sábado, 6 de fevereiro de 2010

Amabilidade - 06/02/2010 a 06/02/2010

“AMABILIDADE”


por Emilson dos Reis

Começamos o estudo da lição da Escola Sabatina deste trimestre comparando o fruto do Espírito com uma laranja e seus gomos, de modo que cada gomo representa uma das virtudes cristãs e que estas devem crescer juntas no fruto.2 Nesta semana, vamos considerar o “gomo” da benignidade ou amabilidade, que se encontra ao lado do “gomo” da bondade. A semelhança entre elas é tamanha que alguns tradutores empregam a palavra bondade quando traduzem o que na língua original está como benignidade.

Ambas são modalidades do amor, e a diferença parece consistir em que benignidade (em linguagem mais atual: amabilidade ou delicadeza) se refere à atitude ou disposição do coração, enquanto a bondade é a exteriorização dessa atitude por meio de ações ou palavras. A benignidade é algo do coração e diz respeito ao sentir e ao ser, mas para ser notada precisa se manifestar, e isso acontece através da bondade, que é o fazer. Assim, é impossível estudar e entender a benignidade sem, ao mesmo tempo, relacioná-la com a bondade.

I. DEUS: Modelo de amabilidade

Para referir-se à benignidade, o Novo Testamento emprega por dez vezes o termo chrestotes, todas de autoria paulina (Rm 11:22; Ef 2:7; Tt 3:4)3. É sua disposição favorável para toda a sua criação e independe de qualquer motivação nas suas criaturas. Quando está voltada para as criaturas irracionais, dá-lhes o que precisam (Jó 38:41; Sl 145:15-16; 147:7-9); quando se manifesta aos filhos de Deus, é para comunicar-lhes vida e bênção (Sl 31:19; Ef 2:5-7), sendo a base do galardão e levando-o a cumprir suas promessas; e quando dirigida aos homens que vivem longe de Deus, busca trazê-los ao arrependimento a fim de que não recebam a ira de Deus no dia de seu justo juízo (Rm 2:4-5)4. Desse modo, somos todos convidados a considerar “a bondade e a severidade de Deus” (Rm 11:22). Enquanto Sua bondade contempla aqueles que têm fé e nela permanecem, Seus juízos são direcionados àqueles que se mantêm na incredulidade. Todavia, mesmo estes, se não continuarem na incredulidade, antes se voltarem para o Senhor, tornarão a ser alvos da bondade que Ele manifesta para com Seus filhos.5

O evangelho apresenta Deus como nosso modelo de benignidade. Jesus disse: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48). Como já foi visto na segunda lição, quando estudamos sobre o amor, esta expressão não é a melhor tradução do que, de fato, Jesus estava ensinando. O assunto que Ele vinha apresentando não era sobre perfeição e, sim, sobre o amor. A melhor tradução seria “sede vós inclusivos como inclusivo é o vosso Pai celeste”6

Então, Seu apelo, no contexto, é para incluirmos em nosso amor não apenas os bons, mas também os maus, como Deus, nosso Pai, faz.

II. Amabilidade por meio de ações

Encontramos nas Escrituras diversos exemplos de pessoas que, por meio de suas ações, manifestaram a amabilidade que havia em seu coração. Examinemos dois, um do Antigo Testamento e outro do Novo Testamento.

Abigail. Benigno é alguém amável, delicado, cortês, gentil. O contrário é uma pessoa desagradável, descortês, rude, grosseira. Em 1 Samuel 25, encontramos a narrativa acerca de um casal com essas características; um bem diferente um do outro. O homem chamava-se Nabal e a mulher, Abigail. Nabal, cujo nome significa “insensato”, é descrito como alguém muito rico, dono de rebanhos e de servos, mas, também, homem “duro e maligno em todo o seu trato” (v. 3) e, na visão de seus servos e de sua esposa, um “filho de Belial” ou “homem de Belial” (vs. 17 e 25), isto é, um homem desprezível.

Antes de Davi ser rei, quando era apenas um fugitivo, acampou, durante várias semanas, com seus homens, naquelas terras. Naqueles dias, ajudaram a proteger os rebanhos de Nabal de animais ferozes e de ladrões e respeitaram a propriedade alheia e nunca tocaram em nada do patrimônio daquele rico fazendeiro. Em um tempo de necessidade, solicitaram sua ajuda, mas ele, além de se recusar, aos gritos, fez pouco caso de Davi e seus homens.

Quando Davi soube do ocorrido, reuniu seus homens e se dirigiu à casa de Nabal para exterminar aquele homem e seus servos. Todavia, um destes anunciou a Abigail o que ocorrera. Esta, rapidamente, providenciou alimentos para Davi e seus homens e encarregou alguns de seus criados de se apressarem e levarem, adiante dela, aquele presente. Pouco depois, ela se encontrou com Davi e, mediante suas ações e suas palavras, conseguiu impedir um grande massacre. O relato a descreve como uma mulher “sensata”(v. 3), que agiu com “prudência” (v. 32). De fato, ela agiu com prontidão, foi humilde, assumiu a culpa e, com amabilidade desviou a ira de Davi e salvou a muita gente.

O bom samaritano. Na conhecida parábola do bom samaritano (Lc 10:30-37), vemos um exemplo da amabilidade em ação. Depois que o viajante fora assaltado e espancado, e depois que o sacerdote e o levita se haviam desviado, nada fazendo para prestar socorro, felizmente alguém mais viajava pela mesma estrada naquele dia. Era um estrangeiro, um odiado samaritano, que, por isso mesmo, maior razão teria para passar de largo. Mas não fez assim. Ele se aproximou, chegou bem perto do homem ferido. Logo reparou que era um judeu, alguém que odiava sua raça, alguém de outra religião, alguém que provavelmente jamais o ajudaria, se as posições estivessem invertidas. Mas isso não importava. Quem estava ali precisando desesperadamente de ajuda era um ser humano. Para ele, isso era motivo suficiente para prestar auxílio. Diz a Bíblia: “Vendo-o, compadeceu-se dele”. Ele primeiro teve compaixão em seu coração e tudo o mais que ele fez daí em diante foi apenas o resultado da misericórdia, do amor que habitava em seu coração.

“Com carinho e amabilidade tratou do ferido”,7 utilizando os recursos disponíveis. Como parte do alimento que trazia consigo, havia azeite e vinho, que também eram comumente usados para tratar ferimentos. Usou o vinho para limpar as feridas e o azeite para suavizar a dor.8 Depois, colocou-o sobre sua cavalgadura e ele próprio foi a pé, conduzindo o animal vagarosamente para não sacudir o ferido, aumentando assim seus sofrimentos.9 Chegando a uma hospedaria, cuidou dele durante a noite, velando-o carinhosamente. Pela manhã, como o doente dava mostras de estar melhor, o samaritano resolveu continuar viagem; antes, porém, fez os devidos acertos com o hospedeiro, para que este cuidasse do enfermo e lhe deu algum dinheiro, com o compromisso de cobrir qualquer despesa extra que pudesse ocorrer, quando voltasse por aquele caminho no retorno de sua viagem. Agindo assim, o samaritano mostrou ser verdadeiramente convertido. No espírito e nas ações, provou estar em harmonia com Deus e Sua lei.

III. Amabilidade na comunicação

O termo comunicação deriva do latim communis, significando comum. Para nos comunicarmos com alguém, é necessário que estabeleçamos pontos em comum com ele, de modo que, quanto maior for o número de pontos comuns, maior será a probabilidade de ocorrer boa comunicação e entendimento.10

Jesus foi o comunicador por excelência. Ele buscava Se aproximar das pessoas para lhes falar das boas-novas da salvação, através de pontos comuns a elas e a Ele. Sua própria encarnação ocorreu para que a humanidade fosse um ponto comum entre nós e Ele. Alguns incidentes em Sua vida servem de exemplo: (1) junto ao poço de Jacó, Ele alcançou o coração da mulher samaritana usando um ponto comum a ela e a ele: a sede (2) no dia de Sua morte, o ladrão que estava ao Seu lado aceitou a salvação. Nesse caso, o ponto comum aos dois foi a cruz.

A comunicação pode ser verbal e não verbal. A verbal ocorre quando utilizamos o verbo, a palavra, e a comunicação não verbal se expressa sem o uso de palavras e pode incluir inflexão da voz, modo de olhar e posição e gestos do corpo.

Como filhos de Deus, possuidores do fruto do Espírito, precisamos ser amáveis em todas as forma de comunicação. Desse modo, a amabilidade ficará vidente não só no conteúdo de nossa mensagem, nas palavras de nossos lábios, mas também no tom de nossa voz, na expressão de nosso olhar e em nossa linguagem corporal.

IV. Amabilidade deve ser cultivada

Em uma seção de sua carta aos Colossenses (3:5-17), o apóstolo Paulo compara e contrasta o estilo de vida que tínhamos quando estávamos apartados de Cristo e a nova vida que agora vivemos, andando em Seus caminhos. O velho homem versus o novo homem.11

O velho homem foi crucificado (Rm 6:6). Que significa isso? O método da crucifixão parece ter sido inventado pelos fenícios e, depois, adotado pelo império romano para executar os piores criminosos e os traidores. Quando alguém era pregado em uma cruz, estava oficialmente morto. Todavia, ainda permanecia vivo por alguns dias, enquanto a vida se esvaia aos poucos e, ao final, ocorria a morte, geralmente por asfixia. No caso de Cristo, desde que foi colocado na cruz até o momento de Sua morte decorreram apenas seis horas porque Ele não morreu de crucifixão. Ele morreu de coração partido, em razão de que levou sobre Si os nossos pecados. Já os dois ladrões que estavam ao Seu lado foram retirados da cruz – porque os judeus não deixavam ninguém na cruz no dia de sábado – e suas pernas foram quebradas para que não fugissem e também para apressar sua morte.

Algo semelhante ocorre com o cristão. Quando ele crê em Cristo como Filho de Deus, seu Salvador e Senhor de sua vida, o cristão é colocado na cruz. Sua velha natureza pecaminosa está oficialmente morta, mas ela não desapareceu, ainda está lá, todavia, dominada pela graça de Deus. Se o cristão se afastar de Deus, ela descerá da cruz e voltará a praticar as mesmas coisas de antes (Gl 2:19; 6:14; cf. 1Co 9:27). Por isso, temos algo a fazer: renovar cada dia nosso compromisso com Cristo. Na linguagem de Paulo: “fazei, pois, morrer, a vossa natureza terrena” (V. 5) ou “despojai-vos” (v. 8). Precisamos dia a dia, abandonar as velhas práticas pecaminosas, mas, também, cultivar as graças cristãs. A figura que ele usa para ilustrar é a do vestuário. Imagine alguém trajando vestes sujas, rotas, mal-cheirosas, tirando-as uma a uma e, depois, vestindo-se de roupas novas, limpas e belas. Ele diz: “vos despistes do velho homem” (v. 9). E quais eram as vestes desse velho homem? Prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno, avareza, ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena e mentira (vs. 5, 8-9). E acrescenta: “vos revestistes do novo homem” (v. 10). Quais são as vestes desse novo homem? “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, (...) acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos” (v. 12-15).

Mas como isso é possível? Como podemos nos despir do mal e nos revestir do bem? Como podemos ser, inclusive, pessoas amáveis, cheias de ternos afetos? O segredo foi revelado no verso que se segue: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo” (v. 16). Quando buscamos conhecer e apegar-nos à Palavra de Deus, quando ela se torna abundante na vida da igreja e em nossa vida pessoal, essa transformação é possível.

A conversão é apenas o início da vida cristã. Nesse momento há uma lacuna entre nossos ideais e a realidade de nosso comportamento. Na sequência deve vir nossa caminhada com Cristo, quando ocorre nossa formação espiritual, fundamentada nas virtudes, de modo que somos mudados, moldados, a partir do interior. É um processo intencional (Tg 1:4). Desse modo, enquanto a salvação ocorre unicamente pela misericórdia de Deus, sem o esforço humano (Rm 9:16), o crescimento em Cristo envolve a cooperação entre Deus e Seus filhos (1Jo 3:3; Fp 2:12-13).12

“Temos que aprender que graça é o oposto de merecimento e não de esforço.”13 “Deus trabalha em nós e conosco, nunca contra nós ou sem nós.”14 O nosso esforço acontece mediante uma força sobrenatural dentro de nós (Fp 2:12-13), que recebemos de Deus (Jo 1:12). Entramos nas virtudes gradualmente e isso vem por meio da prática.15

“Uma virtude é demonstrada quando escolhemos servir em vez de dominar ou manipular; quando escolhemos respeitar em vez de cobiçar ou ameaçar; quando escolhemos ser amáveis em vez de ser truculentos. Escolher a virtude é escolher submeter nossa vontade a Deus e agir como Jesus agiria.”16

V. Amabilidade: Pensamentos afins

“Desconfio que as pessoas mais felizes que você conhece são aquelas que se esforçam por ser generosas, prestativas e confiáveis – e a felicidade entra de mansinho em sua vida enquanto elas estão ocupadas com esse esforço.”17

“Quando eu era jovem, admirava as pessoas espertas. Agora que sou velho admiro os generosos.”18

omo ao corpo humano alguns tipos de alimentos e algumas atividades trazem mais saúde, enquanto outros o debilitam, assim também ocorre com a mente humana. “Ciúme, egoísmo e desconfiança a envenenam; honestidade, generosidade e alegria a revigoram. Sentimo-nos melhor, de maneira literal, quando nos esforçamos para ajudar alguém.”19

“O que verdadeiramente caracteriza uma pessoa é sua maneira de tratar alguém que não pode trazer-lhe nenhum bem.”20

“Quero fazer todo o bem que puder, por todas as pessoas que puder, do maior número de maneiras que puder e pelo maior tempo que eu puder.”21

“O propósito da vida não é vencer, mas crescer e compartilhar. Quando olhar para trás e contemplar tudo o que fez na vida, você extrairá mais satisfação do prazer que levou à vida de outras pessoas do que dos momentos em que você as sobrepujou e derrotou.”22

“Você consegue fazer mais amigos em dois meses demonstrando seu verdadeiro interesse pelas outras pessoas do que em dois anos tentando fazer com que os outros se interessem por você.”23

“Fazemos um bem extraordinário a nós mesmos quando fazemos algo pelos outros.”24

“O que damos aos outros transmite uma poderosa mensagem com relação a quem somos. Nossa maneira de reagir diante da indelicadeza, injustiça ou ingratidão fala intensamente sobre o nosso verdadeiro caráter.”25

Emilson dos Reis atuou como pastor distrital em diversas igrejas no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Foi pastor e professor no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul e no Centro Universitário Adventista de São Paulo. É doutor em Teologia Pastoral e diretor da Faculdade Adventista de Teologia no UNASP, onde também leciona as disciplinas de Introdução Geral à Bíblia e Homilética. É autor dos livros: Introdução geral à Bíblia; Aprenda a liderar; Como preparar e apresentar sermões e O dom de profecia no púlpito.

Referências bibliográficas
Ver neste site o comentário da primeira lição.

3. E. Beyreuther, “Bom, Belo, Bondoso”, Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 4 Vols., editado por Colin Brown, traduzido por Gordon Chown (São Paulo: Vida Nova, 1985), 1:326; Donald Grey Barnhouse, Man’s Ruin / God’s Wrath (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, 1959), 25.

4. Alfredo Borges Teixeira, Dogmática evangélica (São Paulo: Atena, 1958), 95; Heber Carlos de Campos, O ser de Deus e os seus atributos, 2ª ed. (São Paulo: Cultura Cristã, 2002), 255-256; Augustus H. Strong, Teologia sistemática, 2 vols., traduzido por Augusto Victorino (São Paulo: Teológica, 2002) 1:432, 437; Lewis Sperry Chafer, Teologia sistemática, 8 vols., traduzido por Heber Carlos de Campos (São Paulo: Hagnos, 2003), 2:230. Ver também G. Raymond Carlson, “The Epistle of Paul to the Romans”, The Complete Biblical Library (Springfield, MI: The Complete Biblical Library, s. d.), 7:39; A. Berkeley Michelsen, “La Epistola a los Romanos”, El comentario biblico Moody, red. Everett F. Harrison (Chicago: Editorial Moody, 1971), 249.

5. Dale Moody, “Romanos”, Comentário bíblico Broadman, editado por Clifton J. Allen, traduzido por Adiel Almeida de Oliveira (Rio de Janeiro: JUERP, 1984), 10:286.

6. John Stott, A mensagem do Sermão do Monte: contracultura cristã, 3ª ed. (São Paulo: ABU, 2001), 122-123; R. V. G. Tasker, Mateus: introdução e comentário (São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1985), 56. Ver o texto paralelo de Lc 6:36. No próprio sermão do Monte Jesus não ensinou que vamos ser perfeitos, sem pecado, antes que, vamos continuar tendo fome e sede de justiça, a qual será plenamente satisfeita apenas quando estivermos em Seu reino de glória (Mt 5:6). É para este reino que apontam as recompensas das bem-aventuranças (Mt 5:3-12). Ele também nos ensinou a orar enquanto estivermos neste mundo: “perdoa-nos as nossas dívidas” (Mt 6:12).

7. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, 379.

8. R. Jamieson, A. R. Fausset e D. Brown, Comentario Exegetico y Explicativo de la Biblia, Buenos Aires: Casa Bautista de Publicaciones, 1981, Tomo II, pág. 149.

9. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 294.

10. Howard Hendricks, Ensinando para Transformar Vidas (Venda Nova: Betânia, 1991), 74.

11. Ver também Ef 4:17 a 5:21, onde se encontra um texto paralelo.

12. Gary L. Thomas, As virtudes cristãs (Rio de Janeiro: Textus, 2003), 26, 29.

13. Dallas Willard, citado em Ibid., 45.

14. Johm Owen, citado em Ibid., 54.

15. Ibid., 63.

16. Ibid., 27.

17. Harold S. Kushner, Quando tudo não é o bastante (São Paulo: Nobel, 1987), 14.

18. Abraham Joshua Heschel, citado em Ibid., 33.

19.Ibid., 104.

20. Ann Landers, citado em Glenn Van Ekeren, 12 segredos simples da felicidade, 3ª ed. (São Paulo: Cultrix, 2002), 12.

21. D. L. Moody, citado em Ibid., 34.

22. Harold Kushner, rabino, citado em Ibid., 36.

23. Dale Carnegie, citado em Ibid., 46.

24. Horace Mann, citado em Ibid., 72.

25. Ibid., 76.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Amabilidade - 05/02/2010 a 06/02/2010

Sexta, 5 de fevereiro

Opinião

A lista de itens do amor


“A amabilidade é o amor andando a milha extra mesmo pelos que não merecem. É outra faceta dinâmica do amor. Não existe amabilidade passiva. Ela é aquela parte do amor que está sempre empenhada em fazer o bem. A amabilidade é amor prático. Deus sempre expressa Sua infalível amabilidade para com Seus filhos. A pessoa amável está sempre pronta a andar a milha extra. Isso acontece porque a amabilidade procede do fruto do Espírito. Pessoas que têm força espiritual são naturalmente amáveis. Não se pode amar sem ser amável; nem se pode ser amável sem amar. Porque a amabilidade é o amor em ação; é também incondicional. O amor exibe amabilidade sob todas as circunstâncias da vida, quer amistosas ou inamistosas. A amabilidade é um termômetro pelo qual o amor é medido.”*

Se formos amáveis, faremos boas coisas para outras pessoas sem pensar em recompensa ou reconhecimento. É difícil ser amáveis para com pessoas que nos fazem coisas ruins, que falam palavras ásperas para nós e sobre nós. Mas quando o Espírito Santo produzir amabilidade em nós, sempre acharemos mais fácil ser amáveis mesmo para com aqueles que nos maltratam. Para o cristão, a amabilidade não tem linha de demarcação. Seremos amáveis para com crentes e não crentes, para com inimigos ou amigos.

Isso me faz lembrar uma história sobre um gerente que não gostava de um de seus trabalhadores porque o funcionário era cristão. O gerente rebaixou esse funcionário, dizendo injustamente que ele não estava qualificado para o emprego e que faltava muitas vezes ao trabalho e não ia a reuniões importantes.

Um dia, a esposa do gerente precisou visitar alguns parentes numa cidade que ela não conhecia. A única pessoa que conhecia bem a cidade era o funcionário do qual o gerente não gostava. Esse funcionário ficou sabendo que a esposa do gerente precisava ir àquela cidade, por isso perguntou ao gerente se podia ajudar de alguma forma. O gerente ficou embaraçado ao pensar que mesmo após tratar injustamente aquele homem, ele ainda assim lhe oferecia ajuda. Humilhado, aceitou a oferta de ajuda do funcionário.

O que foi que fez o funcionário agir amavelmente para com seu gerente? O amor incondicional. Ele sabia que quando seu Salvador viveu na Terra foi amável com todos – mesmo com aqueles que não Lhe mostraram amabilidade.

Mãos à obra

1. Pesquise os efeitos que a atitude amável traz para a saúde mental e física. Faça uma busca na Internet com o nome “Allan Luks”.
2. Cante o hino “Amor nos Faz Contentes” (número 238 do Hinário Adventista do Sétimo Dia). Reflita sobre a maneira pela qual o amor nos ajuda a ser amáveis.
3. Faça um ato intencional de amabilidade todos os dias durante uma semana, mesmo que seja algo pequeno, como juntar algo que alguém deixou cair. Vá anotando o que você fez cada dia, registrando a reação da(s) pessoa(s) envolvida(s) e a maneira como você se sentiu.

Susan Nzyoki | Eldoret, Quênia

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Amabilidade - 04/02/2010 a 06/02/2010

Quinta, 4 de fevereiro

Aplicação

Uma expressão sincera


Como um fruto do Espírito, a amabilidade deve ser manifesta por todos os cristãos. A amabilidade é vista por meio das palavras e da conduta do cristão; e como todos os outros frutos espirituais, ela não pode existir independentemente.

Durante a violência pós-eleição de 2007-2008 no Quênia, muitas pessoas morreram. As áreas mais atingidas foram as bases do Partido Democrático Laranja (ODM na sigla em inglês). Kibera, uma das bases, experimentou a pior forma de violência. Um dos Estados tinha uma população considerável de Kikuyus. Quando explodiu a violência, tarde da noite, a maioria dos Kikuyus foi pega numa armadilha e não conseguiu escapar dos membros do ODM que haviam ido à caça do sangue deles. A multidão irada invadiu a casa deles para lhes destruir a vida e a propriedade. Muitos Kikuyus foram escondidos por seus vizinhos que eram, eles próprios, inimigos dos Kikuyus. Durante toda a noite, a turba irada foi de porta em porta procurando os Kikuyus. Mas a amabilidade dos vizinhos inimigos os salvou!

Como podemos perdoar as pessoas que desejam nos ferir ou, ainda pior, nos matar?

1. Sem amabilidade é impossível perdoar. Aqueles cujos membros da família foram mortos no Quênia não podem perdoar os que os feriram. A amabilidade é um fruto do Espírito Santo. Portanto, eles precisam da habitação interior do Espírito Santo a fim de ajudá-los a cumprir a ordem de Jesus em Mateus 5:43-48.

2. Com a ajuda do Espírito Santo, falar palavras amáveis sobre aqueles que não gostam de nós pode nos ajudar a perdoá-los. Falar palavras amáveis a pessoas que estão iradas pode ajudá-las a se acalmar. Leia Provérbios 15:1 e 25:11. Todas as vezes que falamos, nossas palavras devem edificar e encorajar a outros.

A promessa para nós é que, se formos amáveis para com aqueles que não são amáveis conosco e para com aqueles que estão em necessidade, Deus nos recompensará. Leia Mateus 10:40-42.

Mãos à Bíblia

7. De acordo com Colossenses 3:12-14, qual é o verdadeiro sentido de ser seguidor de Cristo? Qual é a relação entre bondade e perfeição?

“Se nos humilhássemos perante Deus, e fôssemos bondosos e corteses, compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 189). Apenas ter conhecimento não é a mesma coisa que conhecer a verdade como é em Jesus (Jo 14:6), pois a verdade nos liberta (Jo 8:32); isto é, a verdade nos transforma e nos faz mais semelhantes a Cristo. Pode-se, então, perguntar: Temos realmente a verdade se a Verdade, Jesus, não nos tem?

Viola Ayoo Odipo | Nairóbi, Quênia

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Amabilidade - 03/02/2010 a 06/02/2010

Quarta, 3 de fevereiro

Testemunho
Nos lábios a lei da bondade


Certa vez, passei por um ônibus que estava com o motor afogado. Os passageiros estavam relutantes em sair e empurrar o veículo para que o motorista pudesse fazê-lo pegar “no tranco”. Então, ele pediu que eu e alguns outros pedestres ajudássemos, o que fizemos alegremente.

Atos de amabilidade devem ser parte de nossa vida diária. Isso só é possível na medida em que o Espírito Santo vive em nós. Quando estivermos cheios de Sua presença, não esperaremos que as pessoas nos peçam ajuda. Em vez disso, mostraremos amabilidade a cada oportunidade que se apresentar, sem que nos solicitem.

Ellen G. White escreveu: “Sua influência alcança o ser humano. ... É seu dever ser cristão no mais alto sentido da palavra – ‘igual a Cristo’. É através das invisíveis linhas que os ligam a outras pessoas com as quais vocês entram em contato que vocês podem, se estiverem em constante comunhão com Deus, deixar impressões que os tornarão um cheiro de vida para a vida. De outro lado, se vocês são egoístas, orgulhosos, mundanos, não importa qual tenha sido a sua experiência, ou quanto sabem, se não tiverem nos lábios a lei da bondade, a doce fragrância do amor que exala do coração, nada poderão fazer do que deve ser feito” (Minha Consagração Hoje [MM 1989], p. 178.

Não devemos ser seletivos sobre as pessoas a quem mostramos amabilidade. Leia o que Jesus tinha a dizer sobre a seletividade em Mateus 5:43-45.

Mãos à Bíblia

5. Que princípio de vida Jesus mencionou em Lucas 6:38?
Como cristãos, devemos ser sempre benignos, mesmo que a benignidade não volte para nós. De fato, ser benignos para aqueles que são indelicados para conosco é a marca de legitimidade dos verdadeiros seguidores de Jesus. Em geral, porém, a maneira de tratarmos os outros afetará a maneira de tratarem a nós mesmos.

6. Que outra recomendação fez Jesus a respeito da amabilidade? Lc 6:35

É sempre fácil ser bom para os que, por sua vez, podem ser bons para conosco. Qualquer pessoa faz isso. O mais difícil, porém, é ser bondoso, especialmente aos que nunca poderão fazer algo por você. Esse é o verdadeiro teste.

Maganjo Kimani | Nairóbi, Quênia

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Amabilidade - 02/02/2010 a 06/02/2010

Terça, 2 de fevereiro

Exposição
Ponto fraco ou virtude?

Uma mulher reclamava constantemente para o marido sobre a falta de asseio da vizinha do lado. Através de sua vidraça, ela muitas vezes via roupa suja pendurada na varanda da vizinha toda vez que esta lavava as roupas da família. Numa bela manhã, a mulher perturbada olhou do outro lado e ficou surpresa ao ver a roupa limpa pendurada na varanda. “Ei! Olhe!” Ela falou para o marido. “Eles devem ter aprendido a lavar a roupa adequadamente. Quem será que os ensinou?”

O marido sorriu e sussurrou para a esposa: “Levantei-me cedo hoje de manhã e limpei nossas vidraças.”

Uma nobre característica (Cl 3:12-14). Muitas pessoas no mundo hoje consideram a amabilidade um ponto fraco. Contudo, a Bíblia nos ensina que esse não é o caso. A amabilidade é uma nobre característica. É amor em ação, pois o amor não pode existir por longo tempo sem se expressar. Portanto, estamos certos em concluir que a amabilidade é amor prático.

A palavra grega para “amabilidade” (ou “benignidade”) é chrēstotēs, que é traduzida como “bondade”, “bem” (ver Rm 3:12; Gl 5:22; Ef 2:7). “Essa palavra expressa amor em ação (1Co 13:4). Descreve a consideração gentil, graciosa, amável, tanto em disposição como em ação, para com as necessidades do próximo.”1

Aproximadamente dois anos atrás, no Quênia, enfrentamos o momento mais difícil da história de nosso país. Consistindo de mais de 40 tribos/dialetos distintos, o Quênia sempre havia sido um refúgio pacífico na África. Contudo, no fim de dezembro de 2007, o povo elegeu novos líderes políticos. Os resultados da eleição foram colocados em dúvida, e muitos se voltaram contra seus vizinhos. Durante a primeira parte do ano seguinte, vizinhos mataram vizinhos e desumanamente destruíram as propriedades uns dos outros. O medo e o pânico se espalharam como um tsunami.

Em certa área, um edifício de igreja abrigava dezenas de pessoas em busca de segurança, após muitos outros lugares supostamente seguros terem sido incendiados. Contudo, a igreja também foi incendiada. Certa senhora, que conseguiu sair do edifício em chamas com o filho, foi confrontada por uma turba que assistia ao espetáculo. A mãe e a criança foram atacadas com espadas e jogadas de volta no fogo. Em vez de encontrarem a paz e o amor de Deus que o edifício representava, as pessoas que estavam ali dentro morreram selvagemente.

Em Colossenses 3:12, Paulo escreveu: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” (Almeida Revista e Corrigida). Aqui o apóstolo enfatiza a necessidade de um ato voluntário pelo qual os cristãos tomam sobre si a semelhança de Cristo e Seu caráter. Ao chamar-nos de “eleitos de Deus”, ele está dizendo que somos súditos do reino dos Céus. Todos os que aceitaram a Cristo, a despeito de distinções nacionais, religiosas, raciais e sociais, são eleitos de Deus. Paulo nos admoesta a revestir-nos de “entranhas de... benignidade”. No grego, a palavra “entranhas” é splagchna, que significa “as partes interiores” ou “a sede das emoções”.2 Nossa vida deve ser centralizada em Cristo. Nosso caráter deve falar dAquele que nos chamou.

A medida do Reino de Deus (2Sm 9:1-13; Jo 13:1-30). Em 2 Samuel 9:1-13, há uma história que nos mostra o que significa ser amável. O rei Saul queria Davi morto. Contudo, após a morte de Saul, e por amor ao filho dele, Jônatas, Davi perguntou se restava alguém da família de Saul a quem ele pudesse mostrar misericórdia. A resposta foi sim – o filho aleijado de Jônatas, Mefibosete. Leia essa tocante história, se já não o fez.

Também devemos nos lembrar da amabilidade de Jesus para com Judas, o discípulo que O traiu. Cristo sabia o que Judas iria fazer. Contudo, ao lavar os pés de Judas, Jesus amavelmente realizou a tarefa que só um escravo estrangeiro era ensinado a fazer. Se esse ato de humildade não pôde convencê-lo do amor de Jesus, nada mais poderia. Talvez ele tivesse visto o comportamento de Jesus naquela noite como sinal de fraqueza – um ato indigno de alguém que afirmava ser seu Rei.

Com frequência, muitas pessoas hoje veem atos amáveis como sinais de fraqueza. Contudo, precisamos nos lembrar de que atos amáveis realizados como resultado de nosso relacionamento com Cristo são registrados nos livros do Céu. Nunca nos empenhemos numa análise custo-benefício para ajudar a decidir se devemos praticar esse ou aquele ato de amabilidade. Ser amável nunca devia ter que ver com o benefício que poderia ser obtido de atos de amabilidade, mas com o benefício que os outros podem tirar deles, a despeito do que possa nos custar.

Como cristãos, devemos nos certificar de que nossas palavras e atos refletem o caráter de nosso Salvador. Aprender dEle diariamente nos ajuda a estar conscientes de Seu caráter e das expectativas que Ele tem em relação a nós. E ser amáveis é uma dessas expectativas. Lembremo-nos sempre de que o amor e a verdade são os fundamentos de Seu reino. A amabilidade sincera é a medida desse fundamento. É o aspecto prático de nossa religião.

1. The SDA Bible Commentary, v. 7, p. 212.
2. Ibid.

Mãos à Bíblia

Uma das maneiras mais importantes de manifestarmos amabilidade, especialmente em casa, é o modo de falar uns com os outros. A atmosfera do lar é grandemente determinada pelas palavras que pronunciamos. Tantos problemas, tantas ofensas, tantas tensões e até brigas poderiam ser evitados caso fôssemos cuidadosos não só com o que dizemos, mas como dizemos. Com frequência, pode-se dizer algo e não ferir nem ofender, ou pode-se dizer as mesmas palavras para a mesma pessoa e ferir e ofender muito. A chave é a maneira de falar.

4. Que princípios importantes se encontram na Bíblia sobre o que dizemos e como dizemos? Como você usa as palavras quando fala com os outros? O que você pode fazer para ser mais amável na comunicação verbal? Pv 15:1-5; 25:11-15

Caroline Mwelu | Nairóbi, Quênia

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Amabilidade - 01/02/2010 a 06/02/2010

Segunda, 1º de fevereiro

Evidência

Amor em qualquer linguagem

As pessoas que notam a beleza das rosas mais do que seus espinhos muito provavelmente apreciariam as alturas às quais a amabilidade pode erguer a raça humana. O título da lição de hoje se refere ao comportamento em oposição à linguagem. De acordo com muitos dicionários, a amabilidade é a qualidade de ser amigável, generoso e considerado. Atos amáveis geralmente falam mais alto do que somente palavras amáveis.

Gálatas 5:22 diz que a amabilidade é um fruto do Espírito. Isso significa que só os cristãos podem praticar essa virtude? Uma das respostas pode ser que Deus nos criou à Sua imagem (Gn 1:26) e que, apesar do pecado, ao nos aproximarmos dEle por meio da habitação do Espírito Santo, seremos capazes de ser pessoas mais amáveis, mais gentis.

Por outro lado, pode-se argumentar que Deus pode usar qualquer pessoa ou qualquer coisa para satisfazer as necessidades de Seu povo. As Escrituras nos mostram que Ele usou pessoas que não professavam crer nEle e até animais para cuidar de Seu povo e protegê-lo. Leia 1 Reis 17:1-6 e Josué 2:1-22.

Primeira João 3:17-19 deixa claro que Deus espera que falemos menos e ajamos mais. “Quando amamos de fato e de verdade, recebemos uma certeza da realidade de nossa conversão. Nossos próprios frutos nos informam da genuinidade de nossa profissão assim como a vida de outros testemunha da sinceridade deles (Mt 7:16-20).”1

“Boas palavras nunca tomarão o lugar de bons atos; e nenhuma quantidade de conversa sobre o amor cristão tomará o lugar de um ato amável para um homem em necessidade, envolvendo certo grau de sacrifício próprio, pois nesse ato o princípio da cruz opera novamente.”2

1. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 7, p. 656.
2. William Barclay, The Letters of John and Jude, edição revisada (Philadelphia, Penn.: The Westminster Press, 1976), p. 84.


Mãos à Bíblia


2. Qual foi um dos episódios em que Davi mostrou amabilidade? 2Sm 9:1-13. Por esse ato, como ele revelou o caráter de Deus?

A benignidade de Davi revela que ele buscou usar o padrão de Deus para o que desejava fazer para a casa de Saul. Reconheceu que ele, pecador como todos nós, tinha recebido misericórdia e bondade não merecidas das mãos de Deus e desejou refletir essa bondade aos outros.

3. Antes de podermos passar a benignidade de Deus a outros, o que devemos reconhecer primeiro? Veja Lc 7:47. Que princípio importante se encontra nessa declaração?

Pense por alguns momentos na benignidade de Deus para com você. Você a merece? É algo que lhe é devido? Seus pensamentos, suas ações, suas palavras são tão abnegadas, tão santas, tão amorosas e aceitáveis que Deus só está fazendo a você como você faz aos outros? O mais provável é que a resposta seja não.

Caleb Muasya | Nairóbi, Quênia

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domingo, 31 de janeiro de 2010

Amabilidade - 31/01/2010 a 06/02/2010

AMABILIDADE


“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade [amabilidade], humildade, mansidão, longanimidade” (Cl 3:12, Almeida Revista e Corrigida).

Prévia da semana: A amabilidade é essencial para a cultura cristã. Ser grosseiro e rude nos fere e também aos outros. A misericórdia de Deus nos motiva a praticar misericórdia em direção aos outros. A amabilidade de Cristo é nosso modelo.

Leitura adicional: Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 539, 540.

Domingo, 31 de janeiro

Introdução
Amabilidade: no melhor ou no pior

Muitas histórias têm sido contadas sobre como atos de benignidade (amabilidade) têm salvado pessoas. Charles Nyaranga experimentou uma dessas histórias em primeira mão. Como estudante no Colégio Spicer, Charles passou um verão colportando nas fazendas da Noruega. Ele diz: “Eu estava indo de porta em porta no Vale Halingdal para apresentar meus livros quando encontrei Amund Granli, o dono de uma banda, que gritou de longe: ‘Eu não creio em Deus. Nai Tak.’ Nai Tak significa ‘não, obrigado’. Estas palavras podem ser um sinal não amigável, especialmente para um vendedor de porta em porta, ou ainda pior, se você tiver pele escura como a minha. Parei no portão, olhei para ele e inocentemente pedi em meu Nosk estropiado: ‘Por favor me conceda um minuto para lhe dizer o que me trouxe do Quênia para a sua porta.’”

Charles declara que muitas pessoas na Noruega não creem em Deus. Portanto, foi sua resposta a essa descrença que fez a diferença. Provérbios 15:1 diz: “A resposta delicada acalma o furor, mas a palavra dura aumenta a raiva.” O sábio continua dizendo no verso 4: “As palavras bondosas nos dão vida nova.” Qualquer palavra ou ato afeta, para melhor ou para pior, a vida daquele que o recebe.

O Sr. Granli mais tarde disse a Charles que o deixou entrar por causa de sua resposta amável. Eles contaram um ao outro suas experiências. O Sr. Granli comprou alguns livros, e ensinou Charles a tocar violão.

É um privilégio dar alegria às pessoas por meio de atos e palavras de amabilidade. A amabilidade liga as famílias com o Divino. Pode até trazer paz. O povo de Deus deve levar a paz pela amabilidade. Paulo diz em Colossenses 3:12 que devemos nos revestir da benignidade (amabilidade), assim como vestimos a roupa quando nos levantamos de manhã. Qualquer pessoa que tenha sido chamada à salvação eterna é chamada à amabilidade. Ao estudar a lição desta semana, pense sobre quais atos de amabilidade Cristo o está chamando a praticar. Mas não fique só pensando. Aja com amabilidade, também.

Mãos à Bíblia


1. No Sermão do Monte, Jesus ilustra claramente a benignidade de Deus. Leia Mateus 5:43-48 e responda às perguntas a seguir:

a. A que elevado padrão Jesus nos chama?

b. Que motivo Jesus dá ao nos chamar a esse padrão?

c. Note como Cristo usou a palavra perfeitos no verso 48. O que significa o termo perfeito, aqui, e como o uso dessa palavra pode nos ajudar a entender o que significa ser perfeito como é perfeito “nosso Pai celeste”?

Com estes versos, Jesus nos chama a ser perfeitos, tão perfeitos quanto Deus. Como assim? Amando os inimigos, orando pelos que nos maltratam, sendo amáveis com os que não são amáveis conosco. Foi assim que Jesus definiu o que é ser “perfeito”. Imagine como seria nossa igreja e nossos lares se morrêssemos para o eu a ponto de vivermos realmente assim!

Charles Nyaranga | Nairóbi, Quênia

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