sábado, 7 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - Resumo Semanal

Rodrigo P. Silva
O Dr. Rodrigo P. Silva é professor de Teologia do SALT
Unasp Campus II.

Introdução

I – Mártir ou Redentor?

II – O evento histórico da cruz

III – Significado profético/restaurador da cruz

Introdução

Sem qualquer sombra de dúvida, Jesus de Nazaré Se tornou o nome mais difundido de toda a história. Mesmo que ainda exista uma maioria do globo que não se diga “cristã”, nenhum outro personagem recebeu tanta atenção quanto aquele “desconhecido” Judeu da Galiléia que Se identificou como o verdadeiro “Filho de Deus”.

Hoje, o turismo de Jerusalém recebe a cada ano cerca de 3 milhões de pessoas motivadas a conhecer os lugares em que o Senhor esteve. Ora, este número se torna bastante expressivo quando lembramos que a cidade não tem mais que 800 mil habitantes. Aliás, o país inteiro tem algo em torno de 6 milhões de habitantes, logo, o número de visitantes “interessados em Jesus” é a metade da população nacional e mais que o triplo da capital (só para registrar, Tel Aviv também é considerada capital de Israel).

É surpreendente notar que, num mundo com tendências tão secularizantes e anti-religiosas, o nome de Jesus ainda atraia tanta gente. Mesmo entre comerciantes palestinos ou de orientação muçulmana, é comum haver a venda ostensiva de artefatos religiosos ligados à figura de um “judeu” chamado Jesus. Aliás, se deixarmos Israel e avançarmos para o mundo inteiro, poderemos ficar boquiabertos com a menção feita pela Revista de Antropologia Experimental (4:2004) de que o turismo religioso [especialmente o de orientação cristã] movimenta anualmente 4,5 trilhões de dólares e gera direta ou indiretamente 192 milhões de empregos.

Mas aqui vale perguntar: será que esses milhões de admiradores, aficionados, comerciantes, seguidores, enfim “pessoas direta ou indiretamente envolvidas com Cristo”, têm uma noção real do que significou Sua morte na cruz? Será que entendem o que aquele evento quis dizer e a relação intrínseca entre sua vida hoje e a morte daquele Judeu ontem?

Esta lição procura estabelecer o tema da cruz em pelo menos três direções básicas: seu significado teológico (a diferença entre Cristo e um mártir qualquer), seu significado histórico (a cruz foi real, não um mito), seu significado profético/redentor (a diferença entre Jesus crucificado e outros condenados que Roma também condenou à cruz).

I – Mártir ou Redentor?

A lição inicia com a declaração profética de Simeão, anunciando Jesus como uma criança nascida para resgatar israelitas e gentios de uma forma “contraditória” e “dolorosa” (Lc 2: 32, 34 e 35). A “contradição” pode ser vista tanto nos resultados de Sua obra (alguns caem como Judas, outros se levantam como Pedro), quanto na forma pela qual Ele realizaria Sua obra (morte que traz vida, ira que traz a paz, condenação que traz livramento). Maria e José, é claro, não entenderam a profundidade do que Simeão disse, por isso se admiraram de suas palavras (v. 33). Aliás, talvez nem o próprio Simeão – que ali falou movido pelo Espírito de Deus – estivesse completamente inteirado do profundo alcance de suas palavras. Mas todos, de alguma forma, entenderam que a obra daquela criança envolveria tremenda dor que Maria, como mãe, testemunharia qual uma espada (típica daquela que carregava Golias) traspassando sua própria alma.

A língua grega, na qual essas palavras foram conservadas pelo evangelista (pois certamente Simeão estaria falando aramaico ou hebraico), nos revela um fato interessante. Quando se diz “este menino está destinado... para ser alvo de contradição”, o autor usa um particípio presente passivo, o que quer dizer que aquilo seria uma ação contínua que segue indefinidamente desde aquele tempo até o dia de hoje. Literalmente, o texto está dizendo “para continuar a ser hoje alvo de contradição”. Isto quer dizer que o trabalho de Jesus não se restringiria a Seus contemporâneos, mas duraria para outras gerações vindouras.

Outro fato revelado pelo grego é a forma com que o autor reproduziu as palavras finais de Simeão (ou quem sabe seria uma anotação/comentário do próprio Lucas?) de que aquilo tudo seria para que se manifestassem “os pensamentos de muitos corações”. Muitos aqui significa “todos” em grego. Aqui está implícita a idéia do juízo final e planejamento divino anterior. Como sabemos disto? Existe uma outra forma verbal (chamada tecnicamente aoristo do subjuntivo, passivo) depois da expressão “para que”, que indica que a frase “para que se manifestem” era um propósito (logicamente “divino”) que antecedia em muito o que haveria de acontecer. Logo, a obra de Jesus não começou com Seu nascimento, mas muito antes (indicação indireta de Sua preexistência) e alcança até o fim, o juízo, que é a manifestação última (o melhor seria “revelação”) de todas as decisões, segredos, planos e comportamentos que provêem (assim está no grego) do coração dos homens. Noutras palavras, o momento em que os frutos da vida de cada um de nós serão trazidos à luz diante do juízo último de Deus.

Resumindo, pois, as palavras de Simeão dão o sentido formal, funcional, étnico, dimensional e temporal da obra de Jesus.

  • Sentido formal – um trabalho contraditório, estranho e doloroso.
  • Sentido funcional – serve para revelar a glória de Israel e a luz para os gentios, isto é, salvar pessoas.
  • Sentido étnico – alcança judeus e gentios, ou seja, o mundo inteiro.
  • Dimensional – é o plano de Deus que perpassa por todos os homens e o Universo está, de certa forma, envolvido nessa obra.
  • Temporal – é anterior ao Seu nascimento e sucede à Sua vida neste Planeta, alcançando o juízo final.

Essas palavras indicam, como bem apresentou a lição, que “Cristão nasceu destinado a morrer”, Sua morte não foi um acidente, mas um planejamento que envolve questões supra-racionais. Entretanto, alguns que não têm conhecimento bíblico sobre esta questão poderiam objetar: “Ora, todos nós indistintamente nascemos para morrer, afinal, a morte é a única certeza que temos quanto à nossa vida; logo, o que teria de especial a frase: ‘Cristo nasceu para morrer’?”

Esta colocação pode ser entendida se compararmos numa leitura rápida a obra de Cristo e a obra de outro mártir qualquer que deu sua vida por uma causa. Bons exemplos são Tiradentes, Gandhi, Martin Luther King. Esses exemplos, em morrer por um causa justa, ainda alimentam a esperança de muitos que vieram depois deles. O que diferencia Cristo destes homens?

Bem, parte desta questão já está respondida na própria forma de a lição definir a morte de Cristo como um “não acidente”. Veja: é claro que todos sabemos que vamos morrer, mas ninguém sabe como, se será por um acidente, por uma doença fatal ou por uma depressão que leva ao suicídio. Nenhum mártir da história nasceu destinado por Deus a morrer por esta ou aquela causa. Seu martírio simplesmente aconteceu, não estava profetizado. Jesus foi diferente. Ele não tinha como escapar da sentença, a menos que decidisse não mais salvar a humanidade. Sendo assim, não é teologicamente correto dizer que Jesus foi um simples “mártir”; afinal, os mártires, por mais louváveis e dignos de respeito que sejam, não podem com seu sangue salvar-nos do juízo final. Seu exemplo até pode inspirar gerações posteriores, sua luta até pode salvar vidas (muitos indianos foram poupados quando a morte de Gandhi chamou a atenção do mundo para o que acontecia em seu país). Mas essa “salvação” é apenas um retardamento da morte e uma prolongação (talvez em segurança) da existência que temos neste Planeta. A salvação trazida por Cristo, diferentemente, produz a vida eterna e não apenas uns anos a mais de existência terrestre. Portanto, embora a morte de Jesus tenha algo de “martírio”, seu significado sobrepuja, em muito, o sentido da palavra. O melhor seria defini-lo como “Redentor” para que se acentuasse a diferença entre Ele e outros que morreram por nobres causas.

Sua morte era algo profeticamente esperado e anunciado desde a fundação do mundo (Ap 13:8). Quatro mil anos de história desde Adão até Cristo passaram em anúncio contínuo do que estava para acontecer naquele dia. Pregações, anúncios proféticos, livros inspirados (o Antigo Testamento) e todo um ritual do santuário foram erguidos apenas para dizer ao mundo que Ele viria morrer. Nenhum outro herói da história tem uma trajetória assim.

II – O evento histórico da cruz

Um ponto importante que a lição levanta é o fato de que os evangelhos não são biografias escritas sobre Jesus, nem pretendem ser. Eles são, antes, uma “teologia” de Sua vida. Isso é verdade. Mas esse mesmo conceito, colocado nas páginas de um autor de linha liberal, pode ter um sentido estranho à compreensão adventista. Noutras palavras, esses autores até dizem o mesmo, mas com um significado bem diferente do exposto pela lição e devemos ter cuidado com isso. Eles dizem: “Bem, os evangelhos são apenas uma teologia da vida de Cristo, não uma biografia. Logo, são imagens filosóficas de Cristo e não descrições históricas do que ocorreu”. Esse conceito aparece em muitos livros teológicos que saem por aí. Lembro-me de um conceituado autor, especialista em Novo Testamento, que, tendo em mente esse conceito de “evangelhos teológicos, mas não históricos”, escreveu que a multiplicação dos pães não foi um evento histórico. Foi uma parábola para explicar como Jesus, através de Sua mensagem, convencia os que tinham pães a se ajuntarem com os que tinham peixe, dividindo a comida com os que não tinham nada. Logo, não houve milagre nenhum, a não ser o de convencer os que tinham o que dividir com os que não tinham.

A ressurreição de Jesus é outro evento que muitos dessa linha tomam como sendo não uma história real, mas uma parábola teológica dos evangelistas para explicar que a fé de Cristo não morreu com Ele na cruz, mas continuou viva através da pregação de Seus seguidores. Sendo assim, a presença do cristianismo hoje é como se Cristo ainda estivesse vivo simbolicamente na continuidade do trabalho apostólico.

Essas idéias são absurdas e perigosas. Os evangelhos são, de fato, uma teologia, mas são também uma história real. A teologia apenas dá significado ao que aconteceu. Ela não inventa os acontecimentos. A palavra evangelho é um termo técnico que não foi criado pelos cristãos, mas já existia no mundo greco-romano para indicar o anúncio de uma boa coisa que havia realmente ocorrido. Se fosse inventado, não podia ser evangelho. O nascimento de César Augusto, por exemplo, é descrito numa inscrição romana como sendo o grande “evangelho do mundo”. Assim, seria estranho que os autores do Novo Testamento dessem o nome técnico de “evangelho” para algo que não fosse legitimamente histórico.

A história era aliás, tão real, que seu ápice, longe de ser uma invenção propagandística, era um motivo de horror e vexame. Estamos falando da crucifixão do Filho de Deus. A cruz era algo tão detestável que Cícero dizia que ela não deveria nem ser pronunciada na presença de um cidadão romano. Aliás, houve tempo em que o termo latino crux significava um xingamento popular. Não havia sentença mais terrível ou assombrosa que a condenação à morte de cruz.

Curiosamente, no entanto, a cruz se tornou motivo de alegria e paz, pois foi através dela que Cristo salvou o mundo, dando àquele que crer a oportunidade de voltar ao Paraíso perdido por Adão. Na cruz, Céu e Terra se uniram, o pecado foi extirpado, a graça inaugurada. E isso não ocorreu pelo madeiro em si, mas por aquele que ali estava pendurado, a saber, o Filho de Deus.

III – O significado profético/restaurador da cruz

As lições de terça e quarta-feira trazem algumas palavras gregas usadas no Novo Testamento para ilustrar o significado profético e restaurador da cruz ou da morte de Cristo em nosso lugar. Compensa tomar tempo para verificar alguns desses termos:

Prosphora – oferenda em forma de fragrância, perfume, aroma. Paulo usa essa palavra em Romanos 15:16 ao exprimir seu desejo de que a oferta (prosphora) dos gentios fosse algo aceitável a Deus. Em Filipenses 4:18, ele fala das dádivas enviadas pelos irmãos como sendo “um aroma suave, um sacrifício aceitável e aprazível a Deus. Em Efésios 5:2 ele conclama seus leitores a serem como Cristo, que Se entregou por nós a Deus como um “aroma suave” (prosphoran). Ora, nos tempos bíblicos, aroma e perfume tinham um significado muito especial. Naquelas condições culturais, o banho era algo raro; logo, o perfume servia para neutralizar o mau odor, fazia parte da higiene.

Os sacrifícios, geralmente por envolverem derramamento contínuo de sangue e apresentação de carnes queimadas sobre o altar, também poderia apresentar cheiros não muito agradáveis, especialmente quando eram realizados em meio a uma multidão de ofertantes, todos sem tomar banho há algum tempo. Novamente, para neutralizar os maus odores, nessas ocasiões havia a queima de incensos e especiarias que produziam uma fumaça de cheiro agradável. Essa fumaça subia até Deus que, na concepção da época, ao mesmo tempo em que via o sacrifício realizado, também sentia um cheiro agradável. Afinal, apresentar à Divindade algo malcheiroso seria um desrespeito, segundo a cultura da época.

Foi daí que veio o ritual bíblico das ofertas acompanhadas de incenso e aromas agradáveis que subiam até a presença de Deus (Êx 30:7, 34-35, 37, 38). Neste contexto, as orações dos santos são simbolizadas pelo aroma agradável que sobe até Deus (Sl 141:2; Ap 5:8). A morte de Cristo, por sua vez, também é simbolizada pelo incenso agradável a Deus, algo que permite a neutralização do mau odor que nossos pecados produzem. Ora, uma pessoa com maus odores é segregada, ninguém quer ficar perto dela. Assim, o mesmo se daria com a humanidade malcheirosa por causa de seus pecados. Uma humanidade fadada à exclusão da família de Deus.

Entretanto a graça de Cristo neutraliza aquilo que naturalmente causaria o repúdio dos outros em relação a nós e nos permite aproximar com confiança (e “bom cheiro”) diante do trono de Deus.

Lutron – Mateus 20:28 (compare com Mc 10:45) traz a palavra Lutron, “resgate”, cujo sentido literal seria “pagamento por soltura”, “preço de um resgate”. Essa palavra só aparece no Novo Testamento nos ditos de Cristo (veja por exemplo, Mt 20:28). Mas um adendo deve ser feito aqui: em nosso sentido ocidental, resgate é algo que você paga a um bandido que tem um ente querido como refém. Essa aplicação a Cristo poderia causar um embaraço por supor que Ele estaria pagando “a Satanás” o preço pela nossa redenção. E isso não é verdade.

Para esclarecer isso, é importante observar que o “preço de um resgate”, nos tempos bíblicos, envolvia muitas vezes duas situações diferentes do pagamento ao seqüestrador. A imagem original que o autor bíblico tinha em mente com essa comparação com o trabalho de Cristo era quando o resgatador (um pai, um rei) gastava somas enormes de dinheiro para empreender uma viagem em busca de alguém que havia sido raptado ou que estaria preso nas mãos de um inimigo. As custas do resgate eram altas e podiam envolver desde despesas de viagem até o aluguel de um exército, se fosse necessário usar força física para libertar o que estava cativo. O exemplo de Abraão resgatando seu sobrinho Ló ilustra isso (Gn 14:12-17). O “preço do resgate”, portanto, não era um pagamento ao seqüestrador, mas o preço gasto na operação de salvamento e guerra contra o inimigo. A segunda situação era quando um pai oferecia a si mesmo para ser escravo no lugar do filho que havia sido escravizado. Essa prática legal também era um tipo de preço pelo resgate que envolvia a própria vida do indivíduo como pagamento não ao “escravizador”, mas como substituto daquele que deveria, por qualquer razão, ser escravo de outrem.

Jesus não somente tomou nosso lugar na escravidão e no seqüestro, como pagou um alto preço para nos libertar. Esse preço não foi nada menos que Sua própria vida!

Hilasterion – esta é uma palavra que aparece em inscrições gregas com o sentido de oferta propiciatória dada aos deuses quando estes, por alguma razão, estavam irados com os homens. Daí o nome Hilasterion que vem da mesma raiz das palavras, gracioso, bondoso, alegre. Os romanos vertiam o termo por hilaris que deu origem à palavra hilário em português. Havia até um deus com o nome de Hilaros, a saber, o deus da alegria. Mas, é claro, como acentuou a lição, os autores do Novo Testamento muitas vezes tomam emprestadas palavras do mundo grego, porém lhes dão um significado próprio, de acordo com a teologia bíblica, e não com a filosofia helenística. É o caso deste termo, que, no conceito do Novo Testamento, equivaleria ao antigo termo hebraico Kipper que literalmente significa “cobrir”, “perdoar”. Para os hebreus, a imagem de perdão, kippur, era uma imagem de Deus cobrindo a nudez de nossa transgressão. Por isso, o dia da expiação é chamado em hebraico de Yom Kippur e aquele pequeno chapéu que os judeus usam é chamado de Kippar – uma lembrança contínua de que estão na presença perdoadora de Deus. A tampa da arca dos dez mandamentos era corretamente chamada de propiciatório, kipper, pois o perdão nos cobre com a justiça, sem encobrir a transgressão. Por isso, no caso de Cristo, a propiciação pelo pecado não envolvia apenas um consentimento titular de “perdoado”, mas a morte vicária de um inocente em nosso lugar, para poder, de fato, nos cobrir com o manto de Sua justiça.

Katallage – esta é uma antiga palavra que denotava a restauração do entendimento original entre duas pessoas que estivessem com as relações cortadas. No mundo grego, não se tem notícia de seu emprego no ambiente religioso, mas o Novo Testamento parece ter feito isso, embora sempre com o sentido de reconciliar. No que diz respeito à relação entre o homem e Deus, é curioso notar que as ocorrências parecem preferencialmente vir no passivo, “ser reconciliado” (embora existam também casos ativos). O sentido passivo é profundo, pois denota que a reconciliação, embora demande a igualdade das partes após o acerto de contas, não é sinônimo de equivalência. Deus não é um ser de nosso nível para que possamos “fazer as pazes” com Ele em pé de igualdade, como faríamos com um colega de trabalho com quem brigamos. Ele é nosso amigo, mas é, acima de tudo, nosso Senhor, não nosso “colega”. Ademais, a ofensa partiu de nós, não dEle. Nós é que precisamos ser reconciliados com Ele, pois fomos nós que quebramos a aliança. Não obstante, é Ele quem toma o primeiro passo.

O mundo grego tendia a ver o ser humano como naturalmente bom. Era o ambiente que nos estragava. Mas, na visão bíblica, como conseqüência da transgressão de Adão, somos moralmente maus e precisamos de reconciliação, de resgate, de redenção e ninguém menor que Deus poderia prover essa ansiada libertação.

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sexta-feira, 6 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - 06/06/2008 a 06/06/2008

Sexta, 6 de junho

Opinião
O significado de Sua morte

Em nossa sociedade pós-moderna, pode ser ofensivo dizer às pessoas que Jesus morreu pelos pecados delas. É intolerável a idéia de que elas necessitam ser salvas de seus pecados, especialmente à medida que é esquecido o verdadeiro significado do pecado. O mantra agora é "a sobrevivência do mais apto", e o significado da vida é autogratificação apoiada pela teoria da evolução. Isso torna desnecessário qualquer código de moral e torna a ética relativa à cultura, à época e à decisão pessoal. Essa maneira de pensar está penetrando sorrateiramente nas igrejas cristãs. Em seu desejo de atrair membros, as igrejas se acostumaram a tornar informal o evangelho. Mas talvez um dos erros mais perigosos que estão se infiltrando no cristianismo seja a idéia de que o pecado não é errado e de que Jesus não morreu para nos salvar da segunda morte – uma penalidade que merecemos – mas que Sua morte é apenas um reflexo do quanto Ele nos ama.

Como cristãos adventistas, nos apegamos firmemente à crença de que o sacrifício de Jesus é a única maneira pela qual a humanidade caída pode ser salva, e que Sua morte é muito mais do que simplesmente uma demonstração de Seu amor. Se Jesus tivesse morrido somente para mostrar o quanto Deus nos ama, poderíamos assemelhar Sua morte a um fato hipotético: você conhece um estranho durante uma caminhada ao topo de um penhasco, e esse estranho, de repente, declara seu amor a você e pula do penhasco nas pontiagudas rochas lá embaixo. Esse comportamento iria afligir e horrorizar você. Mas faria mesmo você crer no amor dele?

O argumento de que a única razão pela qual Cristo morreu foi Seu amor por nós é contrário à Bíblia, que dá a razão primária para a morte de Cristo (ver Hb 2:9, 10). A doutrina da morte de Cristo é central para nossa fé de que Deus nos aceita e de que temos acesso direto a Ele por causa de nossa aceitação da morte de Cristo. Se cremos num Deus que é tanto justo quanto misericordioso, aceitaremos a segunda morte de Cristo como substituto para nossa segunda morte. Então, nós que vivíamos em rebelião contra Deus podemos ficar em paz com Ele.

Portanto, em que devemos crer? Na "testemunha fiel" que disse "Está consumado!", enquanto morria para assegurar a destruição do pecado e a redenção dos seres humanos, ou na doutrina de uma sociedade relativista?
Dicas

1. Visite um cemitério. Olhe para os túmulos mais novos e os mais antigos. Imagine como será quando Jesus voltar para ver esses túmulos abertos. Antes de ir embora, agradeça a Jesus por ter morrido por nós.
2. Escolha um hino ou corinho para cantar, tocar, assobiar ou ouvir, que represente seus sentimentos pelo que Jesus fez por você ao vir à Terra, enfrentar as tentações que você enfrenta, e morrer para perdoar seus pecados a fim de que você possa ter a vida eterna.
3. Elabore uma notícia relatando a morte de Jesus para o Diário de Jerusalém ou para o jornal de sua cidade.

Camilla Elliott | Londres, Inglaterra

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - 05/06/2008 a 06/06/2008

Quinta, 5 de junho

Aplicação
Como viver para sempre

6. Qual é a condição humana, que nos torna tão carentes da morte de Jesus? Rm 3:10, 23; 1Co 2:2; 15:3; Gl 6:14

As linhas iniciais de uma propaganda do Seguro Abbey dizem: "Vamos falar sobre uma das coisas sobre as quais menos se fala. Ninguém gosta de falar sobre a morte. Este não constitui um pensamento agradável, mas suponha que você morresse inesperadamente, como ficaria sua família?"

As pessoas têm controle sobre muitas situações, mas há uma coisa além do controle delas: a morte. A morte pode ser adiada por meio de boa qualidade de vida e do acesso a bons recursos médicos, mas até bons médicos morrem. Por várias razões, muitas pessoas têm medo de morrer. A morte frustra o amor e reclama a fé. A morte separa as pessoas. Causa controvérsia dentro da igreja. Mata grandes esperanças. Destrói famílias. Transforma crianças em órfãos e lares felizes em casas desertas (Jó 14:1, 2). Na verdade, não há nada mais certo no mundo que o fato de que todos vamos morrer um dia (Hb 9:27).

Mas a Bíblia oferece esperança concreta através de nosso Senhor Jesus Cristo, que veio morrer em nosso lugar. Ele realmente venceu a morte. João 14:1-3 dá a certeza da vida eterna a todos os que aceitam a Jesus Cristo como Salvador pessoal.

Talvez até você esteja entre aqueles que não desejam morrer. Portanto, aqui estão as medidas que você pode tomar a fim de viver para sempre:

1. Arrependa-se de seus pecados. Ezequiel 18:20 nos diz que "a alma que pecar, essa morrerá" a segunda morte. Portanto, arrependa-se de seus pecados e deixe os Dez Mandamentos serem seu guia. Provérbios 4:4 diz que se você seguir os ensinos de Deus, terá a vida eterna.

2. Construa um bom relacionamento com Jesus. Esse é um processo contínuo que envolve atividades como leitura diária da Bíblia e oração, serviço aos outros, meditação na Palavra, etc.

3. Aceite a Cristo. Ele anseia ser seu Salvador. Creia nEle, e você viverá eternamente (At 16:31).

4. Ajude outros a compreenderem o significado do sacrifício de Cristo. Cristo morreu pelos ímpios. Lembre-se de que ninguém é justo, exceto Cristo. A salvação é um presente para todos os que O aceitarem, e a morte de Cristo na cruz foi o seu clímax e selo.

5. Prepare-se para a morte. Planeje com antecedência seu funeral. Mas, acima de tudo, certifique-se de que seu relacionamento com Deus e com os outros está sempre em ordem. Nunca sabemos quando morreremos a primeira morte.

6. Veja a morte como ela é. Um sono que constitui a transição para a vida eterna.

Seth Asare | Bracknell, Inglaterra

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - 04/06/2008 a 06/06/2008

Quarta, 4 de junho

Testemunho
Ele os perdoou

Aqui estão mais duas metáforas empregadas pelos escritores do Novo Testamento:

3. O conceito de propiciação (ou expiação): Hebreus 2:17 diz que a obra de Cristo é fazer "propiciação pelos pecados do povo". Propiciação tem o sentido de apaziguar alguém ou algum deus. Embora esses escritores hajam tomado emprestado o vocabulário do grego, eles deram a ele um novo conteúdo e significado. Assim, muitos estudiosos da Bíblia concordam que, em vez de "propiciação", a palavra grega hilasterion deveria ser traduzida por "expiação". Compreendida assim, a idéia é que pela morte de Jesus, Deus "expia", "cobre", "apaga" nosso pecado.
4. O conceito de reconciliação.

5. Como Paulo aplica o conceito de reconciliação em suas epístolas? Rm 5:10, 11; 2Co 5:18-21; Ef 2:16; Cl 1:20-22

"O Filho de Deus foi rejeitado e desprezado por amor de nós. Podemos, à plena vista da cruz, contemplando com os olhos da fé os sofrimentos de Cristo, contar a história de nossos infortúnios, nossas provações? Podemos acalentar no coração vingança para com nossos inimigos, ao passo que dos pálidos e trêmulos lábios de Cristo brota uma oração por Seus injuriadores, Seus assassinos – ‘Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’? Luc. 23:34" (Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 65).

"Quando estudamos o caráter divino à luz da cruz, vemos a misericórdia, a compaixão e o perdão, misturados à eqüidade e à justiça. Vemos no trono Alguém tendo nas mãos, nos pés e no lado as marcas do sofrimento suportado para reconciliar o homem com Deus. Vemos um Pai, infinito, habitando na luz inacessível e todavia recebendo-nos para Si através dos méritos de Seu Filho. A nuvem de vingança que ameaçava apenas miséria e desespero, à luz da cruz refletida revela as palavras de Deus: Vive, pecador, vive! Arrependido e crente, vive! Eu já paguei o resgate!" (Atos dos Apóstolos, p. 333).

"Quando o pecador arrependido fixa os olhos no ‘Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ (João 1:29); em contemplação, é transformado. Seu temor transmuda-se em alegria, suas dúvidas em esperanças. Surge a gratidão. Abranda-se o espírito obstinado. Uma onda de amor inunda o ser. Cristo é nele uma fonte que salta para a vida eterna.

"Quando vemos a Jesus, um Homem de dores e familiarizado com os trabalhos, esforçando-Se por salvar os perdidos, rejeitado, escarnecido, expulso de cidade em cidade, até que se cumprisse Sua missão; quando O contemplamos no Getsêmani, suando grandes gotas de sangue, e na cruz, morrendo em agonia – quando vemos isso, não mais o próprio eu clama por atenções" (O Desejado de Todas as Nações, p. 439).

Patrick Herbert | Nottingham, Inglaterra

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terça-feira, 3 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - 03/06/2006 a 06/06/2006

Terça, 3 de junho

Exposição
A tripla morte de Cristo

4. Como Paulo considerava a morte de Jesus? 1Co 2:2; 15:3; Gl 6:14

Os escritores do Novo Testamento usaram uma variedade de imagens ou metáforas na tentativa de expressar a obra divina de salvação em Cristo. Vamos examinar algumas:
1. O conceito de sacrifício, oferta, substituto – Efésios 5:2: Cristo "Se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus" (NVI).
2. O conceito de resgate – Mateus 20:28 (compare Mc 10:45): Jesus veio para "dar a Sua vida em resgate por muitos". (Aqui, "muitos", incidentalmente, significa "todos".)

Cristo nasceu para viver e morrer pela humanidade. Ele carregou Sua cruz da manjedoura ao Calvário. Sua morte demonstrou a necessidade da tripla morte que o pecado trouxe à humanidade: a morte para o eu, a primeira morte e a segunda morte.

Morte para o eu (Hb 2:17). Quando Adão e Eva comeram o fruto proibido, colocaram o eu, o desejo e a razão humana acima dos claros desejos de Seu amorável Criador. A vida de Cristo demonstra o significado de uma morte diária para o eu. Ele nunca colocou Suas preferências, desejos ou capacidade de raciocínio pessoais acima da vontade de Deus. O moto de Sua vida era: "Me convém tratar dos negócios de Meu Pai" (Lc 2:49, ARC).

Quando confrontado com a morte, Ele exclamou: "Não seja o que Eu quero, e sim o que Tu queres" (Mc 14:36). Quando alguns gregos Lhe perguntaram quanto ao caminho da vida eterna, Sua resposta para eles foi: "Se um grão de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão" (Jo 12:24; Rm 6:5-10). A vida de Cristo ensina que, a fim de realmente vivermos, precisamos primeiro morrer, e depois morrer diariamente. Verdadeiramente somos salvos por Sua vida (Rm 5:10), pois Sua vida é um perfeito exemplo de como viver e como morrer.

A primeira morte (Mt 27:45, 46). A primeira morte é conseqüência natural da separação de Deus, a fonte de vida. O pecado causa decadência e morte. Envenena nossa mente contra a santidade e justiça de Deus; e nos torna inimigos de tudo que é de Deus (Rm 5:10; 8:7; Cl 1:21). A história da humanidade e a vida de Cristo demonstram que, se fosse possível, o pecado e os pecadores, destruiriam a Deus e os princípios de Seu reino. Mas as portas do inferno não prevalecerão contra o Seu reino (Mt 16:18).

O pecado faz com que nosso corpo morra desde o momento em que somos concebidos. Prosseguimos do nascimento à idade adulta só para morrer. Esse mundo caído nos ensina que o salário do pecado é verdadeiramente a morte. Não pode haver vida à parte de Deus. Mesmo Jesus, o Filho do homem, precisava experimentar a maldição do pecado, que é a morte física. Os Evangelhos revelam, contudo, que um mundo amaldiçoado pelo pecado e por forças demoníacas não Lhe quis conceder a dignidade de uma morte natural. Como um ímã, a vida justa de Cristo atraiu a plena força do pecado e do mal, resultando em Sua morte brutal. Ele foi crucificado, não por Deus, mas por homens maus e demônios (Mt 27:15-26)! O pecado é um ataque a Deus, a Sua família e a Seu reino.

Portanto, como o segundo Adão, Cristo sofreu a primeira morte, que é o resultado natural do pecado. A separação de Deus leva a essa primeira morte e a separação eterna leva à morte eterna – a segunda morte. Quando Cristo clamou da cruz: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mt 27:46), Ele começou a experimentar o horror da segunda morte – a eterna separação de Deus.

A segunda morte (1Co 15:3). A morte física brutal do Filho de Deus, embora exerça influência salvadora sobre a humanidade, não é o que nos salva da morte eterna. O principal salário do pecado é a morte da qual não há retorno. É a aniquilação total e eterna. A boa notícia é que Deus amou tanto o mundo que Cristo Se tornou o Cordeiro morto desde a fundação do mundo (Gn 3:15; Ap 13:8). Deus prometeu à humanidade que Cristo Se tornaria o substituto dos seres humanos e experimentaria a segunda morte (1Co 15:3; Ap 21:8). Em favor de todos os pecadores Ele entraria na região sem volta, a região da não-existência. Mas porque só Deus tem vida não-emprestada, não-derivada e original, porque Ele é a fonte da vida, Ele pode existir onde ninguém mais pode. Só Deus pode existir na região da segunda morte, sair dela e voltar ao universo criado. E isso Ele fez por você e por mim (Rm 5:6, 8; 1Co 15:3; 2Co 5:15; 1Ts 5:10).

O significado da morte de Cristo (Gl 6:14). A morte de Cristo significa vida abundante e eterna para qualquer pessoa que tenha fé em Deus através de Seu Filho, e que esteja disposta a morrer para o eu a fim de viver para Deus. Não compreendemos a dor e o sofrimento que Cristo experimentou ao morrer a segunda morte por nós, mas podemos ser eternamente gratos a Deus, pois Ele estava em Cristo unindo novamente o mundo a Si (2Co 5:18-21). Louvamos a Deus porque, pela tripla morte de Cristo, temos a oportunidade de viver. Com Paulo, exclamamos: "Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo" (Gl 6:14).
Pense nisto

1. O que podemos fazer a fim de experimentar a morte para o eu como Cristo fez?
2. Só Deus podia julgar a Cristo e sacrificá-Lo como nosso substituto. O que então a crucifixão nos diz sobre julgarmos a Deus?
3. O que você acha que Cristo experimentou quando passou pela segunda morte?

Elliott A. Williams | Hertfordshire, Inglaterra

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - 02/06/2008 a 06/06/2008

Segunda, 2 de junho

Evidência
Morrendo para viver

3. Recapitule os eventos terríveis da paixão, relendo as passagens a seguir: Mt 27:27-31, 45-54; Mc 15:21-32; Jo 19:28-30. Como você se sente ao ler esses relatos?

Em 24 de novembro de 2005, o professor Roger Williams se colocou em pé fora do Hospital Cromwell, em Londres, e leu o boletim médico: "O Sr. Best está chegando ao fim da longa estrada de sua doença. ... Tenho de dizer-lhes que suas horas estão contadas agora e que isto contraria a todos nós que cuidamos do Sr. Best."1 No dia seguinte George Best morreu aos 59 anos de "falência múltipla dos órgãos".

Em 8 de outubro de 2005, a mídia relatou: "O número de mortos no grande terremoto de 7.6 graus de magnitude próximo à fronteira entre a Índia e o Paquistão subiu para mais de 2 mil". Sabe-se que cerca de 30 mil pessoas morrem de malária – uma doença evitável – a cada dia na África. A ex-primeira ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, disse sobre o presidente Reagan por ocasião de sua morte: "Sentirão falta dele não só aqueles que o conheceram, e não apenas a nação que ele serviu com tanto orgulho e amou tão profundamente, mas também milhões de homens e mulheres que vivem em liberdade hoje por causa das políticas que ele seguiu."

Quer morramos de forma bela, de forma trágica, ou por causa de nossos hábitos de vida, de alguma forma morremos. A morte é um processo natural. Nossos cem trilhões de células corporais estão programados para morrer. Cada dia, mais de cem bilhões delas se dividem, formando novas células para substituir os bilhões que morreram. Cada um de nós começa a morrer no momento em que é concebido.

Nossa reação à morte reflete a situação da morte. O fator celebridade de George Best foi o enfoque da reação do povo britânico, muito embora seu estilo de vida tenha sido um dos principais fatores que causaram sua morte. A reação do mundo ao falecimento do presidente Reagan foi o reconhecimento de sua contribuição para a humanidade. A trágica realidade de mais de 2 mil mortos no terremoto entre a Índia e o Paquistão invoca nossa simpatia, enquanto que as mais de 30 mil pessoas que morrem diariamente na África de uma doença evitável passam em grande parte despercebidas. Contudo, todas essas mortes representam uma separação entre nós e nossos entes queridos.

Deus nos preparou para essa separação quando lembrou à geração imediatamente posterior ao Dilúvio que seu tempo de vida fora limitado (Gn 6:3). Mas o selo inicial da morte foi quando a serpente disse a Eva: "Pegue e coma" (Gn 3:1-6).

Deus não criou o mundo para que o mal triunfasse, e é aí que Jesus entra. Na Última Ceia, Ele também disse: "Peguem e comam" (Mt 26:26), oferecendo-nos um caminho, não para escapar à morte do pecado, mas para aceitar a vida eterna através de Sua morte na cruz.

Sim, nossas células são programadas para morrer, mas se pegarmos e comermos o que Jesus nos oferece, nossas células serão reprogramadas para viver. Não mais haverá separação. Não mais haverá morte.

Albert A. C. Waite | Riseley, Inglaterra

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domingo, 1 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - 01/06/2008 a 06/06/2008

"Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para salvar muita gente" (Mc 10:45).

Prévia da semana: Foi de Sua livre vontade que o Salvador deu a vida pelos pecadores. Ele veio a fim de salvar todos os que viessem a Ele em fé.

Leitura adicional: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 74-86 (p. 685-828)

Domingo, 1º de junho

Introdução
Escolhendo morrer

1. Que mensagem deu Simeão a respeito de Jesus? O que significa essa mensagem? Lc 2:25-35

2. O que disse Jesus sobre Sua própria morte? Era algo que tinha que acontecer? Mt 16:21; Mc 10:45; Lc 18:31-33

A nota constante aqui é que Jesus nasceu para morrer; Sua morte não foi um acidente. Tinha que acontecer. Por quê?

Ao longo dos séculos, as pessoas têm estado dispostas a se tornar mártires por uma causa. Joana D’Arc foi uma heroína nacional da França e é uma santa católica. Aos 19 anos foi queimada numa estaca após lutar contra o domínio inglês da França no século 15. Enquanto as chamas ardiam ao seu redor, diz-se que ela falou: "Tudo o que eu fiz foi por ordem de Deus."1

Quando pensamos nos mártires hoje, geralmente pensamos em terroristas e homens-bomba, e na devastação que eles causam ao bem-estar de um país e às vidas das pessoas. O que motiva a decisão deles de se tornarem mártires?

Alguns cientistas sociais sugerem que esses mártires estão "sofrendo" de desordens de reconhecimento. Todos temos um desejo inerente de ser reconhecidos por outros. Tal reconhecimento nos confere nossa identidade e nos ajuda a compreender quem somos. Contudo, quando uma pessoa consistentemente crê que não está sendo adequadamente reconhecida de maneira afirmativa, essa pessoa pode se tornar a próxima manchete de um noticiário.2

Quando Jesus clamou: "Está consumado" (Jo 19:30), concluiu um profundo ato de martírio, que começou desde o momento em que Ele compreendeu Sua missão na Terra. As razões por trás de Sua morte não podem ser plenamente explicadas ou compreendidas sem uma estrutura científica social racionalista, porque Seu martírio foi um misterioso ato de amor que afeta a vida de todo ser humano que já viveu ou viverá. Isaías 53:5 diz que Suas feridas, chagas, castigos e pisaduras possibilitam nossa cura completa.

Muitas vezes deixamos de nos concentrarmos realmente na paixão que levou Jesus a Se sacrificar por nós. E porque é uma paixão divina, ela desafia explicações sociais e, portanto, não podemos compreendê-la plenamente. Não obstante, devemos aceitar esse dom de vida e torná-lo o enfoque de nosso estudo e meditação. Nesta semana, agarremos a oportunidade de apreender pessoalmente as razões pelas quais Ele escolheu morrer por você e por mim.

1. Citações Notáveis de Santa Joana. Extraído em 7 de março de 2007 de http://www.stjoan-center.com/quotable/

2. Robert Fuller, "Recognition Disorders: The Hidden Syndrome Behind Martyrdom". Extraído em 7 de março de 2007 de http://www.dignitarians.org/recognition.html

Val Bernard | Binfield, Inglaterra

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