sábado, 17 de julho de 2010

“Todos pecaram” - Resumo Semanal - 17/07/2010 a 17/07/2010

TODOS PECARAM
Resumo Semanal - 11/07/2010 a 17/07/2010

José Carlos Ramos

Com a lição desta semana, passamos a estudar mais efetivamente o texto de Romanos. Por isso, é bom termos em vista o plano estrutural da Epístola para então acompanharmos seu desenvolvimento conforme as lições se sucederem.

A abordagem do tema básico, a justificação pela fé (1:16, 17), sugere a referida estrutura. Esta é dividida em sete partes, quatro das quais são as principais, por serem a divisão do corpo do documento. Para alguns, a terceira é parentética, ou mesmo uma digressão do tema básico. Mas isso é apenas aparente.

Esta parte é constituída pelos capítulos 9–11 e, neles, o escritor não se desvia do curso normal de suas considerações, mesmo porque ingredientes da doutrina da justificação pela fé são ali encontrados (9:30-32; 10:1-13). Um vez cumprido o doloroso dever de evidenciar que os judeus, por terem preferido contrapor o plano de Deus com um sistema espúrio de salvação, estavam tão perdidos quanto os gentios; e após explicar o meio divino de salvação e suas benditas consequências, nada mais justo que expor agora o propósito de Deus para com eles, e se antecipar às indagações que certamente se fariam ouvir: “Se as coisas são desse modo, então o que será de Israel?

E as promessas a ele dirigidas? E o concerto de Deus com ele?” e coisas do tipo. O apóstolo esclarece que somente através da justificação pela fé em Jesus poderão os judeus, a exemplo de qualquer outro povo, atingir o ideal de Deus.

Assim, Romanos é tanto uma unidade literária quanto temática. Suas sete partes são como seguem:

Introdução - 1:1-17

I. Todos perdidos por terem pecado - 1:18-3:20

Gentios: degeneração - 1:18-32
Judeus: legalismo - 2:1-3:8
Conclusão: judeus e gentios estão perdidos - 3:9-20

II. O meio divino de salvação: Justificação pela fé – 3:21-8:39

Salvação no passado e agora: ênfase na justificação - 3:21-5:21
Salvação enquanto a vida transcorre: ênfase na santificação - 6:1-8:17
Salvação no futuro: a ditosa experiência da glorificação: - 8:18-28
Conclusão - 8:29-39

III. Situação dos judeus e o conceito do verdadeiro Israel - 9-11

IV. O resultado ético da salvação - 12:1-15:13

Conclusão - 15:14-33

Adendo – 16

Observamos que o título da lição desta semana é extraído da primeira seção. É verdade que muitas pessoas vão ao médico sem estarem doentes, e que outras, mesmo estando doentes, não o procuram. Mas é verdade também que primeiro é necessário demonstrar que a pessoa está doente para que, então, se realce a importância de se procurar a cura. Assim, Paulo primeiramente comprova que toda a raça humana (que ele divide em gregos, gentios e judeus) está perdida e, por esta razão, urgentemente necessitada de um meio de salvação. Isso, ele trata em seguida.

I. Não nos envergonhamos do evangelho

O estudo de domingo considera Romanos 1:16, 17; a lição explica objetivamente os termos-chave do texto. Acrescento que o v. 16 é continuação, uma sequ ência natural do 15; Paulo estava “pronto”, em qualquer tempo e circunstância, a pregar porque não se envergonhava do evangelho. Em qualquer época, quem desejou algum motivo para se envergonhar do evangelho encontrou. No tempo de Paulo era “escândalo para os judeus” e “loucura para os gregos” (1Co 1:23. Ver também Mr 8:38 e 1Tm 1:8). E nós hoje? Envergonhamo-nos?

Por que algumas pessoas têm vergonha do evangelho? Diferentes razões poderiam ser apresentadas como resposta: (a) os que nele creem são desprezados e até perseguidos. No evangelho não há espaço para a glória e a pompa mundanas. (b) Os ricos e os intelectuais não dão valor ao evangelho (isso não é verdade). (c) O evangelho está fora de moda num mundo tecnocrata e evoluído como o de hoje, etc. Razões desta natureza podem ser incorporadas numa só: o evangelho é impopular; não conta com o apoio do mundo.

Nenhuma dessas razões, todavia, define basicamente porque o evangelho pode se tornar um fator de vergonha. Fundamentalmente, o evangelho envergonha porque em primeira instância e em última análise os que dele se envergonham não sabem, por experiência, o que ele significa. Imaginam-no um simples código de doutrinas obsoletas, rejeitado pela maioria. Julgam que o evangelho seja meramente uma série de normas ou regulamentos – um “não faça isso ou aquilo” – numa época em tudo é permitido, em que só é proibido proibir.

Há pessoas que têm vergonha do evangelho porque desconhecem que nele se concentram o poder e a justiça de Deus. Não experimentaram na própria vida que o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Paulo podia dizer que não se envergonhava do evangelho precisamente porque não o considerava uma simples teoria. Sabia por experiência própria, pessoal, que “o evangelho é o poder de Deus para salvação.” Noutra ocasião, ele afirmou conhecer em sua vida o poder da ressurreição de Jesus (Fp 3:10). Como Paulo poderia se envergonhar daquilo que o salvara?

II. A condição humana

“Todos pecaram...” (3:23). Para Paulo, o ser humano precisa de salvação não apenas porque peca, mas porque já é pecador antes do ato pecaminoso. Este simples fato põe abaixo qualquer pretensão perfeccionista de elementos pretensiosos que, de vez em quando, se manifestam em nosso meio. Somos pecadores antes de pecar da mesma forma que não deixamos de sê-lo ainda que consigamos permanecer sem pecar (exceto, é claro, quando formos transformados de corruptíveis em incorruptíveis ao Jesus voltar).

Mas as falsas pretensões não se dão apenas com perfeccionistas. Outras teorias que o diabo inventa e espalha pelo mundo procuram obliterar essa realidade nua e crua de que todos somos pecadores. Por exemplo, a filosofia da nova era está alardeando por aí que tudo o que o ser humano tem a fazer para sublimar suas deficiências e limitações é liberar as energias positivas que trazemos em nosso íntimo, em nossa mente (será que trazemos mesmo?).

Não estou negando aqui o poder do pensamento positivo. Por exemplo, até mesmo em função de nossa fé, temos que ser otimistas, e isto nos fará bem. O que desejo salientar é que o ser humano não tem, de si mesmo, nada que o qualifique a triunfar sobre o pecado.

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum...” (Rm 7:18), disse Paulo ao expor sua condição de pecador perdido, o que o levou a exclamar: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Mas declarou em seguida: “Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...” (v. 24, 25).

Assim, pois, se da perspectiva humana não há esperança para o pecador, pelo plano de Deus em Jesus Cristo há mais que esperança: há a certeza de triunfo e vida eterna. Como a lição postula: “Embora sejamos maus, nossa situação não é sem esperança. O primeiro passo é reconhecermos nossa absoluta pecaminosidade e também nossa incapacidade de fazer qualquer coisa por nós mesmos a esse respeito. É obra do Espírito Santo provocar essa convicção. Se o pecador não Lhe resistir, o Espírito o levará a se desfazer da máscara de autodefesa, presunção e justificação própria e se lançar sobre Cristo, pleiteando Sua misericórdia: “‘Ó Deus, sê propício a mim, pecador!’” (Lc 18:13).E com isto, sua salvação se efetiva.

A lição tece um breve comentário sobre o que é a “glória de Deus” de que o pecador carece, conforme demonstrado em 3:23. Ao que ela diz, acrescento o seguinte: Para Paulo, inegavelmente, o evangelho restaura no homem o que o pecado lhe furtou, entre outras coisas, a imagem de Deus. O Evangelho supre no homem o que lhe falta, por causa do pecado (ver 2Co 3:18). Estamos aquém daquela perfeição original, a qual é o reflexo da divina perfeição, a glória de Deus, e a aceitação de Seu glorioso plano no-la traz de volta.

Louvado seja o Seu nome!

III. Do século primeiro até o 21

É o ser humano hoje pior ou melhor do que no tempo de Paulo? A lição fala da utopia de um mundo melhor como resultado do progresso e aprimoramento humanos. Fica tudo em utopia mesmo, porque, apesar de muita gente bem intencionada, vamos de mal a pior, como a Bíblia fala (2Tm 3:13) e a situação da humanidade confirma: Na verdade, o ser humano não tem condições em si mesmo para melhorar.

Embora hoje, quase dois mil anos depois dos apóstolos, o homem tenha aprendido maneiras ainda mais sofisticadas de pecar, basicamente ele é tão mau quanto era no passado. Por exemplo, quando Paulo nos oferece uma prévia de como seriam os últimos dias (2Tm 3:1-5), ele, de fato, se refere aos seus próprios dias (v. 5-9). Igualmente, em Romanos, como a lição sublinha, as práticas relacionadas em Rm 1:22-32, corriqueiras como eram naqueles dias, vulgarmente se repetem hoje. Se não, vejamos:

– Aparentemente sábios, tornaram-se loucos – v. 22. Não é o que acontece hoje com diferentes teorias que surgem para se tornar a “expressão da verdade”? Exemplo: o evolucionismo.

– Mudaram a glória de Deus em semelhança de coisas corruptíveis – v. 23. Não é verdade que o paganismo continua imperando, agora com roupagem cristã?

– ...Concupiscência de seus próprios corações para desonrarem os seus corpos entre si – v. 24. Não continua concupiscente o coração humano? A saturação sexual não mais predomina?

– ... Mudaram a verdade de Deus em mentira – v. 25. Isso não acontece mais?

– ... Adorando e servindo à criatura em lugar do Criador – v. 26. O homem não continua adorando a criatura?

– ... As mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza – v. 27. O lesbianismo não mais existe?

– ... Os homens deixaram o contato natural da mulher e cometeram torpeza homem com homem – v. 28. O homossexualismo não está na ordem do dia?

Quando o ser humano dá as costas para Deus, mal ele imagina até onde chegará na senda da degradação.

IV. Judeus e gentios juntos

V. Arrependimento

A lição de quarta-feira tece um bom comentário sobre o problema de alguém considerar-se melhor que seu semelhante. Na verdade, só o espírito farisaico alardeia a justiça própria, protestando: “Fica onde estás, não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu.” Deus reage a semelhante comportamento da seguinte forma: “És no meu nariz como fumo de fogo que arde o dia todo (Is 65:5).

Esta era a atitude dos judeus no tempo de Paulo. Eles se consideravam a nação eleita, enquanto chamavam os gentios de cães imundos. Não havia ninguém melhor que Paulo para conhecer perfeitamente aquilo que se poderia, com razão, identificar como presunção espiritual judaica. Ele antes se considerava “hebreu de hebreus” e irrepreensível “quanto à justiça que há na lei” (Fp 3:5, 6), e sabia, por experiência própria, quão danoso era esse tipo de jactância. Afinal, não se tornara ele um perseguidor dos cristãos por afirmarem estes que um crucificado havia, por Deus, sido eleito o Messias? E não eram os crucificados tidos como os piores elementos da sociedade? Portanto, uma afirmação como essa soava aos ouvidos de um “fariseu perfeito” como blasfêmia máxima. Daí o motivo para perseguir a igreja.

Assim, para abordar um assunto tão delicado, era Paulo, inegavelmente, a pessoa mais indicada. Agora transformado pelo evangelho, ele podia falar com autoridade sobre a real condição dos judeus, pois havia sido a expressão viva da pretensão que nutriam.

Bem, a pergunta 5 nos remete a Rm 2:1-3 e 17-24; e as de número 6 e 7 aos versos 4-10. Sobre as afirmações paulinas aí presentes, comento o seguinte:

Paulo começa afirmando que os judeus eram culpados de dois pecados principais: cegueira e hipocrisia (v. 1): fracassavam em ver sua própria condenação quando condenavam outros (os gentios), e julgavam outros (os gentios) quando eram tão pecadores quanto eles.

Contrastando o julgamento feito pelo judeu com aquele feito por Deus, o apóstolo, a seguir, afirma que Deus julga “segundo a verdade”, e não pela aparência, ou status (v. 2). No v. 3, Paulo, ainda se servindo do contraste, expressa uma questão retórica que requer uma resposta negativa: “Tu, ó homem, que condenas aos que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus?” Veja na segunda tabela adiante, que eles, de fato, faziam as coisas que condenavam nos gentios.

Infelizmente, os judeus pensavam que “sim”, que estariam livres do juízo divino. Eles presumiam da “bondade de Deus” (v. 4), imaginando que, com os gentios, Deus seria rigoroso, mas não com eles, por serem a raça eleita. Paulo os censurou pelo fato de terem deixado de aprender a grande lição de que o propósito da bondade de Deus é levar ao arrependimento (ver 2Pe 3:9), e não à presunção. Em outras palavras, os judeus não se arrependeram, por interpretarem mal a bondade de Deus. Com tal atitude, porém, estavam acumulando “ira para o dia da ira” (v. 5). Portanto, como careciam eles do evangelho!

No verso 6, Paulo expõe as feições do julgamento divino; gentios e judeus estão incluídos:

– Universalidade - “a cada um” (cf. v. 9, 10)

– Com base nas obras - “seu procedimento”. Portanto, as obras são importantes, face ao juízo divino

– A recompensa é certa - “retribuirá” (cf. v. 7-10)

Então, nos versos 7-10, a ideia da retribuição divina é desdobrada especificamente a salvos e perdidos:

GRUPO

PROCEDIMENTO (obras)

RETRIBUIÇÃO

SALVOS

Perseveram em fazer o bem e procuram glória, honra e incorruptibilidade - v. 7

Vida eterna - v. 7

Praticam o bem - v. 10

Glória, honra e paz -
v. 10

PERDIDOS

Facciosos, que desobedecem a verdade e obedecem à injustiça - v. 8

Ira e indignação - v. 8

Fazem o mal - v. 9

Tribulação e angústia
- v. 10

OBSERVAÇÕES

Aqueles que procuram glória e honra (procedimento no v. 7) recebem glória e honra (retribuição no v. 10). É evidente que Paulo estava falando daquilo que gentios e judeus fracassaram em atribuir a Deus (1:21; 2:23, 24), e deixou claro mais uma vez que o homem, glorificando a Deus, acaba sendo glorificado. Esse privilégio é auferido por aqueles que se submetem ao plano de Deus (5:2, 3).

Nos versos 9, 10, Paulo deixa o tratamento no plural (utilizado nos versos 7, 8) e emprega-o no singular para poder fazer referência a “judeu e grego” (cf. 1:17), ambos os termos no singular. Para Paulo, salvação e perdição ocorrem no nível da individualidade, e isto deve ser levado em consideração na interpretação de sua abordagem quanto ao futuro dos judeus nos caps. 9-11.


Finalmente, nos versos 17-24, Paulo desdobra o que vinha falando. Especialmente devemos ter em vista o verso 13, em que o apóstolo estabelece duas condutas para com a lei: meramente ouvi-la (o que os judeus prazerosamente faziam), e praticá-la (o que os judeus, com seu legalismo, não conseguiam fazer). Essas duas condutas são desenvolvidas com base no comportamento do judeu, um positivo e outro negativo. O positivo se liga a ouvir a lei, o que tem que ver com privilégios. O negativo se liga a não praticá-la, o que tem que ver com deveres. Em outras palavras, os judeus desfrutavam os privilégios, sem cumprir os deveres:

OUVIR A LEI Privilégios

NÃO PRATICAR A LEI Deveres

1. Tens por sobrenome judeu (v. 17)

2. Repousas na lei (v. 17)

3. Te glorias em Deus (v. 17)

4. Conheces a Sua vontade (v. 18)

5. Aprovas as coisas excelentes (v. 18)

6. És instruído na lei (v. 18)

7. Crês que és guia de cegos, e luz aos que se encontram nas trevas (v. 19)

8. Instrutor de ignorantes (v. 19)
9. Mestre de crianças (v. 20)

Não te ensinas a ti mesmo (v. 21)

10. Tens na lei a forma de sabedoria e verdade (v. 20)

11. Pregas que não se deve furtar (v. 21)

Furtas (v. 21)

12. Dizes que não se deve cometer adultério (v. 22)

Cometes adultério (v. 22)

13. Abominas os ídolos (v. 22)

Roubas os templos (v. 22)

14. Te glorias na lei (v. 23)

Desonras a Deus pela transgressão da lei (v. 23)

Observação: Paulo foi mais prolixo ao abordar o conceito positivo que o judeu tinha de si mesmo. Parece que, nesse ponto, ele solta as rédeas para que, finalmente, o judeu pondere como ele agiu em vista de tantos privilégios.
Com estas declarações, ele expõe devidamente a espiritualidade da lei. O sermão da montanha é aqui possivelmente evocado diante do que é dito no v. 22. O legalismo realmente não coloca o homem em harmonia com a lei, porque esta não se limita apenas a um código legal, com mandamentos que tocam meramente o exterior. Ela tem que ver, antes de tudo, com o que o homem é, com o seu caráter, e então com o que ele faz ou deixa de fazer. E assim é que, não vivendo o princípio da lei, os judeus eram, em vários aspectos, faltosos mesmo com a letra da lei, embora nela se firmassem.


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sexta-feira, 16 de julho de 2010

“Todos pecaram” - 15/07/2010 a 17/07/2010

Sexta, 16 de julho

Opinião
ECP positivo


Primeiro ato: o culto começou meia hora atrás, mas você acabou de chegar. Não é a primeira vez que você chega atrasado. Você procura um lugar, e tudo parece igual ao de sempre. No fundo, talvez você ainda esteja se perguntando: “tenho fé suficiente?” Você vê um diácono bastante ocupado e pensa: “Gostaria de ser como ele. Ele parece ser tão consagrado!”

O médico não pode nos dar uma receita se não souber nossa doença. Mas o Grande Médico sabe tudo sobre nossa doença. O diagnóstico é “enfermidade crônica de pecado”. Dê uma segunda olhada em Romanos 3:23. Coloque seu nome no verso:

“___________ pecou e está destituído(a) da glória de Deus”. Agora, leia-o novamente, pensando num pecado específico que você cometeu. Não tente escondê-lo. Deus conhece sua natureza. Jesus foi à cruz porque estava pensando em você. Ele preferiu morrer por você a viver sem você.

Solidão, desânimo e pecado são resultado dessas coisas: (1) não aceitarmos que somos pecadores; (2) desprezamos o sacrifício de Jesus; e (3) rejeitarmos Seu perdão. Vamos admitir que falhamos. Não seria maravilhoso se houvesse um texto dizendo: “Pois todos se arrependeram e se chegaram face a face com a glória de Deus”?

Segundo ato: No sábado seguinte, cedo, uma pessoa parece diferente. Coloque seu nome nos espaços: __________ reflete paz, humildade e um desejo de trabalhar. ___________ está cheio(a) de confiança no amor de seu novo melhor Amigo: Jesus.

Examine mais de perto quem é essa pessoa. É você!

Mãos à obra


1. Faça um desenho abstrato de sua vida antes e depois de ter descoberto e aceito a obra de Deus por você na cruz.
2. Reflita em como o pecado deformou o ideal de Deus nas relações humanas e como o amor de Cristo pode restaurar isso.
3. Dê uma volta a pé por um lugar onde haja vegetação e medite em como o pecado afetou a criação de Deus.
4. Assista a algumas propagandas, observando como elas mexem com desejos egoístas.
5. Peça a Deus que guie você a alguém cuja experiência com Deus se pareça com a sua.
6. Faça uma lista das áreas de sua vida em que você luta com o eu.

Fernando Ayala e Jenniffer Paz – São Salvador, El Salvador

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

“Todos pecaram” - 15/07/2010 a 17/07/2010

Quinta, 15 de julho

Aplicação
Evitando a direção errada


Era um dia incrível de janeiro em que nossa família decidiu sair para dar uma volta pelo Parque Florestal Nacional da Costa Rica. Estávamos nos dirigindo para a área de piquenique, mas após alguns minutos nos vimos perdidos. Tínhamos nos distraído e passado sem perceber pela placa que dava as instruções. Então, tentamos voltar por onde tínhamos vindo, até que vimos uma pequena placa numa árvore, apontando para o local aonde queríamos ir.

Quantas vezes em nossa vida achamos que estamos indo para o caminho certo, quando na realidade estamos perdidos! Hoje veremos como permanecer na direção certa:

Calibre sua bússola. Às vezes achamos que nossas decisões são boas, quando na verdade não são. Nossa bússola espiritual não está apontando para Jesus. Calibre sua bússola espiritual através do estudo da Bíblia, da meditação na Palavra e da oração.

Use o mapa mais atualizado. Quando estamos num local desconhecido, precisamos de um bom mapa para guiar-nos em meio aos desvios e obras de construção (ou destruição). Nosso mapa espiritual é a Bíblia. Como uma luz em nosso caminho (Sl 119:105), ela é o atlas mais preciso e atualizado que podemos ter para nossa viagem rumo ao Céu.

Peça informações. Deus é o líder de Seu povo – povo que pecou e venceu. Uma vez que Ele é o líder de Sua igreja, é bom que Lhe peçamos conselhos. Às vezes também é bom pedirmos conselhos aos membros da igreja – membros que tenham sólido relacionamento com Deus, que sabem por experiência pessoal o que é a salvação.

Disque o número da emergência. Há uma linha direta para o Céu. Ela se chama oração. A linha nunca está ocupada. Deus está esperando por nós e ansiando perdoar nossos pecados. Leia 1 Tessalonicenses 5:17.

Mãos à Bíblia

Um menino de cinco anos derrubou a irmãzinha, e os pais o fizeram pedir desculpas. Ele não queria, e com o canto da boca, sem sinceridade e olhos presos ao chão, ele apenas murmurou à força: “Desculpe!” Dificilmente este seria um arrependimento verdadeiro, com certeza.

6. Com essa história em mente, leia o seguinte: “Ou será que você despreza as riquezas da Sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?” (Rm 2:4). Que mensagem existe aqui para nós?

7. O que acontece aos que resistem ao amor de Deus, se recusam a arrepender-se e permanecem em desobediência? Rm 2:5-10

Kevin Alberto Parada-Mejía – Alajuela, Costa Rica

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

“Todos pecaram” - 14/07/2010 a 17/07/2010

Quarta, 14 de julho

Evidência
Claro como o dia


Ao se discutir o pecado, é importante compreender a natureza humana. A Carta aos Romanos nos ajuda a fazer isso. Ao contar muitos eventos, a Bíblia claramente nos dá evidências do que consiste a natureza humana. Por exemplo, as cidades de Sodoma e Gomorra estavam cheias de incesto, abuso sexual e embriaguez (Gn 18; 19). Também vemos o lado invejoso da natureza humana pecaminosa na história de José e seus irmãos (Gn 37).

Uma vez mais, a embriaguez e a atividade sexual imprópria, além da ira, desempenham uma parte terrível na morte de João Batista (Mt 14:1-12). A mentira e a ganância puseram um fim abrupto à vida de Ananias e Safira, quando procuraram reter parte do dinheiro que tinham prometido dar para o trabalho da igreja (At 5:1-10). Todos esses exemplos são evidências do pecado, um dos assuntos do livro de Romanos.

E quanto aos nossos dias? O pecado está presente em toda parte hoje. Tudo o que temos a fazer é assistir ao noticiário, ler o jornal ou navegar na internet para constatar que crimes de todos os tipos são cometidos em toda parte o tempo todo. E a Bíblia é clara: todos pecaram – até mesmo eu e você!

Assim como a Bíblia ensina claramente que todos pecaram, mostra também a cura para o pecado. Quando ela menciona que pessoas como Jó, Noé e Isabel eram “irrepreensíveis”, “justos” e “benditos”, não está dizendo que eles eram sem pecado. O que está dizendo é que confiavam plenamente em Deus para a sua salvação, e seus atos mostravam essa fé.

Mãos à Bíblia


Em Romanos 1, Paulo lidou especificamente com os pecados dos gentios, aqueles que caíram nas práticas mais degradantes. Porém, o apóstolo também analisou seu próprio povo. Apesar de todas as vantagens que receberam (Rm 3:1, 2), os judeus também eram pecadores, condenados pela lei de Deus e carentes da graça salvadora de Cristo. Portanto, no sentido de serem pecadores, judeus e gentios estavam no mesmo barco.

5. Contra que perigo Paulo adverte os judeus? Que mensagem devemos todos nós, judeus ou gentios, tirar dessa advertência? Rm 2:1-3, 17-24

Roxana Lisset Cruz-Jovel – Santa Tecla, El Salvador

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terça-feira, 13 de julho de 2010

“Todos pecaram” - 13/07/2010 a 17/07/2010

Terça, 13 de julho

Testemunho
Trabalhar duro pode matar?


Há muito debate acerca do papel da fé e das boas obras. Ellen White, contudo, é clara sobre como essas disciplinas estão relacionadas uma à outra e à nossa salvação.

“Uma religião legal nunca poderá conduzir pessoas a Cristo; pois é destituída de amor e de Cristo. Jejuar ou orar quando imbuídos de um espírito de justificação própria, é uma abominação aos olhos de Deus. A solene assembleia para o culto, a rotina das cerimônias religiosas, a humilhação externa, o sacrifício imposto, mostram que o que pratica essas coisas se considera justo, e com títulos ao Céu, mas tudo é engano. Nossas próprias obras jamais poderão comprar a salvação” (O Desejado de Todas as Nações, p. 280).

“Sacerdotes, escribas e principais se haviam fixado numa rotina de cerimônias e tradições. O coração deles estava contraído como os odres de couro a que Ele os comparara. Ao passo que se satisfaziam com uma religião legal, era-lhes impossível tornar-se depositários das vivas verdades do Céu. Julgavam suficiente a própria justiça e não desejavam que um novo elemento fosse introduzido em sua religião. Não aceitavam a boa vontade de Deus para com os homens como qualquer coisa à parte deles próprios. Relacionavam-na com méritos que possuíam por causa de suas boas obras. A fé que opera por amor e purifica a alma não podia encontrar união com a religião dos fariseus, feita de cerimônias e injunções de homens. O esforço de ligar os ensinos de Jesus com a religião estabelecida seria em vão. A verdade vital de Deus, qual vinho em fermentação, estragaria os velhos, apodrecidos odres das tradições farisaicas” (Idem, p. 278, 279).

Mãos à Bíblia


Na virada do século 20, as pessoas viviam com a ideia de que a humanidade estava melhorando, que a moralidade aumentaria e que a ciência e a tecnologia ajudariam a viver em uma utopia. Tudo isso deveria começar a acontecer quando entrássemos no mundo do século 20. Infelizmente, as coisas não aconteceram assim. O século 20 foi um dos mais violentos e selvagens em toda a história, graças – ironicamente – em grande parte aos avanços da ciência, que tornaram possível que as pessoas se matassem em uma escala que os loucos mais depravados do passado poderiam sonhar. Qual foi o problema?

4. Identifique algumas práticas do século 21 que exemplificam a repetição das coisas descritas por Paulo em seu tempo. Rm 1:22-32

Melissa Blackmer – Burtonsville, EUA

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

“Todos pecaram” - 12/07/2010 a 17/07/2010

Segunda, 12 de julho

Exposição
“Genes” do pecado


A genética é um dos ramos mais complexos da Ciência. Através de seus genes, os pais dão aos filhos características tanto físicas quanto intelectuais que os ajudam a ser quem são. O pecado também vem de nossos pais, mas não culpe seu pai e sua mãe! Estou falando sobre nossos primeiros pais – Adão e Eva. Deles herdamos os “genes” do pecado e todas as consequências resultantes disso. Contudo, há esperança!

FSP = Fórmula do Superpoder (Rm 1:16, 17). Paulo sabia por experiência pessoal que lhe era impossível salvar a si mesmo. Também sabia por experiência pessoal Quem poderia salvá-lo. Ele escreveu em Romanos 1:16, 17: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. Porque, no evangelho, é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé’”. A fórmula do superpoder é, portanto: Deus + fé + Bíblia.

Quem é pecador? (Rm 1:18-32). Em Romanos 1:18-32, vemos quão terrível e abrangente o pecado é. As pessoas sabem o que é certo. Sabem que estão agindo errado e que transgridem os mandamentos de Deus. Talvez comecem com os “pequenos” pecados, mas esses pecados logo levam a pensamentos e comportamentos piores, até que abandonam completamente a Deus e escolhem as “paixões vergonhosas” (verso 26). Infelizmente, elas levam consigo muitas outras pessoas em seu caminho. Precisamos reconhecer e aceitar que somos pecadores, não importa “quão pequeno” seja o pecado que cometemos. Se não reconhecermos isso, não poderemos mudar nossa condição. Então, precisamos reconhecer que nossos pensamentos e comportamento pecaminosos não são o que Deus deseja para nós. Em vez disso, Ele deseja que aceitemos Sua salvação e que peçamos a ajuda de Seu Santo Espírito para mudarmos totalmente nossa vida.

Um cisco ou uma viga? (Mt 7:1-5; Rm 2:1-11, 17-23). Romanos 2:1-11, 17-23 explica quão fácil é para nós vermos os pecados que outras pessoas cometem, mas quão difícil é estarmos cientes de nossos próprios pecados! Além disso, esse texto mostra como é fácil para o povo de Deus presumir que, porque são dEle, estão isentos de ser julgados. Entretanto, o pecado sempre é pecado; não interessa onde é cometido ou quem o pratica. Ele não se torna menos pecaminoso quando é cometido pelos que têm privilégios religiosos. O povo de Deus não tem uma licença especial para pecar, como se Deus não fosse mais rigoroso em notar as ofensas daqueles que professam servi-Lo. Ao contrário, a Bíblia ensina claramente os mesmos pecados são considerados ainda mais sérios, quando são cometidos pelo professo povo de Deus (Is 1:11-17; 65:2-5; Mt 21:31, 32).

Sobre Mateus 7:1-5, lemos: “Quão frequentemente os chamados cristãos expressam profunda indignação com a conduta que outros seguiram, ou se presume que tenham seguido, só para que eventos posteriores revelem que eles próprios são culpados dos pecados dos quais acusam outros. ... O cristão que descobre seu irmão em alguma falta deve corrigi-lo ‘com espírito de brandura’, considerando que ele próprio pode ter sido tentado ou pode ter caído naquele mesmo ponto, ou pode vir a fazê-lo no futuro (Gl 6:1).”1

Você está dispensado (Rm 3:10-18, 23). Por causa dos “genes” que herdamos de nossos primeiros pais, Adão e Eva, todos somos pecadores. Não temos nenhuma capacidade própria de partilhar da glória de Deus. A única “engenharia genética” que funciona para mudar-nos se encontra em Ezequiel 36:24-30. Sem a graça de Deus e um novo coração cheio do Espírito Santo, nunca seremos capazes de obedecer. Precisamos desistir de tentar ser justos por nós mesmos e aceitar a justiça de Deus dada a nós por Sua graça. Quando Cristo habita em nós, temos um novo coração. Então, e só então, a lei pode se cumprir em nós.

Sim, o pecado é uma doença genética. Contudo, podemos nos alegrar nesse fato: “Ele curará isso: mas não parará aí. Pode ser que isso seja tudo que você pediu; mas se você O convidou a entrar, Ele lhe dará o tratamento completo.”3

Sejam dadas a Deus graças pelo Seu amor pelos pecadores como você e eu!

1. SDA Bible Comentary, v. 5, p. 355.
2. C. S. Lewis, Mere Christianity (Nova York, HarperCollins, 2002), p. 160, 161.

Mãos à Bíblia


2. Por que é tão fácil para nós, como cristãos, acreditar na mensagem de Romanos 3:23? Ao mesmo tempo, o que pode levar algumas pessoas a questionar a veracidade desse texto?

Incrivelmente, alguns realmente questionam a ideia da pecaminosidade humana, argumentando que as pessoas são basicamente boas. O problema, porém, está na falta de compreensão do que é a verdadeira bondade. As pessoas podem se comparar a outras pessoas e se sentir bem. Até o mafioso Al Capone era um santo comparado a Adolph Hitler. Porém, quando nos comparamos com Deus e com Sua santidade e justiça, nenhum de nós sai com nada diferente de um senso opressivo de repugnância e aversão.

3. Como Paulo descreve os cidadãos de seu tempo? Rm 3:10-18. Mudou alguma coisa hoje? Qual dessas descrições melhor descreve você, ou como seria você, não fosse por ter Cristo em sua vida?

Heber David Moran Zeledon – São Salvador, El Salvador

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domingo, 11 de julho de 2010

“Todos pecaram” - 11/07/2010 a 17/07/2010

“Todos pecaram”


“Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3:23).

Prévia da semana: Tanto cristãos como pagãos devem confiar plenamente no poder de Cristo para salvá-los de sua natureza pecaminosa.

Leitura adicional: Romanos 3

Domingo, 11 de julho

Introdução
Autoexame

Quando Adália estava com 14 anos, seu namorado, que tinha 25, a levou para uma vida de prostituição e drogas. Cinco anos depois, ela deixou para trás a cidade em que nascera e se mudou para Bogotá, esperando que ali pudesse achar algo melhor, se sentisse amada e mudasse de vida.

Certa manhã de agosto, Adália estava passando em frente a uma igreja e ouviu belos cânticos que tocaram seu coração. Eram cânticos de esperança – a esperança que ela estava procurando para ajudá-la a mudar e renovar sua vida.

Então, certa noite, quando ia para casa depois do trabalho num bar, ela entrou na igreja onde tinha ouvido a música. Deu o primeiro passo para dentro da igreja, o segundo e o terceiro, mas quando tentou abrir a porta, a mão de alguém segurou seu braço. Então ela ouviu uma voz irada lhe dizendo: “Você não pode entrar nessa igreja com essa aparência! Tem que ter respeito pelas pessoas que estão lá dentro!” Imediatamente, Adália sentiu seu coração se partir num milhão de pedaços. Lágrimas começaram a cair de seus olhos castanhos. Sem olhar, ela desceu correndo novamente os degraus até a calçada, atravessou a rua e foi atropelada por um carro. Morreu tentando conhecer Jesus.

O que fazemos com o amor que recebemos de Deus? Onde está a mão que devemos estender a qualquer um, a despeito de sua aparência e de como ganha a vida? Como tratar a todos sem fazer acepção de pessoas (Tg 2:1-10)? Por que criticamos os outros sem saber o que se passa em seu coração? Pois todos nós pecamos. Todos ficamos aquém do glorioso padrão de Deus (Rm 3:23). Todos somos chamados a ver em cada pessoa um candidato ao Céu. Adália só queria ser amada. Estava procurando uma oportunidade para mudar de vida.

Ao você estudar a lição desta semana, ao considerar as pessoas como Adália, lembre-se de que todos estamos ao pé da cruz, necessitados da graça salvadora de Deus.

Mãos à Bíblia

1. O que Romanos 1:16 e 17 lhe dizem? Você já experimentou as promessas e a esperança encontradas nesses versos?

Várias palavras-chave ocorrem nesta passagem: “evangelho” – essa palavra significa literalmente “boas-novas”, relacionadas ao Messias ou Cristo; “justiça” – qualidade de estar “bem” com Deus; é uma justiça que vem de Deus, uma justiça que o próprio Deus forneceu; “fé” – crer, confiar. O significado de fé, quando relacionada com a salvação, se desdobrará conforme progredirmos no estudo de Romanos.

Daniel Barragán González – Bogotá, Colômbia

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