sábado, 5 de março de 2011

Ciúme e inveja - Resumo Semanal - 05/03/2011 a 05/02/2011

CIÚME E INVEJA
Resumo Semanal - 27/02/2011 a 05/02/2011

 


¹ Noel José Dias da Costa

Objetivo deste estudo:

Compreender que a submissão a Deus e aos Seus planos é a única salvaguarda contra o perigo de condescender com a inveja.

Verdade Central:
A inveja destrói a paz e a alegria características da vida cristã e cega a pessoa, tornando-a refém de seus impulsos. A submissão ao Pai, seguindo a humildade de Jesus representa a vitória sobre esse grande mal.


Introdução
A inveja é o tipo mais antigo de pecado (Is 14:14) e afeta a saúde física, social e espiritual (Pv 14:30). A pessoa que permite que ela se instale no coração desenvolve uma compreensão equivocada de si e dos outros e nutre um sentimento de crítica, ódio e perseguição. Este estudo permite compreender como a inveja se desenvolve e os recursos divinos à nossa disposição para evitá-la e vencê-la.


I. Os fundamentos da inveja

A primeira pessoa que experimentou e nutriu inveja foi Lúcifer, quando desejou receber no Céu a mesma honra devida a Jesus (E. G. White, Primeiros Escritos, p. 145). Isso fez com que o orgulho e egoísmo dominassem seus pensamentos e ações, e logo o seu desejo foi o de ocupar o lugar de Deus (Is 14:14). A inveja é definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de outra pessoa. A psicologia a considera uma das manifestações do mecanismo de defesa conhecido como formação reativa, que é uma forma equivocada de lidar com a própria condição quando comparada com a condição do outro, desejando ser como ele, apesar de negar isso para si e para os demais. É, portanto, doentia.


Ellen G. White nos lembra que “a inveja causou a primeira morte em nosso mundo. ... Todo egoísmo vem de Satanás” (Exaltai-O [MM 1992], p. 293). Precisamos vencer esses maus sentimentos e nutrir o coração com o verdadeiro amor que vem de Deus. Ellen G. White afirma: “Os que amam a Deus não podem abrigar ódio nem inveja. Quando o princípio celestial do eterno amor enche o coração, ele flui para outros, não meramente porque favores são recebidos deles, mas porque o amor é o princípio da ação e modifica o caráter, governa os impulsos, controla as paixões, subjuga inimizades, eleva e enobrece as afeições.”

Para refletir:

Alguma vez você já se sentiu prejudicado (a) pela inveja de alguém?


II. A inveja nas relações familiares

Desde a entrada do pecado, convivemos com o sério problema da rivalidade entre os membros da família. Grande parte desse problema poderia ser resolvida se a inveja fosse controlada, e em seu lugar estivessem o amor e o respeito. Os irmãos de José vivenciaram esse conflito. Permitindo que a inveja dominasse suas ações, cometeram a insensatez de fazer mal ao seu irmão, desconsiderando o impacto de suas decisões sobre o pai deles. O remorso os perseguiu depois, até que viram a atitude perdoadora de José, que lhes disse: “Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus?” (Êx 50:19).


Em certo sentido, José representou Jesus que, mesmo sendo vendido por seus irmãos, não os condenou, mas deu-lhes a oportunidade de recomeçar sua trajetória, buscando o caminho da justiça e do amor que vem de Deus.


Para refletir:

O que é possível fazer para que a rivalidade dê lugar ao amor fraterno em nosso lar?

III. A inveja de Saul

Embora tivesse, a princípio, uma disposição favorável a Davi, Saul se demonstrou depois muito hostil a ele, perseguindo-o com o propósito de o matar. Essa mudança não se deu de uma hora para outra, mas gradualmente, na proporção em que Saul nutria a inveja no coração. Aparentemente, o problema começou quando o aplauso popular desviou-se dele para Davi. Era-lhe muito pesaroso ver o nome de Davi em evidência, e o dele em aparente esquecimento. Por isso, passou a tê-lo como rival e inimigo. Esse problema sempre estará presente onde existirem pessoas com inveja.


O invejoso espalha veneno aonde quer que vá, separando amigos e suscitando ódio e rebelião contra Deus e as pessoas. Procura ser considerado o melhor e o maior, não mediante heróicos e abnegados esforços por alcançar o alvo da excelência, mas sim ficando onde está e diminuindo o mérito dos outros (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 56).

De Saul podemos compreender que a inveja produz uma série de sentimentos ruins como: autoestima baixa, ódio, suspeita, medo, culpa e ira. Mas a pior consequência é o afastamento de Deus, que Saul infelizmente experimentou. Ellen G. White afirma que “o ciúme leva o homem a desconfiar do outro procurando privá-lo de vantagens e posição. Saul possuía ambos, ciúme e inveja” (Signs of the Times, 2 de novembro de 1888).


Para refletir:

O que você sente quando um amigo lhe fala de suas conquistas pessoais, profissionais ou materiais? Você é capaz de se alegrar com o sucesso dos outros?


IV. A inveja contra Jesus

Jesus também foi alvo da inveja dos líderes religiosos de Seus dias (Mt 27:18). A visão inovadora que Ele apresentava da vida religiosa e de Deus era muito diferente da religião fria e legalista que eles adotavam. Ele era admirado e respeitado pelo povo, ao contrário deles, que eram temidos. A grande influência de Jesus sobre o povo e Seu caráter justo os incomodava muito.


Em sua origem, a palavra inveja significa “não ver” (do latim “invedere”). Por isso, retrata bem o que ocorre com a pessoa invejosa, que não consegue ver as pessoas, nem a si mesma, de maneira correta. Os líderes judaicos estavam tão possuídos por esse terrível sentimento que não conseguiam ver Jesus como Filho de Deus, o Salvador, nem Seus ensinos como verdadeiros. Perderam a chance da salvação, morrendo na perdição.


A este grau a inveja e o preconceito amargo levam seus escravos. Ao rejeitar Cristo, os fariseus se colocaram onde trevas e superstição se fecharam em torno deles, aumentando continuamente o ódio e a incredulidade. Estavam prontos para manchar as mãos de sangue a fim de cumprir seus objetivos profanos, e tirariam mesmo a vida de quem tinha poder infinito para Se erguer da sepultura. Eles se colocaram onde nenhum poder, humano ou divino, poderia alcançá-los. Pecaram contra o Espírito Santo, e Deus não tinha reservado poder para resolver seu caso. Sua rebelião contra Cristo era decidida. Eles não teriam este homem, Jesus, para reinar sobre eles (Signs of the Times, 9 de outubro de 1879).


Conclusão

O amor de Deus em nosso coração é a salvaguarda de que necessitamos para que não sejamos apanhados na armadilha da inveja. Só ao pé da cruz podemos encontrar nosso real valor e o de nosso semelhante, sendo capazes de considerá-lo e a nós mesmos pelo preço que foi pago pelo nosso Pai eterno: o sangue de Cristo.




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¹Noel José Dias da Costa é psicólogo e pastor, mestre e doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Teologia pelo SALT-UNASP-EC. Atua como professor, psicólogo e auxiliar da Associação Ministerial no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP). É casado com a pedagoga Erenita M. S. da Costa, e pai de Tiago e Ana Cristina.

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sexta-feira, 4 de março de 2011

Ciúme e inveja - 04/03/2011 a 05/02/2011

Sexta, 4 de março

Opinião
Conflito ou paz? Você decide


Muitas vezes me pergunto como seria o mundo sem o ciúme. Talvez alguns relacionamentos ainda existissem, ou talvez você não tivesse gasto suas economias num carro novo porque você invejou o carro novo do vizinho. Mas, acima de tudo, não haveria pecado no mundo.

Talvez você olhe para os alunos mais destacados de sua classe e se pergunte: “Por que ela é tão inteligente?” Ou: “Por que ele ganhou aquele troféu?” Talvez até cheguemos ao ponto de odiar essas pessoas e nos isolar delas. Quando abrigamos sentimentos de inveja em nosso coração, acabamos magoando a nós mesmos. Devemos ser cuidadosos quanto ao modo como consideramos as realizações dos outros. Tiago 3:16 diz: “Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males”. E se voltássemos os holofotes para nós mesmos? Será que você realmente estaria em posição de obter aquele prêmio? Será que você realmente “ralou” nos estudos como seu colega de classe para alcançar notas altas? Será que você não está simplesmente com ciúmes de toda a atenção que seus colegas de classe estão recebendo? E se seus talentos estiverem em outra área que não no estudo ou nos esportes? Talvez você tenha outro talento que possa capitalizar, como a pintura ou a música. Devemos perguntar a Deus: “É isto o que o Senhor quer que eu faça? É este o caminho que devo seguir?”

Deus deseja que tenhamos relacionamentos significativos, mas o diabo não gosta quando o povo de Deus está feliz, por isso está sempre tentando provocar destruição. Quando Deus reina em nosso coração, nossa primeira reação a tais situações não é de raiva. Ao contrário, confiamos nAquele que nos conduzirá até o fim para que Ele nos ajude a pensar claramente com respeito a nossos pensamentos e emoções e a reagir de uma forma que reflita Seu amor. Isso é paz.

Agora pese a diferença para ver qual dos dois você quer experimentar: conflito ou paz?

Mãos à obra

1. Escreva sobre um momento em que você teve ciúmes e agiu de acordo com ele. O que aconteceu? Alguém foi magoado? Você teve de consertar a situação?

Shareka McFarlene – St. Catherine, Jamaica

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Ciúme e inveja - 03/03/2011 a 05/02/2011

Quinta, 3 de março

Aplicação
Ele tem, eu não


O time de basquete da casa pega o rebote e toma a bola do time adversário e corre em direção ao cesto. O armador principal passa a bola para Mark. Restando cinco segundos, e sendo que o time está perdendo por um ponto, Mark dribla um jogador adversário, faz a bandeja e a cesta da vitória! Os torcedores explodem num frenesi de alegria, enquanto os colegas de equipe de Mark o carregam nos ombros. Anthony, contudo, fica parado, sozinho e derrotado, no centro da quadra. “Eu é que devia ter feito a cesta”, ele suspira tristemente consigo mesmo.

Com o suor a lhe escorrer pelo rosto e a descer pelas costas, Joel respira pesadamente ao andar rápido para não chegar atrasado à aula. De repente, escuta um barulho de carro: Vvvvrrrrooomm! Ele para e se vira, enquanto ouve o som de música alta e o barulho de redução da marcha do novo carro esporte turbinado dirigido pelo capitão do time de futebol da faculdade. Joel apressa o passo para entrar pelo portão do campus e vê aquele aluno com sua namorada saindo do carro e andando de braços dados para a sala de aula. “Ah, se eu fosse ele”, Joel suspira. “Então eu poderia conseguir a garota mais bonita da escola e uma bolsa de estudos por ser bom em futebol”.

Quantas vezes já nos vimos tendo ciúme de alguém, pensando como é possível lidar com essa emoção! Aqui vão algumas sugestões para ajudar:

Leia bons livros. Para começar, sugiro o capítulo 59 de Patriarcas e Profetas. Ele trata do desejo dos israelitas por terem seu próprio rei, imitando os reinos que os cercavam.

Ajude os menos afortunados. Ajudar outros que estão em necessidade nos dá um senso de bem-estar e realização. Além disso, ajudar outros tira nossa mente do que não temos e nos capacita a gostar do que temos.

Ore fervorosamente. Peça a Deus que seja o centro de sua vida. “As circunstâncias podem nos separar de todos os amigos terrestres; nenhuma, porém, nem mesmo a distância, nos pode separar do celeste Consolador. Onde quer que estejamos, aonde quer que tenhamos ido, Ele Se encontrará sempre à nossa direita, para apoiar, suster, erguer e animar” (O Desejado de Todas as Nações, p. 669, 670).

Mãos à Bíblia

7. O que Jesus fez para despertar o ódio dos líderes religiosos? O que as ações deles revelam sobre seu coração? Ao pensar em sua resposta, pense em como você teria respondido se fosse você que estivesse nessa situação.

Linval Lewis – St. Catherine, Jamaica

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quarta-feira, 2 de março de 2011

Ciúme e inveja - 02/03/2011 a 05/02/2011

Quarta, 2 de março

Testemunho
A cura divina

O ciúme está corroendo você? Você se sente miserável porque tem ciúmes do que outras pessoas possuem? Então olhe para Jesus como o antídoto. Ele quer curar você. Leia o que Ellen White tem a dizer:

“Que formosura de caráter resplandecia da vida diária de Cristo! Ele é que deve ser nosso modelo. Há grande obra a fazer, em moldar o caráter segundo a semelhança divina. A graça de Cristo tem de moldar o ser todo, e seu triunfo não será completo antes que o universo celestial testemunhe, no comportamento dos filhos de Deus, habitual ternura de sentimentos, amor semelhante ao de Cristo e obras santas.

“Cada pessoa deve alcançar uma experiência própria. Ninguém pode depender da experiência ou prática de outrem para salvação. Cada um de nós precisa familiarizar-se com Cristo para poder representá-Lo devidamente ao mundo. ‘Pelo Seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude.’ 2 Pe 1:3. Nenhum de nós necessita desculpar seu temperamento irritável, o caráter malformado, o egoísmo, inveja, ciúmes ou qualquer impureza da mente, do corpo ou do espírito. ...

“Precisamos aprender de Cristo. Precisamos saber o que é Ele para aqueles a quem Ele resgatou. Temos de sentir que pela fé nEle é nosso privilégio ser participantes da natureza divina, escapando assim da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Somos então purificados de todo pecado, de todos os defeitos do caráter. Não precisamos conservar nem uma só propensão pecaminosa. ...

“Deus nos deu toda facilidade, toda graça. Ele nos proveu as riquezas do tesouro celeste, e é nosso privilégio sacar continuamente deste capital” (Ellen G. White, Maravilhosa Graça [MM 1974], p. 233.

Mãos à Bíblia

6. Como a inveja de Saul se acentuou? Veja sua história em 1 Samuel 19. Que lições existem aqui para nós?

Inicialmente, Saul agiu com alguma cuidado, na tentativa de remover a ameaça representada por Davi. Quando isso não funcionou, ele passou a atacá-lo. Talvez, a princípio, não pensou em ir tão longe. Porém, uma vez que as comportas do pecado são abertas, podemos não perceber quão longe esse caminho pode nos levar.

Jean Boeve – Detroit, EUA

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terça-feira, 1 de março de 2011

Ciúme e inveja - 01/03/2011 a 05/02/2011

Terça, 1º de março

Exposição
Câncer mental

Os efeitos modernos do ciúme (Tg 3:16, 17). Lucas e Roxanne estavam casados há cinco anos. Ele era carismático e confiante; mas Roxanne era muito insegura, porque trazia uma bagagem de um relacionamento prévio. Em várias ocasiões, ela derramou o coração para Lucas, pedindo-lhe que fosse mais sensível a sua situação enquanto ela tentava superá-la. Contudo, toda vez que Roxanne o interrogava sobre qualquer mulher que estivesse prestando atenção nele, ele sentia que ela estava questionando sua lealdade ao casamento.

O ressentimento e a ira foram crescendo, e o casamento acabou terminando em divórcio. Roxanne decidiu viver como solteira, porque não tinha certeza de que jamais seria capaz de confiar novamente num homem. Embora Lucas sempre tivesse sido fiel a Roxanne, ela sentia muito desprezo por ele.

O ciúme comparado a uma sepultura (Pv 6:34; Ct 8:6). O ciúme é para a mente o que o câncer é para o corpo. É degenerativo e doloroso. Aos poucos, ele mina sua vida, energia e dedicação. Aprisiona a pessoa e faz com que ela se sinta como se estivesse perdendo o controle. Sentir ciúmes por um período longo resulta em profunda dor emocional, deixando a pessoa a crer que não há saída.

O sábio Salomão, em Cantares 8:6, compara o ciúme à sepultura. Conquanto a palavra ciúme neste verso seja melhor traduzida como “amor zeloso” ou “paixão”,1 comparar o ciúme à sepultura traz à mente algumas conclusões interessantes. A sepultura representa a violenta separação de nossos queridos. Justamente quando você pensa que tudo estava indo como você queria, um ente querido morre e você se sente como se seu mundo tivesse desmoronado. O ciúme pode criar o mesmo senso de desespero.

Outra comparação entre o ciúme e a sepultura é que a pessoa que faleceu nunca saberá da dor que você teve de passar como resultado da morte dela. Da mesma forma, quando estamos lidando com o ciúme, pode parecer que as pessoas ao nosso redor não sabem nada de nossos sentimentos e opiniões.

Talvez a maior comparação de todas entre o ciúme e a sepultura é que esta representa a morte e o ciúme tem o poder de drenar a vida de quem o alimenta. Se não lidarmos corretamente com ele, o ciúme pode fazer com que fiquemos perdidos, que nos transformemos em outra pessoa. Provérbios 6:34 nos diz que o ciúme pode causar grande ira. Ele pode consumir de tal forma a mente que dite o comportamento e atrapalhe a capacidade de julgamento de uma pessoa que comumente não desejaria causar mal a ninguém. E, antes que se passe muito tempo, a pessoa cuja mente está sendo consumida pelo ciúme deixa de ser amável.

Fazendo o cálculo (Gênesis 37). Os irmãos de José o invejavam por causa do favoritismo do pai em relação a ele, embora não haja desculpas para isso. Jacó favorecia José “porque lhe havia nascido em sua velhice” (Gn 37:3). Esse favoritismo o levou a dar a José uma roupa especial e fez com que seus irmãos sentissem ainda mais ciúmes. Quando José teve sonhos que indicavam que ele se tornaria um governante sobre seus irmãos, isso foi o suficiente para fazer com que eles desejassem matá-lo.

“Será que o ciúme poderia alguma vez fazer você sentir vontade de matar alguém? Antes de dizer: ‘É claro que não’, olhe o que aconteceu nesta história. Dez homens estavam dispostos a matar seu irmão mais novo por causa de uma túnica e alguns sonhos que ele contou. Seu profundo ciúme havia se transformado numa horrível fúria que os cegou completamente para o que era certo. O ciúme pode ser difícil de ser reconhecido, porque nossas razões para nutri-lo parecem fazer sentido. Mas, se não for refreado, o ciúme cresce rapidamente e leva a sérios pecados. Quanto mais você cultiva sentimentos de ciúme, mais difícil é se libertar deles. O momento de lidar com o ciúme é quando você nota que está fazendo o cálculo do que outras pessoas têm.”2

Ciúme real (1 Samuel 18)
Uma vez mais lemos na Bíblia como o ciúme pode ter sérias consequências. Saul sentiu tanto ciúme do sucesso e popularidade de Davi que teve um acesso de raiva, pegou uma lança e a atirou nele, esperando cravá-lo na parede (versos 8 a 11). Durante o resto de sua vida, Saul continuou a ameaçar a vida de Davi. Contudo, apesar disso, Davi poupou a vida de Saul duas vezes, quando poderia tê-lo matado. Isso apresenta outro lado do ciúme. Se você conhece alguém que tem ciúme de você, é capaz de agir como Davi? Você seria capaz de ser bondoso com essa pessoa, em vez de revidar seus ataques?

1. The Interpreter’s Bible, v. 5, p. 143.
2. Life Application Study Bible (Wheaton, Ill.: Tyndale House, 1991), p. 77.

Mãos à Bíblia

4. Qual foi a atitude inicial de Saul em relação a Davi? 1Sm 18:1-5

As ações de Saul mostram que ele teve uma atitude muito positiva em relação a Davi, a quem deu uma posição elevada no exército. Considerando também a atitude de seu próprio filho, está claro que Davi teve o favor do rei.

5. O que mudou a atitude de Saul? Por que essa é uma resposta humana tão comum? 1Sm 18:6-9

O restante do capítulo 18 de 1 Samuel mostra quão prejudicial se tornou a inveja de Saul sobre Davi. Esse sentimento o levou a toda sorte de desvios e estratégias, mas nenhuma delas funcionou. As próprias coisas que ele temia em Davi se tornaram cada vez mais evidentes.

Ricardo Kerr – St. Catherine, Jamaica

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ciúme e inveja - 28/02/2011 a 05/02/2011

Segunda, 28 de fevereiro

Evidência
Lúcifer, Hera ou Deus?

Extremamente ciumenta e vingativa, a deusa Hera da mitologia grega odiava Páris, porque ele não a escolheu como a deusa mais bonita. Também odiava os filhos de seu marido Zeus. Uma versão da história diz que, devido a seu ciúme por Zeus ter tido uma filha (Atena) fora do casamento, se vingou tendo um filho sozinha, fora do casamento. Depois, ela ficou tão decepcionada com a aparência desse filho que o atirou para fora do Monte Olimpo.1

Assim, vemos que o ciúme normalmente gera conflito. Quem dentre nós já não caiu em sua cilada? O ciúme pode fazer com que sejamos vingativos, insensíveis e rudes. Como Lúcifer (Is 14:12-14), muitos de nós temos tudo o que precisamos. Contudo, sempre há alguma outra coisa que desejamos ou alguém de quem temos ciúme, porque essa pessoa tem algo que gostaríamos de ter. Lúcifer era o próximo em poder após Cristo,2 e portanto tinha grandes responsabilidades. Contudo, desejou mais: “Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo” (Is 14:14).

Muitas famílias já foram destruídas por causa do ciúme, muitas guerras travadas e muitas vidas tiradas. A cobiça é um pecado (Ex 20:17). Então, por que Deus diz repetidamente que Ele é ciumento (zeloso)? A palavra grega para ciúme, zelos, significa “ter zelo” e “ser ciumento”.3 Zelo significa “entusiasmo enérgico e persistente, especialmente por uma causa ou ideia”.4 E um dos significados de “ciumento” é “aquele que exige lealdade ou devoção exclusiva”.5 Será que esses dois sentidos não representam perfeitamente o que Deus sente? O ciúme divino não é feio ou destrutivo. Vemos Seu zelo por nós através da vida e morte de Seu Filho em nosso lugar.

“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” (Rm 5:8).

1. Wikipedia. “Hera.” Disponível em:
2. The SDA Bible Commentary, v. 4, p. 179.
3. Wiktionary. “Jealous.” Disponível em:
4. Encarta Dictionary: English (North America). “Zeal.”
5. Encarta Dictionary. English (North America). “Jealous.”


Mãos à Bíblia

3. Pense na história de José. Que atitude de seus irmãos os levou a cometer esse crime tão grave? Qual foi o papel da inveja? Gn 37:1-36

Peter Lopez – New York, EUA

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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ciúme e inveja - 27/02/2011 a 05/02/2011

Ciúme e inveja


"O rancor é cruel e a fúria é destruidora, mas quem consegue suportar a inveja?” (Pv 27:4).

Prévia da semana: A inveja e o ciúme foram a porta de entrada do pecado no Universo, e ainda causa muitos problemas à humanidade. Para ser felizes, precisamos aprender a viver contentes com o que temos e somos.

Leitura adicional: Is 14:12-14; Tg 3:16, 17; Êx 20:17; Gn 37; 1Sm 18; Mt 12:14.

Domingo, 27 de fevereiro

Introdução

Livres dos ciúmes?


“Antes eu achava que ele fazia essas coisas porque me amava. Mas agora não acho mais isso. Sinto-me sufocada. Sinto-me como se ele não confiasse em mim. Isso está realmente afetando nosso relacionamento, e acho que está afetando até nossos filhos”. Alícia estava relatando alguns episódios que confirmavam que seu marido tinha ciúmes dela. Ele telefonava para ela várias vezes durante o dia para saber o que ela estava fazendo. Ficava nervoso se ela chegasse tarde em casa e sempre ouvia as conversas dela ao telefone. “Não aguento mais” – Alícia confidenciou a sua amiga – “quero o divórcio.”

A jovem Kaden cresceu num lar cristão e entregou sua vida ao Senhor. Ela era talentosa, extrovertida, “a menina dos olhos” de todo mundo. Fazia parte da maioria das comissões de sua igreja e sempre era chamada a participar dos programas. Um dia, Christen começou a frequentar a igreja, batizou-se e foi chamada para fazer muitas das coisas que as pessoas antes pediam que Kaden fizesse. Kaden se ressentiu com Christen por “tomar seu lugar” e logo começou a não gostar de outros membros da igreja também. Parou de frequentar aquela igreja e se mudou para outra.

O ciúme pode despertar uma série de outras emoções e comportamentos, incluindo raiva, cobiça, ressentimento, suspeita, desconfiança e calúnia (Cl 3:5, 8) – hábitos que não devem ser cultivados por ninguém que deseje edificar um caráter semelhante ao de Cristo.

A Bíblia declara que Deus é “zeloso” (ciumento) (Êx 20:5; 34:14; Dt 4:24; 5:9; 6:15; Js 24:19), e alguns podem usar esse verso para justificar seu ciúme. Contudo, o ciúme de Deus significa que Ele “Se recusa a partilhar Sua glória com os ídolos”1 e que “não aceita a adoração e o serviço de um coração dividido”.2

O ciúme tem muitos efeitos negativos sobre nós e sobre outros, inclusive a má saúde e o dano dos relacionamentos. Como cristãos, não estamos imunes a esses sentimentos. Portanto, nesta semana olharemos para a inveja e o ciúme e veremos como podemos vencer essas emoções perigosas.

1. The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 602.
2.
Ibid.


Mãos à Bíblia

1. Qual foi a causa da expulsão de Satanás do Céu? O que isso diz sobre a possibilidade de surgir essa característica terrível mesmo em um ambiente perfeito? Is 14:12-14
2. O que nos diz Tiago a respeito dos males provocados pela inveja? Tg 3:16, 17

Julia Campbell –
Weschester, EUA

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