por três gerações da família Fujihira, Ele quer fazer também na sua vida. Você aceita as vestes de salvação que hoje Ele lhe oferece?



Michelson Borges, jornalista e mestre em teologia, é editor na Casa Publicadora Brasileira

Marcadores: , , , ,

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Roupas de esplendor - 20/05/2011 a 21/05/2011

Sexta, 20 de maio

Opinião

Dissipando o engano do diabo


A Igreja hoje está enfrentando um problema – seus jovens adultos estão se tornando mais parecidos com o mundo. Muitos deles simplesmente não têm uma vida espiritual. Isso é evidente em seu comportamento, nas companhias que escolhem, nos lugares que frequentam, na imoralidade sexual com a qual estão envolvidos, nas brincadeiras ociosas e na maneira de se vestir. Se escolhermos permanecer vestidos de nossa natureza pecaminosa, negamos a Cristo. É quase como se estivéssemos envergonhados de estarmos no exército de Deus e dividirmos Seu amor e bondade com os outros. E ainda nos admiramos que o Senhor não tenha voltado!

Muitas vezes nós, que alegamos ser filhos de Deus, ainda permanecemos na beira do caminho, teimosos, obstinados, esperando para criticar os outros, não nos dando conta de que estamos agindo pelo espírito de Satanás. Essas ações não são características de estarmos completamente vestidos com as vestes da salvação oferecidas por Deus. Quando nos damos conta de que somos pecadores, salvos pela graça, quando pedimos que Deus nos vista, trocando nossas vestes e nos cobrindo com o manto da justiça, só então sentiremos compaixão pelos que estão sofrendo no pecado.

Para mim, ser vestido com vestes de esplendor e glória deveria ser algo bem mais importante aos olhos de todos. Apenas imagine um exército de soldados no campo de batalha usando roupas comuns. A destruição que o inimigo poderia causar nesse caso seria catastrófica. Soldados usam equipamentos de proteção, para resistirem aos ataques do inimigo bem como para serem distinguidos dele. Semelhantemente, precisamos ser vestidos de forma que nos possibilite resistir ao diabo, bem como ser identificados com Cristo. Para sermos vestidos com as vestes de Cristo, precisamos morrer diariamente para o pecado e submeter nossa vontade totalmente a Ele. Quando estamos completamente vestidos nessas roupas de esplendor, temos um desejo ardente de dividir as boas novas da salvação com todos aqueles com quem entramos em contato. O nosso andar, falar e olhar darão oportunidades para falarmos aos outros a respeito de como eles também poderão usar vestes de glória.

Mãos à obra


1. Investigue o custo de um casamento. Inclua o custo das flores, convites, enfeites para a festa, recepcão, etc. Como os dígitos que você descobriu se comparam ou contrastam com o preço que Cristo pagou pelo manto da justiça que Ele oferece a nós?
2. Componha uma música com as palavras de Isaías 61:10.
3. Escreva “instruções de cuidado” para manter a pureza do manto da justiça de Cristo, uma vez que alguém a tenha aceitado.

Troy Clarke – Kingston, Jamaica

Marcadores: , , ,

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Roupas de esplendor - 19/05/2011 a 21/05/2011

Quinta, 19 de maio

Aplicação
Roupas deslumbrantes


Nós nos vestimos diariamente e incluímos acessórios para adicionar beleza e objetivo às nossas roupas. Infelizmente, na vida espiritual, muitas vezes nos vestimos com roupas artificiais que prejudicam nosso relacionamento com Deus. Paulo nos adverte que também precisamos de vestes espirituais, porque não estamos lutando com homens, mas com reinos e poderes de mal.

O diabo tenta nos impedir de usar nossas vestes espirituais. Contudo, em Efésios 6:10-18, Paulo nos encoraja a nos vestir com toda a armadura de Deus.

Esta armadura inclui as seguintes partes:

Verdade e justiça. Nossa vida precisa ser um testemunho constante da verdade e justiça de Deus. Como o que você compra, especialmente em se tratando de roupas, testifica a respeito de seu relacionamento com Deus?

Missão. Jesus nos diz em Mateus 28:18-20 que precisamos fazer discípulos de todas as etnias e línguas. Nós somos comissionados a contar a todo o mundo sobre Seu amor e a salvação que Ele oferece. Que efeito nossa aparência tem em nossas palavras e ações? Nossas palavras e ações atraem pessoas a Cristo? Ou as afastam?

Fé. Mesmo se ela for tão pequena quanto um grão de mostarda, pode fazer grandes coisas. Quando usamos o escudo da fé, somos capazes de permanecer contra as mentiras do diabo. Duvidar de Deus é abaixar o escudo (fé), que dá ao diabo um alvo perfeito.

Salvação e o Espírito Santo. Consagração diária a Cristo é fundamental. É essa renovação diária da mente e coração que muda nossa percepção do mundo e como reagimos a ele. O texto do 2 João 2:15 nos diz para não amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Quando nos unimos a Cristo, nos esquecemos do mundo e das coisas que nos separam de Cristo.

Nenhum conjunto está completo sem os acompanhamentos. Paulo nos adverte para orarmos sempre. Em 1 Tessalonicenses 5:17, ele nos diz para orarmos sem cessar.

A oração é a nossa linha de conexão com Deus, e não deveria ser jamais cortada.

Mãos à Bíblia


6. Quais são os temas de Isaías 61? Quais desses temas são selecionados e explicados no Novo Testamento? Veja, por exemplo, o verso 10. Como o evangelho é apresentado nesse capítulo?

7.
Que promessas você pode tirar de Isaías 61? Como aplicar essas promessas na prática? O que precisamos mudar para receber essas promessas?

Camille Morris – Kingston, Jamaica

Marcadores: , , ,

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Roupas de esplendor - 18/05/2011 a 21/05/2011

Quarta, 18 de maio

Testemunho
Comerciante celestial


“O grande Redentor Se representa como um comerciante celeste carregado de riquezas, indo de casa em casa, apresentando Suas inapreciáveis mercadorias (Ap 3:18). […]

Não podemos providenciar uma veste de justiça para nós mesmos, pois o profeta diz: ‘todas as nossas justiças [são] como trapos da imundícia’ (Is 64:6). Nada há em nós de que possamos revestir a alma de maneira que não apareça a sua nudez. Devemos receber a veste da justiça tecida no tear do Céu, isto é, o imaculado vestido da justiça de Cristo” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação [MM1962], p. 348).

“A veste nupcial é a justiça de Cristo e representa o caráter daqueles que serão aceitos como convidados para as bodas do Cordeiro. Todos aqueles que transgrediram a lei, que cometeram pecado, não podem encontrar propriedades salvadoras na lei que os condena, mas Cristo Se tornou o portador do pecado para o mundo todo. João diz: ‘Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo’ (IJo 2:1, 2). Todos aqueles que recebem a Cristo como seu Salvador pessoal renderão seus passos à Sua vontade e Seus caminhos. Eles lançarão seus pecados sobre Ele e se regozijarão na justiça de Cristo a eles imputada. Eles sabem o que significa ter as vestes trocadas. ‘Contudo, aos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. […] Todos recebemos da Sua plenitude, graça sobre graça’ [Jo 1;12, 13, 16]. ‘Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele’ (Jo 3:36; Ellen G. White, The Youth’s Instructor, 21 de outubro de 1897).

Mãos à Bíblia


Ao ler o Antigo Testamento, a tendência é sempre ficar preso a todas as advertências de destruição iminente. Mas, repetidas vezes, em meio a advertências, o Senhor oferece escape da destruição.

5. Qual é a mensagem de Isaías 52? Que esperança é oferecida? Qual é o significado dessas “roupas de esplendor” (v. 1) que as pessoas são instruídas a vestir?

Roger Davis – Kingston, Jamaica

Marcadores: , , ,

terça-feira, 17 de maio de 2011

Roupas de esplendor - 17/05/2011 a 21/05/2011

Terça, 17 de maio

Exposição
Boa aparência


“A vestidura branca é a pureza de caráter, a justiça de Cristo comunicada ao pecador. Esta é na verdade uma vestimenta de textura celeste, que somente pode ser comprada de Cristo...” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 88).

Uma história de roupas (Gn 3:7, 8, 21). As roupas se tornaram importantes quando Adão e Eva se renderam às tentações de Satanás. Quando comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal, seus olhos revelaram a si próprios sua nudez. O pecado iguala a nudez tanto no nível físico como no espiritual. Com vergonha de sua nudez, eles costuraram folhas de figueira para se cobrirem. Embora Deus tivesse pronunciado julgamento sobre eles, Ele foi misericordioso. Deu-lhes outra chance para a vida eterna. Gênesis 3:21 nos conta que Ele lhes fez roupas de pele de animais. Isso nos mostra que Deus está no comando para nos vestir apropriadamente. Adão e Eva fabricaram as primeiras roupas, mas Deus os vestiu com roupas adequadas. Essas vestimentas “eram um lembrete constante de sua inocência perdida, da morte como salário do pecado e do Cordeiro Prometido que iria, através de Sua morte substitutiva, tirar os pecados do mundo. Ele [Adão], a quem tinha sido confiado o cargo de protetor da criação animal, se encontrou agora tristemente tirando a vida de um deles. Eles precisaram morrer para que ele pudesse viver (The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 235.)

Ao se vestirem, Adão e Eva procuraram se salvar; mas eles não puderam. Somente as vestes de salvação e justiça de Deus poderiam fazer isso.

Vestes de esplendor (Is 61:10; Lc 4:16-29; Ef 6:11-17). As vestes de esplendor são características espirituais que precisamos desenvolver. Essas características removem o orgulho e louvam ao nosso Salvador. Isaías 61:10 nos diz que estamos vestidos com salvação e justiça. Quando Jesus vive em nós, refletimos Seu amor, graça, salvação e muito mais. Quando usamos essas vestes de esplendor, o mundo sabe que somos dEle.

Efésios 6:11-17 afirma que somos chamados para vestir toda a armadura de Deus. A armadura de Deus consiste em verdade, justiça, prontidão, fé, salvação e o Espírito Santo. Com essa armadura, podemos resistir às investidas de Satanás. Com ela, nosso caráter é aperfeiçoado e seremos capazes de permanecer firmes por Cristo.

Quando alguém vai para uma “balada”, se veste de uma certa forma. Quando alguém vai a um restaurante caro, se veste de acordo. Quando alguém caminha com Jesus, tem certa aparência. Quando as pessoas nos veem e nos ouvem, elas deveriam ser capazes de afirmar que andamos com Jesus. Todo nosso ser deveria ser uma testemunha. O próprio Jesus deixou um exemplo para nós. Lucas 4:16-20 nos diz que, quando Ele estava na Terra, as pessoas se maravilhavam com Suas palavras e comportamento. De fato, seus olhos estavam fixos nEle.

Recebendo vestes de esplendor (1Sm 16:7; Is 3:18-23; 1Jo 2:15). Nos dias de hoje, a moda está em alta na agenda do mundo. No entanto, a moda oferece muitos estilos inapropriados. Deus tem algo melhor para oferecer – vestimentas que nos cobrirão espiritualmente. Isaías 3:18-23 nos mostra como um dia Deus tirará de nós tudo o que nos causa tanto orgulho, incluindo nossas roupas e acessórios caros. 1 Samuel 16:7, nos diz que o Senhor não nos vê do modo como nós enxergamos. Enquanto admiramos a aparência exterior de uma pessoa, Ele olha para o coração.

Como mordomos de Deus, temos a responsabilidade de retratar a Cristo fielmente. Não devemos fazer da beleza exterior nosso foco principal. Ao contrário, devemos nos concentrar em nossa beleza interior, desenvolvendo as qualidades de nosso Salvador. Essas qualidades serão refletidas na escolha de nossos trajes exteriores.

Fomos chamados para ser pessoas espirituais, que pensam, sentem e agem em harmonia com os princípios do Céu; mas, por causa do pecado, às vezes vamos no sentido exatamente contrário a isso. Porém, existe esperança. Deus providenciou vestimentas de esplendor para nós. Para que o Espírito Santo recrie em nós o caráter de Cristo, devemos nos envolver com o que produzirá pureza semelhante. Nossa beleza não deveria consistir em um estilo exterior, mas no estilo imperecível de um espírito gentil e calmo.

O texto do 1 João 2:15 nos encoraja a não amarmos o mundo ou as coisas que nele há. O mundo não pode nos salvar. Vamos aceitar e conservar as vestes de esplendor dadas a nós pelo nosso Salvador.

Pense nisto


1. O que você acha de pessoas que não demonstram importância ao seu visual exterior, mas afirmam estar conectadas espiritualmente?
2. Por que é tão difícil as pessoas aceitarem as vestes de esplendor que Deus quer dar, mas é tão fácil aceitar roupas de grife?
3. Pense em ambos os seus “guarda-roupas”: o físico e o espiritual. Como eles se assemelham/contrastam um com o outro? Qual armário está mais repleto e por quê?

Mãos à Bíblia


4. Leia Isaías 51:6-8. Que mensagem o Senhor está trazendo ao povo? Que contrastes são apresentados? Que esperança é oferecida?

Uma roupa pode ser danificada ou desgastada facilmente. Basta um pequeno descuido, e as melhores e mais ricas vestes podem ser arruinadas. Que paralelo apropriado para este mundo e as pessoas que nele vivem! Quão depressa passamos por aqui e quão depressa vamos embora!

No entanto, a vestimenta da justiça de Cristo é a única que traz salvação. Nesse ponto, o Senhor nos mostra as duas únicas opções dos seres humanos: destruição e morte eterna, ou vida sem fim em uma nova Terra, que não “envelhecerá como um vestido” (Is 51:6), mas permanecerá para sempre.

Andre-Paul Wright e Dian Bailey – Kingston, Jamaica

Marcadores: , , ,

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Roupas de esplendor - 16/05/2011 a 21/05/2011

Segunda, 16 de maio

Evidência
De imundo a limpo


As palavras são frequentemente usadas em diversos idiomas com diferentes significados. O grego para esplendor, lamprotita ou lampsi, refere-se a “brilho”, “resplendor” ou “luminoso”, que é semelhante a luz. Em hebraico, indica “magnificente” ou “glorioso”. O hebraico e o grego para vestuário significam um tecido que envolve como um manto. Vestes de esplendor indicam roupas que envolvem em brilhante luz. Cristo nos convida para aceitarmos essas vestes de esplendor que Ele fez para nós. Mas por que precisaríamos dessas vestes?

Tornou-se necessário sermos vestidos para que pudéssemos esconder a vergonha de nossa nudez quando Adão e Eva pecaram e perderam suas vestes de inocência (Gn 3:10, 11). Desde então, temos tentado nos cobrir com muitos outros tipos de vestes temporárias (Gn 3:21).

Mas Jesus nos oferece vestes que não se desgastam ou se tornam fora de moda. No Calvário, Jesus pagou o preço para que pudéssemos ser revestidos de Sua glória. “Não dê ouvidos à sugestão do inimigo, de permanecer afastado de Cristo, até que você seja bastante bom para ir a Deus. Se esperar até lá, nunca você irá a Ele. Se Satanás denunciar suas vestes imundas, repita a promessa de Jesus: ‘O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora’ (Jo 6:37). Diga ao inimigo que o sangue de Cristo purifica de todo o pecado” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 205, 206).

Cristo nos oferece a veste da salvação e o manto da justiça (Is 61:10). Ele deu Sua vida para que pudéssemos usar essas roupas. Se as rejeitarmos, não teremos parte com Ele. Essa veste é essencial para cobrir nossa nudez e nos revestir em brilhante luz, uma luz que nos protegerá do mal e nos manterá fundamentados em nosso Deus.

Não podemos vestir o manto da justiça a menos que primeiro vistamos o da salvação. Ao vivermos pela justiça de Cristo, as pessoas veem uma acentuada diferença em nós e são atraídas. Também é por esse manto que podemos permanecer justos e puros diante do tribunal de Deus. Ele nos oferece essas vestes através de Seu amor.

Mãos à Bíblia


2. Leia Isaías 6:1-8. Como o profeta reagiu à visão de Deus? Por que isso é tão significativo, especialmente para nossa compreensão do plano da salvação?

3. Qual foi a solução para esse problema? Is 6:6, 7

Rohan Hall e O’Neil Gordon – Kingston, Jamaica

Marcadores: , , ,

domingo, 15 de maio de 2011

Roupas de esplendor - 15/05/2011 a 21/05/2011

Roupas de esplendor


“É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu Deus! Pois Ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça, qual noivo que adorna a cabeça como um sacerdote, qual noiva que se enfeita com joias” (Is 61:10).

Prévia da semana:
Embora todas as vestes terrestres se desgastem, o manto esplêndido de Deus traz alegria eterna, louvor e salvação. Para receber essas bênçãos, precisamos realmente vestir esse manto de salvação.

Leitura adicional: Gn 3:7, 8, 21; 1Sm 16:7; Is 3:18-23; 61:10; Lc 4:16-29; Ef 6:11-17; 1Jo 2:15. Leia também os capítulos 25 a 31 de Profetas e Reis.

Domingo, 15 de maio

Introdução
Moda para todos


Se você pudesse escolher, seria Gucci, Prada, Old Navy, Gap, Guess, Calvin Klein, ou Ralph Lauren? Ou talvez o seu estilo seja um pouco menos exigente? Daí vem os sapatos. Seriam eles Timberland, Nike, Adidas, Skechers, Pierre Dumas, Vera Wang, ou Giorgio Armani? Qualquer que seja seu estilo, todos passamos um momento ou dois admirando uma roupa que realmente tenhamos gostado, seja numa loja, em um amigo, ou usada por um estranho.

E, sim, todos nós sabemos que não é sobre “o que” está sendo usado, mas sim sobre “quem”. Existe algo de alguma forma cativante sobre o estilo de roupas, seja numa pessoa ou num manequim, que nos convence a parar por um momento. Para alguns, esse momento passa depressa. Para outros com uma mente mais criativa, pode durar mais tempo e se tornar uma obsessão.

Infelizmente, a triste realidade tem várias faces: Provavelmente não posso pagar por isso. Dificilmente fabricam do meu tamanho. Eu nunca poderia andar nesses sapatos. Provavelmente não ficaria desse mesmo jeito em mim. E a lista continua. Podem existir muitos fatores que achamos que nos “desqualificariam” de sermos os possuidores de uma determinada roupa. E, mesmo para aqueles que são capazes de obter uma desejada roupa, a satisfação não é, geralmente, longa, porque possessões materiais não oferecem felicidade duradoura.

No entanto, essa é a diferença em relação às roupas que nosso Pai celestial nos oferece. A veste da justiça de Cristo não nos custa absolutamente nada e um único tamanho veste a todos! Quão mais lógico é, então, investir na melhor qualidade de vestes que existe – uma feita no Céu e desenhada por Jesus? Ele oferece gratuitamente a cada um vestes de justiça confeccionadas manualmente. Precisamos apenas nos achegar a Ele. Então, Ele removerá nossas roupas de iniquidade e nos vestirá com o mais precioso manto. Seremos cobertos com vestes de salvação, e, independentemente do que tenhamos sido ou feito, Ele nos elevará às maiores alturas. Para as pessoas do tempo de Isaías e para nós, a pergunta é: reivindicaremos essas vestes, ou continuaremos vivendo na vergonha de nossa degradação e nudez? Ao estudar a lição desta semana, decida como você responderá a essa questão.

Mãos à Bíblia

1. Tendo como base os capítulos 1 a 5 de Isaías, que atitudes e ações das pessoas resultaram nessas advertências tão severas? Que paralelos você pode encontrar com a igreja hoje?

Lisa Munroe – Kingston, Jamaica

Marcadores: , , ,