sábado, 23 de janeiro de 2010

Paz - Resumo Semanal - 23/01/10 a 23/01/10

PAZ
Resumo Semanal - 17/01/2010 a 23/01/2010


por Emilson dos Reis(1)

A terceira virtude que o Espírito de Deus produz na vida do crente é a paz – um bem muito almejado pelos homens.

I. A PAZ QUE JESUS POSSUÍA

O Senhor Jesus possuía essa paz. Os fariseus não se mostravam entusiasmados com seu ministério. Todavia, no conflito com eles, Ele possuía a liberdade e a convicção para dizer: “Aquele que Me enviou está comigo; Ele não Me deixou sozinho, pois sempre faço o que Lhe agrada” (Jo 8:29). Às vésperas de Sua morte, reunido com os discípulos, Ele lhes disse: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em Mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo” (Jo 16:33). “O Senhor Jesus nunca esteve preso à opinião dos homens a respeito dEle. Embora Se importasse com o que pensavam sobre Ele, por saber que o destino eterno deles dependia disso, suas ações nunca eram calculadas para ganhar a aprovação humana. A vontade do Pai era sempre o mais importante. Se o Pai estava satisfeito, o Filho também estava. Por isso Se sentia contente ao lavar os pés aos discípulos bem como ao pregar o Sermão do Monte.”2

II. A PAZ QUE VEM DE DEUS


Dentre os muitos ensinos de Jesus, um dos mais conhecidos é o que se encontra em Mateus 11:28-30. Lemos: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve”. Jesus não faz este convite a pessoas boas e obedientes, mas àqueles que são pecadores, que estão “cansados e sobrecarregados”. Não podemos ser bons sem Cristo. Devemos ir a Ele assim como estamos, não importando quantos nem quais sejam nossos pecados, e Ele é que vai nos transformar. A promessa é “vinde a Mim... e Eu vos aliviarei”. Quando vamos a Ele como estamos, aceitamos Seu jugo, isto é, Sua vontade para nossa vida, e nos dispomos a andar diariamente com Ele, aprendendo dEle, então temos o alívio, o descanso, enfim, a paz que Ele quer nos dar.

Escrevendo aos cristãos de Filipos, o apóstolo Paulo aconselhou: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4:6, 7). Ele diz que não importa qual seja o nosso problema, somos convidados a apresentá-lo ao Senhor; que em lugar de ficarmos ansiosos, devemos orar. É interessante notarmos que Paulo não apenas ensinava isso, ele vivia desse modo. Cerca de onze anos antes de escrever essas palavras, ele havia estado pela primeira vez em Filipos, na mesma cidade para onde encaminhou esta carta. Ali, acompanhado por Silas, permaneceu alguns dias.

O relato menciona a conversão de apenas uma família, a de Lídia, mas, também, que a multidão se voltou contra eles, que foram detidos pelas autoridades, receberam muitos açoites com varas e acabaram presos com os pés ligados ao tronco. Imagine a situação deles! O trabalho, segundo as aparências, não ia bem. Estavam cercados por criminosos. Talvez estivessem com fome e com frio. O corpo se encontrava ensanguentado e dolorido, numa posição extremamente desconfortável. Nenhum ser humano parecia se importar com eles, não havia ninguém para confortá-los ou animá-los. E, todavia, à meia-noite, eles cantavam louvores a Deus. Enquanto tudo à sua volta parecia escuro e desesperador, no íntimo do coração deles havia paz; a paz que excede todo o entendimento (ver At 16:11-40). Esse episódio se constitui numa valiosa ilustração da paz que Deus oferece e da diferença que há entre essa paz e a paz que há no mundo (Jo 14:27). Aqueles que não são convertidos também podem ter momentos de paz. Todavia, sua paz depende das circunstâncias da vida. Quando a vida flui bem, eles têm paz; mas, se há algum contratempo, essa paz desaparece. Entretanto, a paz que Deus nos dá é diferente. Ela não depende do que se passa à nossa volta. É sobrenatural, uma dádiva de Deus, concedida àquele que crê. Não é ausência de dificuldades e problemas, mas um estado de espírito de repouso em Deus, mesmo em meio às turbulências da vida.

Paulo diz o que vai nos acontecer se aprendermos a levar tudo a Deus em oração e se isso for uma constante em nossa vida. Ele não declara que receberemos o que pedirmos, mas sim, que teremos algo melhor porque é a paz o que mais almejamos. Essa paz, que vem de Deus por meio de Cristo Jesus, e que excede todo o entendimento, guardará nosso coração e nossa mente.

III. LADRÕES DA PAZ


Existem algumas atitudes e procedimentos que roubam nossa paz. Devemos cuidar para que eles não tenham lugar em nossa vida. Examinemos alguns deles:

A inveja. Uma das principais atitudes que podem roubar a paz é a inveja de outros, inclusive de nossos irmãos em Cristo. A inveja destrói a fé (Jo 5:44). Com os olhos uns nos outros, não conseguimos olhar para Deus. A inveja produz isolamento.3 “É uma rebelião contra a direção providencial de Deus na vida dos Seus filhos. Uma pessoa invejosa está dizendo que Deus não tem direito de abençoar alguém mais do que ela.”4 Em contrapartida, “não se pode destruir um homem que se alegra com o sucesso dos outros. Ele tem uma perspectiva correta de si mesmo e de Deus. Pode se alegrar nos mais bem-sucedidos.”5

As Escrituras nos ensinam que a igreja é o corpo de Cristo e que, individualmente, somos membros desse corpo. E como os membros do corpo têm tamanho, formato e funções diferentes, assim também é entre nós. Um é boca, outro, ouvido, outro, olho, outro é pé, outro, mão, e assim por diante. Aquilo que um faz, o outro não o pode fazer. O pé não pode ouvir, e a mão não pode ver. O ouvido não pode mastigar, e o olho não pode caminhar.

Alguns membros do corpo, por sua própria localização, função e aparência são mais vistos do que outros. Eles chamam mais atenção. Por isso, os olhos azuis, os lábios sorridentes, as covinhas no rosto e o cabelo bem cuidado se destacam, enquanto o cotovelo e o menor dos artelhos do pé esquerdo nem são notados. O mesmo ocorre com os membros da igreja. Enquanto alguns estão sempre em evidência, outros passam despercebidos. Mas é assim mesmo, e isso depende dos dons, ministérios e grau de poder que Deus nos deu. Isso não deveria nos incomodar, pois não é da nossa competência. “Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como Lhe aprouve” (1Co 12:18). Nossa posição e função no corpo de Cristo não dependem de nossa escolha. Deus as estabeleceu. Foi do Seu agrado. Aceitemos isso como um fato. Não há sentido em a mão invejar o ouvido porque não pode ouvir; nem o pé invejar o olho por não poder enxergar.

Em lugar de ansiarmos por desempenhar outra função, para a qual não fomos qualificados, usemos da melhor forma o dom que recebemos, lembrando que mesmo aqueles que possuem os melhores dons não podem fazer tudo e, portanto, precisam de nossa ajuda. Haja cooperação de modo que os membros trabalhem lado a lado, combinando os dons de um com os dons do outro, para a execução das tarefas.

Mania de sucesso. Outro elemento nocivo para a paz é a mania de sucesso pessoal, baseada no padrão de sucesso do mundo. A Bíblia nos ensina que Deus e Sua causa terão um estrondoso sucesso. Ensina também que todos os Seus servos terão sucesso nas batalhas espirituais, mas não, necessariamente, em suas tarefas individuais. Em suma, “embora possamos fracassar de muitas maneiras, estamos engajados num projeto que é a mais alta prioridade de Deus, e o sucesso final é inevitável.”6 Há pelo menos dois tipos de fracassos: (1) O primeiro é o fracasso aos olhos dos homens. Isso fere nosso eu. Mas “é possível fracassar aos olhos humanos e ter sucesso aos olhos de Deus”. Os grandes profetas, Isaías e Jeremias, foram também grandes fracassos; isso se analisarmos somente os resultados que colheram em vida. A grandeza de sua obra só foi reconhecida muito depois. (2) Em segundo lugar, podemos ter sucesso aos olhos dos homens e ser um fracasso aos olhos de Deus.7 O Senhor não chamou você para ter sucesso segundo o padrão humano. Ele o chamou para ser fiel. Ele sabe tudo a seu respeito e o que Ele pensa é o que realmente conta. Foi Isaías, o fracassado segundo o padrão de avaliação do mundo, quem escreveu: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti” (Is 26:3).

O medo. Trata-se de uma inquietação, um receio de que algo de mal aconteça a nós ou àqueles que amamos. O medo é universal. Todos o possuem, em maior ou menor grau. Da leitura da Bíblia podemos presumir que o medo não existia antes da entrada do pecado em nosso mundo e que, quando Deus restaurar todas as coisas, ele não mais terá lugar. É uma das muitas consequências más que o pecado nos acarretou. O medo frequentemente é negativo e maléfico e se apresenta com muitas faces: ansiedade, dúvidas, timidez, indecisão, superstição, retraimento, solidão, hostilidade excessiva, inferioridade, covardia, suspeita, hesitação, depressão, acanhamento social8 – todas atentando contra a paz. Observando o comportamento humano, podemos perceber que frequentemente as pessoas têm medo não apenas do presente, mas também do passado ou do futuro. O medo do passado muitas vezes está relacionado aos pecados cometidos. Algum pecado do passado está constantemente invadindo o presente do indivíduo, martirizando-o com a culpa, o remorso e a vergonha, e, consequentemente, há o medo de ser descoberto ou lembrado, ou punido, ou de não ser perdoado.

Um homem procurou seu pastor e lhe abriu o coração contando um grave pecado cometido havia muitos anos e que ainda o atormentava. O pastor lhe perguntou se ele já havia confessado a Deus e pedido Seu perdão, ao que ele respondeu: “Já o fiz mil vezes”. O pastor então lhe disse: “O irmão deveria ter confessado e pedido perdão uma vez, e ser agradecido pelo perdão 999 vezes”.9 Este homem não havia recebido o perdão. Tanto isto é verdade que ainda estava angustiado. A paz com Deus, que é fruto do perdão, não lhe pertencia (Rm 5:1). Mas por que não havia sido perdoado, se pedira perdão mil vezes? O que aconteceu? Na verdade, ele confessou o pecado, pediu o perdão e Deus lho concedeu, mas ele não se apoderou dele. Faltou-lhe a fé. Aquela fé que é qual mão que se apodera do que Deus oferece. A mão de Deus está estendida oferecendo Seu perdão, mas precisamos estender nossa mão e agarrá-lo. Isto é obra da fé. Quando cremos, o perdão se torna nossa propriedade.

O perdão de Deus é instantâneo e completo. Isto significa que somos perdoados no momento em que, arrependidos e confiantes em Seu amor e nos merecimentos de Cristo, confessamos nossos pecados. Na mesma oração podemos até agradecer o perdão.10 Significa também que basta pedir perdão uma única vez. Somente se o pecado for repetido é que precisamos novamente confessar e suplicar o perdão divino.

Assim, a solução para nos livrarmos do medo do passado, para nos livramos dos pecados cometidos, é confiarmos no perdão de Deus. Sua promessa é: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9). A partir de então, Deus nos considera como se não houvéssemos pecado (Mq 7:18, 19). Nossos pecados não mais são levados em conta. E se Deus, que é tão puro e santo, faz assim, porque não adotamos também esta postura? Precisamos perdoar a nós mesmos.

São muitos os que têm medo do futuro, medo de problemas e dificuldades que poderão surgir: problemas de saúde, de ordem familiar, financeiros e tantos outros. Tratando deste assunto em um de Seus discursos Jesus disse: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mt 6:34). Devido à presença do pecado em nosso mundo, nos defrontamos a cada dia com o mal e, já que temos nossa cota diária de dificuldades, em nada seremos ajudados se acrescentarmos os problemas de amanhã aos de hoje. Aliás, essa é uma forma segura de tornar insuportável o dia. Quando ficamos assim tão preocupados com o futuro, deixamos de desfrutar as bênçãos de Deus no presente. Deus nos dá um dia de cada vez e, com ele, o auxílio que nos é necessário. Precisamos ter sempre em mente que, assim como hoje Deus supre nossas necessidades e nos ajuda, quando chegar o amanhã Ele estará igualmente conosco, nos guiando e abençoando também.

O remédio para não termos medo do futuro é a confiança no poder de Deus e em Seu amor para conosco. O salmista nos aconselha dizendo: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará... Descansa no Senhor e espera nEle” (Sl 37:5, 7). Somos instados a entregar, confiar, descansar e esperar. O que significa isso? Precisamos dar mais espaço para Deus atuar em nossa vida. Precisamos deixar Deus ser Deus. Quando você for tentado a temer o amanhã, vá a Deus! Ore! Entregue a Ele seus medos e suas preocupações. Entregue e descanse. Confie. Aprenda a esperar.

Noutro salmo, falando de sua própria experiência Davi escreveu: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam” (Sl 23:4). Medite nestas palavras. A mais sombria experiência pela qual podemos passar neste mundo é a da morte. É pressentirmos sua aproximação de nós ou das pessoas a quem amamos ou constatarmos que ela se apoderou de um de nossos queridos. Contudo, para o cristão, mesmo essa situação extrema não causa medo. Qual é o segredo? A presença de Deus e o consolo que somente Ele pode dar. E se é verdade que a própria morte não nos pode assombrar, é verdade também que as demais situações que possam surgir não o poderão fazer também.

Peçamos a Deus essa paz e sigamos a orientação que Ele nos dá para que Ela nos pertença.

1. Emilson dos Reis atuou como pastor distrital em diversas igrejas no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Foi pastor e professor no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul e no Centro Universitário Adventista de São Paulo. É doutor em Teologia Pastoral e diretor da Faculdade Adventista de Teologia no UNASP, onde também leciona as disciplinas de Introdução Geral à Bíblia e Homilética. É autor dos livros: Introdução geral à Bíblia; Aprenda a liderar; Como preparar e apresentar sermões e O dom de profecia no púlpito.

Referências bibliográficas
2. Erwin Lutzer, De pastor para pastor: respostas concretas para os problemas e desafios do ministério (São Paulo: Vida, 2000), 21-22.
3. Ibid., 73.
4. Ibid., 74.
5. Ibid., 76.
6. Ibid., 159.
7. Ibid., 138.
8. Tim LaHaye, Temperamento Controlado pelo Espírito, 8ª ed. (São Paulo: Loyola, 1983), 108-109.
9. Idem, 121.
10. Ellen G. White, Caminho a Cristo, 42ª ed. (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1995), 51.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Paz - 22/01/10 a 23/01/10

Sexta, 22 de janeiro

Opinião

Sem Cristo não há paz


Não há paz no mundo sem Cristo. As pessoas se preocupam com as coisas que cobiçam, esperam por elas, anseiam e delas duvidam. Elas querem. Elas precisam. Elas exigem. Sem a orientação de Deus, elas permitem que se arraiguem nelas falsas necessidades e esperanças que estão fora da vontade de Deus. Depois, reclamam para Ele e dEle duvidam quando suas orações egoístas não são atendidas. O resultado é a falta de paz. Para resolver esse problema, as pessoas muitas vezes tentam criar uma falsa paz com álcool, drogas, sexo e outros vícios. Às vezes, negam seus pecados e afastam a convicção do Espírito Santo. Já não mais sentem no coração o toque da correção de Deus. São deixadas a seguir os próprios caminhos.

A verdadeira paz só pode ser encontrada em fazer a vontade de Deus. A verdadeira paz é um dom de Deus encontrado apenas em Cristo. Quando Deus viver em você, a verdadeira paz sempre será sua. Com um Amigo tão maravilhoso que está sempre pensando em nós, sempre cuidando de nós, nunca pode haver qualquer necessidade de preocupação.

A Bíblia diz que Deus é o “Deus da paz” (Hb 13:20). Nada jamais O perturba. Nenhuma tempestade originada na Terra invade a santa calma de Sua presença. Ele está sempre em paz. Com perfeita visão, Ele vê o fim desde o princípio. Você pode imaginar Deus ansioso? Impossível! Não há problema para o qual Ele não tenha uma solução. “Nada é difícil demais” para o Senhor (Jr 32:17, NVI). O Filho de Deus é chamado o “Príncipe da Paz” (Is 9:6). “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fp 4:7, NVI). Tal paz é um dos ricos dons do Seu amor. Todos nós podemos tê-la se O buscarmos e a praticarmos.

Mãos à obra

1. Desenhe um símbolo que melhor represente a ideia de paz.
2. Fotografe cenas que ilustrem o conceito de paz.
3. Pesquise sobre os efeitos do estresse (falta de paz) sobre o corpo.
4. Procure na seção “Alegria e Paz” do Hinário Adventista e escolha um hino que fale de paz. Cante-o ou repita as palavras da letra.
5. Conte a um amigo ou colega de trabalho como Deus lhe deu paz para estes tempos atribulados.
6. Pense numa ocasião em sua vida em que você não sentiu paz. Analise por que a paz estava ausente. Depois, considere uma ocasião em que você sentiu total paz. O que você pode fazer para viver com mais paz na semana que vem?
7. Passe pelo menos 30 minutos junto à natureza. Enquanto estiver lá, identifique o que há na natureza que dissipa o estresse e aumenta o senso de paz e bem-estar.

Benji Stephen | Pune, Índia

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Paz - 21/01/10 a 23/01/10

Quinta, 21 de janeiro

Aplicação
Uma vida cristã de paz


Não é fácil alguém, por si só, viver uma vida de paz. Contudo, apegando-se à Fonte da Paz, o crente pode alcançar a perfeita paz. Os seguintes passos podem ajudar você:

Aja com fé. Uma fé dinâmica é essencial para enfrentarmos os problemas da vida. Quando Jesus chamou Seus discípulos a fim de atravessarem para o outro lado do Mar da Galileia, eles “fielmente” iniciaram a viagem. Mas quando a fúria da natureza os colocou à prova, deixaram de agir com fé. Jesus, contudo, veio em socorro deles, mas não sem lhes perguntar: “Por que vocês estão com medo, homens de pequena fé?” (Mt 8:26, NVI). Essa pergunta nos ensina que, em situações difíceis, não temos que perder a fé. Em vez disso, precisamos de fato agir com fé. Leia Tiago 2:14-26. Aqui aprendemos que a fé sem obras é morta (v. 26). Portanto, para ter uma vida de paz, aja com fé em todos os momentos.

Confie nAquele que carrega os fardos. Se estiver andando sozinho com uma bagagem pesada e alguém oferecer ajuda, você vai ficar muito feliz e aliviado. O mesmo acontece em nossa vida cristã. Estamos carregando uma bagagem pesada – o fardo do pecado. Jesus, contudo, Se oferece para carregar, Ele mesmo, todo o fardo (Mt 11:28, 29). Seu jugo se refere a Seu modo de vida.* E Seu modo de vida foi submeter Sua vontade à vontade do Pai.

Pratique a paz. Praticar a paz que recebemos de Jesus é um processo que dura a vida toda. É por isso que o apóstolo Paulo diz que devemos nos esforçar “para viver em paz com todos” (Hb 12:14). A fim de ter uma vida pacífica, precisamos praticar a paz com nosso próximo por meio de nossas palavras e atos.

*The SDA Bible Commentary, v. 5, p. 389.

Mãos à Bíblia


6. Leia Mateus 5:23 e 24. Que princípio básico Jesus ensinou aqui? Por que é tão difícil cumprir esse princípio em nossa vida?

É evidente que Jesus leva mais a sério nossas relações mútuas do que nós. Não é difícil que, por anos, exista amargura e ressentimento entre os membros de uma igreja. Imagine como as coisas seriam diferentes se todos seguíssemos esse ensino.

7. Qual é uma das características dos filhos de Deus? Mt 5:9. Que significa ser “pacificador”?

8. De acordo com Colossenses 3:13-15, de que três maneiras devemos nos relacionar com os outros membros da igreja? Que significam essas recomendações?

Stenoy Stephenson | Pune, Índia

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Paz - 20/01/10 a 23/01/10

Quarta, 20 de janeiro

Evidência
Reconcilação e paz


Na conclusão da Criação, Deus viu que tudo era “muito bom” (Gn 1:31). Havia absoluta paz por toda parte. Os seres humanos estavam em constante comunhão com Deus. Mas a paz não durou. Quando a serpente deu seu golpe, o antagonismo e a alienação substituíram a paz (Is 59:2).

O Deus da paz, a quem adoramos, não foi pego de surpresa nem estava despreparado. Já havia elaborado um plano desde a fundação do mundo (Ef 1:3, 4; 1Pe 1:17-20; Ap 13:8). A obra de nos fazer voltar ao relacionamento original de paz consigo mesmo era Sua prioridade máxima. Assim, “Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado” (Rm 5:8). Ao morrer na cruz, Ele não apenas nos redimiu, mas também nos reconciliou com Deus.

Quando Deus nos reconcilia consigo, espera que nos reconciliemos uns com os outros (Rm 2:10). Não é possível que estejamos reconciliados apenas com Deus e ainda produzamos o fruto da paz quando há animosidade entre nós e outras pessoas. Leia João 4:11, 20, 21. Eis aqui uma poderosa ordem de Deus. Hebreus 12:14 apresenta o conceito de maneira clara e direta: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (NVI). Quando existe reconciliação entre Deus e os seres humanos, e entre os seres humanos entre si, então o fruto da paz é manifesto em nossa vida.

Jesus revelou outro aspecto da paz, que completa a descrição do fruto da paz. Leia João 14:27. A paz vem de Deus. A paz pertence a Deus. É um dom que Deus nos dá. Ela se mostra em nossa vida somente quando estamos na presença e na santidade de Deus (Mt 11:28).

Mãos à Bíblia

4. Da vida e do exemplo de Jesus, o que podemos aprender para que essas advertências se apliquem à nossa vida? Existe alguma coisa que torna difícil, senão impossível, atender a essas advertências?

Por mais estranho que pareça, o lugar mais difícil de ser cristão é em casa. Que tragédia, pois o lar deveria ser o lugar em que todos tivessem paz!

5. Que recomendações de Paulo, se cumpridas, podem ajudar a trazer paz ao lar? (Rm 12:9-21). Faça uma aplicação prática desses conselhos.

Lamm B. Fanwar | Pune, Índia

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Paz - 19/01/10 a 23/01/10

Terça, 19 de janeiro

Testemunho

De frangalhos à perfeita paz


Quer saibamos ou não, o mundo todo está cansado e sobrecarregado. O fardo mais pesado que levamos é o fardo do pecado. Se fôssemos deixados a levar esse fardo sozinhos, ele nos esmagaria. Contudo, há um grande Príncipe que está disposto a tirar o fardo de nossos ombros cansados. “Jesus é nosso amigo; todo o Céu se interessa em nosso bem-estar. ... Não é vontade de Deus que Seu povo se sobrecarregue de cuidados. ... Não Se propõe tirar Seu povo do mundo de pecado e mal, mas aponta-nos um refúgio que nunca falha. Convida o cansado e carregado de cuidados. ... Podemos encontrar descanso e paz em Deus, lançando sobre Ele todos os nossos cuidados; pois Ele cuida de nós” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 294). “É seu propósito comunicar paz e descanso a todos os que a Ele vão em busca do pão da vida” (Ellen G. White, Caminho a Cristo,p. 47). “O coração que se encontra em harmonia com Deus partilha da paz do Céu, e difundirá ao redor de si sua bendita influência. O espírito de paz repousará qual orvalho sobre os corações desgostosos e turbados pelos conflitos mundanos” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 28).

“Os que se apegam à palavra de Cristo, e entregam a alma a Sua guarda, e a vida a Seu dispor, encontrarão paz e sossego. Coisa alguma no mundo os pode entristecer, quando Jesus os alegra com Sua presença. Na perfeita conformidade há descanso perfeito. O Senhor diz: ‘Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti’ (Is 26:3). Nossa vida pode parecer um emaranhado; mas ao confiarmos ao sábio Obreiro-Mestre, Ele tirará dali o padrão de vida e caráter que O glorifique” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 331).

Mãos à Bíblia

Conta-se a história de dois pintores. Cada um pintou um quadro para ilustrar seu conceito de descanso. O primeiro escolheu para sua cena um lago sereno, calmo entre as montanhas ao longe. O segundo pintou um cachoeira trovejante com uma frágil árvore curvada sobre a espuma; na forquilha de um galho, quase molhado pelos respingos da catarata, um pequeno pássaro sobre o ninho. Quem retratou melhor a essência do descanso? Não é frequentemente neste mundo de tumulto que achamos o descanso de um lago solitário nas montanhas. Com maior frequência, encontramos descanso em meio ao tumulto da vida real.

3. Leia um exemplo de paz em meio ao tumulto (Mt 8:23-27). Como é possível dormir numa situação dessas? Qual era o segredo de Jesus? (Veja também Mc 4:35-41; Lc 8:22-25.)

Esther Synthia Murali | Chennai, Índia

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Paz - 18/01/10 a 23/01/10

Segunda, 18 de janeiro

Exposição

Paz que protege e transforma


Nosso Senhor é o “Príncipe da Paz” (Is 9:6), e Sua presença em nossa vida cria um estado de tranquilidade espiritual. Muitas vezes, essa presença nos ajuda em situações difíceis, e esse é o principal enfoque de nosso estudo desta semana.

A bonança vem após a tempestade (Mt 8:23-27; Mc 4:35-41). Algumas experiências da vida criam medo em nossa mente. Tome por exemplo o que aconteceu com os discípulos de Jesus quando estavam atravessando o Mar da Galileia. Quando o barco se encheu de água por causa das ondas, tiveram medo de se afogar. Reconhecendo o poder destruidor da natureza, clamaram a Jesus, Aquele que criou tudo o que existe (Cl 1:16).

“Seus gritos despertam Jesus. Ao vê-Lo à luz do relâmpago, notam-Lhe no rosto uma celeste paz; leem-Lhe no olhar o esquecimento de Si mesmo, um terno amor e, corações voltados para Ele, exclamam: ‘Senhor, salva-nos, que perecemos’” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 335). Jesus estava calmo, como sempre, e ordenou ao mar que se acalmasse. O Senhor, que tinha chamado Seus discípulos para irem com Ele no barco, também nos chama para estar com Ele; e aceita Sua responsabilidade de nos levar em segurança até a praia. Portanto, não percamos a fé como os discípulos, porque Ele pode acalmar qualquer tempestade que possamos encontrar (Sl 107:29). Saber que Ele nos guiará em segurança a um lugar de descanso nos dá paz (Sl 107:30).

Descanso para os sobrecarregados (Mt 11:28, 29). Jesus estende um convite a todos nós para que vamos a Ele a fim de receber descanso. Em Mateus 11:28 e 29, Cristo não está falando sobre descanso físico, mas sobre descanso para a alma e a mente.1 Esse convite teve um efeito especial sobre aqueles que O ouviram, porque a religião israelita se havia degenerado numa rotina sem sentido de esforço para guardar as regras e regulamentos dos fariseus na tentativa de obter salvação pelas obras.2

O pecado é nosso fardo mais pesado, e só o jugo que Cristo nos oferece pode aliviar essa carga. Com a expressão “meu jugo”, Cristo queria dizer Seu modo de vida, ao qual devemos nos submeter. Seu modo de vida é resumido na Lei de Deus.3 Quando, por meio da habitação do Espírito Santo, guardamos a Lei de Deus, encontramos descanso para a alma e paz mental que nos alivia de nossos fardos.

Paz com Deus por meio de Jesus (Rm 5:1-11). Paulo inicia Romanos 5 afirmando que, “tendo sido... justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1, NVI). Quando temos tal paz, não há nada que se interponha entre nós e nosso relacionamento com Deus. Descansamos em Sua graça, à qual temos acesso por meio da fé em Cristo. Isso não significa que os problemas ou o sofrimento terão fim. Significa que, embora enfrentemos dificuldades, podemos achar paz no fato de que Jesus permanece ao nosso lado. Enquanto ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós. Que amor! Quando aceitamos esse amor, somos justificados por Seu sangue e salvos da morte eterna. Somos reconciliados com Deus. Então, podemos nos regozijar confiantemente, porque temos paz com Ele por meio de Jesus Cristo (Rm 5:9-11).

Paz com os outros (Hb 12:14; Rm 12:9-21; Sl 34:12-16). O fato de termos paz com Deus por meio de Jesus Cristo é refletido em nosso relacionamento com os outros. Assim, Paulo nos admoesta a nos esforçarmos “para viver em paz com todos” (Hb 12:14, NVI). Quando nos esforçarmos para ter paz sob a direção do Espírito Santo, nosso amor será sem hipocrisia; daremos preferência uns aos outros; serviremos prontamente ao Senhor; e satisfaremos as necessidades dos outros (Rm 12:9-13).

Depois de estarmos reconciliados com Deus, parece que temos mais provações; e em nossa fraqueza humana podemos ter a tendência de amaldiçoar aqueles que nos causam problemas. Contudo, Paulo nos admoesta a abençoar aqueles que nos perseguem (Rm 12:14). Também precisamos nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram (Rm 12:15). Devemos ter consideração pelas coisas boas (verso 17); e, o mais importante: devemos viver em paz com todas as pessoas, buscando verdadeiramente a paz (Rm 12:14-17, 21; Sl 34:14).

1. The SDA Bible Commentary, v. 5, p. 389.
2. Ibid.
3. Ibid., v. 7, p. 213.

Mãos à Bíblia


2. Leia Mateus 11:28 e 29. O que Jesus está nos dizendo aqui? Como podemos experimentar por nós mesmos a realidade dessa promessa maravilhosa?

“É o amor de si mesmo que traz desassossego. [...] Os que se apegam à palavra de Cristo, e se entregam à Sua guarda e a Seu dispor, encontram paz e sossego. Coisa alguma no mundo os pode entristecer, quando Jesus os alegra com Sua presença. Na perfeita conformidade há descanso perfeito. O Senhor diz: ‘Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti’” (Is 26:3; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 330, 331).

Joy Kuttappan | Pune, Índia

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domingo, 17 de janeiro de 2010

Paz - 17/01/10 a 23/01/10

PAZ


“Deixo com vocês a paz. É a Minha paz que Eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo” (Jo 14:27).

Prévia da semana: Somos guardados e desfrutamos a paz unicamente mediante a comunhão com Jesus. A paz deve existir primeiro em nosso coração, antes de podermos criar a paz nas pessoas de nossos relacionamentos.

Leitura adicional: Caminho a Cristo, p. 49

Domingo, 17 de janeiro

Introdução
"Minha paz"? Como assim?


Conta-se a comovente história de uma senhora sul-africana chamada Ellen Tipnar. Não dá para enumerar as muitas tragédias que aconteceram na vida dela. Ela perdeu a visão ainda em tenra idade, ao submeter-se a um exame devido a uma leve dor nos olhos. A enfermeira colocou ácido nos olhos dela em vez de colírio. Após alguns dias, uma de suas pernas foi amputada devido a uma dor cruciante. E mais tarde ela contraiu lepra. Enquanto morava num centro para leprosos, o filho morreu de poliomielite. Imediatamente depois disso, o marido amado morreu de câncer.

Quando ela recebeu alta do centro, estava tão desfigurada que ninguém conseguia reconhecê-la. Com 55 anos de idade, já havia feito 56 grandes cirurgias. Que vida desanimadora ela teve! Porém, apesar de tudo, ninguém jamais a havia visto triste. Ela nunca perdia uma chance de partilhar o amor de Deus e todas as coisas boas que Ele havia feito para ela.

A Bíblia fala sobre um Homem inocente chamado Jesus. “Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não O tínhamos em estima” (Is 53:3, NVI). Leia também Isaías 53:7. Somente os piores criminosos morriam como Jesus morreu. Ele era poderoso o suficiente para orar ao Pai pedindo legiões de anjos para protegê-Lo (Mt 26:53). Esses anjos resolveriam o caso em segundos. Em vez disso, submeteu-Se à vontade de Deus o Pai, e assim não só nos disse, mas nos mostrou o que significa a verdadeira paz.

O mesmo Jesus disse: “Deixo com vocês a paz. É a Minha paz que Eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo” (Jo 14:27). Portanto, quando vier uma situação probante, não estaremos dizendo: “Por que eu?”, mas: “Prova-me, Senhor!”

Nesta semana, ao estudar a paz como fruto do Espírito, pense na maneira pela qual essa paz pode fazer diferença em sua vida.

Mãos à Bíblia

Ter paz com Deus é mais que se sentir à vontade em Sua presença. Significa que nós, que no passado éramos “separados de Deus e... inimigos por causa do [nosso] mau procedimento” (Cl 1:21, NVI), fomos reconciliados e restaurados à comunhão com Deus. No passado, estávamos em guerra contra Deus, mas, por Sua morte na cruz, Jesus tornou possível o cessar das hostilidades e nos possibilitou ser amigos de Deus, e não Seus inimigos. Colossenses 1:20-22 revela que não foi o pecado que fez com que Deus fosse misericordioso e perdoador; ao contrário, revelou que Ele era assim desde a eternidade. O plano de salvação demonstrou que, desde o início, Deus nos ama e está disposto a perdoar.

1.
Qual é a relação entre a justificação pela fé e a paz? Como é possível ter paz sob tribulações? Rm 5:1-11

Divya V. Selvaraj | Pune, Índia

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