sábado, 4 de abril de 2009

A Jornada Cristã - AMOR - Resumo Semanal - 04/04/2009 a 04/04/2009

A JORNADA CRISTÃ - AMOR
Resumo Semanal - 29/03/2009 a 04/04/2009


Pastor José Orlando Silva
Mestre em Teologia Sistemática Boa Viagem - Recife
Associação Pernambucana

I. Introdução

O Amor é a razão o meio e a finalidade da existência. Sua importância é justificada pelo conceito que define Deus de maneira objetiva e completa. A Bíblia O define simplesmente e completamente com a afirmação: “Deus é amor” (1Jo 4:8). O amor seria demasiadamente subjetivo e totalmente intangível se não fosse personificado. A possibilidade do amor ser relativo cai por terra diante da definição absoluta de Deus ser a personificação do amor.

Por essa razão, o início não poderia ter outra base a não ser o amor, motivo da criação e sustento da mesma por Deus. Diante dos conceitos-chave da fé cristã que estudaremos neste trimestre, não poderia ter outro assunto que iniciasse, porque todos os conceitos bíblicos e teológicos que virão se respaldam e se baseiam nele. O amor tem relação com o ser. Sem ele a existência nem sequer teria iniciado, e não encontraríamos razão para a vida porque ela não existiria.

O ser se revela por sua ação. E Deus Se revela ao demonstrar Sua atitude máxima do amor em Cristo. Essa manifestação revela a característica altruísta e natureza imparcial e desinteressada desse amor, que se difere totalmente do que hoje tem sido propagado e banalizado. O verdadeiro amor revelado na ação de Cristo é a essência da vida. Como Criador, Deus deixou nos seres criados a capacidade e a necessidade de amar e ser amado. Essa capacidade de amar é criada em nós pelo Criador a tal ponto que a atitude de amar é uma prova de conhecermos ou não a Deus. “Porque aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4:8).

II. Deus de Amor

A motivação de nossa criação é a mesma de nossa redenção. O amor de Deus que nos impele a amar e ser amados. Deus ama porque Sua natureza é amar, e nós amamos porque conhecemos a Deus. Esse Deus de amor se revela em Suas atitudes que nem sempre podem ser completamente entendidas, não pela obscuridade da ação de Deus, mas pela limitação de nossa compreensão. Toda ação de Deus apresentada nas Escrituras é impulsionada pelo amor que visa salvar. Mesmo no Antigo Testamento, quando Sua ação é nublada pela linguagem da guerra e pela ordem de mortandade, Seu amor é exercido como causa. O Deus do Antigo Testamento é aquele que admoesta, atrai e é fiel no concerto feito com Seu povo. Deus Se contextualiza à época para declarar Seu sempiterno e incondicional amor.

A maior prova da coerência do amor de Deus é a manifestação máxima desse amor em Cristo. No novo testamento vemos o cumprimento da promessa feita no Antigo Testamento. O amor de Cristo foi garantido e prometido na ação do Deus Pai no Antigo Testamento. Se o Deus do Antigo Testamento não agisse por amor, não teríamos o amor em ação no Novo Testamento. Deus estava em Cristo quando Jesus provou naquela cruz Seu amor pela maior ação que o Universo pôde contemplar. Como disse Jonh Stott, nem o Pai foi objeto da persuasão do Filho, nem o Filho objeto da autoridade do Pai, mas ambos foram sujeitos na ação de salvar o homem (John Stott, A Cruz de Cristo, p. 142). Na cruz, Deus Pai e Deus Filho provam em conjunto a essência do amor que salva.

III. O Amor personificado em ação

Toda ação espera por resposta. A resposta para ação do amor, não poderia ser outra a não ser o próprio amor. Porque o amor de Cristo nos constrange (2Co 5:14). O amor ao próximo passa a ser a principal evidência de que recebemos e demonstramos o amor para com Deus. E essa demonstração é vista pela obediência que nasce do amor. Por isso a Palavra de Deus declara: “Se Me amais guardareis os Meus mandamentos”. A verdadeira obediência é aquela que emana do amor. Por isso, Deus não observa o ato em si mesmo. Todo ato é analisado pelo seu motivo.

Alguns tendem a afirmar que o amor é subjetivo e abstrato pela carência de um exemplo tangível e necessidade da personificação do mesmo. Os que assim afirmam, esquecem ou rejeitam o maior e mais perfeito modelo do amor. Cristo é a personificação e nosso mais completo modelo. Sua vida é a demonstração do amor em ação. Desde o Seu nascimento até a entrega de Sua vida na cruz, o amor é visto como principal motivo de cada ato na vida de Cristo. Sua biografia é a única prescritiva em toda a Bíblia. Todos os demais personagens da Bíblia possuem vida e exemplo que devem ser recebidos e seguidos com reservas e atenção, acatando-se os exemplos dignos de imitação. Ao contrário, a vida de Cristo em que tudo o que Ele fez foi por amor para o amor e em função do amor. Nele, podemos extrair sem ressalvas o exemplo de uma vida isenta de pecado. Ellen G. White afirma: “O Senhor não nos deu um modelo humano falível. O imaculado Filho de Deus é que nos foi dado como exemplo” (Caminho para Cristo, p. 32). Esse exemplo maior demonstrado na vida de Cristo é o amor personificado em ação. “A amabilidade do caráter de Cristo se manifestará em Seus seguidores” (Caminho para Cristo p. 59).

Receber esse amor não significa receber um sentimento abstrato que pode ser perdido quando passa o seu ciclo. Mas implica em recebê-lo em pessoa, demonstrado e comprovado, quando Cristo é recebido no coração. E a evidência de que O recebemos é a contínua motivação que teremos em amar o próximo, indistintamente e independentemente das circunstâncias. Essa ação será natural porque é um dom imerecido impelido pela pessoa que não apenas deu amor ou agiu por amor, mas que é o próprio amor.

Conclusão

Apesar de todos admitirem que seja impossível viver sem amor, e que tudo o que fazemos ou venhamos a fazer deve ser com e pelo amor, tais pessoas rejeitam sua verdadeira essência e completa definição. O amor é visto admitido e idolatrado como um sentimento que surge do acaso e se torna a palavra mais explorada da humanidade. Essa exploração o torna banal. No entanto, a maior e mais completa expressão do amor tem sido jogada para o escanteio pela rejeição da maioria que avança sem rumo e sem esperança. Procuram suprir-se por um conceito intangível do amor, enquanto o modelo máximo e mais completo do amor dado por Deus, cuja máxima expressão vem de Jesus Cristo. E não há uma descrição que mais retrate essa realidade do que esta: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Dele emanam e nEle se fundamentam todos os conceitos-chave para a caminhada cristã que estaremos estudando neste trimestre.

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

A Jornada Cristã - AMOR - 03/04/2009 a 04/04/2009

Sexta, 3 de abril

Opinião
Deus é amor


jornada cristãNosso Pai do Céu é a fonte de vida, sabedoria, amor e alegria. Experimentamos esses atributos de Seu caráter na beleza e maravilha da natureza. Jesus, o Filho de Deus, viveu pelo Espírito, ensinando-nos que a vida deve ser vivida com amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio (ver Gl 5:22, 23). Contudo, o maior desses é o amor (1Co 13:13; veja também Caminho a Cristo, p. 9-16 e O Desejado de Todas as Nações, p. 758-768).

Cinco séculos antes do nascimento de Cristo, o filósofo grego Sófocles declarou: “Uma palavra nos libertaria de todo o peso e dor da vida: essa palavra é amor.”* Vemos que, de fato, é assim através da vida de Cristo. Como seres humanos, muitas vezes usamos a palavra amor para descrever um pequeno sentimento ou uma atração temporária. Pode estar associada a sentimentos de egoísmo e ganância. O amor de Deus, contudo, está acima de tudo isso. Seu amor por nós não é temporário nem pequeno. É infinito e puro.

Nossos pecados foram pregados na cruz com nosso Salvador. Deus enviou Seu único Filho a um mundo pecaminoso a fim de trazer esperança e salvação a todos. Essa é a maior maneira por meio da qual Deus podia demonstrar Seu amor por nós. Não devemos responder ao Seu amor amando e servindo aos outros, e obedecendo Seus mandamentos?

No grego, há quatro palavras principais usadas para a palavra amor. A palavra plato foi usada para descrever o amor para com a família. Em alguns casos é também usada para descrever a afeição por determinada atividade. Philiaera usada para se referir à irmandade, enquanto que eros era usada para descrever o amor sexual entre casais. Agape representa o amor divino, incondicional, abnegado, intencional e atencioso. Esse termo foi muitas vezes usado para descrever o amor de Deus que se sacrifica pela humanidade. Agapefoi a razão pela qual Deus enviou Seu Filho a nosso mundo pecaminoso. Agapefoi a razão pela qual Jesus foi cravado na cruz; e é a base para tudo que Deus é e faz.

O apóstolo Paulo salienta que, por mais importante que sejam a fé, a esperança e todos os outros elementos do cristianismo, tudo começa com o amor. Sem o amor somos, como ele disse, “nada” (1Co 13:2). Como cristãos, devemos demonstrar o eterno e incondicional amor de Deus aos que estão ao nosso redor. Assim seguimos as pegadas gigantes deixadas por nosso Salvador dois mil anos atrás.

Dicas


1. Crie uma colagem sobre a natureza que mostre o amor de Deus. Veja quantos objetos naturais você pode encontrar que apoiem a ideia de que a criação de Deus era e continua sendo um ato de amor.
2. Visite um amigo ou parente que não vê há algum tempo e solicite que ele passe adiante esse gesto. Faça a ele um favor sem esperar nada em troca e explique que ele precisa fazer o mesmo por alguém.
3. Pesquise quantas vezes a palavra “amor” aparece na Bíblia.

Sarah Christine Grecea | Ringwood North, Austrália

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Jornada Cristã - AMOR - 02/04/2009 a 04/04/2009

Quinta, 2 de abril

Aplicação

O amor em minha vida


jornada cristã7. Veja alguns exemplos concretos em que Jesus mostrou amor desinteressado em circunstâncias em que a maioria das pessoas teria achado difícil fazer isso. Lc 17:12-19; Jo 13:1-17; Jo 19:25-27

8. Como a manifestação do amor divino no ministério de Jesus deve afetar nosso discipulado? 2Co 5:14; Fp 2:2

Deus é amor. Ele nos mostrou esse amor no dom de Cristo quando “amou o mundo tanto, que deu Seu único Filho, para que todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Quando o amor de Deus for apreciado, despertará nosso amor por Ele e por outros seres humanos. Esse amor é mais valioso que qualquer dom espiritual (1Co 13:1-4).

O verdadeiro amor envolve sacrifício. Dá sem esperar nada em troca. Deus não esperou que retribuíssemos Seu amor, mas nos amou “sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). Cristo morreu por nós independentemente de nossa resposta a Ele, quer apreciássemos Seu sacrifício ou não. Morreu por nós porque dar constitui Sua natureza.

Deus nos amou primeiro porque “só o amor desperta o amor. ... Somente Aquele que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia torná-lo conhecido” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 22). Se tão-somente abríssemos o coração a Ele e nos familiarizássemos com Ele, O amaríamos. Esse amor desperta nossas afeições, aperfeiçoa nosso caráter e nos motiva a controlar nossas paixões e impulsos. Nosso amor por Jesus tem o poder de influenciar todos ao nosso redor.

O verdadeiro amor não existe sozinho. Precisa ser dirigido para alguém ou algum objeto. O verdadeiro amor é a base dos melhores relacionamentos humanos. Este mundo está tão concentrado em coisas materiais – posses, riquezas, fama, popularidade – que isso é considerado símbolo tangível de sucesso; contudo, sem amor, mesmo essas coisas não têm significado algum. Não há alegria em possuir uma bela casa se você tem um casamento infeliz ou um relacionamento doentio com sua família; nem em ter riquezas, mas não ter como partilhá-las com alguém que ama você (ver Lc 12:15).

Então, como alcançamos o amor em nossa vida?

Compreenda que Jesus é amor. Deus é a fonte suprema do verdadeiro amor. Seu amor é inexaurível. Creia que Jesus é revelado na Palavra de Deus. Ele é a Palavra divina (Jo 1:1). Passe tempo lendo a Bíblia. Não pare aí, porém. Sempre medite no que você leu. Faça o programa de quatro passos. Estudar sobre Jesus, pensar sobre Ele, falar com Ele e louvá-Lo. Saiba que sua vida está sendo transformada à semelhança daquilo que você contempla. Dessa forma, você se torna mais amoroso(a) com seus pais, irmãos, amigos e namorado(a). Reparta seu tempo e dinheiro. Encontre alguém para ajudar, ou faça trabalho voluntário para uma organização idônea em sua comunidade.

Kristina Malarek | Nerang, Austrália

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Jornada Cristã - AMOR - 01/04/2009 a 04/04/2009

Quarta, 1º de abril

Evidência
Aprendendo a amar


jornada cristã5. Que princípio devemos discernir ao estudarmos os mandamentos que Deus nos deu? Esse princípio operou de alguma forma diferente desde que Cristo veio a este mundo? Dt 6:5, 6; Mt 22:37-40

6. Como o amor deve permear o que fazemos e dizemos? Mt 5:44; 25:31-46; 1Pe 1:22

William Somerset Maugham, dramaturgo e novelista inglês, disse certa vez que “procuramos penosamente transmitir a outros os tesouros de nosso coração, mas eles não têm a capacidade de aceitá-los, e então prosseguimos solitariamente, lado a lado, mas não juntos, incapazes de conhecer nossos companheiros e desconhecidos por eles”. É um relato sombrio do mundo quando somos incapazes de dar ou receber amor. É também uma preocupação crescente para nossa geração.

Hoje, vivemos no mundo dos 30 segundos. Se algo não pode ser feito rápida e facilmente, perdemos o interesse naquilo e passamos para outra coisa. O mandamento de Jesus: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” (Mt 22:37, NVI) não pode ser realizado em 30 segundos. E você também não pode amar “o seu próximo como a si mesmo” em 30 segundos ou mesmo em três minutos. Talvez nesse tempo você seja capaz de enviar uma mensagem virtual para eles – mas não os estará amando.

O apóstolo Paulo explica em 1Coríntios 13 quão vazia é a vida quando destituída de amor e quando não compreendemos o significado do amor. Leia a definição que o apóstolo dá do verdadeiro amor em 1 Coríntios 13:4-8.

Se o mundo deve conhecer os cristãos por seu amor (1Jo 3:7-10; 4:7, 8), então primeiro precisamos estar dispostos a passar mais do que alguns momentos “medindo as pessoas”. Cristo deu o exemplo para nós quando veio à Terra vestido como um homem comum. Tudo o que Ele era estava envolto em Seus atos. Mesmo então, muitas vezes deixamos de notar Seu verdadeiro valor. Seu amor por nós não foi mostrado num comercial de 30 segundos ou mesmo numa refeição de três minutos preparada no microondas. Seu amor por nós foi mostrado todos os dias de Sua vida, e mais ainda em Sua morte.

Nosso chamado como cristãos é mostrar esse amor. É um amor ativo, mas sem luzes piscantes ou estrondosos efeitos de som. Não é um amor fácil, porém mais valioso e necessário do que qualquer um de nós poderia jamais imaginar.

Kristin Thiele | Cooranbong, Austrália

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terça-feira, 31 de março de 2009

A Jornada Cristã - AMOR - 31/03/2009 a 04/04/2009

Terça, 31 de março

Testemunho
O amor fala mais alto

jornada cristãEm Sua sabedoria infinita, Deus “arquitetou” um plano para lidar com o problema do pecado da melhor maneira possível. Sendo Deus santo, Ele não poderia ignorar a rebelião contra Sua lei perfeita; sendo amor, Ele não poderia simplesmente Se afastar e deixar Suas criaturas a perecer sem fazer o máximo para salvá-las.

3. O que os textos do Novo Testamento a seguir nos dizem sobre o amor de Deus? Jo 3:16; Fp 2:5-8; Jo 14:15-18; At 2:1-4; Ef 4:11-13; 1Jo 3:1-3; 2Pe 3:13

4. Como você resumiria a mensagem do Novo Testamento sobre o amor de Deus?

“Não importa o quanto possa prometer, aquele cujo coração não está cheio de amor a Deus e aos semelhantes, não é verdadeiro discípulo de Cristo. Embora possua grande fé, e tenha poder até para operar milagres, sem amor sua fé será de nenhum valor” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 318).

É impressionante pensar que até a maior fé é inútil se não for usada para mostrar a outros a grandeza do amor de Deus. Afinal de contas, para que confessar Jesus se ignoramos os que estão ao nosso redor e deixamos de lhes fazer o bem?

“Todo leal e abnegado obreiro de Deus está disposto a gastar e ser gasto por amor aos outros. Cristo diz: ‘Quem ama a sua vida, perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo, preservá-la-á para a vida eterna.’ João 12:25. Através de diligentes e atenciosos esforços para ajudar onde há necessidade de auxílio, o verdadeiro cristão mostra seu amor a Deus e aos semelhantes” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 302).

“O amor e o interesse dos seguidores de Cristo devem ser tão extensos como o mundo. Aqueles que vivem meramente para ‘mim e o que é meu’ não entrarão no Céu. Deus os convida como família a cultivar amor, a ser menos sensíveis quanto a si mesmos e mais sensíveis às tristezas e provações de outros” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 530). É somente por meio desse serviço e humildade que podemos começar a receber as recompensas da vida justa.

“Deus determinou, como único meio de crescer no conhecimento e na graça de Cristo, que o homem Lhe imite o exemplo e trabalhe como Ele trabalhou. … Uma vida de oração e ações de graça, que faça incidir sua luz sobre a vida de outros, não é possível sem decididos esforços. Mas esses esforços hão de ser recompensados, trazendo bênçãos não só ao que recebe como também ao que dá. O espírito de trabalho desinteressado em favor de outros, imprime ao caráter solidez e constância, revestindo-o da amabilidade de Cristo, e dá ao seu possuidor paz e ventura”(Idem, v. 5, p. 606, 607).

Stephane Millien | Narromine, Austrália

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segunda-feira, 30 de março de 2009

A Jornada Cristã - AMOR - 30/03/2009 a 04/04/2009

Segunda, 30 de março

Exposição

Morrer, viver, amar


Jornada CristãFrequentemente, dizem que o amor de Deus só é claramente manifestado no Novo Testamento, pois o “Deus do Antigo Testamento” é visto como sendo de justiça e ira. Mas o amor de Deus é eterno. As palavras ao Seu povo no Antigo Testamento se aplicam a todos, em todos os tempos: “Com amor eterno Eu te amei” (Jr 31:3).

2. Examine algumas evidências importantes do amor de Deus nos tempos do Antigo Testamento referidas abaixo.

a) O amor de Deus na criação (Gn 1:26-31; 2:21-25).
b) Procurando uma solução para o problema do pecado (Gn 3:15; 22:8; Is 53).
c) O dom do sábado (Êx 31:12-17).
d) O contínuo dom de profecia (Am 3:7).

Morrer (Is 53). Os seres humanos não enfrentam a morte a menos que lhes seja precioso aquilo que estiverem protegendo. Morrer por algo requer uma entrega do coração que está além da razão. Ao longo dos milênios, os mártires têm dado a vida por uma razão primária – o amor.

Muitos podem declarar sua lealdade, mas quando a arma é apontada para a cabeça, só permanecem os que têm amor no coração. Isso é simplesmente próprio da natureza humana! Deus, contudo, age de maneira não-natural para um ser humano. Ele estabelece o padrão perfeito: “Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:7, 8).

Não é de admirar que O chamemos de Salvador. Ele nos salva de nós mesmos, a despeito de nós mesmos. Nós, como Pedro, balançamos negativamente a cabeça e dizemos: “Nunca conheci esse homem!” Mas Ele propositalmente abriu os braços e aceitou os cravos que nos ligam à liberdade. E apesar de nossa rejeição dEle, o Cristo ressurreto Se aproxima de nós e sonda nosso coração: “Você Me ama?” (Jo 21:15-17).

Qualquer que seja a resposta, Ele morreu por você. Isso é amor.

Viver (Mt 22:37-40). Este Deus, que Se tornou um de nós para morrer por todos nós, nos acena, chamando: “Tome a sua cruz e siga-Me” (ver Mt 16:24-26). Ele nos salvou da morte e agora, em resposta, pede nossa vida. Chegou ao ponto de dizer: “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após Mim não pode ser Meu discípulo” (Lc 14:27).

Então, como é viver para Deus? Moisés recebeu a Lei – um transcrito do caráter de Deus (ver Patriarcas e Profetas, p. 53) – e lhe foi dito que instruísse as pessoas com respeito às palavras que Ele lhe ordenara: “Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Dt 6:7, NVI).

Jesus foi posto à prova por um especialista dessa mesma lei, o qual Lhe perguntou qual era o maior mandamento. Leia Sua resposta em Mateus 22:37-40. Estes versos nos mostram como é viver para Deus. Ame a Deus com tudo o que você é, e ame aos outros com tudo o que você está se tornando. Essa é a cruz que você é chamado a levar – viver e amar.

Dar e receber (1Co 13). Muitas vezes somos lembrados de que é mais feliz quem dá do que quem recebe. Contudo, há um pré-requisito antes de podermos dar ou receber qualquer coisa. Precisamos de alguém significativo. Sem uma pessoa que valorizemos, não nos realizamos nem em dar nem em receber. Receber um prêmio por acaso não nos traz alegria duradoura. Dar algo para alguém com quem não nos importamos deixa em nós um sentimento de vazio.

Precisamos de amigos. “Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se” (Ec 4:10, NVI). Quando nos tornamos amigos fiéis, oferecemos as muitas personificações do amor que existem entre pessoas que valorizam uma à outra. Sem amor, contudo, não somos nada.

Conhecer e ser conhecidos (1Jo 3 e 4). Um hino começa com tons melancólicos e chega a um coro que se transforma numa melodiosa antífona de alegria: “Não há estranhos, não há indignos, não há perdidos em Deus. Muitos caíram, mas aleluia! Pois não há órfãos de Deus.” Tem razão o hino “Não Há Órfãos de Deus” (gravado em inglês pelo conjunto Avalon e em português pelo Trio Conexão Vocal).

João, que se intitula o discípulo “a quem Jesus amava” (Jo 13:23), fala com a mesma certeza que o Avalon quando diz: “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos!” (1Jo 3:1, NVI).

Na revelação de Jesus Cristo, João escreveu que os anjos exclamam: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor” (Ap 5:12, NVI). Sim, este Deus é digno de todo o louvor que pudermos prestar, porque Ele é o modelo da vida de amor. Podemos saber, sem dúvida, que Jesus é verdadeiramente nosso Salvador e que Seu Pai é verdadeiramente nosso Pai – um Pai que nos ama o suficiente para nos oferecer Seu único Filho.

João se destaca no amor porque Deus Se destaca no amor. Leia 1Jo 4:15, 19, 21. Esses versos expressam o alvo supremo de todos os escritos de João – atrair o povo de Deus a uma vida de amor aos outros. “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3:16).

Deus deu tudo quando deu Seu Filho; e Ele o fez por você e por mim. Somos Seus filhos amados. Devemos amar da mesma forma – atraindo todas as pessoas a Cristo e, através dEle, a nosso Pai. “Queridos amigos, amemos uns aos outros porque o amor vem de Deus. Quem ama é filho de Deus e conhece a Deus” (1Jo 4:7).

David Edgren | Lilydale, Austrália

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domingo, 29 de março de 2009

A Jornada Cristã - AMOR - 29/03/2009 a 04/04/2009

A JORNADA CRISTÃ - AMOR

A jornada cristã“Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1Co 13:13, NVI).

Prévia da semana: Deus é amor. Quando permitirmos que Cristo habite em nós, esse amor será revelado em nossa vida.

Domingo, 29 de março

Introdução
A grande procura

Vida sem amor é um tipo sub-humano de existência. Há em nós uma necessidade inata de receber amor. O Criador nos dotou com a capacidade de amar (Gn 1:26 e Jo 3:16).

1. Qual é a importância do amor na vida do seguidor de Cristo? Mt 22:37-39; 1Co 13:1-3; 1Jo 3:14

O amor de Deus sempre vem antes do nosso amor. O amor humano precisa ser transformado pelo amor divino, para que possamos dar amor semelhante ao de Cristo.

Num mundo saturado por uma imagem distorcida do amor, nem sempre é fácil encontrar o amor que satisfaz, o qual é oferecido por Deus. Ansiamos por amor desde o momento que nascemos até o momento em que morremos. Sem amor, nos tornamos vazios e arruinados. O amor traz consigo todas as outras virtudes, e é o cumprimento de “toda a Lei e os Profetas” (Mt 22:40, NVI).

Jesus disse: “‘Ame o Senhor, seu Deus...’. Este é o maior mandamento e o mais importante” (Mt 22:37, 38). Portanto, talvez o maior pecado seja exatamente deixar de fazer isso. Deus é amor, e Seu amor por nós está além da compreensão. Nosso amor por Deus deve permear todos os aspectos de nossa vida. Nossa moral e ética como cristãos devem refletir e manter esse amor. Por exemplo, em vez de nos concentrarmos em “apenas” guardar o sábado, devemos nos concentrar em nosso relacionamento com o Senhor do sábado.

Para amarmos completamente e sermos completamente amados, precisamos primeiro amar a nós mesmos. Mateus 22:39 subentende que devemos amar a nós mesmos. Há “um amor próprio que é natural, e que é a regra do maior dever, e deve ser preservado e santificado. Precisamos amar a nós mesmos, isto é, precisamos ter a devida consideração pela dignidade de nossa própria natureza, e a devida preocupação com nosso bem-estar.

Não é fácil distinguir a tênue linha entre amor próprio e amor egoísta. Assim, muitos adolescentes e adultos se sentem mal-amados; e não gostam de quem são. Contudo, Deus revela Seu amor por nós de tantas maneiras que é difícil negar que Ele nos criou e que nos ama da maneira como nos fez, e não da maneira como desejaríamos ser. Não é fácil lidar com a pressão do grupo enfrentada pelos jovens para se adequar a uma determinada imagem; mas através do amor e da força de Deus, é possível ser alguém com amor próprio e coragem moral.

Jesus diz que o segundo mandamento mais importante é amar o próximo como a si mesmo (Mt 22:39). Ele deixa claro que nosso próximo não são apenas nossos irmãos de igreja, mas todas as pessoas com quem temos contato. Se amarmos a nós mesmos, fica mais fácil seguir este mandamento.

Hannah Hogg | Pleasant Hills, Austrália

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