sábado, 27 de setembro de 2008

Resumo Semanal: O Profeta Isaías - 27/09/2008 a 27/09/2008

RESUMO SEMANAL - 21/09/2008 a 27/09/2008

O PROFETA ISAÍAS





Por Marcelo Dadamo Ribeiro
Diretor de Ministério Pessoal e Escola Sabatina
Associação Matogrossense

Isaías exerceu seu ministério profético “nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, rei de Judá” (Is 1:1), isto é, entre os anos 740 e 687 a.C., aproximadamente. Isaías 6 coloca a vocação do profeta no ano em que morreu o rei Uzias (740 a.C.).

Uzias tivera um longo e próspero reinado (791-740 a.C.) que coincidira com o período de fraqueza militar da Assíria. Como resultado, tanto Judá como Israel tiveram oportunidade de desenvolver ao máximo seu potencial econômico e militar. Infelizmente, esse período de prosperidade material foi acompanhado de grande decadência moral e espiritual, castigada por vários profetas, como Amós, Oséias e Miquéias. Os ricos oprimiam os pobres, enquanto os juízes venais nada faziam para corrigir as injustiças praticadas.

As mensagens dos profetas foram dadas em época de crise. Nenhum profeta fala no vácuo. Suas mensagens são de repreensão contra o pecado, corrupção e rebelião contra Deus. Muitas das mensagens proféticas são evocadas pelos acontecimentos correntes e as crises espirituais que deles resultam.

De outro lado, os profetas foram, antes de tudo, pregadores de justiça e só em segundo lugar escritores. Foram chamados para anunciar em praça pública, ou no átrio do templo, a mensagem recebida de Deus e que o momento exigia. Posteriormente, o próprio profeta, ou seus discípulos, punham por escrito, para benefício da posteridade, a essência dessas mensagens. Aos sermões pregados correspondem então pequenos oráculos que representam a súmula do que fora pregado oralmente.

O profeta era um homem sintonizado com o Espírito de Deus, e que se preocupava profundamente com os problemas morais e espirituais de sua geração. Contrariamente à opinião popular, somente em ocasiões excepcionais sua visão se voltava para cenas distantes na história da salvação. Como, porém, os problemas de sua época não diferem basicamente dos problemas de outras épocas, as mensagens do profeta têm aplicação para todos os tempos. A validade universal dessas mensagens é melhor compreendida por aqueles que conhecem as circunstâncias históricas que as evocaram. Daí a necessidade de estudar com simpatia a cena política, moral e religiosa da época do profeta para melhor discernir o significado de sua mensagem a seus contemporâneos.

Há diferença de opinião sobre se a vocação de Isaías descrita no capítulo 6 representa sua vocação inicial, ou se constitui a confirmação divina de um ministério já iniciado. O fato de essa descrição não ser dada no primeiro capítulo, como é o caso nas vocações de Jeremias e Ezequiel, cujos livros se abrem com o chamado ao trabalho que Deus lhes designara, inclina a balança a favor da segunda opinião. Não teríamos no capítulo 6 mais do que uma confirmação de um ministério já começado. De outro lado, nossa ignorância total quanto à redação dos livros proféticos, por quem, quando e como foram os escritos de um profeta postos em sua forma definitiva e finalmente incorporados ao cânon do Antigo Testamento torna impróprio qualquer julgamento dogmático a respeito.

Provavelmente, a importância da circunstância histórica da vocação de Isaías tem sido exagerada por vários comentaristas. A morte do rei Uzias não teria sido um fato tão catastrófico para a nação, pois fazia anos que Uzias não mais oficiava como rei. Desde que fora ferido de lepra, o rei habitava numa casa separada, e Jotão governava o povo da terra como co-regente com seu pai (1Rs 15:5) e E.R. Thiele atribui dez anos a essa corregência. (The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings, p. 111). Em vista disso, a morte de Uzias teria sido um evento de importância secundária, pois de fato Jotão já exercia as funções reais.

Se a visão do capítulo 6 é datada do ano da morte do rei Uzias, certa profecia contra os filisteus (Is 14:28) é datada do ano “em que guerreou o rei Acaz” (715 a.C.), e outra, contra o Egito e a Etiópia, é datada do ano em que “Tartã, enviado por Sargão..., veio a Asdode e a guerreou, e a tomou”(Is 20:1). O empenho em datar as profecias começa com Isaías, para aumentar ainda com Jeremias e Ezequiel, declinando em seguida.

A descrição da vocação de Isaías pode ser dividida em cinco partes:

1. Visão da glória e da santidade divinas (Is 6:1-4)
2. Compenetração e confissão de pecado (Is 6:5)
3. Purificação (Is 6:6, 7)
4. Vocação (Is 6:8)
5. Comissão (Is 6:9-13)

“Ai de mim”

O profeta não precisa se a cena que contemplou se desenrolou na terra ou no Céu. Isaías teria a mesma dificuldade do apóstolo Paulo que, descrevendo uma visão em que foi arrebatado ao terceiro Céu, não podia precisar se fora no corpo ou foram do corpo (1Co 12:1-4). A linguagem humana é inadequada para descrever experiências que o apóstolo chama de “inefáveis”. O importante é que Isaías contemplou o Senhor sentado sobre o trono do Universo, que nunca está vazio. A glória que O cercava era indescritível e os próprios anjos velavam o rosto diante dela. O que a antífona angélica realça é a santidade de Deus: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (v. 3).

Santidade é o termo que engloba todos os atributos morais de Deus. Santidade expressa o fato de que Deus rege sobre um Universo moral, e que Ele é a fonte e fundamento de toda excelência moral. Ênfase tem sido dada ao pensamento de que a santidade é o atributo que expressa o fato de que Deus é aquele que é “totalmente outro”, totalmente diferente do homem e, por conseguinte, inacessível ao homem. O próprio livro de Isaías desmente este conceito. Isaías 57:15 afirma que o Deus alto e sublime, “que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo”e que habita “no alto e santo lugar”, Se compraz em habitar com “o contrito e abatido de espírito”. De algum modo misterioso, o Deus transcendente é também o Deus imanente. A própria declaração de que o homem foi feito à imagem de Deus (Gn 1:26, 27) torna inapropriado falar de Deus como “o totalmente Outro”.

O importante é que essa visão da santidade de Deus torna o profeta consciente de sua pecaminosidade. Essa declaração, vinda do fundo de seu ser, exprimia confissão de pecados e o desejo de tê-los perdoados.

A tua iniqüidade foi tirada

A atitude contrita do profeta permite, com efeito, que Deus lhe perdoe os pecados e purifique seus lábios. O processo de purificação e perdão é simbolizado pela brasa viva que um serafim tira do altar e com a qual lhe toca os lábios. É importante notar que o perdão é ligado com o altar, embora nenhum sacrifício fosse oferecido no momento. Mas um sacrifício é implícito no simbolismo da brasa tirada do altar e aplicada ao lábio do profeta. Este sacrifício não é outro que o sacrifício de Cristo sobre o altar do Calvário, sacrifício que era o fundamento de todo o perdão. Há o emblema da brasa, mas há também as palavras que interpretam o emblema, e sem as quais ele seria ineficaz.

“Eis que ela tocou os teus lábios, a tua iniqüidade foi tirada e perdoado o teu pecado.”

O termo correspondente a “perdoado” no hebraico é tekuppar, do verbo kipper, expiar. O pecado de Isaías foi expiado pela graça divina em vista do sacrifício de Cristo sobre a cruz, para o qual todo o sistema sacrifical apontava, e com a efetivação do qual todo o sistema sacrifical seria abolido.

“Eis-me aqui, envia-me a mim”

Depois de seu pecado ter sido perdoado, Isaías ouviu a voz do Senhor dizendo: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Is 6:8). É razoável supor que a experiência do perdão divino tornou mais sensível aos reclamos de Deus a consciência do jovem profeta. Não lhe foi endereçado nenhum convite em particular. Mas, no convite geral, feito a todos os homens, Isaias reconheceu seu dever em particular. Nenhuma obrigação lhe foi imposta pelo Senhor. A grandeza do ministério profético, bem como do ministério pastoral, consiste no fato de ser uma resposta espontânea, de um coração que vibra em harmonia com o coração divino. Há uma grande tarefa a ser realizada, e o homem assume voluntariamente sua parte no programa divino. Ele contempla a seara que na verdade é grande; reconhece também que os trabalhadores são poucos, e sente o constrangimento de oferecer seu serviço a Deus (Mt 9:37, 38). “O amor de Cristo nos constrange”, diria o apóstolo Paulo (2Co 5:14).

O chamado de Isaías


Os temores em que a comissão de Isaías foi expressa fazem desta passagem uma das mais difíceis do livro. A sugestão tem sido feita de que as palavras contidas nessa comissão (Is 6:9, 10) expressem não a comissão original dada ao profeta, mas suas reflexões pessoais, depois de anos de um ministério quase que infrutífero. Outra sugestão que nos parece mais aceitável é que os resultados da pregação do profeta são aqui expressos como se fossem um mandamento divino. É geralmente reconhecido que quando as pessoas não querem ouvir a palavra de Deus e praticá-la, a pregação não só se torna ininteligível, mas endurece o coração dos ouvintes. Não que Deus não quisesse que o povo compreendesse a mensagem profética e se arrependesse, mas Ele previu que, como resultado de sua recusa de se engajar na vida da obediência, a pregação só endureceria seu coração. É provável que Isaías não compreendesse o significado pleno dessas palavras senão anos depois. Foi sua experiência de um ministério cheio de frustrações que lhe permitiu reconhecer sua exatidão.

“Até quando, Senhor?”, pergunta o profeta; deveria ele prosseguir neste trabalho aparentemente inútil? A perspectiva que o Senhor lhe descerra era de molde a desencorajar os mais bravos: “até que a terra seja de todo desolada...” (Is 6:11, 12). O futuro era dos menos prometedores.

Uma luz para os gentios

O profeta Isaías esboça a esperança divina quanto a Jerusalém. Esse oráculo aparece em palavras quase idênticas em Miquéias 4:1-4. Pergunta-se qual dos dois é o original. Alguns se inclinam a considerar o de Miquéias o original. Outros preferem pensar que tanto Isaías, como Miquéias devem esta visão maravilhosa a um profeta desconhecido.

Seja como for, a inspiração quis que esta descrição magnífica do ideal divino quanto a Seu povo figurasse nos escritos tanto de Isaías como de Miquéias, cujos ministérios foram até certo ponto contemporâneos. É preferível considerar este oráculo como uma esperança divina, e não uma profecia. É o que Deus gostaria que fosse a experiência de Seu povo.

“O monte da casa do Senhor”(Is 2:2) é o monte sobre o qual o templo estava erigido, e em última análise a própria cidade de Jerusalém. Deus gostaria que Jerusalém fosse exaltada sobre os outeiros que simbolizavam as nações, não por suas proezas militares ou riquezas materiais, mas pela justiça e retidão de seus habitantes. Segundo Isaías 32:17, o efeito da justiça seria paz, e o fruto da justiça resultaria em repouso e segurança. Disso resultaria uma grande prosperidade material que seria a inveja das nações. Atraídos por essa prosperidade, muitas nações exclamariam: “Vinde e subamos ao monte do Senhor... para que nos ensine os Seus caminhos, e andemos pela Suas veredas” (v. 3). Os habitantes de Jerusalém teriam, então, uma oportunidade única de testificar a favor da lei do seu Deus e de Seu caráter. O efeito desse testemunho seria que as nações converteriam “as suas espadas em relhas de arados”, e reinaria uma paz universal, pois Deus mesmo governaria entre os povos, que Nele reconheceriam o único soberano.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Profeta Isaías - 26/09/2008 a 27/09/2008

Sexta

Opinião
Quem está chamando?


Você já se sentiu “chamado” a fazer algo? Uma “voz interior”, ou um “poder” mais forte que você impulsionando-o? Já senti isso muitas vezes, e geralmente tem que ver com ficar acordada um pouco mais para assistir a mais um programa de televisão, ou com pegar só mais um pedacinho de algo gostoso.

Então, fui chamada – ao telefone – e solicitada a escrever sobre Isaías. E então, o que você sabe sobre Isaías? Ele veio de uma boa família, recebeu uma ordenação divina quando ainda jovem, escreveu algumas coisas que ainda são lidas mais de 2 mil anos depois de terem sido escritas e morreu serrado ao meio. Uau! Isso parece ser duro.

Mas será que tenho realmente apurado o ouvido para escutar? Ou seria prático falar de ser “chamado” nesta época em que vivemos? Quero dizer, de qualquer forma o que realmente significa ser um cristão hoje em dia?

Gostaria de pensar que sou uma “cristã sofisticada” – isto é, que entendo a salvação pela graça, creio nela e tento equilibrar isso com seguir o exemplo de Jesus quando Ele viveu na Terra. Por exemplo, devolvo o dízimo e dou ofertas, além de fazer doações caritativas; e quando meus amigos ou colegas de trabalho me perguntam o que estou fazendo no sábado, explico que é meu dia de descanso, e lhes falo sobre a graça de Deus. E isso significa que não preciso de um profeta do Antigo Testamento para me dizer nada, porque já creio de todo o coração na salvação que Deus nos deu através da morte de Seu Filho na cruz. Sei que, ao aceitar esse dom, tenho a promessa da vida eterna. Então, já compreendo toda a “verdade”, e acho que isso realmente me torna mais cristã.

Contudo, será que é suficiente ser esse tipo de cristã? Será que isso realmente é tudo que Deus deseja de mim? Será que só precisamos crer e ter a verdade para nós mesmos? Ao ler o profeta Isaías, estou compreendendo que não, isso não é tudo. Por isso, quero estimular você a tentar responder a algumas das perguntas seguintes por si mesmo.

Dicas

1. Compre alguns livros missionários da Casa Publicadora Brasileira e conserve os olhos e o coração abertos para pessoas a quem você possa doá-los.
2. Entre para uma aula, grupo ou clube em que você possa fazer amizade com pessoas que ainda não conhecem o Senhor.
3. Reflita no que o fato de conhecer a Cristo tem significado para você pessoalmente, de forma que, quando chegar a hora certa, você se sinta preparado para dar seu testemunho a um amigo.
4. Encoraje um missionário por meio de orações, cartas e cartões. Você pode conhecer alguns missionários através da Adventist Frontier Missions, no site www.afmonline.org
5. Procure maneiras de participar de um curto projeto missionário através da Adventist Frontier Missions (www.afmonline.org), Missão Global (www.global-mission.org), ou de um colégio ou universidade adventista.
6. Una-se a um amigo ou um grupo de amigos para orar por amigos não-cristãos. Ore para que Deus comece a abrir o coração deles e a dar a você as oportunidades de partilhar o amor de Deus com eles.

Stephanie Sahlin Jackson | Kensington, EUA

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O Profeta Isaías - 25/09/2008 a 27/09/2008

Quinta

Aplicação
Estratégias de vitória

7. Como nós, adventistas, entendemos nosso papel como luzes para o mundo? Veja Ap 14:6.

8. Que papel Deus chamou Judá para exercer? Como nos vemos nesse papel hoje? Is 42:6, 7

9. Como esse papel se relaciona conosco, adventistas do sétimo dia? Is 49:6

Deus nos chama a nos unirmos a Sua equipe internacional para lutarmos contra o mal. Ele deseja que desfrutemos a vitória e sejamos campeões com Ele. Mas nem todo pedido é na verdade um chamado de Cristo. Muitas vezes a igreja pede às pessoas que façam coisas para beneficiar a igreja, conservar a máquina em movimento, mas têm pouco a ver com a missão de Cristo no mundo. Portanto, pergunte ao Senhor: “Será que esse é realmente meu chamado? Será que esse é o melhor lugar para eu usar os dons e recursos que o Senhor me confiou?” E se você começar a sentir cada vez mais que o chamado é de Jesus, então ore por sabedoria e força.

Eis aqui algumas maneiras práticas de edificarmos o reino:

1. Estude as necessidades. Qual é o “grupo-alvo” de sua missão, e quais são as necessidades dele? A missão cristã autêntica demonstra a compaixão de Cristo quando satisfazemos as necessidades práticas não-religiosas das pessoas. Sigamos Seu exemplo, não tradições evangelísticas.

2. Encontre uma equipe. Cristo quase nunca nos pede para sairmos numa missão sozinhos. A missão autêntica está sempre fundamentada no Corpo.

3. Misture-se. Passe tempo com aqueles a quem Cristo está chamando a ministrar. Ouça suas canções e suas histórias. Aprenda a cultura e aprenda a ver a cultura deles com os olhos de Deus – com tristeza e amor, não com atitude julgadora.

4. Faça amizade. O evangelho é melhor partilhado de amigo para amigo, porque a união vem antes da crença. A menos que você faça amizade com as pessoas a quem Deus o enviou para servir, não vai acontecer nenhum evangelismo. Você vai saber quando eles estão prontos a ouvir a mensagem, porque você se tornou amigo deles e aprendeu a ouvi-los. Você identificará o vazio em forma de Deus que existe no coração deles quando ele for revelado.

5. Faça discípulos. Convide-os a seguir a Jesus antes de convidá-los a se unirem à igreja. A igreja é um grupo de apoio para pessoas que decidiram seguir a Cristo.

6. Abra as Escrituras. Ensine os outros a aprenderem por si mesmos. Se você der às pessoas um texto-chave, você vai responder à pergunta de hoje e elas estarão famintas novamente amanhã. Se você ensinar as pessoas a estudarem a Bíblia, elas poderão se alimentar do Pão da Vida todos os dias.

Gianluca Bruno | Mason, EUA

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Profeta Isaías - 24/09/2008 a 27/09/2008

Quarta

Evidência
Isaías – o autêntico


5. Qual foi o chamado de Deus a Isaías? Is 6:9, 10

Ao longo de toda a Bíblia, Deus chama Seu povo a ouvir, obedecer, retornar a Ele, ser curado por Ele. Mas, como sabemos, muitos não ouviram. Desse modo, o que parece estar acontecendo nesses versos é que Deus está simplesmente declarando como o povo haverá de responder a Isaías. Ele não está dizendo o que deseja que aconteça ou o que fará acontecer.

6. Como devemos entender os seguintes versos, tendo em conta os textos que acabamos de ler? Dt 30:6; Pv 2:5; Jr 3:22; Jr 4:1

A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto eletrizou o mundo cristão em meados do século vinte. Entre as antigas cópias de escritos bíblicos estava uma que demonstrou ser a mais antiga cópia dos escritos de Isaías. O pergaminho de couro de 7,3 m estava intacto em sua maior parte e calculou-se que datava do ano 125-150 a.C. Ele é agora conhecido como 1QIsa. Esse pergaminho comprova o conteúdo do livro de Isaías como aparece hoje. Também é um duro golpe para a teoria de que o livro foi escrito por mais de um autor.

Segundo Bíblia Arqueológica da Nova Versão Internacional, produzida pelo Seminário Teológico Gordon-Conwell e publicada em 2005 pela Zondervan, “o texto hebraico tradicional do Antigo Testamento é o Texto Massorético (TM). O TM é a Bíblia hebraica em uso hoje, e exceto pelo 1QIsa e outros fragmentos de Isaías de Qumran ou de outros locais, as cópias mais antigas de Isaías existentes estão todas na tradição do TM.

“Embora separados por 1.100 anos, o TM de Isaías e o 1QIsa mostram uma incrível concordância, exceto em pequenos detalhes de soletração e pequenas variantes de palavras. O 1QIsa demonstrou que a obra de gerações de escribas judeus que produziram o TM é digna de confiança. Temos todas as razões para crer que o TM é uma cópia confiável do Antigo Testamento hebraico.

“Além disso, a descoberta desse texto sugere que, já no segundo século a.C., o texto de Isaías era visto como tendo apenas um autor. Muitos eruditos críticos sustentam que os capítulos 1-39 foram escritos por um autor, enquanto que os capítulos 40-66 foram compostos por um ou mais autores diferentes. Contudo, os capítulos 39 e 40 aparecem na mesma coluna no 1QIsa, sugerindo que o antigo copista via esses dois capítulos como tendo-se originado de um mesmo autor” (p. 1.115).

Numa época em que são muitas teorias de eruditos, a descoberta de um pergaminho de quase 2000 anos autenticou o cuidado com o qual os escritos sagrados foram copiados. E o mais importante, essa evidência demonstra que Deus está no controle, e que faríamos bem em ouvir mais atentamente Suas palavras em Isaías 55:9: “Assim como os céus são mais altos do que a Terra, também os Meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos” (NVI).

Melissa Sahlin | Mason, EUA

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

O Profeta Isaías - 23/09/2008 a 27/09/2008

Terça

Testemunho
Maiores resultados


Quando Isaías ouviu o chamado de Deus, respondeu imediatamente: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8). Note que Isaías respondeu ao chamado antes de saber os detalhes da tarefa (veja também Hb 11:8). Isaías respondeu porque sabia que, embora fosse indigno, Deus é digno. Embora fosse impotente, Deus é todo-poderoso.

Se estivermos dispostos, Deus nos dará o poder de que precisamos para cumprir a missão que nos dá. Ele purificou os lábios impuros de Isaías (Is 6:7); deu a Maria o Espírito Santo e “o poder do Altíssimo” (Lc 1:35); Jesus orou por Pedro (Lc 22:32); ungiu Saulo com o Espírito Santo (At 9:17, 18); pôs palavras na boca de Jeremias (Jr 1:9). Devemos esperar algo menos para nós mesmos, agora, neste tempo decisivo da história da Terra?

“É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram. Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra jamais ficará sem frutos” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143, 144).

“Há, por toda parte, a tendência de substituir pela obra de organizações o esforço individual. A sabedoria humana tende à consolidação, à centralização, à edificação de grandes igrejas e instituições. Muitos deixam às instituições e organizações a obra da beneficência; eximem-se do contato com o mundo, e seu coração torna-se frio. Ficam absorvidos consigo mesmos e insensíveis à impressão. Extingue-se-lhes no coração o amor para com Deus e o homem” (Ibid., p. 147).

“Cristo confia a Seus seguidores uma obra individual – uma obra que não pode ser feita por procuração. O serviço aos pobres e enfermos, o anunciar o evangelho aos perdidos, não deve ser deixado a comissões ou caridade organizada. Responsabilidade individual, individual esforço e sacrifício pessoal são exigências evangélicas” (Ibid.).

“A todos quantos se tornam participantes de Sua graça, o Senhor indica uma obra em benefício de outros. Cumpre-nos estar, individualmente, em nosso posto, dizendo: ‘Eis-me aqui, envia-me a mim’ (Is 6:8). ... É nossa obra revelar aos homens o evangelho de sua salvação. Toda empresa em que nos empenhemos deve ser um meio para esse fim” (Ibid., p. 148).
“São missionários de coração, os que são necessários. Aquele cujo coração é tocado por Deus é cheio de um grande anseio por aqueles que nunca Lhe conheceram o amor. Sua condição os impressiona com um senso de infortúnio pessoal. Expondo a própria vida, vai como mensageiro enviado pelo Céu e por ele inspirado para efetuar uma obra em que os anjos podem cooperar” (Ibid., p. 150).

Santhosh Jackson Kensington, EUA

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Profeta Isaías - 22/09/2008 a 27/09/2008

Segunda

Exposição
Deus está chamando você?


3. Por que a ênfase nos “lábios impuros” (Is 6:5)? O único pecado de Isaías e de seu povo era pelo que eles falavam? De que isso poderia ter sido um símbolo? Veja também Pv 13:3; Mt 12:37; Lc 6:45.

Assim que Isaías confessou, um serafim tomou uma brasa viva do altar divino, voou até ele e tocou-lhe os lábios com ela.

4. O que aconteceu em seguida? O que esse ato simboliza? Que mensagem podemos tirar desse episódio? Is 6:6, 7

Um senso de chamado enraizado na graça (Is 6:1, 6, 7). Antes de Deus chamá-lo para uma missão, Isaías teve uma rica experiência da majestade de Deus. Ele compreendeu quão maravilhoso e santo Deus é. Qualquer idéia de que Deus está chamando alguém para fazer ou ser alguma coisa precisa começar com esse elevando senso de Deus. É isso que Lhe dá a autoridade de enviar uma pessoa numa missão.

Contudo, Deus era não somente “alto e exaltado”, mas também compassivo e perdoador. Um dos anjos tomou “uma brasa viva... do altar” e tocou a face de Isaías, dizendo: “A sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado” (versos 6 e 7, NVI). Isaías estava plenamente consciente de que, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote levava brasas de fogo ao lugar santíssimo. As brasas do altar transmitem uma forte textura de graça. Um autêntico senso da missão cristã está sempre enraizado tanto na autoridade quanto na graça de Jesus Cristo. Nosso Senhor ama você o suficiente para morrer por você e, portanto, tem autoridade espiritual para enviar você ao mundo como Seu agente.

Sentindo-se livre para ir (Is 6:8). Quando Deus diz: “Quem enviarei? Quem irá...?”, Isaías, apesar de seu profundo senso de incapacidade um momento antes, sente-se livre para responder imediatamente: “Envia-me!” (verso 8, NVI). Agora, ele está inteiramente livre para ingressar no que se tornaria um chamado vitalício. É claro que ele não sabia tudo com o que estava se comprometendo naquele momento, mas não se importava. Simplesmente queria fazer o que Deus desejava que fosse feito.

Essa é a liberdade que todo crente precisa ter a fim de seguir a Cristo fielmente. A dúvida tem seu uso. O medo muitas vezes vem dos fatos. A vergonha é inevitável, uma vez que todos somos pecadores. Contudo, essas coisas não nos devem impedir de seguir a Jesus em todo o caminho. Precisamos confiar nEle tão completamente que estejamos dispostos a fazer ecoar as palavras de Isaías: “Envia-me!”

“Ir aonde Deus mandar.” Essa era minha parte favorita da Lei dos Desbravadores. Ser enviado numa viagem com um claro propósito é algo que tem sua própria excitação e poder, não importa quão simples seja o propósito ou quão curta a viagem. Melhor do que contar os pontos num jogo, o esforço de alcançar um alvo designado traz à tona o melhor do coração e da mente humana. Engloba o ser todo, dando um senso de identidade e significado à vida. A vida que tem um propósito é de grande riqueza e realização – o tipo de vida que todo mundo está procurando.

Uma visão cada vez maior do propósito de Deus (Is 49:6). Isaías provavelmente tenha começado sua viagem com uma idéia limitada do alvo que Deus tinha em mente. Ele era cativo da linguagem, cultura e teologia na qual havia sido criado desde criança. Tudo se centralizava nos filhos de Israel como um povo especial que tinha o Deus vivo todo para si. Ele via a si mesmo como enviado para “Jerusalém e Judá” (Is 3:1), “este povo”, para lhe abrir os olhos e ouvidos a fim de que pudesse se converter e ser curado (Is 6:10). Ele poderia ter dito que era alguém que pregava um reavivamento, e não um missionário.

Ele me faz lembrar muitos membros da igreja que me disseram estar mais interessados em ministérios de conservação do que em trabalho missionário. “Nosso primeiro dever é cuidar do que é nosso.” Que visão egoísta da vida e dos objetivos de Deus! Se alguém persistir como fiel seguidor de Jesus, mais cedo ou mais tarde será levado a deixar para trás essa visão tão estreita e encontrar a visão mais expansiva no coração de Deus.

Mais adiante na jornada de Isaías, ele captaria uma visão mais ampla. Era uma “coisa pequena demais” trabalhar só para “restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que Eu guardei”. Deus tinha para ele uma missão mais ampla. “Também farei de você uma luz para os gentios, para que você leve a Minha salvação até os confins da Terra” (Is 49:6, NVI). Deus desejava salvar toda a humanidade. Isso deve ter sido algo completamente novo e revolucionário para Isaías, na primeira vez em que ele entendeu o que Deus estava realmente dizendo.

Você está disposto a ir? (Mt 28:18-20). A comissão evangélica de Mateus 28:18-20 é de muitas maneiras paralela aos textos de Isaías que vimos na lição de hoje. Cristo começa declarando Sua autoridade recém-adquirida na cruz. Devido ao fato de Ele ter morrido para expiar os pecados da humanidade, Sua graça, agora, era suficiente para ganhar o mundo todo. “Façam discípulos”, Ele ordena a Seus seguidores. “Vão... batizando-os... ensinando-os.” Isso resume o que Ellen White chama de “métodos de Cristo”. Ela descreve como Ele “misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me.’ "

Pense nisto

1. Você está disposto a se misturar com pessoas perdidas, demonstrar a compaixão de Cristo, satisfazer necessidades, e convidar seus amigos descrentes simplesmente para seguir a Jesus? Essa é sua missão na vida, quer você decida assumi-la ou não.
2. Como você se equipa para construir relacionamentos que ampliarão o Reino de Jesus?

Monte Sahlin | Springboro, EUA

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domingo, 21 de setembro de 2008

O Profeta Isaías - 21/09/2008 a 27/09/2008

O profeta Isaías: Envia-me a mim


“Em seguida, ouvi o Senhor dizer: Quem é que Eu vou enviar? Quem será o Nosso mensageiro? Então respondi: Aqui estou eu. Envia-me a mim!” (Is 6:8).

Prévia da semana: O profeta Isaías aceitou uma missão de Deus que era impopular. Mas, pelo seu ministério, vidas foram transformadas e o poder de suas palavras é sentido ainda hoje.

Domingo

Introdução
"Quando irão saber?"

1. Descreva a visão de Isaías, registrada em Isaías 6:1-6.

2. Compare a visão de Isaías com as destes outros que tiveram a experiência de ver a Deus. Qual foi a reação comum? Que lição importante podemos tirar dessas reações sobre nossa relação para com o Criador? Êx 20:18, 19; Jz 13:22; Jó 42:5, 6; Ap 1:17
Em resposta à sua visão do “Rei, o Senhor dos Exércitos” Isaías clamou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos!” (Is 6:5).

Por campos e desertos andei / Mas por lá não encontrei / Resposta boa o bastante / Para esta pergunta importante: / Quando irão saber, Senhor? / Será que ouvirão, enfim: / ‘Senhor, envia-me a mim’?

Então, olhei ao meu redor / E ouvi um grande clamor. / Deixei uma lágrima cair, / E senti que me faltava ir; / Será que nunca saberão, Senhor? / Será que nunca vou dizer assim: / ‘Senhor, envia-me a mim’?

Como é que virão a conhecer / O Jesus que é a razão do meu viver? / Quando é que irão abandonar / O caminho que estão agora a trilhar? / Será que nunca saberão, Senhor? / Será que nunca vou dizer assim: / ‘Senhor, envia-me a mim’?

E o Senhor me envia agora / A dizer por este mundo afora / Que todos têm imenso valor. / Quando irão saber, Senhor? / Será que ouvirão, enfim: / ‘Senhor, envia-me a mim’? / A Jesus eles conhecerão / Quando eu disser com carinho: / ‘Venham, sigam-nO! / Ele é o caminho...’”*

Pense nisto

1. Quando você entendeu que aceitar a Jesus como seu Salvador incluía seu compromisso de ajudar outros a conhecerem Jesus como Salvador?
2. Qual é o modo mais eficaz de ajudar outros a conhecerem Jesus: construir relacionamentos com outras pessoas ou enviar literatura em massa pelo correio? Explique sua resposta.

*Autor desconhecido, “When Will They Know?”, Is There No Singing?, p. 33.

Norma Sahlin | Springboro, EUA

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