terça-feira, 3 de junho de 2008

O Significado de Sua Morte - 03/06/2006 a 06/06/2006

Terça, 3 de junho

Exposição
A tripla morte de Cristo

4. Como Paulo considerava a morte de Jesus? 1Co 2:2; 15:3; Gl 6:14

Os escritores do Novo Testamento usaram uma variedade de imagens ou metáforas na tentativa de expressar a obra divina de salvação em Cristo. Vamos examinar algumas:
1. O conceito de sacrifício, oferta, substituto – Efésios 5:2: Cristo "Se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus" (NVI).
2. O conceito de resgate – Mateus 20:28 (compare Mc 10:45): Jesus veio para "dar a Sua vida em resgate por muitos". (Aqui, "muitos", incidentalmente, significa "todos".)

Cristo nasceu para viver e morrer pela humanidade. Ele carregou Sua cruz da manjedoura ao Calvário. Sua morte demonstrou a necessidade da tripla morte que o pecado trouxe à humanidade: a morte para o eu, a primeira morte e a segunda morte.

Morte para o eu (Hb 2:17). Quando Adão e Eva comeram o fruto proibido, colocaram o eu, o desejo e a razão humana acima dos claros desejos de Seu amorável Criador. A vida de Cristo demonstra o significado de uma morte diária para o eu. Ele nunca colocou Suas preferências, desejos ou capacidade de raciocínio pessoais acima da vontade de Deus. O moto de Sua vida era: "Me convém tratar dos negócios de Meu Pai" (Lc 2:49, ARC).

Quando confrontado com a morte, Ele exclamou: "Não seja o que Eu quero, e sim o que Tu queres" (Mc 14:36). Quando alguns gregos Lhe perguntaram quanto ao caminho da vida eterna, Sua resposta para eles foi: "Se um grão de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão" (Jo 12:24; Rm 6:5-10). A vida de Cristo ensina que, a fim de realmente vivermos, precisamos primeiro morrer, e depois morrer diariamente. Verdadeiramente somos salvos por Sua vida (Rm 5:10), pois Sua vida é um perfeito exemplo de como viver e como morrer.

A primeira morte (Mt 27:45, 46). A primeira morte é conseqüência natural da separação de Deus, a fonte de vida. O pecado causa decadência e morte. Envenena nossa mente contra a santidade e justiça de Deus; e nos torna inimigos de tudo que é de Deus (Rm 5:10; 8:7; Cl 1:21). A história da humanidade e a vida de Cristo demonstram que, se fosse possível, o pecado e os pecadores, destruiriam a Deus e os princípios de Seu reino. Mas as portas do inferno não prevalecerão contra o Seu reino (Mt 16:18).

O pecado faz com que nosso corpo morra desde o momento em que somos concebidos. Prosseguimos do nascimento à idade adulta só para morrer. Esse mundo caído nos ensina que o salário do pecado é verdadeiramente a morte. Não pode haver vida à parte de Deus. Mesmo Jesus, o Filho do homem, precisava experimentar a maldição do pecado, que é a morte física. Os Evangelhos revelam, contudo, que um mundo amaldiçoado pelo pecado e por forças demoníacas não Lhe quis conceder a dignidade de uma morte natural. Como um ímã, a vida justa de Cristo atraiu a plena força do pecado e do mal, resultando em Sua morte brutal. Ele foi crucificado, não por Deus, mas por homens maus e demônios (Mt 27:15-26)! O pecado é um ataque a Deus, a Sua família e a Seu reino.

Portanto, como o segundo Adão, Cristo sofreu a primeira morte, que é o resultado natural do pecado. A separação de Deus leva a essa primeira morte e a separação eterna leva à morte eterna – a segunda morte. Quando Cristo clamou da cruz: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mt 27:46), Ele começou a experimentar o horror da segunda morte – a eterna separação de Deus.

A segunda morte (1Co 15:3). A morte física brutal do Filho de Deus, embora exerça influência salvadora sobre a humanidade, não é o que nos salva da morte eterna. O principal salário do pecado é a morte da qual não há retorno. É a aniquilação total e eterna. A boa notícia é que Deus amou tanto o mundo que Cristo Se tornou o Cordeiro morto desde a fundação do mundo (Gn 3:15; Ap 13:8). Deus prometeu à humanidade que Cristo Se tornaria o substituto dos seres humanos e experimentaria a segunda morte (1Co 15:3; Ap 21:8). Em favor de todos os pecadores Ele entraria na região sem volta, a região da não-existência. Mas porque só Deus tem vida não-emprestada, não-derivada e original, porque Ele é a fonte da vida, Ele pode existir onde ninguém mais pode. Só Deus pode existir na região da segunda morte, sair dela e voltar ao universo criado. E isso Ele fez por você e por mim (Rm 5:6, 8; 1Co 15:3; 2Co 5:15; 1Ts 5:10).

O significado da morte de Cristo (Gl 6:14). A morte de Cristo significa vida abundante e eterna para qualquer pessoa que tenha fé em Deus através de Seu Filho, e que esteja disposta a morrer para o eu a fim de viver para Deus. Não compreendemos a dor e o sofrimento que Cristo experimentou ao morrer a segunda morte por nós, mas podemos ser eternamente gratos a Deus, pois Ele estava em Cristo unindo novamente o mundo a Si (2Co 5:18-21). Louvamos a Deus porque, pela tripla morte de Cristo, temos a oportunidade de viver. Com Paulo, exclamamos: "Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo" (Gl 6:14).
Pense nisto

1. O que podemos fazer a fim de experimentar a morte para o eu como Cristo fez?
2. Só Deus podia julgar a Cristo e sacrificá-Lo como nosso substituto. O que então a crucifixão nos diz sobre julgarmos a Deus?
3. O que você acha que Cristo experimentou quando passou pela segunda morte?

Elliott A. Williams | Hertfordshire, Inglaterra

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