sábado, 18 de outubro de 2008

A Expiação e a Iniciativa Divina - 19/10/2008 a 25/10/2008

A Expiação e a Iniciativa Divina



“E nos revelou o mistério de Sua vontade, de acordo com o Seu bom propósito que Ele estabeleceu e, Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1:9, 10, NVI).
Prévia da semana: Não precisamos entender perfeitamente a escolha de Deus de nos salvar. Ele só quer que aceitemos e creiamos que Ele proveu uma saída. Simplesmente precisamos decidir aceitá-Lo.

Domingo

Introdução Morrer para o eu

1. O que levou Deus a preparar a salvação para nós por meio de Jesus? Rm 5:6-8

2. Como Paulo diz que somos salvos? Que papel tem a lei na solução do problema do pecado? Rm 3:19-22

Por causa do pecado, é impossível aos seres humanos, pela obediência à lei, restaurar sua relação original com Deus (veja Rm 8:3; Gl 3:21). A lei não poderia nos salvar, assim como seria impossível devolver a vida a um cadáver empanturrando-o de alimento. Se algo fosse acontecer, o próprio Deus teria que tomar a iniciativa. E Ele o fez – pela revelação de Sua justiça, revelada em Jesus na cruz.

Você já morreu para o eu? Cristo em Seu ministério fez o sacrifício supremo. Ele deu o exemplo que devíamos estar dispostos a seguir. Na seguinte história, vemos um homem que escolheu demonstrar seu amor pelas pessoas ao seu redor.

Na década de 1990, um sacerdote católico se mudou para uma nova paróquia na parte sul das Filipinas. Antes de chegar lá, o padre Giancarlo Bossi foi advertido de que estaria em grave perigo, porque havia vários muçulmanos que desaprovavam todas as religiões cristãs.

Contudo, o sacerdote de 57 anos fez o que achava que Jesus teria feito. Apesar do perigo, mudou-se para aquela região e partilhou as dificuldades da vida com seus paroquianos, bem como com seus vizinhos muçulmanos.

Parecia ao sacerdote que, no geral, os cristãos e muçulmanos daquela área estivessem convivendo bem. Então, em 10 de junho de 2007, o padre Bossi foi seqüestrado por alguns dos extremistas. Durante semanas, ninguém soube quem o havia capturado. Finalmente, o grupo militante MILF (Frente Moura de Libertação Islâmica) liberou fotos do missionário desaparecido.

Foi com sentimentos mistos que os paroquianos e o restante do país viram as fotos de Bossi no jornal. Por um lado, as pessoas sabiam que seu sacerdote estava, pelo menos, vivo. Por outro lado, conheciam a reputação brutal do MILF.

Finalmente, o governo decidiu enviar soldados do exército ao interior da selva para encontrar o cativo e libertá-lo. Portanto, um mês após seu seqüestro, a marinha filipina tomou de assalto a floresta onde achavam que ele estava sendo mantido cativo. Na altercação que se seguiu, um rebelde do MILF foi morto. Mas 14 soldados da marinha também foram mortos, dez deles decapitados.

O que aconteceria ao sacerdote agora? Duas semanas se passaram. Então, finalmente, cerca de um mês e meio após seu seqüestro, um ex-prefeito da província de Basilan negociou com o MILF a libertação do prisioneiro. O prisioneiro foi libertado, até sem resgate.

O que levou Bossi a se arriscar tanto foi o amor por suas “ovelhas”. Agora pense no que o amor de Jesus O motivou a fazer. E corresponda a esse amor.

Ron Reese | Canton, EUA

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Queda em Pecado - Resumo Semanal - 18/10/2008 a 18/10/2008

A QUEDA EM PECADO

RESUMO SEMANAL - 12/10/2008 a 18/10/2008

Pr. João Antonio Alves
Professor de Teologia do IAENE


Apesar da forma concisa com que se expressam algumas verdades relativas às primeiras experiências de Adão e Eva, os primeiros capítulos do livro de Gênesis revelam que lhes estava proposta uma existência feliz, como guardadores do Éden. Nesse “jardim do palácio real” (trad. literal de “paraíso”) eles serviriam a Deus (Gn 2:15) e desfrutariam de íntima comunhão com o Criador (Gn 3:8). A vida se estenderia diante deles, infinita, sendo sustentada pela intimidade com Deus, revelada no ato de comer do fruto da árvore da vida (Gn 2:9; 3:22). Aqui eles desfrutavam de verdadeira liberdade, de paz, harmonia, companheirismo, e todos aqueles anseios que hoje dominam o coração de quem almeja uma existência verdadeiramente feliz.

Tragicamente, essa experiência não durou muito. A introdução de um princípio antagônico à vontade de Deus, teologicamente denominado “pecado”, trouxe um fim a essa existência paradisíaca. A “queda em pecado” revela que, em vez de continuar no caminho proposto por Deus, o homem adotou uma trajetória oposta, sendo rebaixado daquele alto nível de existência, santa e feliz, para outro de decadência moral e espiritual, cujo destino inexorável é a morte.

Embora trágico em suas conseqüências, a intervenção misericordiosa de Deus impediu que tal episódio se tornasse desesperador. É no contexto da perda de seu estado de inocência e santidade que nossos primeiros pais ouviram a promessa da expiação por meio de Cristo. Quando compreendemos o que foi perdido no Éden, o que éramos, o que poderíamos ter sido mediante a comunhão íntima com o Criador e o que somos hoje, como conseqüência do pecado, entendemos um pouco de nossa total dependência da obra de Cristo em nosso favor. Neste ponto, será possível apreciar a obra do Calvário e aceitar a oferta de salvação que o Céu nos oferece gratuitamente na pessoa de Jesus.

Rebelião no Jardim

Como vimos anteriormente nesta série, no Céu houve uma rebelião contra Deus e Seu governo, conduzida por Lúcifer. Como resultado, Satanás e seus seguidores foram expulsos e atirados para a Terra (Ap 12:10-12). Aqui, ele deu seqüência a sua rebelião, induzindo Adão e Eva a se rebelarem contra o Criador. Desta forma, o pecado, no que diz respeito ao ser humano, originou-se de um ato de rebelião, embora a palavra “rebelião” não seja usada em Gênesis 1–3 para descrever o pecado de Adão e Eva. Pelo fato de ter sido uma decisão pessoal contra a pessoa e autoridade de Deus, somente se pode classificar o pecado como um ato de rebelião.

Comer do fruto proibido foi um ato da vontade humana, executado responsavelmente. A ordem recebida era muito clara e não permitia alegações de que não fora corretamente compreendida: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). Não há qualquer dúvida da parte de Deus. Não comer do fruto proibido é vida. Não comer dele é continuar o relacionamento íntimo com Deus, manifesto na obediência a Sua vontade. Comer é morte. É romper o relacionamento com o Criador e iniciar o caminho rumo à morte. Observe: a instrução de Deus tem como objetivo a manutenção da vida, enquanto a sugestão de Satanás conduz à morte. No que corresponde a decisões éticas, a lição que se extrai da experiência de Adão e Eva é que a definição do que é certo ou errado não corresponde ao homem (ou Satanás). É da esfera exclusiva de Deus. Ele define o que se deve ou não fazer. Ao homem corresponde aceitar confiantemente as orientações divinas e permanecer no caminho da vida, ou, em um ato consciente, rebelar-se contra o Criador e determinar para si mesmo o caminho a seguir, sem consideração para com a vontade divina.

O conflito permanece basicamente o mesmo em nossos dias. A vontade divina encontra-se revelada em Sua Palavra, e Seus princípios orientam o crente em suas decisões. Este é um ato de fé, de confiança. Por outro lado, Satanás sugere uma ação contrária ao que foi revelado. Inicia-se na contradição: “É certo que não morrereis” (Gn 3:4). Uma contradição flagrante da afirmativa divina. No processo de contradizer a Deus, usou um artifício pelo qual foi também conhecido: a mentira. Disse Jesus: “Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (Jo 8:44). Havia mentira e contradição na insinuação de que Adão e Eva poderiam adquirir algo valioso, que Deus conhecia, mas não desejava que o homem possuísse.

Na verdade, Deus desejava reter do homem alguma coisa, mas não aquilo que Satanás insinuou. Nas palavras de Ellen G. White, “era a vontade de Deus que Adão e Eva não conhecessem o mal. A ciência do bem lhes havia sido dada livremente; mas o conhecimento do mal – o pecado e seus resultados, o trabalho fatigante, os cuidados, as decepções e a aflição, a dor e a morte – foi-lhes amorosamente vedado” (Educação, 23).

Como conseqüência de atender a sugestão do tentador, de crer na mentira, de aceitar o contraditório, nossos primeiros pais realmente experimentaram algo diferente. Mas não foi aquilo que Satanás sugerira. Obtiveram um conhecimento, é verdade, mas não um conhecimento que lhes trouxesse algo de bom. Perceberam que estavam nus (Gn 3:7). O verbo “perceber”, usado neste verso, no original hebraico, é o mesmo usado pela serpente para o conhecimento do bem e do mal.

Além da percepção de sua nudez diante do Criador, Adão e Eva se esconderam da presença do Senhor. Não suportar estar na presença de Deus é uma terrível conseqüência introduzida pela experiência do pecado. Tal atitude aponta para a profunda transformação ocorrida no homem. Os sentimentos anteriores de amizade e alegria, motivados pela aproximação de Deus, se transformaram em medo e desejo de se ocultar da face do Criador. Conforme expressou o profeta Isaías, o pecado faz separação entre o homem e Deus (Is 59:2). Por isto, o ser humano passou a ocultar-se de Deus, a sentir medo, angústia, desorientação. Desafortunadamente, o homem segue se ocultando de Deus, seja ignorando Sua existência ao tomar as decisões diárias, ou mesmo concebendo a não-existência de Deus tão-somente para evitar um encontro com Ele. A ilusão de se esconder apenas adia um encontro que é inevitável: de acordo com Apocalipse 1:7, em Sua Segunda vinda, todo olho verá a Cristo, em toda a Sua glória. Infelizmente, aquele que se recusa a vê-Lo hoje, enquanto o tempo é oportuno, obrigatoriamente O verá quando será demasiadamente tarde.

A separação também ocorre no nível das relações pessoais, afetadas pela decisão de não seguir a ordem divina. Seu relacionamento interpessoal não mais era harmonioso (Gn 3:12). Esta situação afetou seus descendentes, e culminou na morte de Abel por seu irmão Caim (Gn 4:8-10).

Diante da nova situação criada pelo pecado: inimizade, medo, afastamento de Deus, ocultamento, relações rompidas, falta de união, era necessário um ato de reconciliação. Esse ato poderia ser conduzido somente pelo Senhor, mediante o plano da redenção.

Escravos do pecado

Além das conseqüências discutidas anteriormente, a Bíblia apresenta algumas outras que são importantes para uma compreensão mais plena do assunto. Os pecadores são afetados de maneira poderosa, estando numa situação descrita na Bíblia como de escravidão (2Pe 2:19; Rm 6:16). Segundo Jesus, “Todo o que comete pecado, é escravo do pecado” (Jo 8:34). Jesus expressa a verdade de que o indivíduo dominado pelo pecado manifesta sua subserviência ao mal através de atos pecaminosos. Os atos de pecado são a expressão visível e exterior de um problema interior que afeta nossos pensamentos, desejos, emoções, vontade e ações. Esta corrupção interior é a propensão natural para o pecado, que nos escraviza. Pecamos porque somos pecadores. Somos escravos.

Que desgraça! Satanás acenou com a liberdade, com uma vida superior... O resultado? A mais abjeta servidão. Em vez de servir amorosamente a um Deus misericordioso, o homem se entregou a um algoz implacável, colhendo em si mesmo as conseqüências de sua decisão. Que ninguém se engane: somos servos, ou de Deus, para justiça, ou de Satanás, para o pecado.

De acordo com Paulo, o pecado “reinou” (Rm 5:21). Assim ele descreve seu poder. Um substantivo da mesma família do verbo “reinar” é basileus, que significa “rei”. Nesta metáfora, o pecado é como um rei, e os seres humanos são seus súditos. Aqueles que estão sem Cristo são dominados pelo pecado e obedecem a suas paixões (Rm 6:12).

É necessário estar consciente de que o pecado não é um assunto que se deve considerar levianamente. Na discussão empreendida pelo apóstolo, o pecado é como um “senhor”, um “rei”, que determina cada aspecto da vida de seus escravos. O pecado não é um assunto sobre o qual temos qualquer controle, de forma que em dado momento podemos pecar e em outro, não pecamos. A metáfora é bastante clara: não temos escolha, somos escravos. O pecado é o senhor que nos governa, e não o contrário.

Significa isto que o ser humano está perdido? Vendido à escravidão do pecado? Não há saída? Não há solução?

Na verdade, existe uma solução. Jesus disse que o Filho do homem, ou seja, Ele mesmo, veio para “dar a Sua vida em resgate [gr. lytron] por muitos” (Mt 20:28). A palavra resgate, no original, representa o pagamento que se faz para redimir, ou libertar, um escravo. Este não pode se libertar a si mesmo. É necessário que alguém compre sua liberdade. Foi exatamente isto que Jesus fez. Ele oferece a verdadeira liberdade para todo o que confiar nEle. “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36). O preço foi extremamente elevado. O sangue de Jesus é o preço da liberdade. Por isto o assunto é tão sério. Não se deve brincar com o pecado. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23).

Ninguém brinca com a morte. Então, não brinquemos com o pecado. Aceitemos o dom da vida eterna em Jesus, e abandonemos as paixões pecaminosas nas quais andamos um dia. Confiemos nas palavras do apóstolo, de que aqueles que foram alcançados pela graça de Cristo não serão dominados pelo pecado (Rm 6:14).

Morte espiritual

O apóstolo Paulo desenvolve seu argumento com respeito à seriedade do pecado, mostrando sua universalidade e profundidade. Assim, o apóstolo não deixa ninguém de fora. Primeiramente, Paulo apresenta um quadro do mundo pagão, que estava sob a condenação de Deus. Naturalmente, o judeu concordava com os argumentos do apóstolo. Mas ele não imaginava que Paulo também tinha reservado algumas palavras muito duras em relação ao povo da aliança. Em síntese, a mesma condenação impendente sobre o gentio pendia também sobre o judeu. Não há ninguém com privilégios especiais neste assunto. O judeu não será julgado com base em sua herança racial, mas pela espécie de vida que ele vive.

A pedra fundamental da doutrina paulina da redenção é a declaração de que judeus e gentios “estão debaixo do pecado”. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23). Somente depois desta conclusão, Paulo começa a formular uma doutrina adequada da salvação. Nos capítulos seguintes, o apóstolo amplia a idéia da forma com que Deus soluciona o problema do pecado na vida dos seres humanos mediante a justificação e santificação.

A morte espiritual está vinculada com a morte física (que veremos posteriormente), mas é diferente dela. A morte espiritual é a total separação de Deus. Na presença de Deus, que é totalmente santo, o pecador não pode viver. Desta forma, o pecado funciona como uma barreira entre o homem e Deus, e resulta em juízo e condenação. Foi exatamente o que ocorreu com Adão e Eva: em razão de seu pecado, foram julgados, expulsos do Éden e condenados a colher em sua existência os frutos de sua própria rebelião. Embora não experimentassem imediatamente a morte física, esta viria com toda a certeza. Na verdade, no registro genealógico de Gênesis 5 encontramos três verbos vinculados aos personagens ali apresentados: “viveu”, “gerou” e “morreu”. Assim termina, com infalível e triste certeza: “morreu”. A exceção está em Enoque, que andou com Deus e não morreu. Segundo Hebreus 11, esse andar com Deus significa um relacionamento de fé, ou seja, reparar o relacionamento que se havia rompido pela fé no Filho de Deus.

Voltando à experiência inicial de Adão e Eva, sua rebelião resultou em morte espiritual, ou seja, a separação entre eles e Deus. Isto está bem simbolizado em sua vã tentativa de se esconder de Deus, por causa da culpa. A Bíblia se refere freqüentemente àqueles que estão mortos em seus “delitos e pecados” (Ef 2:1). Isto significa que, ao menos, sua sensibilidade às questões espirituais e sua capacidade de agir e responder espiritualmente, de fazer boas coisas, está ausente ou prejudicada.

É aqui que a graça de Cristo, alcançando o pecador arrependido, transforma sua vida. Embora a morte física finalmente seja o quinhão de todos, a regeneração espiritual mediante Jesus Cristo – “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:19,20) – produz um novo ser humano, espiritualmente vivo, sensível à voz do Espírito de Deus, com uma esperança que transcende a morte e alcança a eternidade, com base nas promessas divinas. O maravilhoso da mensagem do Evangelho é que, não importa quão longe alguém tenha experimentado o poder do pecado em sua vida, o poder de Jesus para salvar é muito maior. Não importa o tipo de pecado ou de pecador, é suficiente crer no Senhor Jesus (At 16:31), arrepender-se e ser batizado (At 2:38), converter-se (At 3:19), evidenciando na vida que se tornou uma nova criatura pelo poder da graça de Deus.

Morte física e eterna

Se, no princípio, o homem se encontrava no caminho da vida, agora, por seu pecado, encontra-se no caminho da morte. Morte e pecado caminham juntos. Como disse o apóstolo Paulo, “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Além da morte espiritual, aqui se incluem a morte física e eterna dos pecadores. Nestes dias de consciência ecológica, em que tanto se fala de preservação ambiental, de espécies ameaçadas de extinção, a revelação bíblica nos relembra de que a raça humana deve ser incluída na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Esta terrível ameaça, qual espada de Dâmocles, encontra-se sobre cada ser humano. Todos experimentam dores, sofrimentos, angústias, enfermidades e, finalmente, a morte, pelo fato de viver em um mundo condenado à aniquilação. Tudo isto sobreveio como resultado do pecado.

A morte eterna é uma extensão e finalização da morte espiritual. Se alguém, ao morrer fisicamente, estiver também espiritualmente morto, separado de Deus, por não ter aceito o dom de Deus em Cristo, essa condição se tornará permanente. Nas palavras do Apocalipse, esta é a segunda morte (Ap 20:14), a morte eterna, a extinção final e completa de alguém que, por escolha voluntária e consciente, decidiu rejeitar o plano divino para sua salvação. “E se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20:15).

Entretanto, diferente de alguns filósofos, o cristão não concorda com aquele que diz que o homem é um “ser para a morte”. Ao contrário, apesar de tudo, o homem foi criado para a vida. E a vida, apesar da presença ameaçadora da morte, ainda é o alvo e esperança de todo ser humano, pois este é o objetivo de sua criação. Aquele que morrer em Cristo superará a morte física: “Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25). De acordo com o Apocalipse, quem tiver parte na primeira ressurreição será “bem-aventurado e santo” (Ap 20:6). Este é o nosso objetivo. A bem-aventurança prometida por Jesus, a vida eterna. Cristo veio para que tenhamos vida, e vida em abundância (Jo 10:10). A vida eterna começa neste mundo, ao aceitarmos a oferta do Salvador: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu único Filho, para que todo o que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). O que você está esperando? O Salvador está à sua espera. Tome sua decisão agora. Entregue a vida a Jesus. Ele perdoará seus pecados, transformará sua vida, fará de você uma nova criatura. Sua vida será iluminada pela certeza de que, no fim, a vida eterna é a sua herança. Que Deus bendiga sua decisão!

A reação de Deus ao pecado do homem

Conforme vimos, Deus colocou o homem em um ambiente apropriado à vida, deu-lhe uma ordem específica para manter sua vida (“Não comereis da árvore da ciência do bem e do mal”), etc. Lamentavelmente, por sua própria decisão, o homem abandonou o caminho da vida e iniciou sua marcha descendente, cujo destino, se deixado a sós, seria a morte. Embora o homem tivesse que assumir a responsabilidade por sua rebelião, Deus não realizaria um rito sumário, executando imediatamente a sentença de morte sobre Adão e Eva. Ainda que a morte viesse por fim, uma nota de esperança seria introduzida na sua existência: a vida eterna estava disponível, mediante uma provisão da graça divina.

É interessante, contudo, verificar como Deus lidou com o pecado de Adão e Eva. Deve ser destacado que Deus conduziu um processo judicial (Gn 3:9-13). Em primeiro lugar, temos uma investigação que se evidencia nas perguntas apresentadas ao casal: “Onde estás?” “Quem te fez saber?” “Comeste da árvore?” “Quem te fez saber?” Somente depois de realizada a investigação foi que Deus anunciou o veredito. Uma pergunta: Se Deus é onisciente, por que necessitaria realizar uma investigação dos fatos? Concordamos com a afirmação de Claus Westerman, de que “o propósito da cena de julgamento foi tornar claro ao homem e à mulher o que eles fizeram” (Gn 1-11: A Commentary [Minneapolis, MN: Fortress, 1984], 254). As questões apresentadas por Deus não deveriam ser interpretadas como se Deus fosse ignorante acerca do ocorrido, mas que “o propósito do interrogatório foi somente” forçar o homem “a fazer uma completa confissão” (Umberto Cassuto, A Commentary on the Book of Genesis [Jerusalem: Magnes Press, 1961], 157).

Conclusão

Como resultado do primeiro juízo conduzido por Deus no Éden, o homem perdeu o direito de permanecer no Paraíso e ter acesso à árvore da vida. É através de outro juízo (o juízo investigativo pré-advento) que o homem receberá de Deus o direito de entrar no Paraíso celestial e ter acesso à árvore da vida (Ap 22).

Assim, a expulsão original do Éden, não é permanente. Embora o homem tenha sido rebelde, não era este o plano original de Deus. O pecado não pode habitar na presença de um Deus santo. O pecado é uma nota dissonante no Universo harmônico de Deus. Mas Deus pretende restaurar esta harmonia, primeiro em um nível pessoal e, depois, em um nível universal. Pessoalmente, devo hoje tomar a decisão de orientar toda a minha vida segundo a vontade expressa de Deus.
Talvez não me pareça a melhor coisa. Talvez não entenda completamente a razão para fazer isto ou não fazer aquilo. Talvez não veja a “lógica” por trás de alguma exigência divina. Mas Deus já deu a maior prova de que Ele é digno de confiança e de que conduz Sua relação conosco fundamentado no profundo amor manifestado na cruz do Calvário. O tentador pode insinuar que Deus é egoísta, que deseja nos impedir de viver uma vida mais rica, mais emocionante, etc. Pode sugerir que uma vida sem Deus é mais gratificante, plena, ou qualquer outro argumento que talvez tenhamos ouvido em nossa experiência. Mas o fim da história todos sabemos: a vida eterna pertence àqueles que ouvirem Sua voz de amor, se renderem a Jesus e orientarem a vida por Sua Palavra. A estes será dado o privilégio de entrar no paraíso restaurado e comer do fruto da árvore da vida.

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A Queda em Pecado - 17/10/2008 a 18/10/2008

Sexta

Opinião
Liberdade de escolha versus pecado


“Nossos primeiros pais não foram deixados sem avisos do perigo que os ameaçava. Mensageiros celestiais expuseram-lhes a história da queda de Satanás, e suas tramas para sua destruição. ... Foi pela desobediência às justas ordens de Deus que Satanás e seu exército caíram. Quão importante, pois, que Adão e Eva honrassem aquela lei pela qual somente é possível manter-se a ordem e a eqüidade!” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas,p. 52).

Satanás prometeu que, após comerem o fruto proibido, Adão e Eva não só continuariam a viver, mas seriam como deuses. Ele lhes prometeu o paraíso após o pecado. Assim, Satanás os levou a crer que eles teriam uma vida melhor ao desobedecer à lei de Deus. Contudo, ele próprio tinha sido expulso do Céu porque desejou ser como Deus. Agora, sabemos que ele foi um mentiroso desde o princípio (Jo 8:44).

Deus disse a Adão que, como resultado de sua desobediência, ele teria que trabalhar duro para comer (Gn 3:19). Em certo sentido, isso foi uma bênção, pois o trabalho manteria corpo e mente ocupados e fora de problemas. Além disso, a morte também entrou no mundo. Gênesis 4 fala sobre Abel, que foi morto não por Satanás, mas por Caim sob a influência de Satanás. Um povo rebelde proveio de Caim. Tão rebelde, que Deus teve que destruir Sua criação com um dilúvio mundial (Gn 6:7).

Por causa de Seu grande amor, Deus enviou uma advertência através de Noé antes do dilúvio. Depois dele, os seres humanos começaram a construir a Torre de Babel a fim de escapar a outro dilúvio mundial, muito embora Deus tivesse dado o arco-íris como sinal de que não faria isso novamente (Gn 9:11-16). Portanto, podemos concluir que eles estavam se preparando para pecar novamente.

À medida que as gerações passam, os seres humanos têm-se tornado cada vez mais pecaminosos. Paulo nos esclarece, em 2 Timóteo 3:1-9, a condição do mundo nos últimos dias. Então, por que Deus nos criou com liberdade de escolha? Por que é importante que O escolhamos em vez de escolhermos Satanás? Por que não estaríamos em condição melhor se fôssemos simplesmente marionetes?

Dicas
1. Faça uma lista de maneiras por meio das quais as pessoas tentam resolver seus problemas à parte de Deus.
2. Leia um dos evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas ou João) e sublinhe passagens que falem da solução de Deus para o problema do pecado.
3. Pondere como e por que Adão e Eva foram enganados. Que truques retóricos a “serpente” aplicou neles? Que apelos “ela” fez nesses truques, e que verdades “ela” distorceu?
4. Plante novas flores num lugar estéril de seu quintal para se lembrar de que Deus deseja nos redimir e recriar.
5. Partilhe seu testemunho de como Deus o(a) tem abençoado, apesar de tudo tentar levar você para baixo.

Shandukani Mudziwa | Cidade do Cabo, África do Sul

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A Queda em Pecado - 16/10/2008 a 18/10/2008

Quinta

Aplicação
A solução perfeita


6. Como o Senhor Se aproximou de Adão e Eva depois do pecado? Qual era o propósito das perguntas que Ele lhes fez? Gn 3:8-13

7. Qual é a reação de Deus diante do pecado? Ef 5:6. Como devemos entender a idéia da ira de Deus?

Devemos manter em mente várias coisas quando falamos da ira de Deus. Primeiro, a nossa ira é freqüentemente irracional e prejudicial. A ira de Deus não é afetada pelo pecado e seu principal objetivo é curar (Hb 12:6; Ap 20:15–21:1). Segundo, a ira de Deus contra o pecado humano testemunha que Ele nos leva a sério, que não nos ignora – mesmo quando nos rebelamos. O ato de ignorar as pessoas pode revelar desrespeito, até desinteresse. Ele reage ao nosso pecado, e assim fazendo, Deus nos diz que somos importantes para Ele. Terceiro, a ira não é um atributo permanente de Deus, mas Sua reação à presença irracional do pecado e do mal. Existe sempre uma razão para ela; o pecado provoca Sua ira (Dt 4:24, 25). Então, essa reação é momentânea, enquanto Seu amor dura para sempre (Is 54:8).
Algo em nosso coração clama por reconciliação com Deus sem tentarmos escapar da realidade de nossa condição pecaminosa. Felizmente, a Bíblia tem a solução perfeita para esse problema. O plano da salvação incorpora tanto a realidade crua de nossos pecados e da separação de Deus como a esperança de que Ele amorosamente nos chama para vivermos por meio da expiação que Ele fez para o pecado. Se verdadeiramente entendermos mesmo os conceitos básicos que estão por trás do sacrifício de Cristo e aplicarmos esses conceitos a nossa vida de maneira prática, poderemos na verdade passar cada segundo num relacionamento íntimo com Deus que inclui a sólida esperança de nossa salvação final.

Eis aqui algumas sugestões práticas para tornar essa idéia uma realidade em sua vida:

1. Medite diariamente sobre o amor que Deus tem por você pessoalmente. “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
2. Encontre maneiras práticas de aplicar à sua vida o conhecimento desse amor. Faça a você mesmo perguntas como: Se Deus me amou o suficiente para morrer por mim, será que esse pecado que está me causando tanta culpa pode ser grande demais para impedir que Ele me ame intensamente?
3. Quando você chegar a um ponto em que seus pecados o oprimem, escolha pedir perdão, jogar seu pecado e sua culpa sobre Deus e permanecer firme em Suas promessas de esperança. Permita que essa permanência firme seja uma constante condição do coração. “Portanto, cheguemos perto de Deus com um coração sincero e uma fé firme, com a consciência limpa das nossas culpas e com o corpo lavado com água pura. Guardemos firmemente a esperança da fé que professamos, pois podemos confiar que Deus cumprirá as Suas promessas. Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem” (Hb 10:22-24).

Melissa Blackmer | Burtonsville, EUA

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Queda em Pecado - 15/10/2008 a 18/10/2008

Quarta

Evidência
Vida gratuita para todos

5. Como a morte entrou no mundo? O que provocou isso? Qual é a nossa única saída? Rm 5:10-21

A morte e o sofrimento vieram ao mundo como resultado do pecado. Ninguém nascido e criado neste planeta escapa à dor e ao sofrimento. A morte é tão poderosa que, mesmo antes de passarmos por ela, sentimos sua presença pela dor física, emocional e psicológica produzida pela doença, incerteza e medo. Como resultado, a qualidade da vida é debilitada e aparece a depressão. O fenômeno da doença, outro resultado do pecado, é descrito como algo que nos leva “à beira da sepultura”, fazendo-nos ser “contado[s] entre os que descem à cova” (Sl 88:3, 4, NVI). A incursão da morte sobre a existência humana diária é parte do sofrimento diretamente associado ao fenômeno do pecado.

Em sua carta aos romanos, Paulo se refere a si mesmo como apóstolo aos gregos e gentios e discute extensivamente o tópico da justiça pela fé. Talvez ele estivesse procurando salientar aos gregos e gentios que a vida eterna estava disponível por meio de Cristo não só para os judeus, mas para todos os que cressem nEle.

O homem através de quem o pecado entrou no mundo foi Adão (Gênesis 3). A queda de Adão marcou o início da espiral descendente da degeneração moral da humanidade. Desde então, os seres humanos têm herdado, involuntariamente, uma natureza pecaminosa “caída” (Sl 51:5). Ao longo de sucessivas gerações, os seres humanos parecem inventar mais formas de se rebelar contra Deus e Sua lei. O abismo entre o justo Deus e os seres humanos está aumentando a cada geração, à medida que os seres humanos continuam a se separar de seu Criador. Logo após a queda de Adão, seu próprio filho cometeu o primeiro assassinato (Gn 4:8). Os descendentes de Caim tinham total desconsideração pelo Senhor. Pelo tempo de Noé, a impiedade era tanta que Deus Se arrependeu de ter criado os seres humanos e precisou destruí-los (Gn 6, 7). A Terra parecia ter sido purificada, mas só por pouco tempo. A história da destruição de Sodoma e Gomorra devido a sua degeneração é mais uma prova de quão inclinados ao pecado os seres humanos são na realidade.

Hoje em dia, os resultados do pecado são evidentes para onde quer que olhemos. Há abundância de guerras e ameaças de terror. As pessoas se matam umas às outras por drogas; e em alguns países, motoristas irados atiram nos que se interpõem em seu caminho. Daí vem o desesperado clamor de Paulo por livramento, em Romanos 7:24.

Mas Deus tem uma saída. “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Rm 7:25). Cristo é nossa saída da difícil situação do pecado. Leia Romanos 5:6, 8, 19. A morte de Cristo resolveu o problema do pecado para sempre. Quando Ele disse na cruz: “Está consumado” (Mt 19:30), a vitória foi ganha. Agora podemos ser “reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho” (Rm 5:10). O abismo entre nós e Deus foi abolido no Calvário.
Lucille-Nonhlanhla Mlalazi | Cidade do Cabo, África do Sul

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A Queda em Pecado - 14/10/2008 a 18/10/2008

Terça

Testemunho
Fuja do maligno


O pecado prejudicou a vida interior dos seres humanos. Os valores morais e espirituais que governam sobre o Universo de Deus não mais governam o coração humano natural. Os seres humanos sabem que existe algo errado com eles e desejam algo melhor. Às vezes, tentam fazer o que é bom e correto só para descobrir que não podem.

Moral e espiritualmente, a natureza humana é fraca. Os seres humanos não podem resistir ao poder do pecado e, como resultado, onde quer que exista um ser humano existe pecado e maldade. O fenômeno é tão universal que “não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10).

“Se Eva tivesse evitado entrar em argumentação com o tentador, teria estado em segurança; mas arriscou-se a conversar com ele, e caiu vítima de seus enganos. É assim que muitos ainda são vencidos. Duvidam e argumentam com relação aos preceitos de Deus; e, ao invés de obedecerem aos mandados divinos, aceitam teorias humanas, que tão-somente disfarçam as armadilhas de Satanás. ...

“Eva cedeu à tentação; e, por sua influência, Adão foi levado ao pecado. Aceitaram as palavras da serpente, de que Deus não queria dizer o que falara; desconfiaram de seu Criador, e imaginaram que Ele estava a restringir-lhes a liberdade, e que poderiam obter grande sabedoria e exaltação, por transgredir Sua lei.

“Mas como compreendeu Adão, depois de seu pecado, o sentido das palavras: ‘No dia em que dela comeres, certamente morrerás’? Achou que elas significavam, conforme Satanás o tinha levado a crer, que ele deveria ser introduzido em condição mais elevada de existência? Nesse caso haveria, na verdade, grande bem a ganhar pela transgressão, e Satanás se demonstraria um benfeitor da raça. Mas Adão não achou ser este o sentido da sentença divina. Deus declarou que, como pena de seu pecado, o homem voltaria à terra donde fora tirado” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 531, 532).

“Depois que Adão e Eva desobedeceram a Deus, seus olhos se abriram para discernirem a sua loucura” (Ibid., p. 532), mas era tarde demais. A escolha de nossos primeiros pais mergulhou o planeta Terra no pecado; mas “Deus dará a vida eterna às pessoas que perseveram em fazer o bem e buscam a glória, a honra e a vida imortal” (Rm 2:7).

“Ao homem, a obra coroadora da criação, Deus deu o poder de compreender o que Ele requer, a justiça e beneficência de Sua lei, e as santas reivindicações da mesma para com ele; e do homem se exige inabalável obediência” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 52).

“No Juízo, os homens não serão condenados porque conscienciosamente creram na mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a oportunidade de aprender o que é a verdade” (Ibid., p. 55).

As lições e advertências encontradas na Palavra de Deus são dadas para salvar-nos do engano e da destruição. “Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre” (Sl 37:29). “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os Seus servos O servirão” (Ap 22:3).

Teclah P. Khumalo | Pretória, África do Sul

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domingo, 12 de outubro de 2008

A Queda em Pecado - 13/10/2008 a 18/10/2008

Segunda

Exposição
Seres humanos caídos

3. De acordo com 2 Pedro 2:19 e Romanos 6:16, o que o pecado faz aos pecadores?

Na busca de autonomia, Adão e Eva trocaram o senhorio de Deus pelo senhorio escravizante e corruptor de Satanás. O pecado se tornou um poder universal, do qual não poderiam escapar sem ajuda (Rm 5:12).

4. De acordo com Romanos 3:9-18, qual é a verdadeira situação da humanidade sob o reinado do pecado?

A natureza, como também os seres humanos, existe em uma condição corrompida por causa do pecado. Foi necessária a manifestação de um poder externo à existência humana e à própria natureza, com a capacidade de redimir o mundo caído. Isso aconteceu por meio de Cristo.

Desligando-se de Deus (Gn 1–3). Quando Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus, caíram de seu elevado status para uma posição de degradação e corrupção. Sua desobediência teve o mesmo efeito que tentar desafiar a lei da gravidade. Qualquer tentativa de violar essa lei ao pular de um edifício alto está fadada a resultar em graves ferimentos. Ao pecar, portanto, Adão e Eva feriram gravemente a si mesmos e a toda a humanidade.

Sendo o criador da vida, Deus nos deu leis que regulam essa vida. Essas leis, quando obedecidas, criam harmonia e bem-estar. Ele criou os seres humanos para que tivessem íntima comunhão com Ele. Portanto, Deus é uma realidade da qual a vida não pode ser desconectada.

O pecado tem a ver com tentativas de desconectar-se da realidade de Deus. O pecado pode ser definido de várias formas: (1) transgressão da lei de Deus ou iniqüidade (1Jo 3:4); (2) errar o alvo (Rm 3:23); e (3) qualquer “desvio da vontade conhecida de Deus, quer por negligência em fazer o que Ele ordenou especificamente, quer por fazer o que Ele especificamente proibiu”.* Mas, a despeito da maneira como definimos o pecado, ele degrada os seres humanos e os priva de sua dignidade, liberdade e valor dados por Deus. Daí a “queda” em pecado. A Bíblia mostra que os seres humanos estão numa situação sem remédio e que a única saída dessa situação é a expiação de Cristo.

Em Gênesis 1, lemos como Deus criou os céus e a Terra. É significativo que o relato da Criação tenha sido muitas vezes pontuado pela partícula modificadora “bom” (Gn 1:4, 10, 12, 18, 21, 25). Isso nos diz que não havia nada de errado com o que Deus criou.

Além disso, Deus coroou Sua obra ao criar os seres humanos à Sua própria imagem (Gn 1:26, 27). Após criar os seres humanos, Deus declarou que tudo que Ele fez era “muito bom” (Gn 1:31). Os seres humanos são especiais porque são criados à imagem de Deus. Ellen White descreve o ser criado à imagem de Deus como ter individualidade e a “faculdade... de pensar e agir” (Educação, p. 17). Os seres humanos devem refletir essa imagem de Deus vivendo de acordo com Sua lei, que é o transcrito de Seu caráter e “a norma pela qual o caráter e vida dos homens serão aferidos no juízo” (O Grande Conflito, p. 482).

Em Gênesis 2, vemos como Deus criou os seres humanos e fez provisão para eles. Foi para eles que Deus estabeleceu o sábado (Gn 2:1-3), o casamento e a família (Gn 2:18-25). A intrusão do pecado prejudicou tudo isso. De maneiras mais complexas, o pecado continua a deformar, distorcer e deturpar a vida humana, e não sem efeitos devastadores sobre a criação de Deus como um todo.

Gênesis 3 trata da queda em si, com suas trágicas conseqüências. A imagem de Deus está agora deformada e maculada. O relacionamento rompido com Deus causa relacionamentos rompidos dos seres humanos entre si e dos seres humanos para com o resto da criação. Por toda parte pode ser vista a devastação e miséria que vem com tudo isso.

O poder de curar os rompimentos (Rm 3:9-18; 5:10-21; 6:16; 2Pe 2:19). Paulo deixa claro que o pecado de Adão é também o pecado de sua posteridade. Assim, sofremos as conseqüências do pecado de Adão e de nosso próprio pecado (Rm 5:12). Ninguém pode escapar. Ninguém é livre. Ninguém entende. E ninguém tem qualquer vestígio de capacidade para fazer o que é correto. Todos são inclinados para o mal (Rm 3:9-18).

Além disso, Paulo salienta que os seres humanos são completamente impotentes para se libertarem da penalidade, do poder e da presença do pecado. Eles precisam de um poder fora de si mesmos. Deus proveu esse poder, e é dessa provisão que o evangelho trata. Os efeitos do pecado só são revertidos por Cristo através de Seu sofrimento (Rm 5:15-21). Essa é a natureza essencial da fé cristã: Deus, contra quem todos pecaram, tomou a iniciativa de reconciliar os seres humanos pecadores consigo mediante um incrível custo para Si mesmo.

Tanto Paulo quanto Pedro têm uma forma de mostrar como o pecado domina todos os seres humanos que não estão ligados a Cristo. Fora de Cristo, os seres humanos são escravos do pecado e totalmente depravados (Rm 6:16; 2Pe 2:19). Em Romanos 7:24 Paulo exclama: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” E qual é a resposta? Cristo. Ele sofreu ao máximo para efetuar a reconciliação e a reparação entre Deus e os seres humanos. Ele nos ama o suficiente para ser o próprio sacrifício pelo pecado. Atua para reverter e finalmente erradicar o pecado, não apenas daqueles que O aceitam, mas de todo o Universo. A promessa inicialmente feita em Gênesis 3:15 se cumpre nEle.

Pense nisto
1. Por que tantas pessoas que professam fé em Cristo parecem viciadas em coisas que tornam a vida difícil para elas próprias e para outros?
2. Você acha que é um agente moral livre? Explique sua resposta.

* Seventh-day Adventist Bible Dictionary, ed. rev., 1979, p. 1.042.

Zacceaus Mathema | Nairóbi, Quênia

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A Queda em Pecado - 12/10/2008 a 18/10/2008

A QUEDA EM PECADO

“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7:24).


Prévia da semana: Embora as coisas tenham parecido horríveis no jardim, Deus nos dá a oportunidade de escolher a submissão a Ele em lugar da submissão ao inimigo.


Domingo

Introdução
A liberdade vem da obediência

1. Que evidência bíblica, em Gênesis 1–3, apóia a idéia de que Adão e Eva se rebelaram contra Deus? (Veja, por exemplo, Gn 2:16, 17; 3:2, 3, 6)

Eles não só violaram abertamente um mandamento divino, mas, no processo da desobediência, trocaram sua lealdade. Eva ouviu o raciocínio do inimigo e o julgou mais confiável que a palavra explícita de Deus. Ela concluiu que o mandamento divino era muito restritivo, e que, a fim de alcançar seu potencial mais elevado, tinha que declarar independência de seu Criador. Isso foi rebelião. Adão ouviu a voz de sua esposa, de preferência à voz de Deus, e se uniu a ela na rebelião.

2. Quais foram alguns dos resultados imediatos do pecado, especialmente quando são entendidos como rebelião contra Deus? Is 59:2; compare com Gn 3:23, 24.

“Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Sl 84:11).

Ignace Paderewski (1860-1941) foi um dos maiores pianistas que já existiram. Quando ele entrava no palco, uma onda de silêncio caía sobre o auditório, um silêncio que durava até que ele saísse. Ninguém que ouvisse uma de suas execuções jamais a esquecia. Quando ele morreu, o mundo ficou de luto. Paderewski era capaz de produzir música tão doce quanto o mel recém-tirado da colméia, porque se submetia às leis da melodia, da harmonia, do ritmo, do tempo e do contraponto.

Será que Paderewski seria tão obediente a essas leis na sociedade de hoje – uma sociedade que geralmente não quer ter nada que ver com a lei? Ainda hoje, muitos cristãos acreditam que as leis de Deus foram cravadas na cruz e, como resultado, não precisamos mais obedecê-las.

Mas o que Jesus ensina quanto a esse assunto? Em Mateus 5:17, Ele diz: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os profetas; não vim abolir, mas cumprir” (NVI).

Todo mundo sabe que, se não houvesse leis de trânsito, as estradas seriam caóticas e dirigir seria extremamente perigoso. Dirigir para o trabalho seria o mesmo que cometer suicídio. Os semáforos e sinais de trânsito existem para proteger tanto a nós mesmos quanto a outros motoristas. Os semáforos garantem que o tráfego se mova de maneira organizada e ordenada. Da mesma forma, os dez mandamentos de Deus não têm a função de impedir que desfrutemos a vida; ao contrário, existem para conservar-nos seguros e para ajudar-nos a desfrutar a vida ao máximo. Eles nos protegem e permitem que vivamos harmoniosamente com Deus e com nosso próximo. Deus não nos impediria de fazer nada que seja para o nosso bem. Se todos obedecêssemos a Suas leis, este mundo seria um lugar muito mais seguro e feliz.

Nesta semana estudaremos o que aconteceu e continua a acontecer como resultado de se negligenciar a lei de Deus.

Solwazi Khumalo | Pretória, África do Sul

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