sábado, 28 de novembro de 2009

O Pecado de moisés e Arão - Resumo Semanal - 28/11/09 a 28/11/09

O PECADO DE MOISÉS E ARÃO
Resumo Semanal - 22/11/2009 a 28/11/2009


Wendel Lima
Pastor e jornalista

Editor associado da Revista Adventista

Procurei identificar um fio condutor do tema desta semana. Notei que, de uma ou de outra maneira, os relatos dos capítulos 20 e 21 de Números estão relacionados ao tema recorrente da ingratidão humana versus misericórdia divina. Portanto, tomei a liberdade de dar novos títulos às subdivisões da lição, a partir de seu tema central.

1. A ingratidão de Moisés (Quando os gigantes caem)

Na história de Israel, as murmurações, sinais de desistência, ingratidão e infidelidade foram frequentes, não apenas no trajeto para Canaã, mas também no período dos juízes e reis. Os capítulos 20 e 21 contêm o último relato de viagem do povo nos livros de Êxodo-Levítico-Números: o trajeto de Cades até a Transjordânia. Os dois anteriores falam sobre a jornada do povo do Mar Vermelho ao monte Sinai e do Sinai até Cades. Vale destacar também que, nos dois relatos anteriores, as circunstâncias iniciais são positivas, e as finais, negativas. No entanto, no trecho que estudamos nesta semana, ocorre o contrário. A narrativa começa contando da falha de Moisés e Arão e termina com a vitória de Israel sobre Hesbom e Basã 1.

1.1. A falta de água. Não era a primeira vez que o povo clamava por água, e também não seria a primeira vez que Deus supria as necessidades de Israel (Êx 16-17; Nm 11). Às portas da Terra Prometida, o Senhor queria saber se a segunda geração de Seu povo estava preparada para herdar a promessa, ou murmuraria como a geração que morrera no deserto.

Por isso, Deus havia cessado com a água. E havia uma razão para isso: Israel estaria prestes a passar pelas terras de Edom, descendentes de Esaú, onde poderiam comprar alimentos e água. O povo não percebeu, mas o fato de a água ter acabado era um sinal de que a peregrinação estava chegando ao fim. Mas, em vez de os israelitas olharem aquela situação como uma bênção, viram-na como maldição 2. Nem os milagres realizados por Deus em situações semelhantes impediram que o povo reclamasse.

1.2. A falha de Moisés. Antes de mais nada, gostaria de ser “bondoso” com Moisés. Desde que eu era pequeno, suas experiências têm me motivado e, no Antigo Testamento, não há personagem que eu admire tanto quanto ele. De certa forma, o autor “me ajudou a defender” o grande líder, mencionando que certamente ele estava abatido por causa da morte recente de Miriã. Somem-se a isso as constantes reclamações e acusações do povo.

Deus pedira que Moisés apenas reunisse o povo e falasse à rocha, que o resto seria com Ele. Porém, o homem que foi chamado de o mais manso da Terra, caiu no seu ponto forte: a paciência. Moisés e Arão deveriam ter insistido com o povo para que eles vissem o aspecto espiritual daquela cena, mas não tiveram paciência, pegando “as dores para si”. O gesto de Moisés foi de visível irritação. A ira que ele demonstrou não foi a mesma indignação santa que manifestara tantas vezes como reação às reclamações do povo. Dessa vez, seu sentimento foi apaixonado, irrefletido (cf. Sl 106:33).

É triste notar que, neste caso, Moisés demonstrou tanta falta de fé quanto o povo. Na Bíblia, fé não é mero sentimento ou apenas uma crença intelectual, mas uma ação obediente. Se Israel falhou em confiar nas promessas da providência de Deus, Moisés errou em não confiar no comando, na ordem do Senhor 3.

Outro ponto, é que a falha do grande líder abriu precedentes para que o povo pecasse. Durante os 40 anos de peregrinação no deserto, o povo havia reclamado com Moisés dizendo ser ele o responsável pelas dificuldades da jornada. Porém, ele sempre argumentara que Deus era o autor do êxodo, o Senhor é que havia tirado o povo com mão forte do Egito. Agora, no entanto, Moisés atribuiu a si a glória de fazer jorrar água da pedra: “Porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros?” (20:10). Sendo assim, o povo teria um pretexto para acusá-lo, de ser o responsável pelo êxodo.

1.3. O peso da liderança. Para nossa mentalidade ocidental, ou mesmo para aqueles que leem este texto de modo corriqueiro, pode parecer que foi bastante irrazoável privar Moisés de entrar em Canaã, por causa de uma “batidinha” numa pedra. No entanto, o que estava em jogo era a responsabilidade da liderança.

Em qualquer esfera, o erro do líder sempre pesa mais do que o dos liderados. Quem não se lembra, por exemplo, do escândalo sobre o adultério do ex-presidente americano, Bill Clinton, com a estagiária Mônica Lewinsky? Infelizmente, acredito que não deve ser pequena a lista de americanos infiéis às suas esposas, mas a falha moral do líder da nação não poderia deixar de abalar a reputação da Casa Branca. O que dizer, então, das gravações com as conversas indecorosas do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, com uma prostituta de luxo? Certamente, muitos italianos utilizam os “serviços” de sexo profissional, mas quando se trata de um político do primeiro escalão, a imagem de um governo e uma nação ficam arranhadas.

Apesar de a falha de Moisés não ter sido moral, não se poderia esperar menor tolerância para um líder do povo de Deus, do que a concedida a um estadista secular. Até ali, Moisés havia exercido uma liderança praticamente impecável. Enfrentara pressões muitas vezes, chegando em duas delas a negar a oferta divina de fazer da descendência dele uma grande nação no lugar de Israel (Êx 32:10-13 e Nm 14:12-19) 4. Como você já deve ter ouvido, a reputação leva uma vida toda para ser construída, mas apenas um instante para ser destruída. Poucos homens serão tão severamente provados como ele foi; contudo, isto não era desculpa para o pecado 5.

Moisés feriu a rocha com o mesmo bordão com que havia guiado o povo. Esse cajado, pelo poder de Deus, havia castigado o Egito com as pragas, aberto o Mar Vermelho, providenciado água para o povo em Refidim e garantido a vitória sobre os amalequitas 6. O instrumento que representava o poder de Deus, dessa vez, fora usado por Moisés para ferir a rocha que apontava para Cristo.

O erro em questão tinha implicações presentes (incredulidade do povo), mas também futuras: o milagre seria lembrado em canções nacionais (Sl 106:32) e serviria de referência para o cerimonial da água que escorre pelas escadas do santuário (Jo 7:37, 38). Assim como uma pedra atirada no meio de um lago dá origem a pequenas ondulações que chegam até as margens da lagoa, igualmente seriam as implicações do deslize de Moisés.

“O fato de que Moisés possuíra tão grande luz e saber tornara mais grave seu pecado. A fidelidade passada não expiará um mau ato sequer. Quanto maiores são a luz e os privilégios concedidos ao homem, maior é sua responsabilidade, mais grave sua falta e mais severo seu castigo.”7
2. O preço da ingratidão (A morte de Arão)

Ao contrário de Miriã que parece ter tido uma morte repentina, Arão teve seu descanso anunciado. Já ouvi gente dizer que gostaria de saber a data em que vai morrer para poder se preparar. Não sei sua opinião, mas prefiro não saber a data da minha morte. Se soubesse, creio que não conseguiria ter paz, por ter a consciência de que viveria uma contagem regressiva para a morte. Mas, com Arão, Deus decidiu que fosse assim, por quê?

2.1. Morte precoce. Arão havia chegado aos 123 anos, 43 deles acompanhando seu irmão Moisés, e fora o primeiro sumo sacerdote de Israel. Dele descenderiam os demais intercessores do povo, e dele foi a honra de ser uma figura do nosso sumo Sacerdote celestial: Jesus (Hb 4:14). Assim como Moisés, Arão foi um homem de Deus, que teve altos privilégios e, por isso, grandes responsabilidades.

Apesar de avançada idade, sua morte pode ser considerada precoce. Era vontade de Deus que ele oficiasse o primeiro sacrifício na Terra Prometida, porém, pelo menos três erros pontuais pesavam sobre ele: (1) o incidente do bezerro de ouro, ao pé do monte Sinai (Êx 32); (2) seu protesto contra a liderança de Moisés, junto com sua irmã Miriã, (Nm 12); (3) e seu apoio ao descontrole de Moisés em bater na rocha (Nm 20). 2.2. Morte emblemática. Com o anúncio da morte de Arão, Deus também queria ensinar algumas lições para Israel. Primeiramente, ficou claro que aqueles que saíram do Egito e manifestaram incredulidade em relação a Deus, não entraram em Canaã. Nem mesmo os três irmãos hebreus (Miriã, Arão e Moisés) acabaram entrando na terra que “mana leite e mel”. Os únicos que tiveram essa honra foram Josué e Calebe.

O povo se entristeceu não apenas por Arão não herdar a Terra Prometida, mas por não estar mais com eles. A consideração dos israelitas por Arão pode ser percebida pelo tempo em que eles o lamentaram. O estado de luto durou 30 dias. Grande pesar sobreveio ao coração da nação, ao verem que do monte Hor só desceram Moisés e seu sobrinho Eleazar.

Deus tinha o objetivo de também impressionar o povo com a importância do sacerdócio. Uma nova era teria início sob a liderança religiosa de Eleazar. Ele e toda nação não poderiam perder de vista que a salvação era oferecida através dos rituais do santuário.

3. O pecado da ingratidão

A ingratidão é uma das características mais naturais dos pecadores porque está ligada ao egoísmo. O estrago do pecado na essência do ser humano e em seus relacionamentos foi tão grande que alterou uma das mais lindas digitais de nossa “imagem e semelhança” com o Criador: o altruísmo.

Sendo assim, como crianças recém-nascidas ou adultos mimados, temos a tendência de pensar e agir como “se o mundo girasse em torno de nosso umbigo”. Em contrapartida, a maturidade cristã, conquistada por meio de uma experiência real com Deus, muda o eixo de nossa vida, alterando nossa perspectiva sobre as adversidades, o sofrimento e até mesmo sobre nosso conceito de bênção.

Numa prova de que ser grato é uma luta universal e histórica da humanidade, o autor da lição menciona que a ingratidão e infidelidade a Deus podem ser observadas desde o relato da queda de Adão e Eva (Gn 3) até o retrato da espiritualidade da igreja de Laodiceia (Ap 3). O autor termina a lição de terça, falando sobre o louvor como um antítodo para a ingratidão. Creio que deveríamos falar mais sobre isso. Você já percebeu como na maioria das igrejas é preciso quase “empurrar” os membros para que eles cantem? Alguns defendem que são necessários novos recursos áudios-visuais e outros instrumentos musicais a fim de que os hinos fiquem mais animados. Há os que justificam a falta de empolgação dos membros mais novos pelos hinos tradicionais, cuja linguagem é “arcaica” ou rebuscada. Admito que todos esses fatores tenham seu peso na apatia do louvor em boa parte das igrejas. Mas entendo que louvor é mais aquilo que vivemos do que o que cantamos. Em outras palavras, se nossa experiência com Deus não reflete a alegria e a gratidão das quais as letras e melodias dos hinos falam, temos que “coçar onde está coçando”. Nesse caso, o problema não estaria tanto na forma, mas na motivação para o louvor.

O autor bem coloca que o louvor não existe para convencer a Deus de que Ele é importante para nós. O Senhor não sofre de baixa autoestima nem de complexo de inferioridade. O louvor também não é um capricho de Deus para que Ele se sinta o Todo-poderoso do Universo, que precisa ser adorado por criaturas tão limitadas como nós. O louvor não existe para Deus, mas para nós! A adoração é canal em que a criatura reconhece os feitos do Criador. É a maneira mais eficaz de não esquecer da providência de Deus em nosso favor. Se o louvor é o tema de nosso pensamento, canto e palavras, “nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado.”8

4. O resultado da ingratidão (Serpentes abrasadoras)

O fato de que os edomitas não deixaram Israel passar em paz pelo meio do seu território não justifica a murmuração do povo. É verdade que teriam que contornar a terra de Edom para chegar ao destino desejado. No entanto, isso não era nada comparado ao que já haviam superado sob a condução de Deus. O resultado da reclamação foi assustador para muitos e fatal para alguns.

A primeira lição que podemos tirar é que o juízo divino vem sobre aqueles que dispensam Suas bênçãos ou proteção. É como se Deus oferecesse um espaço debaixo do Seu guarda-chuva para que Seus filhos não se molhem. Mas, como o guarda-chuva é dEle, é Ele quem segura o cabo e diz por onde se deve caminhar. Para não se molhar é preciso se submeter às condições do dono do guarda-chuva, já que é Ele que está fazendo o favor. Deus não deseja mandar pragas sobre ninguém e muito menos condenar um filho Seu à morte eterna. No entanto, aqueles que rejeitam Sua providência ou salvação, “pedem” para si o juízo. Foi isso que sobreveio a Israel através das serpentes abrasadoras.

O que há de maravilhoso é que Deus não tinha a intenção de punir com a praga, mas salvar Seu povo. A serpente de bronze, erguida em uma haste, apontava para a salvação que estava fora deles 9. Arrependidos, deveriam ter fé na providência divina. Depois de se acostumarem com os sacrifícios dos cordeiros, poderiam pensar que era a participação deles nos rituais que os recomendava perante Deus. O fato de terem de olhar com fé para aquele réptil de metal lembrava ao povo que a salvação vem de Deus.

Além disso, é verdade que usar o fato de usar um animal imundo (Lv 11) e, para muitos, asqueroso, para tipificar o Salvador, pode soar um pouco estranho. Mas devemos nos lembrar de que a cruz não é apenas a maior demonstração do amor de Deus, mas também de Sua justiça. No Calvário, podemos ver o quanto Deus Se entregou, mas também o quanto o pecado é destrutivo para nós e ofensivo a Ele.

O pastor Valdecir Lima e o maestro Lineu Soares conseguiram traduzir esse duplo significado da cruz em uma das músicas do CD do grupo Novo Tom, lançado em 2007. A letra diz que a cruz mostrou o pior do homem e o melhor de Deus. “O pior do homem” nada mais é que a culpa dos pecados de toda a humanidade que Jesus carregou. A serpente de bronze foi um tipo da maldição que Cristo assumiu por nós. Jesus Se fez pecado para que nEle fôssemos declarados justos (2Co 5:21). Nesse sentido “tenebroso” do Calvário, a serpente representou bem a Jesus.

5. A misericórdia, a despeito da ingratidão (Primeiras conquistas)

Alguém pode pensar que , nesse relato, Deus teria usado dois pesos e duas medidas. Em relação à negação dos edomitas, Ele parece ter silenciado, mas, no caso da oposição dos reis de Hesbom e Basã, Ele garantiu que o povo venceria a guerra.

É preciso lembrar que as ações de juízo de Deus no Antigo Testamento devem ser entendidas à luz das particularidades de um governo teocrático. Era Deus quem mandava em Israel. Muitas de Suas ordens eram diretas, claras e audíveis, diferentemente do relacionamento que temos hoje com Ele. Atualmente, nenhuma nação desfruta do privilégio da condução visível do Senhor10.

Na antiguidade, quando não havia separação entre religião e política, pelo contrário, as guerras significavam mais do que conflitos entre exércitos, mas um duelo entre divindades. Um exemplo da compreensão do povo nessa época é a conversão de Raabe, prostituta de Jericó. Ela foi “convertida” e aceitou seguir o Deus dos espias israelitas, baseada no relato vitorioso do avanço de Israel sobre seus inimigos (ver Js 2:9-13). Raabe entendia, bem como seus contemporâneos, que quando Israel vencia, era o Deus de Israel que vencia.

Sendo assim, quando Deus ordenou que o povo avançasse sobre seus inimigos tinha em mente, por estranho que nos pareça hoje, testemunhar para salvar. Outro fator que explica as atitudes aparentemente intolerantes de Deus é o nível de conhecimento que cada povo tinha sobre a verdade e o uso que faziam dessa revelação. No caso dos amorreus, Ellen White é clara quanto aos motivos para a guerra:

“Embora os amorreus fossem idólatras e houvessem com justiça perdido o direito à vida por causa de sua grande impiedade, Deus os poupou durante quatrocentos anos para lhes dar prova inequívoca de que Ele é o único verdadeiro Deus, o Criador do céu e da Terra. Todos os Seus prodígios ao tirar Israel do Egito eram deles conhecidos. Prova suficiente fora dada; eles poderiam ter conhecido a verdade, caso tivessem estado dispostos a volver de sua idolatria e licenciosidade. Mas rejeitaram a luz e apegaram-se a seus ídolos.”11

Um segundo fator importante neste relato é a procrastinação dos israelitas. O povo de Deus estava diante dos inimigos que deveria ter enfrentado pelos menos 38 anos antes, não fosse a incredulidade no relatório dos espias. Por causa da murmuração, o povo “sapateou” ou “patinou” no deserto. Depois de adiarem o combate, o inimigo estava fortalecido. Em Basã, o desafio era maior. As cidades eram mais numerosas, o povo era descendente de gigantes e seu rei, Ogue, era conhecido por sua estatura e habilidade de guerra. Para piorar, ele escolheu a cidade de Edrei para a batalha. Um lugar de acesso difícil, cercado por rochas vulcânicas pontiagudas 12.

Mas o Senhor reverteu toda a situação. Orientou que os inimigos fossem atraídos para um local mais descampado, onde fosse mais fácil derrotá-los. A estratégia deu certo. Depois de vencerem os dois povos, que pareciam indestrutíveis, o povo se lembrou do relatório fornecido pelos espias havia quase quatro décadas. Na terra realmente havia gigantes, as cidades realmente eram fortificadas, mas, com Deus, os “gafanhotos” (como os próprios israelitas se classificaram) venceram! Mais uma vez, Deus manifestou Sua misericórdia em meio à ingratidão!

1. Wenhan, Gordon J. Números: Introdução e Comentário. Vida Nova: São Paulo, 1985, p. 155.
2. White, Ellen G. Patriarcas e Profetas. CPB: Tatuí, SP, 1983, p. 414.
3. Wenhan, Gordon J. Números: Introdução e Comentário. Vida Nova: São Paulo, 1985, p. 158.
4. Gane, Roy. Bajo la sombra de la Shekina. Aces: Argentina, 2009, p. 102.
5. White, Ellen G. Patriarcas e Profetas. CPB: Tatuí, SP, 1983, p. 420.
6. Gane, Roy. Bajo la sombra de la Shekina. Aces: Argentina, 2009, p. 102.
7. White, Ellen G. Patriarcas e Profetas. CPB: Tatuí, SP, 1993, p. 420.
8. White, Ellen G. Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos. CPB: Tatuí, SP, 1993, p. 31.
9. White, Ellen G. Patriarcas e Profetas. CPB: Tatuí, SP, 1993, p. 430.
10. Gane, Roy. Bajo la sombra de la Shekina. Aces: Argentina, 2009, p. 107.
11. White, Ellen G. Patriarcas e Profetas. CPB: Tatuí, SP, 1993, p. 434.
12. Ibid., p. 435.

Marcadores: , , , ,

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Pecado de Moisés e Arão - 27/11/09 a 28/11/09

Sexta, 27 de novembro

Opinião
Nenhuma desculpa


O povo de Israel estava sendo irrazoável novamente. Não é de admirar que Moisés e Arão, por mais pacientes que tivessem sido durante todos aqueles anos, tenham perdido a paciência. Mas Deus não diz uma palavra sobre a rebelião do povo, embora tivesse dito muito sobre isso em ocasiões passadas. Agora toda a Sua reprovação cai sobre Seus dois líderes que, num momento de paixão, falam iradamente ao povo beligerante.

Conquanto Arão tivesse um registro de liderança com algumas manchas, Moisés nunca tinha falhado para com os filhos de Israel até agora. Em todos os problemas ele havia se voltado para Deus como o verdadeiro possuidor de todos os problemas envolvidos na condução de Israel até a Terra Prometida. Quando Deus iradamente disse a Moisés: “O seu povo, o povo que você tirou do Egito”, Moisés O lembrou: “Ó Senhor, por que ficaste assim tão irado com o Teu povo, que tiraste do Egito?” (Êx 32:7, 11).

Deus deseja que Seu povo reconheça que Ele é seu líder e que Moisés é Seu servo, que está seguindo Sua direção. Moisés tinha sido fiel em reconhecer isto diante do povo. Até agora. “Será que vamos ter de fazer sair água desta rocha para vocês?” Moisés grita para a multidão e, ao fazê-lo, aceita publicamente responsabilidade pessoal pela liderança do povo (Nm 20:10).

Nesse momento de fraqueza, Moisés desfez muito de seu testemunho sobre o fato de Deus ser o proprietário e líder do povo. Se Deus não tivesse tratado rapidamente dessa falha, o povo teria achado que uma grande provocação é desculpa para o pecado. Essa era uma questão crítica que Deus tinha de tornar perfeitamente clara. Nunca há desculpa para o pecado. Se houvesse, não haveria necessidade de Cristo morrer. Humildemente, Moisés reconheceu a justiça de sua punição. Ninguém jamais poderia dizer que Deus tem favoritos. O pecado é tão terrível que mesmo um pequeno deslize na paciência tem consequências de longo alcance. Conquanto Deus tenha perdoado abundantemente Moisés e Arão, não podia desculpar o pecado deles. Que bênção o fato de que Ele prometeu nunca nos abandonar, de que Ele está sempre pronto a nos livrar do poder do mal!

Mãos à obra

1. Mapeie a rota delineada em Números 20 e 21. Calcule a distância extra percorrida porque Edom negou passagem a Israel.
2. Compare e contraste as medidas tomadas por Israel contra Edom e contra os cananeus. Por que foram medidas tão diferentes?
3. Escreva ou mande um e-mail para alguém com quem você teve uma briga, lembrando-se de que, conquanto Deus não tenha removido as consequências do comportamento de Arão e Moisés, Ele os perdoou.
4. Entreviste alguém que você considere uma coluna em sua igreja ou em sua vida. Pergunte a essa pessoa como tem lidado com a tentação e a obediência em sua própria vida.
5. Reflita em quão feliz você é por ter água e comida à sua disposição e considere o fato de que às vezes você ainda tem problemas para obedecer a Deus.

Cheryl Woolsey Des Jarlais | Ronan, EUA

Marcadores: , , ,

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Pecado de Moisés e Arão - 26/11/09 a 28/11/09

Quinta, 26 de novembro

Aplicação
Por que Deus Se ira?


Quando leio a Bíblia, muitas vezes fico pensando sobre a pergunta: “Por quê?” Por que será que Deus fez isso? Por que Ele reagiu dessa forma? Assim, hoje vamos pensar no “Por quê?” para que possamos aprender algo sobre Deus e também sobre nós mesmos.

Leia Números 20 numa tradução que não seja a que você normalmente usa. Às vezes isso quebra aquele padrão do “já ouvi essa história um milhão de vezes” e nos dá uma perspectiva nova.

Enquanto você lê, coloque-se no lugar do personagem da história. Números 20:1 nos conta que Miriã morreu. A seguir lemos que o povo está reclamando para Moisés sobre a água. Precisamos perguntar a nós mesmos como seria ficar sabendo que Miriã tinha morrido. Qual seria o sentimento de estar no deserto sem água? Não ficaríamos com medo? Mas Deus tinha cuidado de muitos problemas semelhantes no passado. Os filhos de Israel tiveram amplas oportunidades de ver Sua provisão, de forma que a essa altura deviam ter confiado nEle.

Examine o texto em busca de evidências da justiça e misericórdia de Deus não só para com as pessoas envolvidas, mas também para com o bem-estar a longo prazo do povo de Israel, para com a instrução das nações ao redor deles, e mesmo para com o Universo. Faça um gráfico para ajudar você a visualizar isso. Num dos lados de uma folha de papel declare por que os atos de Deus parecem injustos, e para com quem. Do outro lado, declare por que os atos de Deus parecem justos, e quem se beneficia desses atos. Considere estas perguntas: (a) Por que as consequências desse pecado foram tão severas? Deus tratou os líderes de maneira diferente das pessoas a quem eles estavam liderando? Por quê? (Leia Patriarcas e Profetas, capítulo 37.) (b) As pessoas aprenderam a confiar em Deus? No capítulo seguinte, elas reclamam uma vez mais. Leia Números 21:5. Reclamamos quando o que Deus nos dá não é exatamente o que desejamos? Como Deus tentou ajudar Israel a desenvolver a confiança? Por que era importante que eles demonstrassem confiança às nações ao seu redor?

Vez após vez, Deus permite que os seres humanos sofram as consequências, e vez após vez, Ele perdoa e cura. Esse exemplo da rebelião no deserto nos ensina sobre a seriedade da desobediência. Também oferece um belo exemplo de Seu amor e de Sua provisão para nossas maiores necessidades – perdão para nossos pecados e reconciliação com Ele.

Mãos à Bíblia

7. Leia Números 21:10-33 e responda: Que promessas os hebreus fizeram ao rei pagão Seom? O que foi oferecido nessa promessa?

8. Quem atacou primeiro? Verso 23

9. Que diferença houve entre a maneira de os israelitas responderem ao rei Seom e ao rei Ogue?

“Estas nações nas fronteiras de Canaã teriam sido poupadas, caso não se houvessem levantado em desafio à palavra de Deus e se oposto à marcha de Israel” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 434).

Gayle Smith | Missão La Vida, Novo México, EUA

Marcadores: , , ,

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Pecado de Moisés e Arão - 25/11/09 a 28/11/09

Quarta, 25 de novembro

Evidência
Duas batidas e você está fora

Em Números 20, encontramos o exausto líder de um grupo de pessoas ingratas sendo submetido a mais uma prova. Moisés os havia guiado sob a instrução de Deus por 40 anos. Havia suportado pacientemente toda a reclamação deles, muitas vezes se prostrando diante de Deus em favor do povo.

Agora o povo se une novamente contra ele e Arão. Acham que Deus os conduziu a um lugar ruim, e que eles e seus animais estão morrendo de sede. Não é de admirar que Moisés e Arão fiquem indignados. Mas em vez de ficarem indignados porque Deus foi insultado, sentem raiva por causa de tudo que têm tido de suportar. Em vez de seguirem as instruções de Deus no assunto, deixam-se dominar por sua ira e impaciência. Esse momento de fraqueza lhes custa caro.

Moisés e Arão “haviam sido vencidos por uma tentação súbita, e sua contrição foi imediata e provinha do coração. O Senhor aceitou seu arrependimento, embora não pudesse remover a punição” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 419).

Muitos dos fiéis líderes de nossa igreja têm suportado críticas e murmurações contra si por se apegarem às ordens de Deus. Nós, os membros (exatamente como Israel do passado), somos propensos a citar ditados populares e a chegar a nossas próprias decisões independentes do conselho de Deus. Também esperamos que os líderes atendam a nossas exigências a despeito de suas convicções ou das sugestões do Espírito Santo.

Você pode pensar em outros exemplos de líderes que sucumbiram à pressão? Arão o fizera anteriormente, no deserto, quando o povo pediu que lhes fizesse um ídolo para adorarem enquanto Moisés estava no monte. Pilatos não queria crucificar Jesus, mas ficou com medo de enfrentar a multidão que exigia a morte do Mestre. Não será interessante descobrir, no dia do juízo, quantos líderes se perderam devido à pressão daqueles a quem estavam liderando?

Contudo, Deus espera que aqueles a quem Ele escolheu para serem líderes permaneçam fiéis aos princípios, apesar da pressão. Quanto aos membros do rebanho, é um positivo chamado que busquem o conhecimento de Deus e estejam em sintonia com Sua vontade, para que possam apoiar os líderes em vez de serem uma pedra de tropeço.

Mãos à Bíblia

5. Como vemos novamente Moisés no papel de intercessor? Por que, especialmente nessa ocasião, o povo precisava de um intercessor? Nm 21:5-9

Deus não havia enviado as serpentes venenosas aos israelitas; ao contrário, o Senhor havia tirado deles Sua proteção e, então, eles sofreram as consequências.

6. Como Jesus relacionou o incidente das serpentes com o plano de salvação? Jo 3:14, 15. Em que sentido todos nós fomos picados por serpentes abrasadoras?

A morte de Jesus, em si, não traz automaticamente salvação ao mundo. Sua morte forneceu os meios de salvação. Mas, assim como o povo no deserto precisava olhar para a serpente de metal, temos que olhar para Jesus e crer a fim de receber o que Ele oferece tão livre e graciosamente.

Danny Williams | Missão La Vida, Novo México, EUA

Marcadores: , , ,

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Pecado de Moisés e Arão - 24/11/09 a 28/11/09

Terça, 24 de novembro

Testemunho
A malignidade do pecado

Nesta era de “perdão” e “tolerância”, às vezes, é difícil compreender o conceito da “excessiva malignidade do pecado”. Mas em Sua bondade e misericórdia, Deus também forneceu “o resto da história”, como diria o radialista americano Paul Harvey.

“Nada temos a recear no futuro, a não ser que nos esqueçamos do caminho pelo qual Deus nos tem conduzido” (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros, p. 31).

“Deus fez amplas provisões para Seu povo; e, se depositarem confiança em Sua força, jamais se tornarão o joguete das circunstâncias. A tentação mais forte não pode desculpar o pecado. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. Não está no poder da Terra nem do inferno compelir alguém a fazer o mal. Satanás nos ataca em nossos pontos fracos, mas não é o caso de sermos vencidos. Por mais severo ou inesperado que seja o ataque, Deus nos proveu auxílio e em Sua força podemos vencer” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 421).

“Tende em mente ser fiéis estudantes na escola de Cristo, aprendendo a pôr diariamente vossa vida em harmonia com o Modelo divino. Fixai o rosto em direção ao Céu, e avançai para o alvo, para o prêmio da alta vocação em Cristo Jesus. Correi com paciência a carreira cristã, e erguei-vos acima de toda tentação, por mais cruel que seja. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Achegai-vos a Deus; e se desejais dar os primeiros passos na ascensão, verificareis que Sua mão se acha estendida para vos ajudar” (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 79.

Mãos à Bíblia

3. A respeito de quê os israelitas passaram a se queixar? Nm 21:1-5. Pense em tudo o que lhes aconteceu e tudo pelo que eles passaram. Havia alguma justificação para as queixas?

Os israelitas não tinham razão para murmurar. Afinal, cada dia de sua viagem eles tinham sido mantidos por um milagre da misericórdia divina. Tinham toda a água de que precisavam, mesmo no deserto; tinham pão do Céu para comer, pão dos anjos (Sl 78:25); e tinham paz e segurança sob a nuvem de dia e a coluna de fogo à noite. Não havia um fraco em todas as suas fileiras. Seus pés não incharam em suas longas jornadas, nem suas vestes envelheceram (Dt 8:3, 4; Sl 105:37).

4. Quais são algumas das coisas que você acha naturais e certas em sua vida? Por que é tão tolo fazer isso?

A única forma de cura para isso é a gratidão diária ao Senhor por tudo que Ele nos concede. Deus não precisa de nosso louvor; nós é que precisamos louvá-Lo tanto quanto pudermos, pois isso serve como lembrança constante de quanto temos de ser gratos a Ele.

Twyla Geraci | Belgrade, EUA

Marcadores: , , ,

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Pecado de Moisés e Arão - 23/11/09 a 28/11/09

Segunda, 23 de novembro

Exposição
O plano da salvação


O pecado entra (Pv 29:23). Israel precisava de comida e água. Quando chegaram a Cades, não viram nenhuma das duas coisas. Essa não era a primeira vez que eles precisavam ter essas duas necessidades satisfeitas. Veja Êxodo 15:22-26; 17:1-7; e Números 20:8.

Quando Moisés estava sobre seu rosto diante de Deus, o Senhor lhe deu sabedoria. Quando Moisés desobedeceu à ordem de Deus, foi sentenciado a morrer no deserto. Antes de ferir a rocha, ele creditou a si mesmo o milagre que estava para acontecer: “Será que teremos que tirar água?” (Nm 20:10, NVI). Essa desobediência, essa rebelião significou que Moisés morreria sem ver a terra prometida.

Moisés encontra um jeito (Nm 21:4). Moisés não tinha razão para continuar em frente; mas tinha como objetivo a terra prometida e desejava levar seu povo até lá de qualquer forma. Contudo, Edom estava no caminho, e Edom não confiava em Israel.

Israel recebera seu nome do patriarca Jacó, que recebera o nome Israel de Jesus. Edom tinha um patriarca também, e seu nome era Esaú, o irmão de Jacó. Jacó/Israel era conhecido por sua traição de Esaú, e Edom havia aprendido, por meio dessas experiências passadas, a não confiar em Israel. Moisés prometeu que Israel não interferiria com Edom enquanto passassem, mas de qualquer forma o acesso deles foi negado.

Israel não precisou lutar para passar por Edom. Moisés se encarregou de achar outra rota (Nm 21:4). Da mesma forma, após o pecado, não precisamos trabalhar para percorrer o caminho de volta às cortes celestiais. Cristo encontrou uma rota diferente. Ele achou uma forma de travar a guerra por nós, e pelas Suas feridas fomos curados (Is 53:5).

O poder do perdão (Tg 4:7-10). Agora era hora de Arão dizer adeus ao resto dos viajantes. Contudo, ao ele se aproximar da morte, certas rebeliões vieram à mente, mais notavelmente a do bezerro de ouro (Êx 32). Arão deve ter ficado preocupado com sua salvação, mas Deus não ficou. “Todas as suas [de Moisés e Arão] capacidades tinham-se desenvolvido, exaltado, dignificado, pela comunhão com o Ser infinito. Sua vida fora despendida em abnegado trabalho para Deus e seus semelhantes; seu rosto evidenciava ... firmeza e nobreza de propósitos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 425).

Você vê as incríveis coisas ditas sobre Arão no fim de sua vida? Leia Tiago 4:7-10. Se Arão tivesse tido o Novo Testamento, essas palavras de Tiago teriam sido inspiradoras para o velho e cansado sumo sacerdote.

Na Bíblia, as más notícias são sempre seguidas por boas notícias. Arão era um pecador. Deus o perdoou. Leia as más notícias de Romanos 3:23, e depois leia as boas notícias que vêm no verso 24.

Cristo se tornou uma serpente por nós? (Jo 3:14, 15; Rm 6:10). Do Gênesis ao Apocalipse, a serpente representa Satanás. É por isso que essa história em Números 21 pode confundir. Enquanto as pessoas continuavam sua pecaminosa murmuração ao redor de Edom, serpentes abrasadoras começaram a picar o povo, e muitas pessoas morreram. Eles admitiram seu crime e foram até seu mediador, Moisés, em busca de ajuda. Então a história toma um rumo estranho. Uma serpente deve ser levantada e todos os olhos devem se voltar para ela. Os que olharem serão instantaneamente curados.

As serpentes abrasadoras são as consequências do pecado, enquanto que a serpente de bronze é Cristo. Cristo Se humilhou, de forma que pudéssemos exaltá-Lo por ter tomado sobre Si as consequências de nossos pecados. Nenhuma outra religião fala de Deus se tornar homem para ajudar a humanidade. Nunca se esqueça de quão especial é isso.

Vitória em Jesus (Rm 13:11, 12; 1Jo 1:9). Qualquer pai sabe quão frequentemente dizem a seus filhos que eles “reclamam demais”. Israel era esse filho. Eles também tiveram seu quinhão de pecados, rebeliões, revoltas e lapsos de falta de fé. Como foi então que Deus pôde continuar e levá-los até a terra prometida? Leia sobre Seu perdão em Romanos 3:24 e 1 João 1:9.

Israel teve alguns momentos difíceis, mas também viram Deus fazer muitas maravilhas. Quanto mais Israel “vagueava” para longe do Egito, mais viajavam próximos de Deus. Israel foi a “igreja militante” (incluindo as três principais vitórias encontradas em Números 20 e 21) e estava se tornando a “igreja triunfante”. Logo após suas vitórias sobre os povos do sul de Canaã, os amorreus e os residentes de Basã, acamparam-se às margens do Rio Jordão, prontos a reivindicar o que era deles. Medite nas palavras de Paulo em Romanos 13:11 e 12. Estamos, como igreja, prontos a despertar e nos tornar a “igreja triunfante”? Todos nós temos pecado, mas Cristo achou uma forma de nos salvar. Ele Se ofereceu como nosso resgate. Oferece-nos perdão e nos concede completa vitória.

Mãos à Bíblia

2. Que fatos interessantes foram registrados na morte de Arão? Por que Deus anunciou dessa forma esse acontecimento? Nm 20:23-29. Que lições podemos tirar desse acontecimento sobre a sucessão da obra de Deus?

O capítulo 20 começa com a morte de Miriã e termina com a morte de Arão. É claro que a geração mais velha estava passando, e a nova devia assumir as responsabilidades onde os mais antigos pararam. Vemos a mesma coisa em nossa igreja hoje. Podemos cumprir fielmente nosso dever, mas, cedo ou tarde, saímos de cena, e outros erguem o estandarte onde o deixamos.

Phil Vecchiarelli | Kinlichee, EUA

Marcadores: , , ,

domingo, 22 de novembro de 2009

O Pecado de Moisés e Arão - 22/11/09 a 28/11/09

O PECADO DE MOISÉS E ARÃO


Domingo, 22 de novembro

Introdução
Quando os gigantes caem


Quando a água deixou de fluir no acampamento de Israel em Cades-Barneia, apresentou-se a Israel uma grande oportunidade de olhar para Deus esperando ajuda. Ele sempre lhes havia provido as necessidades no passado, então, por que seria diferente naquela ocasião? Porém, eles depressa esqueceram o passado e se voltaram contra Moisés e Arão com suas antigas reclamações.

1. O que ordenou Deus que Moisés fizesse, e, em lugar disso, o que ele fez? Nm 20:1-13. Por que esse servo submisso, fiel e dedicado a Deus mostrou tanta falta de fé e confiança?

Sob certo ponto de vista, é fácil entender a frustração de Moisés. Primeiramente, ele acabava de sepultar a irmã, e sem dúvida sentia muita dor por causa disso. Então, teria que ouvir o povo exprimir basicamente as mesmas reclamações de seus antepassados, anos antes? Ainda assim, aos olhos do Senhor, nenhuma dessas desculpas justificava seu comportamento.

“A água jorrou em abundância, satisfazendo a multidão. Mas uma grande falta fora cometida. Moisés falara com sentimento de irritação. ... Quando acusou os israelitas, agravou o Espírito de Deus e apenas fez mal ao povo. Sua falta de paciência e domínio próprio eram evidentes. Assim, foi dada ao povo ocasião para pôr em dúvida que sua atuação passada fora sob a direção de Deus, e desculpar seus próprios pecados. Moisés, bem como eles, havia ofendido a Deus. Sua conduta, disseram, fora desde o princípio passível de crítica e censura. Tinham achado agora o pretexto que desejavam para rejeitar todas as reprovações que Deus lhes enviara mediante Seu servo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 417).

Até o mais fiel e diligente servo do Senhor precisa ser cuidadoso. O que tornava esse pecado ainda pior era que fora cometido por alguém a quem foram concedidos grandes privilégios. Pense em tudo o que Moisés viu sobre o poder de Deus; pense em todas as incríveis revelações do Senhor que, vez após outra, ele havia testemunhado. E ainda, mesmo com tudo aquilo, ele se permitiu exaltar-se e dominar? Que advertência isso deve representar para todos nós!

Pense em alguma ocasião em que se sentiu pressionado ao extremo e fez algo precipitado e pecaminoso. Com que frequência você desejaria ter voltado o relógio e desfeito o dano? Que lições você aprendeu desse incidente para evitar a mesma coisa no futuro?

Marcadores: , , ,