sábado, 24 de janeiro de 2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente - 24/01/2009 a 24/01/2009

O Dom Profético na Igreja Remanescente de Deus
Resumo Semanal - 18/01/2009 a 24/01/2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente
Daniel Oscar Plenc
Diretor do “Centro de Investigación White”
Universidade Adventista do Prata
Argentina

I. A igreja: história e profecia

A história da igreja cristã é um tema ao mesmo tempo fascinante e complexo. Estuda os eventos que aconteceram no desenvolvimento do cristianismo, até onde podem ser rastreados com certa segurança. Também são muitas as limitações: (1) A história se ocupa da igreja visível, sabendo-se que existe outra igreja invisível conhecida somente por Deus (Jo 10:16; Ap 18:4). (2) Os historiadores não estão livres de preconceitos e subjetividades. Muitas vezes, sua óptica é divergente e até contraditória. Sobre Martinho Lutero, seu amigo Felipe Melâncton dizia: “Entre todos os homens da estirpe de Lutero, não houve nem creio que haverá outro maior e melhor do que ele”. Por sua vez, Juan Hasenberg afirmava: “Não existe, nem existiu, nem existirá entre todos os seres da terra uma pessoa mais desonesta que Lutero” (Ricardo Feliu, Lutero [Espanha: Edições Aldecoa, 1956]). (3) Os estudiosos sabem que o conhecimento do passado é necessariamente incompleto. Os registros que perduraram são incompletos, assim como seus significados. Historiadores encontram registros que parecem contraditórios e que, em muitos casos, são completamente falsos.

Assim, a história do cristianismo nos traz múltiplos benefícios e recompensas: (1) Informa aos crentes de hoje suas raízes espirituais mais antigas. (2) Apresenta o testemunho e o exemplo do passado de muitos homens de Deus. (3) Oferece motivos para reflexão a respeito dos erros cometidos e suas inevitáveis consequências. (4) Mostra a maneira providencial como Deus conduziu Seu povo no passado. (5) É, sobretudo, uma amostra do cumprimento das profecias bíblicas.

A revelação bíblica é de grande ajuda, não somente para conhecer, mas também para compreender os acontecimentos do passado e para antecipar o futuro. As Escrituras contêm mais que a história do povo de Deus, como o expressou Ellen G. White: “A Bíblia revela a verdadeira filosofia da história” (Educação, p. 169).

Os historiadores adventistas sempre olharam a história da igreja à luz das visões proféticas do Apocalipse. Viram nas sete igrejas de Apocalipse 2 e 3 uma extensa profecia de toda a era cristã, dividida em sete etapas. Assim, Éfeso (31-100) simboliza a era da pureza apostólica, Esmirna (100-313), o tempo dos mártires; Pérgamo (313-538), a era da popularidade da igreja; Tiatira (538-1517), a idade da adversidade; Sardes (1517-1798), a era da Reforma; Filadélfia (1798-1844), a época dos avivamentos e Laodicéia (1844 -) o período do juízo. Sobre isso, escreveu Ellen White: “Os homens destas igrejas são um símbolo da igreja em diferentes períodos da era cristã. O número sete indica algo completo, e significa que as mensagens se estendem até o fim dos tempos, enquanto os símbolos usados revelam a condição da igreja em diferentes períodos da história” (Atos dos Apóstolos, p. 467). O mesmo se poderia dizer das visões das sete trombetas (Ap 8 e 9). Na realidade, toda a primeira metade do Apocalipse pode ser considerada uma seção histórica e a segunda metade, uma seção profética.

Apocalipse 12, na metade do livro, é uma excelente exposição de toda a história da igreja, incluindo sua projeção futura. É evidente que, à luz da profecia, a história da igreja é a história da luta entre o bem e o mal; um reflexo do grande conflito. Apocalipse 12 é um eco da primeira descrição do grande conflito e do triunfo do Evangelho de Jesus Cristo: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3:15).

Em síntese, Apocalipse 12 descreve a igreja primitiva (v. 1-5), em seguida, a igreja medieval (v. 6), continua com a igreja do deserto (v. 13-16) e conclui com a igreja remanescente (v. 17). Em meio à descrição, João introduz um parêntese explicativo das origens do grande conflito (v. 7-12).

O simbolismo de Apocalipse 12 poderia ser sintetizado da seguinte maneira: a mulher representa o povo de Deus (veja a utilização deste símbolo em Is 54:5-6; Jr 3:20; 6:2; Ez 23:24; 2Co 11:2; Ef 5:25-32; Ap 17:1-3). A coroa costuma ser associada à vitória (Mt 27:29; Ap 2:10), e o número das estrelas está relacionado com o povo de Deus (as doze tribos de Israel e os doze apóstolos). O dragão está simbolizando claramente pela “antiga serpente, que se chama diabo e Satanás” (Ap 12:9). Suas sete cabeças (as cabeças de Apocalipse se identificam como “sete montes” e “sete reis”) poderiam representar os poderes políticos por meio dos quais o dragão perseguiu aos filhos de Deus (Ap 13:1; 17:3). Os dez chifres (as bestas de Daniel 7 e Apocalipse 13 e 17 também têm dez chifres cada uma) também representam instrumentos da obra satânica. Os diademas costumam estar associados à realeza (Ap 13:1 e 19:12; Mt 27:29; 1Co 9:25; 2Tm 4:8). As estrelas do céu descrevem um terço dos anjos celestiais que se uniram a Satanás em sua rebelião e foram expulsos do Céu (Testemunhos Seletos, v. 1, p. 312; v. 2, p. 103). O filho varão certamente é o Messias (Sl 2:8-9; Ap 19:13-16), que foi arrebatado no momento de Sua ascensão (Hb 1:3; 10:12). O deserto é um símbolo adequado de uma área despovoada onde a igreja se ocultaria da ira perseguidora (Ap 17:3). A batalha no Céu descreve o conflito iniciado no Céu entre Satanás e Cristo (Is 14:13-14; Ez 28:12-16; 2Pe 2:4; Jd 6). Miguel é Cristo, como em Daniel 10:13; 12:1; Judas 9. E também o Cordeiro (Jo 1:29). A serpente antiga é a mesma que enganou Eva no Éden (Gn 3:1; Jo 8:44). Ou seja, o diabo (Mt 4:1) e Satanás (Zc 3:1). É também o acusador (Jó 1; Zc 3:1; Jo 12:31). As asas da águia possibilitariam a libertação, como aconteceu com o antigo Israel frente aos exércitos do Faraó (Êx 19:4; Dt 32:11). A água é adequada para o dragão (Sl 74:13 e Ez 29:3) e um bom símbolo da destruição (Ap 17:15). A terra, por sua vez, salva a mulher das águas que procuram afogá-la (Ap 17:15). O restante (o remanescente), é o que resta desse povo de Deus, objeto de Sua graça, mas também da ira satânica.

II. O remanescente na Bíblia


“Remanescente”, na Bíblia, tem o sentido de “o que fica”, “o que permanece”. O que resta depois de algum evento destrutivo ou um período de apostasia. A palavra aparece muitas vezes nas Escrituras e o tema do remanescente se encontra explícito em toda a revelação.

Houve um remanescente que sobreviveu ao dilúvio. Nessa destruição global, Deus “preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios” (2Pe 2:5). O meio escolhido foi uma arca, “na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água” (1Pe 3:20).

Apenas um remanescente se salvaria da destruição provocada pelo reino da Assíria. Diz a profecia de Isaías: “Acontecerá, naquele dia, que os restantes de Israel e os da casa de Jacó que se tiverem salvado nunca mais se estribarão naquele que os feriu, mas, com efeito, se estribarão no Senhor, o Santo de Israel. Os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó. Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, o restante se converterá; destruição será determinada, transbordante de justiça. Porque uma destruição, e essa já determinada, o Senhor, o Senhor dos Exércitos, a executará no meio de toda esta terra. Pelo que assim diz o Senhor, o Senhor dos Exércitos: Povo meu, que habitas em Sião, não temas a Assíria, quando te ferir com a vara e contra ti levantar o seu bastão à maneira dos egípcios” (Is 10:20-24). Frente à ameaça de Senaqueribe, o profeta volta a dizer: “O que escapou da casa de Judá e ficou de resto tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto por cima; porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião, o que escapou. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Is 37:3-32).

A profecia de Joel se situa nesse contexto da volta dos judeus do cativeiro, mas encontrará seu pleno cumprimento no remanescente final. Em Joel 2:28-29 descreve-se o derramamento do Espírito de Deus: “Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém” (Jl 3:1). Em Joel 2:30, 31 se antecipam os sinais no céu e na Terra do “grande e terrível dia do Senhor”. E o profeta acrescenta: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (Jl 2:32).

O apóstolo Paulo mostra que Deus teve um remanescente nos dramáticos dias da apostasia do rei Acabe e que, em meio à apostasia do povo de Deus, o Senhor separaria outro remanescente. “Que lhe disse, porém, a resposta divina? Reservei para Mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal. Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (Rm 11:4-5). Bem poderia fundamentar-se o pensamento de que a igreja cristã é, em verdade, o remanescente de Israel que aceitou Jesus Cristo como o Messias prometido. Um remanescente composto pelos crentes de todas as nações que pela fé se apropriaram das promessas feitas a Abraão e ao povo do antigo pacto.

É no Apocalipse, a última revelação divina da Bíblia, que se deve buscar a existência e a identidade do povo remanescente de Deus do fim dos tempos. E o Apocalipse fala de um único remanescente que passará pelas provas finais e herdará o reino de Deus. O remanescente final é representado pelos cento e quarenta e quatro mil selados (Ap 7:3, 9, 14-17; 14:1, 3:5). Seus integrantes são servos de Deus que foram limpos pelo sangue de Cristo, não se contaminaram com o engano e seguem a Cristo em pureza e verdade. O remanescente apocalíptico passa por grande tribulação (Apocalipse 10:8-10), prega a mensagem do juízo (Ap 11:1-2) e de fidelidade aos mandamentos de Deus (Ap 14:6-13). Caracteriza-se pela paciência, pela fé (ou fidelidade) e a obediência (Ap 13:10). O texto é esclarecedor: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). A passagem que menciona a ideia do remanescente acrescenta um novo ingrediente: tem o testemunho de Jesus, que é o espírito de profecia (Ap 12:17; 19:10; 22:6, 9).

III. O remanescente nos escritos de Ellen White

Em sua primeira visão (1844), Ellen White não menciona o remanescente, mas faz referência ao povo adventista e aos 144 mil. Entretanto, dois anos mais tarde, a visão foi publicada em forma de panfleto intitulado To the Little Remnant Scattered Abroad (Ao pequeno povo remanescente espalhado). Em seu livro Spiritual Gifts (Dons Espirituais, 1858), ela disse que o pequeno grupo que permaneceu fiel após o desapontamento de 1844 constituía o remanescente a quem Deus mostrava Sua aprovação (v. 1 p. 153).

Ellen White relacionou o remanescente do tempo do fim com a obediência à lei de Deus, com as doutrinas do santuário e do sábado (A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White, p. 57 [Um resumo da experiência cristã e visões de Ellen G. White]). Declarou que o remanescente tem peculiaridades que o distinguem de outras igrejas (Carta 7, 1856).

A senhora White vincula a mensagem do primeiro e do segundo anjo com o movimento milerita (Spiritual Gifts, 1:133-143) e a mensagem do terceiro anjo com o grupo que inicia em 1844 (A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White, p. 62; Spiritual Gifts, v. 1, p. 162-168).

Em 14 de março de 1858, em Lovett’s Grove, Ohio, Ellen White recebeu a visão do grande conflito entre Cristo e Satanás (Notas bibliográficas, 177-180). Nesse contexto entende a natureza e a missão do remanescente final. Cita frequentemente a passagem de Apocalipse 12:17. Em sua visão, o remanescente aparece em contraste com a escuridão e a desobediência do mundo e se caracteriza por sua harmonia com os preceitos de Deus. De idêntico modo, o remanescente vive e proclama a mensagem da justificação pela fé em Jesus.

Em 1893, Ellen White escreveu uma série de artigos para a Review and Herald, intitulados “Babilônia não é a igreja remanescente” (Testemunhos para Ministros, p. 32-62), opondo-se ao separatismo. Argumenta que Deus tem uma igreja, mas que esta é militante, não triunfante. Reconhece que a igreja é imperfeita e está composta por pessoas defeituosas, mas que, ao mesmo tempo, é o único objeto deste mundo ao qual Cristo concede Sua consideração suprema. O povo remanescente se distingue, não por sua prefeição, mas por sua disposição a ensinar a verdade e a vindicar a lei de Deus.

Ellen White acreditava que muitos entre os incrédulos das cidades e nações escutarão a Palavra de Deus e receberão Jesus como seu Salvador (Review and Herald, 10 novembro de 1904). Que quando chegar a prova final, não serão poucos os que farão parte com o povo remanescente de Deus (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 226).

Segundo ela, o povo remanescente é o depositário da verdade eterna, com o propósito de oferecê-la ao mundo (Review and Herald,23 dezembro de 1890). O remanescente do tempo do fim resistirá à supremacia satânica no mundo, e Deus não permitirá sua destruição (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 231). Será preservado como testemunho em favor da verdade.

Ao mesmo tempo, Ellen White mostra preocupação pela situação espiritual da igreja remanescente. Por isso, aconselha seus membros para que caminhem diante de Deus em humildade e fé, para que Deus cumpra Seus propósitos através deles (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 274). Insiste que o povo remanescente deve ser um povo convertido e santificado (Atos dos Apóstolos, p. 487).

Conclusão

Deus sempre teve um povo fiel ao longo da História. Este tem sido o cenário de sua obra de graça e restauração. A oposição satânica não foi capaz de destruí-lo. No fim dos tempos se descreve mais uma vez um povo remanescente, caracterizando-o pela fidelidade e pela orientação de Deus através da profecia.

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente - 23/01/2009 a 24/01/2009

Sexta, 23 de janeiro

Opinião
Refletindo a imagem de Cristo


O Dom de Profecia e a Igreja RemanescenteNossos primeiros pais foram feitos pela mão do Criador à Sua imagem. Tiveram a bênção de andar na presença plenamente revelada de Deus, num mundo perfeito. Não havia necessidade de um movimento remanescente. Contudo, por causa do pecado, os seres humanos não mais puderam contemplar a pessoa de Deus e viver. O que Deus podia fazer era desenhar uma “planta arquitetônica” de Si mesmo, para que os seres humanos pudessem novamente confiar nEle e permitir que Seu caráter fosse refletido neles.

Por que é necessário que a imagem de Deus seja refletida em nós? Eis aqui algumas razões: (1) Prover evidências de um Deus amoroso num mundo escuro; (2) revelar ao mundo o verdadeiro caráter de Deus; (3) preparar um povo para habitar novamente na presença de seu Criador.

Em meio ao grande conflito, enquanto a imagem de Deus estava sendo denegrida por falsos ensinos, Deus deu a plenitude de Si mesmo na pessoa de Cristo. Ele era não apenas a imagem da Divindade, mas a Divindade vestida em carne. Através do ministério de nosso Redentor, somos capazes de observar a “planta arquitetônica viva” que o remanescente deve seguir. Cristo pregou as três mensagens angélicas durante Seu ministério na Terra. Ele chamou a multidão para uma correta adoração de Deus; chamou-os da confusão da tradição; e convidou Seus seguidores a permanecerem fiéis, embora a maioria do mundo recusasse acreditar nEle.

Cristo não apenas pregou a mensagem, mas a viveu, porque era a Palavra (Jo 1:1-3, 14). Agora que estamos nos aproximando da segunda vinda de Cristo, grande luz tem sido concedida à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Temos a mensagem, mas quão bem a estamos vivendo, e assim refletindo a natureza amorosa de nosso Senhor? O remanescente deve não apenas pregar a mensagem ao mundo, mas a mensagem deve ser revelada por meio de seus amorosos atos e palavras. Antes de o pecado entrar neste mundo, a imagem de Deus era refletida através do primeiro casal – Adão e Eva. No fim do grande conflito, a imagem de Deus será refletida por meio do último casal – Jesus Cristo e Sua noiva, a Igreja.

Dicas

1. Crie algo novo a partir de velhos restos. Escolha o elemento que quiser – metal ou retalhos de tecido, peças antigas de computador, ou mesmo sobras do refrigerador.
2. Faça uma linha do tempo de sua própria vida. Quais são os pontos altos ou eventos que fizeram com que você mudasse de rumo? Como sua linha do tempo se encaixa dentro da guerra descrita em Apocalipse 12?
3. Faça uma escolha. Você prefere ser parte de um pequeno grupo ou se sente mais confortável numa grande multidão? Quais são as vantagens de cada uma dessas alternativas?
4. Procure no dicionário a palavra “remanescente”. De que maneiras a definição descreve o povo remanescente de Deus? O termo do dicionário conota um contexto positivo ou negativo? Quais são alguns dos sinônimos alistados para essa palavra?
5. Invente substitutos modernos para os personagens e símbolos de Apocalipse 12 e 14. Que termo/personagem você escolheria em vez de “remanescente” para descrever os fiéis de Deus?

Charles Rietman | Wyoming, EUA

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente - 22/01/2009 a 24/01/2009

Quinta, 22 de janeiro

Aplicação
Sendo o remanescente


O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente7. Quais são algumas das características do povo de Deus no tempo do fim? Ap 14:6-12

Conforme Apocalipse 12:17, a igreja remanescente visível de Deus pode ser reconhecida por duas características específicas: (1) “guarda os mandamentos de Deus”, inclusive o mandamento do sábado; e (2) “têm o testemunho de Jesus”, que é o espírito de profecia, ou o dom profético. Como adventistas, proclamamos os Dez Mandamentos, inclusive o dia de sábado; e cremos que temos o testemunho de Jesus; isto é, que Deus Se manifestou na vida e na obra de Ellen G. White. Mas a participação como membros dessa igreja não torna a salvação mais certa do que a um hebreu no Israel antigo (Jr 8:20).

É possível estar na igreja remanescente e, contudo, não ser um remanescente no coração? No livro de Apocalipse, Deus revelou os eventos finais do grande conflito, e seu resultado final. Ele destacou os que serão vitoriosos, os que constituem o remanescente. Deus dá várias características de Seu povo nos últimos dias. Compreendendo sua singularidade, podemos compreender não apenas como estar entre os remanescentes, mas também como ser remanescente no coração.

1. Proclamar a mensagem. A igreja remanescente de Deus estará proclamando o evangelho eterno ao mundo todo no contexto das três mensagens angélicas, que preparam um povo para encontrar o Salvador em Sua segunda vinda. Para sermos parte do remanescente, precisamos ser parte de um movimento que proclama a segunda vinda.

2. Guardar os mandamentos. O povo de Deus dos últimos dias ensina que a lei de Deus não mudou nem foi abolida, mas que ela constitui o eterno transcrito de Seu caráter e padrão pelo qual somos julgados (1Pe 1:15). Os mandamentos são o instrumento de Deus para mostrar nosso pecado e nossa necessidade de um Salvador (Rm 3:20; 7:7). O remanescente não somente ensina os mandamentos, mas também os guarda. Ser um dos remanescentes é estar num relacionamento de amor com Jesus, um amor que presta obediência (Jo 14:15).

3. Crer em Seus profetas. O testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia (Ap 12:17; 19:10). O povo de Deus dos últimos dias terá o Espírito de Profecia, da mesma forma que o Israel do passado. Deus nos deu um mapa (a Bíblia) para nosso êxodo (a segunda vinda). Ele também nos deu um piloto (o Espírito de Profecia dado a Ellen White e aos profetas bíblicos) para nos guiar através dos perigos e das circunstâncias instáveis dos últimos dias. Como Seu povo remanescente, cremos em Seus profetas e obedecemos ao Seu conselho para que possamos prosperar até o fim (2Cr 20:20).

Deus nos está chamando nestes últimos dias, não apenas para que aceitemos Seu nome, mas para que revelemos Seu caráter através de nossa vida. Essa é a grande necessidade desta hora.

Joshua Rietman | Wyoming, EUA

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente - 21/01/2009 a 24/01/2009

Quarta, 21 de janeiro

Testemunho

Pequeno rebanho


O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente6. Apocalipse 19:10 diz: “Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.” Em todas as Escrituras, a expressão “o espírito de profecia” aparece só neste texto. O que significa? 1Co 12:8-10, 28; Ef 4:11

O paralelo mais próximo da expressão “o espírito de profecia” na Bíblia é encontrado em 1 Coríntios 12:8-10. Nesses versos, Paulo se refere ao Espírito Santo, que dá o dom de profecia, entre outros dons (charismata); e a pessoa que recebe esse dom é chamada de profeta. Assim como acontece em 1 Coríntios 12:28, aqueles que têm o dom de profecia (verso 10 do mesmo capítulo) são chamados de profetas – em Apocalipse 22:8, 9, aqueles que têm o espírito de profecia (Ap 19:10) também são chamados de “profetas”.

“De especial valor para a igreja de Deus sobre a Terra hoje – os guardas de Sua vinha – são as mensagens de consolo e admoestação dadas através dos profetas que tornaram claro Seu eterno propósito em favor da humanidade. Nos ensinos dos profetas, Seu amor pela raça caída e Seu plano para a sua salvação são revelados claramente. A história do chamado de Israel, de seus sucessos e fracassos, sua restauração ao favor divino, a rejeição do Senhor da vinha e a execução do plano dos séculos por um bom remanescente a quem seriam cumpridas todas as promessas do concerto – tal foi o tema dos mensageiros de Deus a Sua igreja através dos séculos já passados” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 15).

“Em comparação com os milhões do mundo, o povo de Deus será, como tem sido sempre, um pequeno rebanho; mas se permanecerem na verdade como revelada em Sua Palavra, Deus será seu refúgio. Permanecerão sob o amplo abrigo da Onipotência. Deus é sempre a maioria. Quando o som da última trombeta penetrar a prisão dos mortos, e os justos saírem triunfantes, exclamando: ‘Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?’ (1 Co 15:55), para permanecerem então com Deus, com Cristo, com os anjos e com os leais e fiéis de todos os tempos, os filhos de Deus serão a grande maioria” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 590).

“Os remanescentes que purificam a alma pela obediência da verdade adquirem forças do próprio processo probante, exibindo a beleza da santidade entre a apostasia que os rodeia. Todos esses, diz Ele, ‘nas palmas das Minhas mãos... tenho gravado’ (Is 49:16). Eles são conservados em eterna, imperecível lembrança. Carecemos de fé, agora, fé viva. Carecemos possuir um testemunho vivo que penetre no coração do pecador” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas,v. 2, p. 380).

“O povo que observa os mandamentos de Deus é descrito pelo profeta como ‘homens portentosos’. Cumpre-nos ser um povo diferente do mundo. Os olhos do mundo se encontram sobre nós, e somos observados por muitos de quem não temos conhecimento” (Ibid., p. 386).

“Deus tem uma igreja. Não é uma grande catedral, nem é a instituição nacional, nem são as várias denominações; trata-se do povo que ama a Deus e guarda os Seus mandamentos. ‘Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles’ (Mt 18:20) (Ellen G. White, Olhando Para o Alto [MM 1983], p. 315).

Jordan Wagner | Spencerport, EUA

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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente - 20/01/2009 a 24/01/2009

Terça, 20 de janeiro

Exposição

O remanescente redimido


Jesus - Igreja remanescenteO segundo marco identificador da igreja remanescente é “o testemunho de Jesus”. Essa expressão aparece seis vezes no livro de Apocalipse (Ap 1:2, 9; 12:17; 19:10; 20:4).

5. O que significa a expressão “o testemunho de Jesus” nos textos seguintes? Ap 1:2, 9; 19:10; 20:4

Um estudo das passagens onde a expressão “o testemunho de Jesus” aparece no livro de Apocalipse mostra que ela deve ser entendida como testemunho de Jesus sobre Si mesmo.

Certeza profética (Ap 12:7-9). Em Apocalipse 12, João registra uma sinopse do grande conflito. Repleta de símbolos e citações literárias, as imagens que ele usa são suficientemente ricas para documentar uma guerra, e ao mesmo tempo transmitem a essência do evangelho eterno. Em duas traduções justapostas, o conflito dos séculos é documentado de forma quase auto-interpretativa.

O relato começa com uma guerra irrompendo no Céu. O dragão, identificado como Satanás, assume o papel de antagonista, e arregimenta um terço dos anjos. Eles são expulsos para a Terra, onde o dragão busca vingar-se da mulher, noiva de seu oponente. A noiva é abrigada nas regiões remotas da Terra ao longo de um dos grandes períodos de tempo proféticos, os 1.260 dias nos quais o dragão exerce autoridade. As multidões reunidas para eliminar a noiva são dissipadas e tornadas ineficazes pelo deserto onde ela é abrigada.

Do exílio, João escreveu aos que já estavam experimentando a perseguição inicial do dragão. Perseguição e morte eram infligidas ao crescente grupo de crentes. Nessa profecia é comunicada a esperança de que Deus ainda está no controle. Sua vontade ainda está sendo executada, e, embora o diabo tenha descido à Terra com grande ira, seu tempo é curto.

O remanescente (Ap 12:17). Duas vezes enraivecido pelo fracasso, o dragão persegue os filhos da mulher. Os restantes (o remanescente) são marcados com características peculiares. Esses atributos servem para distingui-los dos impostores enviados pelo dragão para afogar as vozes deles. A primeira dessas características é a fidelidade em guardar os mandamentos de Deus. Onde o dragão procura enviar água para diluir e varrer o conhecimento da lei de Deus, o remanescente busca preservar essas verdades.

A segunda característica do remanescente é o testemunho de Jesus. Superficialmente, isso poderia ser interpretado como ter os ensinos e pronunciamentos de Jesus. Contudo, Apocalipse 19:10 identifica o “testemunho de Jesus” com o “Espírito de Profecia”. Assim, no relato de João, a linhagem do remanescente irá alcançar seu destino final num grupo que tanto guarda os mandamentos como tem o Espírito de Profecia.

O remanescente é a descendência profética da mulher, a noiva de Cristo. Essa noiva profética é a igreja em sua forma estendida. A noiva não é uma denominação específica. Sua semente remanescente tem a obrigação não só de preservar, mas de propagar as verdades essenciais que tem. Ao proclamar as três mensagens angélicas, o remanescente reivindica o Espírito de Profecia que João menciona.

Os redimidos (Ap 12:11). Os traços característicos do remanescente são apenas marcas identificadoras, e não instrumentos de salvação. João é bem claro sobre esse ponto. “Eles, pois, o venceram [Satanás] por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram” (Ap 12:11). A parábola da ceia das bodas, em Mateus 22, sugere que a justiça oferecida através do sangue do Cordeiro é condicionada a nossa disposição de vesti-la, de confessá-la através da palavra de nosso testemunho.

O espírito de profecia provê um fundamento para a confiança de que os revezes de hoje terão no máximo um efeito temporário. Para o remanescente, a profecia tem provido a certeza que os capacita a se alçar acima do medo da morte. Eles têm confiança no resultado final, porque a credibilidade foi obtida através da verdade que observaram no testemunho profético.

Através do sangue do Cordeiro, nasce um novo cântico, cantado apenas por aqueles que experimentaram seu poder redentor. É a culminação do evangelho eterno:

É o cântico dos salvos redimidos
Subindo das planícies africanas.
É o cântico dos santos perdoados,
Maior que a correnteza do Amazonas.
Dos crentes asiáticos também vem o canto
Que chega até Deus como fogo santo.
Vem de toda tribo, e de toda língua e nação
Um cântico de amor cheio de gratidão.
São todos os filhos de Deus entoando:
Glória, glória, aleluia,
Ele está reinando...
*

“Eis aqui um chamado para a perseverança dos santos, aqueles que guardam os mandamentos de Deus e se mantêm firmes à fé de Jesus” (Ap 14:12, New Revised Standard Version).

*Peter Furler and Steve Taylor, “He Reigns” (Ariose Music/Soylent Tunes, 2003).

Steven J. Dovich | Andover, EUA

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente - 19/01/2009 a 24/01/2009

Segunda, 19 de janeiro

Evidência
Sai dela!

Apocalipse3. O que representam esses símbolos? Ap 12:6, 13-17

Nesses versos, uma torrente de água é enviada contra o povo de Deus, simbolizando exércitos em perseguição (Jr 46:7, 8; 47:2; Dn 9:26). Em contraste, em Apocalipse 12:16, a terra é descrita como ajudando a igreja perseguida. Em 1620, os primeiros peregrinos, fugindo da perseguição religiosa na Europa, chegaram ao continente americano. Neste continente encontraram abrigo seguro onde os exércitos dos poderes europeus não os poderiam alcançar. Assim, simbolicamente, o novo continente americano absorveu os exércitos perseguidores.

4. Qual é a primeira marca de identificação desse remanescente especial? Ap 12:17. Como estes textos nos ajudam a entender o que significam “os mandamentos de Deus”? Mt 24:20; Rm 3:31; Ef 6:1; Tg 2:9-11; 1Jo 3:4

Esse remanescente do tempo do fim será distinguido, em primeiro lugar, pelo fato de que guarda os mandamentos de Deus, todos eles, o que, evidentemente, inclui o sábado.

Examinando o registro histórico da história da Terra, torna-se aparente que Deus sempre teve um povo remanescente que tem procurado seguir Sua orientação:

Noé era o líder de apenas oito pessoas, que formaram um remanescente. Em face de zombaria e ridículo, ele ensinou durante 120 anos que precisa ocorrer uma transformação na vida das pessoas. Quando tudo tinha sido dito e feito, só sua família entrou com ele na arca.

Abraão foi chamado a sair de Ur. A maioria do mundo estava ocupada em viver egoisticamente. Do fato de Abraão ter seguido a ordem de Deus nasceu um remanescente e uma nação.

Moisés liderou um remanescente para sair do Egito. Do grupo original de adultos, só a três pessoas foi permitido ver a Terra Prometida.

Israel enfrentou o cativeiro na Babilônia por causa de suas escolhas. Esdras e Neemias foram chamados a levar de volta um remanescente para reconstruir Jerusalém e reconstruir o conceito de um Deus amoroso na mente do povo.

Após a ressurreição de Cristo, um grupo remanescente de cristãos foi perseguido. Durante os trezentos anos seguintes, a igreja enfrentou perseguição e morte, mas um remanescente continuou a ser fiel.

A Idade Média viu um remanescente de pessoas que muitas vezes sacrificavam a vida de preferência a negar a verdade.

Hoje em dia, Deus está procurando um remanescente que permaneça fiel até o fim (leia Ap 18:4).

Gary Wagner | Spencerport, EUA

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domingo, 18 de janeiro de 2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente - 18/01/2009 a 24/01/2009

O Dom de Profecia e a Igreja Remanescente

Jesus - O Sumo Sacerdote

“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17).

Prévia da semana: O testemunho de Jesus e o Espírito de Profecia são uma continuação da revelação de Deus por meio dos profetas do Antigo Testamento, culminando em Jesus e sendo transmitido por meio dos apóstolos, profetas e mártires da primeira igreja. O povo de Deus no tempo do fim é descrito por preservar e restaurar essa mensagem profética. Pelo poder do Espírito Santo e por suas palavras e ações, eles anunciam Jesus nos últimos dias.

Domingo, 18 de janeiro

Introdução
O grande fazedor de acolchoados


1. Quem são alguns dos personagens do grande conflito? Ap 12:1-6

João vê um sinal deslumbrante – uma mulher grávida, “vestida do sol com a lua debaixo dos pés”, e usando uma coroa de doze estrelas. Essa é mais que uma simples mulher. Ela é o símbolo da igreja, ou do povo fiel de Deus (veja Is 54:5, 6; 2Co 11:2).

2. De acordo com Apocalipse 12:6, a mulher foge do dragão e vai para o deserto, onde é colocada aos cuidados de Deus por 1.260 dias. Sobre que assunto esse texto está falando, e o que simbolizam os 1.260 dias? Dn 7:25; Ap 12:14; 13:5

Os adventistas do sétimo dia (em contraste com a maioria dos cristãos de hoje) interpretam os 1.260 dias como sendo 1.260 anos, e veem isso como uma referência ao período da supremacia papal do sexto século até o fim do século 18.

O acolchoado está sobre a cama, como lembrança de uma geração de mulheres que os costuravam para manter sua família aquecida no inverno. Minha avó pacientemente unia, um a um, os pequenos triângulos de tecido. Eram feitos de retalhos, em sua maior parte de roupas velhas que estavam sendo recicladas muito antes de isso ser considerado certo para com o meio ambiente.

Quando aqueles pedaços remanescentes de tecido eram cortados, adequadamente posicionados e depois costurados, emergia um novo item – um acolchoado sob o qual eu podia me aninhar nas frias noites de inverno. Os remanescentes eram tirados de algo que precisava ser transformado e refeito numa nova criação.

Ao longo da história da Terra, Deus tem preparado um povo remanescente. Assim como aqueles pequenos triângulos tão carinhosamente recortados por minha avó, Deus tem estado a moldar um povo com um caráter que O reflita. Do grande grupo daqueles que afirmam segui-Lo, sairá o remanescente. Esses seguidores guardarão os mandamentos de Deus e terão o testemunho de Jesus.

Ele trabalha em nossa vida cortando fora as coisas que, se afirmamos ser Seus seguidores, não devem estar lá. Ele ajusta nossas atitudes e desejos, à medida que permitimos que o faça. Como o Grande Fazedor de Acolchoados, Ele une os elementos de Seu remanescente, e emerge um novo tecido que beneficiará a Noiva de Cristo.

Como podemos falar que fazemos parte do remanescente sem parecer exclusivistas? Quais são realmente os sinais de um povo remanescente? Quais são os exemplos bíblicos específicos do remanescente e de como eles contam a história de Jesus?

Durante esta semana, examinaremos essas perguntas. Ao fazê-lo, será necessário perguntarmos de que forma nós, como igreja, preenchemos o papel do remanescente.

Deena Bartel-Wagner | Spencerport, EUA

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