sábado, 30 de janeiro de 2010

Paciência - Resumo Semanal - 30/01/2010 a 30/01/2010

PACIÊNCIA
Resumo Semanal - 24/01/2010 a 30/01/2010


por Emilson dos Reis

O estudo da lição da Escola Sabatina desta semana trata da longanimidade ou paciência (NVI) – virtude encontrada no próprio Deus e que Seu Espírito deseja implantar em nós.

I. A LONGANIMIDADE DE DEUS


A longanimidade de Deus é expressa no Antigo Testamento pela expressão erekh ’appayim (Êx 34:6; Nm 14:18; Sl 86:15; 103:8; Is 48:9; Na 1:3). Literalmente, significa “longo de rosto”, e a partir daí transmite a ideia de lentidão para a ira e para punir o erro. No grego a expressão é makrothumía (Rm 2:4; 9:22; 2Pe 3:15), literalmente, “grandeza de ânimo” – para amar e esperar, perdoar e esquecer. É o aspecto da bondade de Deus que tolera o pecador, apesar de sua demora no mau caminho. Fica entre os extremos da ira e da graça e se manifesta quando Deus adia, temporariamente, o merecido julgamento e continua a oferecer salvação e graça por longos períodos de tempo, dando espaço para arrependimento e conversão (1Tm 1:16; Ap 2:21). Este procedimento pode ser visto em Seu trato com Israel (Nm 14:18; Sl 103:8, 9) e com os antediluvianos (1Pe 3:20) e, na atualidade, com o mundo em relação à vinda de Seu Filho (2Pe 3:9)2.

O Novo Testamento também traz a palavra anochē, empregada apenas em Romanos 2:4 e 3:25, em ambos os casos traduzida geralmente como tolerância e referindo-se à longanimidade de Deus, sem qualquer distinção nítida de makrothumía. Significa conter, fazendo referência ao juízo. É empregada na literatura grega, às vezes, para se referir a uma trégua, a qual implica na cessação das hostilidades das partes em conflito. Semelhantemente, a longanimidade de Deus para com a humanidade é uma espécie de trégua divina temporária que Ele tem proclamado em Sua graça3. Todavia, há o perigo de o homem abusar da longanimidade de Deus, o que ocorre quando, em vez de gratidão e correto aproveitamento da oportunidade para arrependimento e reforma de vida, há manifesto desprezo para essa longanimidade.

Aqueles que assim procedem imaginam que, por ser Deus longânimo, e por frequentemente reter a condenação e a punição merecidas, não cumprirá as ameaças que fez, ou que, por alguma razão, estão excluídos da punição judicial de Deus (como foi o caso dos judeus que confiavam que sairiam ilesos por serem o povo da aliança e por seu parentesco com Abraão (Ver Mt 3:7-9; Lc 13:28, 29; Rm 9:6-8 cf. Gl 3:7)4. Embora Deus seja longânimo para com a humanidade pecadora, essa longanimidade tem um limite temporal, além do qual sua ira permanece5. Se for desprezada ou abusada (1Pe 3:20), servirá para exasperar a ira de Deus e para confirmar a destruição anunciada, resultando em grande severidade no juízo, como o que ocorreu com Faraó.

II. A LONGANIMIDADE DE JESUS


Embora Jesus fosse muito longânimo, o evangelho revela que Sua paciência também tinha limites. Ele manifestava Sua indignação, fosse em palavras, ou em ações, em face de forças e poderes de vontade que se estabeleciam contra Deus. Assim, Ele Se irou contra Satanás (Mt 4:10; 16:23), contra os demônios (Mc 1:25; 9:25; Lc 4:41) e por causa da natureza demoníaca dos homens (Jo 8:44), notadamente os fariseus (Mt 12:34; Mt 15:7; Mt 23:33), por causa da “dureza do seu coração” (Mc 3:5, 6; cf. Lc 6:6, 7). Ele também Se irou contra aquelas cidades que recusaram Seus apelos para conversão (Mt 11:20-24), contra os vendedores do templo que, por sua profanação, mostravam que não tomavam Deus a sério (Mt 21:12, 13; Jo 2:13-17) e contra os discípulos por sua falta de fé (Mt 17:17).

Também em Seus ensinos, o esgotamento da paciência é visto mesclando Sua compaixão. Desse modo, o senhor da festa já havia esgotado sua paciência quando seu convite foi desprezado pelos convidados (Lc 14:21). O mesmo ocorreu quando o mau servo não correspondeu à grande misericórdia demonstrada para com ele (Mt 18:34-35). Ainda, nos eventos finais a serem cumpridos em Seu segundo advento, Ele é o Senhor que repudia toda ligação com aqueles contra os quais está irado (Mt 7:23; 25:12; Lc 13:27), e que em ira destrói Seus inimigos (Lc 12:46; 19:16; Mt 22:7) e que lança os rejeitados no fogo (Mt 13:41, 42; 49-50; 25:41), onde há choro e ranger de dentes (Mt 22:13; 25:30). Na linguagem apocalíptica, Ele é “o Rei dos reis e Senhor dos senhores” que “pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-poderoso” (Ap 19:15, 16), no “grande Dia” da “ira do Cordeiro” (Ap 6:15, 16), quando Sua ira é dirigida particularmente contra os que desprezam Seu sacrifício como o Cordeiro que tira o pecado do mundo.

III. A LONGANIMIDADE DO CRISTÃO


Repetidamente, o Novo Testamento nos orienta a ser pacientes com aqueles que estão à nossa volta, mas isso somente será possível se o Espírito de Deus habitar em nós. Deus, que é paciente para conosco, pode nos tornar pacientes para com os outros.

Precisamos ser pacientes com os fracos. No fim de sua carta aos Romanos, Paulo trata da ética cristã e menciona como deve ser a relação entre cristãos fortes e cristãos fracos. Ele acreditava que os fortes é que estão corretos, escreveu da perspectiva deles e colocou-se como um deles (Rm 14:14, 20; 15:1).

A diferença entre fortes e fracos diz respeito a assuntos não essenciais sobre os quais as Escrituras não se pronunciam com clareza. Nesses casos, cada um tem a liberdade de seguir sua consciência, mas isso pode vir a causar divisão entre os crentes. Os fortes na fé são aqueles que sabem distinguir com clareza, que são maduros em sua experiência cristã. Os fracos na fé são fracos em suas convicções, imaturos, incultos e até equivocados. Todavia, não devem ser ignorados nem censurados, antes, acolhidos na comunidade cristã, e essa aceitação deve ser sem discussões, debates ou julgamentos, mas respeitosa para com suas opiniões (Rm 14:1).

Os fracos devem ser aceitos: (1) porque o próprio Deus os acolheu (Rm 14:2, 3); (2) porque Seu Filho morreu e ressuscitou para ser o Senhor (Rm 14:4-9); (3) porque são nossos irmãos (Rm 14:10); (4) porque todos nós haveremos de comparecer diante do tribunal de Deus (Rm 14:10-13).

Outro princípio que Paulo apresenta é o de que não devemos agradar a nós mesmos (Rm 15:1-13). As razões para isso são: (1) Cristo não agradou a Si mesmo (v. 3-4); (2) porque Deus está disposto a unir fortes e fracos para que tenham o mesmo sentimento de uns para com outros e em sua adoração (v. 5, 6); (3) porque Cristo os acolheu (v. 7); (4) porque Cristo Se tornou servo. Como foi dito: “No essencial, unidade; em não essenciais, liberdade; em todas as coisas, caridade.”6
Precisamos ser pacientes quando anunciamos o evangelho. Revendo as narrativas bíblicas, percebemos que a proclamação do evangelho pode se deparar com três possíveis resultados: (1) Rejeição. Quem ouve não aceita e essa resposta é definitiva. O moço rico se enquadra nesta categoria (Mt 19:16-22).7 (2) Procrastinação. A pessoa não aceita no momento. Todavia, depois, algumas vezes muito tempo depois, ela diz “sim” a Cristo. Foi o que ocorreu com Nicodemos (Jo 3:1-21).8 (3) Pronta aceitação. O evangelho é imediatamente aceito. Esse foi o caso da mulher samaritana (Jo 4:1-43).9 Portanto, nem todos os que ouvem o Evangelho se decidem a seu favor, e aqueles que o fazem nem sempre o farão de imediato. A aceitação ou não do Evangelho e a rapidez ou demora para que isso ocorra não depende apenas de Deus ou do mensageiro. Depende, em boa medida, da disposição do coração daquele que o recebe.

Devemos também considerar que as pessoas costumam filtrar as informações que recebem. Cada informação que nos chega precisa passar por alguns filtros, ou peneiras, antes de concordarmos com ela e a recebermos. Esses filtros ou peneiras são formados por nossas experiências, nosso conhecimento e as informações anteriores que recebemos e acatamos.

Sendo assim, podemos imaginar que, se vamos dar estudos bíblicos para um jovem que nunca teve uma experiência religiosa, nunca se filiou a uma religião e nunca leu nada a respeito do evangelho, encontraremos alguém com poucos filtros e a mensagem que lhe transmitimos vai sendo absorvida com certa facilidade. Por outro lado, se vamos levar nossa mensagem para uma pessoa de mais idade, que já pertenceu a várias denominações religiosas, que já leu milhares de páginas sobre as mais diferentes doutrinas, é certo que encontraremos alguém que possui muitos filtros. Nesse caso, cada aspecto da verdade que apresentamos depara-se com pensamentos diferentes e contrários, alguns deles bastante enraizados, e que se constituem numa barreira ou num filtro que impede ou dificulta a aceitação da nova informação que estamos transmitindo. É de se esperar que a conversão da primeira pessoa acima mencionada seja muito mais fácil e rápida do que a do segundo.

Você pode perceber isso em sua igreja local. Relembre as cerimônias batismais às quais você tem assistido. Quantas crianças, adolescentes e jovens foram batizados? E quantos foram os de meia idade ou da terceira idade? De qualquer modo, não nos esqueçamos de que o evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16). Devemos fazer nossa parte, e da melhor maneira possível, orando com fervor para que Deus atue poderosamente por meio de Sua Palavra e de Seu Espírito na vida daqueles a quem buscamos evangelizar, de modo que reconheçam a verdade, creiam em Deus e cheguem à salvação.

Precisamos desenvolver a paciência. Nessa empreitada, podemos contar com a ajuda de Deus. Essa é uma das razões pelas quais Ele nos permite passar por provas e dificuldades: elas nos ajudam a cultivar um caráter paciente e constante e a desenvolver a maturidade cristã. Como disse Paulo: “Também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Rm 5:3, 4).

Precisamos saber que a paciência tem seus limites. Há pessoas que precisam lidar com dinamite, como é o caso daqueles que trabalham na abertura de rodovias em nosso país. A banana de dinamite possui um pavio acionado por um chispa de fogo. Normalmente, o pavio é longo, de modo que, depois de aceso com o fogo, decorra um tempo razoavelmente longo para explodir, de maneira que aqueles que estão próximos possam procurar um lugar seguro a fim de não ser atingidos pela explosão. Se o pavio fosse muito curto, a explosão ocorreria de imediato e não haveria tempo para que as pessoas se protegessem.
Todos nós já ouvimos falar em pessoas “com pavio curto”, isto é, pessoas que não têm paciência e explodem rapidamente, mesmo por motivos triviais. Ao contrário, Deus é longânimo, isto é, tem longo ânimo, longa paciência, ou, de acordo com nossa ilustração, tem um pavio longo. E Ele também nos convida a ser como Ele, pacientes, longânimos nos relacionamentos com nossos semelhantes. Assim, se, por um lado, é pecado ter “pavio curto”, explodir rapidamente, por outro, é parte do fruto do Espírito ser longânimo. Também devemos recordar que chega o momento em que mesmo o pavio longo é consumido pelo fogo e a dinamite explode. De igual maneira, embora Deus seja longânimo, chega o momento em que mesmo a Sua paciência se esgota.

Há situações em que é correto não termos mais paciência. Isso pode ser ilustrado pelo procedimento adotado pelas escolas. Quando um aluno é rebelde, indisciplinado, briguento, desrespeitoso com colegas e professores, viciado em drogas, o que é feito? As escolas costumam ter uma política para lidar com esses casos. Primeiramente, o aluno recebe uma advertência oral. Quando ele repete seu mau comportamento, recebe uma advertência escrita. Na ocasião seguinte, seus pais são comunicados. E assim, com paciência, vão tratando do seu caso. Todavia, se ele persistir no erro, acabará sendo expulso da escola. E isso será absolutamente necessário para o bem dos demais. Sua permanência na escola seria um grave erro por desconsiderar os direitos e o bem estar de todos os outros.

Portanto, Deus é muito longânimo para com os homens e para conosco, individualmente. É por essa razão que Ele nos concede tempo suficiente para o arrependimento e a mudança de vida, para formarmos um caráter como o de Cristo. Aproveitemos a oportunidade e permitamos que Seu Espírito nos molde e nos torne pacientes nos relacionamentos para com nossos semelhantes.

Referências bibliográficas
2. U. Falkenroth e Colin Brown, “Paciência, Firmeza, Perseverança”, Dicionário internacional de teologia do Novo Testamento, 4 vols., traduzido por Gordon Chown (São Paulo: Vida Nova, 1985), 3:372.

3. Everett F. Harrison, “Romans”, The Expositor’s Bible Commentary, 12 vols. (Grand Rapids, MI: The Zondervan Publishing House, 1984), 10:29.

4. Barmby, J. e J. Radford Thomson, “The Epistle of Paul to the Romans”, The Pulpit Commentary (Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, reimpressão 1977), 18: 58-59. Discorrendo sobre este tópico, Ellen White declarou que “passado o período de nossa prova, se formos achados transgressores da lei de Deus, encontraremos no Deus de amor um ministro de vingança. Deus não Se compromete com o pecado. Os desobedientes serão punidos... O amor de Deus agora se expande para incluir o mais baixo e vil pecador que, contrito, venha a Cristo. Estende-se para transformar o pecador num obediente e fiel filho de Deus; mas nenhuma alma pode ser salva se continuar em pecado.

“O pecado é a transgressão da lei, e o braço que é agora poderoso para salvar, será forte para punir quando o transgressor ultrapassar as fronteiras que limitam a paciência divina”. Ellen White, Mensagens Escolhidas, 2:313.

5. Idem, Profetas e Reis, 276, 417; idem, Testemunhos Seletos, 2:62-63; idem, Grande Conflito, 36.

6. John R. W. Stott, Romanos (São Paulo: ABU, 2000), 432-454.

7. O jovem rico “recusou o oferecimento da vida eterna, e foi embora, e haveria o mundo, daí em diante, de receber sempre o seu culto.” Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, 365.

8. “Durante algum tempo, Nicodemos não reconheceu publicamente a Cristo... Quando, afinal, Jesus foi erguido na cruz... Nicodemos viu em Jesus o Redentor do mundo.

“Depois da ascensão do Senhor, quando os discípulos foram dispersos pela perseguição, Nicodemos tomou ousadamente a dianteira. Empregou sua fortuna na manutenção da igreja infante... Tornou-se pobre em bens deste mundo; todavia, não vacilou na fé que tivera seu início naquela conferência noturna com Jesus”. Ibid., 115.

9. Ao estar a samaritana conversando com Jesus, junto ao poço de Jacó, “nela se começou a formara convicção acerca de Seu caráter. Surgiu-lhe no espírito a indagação: ‘não poderia Este ser o tão longamente esperado Messias?’ disse-Lhe: ‘Eu sei que o Messias (que Se chama Cristo) vem; quando ele vier nos anunciará tudo’. Jesus respondeu: ‘Eu o sou, Eu que falo contigo’(Jo 4:25, 26).

“Ao ouvir a mulher estas palavras, a fé brotou-lhe no coração. Aceitou a maravilhosa comunicação dos lábios do divino Mestre”. Ibid., 124.

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Paciência - 29/01/2010 a 30/01/2010

Sexta, 29 de janeiro

Opinião
Senhor, dá-me paciência!


Poderíamos pensar que a paciência é para certos tipos de pessoas – talvez os pobres, porque eles já se acostumaram a sua condição e, portanto, sabem “esperar no Senhor”; ou para pessoas com doenças crônicas ou terminais. Entendemos os desafios de saúde de pessoas que estão sofrendo enquanto a família suporta tudo com tolerância e resignação?

Já ouvi pessoas dizerem jocosamente: “A paciência é uma virtude, mas em demasia é prejudicial.” Fico pensando se alguns de nós que têm essa opinião não ficam frustrados com os outros e até consigo mesmos. Ou podemos dizer como Jó: “Embora Ele me mate, ainda assim esperarei nEle” (Jó 13:15, NVI)? Cremos realmente que “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito” (Rm 8:28, NVI) e que podemos confiar que Ele fará o certo (Jó 38-42)?

Por que questionamos a Deus quando pessoas boas sofrem, quando pais abusam dos filhos, quando um carro cheio de jovens promissores se acidenta e todos os ocupantes morrem? Será que a resposta não é simplesmente que vivemos num mundo amaldiçoado pelo pecado? Contudo, de alguma forma, no próprio momento em que perguntamos “Por quê?” parece que é preciso uma resposta maior e mais profunda.

Nem sempre sabemos por que precisamos enfrentar grandes problemas e desafios na vida. Não entendemos por que tsunamis, furacões e tufões devastam cidades e países, deixando famílias sem lar e arrasadas. Podemos, contudo, viver com a certeza do contínuo cuidado e preocupação de Deus por nós como indivíduos. Podemos ler a Bíblia, que contém tantos exemplos e lições para nos ajudar a compreender a compaixão de Deus.

Mãos à obra

1. Faça uma lista dos tipos de situações que mais provam sua paciência. Peça a Jesus que o(a) ajude a encontrar soluções melhores para lidar com a ira, a frustração, ou quaisquer outros sentimentos que essas situações provoquem.
2. Pesquise pessoas da Bíblia que tentaram resolver as coisas a seu modo em vez de esperar pacientemente no Senhor. Responda às perguntas: Qual foi a resposta do Senhor? De que forma o relacionamento dessas pessoas com Ele mudou?
3. Aprenda um hino que você possa cantar para si mesmo ou em voz alta (dependendo das circunstâncias) cada vez que você descobrir que sua paciência está se esgotando.

Carl Henry | Biloxi, EUA

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Paciência - 28/01/2010 a 30/01/2010

Quinta, 28 de janeiro

Aplicação
Indicadores de paciência


Em Gálatas 5:22, a paciência se encontra entre os frutos da paz e da amabilidade. Será que isso é coincidência? Ou há uma progressão natural de uma coisa à outra? A fim de ser pacientes, precisamos estar em paz com nós mesmos e ser amáveis com os outros? Como conseguir isso?

Ore. Sempre torne seus pedidos conhecidos a Deus. Leia Salmo 62:8; Filipenses 4:6; Tiago 1:6, 7. Lembre-se das orações de Daniel, José, Ester, Rute, e João.

Leia e estude a Bíblia.
A Bíblia testifica de Cristo e nos ensina como alcançar a vida eterna (Jo 5:39). Mateus 11:28 e 29 nos lembra que encontramos descanso em Cristo. Enquanto aguardamos a vinda do Senhor para nos dar alívio de todos os desafios que temos neste mundo, lembre-se de passagens como Isaías 9:2-7; 53; Salmo 22; Mateus 24; e 2 Tessalonicenses 1:3-2:12. Deixe que esses textos o confortem enquanto você espera pacientemente pela segunda vinda de Jesus. Leia também sobre a paciência e sofrimentos daqueles que aprenderam a se tornar pacientes através das dificuldades.

Medite na vida de Cristo. Pense sobre as ocasiões em que Ele mostrou grande paciência e longanimidade. Novamente, leia sobre a vida de outras pessoas que alcançaram grande paciência.

“Pela luta a vida espiritual é fortificada. Provações bem suportadas desenvolverão a resistência do caráter e preciosas graças espirituais” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 61). Jesus disse: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus, creiam também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, Eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se Eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para Mim, para que vocês estejam onde Eu estiver” (Jo 14:1-3, NVI).

Sugiro que encontremos maneiras de ser pacientes enquanto estudamos a vida de Cristo, adotamos Seus caminhos e nos lembramos de que Ele mostra longanimidade para conosco – pois “Cristo morreu em nosso favor quando éramos pecadores” (Rm 5:8, NVI).

Mãos à Bíblia 8. Leia Tiago 1:2-4. Qual foi sua experiência com a realidade desses versos? O que você aprendeu das várias provações que enfrentou e, no fim, o tornaram uma pessoa melhor, que reflete melhor o caráter de Jesus?

Nem toda provação vem da providência de Deus. Frequentemente, trazemos o sofrimento a nós mesmos pela desobediência. Com frequência, também, as provas e sofrimentos não passam de resultados do que significa viver em um mundo caído, pecador, em que temos um inimigo que nos odeia (1Pe 5:8).

Mark Henry |
Phillipsburgh, EUA

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Paciência - 27/01/2010 a 30/01/2010

Quarta, 27 de janeiro

Evidência
"Tomem o Meu jugo"

Você pode imaginar ter um jugo literal ao redor do pescoço, prendendo você a alguém que é mais vagaroso ou mais alto ou mais baixo que você? Jesus disse: “Aprendam de Mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas” (Mt 11:29, NVI), sugerindo assim que Ele é o exemplo do que significa longanimidade. A Bíblia nos dá muitos exemplos de quão longânimo Deus pode ser.

Adão e Eva desobedeceram à ordem de Deus para não comerem do fruto proibido. Se o fizessem, morreriam. Contudo, passaram-se 930 anos antes de Adão realmente morrer. Seis mil anos após a Queda, Cristo ainda está pleiteando conosco para que nos arrependamos e aceitemos Sua salvação.

Noé advertiu o mundo antediluviano de um dilúvio iminente que cobriria a Terra. Mas eles zombaram do profeta. Afinal de contas, nunca havia chovido antes. Noé pregou por 120 anos, repetindo pacientemente a advertência e a maneira de escape que estava sendo preparada.

Moisés aprendeu a paciência enquanto cuidava das ovelhas. Isso o preparou para ser “o compassivo e longânimo pastor de Israel” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 248).

Somos encorajados por Davi no Salmo 37:7 a confiar em Deus e aguardar “por Ele com paciência” (NVI). Isso sugere que, apesar dos desafios que enfrentamos, a resposta desejada pode demorar a vir (você tem que aprender a ser paciente); mas, no fim, Deus lhe concederá os desejos de seu coração. Ellen White nos lembra que precisamos ser pacientes, pois Deus “tem um canto para nos ensinar” a fim de que possamos “cantá-lo para sempre” (A Ciência do Bom Viver, p. 472).

Mãos à Bíblia

Não existe maior demonstração de paciência do que a revelada por Deus para com a humanidade. Mas devemos entender que até a paciência de Deus tem limites. A paciência de Deus durou 120 anos nos dias de Noé, enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3:20). Mas chegou o tempo em que a obstinação do povo exauriu a paciência de Deus, e Ele destruiu a Terra com um dilúvio.

6. Que princípio importante foi declarado pelo Senhor a respeito dos antediluvianos? Gn 6:3

7. Nos casos de Sodoma e Gomorra, Israel no deserto e no cativeiro babilônico, que atitudes provocaram as consequências que o povo sofreu? Dt 31:27; Sl 95:8; Jr 17:23

Beverly I. Henry | Mandeville, Jamaica

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Paciência - 26/01/2010 a 30/01/2010

Terça, 26 de janeiro

Testemunho
Paciência nas provações


“A tentação nos sobrevém para provar nossa fé. E a prova da fé produz a paciência, não irritação e murmurações. ... Devemos aprender valiosas lições de nossas provas. ... Quando incutimos desânimo e tristeza, Satanás escuta com perversa alegria, pois apraz-lhe saber que vos prendeu em seu cativeiro. Satanás não pode ler nossos pensamentos, mas pode ver nossos atos, ouvir nossas palavras; e, em virtude de seu longo conhecimento da família humana, pode elaborar suas tentações de modo a se prevalecerem de nossos pontos fracos de caráter” (Ellen G. White, Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 279).

“Alguns de nós somos... naturalmente quase como um relâmpago para pensar e agir; mas não permitamos a alguém pensar que não podemos aprender a paciência. Esta é uma planta que fará rápido crescimento se for cuidadosamente cultivada. Tornando-nos inteiramente familiarizados conosco mesmos, e então combinando com a graça de Deus uma firme determinação de nossa parte, podemos nos tornar vencedores, e perfeitos em todas as coisas, de nada necessitados. A paciência flui um bálsamo de paz e amor à vida do lar” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje [MM 1989], p. 97).

Moisés “devia aprender a paciência, a moderar as suas paixões... devia ser ensinado a obedecer. Seu coração devia estar completamente em harmonia com Deus, antes de poder ele ensinar o conhecimento de Sua vontade a Israel. Pela sua própria experiência devia estar preparado. ... O homem teria dispensado aquele longo período de labuta e obscuridade. ... Mas a Sabedoria infinita chamou [Moisés] ... a passar quarenta anos no humilde trabalho de pastor. Os hábitos de exercer o cuidado, do esquecimento de si mesmo, e de terna solicitude pelo seu rebanho, ... prepará-lo-iam a tornar-se o compassivo e longânimo pastor de Israel. Proveito algum que o ensino ou a cultura humana pudessem outorgar, poderia ser um substituto para esta experiência” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 247, 248).

A paciência de Jesus foi exemplificada quando todos os abusos infligidos a Ele não O forçaram a deixar escapar a mínima murmuração de Seus lábios (ver O Desejado de Todas as Nações, p. 735).

Mãos à Bíblia


5. Que lições práticas sobre a paciência em conduzir pessoas a Cristo encontramos na parábola da semente? Mc 4:26-29

O fato é que a conversão pode ser um processo longo e complicado que, em alguns casos, pode levar anos. Embora muitos de nós estejamos ansiosos por ver logo o fruto de nossos trabalhos, isso nem sempre acontece. Nunca devemos condenar ou julgar aquele que não assume um compromisso com as verdades que amamos tão profundamente, no tempo preciso em que achamos que a pessoa deveria fazer.

Patrícia Haakmat | Mandeville, Jamaica

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Paciência - 25/01/2010 a 30/01/2010

Segunda, 25 de janeiro

Exposição

Salvação assegurada


Ganhando sua alma (Lc 21:19). Falando das dificuldades, provas e tribulações que Seus discípulos deviam esperar antes de Seu retorno à Terra, Jesus declarou: “E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do Meu nome. Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça. Na vossa paciência, possuí a vossa alma” (Lc 21:16-19, Almeida Revista e Corrigida).

Para o cristão, a paciência não é apenas uma virtude exigida para que as relações humanas sejam suportáveis; é a diferença entre vida e morte. A segurança eterna é salvaguardada pela paciência. A paciência pode ser definida como a posse ou a demonstração de uma perseverança silenciosa, que não reclama diante de aflição ou contrariedade. É também igualada à tolerância, delicadeza e controle em face de provocações. É a capacidade de esperar os resultados tranquilamente.1

Isso nos dá uma visão abarcante do que significa ser paciente. É essa virtude que Cristo exalta como aquilo que preserva a experiência cristã. Suportar dificuldades e revezes e conservar confiança na fidelidade de Deus requer paciência. Exercer tolerância para com opressores, perseguidores e abusadores requer paciência, especialmente quando você é o objeto do abuso ou opressão. Permanecer calmo e satisfeito quando parece que você foi deixado para trás como resultado de exaltar a Palavra de Deus exige paciência a fim de continuar confiante e otimista com relação ao futuro (1Tm 6:6). Quando você foi seriamente injustiçado ou privado, por fraude, do que era seu por direito, é necessário ter paciência para deixar seus direitos nas mãos de Deus e confiar em que, no devido tempo, Ele lhe restaurará o que é seu. Uma vida piedosa – a vida cristã – requer paciência.

O solo certo (Rm 5:3). A paciência só pode ser cultivada no solo certo. Esse solo precisa ser rico em certos elementos: inconveniência, angústia, contrariedade, injustiça, deslealdade, opressão, perseguição e tribulação. Esses elementos precisam ser absorvidos na presença de um agente que é essencial no crescimento da paciência. Esse elemento é a perseverança. Precisamos aprender a perseverar, a tolerar, a suportar, a esperar. Um pregador do século dezenove, A. B. Simpson, disse: “Amados, vocês já pensaram que um dia vocês não terão nada para prová-los, ou ninguém para irritá-los novamente? Não haverá oportunidade no Céu para aprender ou para mostrar o espírito de paciência, tolerância e longanimidade. Se você deve praticar essas coisas, tem que ser agora.”2

A chave para o cultivo da paciência (2Co 6:3-10; Cl 1:9-11). Thomas Kempis declarou: “Não merece o nome de paciente aquele que só está disposto a sofrer o que acha que deve, e por quem quer. O homem verdadeiramente paciente não pede nada daquele por quem sofre, quer seja seu superior, seu igual ou seu inferior. ... Mas, de quem quer que venha o mal que lhe é feito, quanto seja o mal, ou seja com que frequência este venha, ele o aceita como vindo das mãos de Deus, e o considera lucro!”3

À luz dessa declaração, considere o que o apóstolo Paulo tinha a dizer sobre o cultivo da paciência em suas cartas aos crentes de Corinto e Colossos, em 2 Coríntios 6:3-10 e Colossenses 1:9-11.

Assimilação completada (Tg 1:2-4). Deus dá a todos os cristãos oportunidades de cultivar a paciência. Ele provê o solo certo (as circunstâncias) com os nutrientes adequados (as dificuldades). E, então, Ele pede que os ingiramos (recebamos/aceitemos) e os digiramos para que possamos crescer em paciência. O agente da digestão é a perseverança. Precisamos aprender a esperar até que Deus entenda que o objeto de Seu propósito (permitir circunstâncias difíceis em nossa vida) esteja cumprido. Jesus declarou que é na paciência que ganhamos nossa alma (vida). Deus nos fez muitas promessas, e todas elas nos são asseguradas em Cristo Jesus (2Co 1:20). Herdamos essas promessas por meio da fé paciente (Rm 8:24, 25; 15:4; Hb 6:11, 12; 10:36, 37; 12:1-8; Ap 14:12).

Somente aqueles que, em esperança e paciência, esperam em Deus encontram segurança. Aquele que “perseverar até o fim será salvo” (Mt 24:13, NVI). “Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias, correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Is 40:31, NVI). “Na vossa paciência, possuí a vossa alma” (Lc 21:19).

1. Funk & Wagnall’s Standard Dictionary (1977), verbete “patience.”
2. Sermon Illustrations. Patience. www.sermonillustrations.com/a-z/p/patience.htm. (acessado em 29 de setembro de 2008).
3. Ibid.


Mãos à Bíblia


3. Leia Efésios 4:1, 2. Veja os elementos que Paulo apresenta para aqueles que devem caminhar “de maneira digna” do Senhor. Entre eles está a paciência (NVI). Como a paciência está relacionada com os outros atributos apresentados? Isto é, como se alimentam mutuamente?

4. Qual é o conselho de Paulo sobre a maneira de lidar com os fracos na fé? Rm 14:1; 15:1

A paciência na igreja é uma coisa. Mas que dizer da paciência em casa? O que nos deixa impacientes com os outros membros da família? Quanto tempo devemos orar pelos membros da família que estão fora da fé? De que modos práticos podemos aprender a cultivar paciência com os familiares? Por que a morte para o eu é tão importante igualmente nesse assunto? Provavelmente, se pudermos ser pacientes em casa, com os que estão sempre junto de nós, seremos pacientes também com os outros.

Marc Chambers | Mandeville, Jamaica

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domingo, 24 de janeiro de 2010

Paciência - 24/01/2010 a 30/01/2010

PACIÊNCIA


“Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que ele promete” (Hb 10:36).

Prévia da semana: Frequentemente, o desenvolvimento da paciência é difícil. A contemplação da paciência de Deus para conosco pode ajudar. A compreensão de que o egoísmo é um importante empecilho ao crescimento nos leva a buscar a graça de Deus para o amadurecimento espiritual.

Leitura adicional: Provérbios 14:29; 16:32; 19:11; 25:15

Domingo, 24 de janeiro

Introdução

O que eu digo é: Paciência!


“Eu quero, e quero agora!” “Depressa, não tenho o dia todo!” Até crianças pequenas podem ser ouvidas repetindo essas expressões. Essas são palavras que ouvimos, pensamos ou falamos regularmente em nossa vida diária. A paciência não parece produzir ressonância em nossa geração, talvez porque tenhamos crescido consumindo cereais instantâneos, usando fornos de micro-ondas, MSN e celulares. Isso não significa que ter rápido acesso às coisas seja errado. É que, quando pedimos algo, queremos imediatamente, quer venha de nossos pais, professores, ou mesmo de Deus. Uma vez que Ele tem todas as respostas e recursos, devia ser capaz de responder-nos prontamente. Da mesma forma que Ele fechou a boca dos leões na caverna em que Daniel foi lançado, ou foi à fornalha de fogo com os três jovens hebreus, desejamos nossas respostas com a mesma rapidez. Mas, pense: Será que realmente precisamos de nossas respostas assim tão rapidamente, ou será que essas respostas rápidas foram apropriadas para aquelas circunstâncias?

Será que nos esquecemos dos versos seguintes? “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças” (Is 40:31). “Aqui está a paciência dos santos” (Ap 14:12, Almeida Revista e Corrigida). “O amor é paciente, é benigno” (1Co 13:4). “Portanto, espere, ainda que pareça demorar, pois a visão virá no momento exato” (Hc 2:3). Deus ensinou Moisés a cuidar de ovelhas porque Ele sabia que Moisés precisaria dessa experiência de 40 anos para lidar com os desafios que enfrentaria com os filhos de Israel durante suas vagueações pelo deserto. Ele passou diante de Moisés e proclamou que era “compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” (Ex 34:6). O Senhor foi muitas vezes clemente e longânimo para com os filhos de Israel ao longo de sua jornada para Canaã. Também foi paciente com Davi em suas “vagueações” espirituais, de maneira que Deus veio a chamar esse rei de Israel de “homem segundo o Meu coração” (At 13:22).

Cristo nos mostrou por Seu exemplo que podemos ser como o Pai. Que nós também “corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb 12:1, Almeida Revista e Corrigida).

Mãos à Bíblia

Note algumas das outras qualidades com que a paciência é combinada em Êxodo 34:6. A graça, a misericórdia, a clemência, a bondade e a verdade protegem e sustentam até os pecadores mais endurecidos a fim de lhes dar o máximo de tempo e vantagem para mudar de vida. Se Deus agisse sem paciência, como frequentemente nós agimos, todos estaríamos mortos.

1. Por que Deus é paciente com os pecadores? (2Pe 3:8, 9). Como você vê a realidade dessa verdade manifesta em você mesmo ou em outros?

2. Como podemos aprender a fazer o que o Senhor nos ordena em Romanos 15:5?

André B. Henry |
Durham, EUA

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