sábado, 4 de outubro de 2008

Resumo Semanal: A Expiação e a Cruz de Cristo - 04/10/2008 a 04/10/2008

RESUMO SEMANAL - 28/09/2008 a 04/10/2008

A natureza de Deus: base da expiação


Pr. João Antonio Alves
Professor de Teologia do IAENE

A doutrina da expiação apresenta um mistério essencial: seus beneficiários não podem compreender plenamente como opera. A partir do final do século 11, a doutrina da expiação adquiriu posição central na teologia cristã. Embora os teólogos concordem com relação à sua centralidade, existe grande diversidade de posições a respeito de sua interpretação. Entretanto, alguns aspectos são esclarecidos pelas Escrituras, aos quais se deve dar atenção a fim de melhor compreender esta doutrina. Em grande medida, ela determina outras doutrinas. Para muitos estudiosos, o termo “expiação” descreve o ato salvífico de Deus em Cristo que efetua a reconciliação do homem com Deus.

Apesar da diversidade de interpretações, entretanto, a expiação é um ato de Deus em Cristo. Desta forma, é natural nos voltarmos para a pessoa de Deus a fim de iniciar o estudo acerca de um tema de tamanha relevância, não apenas do ponto-de-vista teológico, mas também da perspectiva prática. Com respeito a esse último aspecto, é da maior importância saber que as mais profundas necessidades da vida do ser humano não estão relegadas a um acaso cego, ou sorte, ou destino, ou azar. Deus assumiu o “controle dos danos” provocados pelo pecado. Por esta razão, apesar de tudo, podemos viver com fé, esperança e amor, em vez de submergir na ansiedade, no temor, na desesperança. O futuro se nos afigura brilhante, apesar das trevas que insistem em ocupar o horizonte da existência humana.

E que Deus é este que Se envolveu na maior operação resgate do Universo? Que atributos possui que O qualificam para a missão? Alguns aspectos acerca desse Deus, o Deus revelado nas Escrituras, serão analisados nesta primeira lição. Outros aspectos do programa divino para a salvação do ser humano serão vistos nas lições posteriores.

1. Deus eterno


As Escrituras declaram a existência de Deus “no princípio” (Gn 1:1). Não procuram “provar” essa existência. Tão-somente a declaram. Simples assim. Ao mesmo tempo, uma declaração tão singela provoca discussões intermináveis. Não porque a afirmação não possa ser compreendida, mesmo em uma leitura superficial, mas porque provoca na mente humana indagações derivadas de sua compreensão dos processos que permitem o surgimento e a manutenção da vida neste mundo.

Seres finitos, lidando com o infinito e, muitas vezes, procurando oferecer uma explicação para os mistérios que cercam a Divindade, naturalmente tropeçam em sua própria finitude, levando alguns a resvalar para a descrença e a rejeição das simples afirmações bíblicas. Se Deus estava “no princípio”, o que existia antes dEle? Esta é uma pergunta que, da perspectiva da revelação, é falsa, porque daria a impressão de que alguma “coisa” existiria antes de Deus. Na verdade, não existe um “antes” de Deus. Deus é, e dEle todas as coisas derivam sua existência.

Deus é eterno. Mas, o que significa “eterno”, ou “eternidade”? Original: hebraico olam e grego aion. O termo em si aponta simplesmente para a duração de alguma coisa. O significado depende do objeto a que está vinculada a palavra: se aos seres humanos, sua duração está limitada ao tempo de vida de alguém (e.g. Dt 15:17); se a referência é aos montes eternos (Gn 49:26), então, sua duração está limitada aos aspectos geológicos envolvidos ou qualquer alteração na crosta terrestre. Por outro lado, quando a Bíblia aplica o termo a Deus, o termo deve ser compreendido em seu sentido absoluto. Daí resulta o problema para os seres humanos, que raciocinam apenas em termos de princípio e fim, de entender essa auto-existência absoluta de Deus, que não tem começo nem fim.
Uma observação adicional com respeito à relação entre tempo e eternidade: Em geral, influenciados pela filosofia grega, interpretamos os conceitos de tempo e eternidade como sendo qualitativamente diferentes ou existindo em diferentes dimensões. Um dito popular ilustra o que foi mencionado: “Deus está no tempo, mas o tempo não está em Deus”. Desta forma, a eternidade é vista como a total ausência de tempo. A implicação é que a eternidade de Deus O mantém afastado de qualquer evento temporal ou histórico.

Entretanto, as referências bíblicas à eternidade de Deus evidenciam que esta se encontra vinculada a um elemento temporal. Isso não significa que a Bíblia identifica a eternidade com o tempo experimentado pelo ser humano. Simplesmente significa que a eternidade de Deus não é estranha ao nosso tempo, ainda que seja qualitativamente diferente. Embora devamos ser cautelosos nesse assunto, parece plausível a definição de que a eternidade é uma experiência divina que envolve tempo infinito em relação ao passado, e tempo infinito em relação ao futuro.

Tendo definido assim o assunto, compreendemos melhor o fato de que “na plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho” (Gl 4:4) – ação histórica e temporal da Divindade, em Sua missão redentiva, para resgatar o homem de seus pecados e oferecer-lhe a perspectiva de uma vida, não mais limitada como a conhecemos, e sim eterna – uma vida sem restrições, sem fim. Um Deus eterno oferecendo vida eterna.

2. Um Deus amoroso

A compreensão do amor de Deus não pode ocorrer a partir de uma avaliação de nossos próprios sentimentos ou experiências. Por ser Deus transcendente, a única forma de alcançar um conhecimento mínimo do divino é mediante Sua auto-revelação nas Escrituras, em geral, e na vida e experiência de Jesus, em particular.

Ao verificar o texto sagrado, encontramos que este revela um “Deus de amor” (2Co 13:11) e o “amor de Deus” (2Co 13:14) por Sua criação. A Divindade (1Jo 3:1; Ef 3:19; Rm 15:30) expressa Seu amor de várias formas pela humanidade, mas, de maneira notável, por engendrar e colocar em operação o maravilhoso e complexo plano da salvação.

Ao definir Deus como “amor” (1Jo 4:8), a Bíblia apresenta claramente a realidade de que Deus Se relaciona com Suas criaturas. Mas o relacionamento originalmente pretendido por Deus foi interrompido quando um elemento estranho se introduziu nesta relação. Este elemento se define na Bíblia como “pecado”. De acordo com Isaías 59:1, 2, um dos resultados do pecado é a separação entre a criatura e o Criador. O amor, entretanto, não se conforma com a separação. Daí a manifestação do amor, na vida e na obra de Jesus Cristo, para colocar fim à inimizade iniciada pelo pecado e restaurar o relacionamento quebrantado.

O amor divino se revela na encarnação de Jesus e em Sua morte expiatória. Nas palavras do apóstolo, “Deus prova o Seu amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). Somos totalmente indignos desse amor, que flui de Sua própria essência, Seu próprio ser. Ele não nos ama por causa disto ou daquilo. Pelo contrário, ele nos ama apesar de sermos pecadores e indignos. Não impressiona, portanto, que os escritores bíblicos manifestassem seu espanto por tamanha evidência de amor. Esse amor levou o Pai a entregar o Seu único Filho (Jo 3:16), um ato extremo de auto-negação em favor de outro, no caso, toda a humanidade, não importando a condição de ninguém, mesmo daqueles que, a juízo do homem, são indignos de qualquer manifestação de amor.

Em Mateus 5:48 encontra-se um dito de Jesus que, analisado dissociadamente do contexto, pode levar a conclusões equivocadas. A perfeição aqui requerida dos seguidores de Cristo, segundo o contexto, é a manifestação de amor para com os semelhantes. Jesus também disse que o amor identifica os Seus verdadeiros discípulos: “E nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:35). Devemos avaliar nossa posição como crentes levando em consideração a forma como expressamos amor para com o nosso próximo.

3. Deus como Criador


Não existe dúvida: Deus é o Criador. Do Gênesis (1; 2) ao Apocalipse (14:7) as Escrituras ensinam que Deus é o Criador dos céus e da terra. Deus é vida, e tudo o que existe no Universo deriva sua existência de Deus. A criação ocorreu pela vontade e sabedoria divina, independente de qualquer princípio alheio a Deus, como matéria ou energia física. Isso contradiz frontalmente o modelo evolucionista, que defende a idéia de um surgimento acidental, em primeiro lugar das coisas inanimadas, seguidas pelas animadas, incluindo o ser humano. Assim você se torna obra do acaso, um acidente cósmico.

Numa perspectiva totalmente distinta, a Bíblia afirma a dignidade do ser humano como tendo sido obra de um Deus amoroso e eterno, o que confere a cada pessoa um senso de pertencer a alguém que desejou sua existência. Somos criaturas de um Deus que nos ama.

Na perspectiva bíblica, o mundo foi criado pela “palavra de Deus” (Hb 11:3). Deus falou e tudo apareceu (Gn 1). “Haja”, Deus ordenou, e houve. Sua palavra tem poder. Quando Deus fala, alguma coisa sempre acontece. Diferentes dos seres humanos, que falam muito, refletem pouco, e realizam menos ainda.
Não se deve confundir Deus, o Criador, com a natureza. O mundo criado é uma realidade diferente de Deus, existe à parte de Deus. Com isto, se rejeitam as idéias panteístas de que Deus é o Universo. Para o panteísta, não há criador além do Universo. O Criador e a criação são duas formas diferentes de ver uma realidade. Deus é o Universo e o Universo é Deus. Em outras palavras, há somente uma realidade.

De igual forma, a concepção de Deus como sendo diferente da criação leva à rejeição do panenteísmo, ou seja, de que Deus está no Universo, assim como uma mente está no corpo. O Universo seria o corpo de Deus. Além do Universo físico, outro pólo para Deus seria Seu eterno e infinito potencial além do universo físico real. Tais idéias são rejeitadas pelo testemunho bíblico.

O poder criador de Deus também se revelou, de forma especial, após a entrada do pecado no mundo. Necessita-se de um poder exterior ao próprio homem para transformar os pecadores e recriá-los segundo a imagem de Deus (2Co 5:17; Gl 6:15; Ef 4:24). Em Gênesis 1:1, o verbo usado para a criação realizada por Deus é bara, reservado apenas para Deus nas Escrituras. Por esta razão, no Salmo 51, quando Davi pede a Deus um novo coração, ele usa este mesmo verbo: “Cria (bara) em mim, ó Deus, um coração puro...”. Deus pode recriar o homem pelo Seu poder. Como mencionado na Lição, “a expiação é a solução de Deus para o problema do pecado dentro dessa criação. Em vez de nos deixar colher as conseqüências do pecado e da rebelião, que seria a destruição eterna, Ele instituiu o plano da salvação”. Se, no princípio, Deus criou por Sua palavra, agora, neste momento da história da salvação, Deus recria pela Sua Palavra encarnada, isto é, Jesus (Jo 1:1, 12, 14).

Finalmente, a Bíblia nos apresenta um Deus amoroso, eterno, criador e salvador, que culminará Sua obra em favor da humanidade criando “novos céus e nova Terra” (Is 65:17; Ap 21:1-5), que será o lar eterno daqueles que voluntariamente permitiram que Deus, utilizando Seu maravilhoso poder, os recriasse segundo a Sua imagem.

4. Deus santo


No Antigo Testamento, Deus é o santo por excelência. Ele é louvado por Sua santidade (Êx 15:11). Os Salmos e Isaías freqüentemente se referem a Deus como o Santo (Is 1:4; 5:19; Sl 99). Na visão de Isaías, os anjos cantam a Deus como “Santo, santo, santo” (Is 6:3). No Novo Testamento Jesus Se dirige a Deus como “Pai Santo” (Jo 17:11), na Oração do Senhor encontramos a petição “Santificado seja o Teu nome” e, no Apocalipse, repete-se o tríplice “Santo” de Isaías (cf. Ap 4:6-10). A idéia básica da santidade é a diferença. Deus é diferente dos seres humanos. Por esta razão, somos levados a adorá-Lo. Se Ele fosse apenas um ser humano exaltado, não poderíamos louvá-Lo.

Uma pergunta: Se Deus é totalmente santo, como podemos nós, pecadores, nos relacionar com Ele? Que pensamentos vêm à nossa mente ao sermos confrontados com a idéia de que servimos a um Deus santo? Os servos de Deus do passado, a quem foi dado o privilégio de contemplar as glórias celestiais, sentiram-se indignos disso (e.g., Isaías). Daniel e João ficaram sem forças. Como será possível que os seres humanos um dia se juntem aos santos anjos na adoração a Deus? O próprio Deus proveu a solução para o dilema. Em Jesus Cristo, é oferecida a santificação para todo aquele que o desejar. Isto possibilita a adoração neste mundo e na vida porvir.

A santidade de Deus O leva a reagir contra o pecado, enquanto Seu amor pelos pecadores O impele em uma busca para solucionar o problema causado pelo pecado. O resultado disto é o processo de expiação-propiciação. Deus é santo. O pecador não pode sobreviver à vista de um Deus assim. Cristo sofreu e morreu em lugar do pecador e, assim, satisfez “o preceito da lei” (Rm 8:4), removendo o obstáculo para que se concedesse perdão ao culpado. A santidade de Deus exigia que a penalidade pelo pecado fosse executada. O amor levou Deus a tomar sobre Si mesmo a penalidade. Como afirma o apóstolo Paulo, “Deus... nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo... Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:18,19). Desta forma, o perdão e a salvação eterna foram oferecidos a “todo o que nEle crê” (Jo 3:16). Assim se transpõe o abismo introduzido pelo pecado, e a relação rompida entre Deus e o homem pode ser restaurada. A santidade de Deus exigia a morte do pecador; Jesus Cristo, “Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós” (2Co 5:21), tendo “morrido por nós” (Rm 5:8), e assim “fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho” (Rm 5:10). Na cruz se manifesta de maneira inequívoca a santidade do amor de Deus e o amor do santo Deus se revela. É na cruz que a justiça e a misericórdia se encontram. Nas palavras de João, “nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4:10). É a cruz que revela maravilhosamente o inabalável amor de Deus pelos pecadores, assim provendo Ele mesmo o Dom do Céu, que cancela a culpa do pecador e torna o indigno herdeiro com Cristo dos dons celestiais.

5. Deus onisciente

A onisciência de Deus é afirmada inequivocamente por João: Ele “conhece todas as coisas” (1Jo 3:20). Da mesma forma, o apóstolo Paulo afirma que “nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos” do Senhor (Hb 4:13, NVI). A onisciência de Deus inclui o mundo (Jó 38:33; Gn 1:31), assim como os seres humanos e suas ações livres (Sal 44:21; 139:1-5; Mt 6:8, 32).

A presciência divina também é afirmada claramente nas Escrituras (Is 46:9,10; cf.41:21-24; 44:6-8). Desta forma, a onisciência divina inclui não somente o passado e o presente, mas também o futuro, quer esse futuro envolva as ações de Deus, quer as escolhas livres do homem. Assim, rejeita-se a noção de que o futuro está aberto (teologia do processo) e o resultado pode ser diferente daquele que é afirmado nas Escrituras, ou seja, a vitória do Cordeiro e daqueles que se encontram com Ele (Ap 17:14). A forma desse conhecimento de Deus, entretanto, pertence ao nível da natureza divina.

E qual a relação da onisciência de Deus com a doutrina da expiação? É importante manter em mente que a expiação não foi uma espécie de plano B elaborado a partir de um imprevisto no programa original de Deus. Visto que Deus sabe tudo, o pecado não foi algo que O apanhou de surpresa. O plano divino para lidar com o problema do pecado foi formulado antes mesmo de seu surgimento na Terra, e está enraizado no amor eterno de Deus pela humanidade (Jr 31:3). Antes de criar qualquer criatura neste mundo, Deus Se preparou para enfrentar e derrotar o pecado e suas conseqüências. E como faria isto? Jesus Cristo, que é Deus eterno, encarnaria para viver e morrer pelo ser humano e, assim, solucionar o problema causado pelo pecado. Nas palavras registradas pelo vidente de Patmos, Ele é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8).

Deus Se arriscou pela humanidade. Tendo em vista a morte de Seu próprio Filho, ainda assim Ele levou adiante Seus planos referentes à humanidade. Como um Ser onisciente, sabia avaliar a dimensão da tragédia. Mas Seu amor não conhece limites. Por esta razão, cada um de nós pode olhar para a frente cheio de confiança: há um Deus eterno, criador, santo, e todo amor, que pôs em marcha um plano eterno para a salvação de todo aquele que crê em Jesus. Essa certeza preenche o vazio da existência humana, elimina a culpa do pecado e ilumina o futuro com a esperança triunfante da eterna salvação em Cristo.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A Expiação e a Cruz de Cristo - 03/10/2008 a 04/10/2008

Sexta

Opinião

Amor profundo


Já tive experiências tanto positivas quanto negativas com o amor, e aprendi, ao longo do caminho, que o amor pode ser condicional ou ter limitações. A Bíblia define Deus como sendo o próprio amor (1Jo 4:8). A profundidade de Seu amor revelou-se num ato expiatório que mudou para sempre o curso da humanidade.

Deus criou Adão e Eva à Sua própria imagem e os chamou de Seus filhos. Deu-lhes o mundo e pediu apenas que permanecessem fiéis a Ele. Mas não demorou muito para que eles desobedecessem a seu Pai. Essa desobediência impactou sua íntima relação com Deus e lhes mudou o curso da vida. Em Sua sabedoria, Deus conhecia o futuro iminente mesmo antes de lhes dar vida. Mas, movido pelo amor e compaixão, já havia elaborado um plano para salvar Seus filhos da destruição do pecado e de sua penalidade final, a morte (1Co 2:7; Rm 6:23). Esse plano revela a medida do amor de Deus pela humanidade e Seu intenso desejo de Se reconciliar com os filhos alienados.
Romanos 5:8 nos diz que Deus mostrou Seu grande amor por nós ao enviar Cristo para morrer enquanto ainda éramos pecadores. Esse Cristo é Seu único Filho. Ele deixou Seu lar celestial e desceu à Terra em forma humana para tomar sobre Seus ombros o pecado da humanidade. Esse ato voluntário Lhe custou a vida, demonstrando de maneira prática as conseqüências do pecado e a compassiva disposição de Deus para perdoar. Revelou o grau do amor de Deus pela humanidade. Quando aceitamos a morte de Jesus em nosso favor, somos reconectados a Deus.

Depois de viver como cristã superficial por muitos anos, vim a conhecer a Deus intimamente ao experimentar Sua graça. Antes de eu vir à existência, Deus sabia que eu precisaria de um Salvador. Ele me ama tanto que deu Seu único Filho por mim para que eu pudesse ter a vida abundante (Gl 2:20; Hb 2:9; Jo 10:10). Em Sua morte, cheguei à compreensão do preço que foi pago por esse privilégio. Tudo o que se espera de mim é que eu creia nEle. Isso é que é amor!

Dicas

1. Escolha uma pessoa a quem você possa oferecer algo que exprima bondade, como ajudar com uma tarefa ou atividade, partilhar algo ou dar um presente inesperado.
2. Procure um lugar tranqüilo para meditar em Judas 24. Escreva diferentes versões desse verso num diário e leve-o com você. Escreva suas reflexões sobre o que esse verso significa para você.
3. Tire tempo para observar uma criança pequena com seu pai ou sua mãe. Num caderno de anotações, documente a dinâmica do relacionamento paterno-infantil. Compare esse relacionamento com o que há entre nosso Pai celestial e o crente.

Arianna Kane | Auckland, Nova Zelândia

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A Expiação e a Cruz de Cristo - 02/10/2008 a 04/10/2008

Quinta

Aplicação
Aprendendo a ser amados

8. Que diz a Bíblia sobre o conhecimento de Deus? Sl 139:1-4, 15, 16; Is 46:10; Mt 10:30
9. Esse conhecimento inclui o conhecimento prévio sobre o surgimento do pecado? 1Pe 1:19, 20 Visto que Deus sabe tudo, o pecado não foi algo que O apanhou de surpresa. Deus sabia com antecedência da queda de um de Seus querubins e, então, formulou um plano para lidar com o problema do pecado, mesmo antes que ele surgisse nos seres humanos. Sob a perspectiva divina, Cristo é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8).
Tem sido difícil, para mim, aceitar o amor de Deus. Quando adolescente, eu não me sentia particularmente digna de amor, porque experimentava muita rejeição da parte de minhas colegas. Meu desenvolvimento se deu mais tarde, e as garotas em minha classe se preocupavam com a aparência e com os rapazes. Eu era verbalmente maltratada e acreditava no que me diziam.

Hoje, muitos anos mais tarde, já trabalhei muitos desses sentimentos, e me sinto bem mais confiante em quem sou. Eis como você pode fazer a mesma coisa:

1. Aceite o amor de Deus. Se você é como eu e tem um determinado pecado que o(a) persegue, lembre-se de que Deus ainda o(a) ama. Como mãe, não posso imaginar como em algum momento eu não venha a amar minha filha. Posso ficar zangada com ela ou me sentir envergonhada por causa dela, mas sempre a amarei. Deus é o Pai perfeito; Ele aceita e ama você de uma forma que nenhum pai ou mãe terrestre pode fazer.

2. Viva como uma filha ou filho muito amado. Levante a cabeça. Deus diz que você é filho(a) dEle, e Ele ama você como você é. Você não tem que satisfazer nenhum critério ou padrão para que Ele o(a) ame. É disso que deve vir seu senso de valor. Os outros podem olhar para seus atos e aparências, mas Deus sabe quem você verdadeiramente é e ama você da mesma forma.
3. Reflita Seu amor a outros. É aqui que entra a obediência. Viva como Jesus viveu. Coloque as necessidades dos outros antes das suas. Tenha a certeza de que Deus lhe dará poder para fazê-lo. De que forma você poderia mostrar o amor de Deus a alguém em necessidade?

O serviço sacrifical dos israelitas era um lembrete de que Deus os amava. Em contraste, as divindades das culturas ao redor deles eram vistas como deuses irados que precisavam receber presentes a fim de responder positivamente ao adorador. Conquanto os sacrifícios dos israelitas pudessem parecer semelhantes, o motivo por trás desses sacrifícios era completamente diferente. Os sacrifícios dos israelitas deviam lembrá-los do grande amor de Deus ao enviar um Salvador.

Rochelle Woods | Melbourne, Austrália

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Expiação e a Cruz de Cristo - 01/10/2008 a 04/10/2008

Quarta

Evidência

O paradoxo do amor


6. Qual é a mais destacada característica de Deus? Is 40:25; 57:15

7. Apesar de Sua santidade, que fato aparentemente contraditório é declarado em 2 Coríntios 5:21?

A santidade de Deus não tolera o pecado, mas reage ativamente contra ele (Is 5:24; Os 9:15; Rm 1:18). “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar (Hc 1:13). O ódio natural de Deus pelo pecado tornou necessário o papel de um mediador. Isso foi possível por Cristo, em quem foram misteriosamente unidas a expiação e a santidade.

O mistério da expiação de Deus se encontra em Seu amor por nós. Uma passagem clássica que revela Seu amor está em Efésios 3:14-20.* Leia esses versos agora para compreender o estudo de hoje.

A oração de Paulo pelos crentes efésios começa com o reconhecimento de que o amor é o fundamento da experiência cristã. A idéia usada aqui é “arraigados” no solo do amor. Uma semente que está germinando lança raízes muito antes de o primeiro broto verde aparecer acima do solo. Da mesma forma, nunca podemos estar seguros de como o amor de Deus está trabalhando numa pessoa no íntimo de seu coração.

Paulo, então, prossegue descrevendo como os cristãos efésios estavam “alicerçados em amor”. Como cristãos, não podemos ser canais do amor de Deus para um mundo que não sabe amar e não é amável, a menos que estejamos conectados à Fonte do amor.

No verso 18, Paulo começa a parecer paradoxal. Ele orou para que os efésios pudessem “compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade” do amor de Cristo. Parece tentativa de compreender o incompreensível! Mas Paulo está realmente dizendo o quanto é cosmicamente imenso o amor de Deus. Poderíamos acrescentar a dimensão do tempo e proclamar que o amor de Deus vai da infinidade à eternidade.

Paulo reforçou o paradoxo no verso 19, quando orou para que os crentes efésios pudessem “conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento”. Talvez com “conhecer”, Paulo não queira dizer “compreender intelectualmente”. Em vez disso, ele pode estar se referindo a uma experiência íntima – da mesma forma que conhecer uma pessoa é diferente de conhecer trigonometria.

E qual é o resultado de conhecer o amor de Deus? “Para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus.” Isso é realmente plenitude.

Às vezes, obtemos um quadro distorcido de um Deus relutante que concede migalhas de misericórdia aos que merecem. Mas não é isso que vemos nesses versos. O que você pode fazer para imergir hoje no incompreensível, incognoscível e imensurável amor de Deus?

*Neste artigo é feita menção de palavras e frases específicas da NVI.
A. Kent Kingston | Cooranbong, Austrália

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Expiação e a Cruz de Cristo - 30/09/2008 a 04/10/2008

Terça

Testemunho
Verdadeiro amor

A declaração "Deus é amor" nos leva ao cerne do divino e nos diz: (1) "Deus é amor" significa que, por natureza, uma exploração sobre a essência de Deus nos revelaria amor. (2) "Deus é amor" significa que Ele é um ser racional; por natureza, Ele aprecia a comunhão com Suas criaturas. (3) "Deus é amor" significa que o amor faz parte de Sua natureza. Assim, é desnecessário, ou até mesmo impossível, tornar-nos amáveis a fim de sermos aceitos por Ele.

4. Que promessa fez o Criador a um mundo afetado pelo pecado? Is 65:17; Ap 21:1

5. Como Paulo descreve os que estão em Cristo? 2Co 5:17

Ele trouxe tudo à existência pelo poder de Sua palavra (Sl 33:6); e agora é também pelo poder de Sua Palavra encarnada em Cristo que Ele nos recria (Jo 1:1, 12, 13; 2Co 4:16).

“Milhares de pessoas têm uma falsa concepção de Deus e Seus atributos. ... Deus é um Deus de verdade. Justiça e misericórdia são os atributos de Seu trono. Ele é um Deus de amor, de piedade e terna compaixão. Assim Ele é representado em Seu Filho, nosso Salvador. Ele é um Deus de paciência e longanimidade. Se tal é o ser a quem adoramos, e cujo caráter estamos buscando assimilar, estamos adorando o verdadeiro Deus” (Ellen G. White, A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 59).

“Sempre que alguém manifeste espírito de misericórdia e perdão, faz isso, não de si mesmo, mas mediante a influência do divino Espírito a mover-lhe o coração. ‘Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro’” (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 305).

“Esperam-nos tempos tormentosos; não pronunciemos, porém, palavra alguma de desalento ou descrença. ... [Cristo] conhece as necessidades dos mais débeis membros do Seu rebanho, e envia Sua mensagem tanto pelos caminhos como pelos atalhos. Ele nos ama com amor eterno” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 392).

Podemos ir com confiança até o próprio trono de Deus, “lembrando-nos das promessas dadas por Deus, contemplando a Sua bondade e oferecendo grato louvor por Seu amor imutável. Não devemos confiar em nossas finitas orações, mas na palavra de nosso Pai Celestial, em Sua afirmação de que nos ama. Crendo na promessa de Seu amor imutável, instemos com as nossas petições ao trono da graça” (Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 125).

Rodney Woods | Melbourne, Austrália

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Expiação e a Cruz de Cristo - 29/09/2008 a 04/10/2008

Segunda

Exposição
Oni... Oni... Oni...

As Escrituras nos dizem que Deus é, por natureza, amor; quer dizer, a essência de Seu ser é a autodoação, e isso está expresso em Sua preocupação pelo bem-estar de outros.

3. De acordo com a Bíblia, que podemos dizer sobre o caráter e a natureza de Deus? Sl 118:1-4; Rm 5:8; 8:37-39; 1Jo 4:8, 9, 16

A declaração “Deus é amor” nos leva ao cerne do divino e nos diz: (1) “Deus é amor” significa que, por natureza, uma exploração sobre a essência de Deus nos revelaria amor. (2) “Deus é amor” significa que Ele é um ser relacional; por natureza, Ele aprecia a comunhão com Suas criaturas. (3) “Deus é amor” significa que o amor faz parte de Sua natureza. Assim, é desnecessário, ou até mesmo impossível, tornar-nos amáveis a fim de sermos aceitos por Ele.

Onisciente (que sabe todas as coisas). Onipotente (que pode todas as coisas). Onificente (com poder ilimitado para criar). Atribuímos estas características a Deus. Decidi acrescentar outra. A palavra não se encontra no dicionário, mas certamente se aplica a Deus: oniamoroso. Vamos dar uma olhada nestes vocábulos “oni” que ilustram diferentes aspectos da natureza de Deus.

Onisciência (Sl 139:1-4). Com belas expressões poéticas, Davi fala sobre o Deus que tudo sabe. Ele usa a palavra hebraica yāda‛, “conhecer”. Aqui ela significa “o conhecimento que Deus tem do homem” como “a mais íntima familiaridade”.1 Deus conhece tudo sobre mim, mesmo o que ainda vou dizer, escrever e fazer. Se Deus tem esse conhecimento, deve ter conhecido o futuro deste planeta, mesmo antes de criá-lo. Sabendo o que iria acontecer, Ele Se antecipou a isso e Se preparou adequadamente.

Onipotência (Is 46:9-11). Deus conhece o fim desde o princípio, e partilhou esse conhecimento conosco na Bíblia. Como Deus todo-poderoso, Ele pode colocar esse conhecimento em prática. Ninguém e nada pode impedir Seus propósitos de se cumprirem.

Em Isaías 10, o profeta usa duas vezes a palavra hebraica ‛āsa’, “fazer”. Deus declara categoricamente que fará tudo o que Se propôs a realizar. Ele já deu a conhecer tudo o que ainda precisa ser feito, e o fará. Tem poder para fazer o que desejar. Já mostrou Seu poder no passado, começando com a Criação, continuando com o Dilúvio, e realizando inconcebíveis sinais para tirar os israelitas do Egito. Ele é capaz de dar à história deste mundo o fim que planejou há muito tempo.

Onificência (Jo 1:4). De todas as palavras do Novo Testamento que descrevem “vida”, apenas zōē tem o significado de “vida como princípio, vida no sentido absoluto, vida como a que Deus possui”.2 Trata-se de vida eterna. João diz: “NEle estava a vida.” A forma verbal ēn (de eimi,“eu sou”), sendo um imperfeito, tem o significado de ação contínua no passado. Portanto, podemos dizer que nEle a vida (no sentido absoluto) continuou a existir. Esse atributo, combinado com a onipotência, dá a Deus poder ilimitado para criar.

Deus é, então, o único que pode prometer vida eterna, pois pode continuar a criar e recriar. Ele promete que fará novas todas as coisas (Ap 21:5).

Oniamor (Rm 5:8; 8:35-39). Deus é todo-amor, todo-amoroso. Não existe essa palavra em nenhum dicionário. Talvez não tenhamos conseguido encontrar uma palavra que descreva o que é, na realidade, o amor de Deus. Tentamos compreendê-lo através dos vislumbres que a Bíblia nos dá sobre ele, como o de Romanos 5:8. Deus mostra Seu amor deixando Seu Filho morrer pelas pessoas que Ele criou. Não porque as pessoas o tivessem pedido. Não porque o tivessem desejado. Não porque o tivessem merecido. Nem mesmo porque o tivessem aceitado! Jesus morreu a despeito do total desinteresse e rejeição humanos. Ele morreu porque nos ama. Essa foi a única maneira de tornar possível que as pessoas vivessem para sempre num mundo de amor. É difícil imaginar que Jesus tenha morrido por Osama Bin Laden ou Adolf Hitler, mas Ele o fez. Ele morreu por todas as pessoas enquanto elas ainda eram pecadoras. Foi esse amor humanamente insondável que fez isso.

Esse amor demonstrado através da morte de Jesus tem outra dimensão. Ele tem uma força magnética que atrai firmemente todos os que aceitam a morte de Jesus em seu favor. Nada pode romper esse “poder oniamoroso”. Paulo menciona algumas forças poderosas: a morte, a vida, os anjos, os demônios, etc. Ninguém deste planeta foi capaz de vencer a morte. Estamos diariamente, dolorosamente conscientes de seu domínio sobre nós. Contudo, Paulo diz que a morte não pode separar-nos do amor de Deus. Embora a morte nos separe de nossos entes queridos, Paulo estava certo de que ela não pode separar-nos do amor de Deus. Esse amor divino, juntamente com Suas outras características, rompe todas as barreiras aparentemente intransponíveis.

Eternidade (1Jo 5:11, 12). Esses dois versos apontam para alguns fatos interessantes ao apresentarem tempos verbais específicos a fim de descrever ações. Deus nos deu a vida eterna no aoristo, que no grego “freqüentemente, mas nem sempre, subentende uma única ação passada”.3 De fato, Deus deu a vida eterna ao dar Jesus. Uma vez para sempre – uma “única ação passada” mais que suficiente para nossa vida eterna. O restante dos versos 11 e 12 está no tempo presente, o que indica uma ação que ocorre agora. Portanto, a vida está e continua a estar no Filho. Aquele que continuamente tem o Filho, continuamente tem a vida eterna.

1. 944 vezes, segundo Harris R. Laird, Gleason L. Archer Jr., e Bruce K. Waltke, Theological Wordbook of the Old Testament, v. 1 (Chicago: Moody Bible Institute, 1980), p. 848.
2. W. E. Vine, An Expository Dictionary of New Testament Words (Nashville: Thomas Nelson, 1984), p. 367.
3. Jeremy Duff, The Elements of New Testament Greek, 3a ed. (Cambridge: Cambridge University Press, 2005), p. 68. O verbo grego é edōken, de didomi, “dar, conceder, permitir”.

Danijela Schubert | Papua-Nova Guiné

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domingo, 28 de setembro de 2008

A Expiação e a Cruz de Cristo - 28/09/2008 a 04/10/2008

A Expiação e a Cruz de Cristo


Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que virá. Digo: Meu propósito permanecerá em pé(Is 46:10, NVI).

Prévia da semana: Deus quer renovar Suas criaturas neste mundo danificado pelo pecado. Vamos permitir que Ele faça isso diariamente em nós.

Leitura adicional: Rm 3:21-26; 5:9; 8:31-35; 10:5-13; Gl 2:15, 16, 21; Ef 2:8, 9; 1Tm 2:5, 6; Hb 7:23-25.

Domingo

Introdução
Esperando para perdoar?

1. O que a frase “no princípio, criou Deus...” (Gn 1:1) faz entender sobre a natureza de Deus? Antes de responder, leia também Gênesis 21:33 e Salmo 90:2.

É difícil entender o conceito de eternidade. Quase tudo neste mundo teve início e terá fim. Em contraste, a idéia de Deus nunca ter início nem fim não é fácil de entender, pois nossa mente está acostumada a pensar em termos finitos.

2. Leia o Salmo 102:25-27. A que é aplicada esta passagem no Novo Testamento? (Veja Hb 1:10-12.) O que essa mensagem diz, juntamente com o Salmo 90:2, sobre a existência de Deus?

Certa vez, li a história de uma professora que pediu a seus alunos que trouxessem para a classe uma mochila e um pacote de batatas. Em cada batata, eles deviam escrever um pecado que haviam cometido. Então, deviam colocar aquela batata na mochila. Depois, foram instruídos a carregar a mochila consigo para toda parte onde fossem durante uma semana. Algumas mochilas estavam bastante pesadas. O incômodo de carregar as batatas tornou claro quanta bagagem espiritual eles, na verdade, carregavam. Isso propõe uma pergunta para todos nós: “Quanto pecado nós, como indivíduos, estamos carregando?”

Essa ilustração se compara bem ao nosso relacionamento com Deus. Você pode contar quantas vezes pecou? Pode contar quantas vezes Deus o(a) perdoou? Quantas batatas você acha que têm entrado em sua mochila “espiritual” e saído dela?

Mas, como cristãos, temos o conhecimento de que Deus pode perdoar nossos pecados; e quanto às batatas... bem, nossos pacotes sempre estarão vazios por causa da expiação de Cristo. Como diz o Salmo 139:1-4, Deus conhece cada detalhe a nosso respeito – até nossos pecados, antes de os havermos cometido.

“Mas Deus demonstra Seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5:8, NVI). Aceitando Cristo em nossa vida, e reconhecendo Seu perdão para nossos pecados, sabemos que Sua expiação está disponível e que Sua segunda vinda está se aproximando cada vez mais. Deus nos ama, mesmo que cometamos pecados aqui e ali, e traz paz sabermos que Seu amor é eterno. Devemos nos lembrar de dedicar nossa vida a Deus a fim de tornarmos Sua expiação completa em nossa vida.

“Senhor, Deus: investiga minha vida; obtém todos os fatos em primeira mão. Sou um livro aberto para Ti e, mesmo a distância, sabes o que estou pensando. Sabes quando saio e quando volto; nunca estou fora de Tua vista. Sabes tudo o que vou dizer antes de eu começar a primeira frase” (Sl 139:1-4, The Message).

Stephanie Lorens | Sydney, Austrália

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